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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS – UCPEL

ALICE PASSOS SIMONI


CAMILA DE FREITAS MORAES
CRISTIAN LEON DE OLIVEIRA
MÁRCIA INÊZ XAVIER DOS SANTOS
SARAH CORRÊA EMYGDIO

O MÉTODO EM DURKHEIM E SUA APLICAÇÃO NA PESQUISA

Pelotas
2019
ALICE PASSOS SIMONI
CAMILA DE FREITAS MORAES
CRISTIAN LEON DE OLIVEIRA
MÁRCIA INÊZ XAVIER DOS SANTOS
SARAH CORRÊA EMYGDIO

O MÉTODO EM DURKHEIM E SUA APLICAÇÃO NA PESQUISA

Trabalho apresentado no Curso de Pós-


Graduação em Política Social e Direitos
Humanos pela Universidade Católica de
Pelotas- UCPEL como requisito para obtenção
de nota parcial na disciplina: Metodologia da
Pesquisa Social.

Orientadora: Profa. Dra. Vini Rabassa da


Silva.

Pelotas
2019
RESUMO

O seminário apresentado em sala de aula tem como tema “O método em Durkheim e sua
aplicação na pesquisa” tendo como foco principal tratar as questões acerca da metodologia
social utilizada pelo sociólogo Émile Durkheim, especialmente, em sua obra ‘As regras do
método sociológico’, datada de 1895, trazendo ainda, os seus principais conceitos para
fundamentar o seu pensamento, a saber, o fato social e a anomia social, assim como, expor de
modo sucinto, sobre sua vida e principais obras, e por fim, fazer um breve apanhado da crítica
que Michel Lovy (1994) ao pensamento positivista de Émile Durkheim sobre à questão da
neutralidade do pesquisador frente à pesquisa.

Palavras-chaves: Método. Fato Social. Anomia Social. Durkheim.

RÉSUMÉ
Le séminaire présenté en classe a pour thème "La méthode à Durkheim et son application à la
recherche" en mettant l’accent sur les questions de méthodologie sociale utilisées par le
sociologue Émile Durkheim, notamment dans son ouvrage "Les règles de la méthode
sociologique" , datant de 1895, invoquant également ses concepts principaux pour fonder sa
pensée, à savoir le fait social et l'anomie sociale, ainsi que, exposer brièvement sa vie et ses
œuvres principales, et enfin, bref compte rendu de la critique de Michel Lovy (1994) sur la
pensée positiviste d'Émile Durkheim sur la neutralité du chercheur à l'égard de la recherche.

Mots-clés: Méthode. Fait social. Anomie sociale. Durkheim.


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1 INTRODUÇÃO

David Émile Durkheim foi um sociólogo, que nasceu no ano de 1858 em Epinal, na
França e faleceu em Paris, capital francesa, no ano de 1917. David Émile Durkheim foi um
sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês, formalmente
criou a disciplina acadêmica de sociologia e juntamente com Karl Marx e Max Weber é citado
como arquiteto da ciência social moderna e pai da sociologia, e chefe da chamada Escola So-
ciológica Francesa, o autor teve como referencial teórico as obras de Kant e Augusto Conte,
as quais terão grande influência acercada consolidação da sociologia durkheimiana enquanto
ciência na França. As ideias durkheimianas transpuseram os alcances e/ou fronteiras france-
sas, de maneira, a influenciar pesquisadores, políticos e educadores, inclusive ainda, na con-
temporaneidade no contexto das Ciências Sociais, da Pesquisa Social e nas Ciências Jurídicas.
Especialmente, a influência na pesquisa, através dos pressupostos de determinantes sociais ou
fatos sociais, a saber: leis, costumes, deveres que tendem a manter os indivíduos em socieda-
de, além de, determinar os modos como este indivíduo irá agir, pensar ou se comportar, ainda
são tidas como exemplos da afirmação anterior (MASSELLA, 2009).

O cerne do pensamento de Émile Durkheim se apresenta a partir da análise de suas


principais obras: A Divisão do Trabalho Social (1893); As Regras do Método
Sociológico (1895); O Suicídio (1897); As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912) e
Lições de Sociologia (1912). Mas, embora se faça referência nesse seminário acerca dos
textos: A Divisão do Trabalho Social (1893) e O Suicídio (1897), o seminário em comento,
terá como eixo principal, a utilização do texto ‘As Regras do Método Sociológico (1895)’
tendo como fim, proporcionar o debate sobre como a teoria Durkheimiana influencia na
pesquisa social, elencando ainda, os conceitos de fato social e anomia social; as características
do fato social; os sentidos do fato social; os métodos sociológicos na pesquisa e por fim, um
breve comentário sobre a antítese de Lowy (1994) ao método positivista de Émile Durkheim.

