www.comissaodecurso0713fml.blogspot.com comissaodecurso0713@gmail.com
www.desgravadas.phpnet.us desgravadascc0713@gmail.com
Bibliografia:
Slides da aula
Pisco, João Martins, Imagiologia Básica – Texto e Atlas, 2ª edição,
Lisboa – Porto Lidel, Julho 2009;
Índice de Conteúdos
IMAGIOLOGIA NEUROLÓGICA 2
ULTRASSONOGRAFIA 2
RADIOLOGIA CLÁSSICA 3
TC E RM 4
LESÕES DE NATUREZA TRAUMÁTICA ESTUDAS POR TC 5
LESÕES DE NATUREZA TRAUMÁTICA ESTUDAS POR RM 7
PATOLOGIA VASCULAR DA MEDULA 12
PATOLOGIA TRAUMÁTICA DA COLUNA VERTEBRAL 12
Imagiologia Neurológica
Ultrassonografia
Radiologia clássica
TC e RM
Hematoma Epidural
com o perigo de morte, e por outro lado, se não for tratado e resolvido na fase
precoce da situação, pode lesar estruturas importantes do SNC.
Os hematomas são lesões heterogéneas,
hiperdensas, com zonas menos densas no seu
interior. Apresentam a forma de lente biconvexa,
fruto da alta pressão que existe no seu interior. Não
ultrapassam as zonas de sutura. Atenção: em
doentes a fazer terapêutica anti-coagulante, há
dificuldade no diagnóstico pois não há formação de
coágulos. Fig.5: Hematoma Epidural
Hematoma Sub-Dural
Pneumocefalia
Fig.7: Pneumocefalia
Contusão do córtex cerebral
Criança maltratada
AVC
A isquémia numa fase sub-aguda (ou seja logo após a oclusão) vai
manifestar-se por hipodensidade (edema), no entanto, isto apenas é visível 24
a 48h depois. A isquémia numa fase crónica (passados 2 ou 3 meses) é
representada por uma cavidade, que deriva da necrose/destruição, preenchida
por líquor, logo com uma densidade igual à do líquor.
www.comissaodecurso0713fml.blogspot.com comissaodecurso0713@gmail.com
www.desgravadas.phpnet.us desgravadascc0713@gmail.com
Bibliografia:
PISCO , João Martins; “Imagiologia Básica Texto e Atlas” Lidel, 2ª
edição actualizada e aumentada; 2009
Índice de Conteúdos
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 2
PADRÃO ARTERIAL 2
EFEITO DE MASSA (TUMORES) 3
ULTRASSONOGRAFIA 4
RADIOLOGIA SIMPLES 4
TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC) E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) 4
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE TUMORES DO SNC 5
TUMORES VERTEBRO – MEDULARES 7
PATOLOGIA INFECCIOSA E INFLAMATÓRIA 8
ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES DO SNC 9
LESÕES DO PARÊNQUIMA 9
INFECÇÕES FÚNGICAS 10
INFECÇÕES PARASITÁRIAS 10
SITUAÇÕES INFLAMATÓRIAS 11
[Nota do Revisor: As frases a cinzento, são apontamentos retirados da aula que achei
oportuno colocar na desgravada. Bom estudo!]
Processos Inflamatórios
Padrão Arterial
Existem diversos métodos de imagem que podem ser utilizados, vão ser
abordados quatro desses métodos:
Ultrassonografia;
Radiografia simples;
Tomografia Computorizada (TC);
Ressonância Magnética (RM).
[ Angiografia apenas usada na fase de tratamento]
Ultrassonografia
Radiologia Simples
Caso 1
Caso 2
hipodensa que rodeia as lesões) e têm efeito de massa, uma vez que apagam
os sulcos corticais na região adjacente.
O que se apresenta hiperdenso em TC sem administração de contraste?
O cálcio, sangue, substância amilóide, osso, a melanina.
Hipóteses diagnósticas: Não é metástases de melanoma, são metástases
hemorrágicas de um tumor no pulmão. [Há determinados tumores que são
frequentemente hemorrágicos, como o do pulmão, rim e o carcinoma da tiróide]
Caso 3
Formação da
Cerebrite cápsula de Abcesso central
as
2 semanas necrose
central
Bacterianas;
Virais;
Parasitárias.
