É tudo mentira, não sou bom em enganar e pouco me apetece discutir coisas absurdas
mas regurgito, aos poucos, o anjo negro que habita minha pele
Paro algumas vezes em planos transversais e horizontais, que fazem mais sentido que o
objetivismo
O que destrói por dentro, fatigando o corpo, trazendo a morte em doses de carrinho de mão
Que pensa o que fala, fala o que pensa e não pensa mais nada, pois pouco fala e pouco pensa
Sem pensar que pensa e fala sem falar que nada é demais para o ser que caminha com o
carrinho de mão e não sabe se mexer sem ser atropelado por uma mini van
As penas do anjo negro empalidecem, ele corre em sua moto e o acidente se aproxima
O ser pouco se supera, o disparate foi grande, o amor nada venceu e sequer foi descoberto
A dor permaneceu, pouco se ganhou ... um momento de calmaria e a morte foi enganada
Sem ser carregado por um carrinho de mão, se contorce, espreguiça suas assas
Suas veias pulsam sangue verde, que, de tão parecido com a carapaça, é incolor para os outros
Gafanhotos não saber a cor do sangue dos seus irmãos, comem carne sem pensar