2 CONCEITUANDO BREVEMENTE SOBRE O FATO SOCIAL E ANOMIA SOCIAL


Anteriormente à questão do método sociológico de Durkheim, é preciso se compreen-
der alguns conceitos, entre eles: o fato social e anomia social, conceitos fundantes no pensa-
mento durkheimiana que a posteriori explicarão os funcionamentos da sociedade, conforme o
autor, acima supracitado.
O fato social faz referência a todos os fenômenos que se apresentam numa dada socie-
dade, a saber, os dogmas religiosos e as regras jurídicas por exemplo, que independem da
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vontade humana. Isto é, os fatos sociais são estruturas que estão para além do indivíduo e que
podem exercer um dado controle social sobre este (DURKHEIM, 1893).
Dito de outro modo, Durkheim (1895) define os fatos sociais como aspectos, fenôme-
nos e/ou instrumentos culturais, sociais e normativos (regras jurídicas), que hão de determinar
os modos como este indivíduo irá agir, sentir ou pensar. Ou seja, o fato social impõe ao indi-
víduo que este se adapte as regras sociais (DURKHEIM, 1895). Ainda ao que compete aos
fatos sociais, Durkheim expõe sobre os sentidos destes, aos quais são: a) são fenômenos com
características que são independentes do observador; b) podem ser compreendidos somente
com investigação empírica; c) independem da vontade do indivíduo; d) podem ser estudadas
somente através da observação externa, como por exemplo, pelo uso de indicadores estatísti-
cos e além disso, que os fatos sociais possuem três características, a generalidade; a coerciti-
vidade e a exterioridade (DURKHEIM, 1895).
Sendo assim, a generalidade são ações coletivas e que não se reduzem as manifesta-
ções individuais, por justamente, atingir a sociedade e/ou grupos sociais de um modo geral; já
a coercitividade por sua vez, se relaciona com as questões do poder, das normas e dos padrões
culturais que determinam uma dada sociedade e que impõem aos indivíduos que dela partici-
pam essa ‘força coercitiva’, como à exemplo, o indivíduo que se submete a uma dada forma-
ção familiar (família tradicional) sendo este ideal mantido tanto pelo poder instituído da igre-
ja, quanto, da cultura. E ao fim, a exterioridade, é um fato social que está presente na socieda-
de de modo organizado anterior ao nascimento do indivíduo, por exemplo, o sistema religioso
(DURKHEIM, 1895).
Em contrapartida, a anomia social seria justamente o enfraquecimento dos vínculos
sociais, a ausência de normas sociais e/ou a insatisfação desse indivíduo com a vida, insatisfa-
ção essa, que poderia vir a gerar fenômenos nefastos, como o suicídio, por exemplo
(DURKHEIM, 1897). Vale a pena ressaltar, que o conceito durkheimiano sobre a ‘anomia
social’ surge com a finalidade de descrever acerca das patologias sociais da sociedade pós
Revolução Industrial, sendo consideradas por ele, como sociedades individualistas e racionais.
No que se segue, Durkheim compreendia, que tais patologias sociais eram oriundas da ausên-
cia de regras sociais efetivas e claras, porém, se tais regras de condutas viessem a ser mais
rigorosas, tais patologias, deixariam de existir, fazendo assim, que o indivíduo se readaptasse
ao meio social de modo a obedecer às regras impostas pela cultura, pelo setor religioso, políti-
co, jurídico e afins.
O conceito de anomia social, fora bastante discutido em suas obras ‘Da Divisão Social
do Trabalho’, no ano de 1893 e ‘Suicídio’, no ano de 1897. Que trazem à tona, que os indiví-
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duos ao desconsiderarem o controle social que rege uma dada sociedade, seriam indivíduos
anômicos, considerados anárquicos por desintegrarem e/ou desconsiderarem as normas soci-
ais (DURKHEIM, 1893).