Exemplos:
Lesões do Parênquima
Infecções Fúngicas
Infecções Parasitárias
Situações Inflamatórias
Data: 04/11/2008
Docente:
Desgravada por: Alexandre Freitas e Tiago Dupret Miranda
Revista por: Carolina Canhoto
Esta aula, integrada na temática Neurológica (Neuro I e II) irá versar sobre
patologia Tumoral, Inflamatória e Infecciosa (viral, bacteriana, fúngica e
parasitária) do Sistema Nervoso Central.
[Uma vez que não nos foi possível ter acesso aos slides da aula e que esta foi gravada
numa turma que não a nossa, e aliás, dada por um docente diferente surgiram várias
dificuldades no processo de elaboração da desgravada. Pedimos a compreensão de todos e
alertamos para o facto de as imagens serem fruto de pesquisa dos autores, podendo não
corresponder às apresentadas pelo professor, no entanto, sem imagens a compreensão da
desgravada poderia ficar de algum modo comprometida]
Lesões Tumorais
2 2 1
Fig.2 RM com ponderaçãoT1 nos planos axial e coronal com hiperintensidade dural (1)
anormal coexistindo com hiperintensidade leptomeníngea no espaço sub – aracnóideu (2).
Fig.3 RM com ponderação em T1, no plano axial, acima dos ventrículos laterais, onde se
observa um padrão sub – aracnóideu com realce anormal na profundidade dos sulcos,
sobretudo nos lobos parietal e occipital esquerdos.
1 1
3/18
Quando submetidos à injecção de contraste, estes tumores captam de
forma intensa apesar do realce conseguido ser bastante heterogéneo. As áreas
com realce menos forte reflectem, muito provavelmente, áreas não
vascularizadas. Por não terem origem directa no SNC, estas lesões não se
encontram “protegidas” pela barreira hemato – encefálica, captando contraste.
Lesões ósseas
Fig.5 TC, em janela óssea para melhorar os detalhes do osso, onde se localiza a lesão.
(LO- lesão óssea)
4/18
Fig.6 RM, em corte axial, com ponderação T2,
1 2
onde se observa um tumor cerebral com envolvimento da calote craniana . Tumor de Triton
Lesões benignas
Pode haver necessidade de realizar um diagnóstico diferencial entre
tumores malignos e processos inflamatórios como a sarcoidose, que infiltram a
dura-máter de forma aparentemente semelhante à encontrada em situações de
tumores benignos (das meninges), nos quais existe, também, um
espessamento dural.
1
Atenção que se trata de uma Lesão Intra – Axial mas que foi incluída aqui como exemplo de uma patologia
semelhante que foi mostrada na aula!
2
Schwannoma maligno da calote craniana com diferenciação rabdomioblástica
5/18
Fig.7 TC, no plano axial. Meningioma nodular
6/18
Dados Semiológicos Associados aos Tumores
Efeito de massa
Consiste no desvio de estruturas adjacentes pela presença de um tumor.
Contribuindo para o efeito de massa está também o edema gerado, que leva a
um aumento do volume de água.
Herniação
Associam-se às hérnias, lesões secundárias (não derivam directamente
da massa tumoral) que resultam de compressões vasculares, nomeadamente
compressão de uma artéria (exemplo: artéria pericalosa) que condiciona uma
isquémia territorial.
7/18
Obstrução à drenagem de liquor e compressão
Havendo uma obstrução à drenagem de liquor do quarto ventrículo
verifica-se um aumento do volume Ponderação FLAIR – O sinal do
dos ventrículos laterais. Estes liquor surge invertido, ou seja, para avaliar
apresentam-se com hipersinal, no o parênquima esta ponderação funcionará
seu contorno em ponderação FLAIR como um T2, mas para avaliar o conteúdo
(fluid attenuation inversion recovery), ventricular e espaço sub – aracnóideu,
funcionará como um T1, porque suprime o
porque ocorreu um aumento do sinal da água livre.
conteúdo de água em torno dos Esta ponderação tem a vantagem de
ventrículos, determinado pela permitir uma distinção entre o liquor e o
obstrução à drenagem do liquor, Parênquima anormal.
aumento da pressão intraventricular e Numa T2, o liquor surgiria
hiperintenso, dificultando a distinção.
consequente transudação de liquor
para fora dos ventrículos. Este último processo é ainda responsável pela
formação de edema periependimário.
9/18
Situações de diagnóstico diferencial
É necessário ter em conta várias características para ultrapassar um
problema de diagnóstico diferencial.
Localização
Fig.9 RM, em ponderação T1, em corte sagital. Meningioma com base de inserção dural.
10/18
Grupo etário
Conforme a idade, assim se estabelecerá o diagnóstico numa situação de
patologia diferencial.
Uma massa cerebelosa, intra – parenquimatosa, com características
quísticas e um nódulo na sua parede (intra – quístico), num doente jovem faz-
nos pensar num astrossoma pilocítico (tumor benigno) enquanto que se idoso é
mais provável tratar-se de uma metástase. Este tipo de tumores é tipicamente
dos jovens, nos quais é rara a ocorrência de metástases, por sua vez bastante
frequente nos idosos.
Número de Lesões
Perante uma lesão com características de malignidade única, o
diagnóstico mais provável é de glioma maligno. Se por outro lado, as lesões
forem múltiplas, pensamos do mesmo modo em lesões agressivas, mas
metastáticas.
11/18
feito com base na severidade do efeito de massa, mais pronunciado no caso
maligno.
Por vezes, mesmo sem injecção de contraste surgem lesões hiperdensas,
denominadas de “espontaneamente hiperdensas”, rodeadas por uma área de
sinal hipodenso e digitiforme, sinal de edema.
Estas lesões, ao contrário do que é normal são hipointensas em T2 e
hiperintensas em T1, na RM. A hiperdensidade espontânea, na TC, pode
dever-se a uma hemorragia espontânea (que surge em determinados tumores
que sangram espontaneamente). No Sistema Nervoso Central, os tumores
mais hemorrágicos são as metástases de córiocarcinoma e de melanoma.
12/18
Fig. 11 RM, em ponderação T1, em plano sagital onde se observa uma lesão extra –
dural, ao nível de uma vértebra que comprime a dura mater, e de forma indirecta, a medula
(uma lesão extra – dural pode provocar sintomas neurológicos por compressão da medula e/ou
nervos que dela emergem ou que nela terminam)
Fig. 12 RM com ponderação em T1. Observa-se uma massa de abcesso com uma
cápsula em redor e um conteúdo, pus, heterogéneo. (em T2, a distinção entre o edema e o
abcesso está mais evidenciada)
Meningites Bacterianas
[o professor optou por, intencionalmente, não entrar em detalhe no que diz respeito à
etiologia, apenas referindo que esta varia conforme o grupo etário em causa]
3
A sarcoidose e a tuberculose, embora não sendo infecções fúngicas têm um caractér não purulento
15/18
Fig. 13 RM com ponderação em T2, no plano axial. Trata-se de uma meningite com
padrão de realce anormal no contorno dos ventrículos (ventriculite), com hidrocefalia
associada.
Encefalite herpética
É o processo infeccioso viral mais frequente, manifestando-se através de
uma afecção do lobo temporal (especialmente, nas suas estruturas mais
mediais, podendo antingir a porção póstero – basal do lobo frontal e ínsula).
As lesões são hipodensas na TC, hiperintensas em T2 e hipointensas
em T1, reflectindo o aumento do conteúdo de água, em relação ao parênquima
cerebral normal.
O principal diagnóstico diferencial de Quando o seio venoso está
uma encefalite herpética é feito com as realçado, pode afirmar-se
lesões isquémicas. Para distingui-las deve que a imagem foi obtida
atentar-se ao território arterial. Se a lesão após injecção de contraste.
desenhar um território arterial, pensa-se em
lesão isquémica. Caso se visualizem lesões em diferentes territórios arteriais,
o diagnóstico é encefalite herpética.
Numa RM, em T1, se uma lesão de Encefalite Herpética estiver
hiperintensa (mesmo sem injecção de contraste) poder-se-á depreender que
ocorreu hemorragia, que é frequente neste tipo de lesões (o sangue tem
propriedades para-magnéticas).