3 AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO DE DURKHEIM


Com base no pensamento positivista de Durkheim (1895), é no final do século XIX,
que este, busca de modo sistemático compreender a sociedade, dando ao saber sociológico um
método a ser investigado, no caso, os fatos sociais. Ou seja, Durkheim (1895) compreende
que os fatos sociais e tudo aquilo que está em consonância com as manifestações gerais e/ou
coletivas, sendo estes, objetos de estudos da Sociologia. Isto é, Durkheim (1895), compreende
que todos os fatos já organizados e hierarquizados tanto na cultura, quanto nas normas
jurídicas anterior ao nascimento do indivíduo, são objetos de sua investigação, entre eles, cita-
se: o modo de se vestir, de se professar a fé, as ideologias, o modo de comer, entre outros
(DURKHEIM, 1895).
Desse modo, Durkheim se ocupou em determinar um objeto próprio para a Sociologia,
isto é, tratou de construir teorias para que pudesse estudar as condutas humanas, deste modo,
separando-as do reino psicológico, do reino social (DURKHEIM, 1895). Sendo a obra
‘Regras do Método Sociológico’, o seu primeiro texto, ao qual procurou definir o objeto e o
método de estudo da Sociologia. Assim sendo, a Sociologia durkheimiana é a ciência que
estuda os fatos sociais (DURKHEIM, 1895).
Portanto, ao que compete ao método, este advém da observação e da experimentação,
que se dará a partir da análise comparativa. Logo, ao tratar os fatos sociais como “coisas”,
Durkheim tentou demostrar que o cientista e/ou pesquisador precisa romper com qualquer
“pré-noção ou pré-conceito”, ou seja, que não basta seguir ou tão pouco ceder as suas
intuições ou aos seus desejos (DURKHEIM, 1895). Com isto, o autor chama-nos atenção, de
que o cientista e/ou pesquisador deva se abster de quaisquer juízos de valores frente à sua
pesquisa ou objeto a ser analisado, devendo assim, distinguir com o máximo de rigor daquilo
que se refere ao conhecimento empírico e daquilo que se apresenta enquanto juízo de valor
(DURKHEIM, 1895).
Sendo assim, o método de Durkheim traz as seguintes regras: incialmente deve-se
selecionar os objetos que irão compor o conjunto observado, após, deve-se fazer a
organização desses objetos e por fim, uma análise das características de interesse, permitindo,
pelo método indutivo, chegar a uma conclusão (DURKHEIM, 1895).
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Reitera-se então, que o método de Durkheim (1895), busca a priori selecionar as ca-
racterísticas aparentes do fenômeno social em estudo, e depois, submetê-las à comparação.
Após, através da indução, se chegaria as características comuns a todos os fenômenos. Desta
maneira, através do método comparativo, buscariam então, semelhanças, e por sua vez, atra-
vés do método indutivo, aquilo que se repete ou aquilo que é comum a todos os fenômenos. O
método indutivo, assim, constrói-se do particular para o geral. Sendo o geral, as características
comuns a todos os fenômenos, logo, para o sociólogo, são as generalizações que se constroem
os conceitos científicos (DURKHEIM, 1895).
Em consonância com o pensamento de Émile Durkheim (1895), Dias (2005) expõe,
que é necessário se observar primeiramente as características aparentes do fenômeno, para
depois, poder compará-los e apenas ao fim, procurar as características comuns entre todos os
fenômenos que foram observados. Nota-se aqui, que tanto para Dias (2005), assim como, para
Durkheim (1895) são as generalizações que constroem a cientificidade, uma vez que, o essen-
cial se encontra nos fenômenos que se repetem, sendo assim, parte-se do geral – comum; para
a diferença- secundária. Isto é, Durkheim (1895) compreendia que aquilo que se apresenta
numa dada sociedade simples é o mesmo que tenderia a se apresentar numa sociedade mais
complexa, sendo de suma importância se dar ênfase as características fundamentais gerais dos
fenômenos, para somente depois, se observar as disparidades dos fenômenos observados
(DURKHEIM, 1895).
É válido ressaltar, que para Émile Durkheim (1895), o sociólogo tinha as mesmas fun-
ções de um médico, isto é, tinha como fim diagnosticar as causas dos problemas, e após, en-
contrar os remédios para as doenças sociais. Seguindo esse raciocínio, a sociedade poderia vir
a ser compreendida da mesma forma que os fenômenos da natureza. Uma vez que, Durkheim,
acreditava que os fatos sociais poderiam ser estudados através dos mesmos métodos científi-
cos empregados nas ciências naturais (DURKHEIM, 1895).
Em outras palavras, assim como os fenômenos físicos podiam ser explicados pelas
“leis” naturais, seria plenamente possível se estabelecer “leis” que explicassem os fenômenos
sociais e, consequentemente, encontrar antídotos/ remédios às patologias da sociedade
(DURKHEIM, 1895).
Desta maneira, o sociólogo francês demonstrava estar preocupado em desenvolver
uma ciência que possibilitasse encontrar as respostas para as patologias sociais. Isto é, uma
ciência social que pudesse encontrar, através de investigações empíricas, novas ideias morais
que tivessem a capacidade de conduzir a conduta dos cidadãos/indivíduos (DURKHEIM,
1895).
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4 ANTÍTESE SEGUNDO MICHAEL LOWY (1994): UM BREVE COMENTÁRIO.