16/18
Infecções Fúngicas
Surgem sobretudo em doentes imunodeprimidos como lesões múltiplas
hiperintensas em T2 e em FLAIR (no primeiro, a intensidade é semelhante ao
liquor e, no segundo o liquor apresenta-se hipointenso).
Numa aspergilose em sequência de difusão (DWI) verifica-se restrição à
difusão de moléculas de água no interior de micro-abcessos o que é indicativo
de pus. Em T1, após contraste, existe um hiperintensidade e um edema, em
torno das lesões.
Infecção Parasitária
A Neurocisticercose (infecção
O ciclo de vida de uma ténia
parasitária do sistema nervoso central, mais
comporta duas fases.
comum) é provocada pela forma larvar da
Na fase larvar, o hospedeiro
ténia (Taenia collie).
intermediário é o porco,
Em corte anátomo-patológico torna-se
provocando Neurocisticercose
evidente que a neurocisticercose se
(infecção do músculo e
manifesta através de quistos que contêm a
sistema nervoso central).
forma larvar do parasita no seu interior
Na fase de diferenciação final
(quisto parasitário).
da Taenia collie, o hospedeiro
Imagiologicamente, os quistos
definitivo é o Homem e a
apresentam-se em colects, que
infecção fica confinada ao tubo
corresponde ao parasita, na forma larvar,
digestivo.
dentro dos quistos.
Ocasionalmente, o Homem
Os quistos da Neurocisticercose
também poderá ser hospedeiro
podem evoluir para um estádio
intermediário, desenvolvendo
inflamatório, realçando após contraste e
Neurocisticercose.
provocando edema.
Imagiologicamente é possível notar a morte quística aquando da
administração de antiparasitários. A administração de corticosteróides após
tratamento com antiparasitários é essencial para controlar a resposta
inflamatória que se tende a desenvolver e que pode ser fatal. Atenção especial
deve ser dada no caso de surgimento de edema.
Após a morte dos quistos ocorre a formação de granulomas
calcificados (pequenos nódulos hiperdensos, na TC) que são a causa mais
frequente, mundialmente, para a epilepsia, uma vez que estes quistos se
localizam a nível cortical e provocam uma irritabilidade importante do
córtex. 4
4
A imagem da Neurocisticercose é patognomónica
17/18
Infecções vértebro – medulares
A espondilodiscite é o exemplo mais frequente, manifestando-se por
afecção de duas vértebras contíguas e respectivo disco com erosão dos
planaltos vertebrais e diminuição da esfera discal.
Fig.14 – RM, revela erosão óssea e uma massa entre as vértebras (hiperintensas) que
corresponde a tecido infeccioso e um componente epidural a comprimir o saco dural
Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla, processo inflamatório auto-imune, que afecta
mulheres preferencialmente pode ser altamente incapacitante. É uma doença
desmielinizante cujo aspecto clássico consiste no atingimento da substância
branca periventricular, por múltiplas lesões. Também a medula e o cerebelo,
poderão ser afectados. Num surto inflamatório
pode ocorrer uma afecção neurológica multifocal
que condiciona várias vias nervosas e por isso, dá
sinais múltiplos de localização neurológica.
A RM é fundamental para o diagnóstico em
termos de imagem pela sua maior capacidade em
termos de resolução e contraste tecidual. Estas
lesões são hiperintensas em T2 e podem passar
despercebidas facilmente em TC. Em T1, após
contraste, ocorre realce das lesões inflamatórias.
18/18
Módulo III.V - Imagiologia
comissaodecurso1117@aefml.pt https://sites.google.com/site/comissaodecursofml20112017
Caso 1
Esta TAC de crânio (1) tem janela de parênquima. Existem duas grandes
janelas importantes num AVC, a janela de osso e a janela de parênquima.
Como há uma hemiparesia direita as alterações serão à esquerda. Sabemos
que 20% dos AVCs são hemorrágicos e 80% são isquémicos.