Lowy (1994) é um pensador marxista brasileiro, que ao fazer uma crítica sobre o mé-
todo positivista de Durkheim, na obra ‘As Regras do método sociológico’, compreende que o
cientista social não possa se colocar no mesmo “estado de espírito” de um físico, de um médi-
co ou de fisiólogo, por exemplo. Pois o objeto de estudo da sociedade é diferente, por justa-
mente, se encontrar nessa: conflitos sociais, religiosos, econômicos, políticos, assim como,
contradições e ideologias diversas que não se encontram nas ciências naturais (LOWI, 1994).
Decerto que Durkheim, assim como Weber, acreditavam que o pesquisador pudesse
afastar-se de suas concepções de mundo (ideologias), silenciar-se frente às suas paixões e se
isentar de seus “preconceitos” (LOWI, 1994). Porém, conforme o Lowy, este acredita que a
cientificidade é algo que deva seguir de modo livre e crítica, logo, é pela via do debate e do
confronto de ideologias, de visões de mundo díspares que a pesquisa poderá ser realizada,
justamente, pelo campo social se encontrar num lugar multifacetado ao que compete às ques-
tões econômicas, políticas, religiosas, entre outras (LOWI, 1994).

5 CONCLUSÃO

Ao cabo, o presente trabalho, teve como escopo identificar através da bibliografia de


David Émile Durkheim as principais características do seu trabalho pelo qual foi duramente
criticado em razão da presença do determinismo e holismo em sua trajetória frente à sua posi-
ção metodológica e seus conceitos sobre o social.
Destarte, entre as características mencionadas ao longo do trabalho, destacamos seu forte
rigor científico e metodológico; a preocupação com a neutralidade axiológica do cientista no
processo investigativo; e, embora reconheça sua relevância na segregação das informações no
processo comparativo, bem como na utilização das sensações como matéria prima elementar
na formulação de conceitos, recomendando cautela por ser elemento subjetivo a ser observado
com as preocupações de físico.
Seu trabalho permitiu estudar a sociedade como conjunto de idéias ou um organismo vivo
e dinâmico com órgãos e funções objetivos, cujos fatos sociais prescindem de vontade indivi-
dual, pois trata-se de fenômeno moral.

Deixou como lição a dupla condição com que se deparou: o de ser humano e o de
cientista, ao mesmo tempo que se comprometia com a sociedade, não se descuidava da ética
científica.
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REFERÊNCIAS

DIAS. Cristina Maria Nogueira Parahyba. A sociologia como ciência em Durkheim. Revista
Praia Vermelha. Rio de Janeiro: UFRJ, n.13. p 174. 2005, segundo semestre, 2005.

DURKHEIM, Émile (1893). Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes,
2010.

DURKHEIM, Émile (1895). As regras do método sociológico. 13 ed. São Paulo: Nacional,
1987.

DURKHEIM, Émile (1897). Suicídio: estudo da sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

LOWY, Michael. As aventuras de Karl Marx contra o barão de Munchausen. Marxismo e


positivismo na sociologia do conhecimento. São Paulo: Cortez,1994.

MASSELLA, Alexandre Braga (2009). DURKHEIM: 150 ANOS. Coletânea sociedade.


(ORGS.) Alexandre Braga Massella, Fernando Pinheiro FIlho, Maria Helena Oliva Augusto e
Raquel Weiss. Editora: Fino Traço Ltda, 2009.

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