- Cerebrite precoce
• Bacteriano>> fúngico > parasitário
- Cerebrite tardia
Causas:
- Abcesso precoce
– Locais: Sinusite/mastoidite
- Abcesso tardio
– Hematogénea: endocardite, infecção pulmonar, infecção
génito-urinária
– M = metastasis
– A = abscess
– G = glioblastoma multiforme
– I = infarct (sub-agudo)
– C = contusion
– D = demyelinating disease
– Neoplasia de alto grau mais frequente (50% - 60% de todos tumores astrocitários)
– Lesões volumosas com marcado efeito de massa e rodeadas por edema vasogénico,
heterogéneas
Caso 4
Meningioma
Caso 5
O primeiro exame a
fazer é a TAC (10). Temos
uma pneumocefalia, portanto
tem de haver fractura.
Pneumocefalia são pequenas
bolhas de ar (densidades
fortemente negativas)
dispersas no espaço
(10) TAC – pneumocefalia + hemosinus frontal.
subaracnoideo (sulcos e
cisternas). Trata-se de uma
janela de parênquima, logo
não se vê o osso, mas podemos inferir que há fractura. O dado na imagem que
sugere a localização da fractura é o preenchimento do seio frontal com sangue,
hemosinus. Quando a pessoa está deitada, vamos ter um nível, no qual
podemos diferenciar sangue de espessamento mucoso inflamatório (ranho).
Num traumatismo muito forte, podemos ter edema cerebral difuso, em que o
Caso 6
Caso 7
Caso 8
Caso 9
Caso 10
Exemplo Aneurisma
(16) AngioTAC.
Bibliografia:
− Handouts cedidos pelo docente (na reprografia)
− Waugh A., Grant A., Anatomy and Physiology in Health and Illness, 10ª
edição, Capítulo 13, página 337, Churchill Livingstone
− Manuila L., Manuila A., Lewalle P., Nicoulin M. (2004) Dicionário Médico,
3ª edição, Climepsi Editores
Índice de Conteúdos
APARELHO URINÁRIO 2
CINTIGRAFIA 2
PET-TC 2
RADIOGRAMA SIMPLES DO ABDÓMEN 3
UROGRAFIA DE ELIMINAÇÃO 4
PIELOGRAFIA RETRÓGRADA 8
CISTO-URETROGRAFIAS 9
ECOGRAFIA 10
TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC) 11
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 13
ANGIOGRAFIA 15
APARELHO GENITAL 16
3º Ano Página 1 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
Aparelho Urinário
Relativamente à urorradiologia, existem uma série de métodos de
imagem utilizados, entre os quais:
Radiografia simples do abdómen
Urografia de eliminação (UIV)
Pielografia retrógrada
Cisto-uretrografia
Ecografia
Tomografia computorizada
Ressonância magnética
Angiografia
Cintigrafia
PET-TC
Dois deles, a cintigrafia e a PET-TC são métodos de imagem
normalmente associados à medicina nuclear não estando, no nosso país,
englobados quer na radiologia quer na imagiologia.
Cintigrafia
PET-TC
3º Ano Página 2 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
3º Ano Página 3 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
Urografia de Eliminação
Como se realiza?
Injecta-se contraste numa veia periférica, que entra na circulação
sanguínea, passando do coração direito para o esquerdo e é impulsionado
para a aorta. Através da aorta chega às artérias renais, alcançando, por fim, as
arteríolas aferentes. No rim, o contraste vai ser excretado.
Habitualmente, este exame é sempre precedido por um radiograma
simples, com o intuito de descriminar estruturas que já são densas por si
próprias, como os cálculos renais (que são rádio-opacos), e que no final do
exame, na fase em que há excreção do contraste, desaparecem. Os rins vão
aparecer acinzentados, com uma definição ligeira, devido à gordura que os
envolve.
Anátomo-fisiologia renal
Para se perceber como funciona este método é necessário rever uns
conceitos relativos à anátomo-fisiologia do rim (Fig.2).
3º Ano Página 4 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
O rim é constituído por:
Cápsula fibrosa, com morfologia
grosseiramente em forma de feijão.
Parênquima renal, que se divide em:
− Córtex renal (mais periférico) do qual
fazem parte:
1. córtex periférico – porção mais
externa;
2. córtex septal – porção mais
interna, onde existem várias
Fig.2 – Estrutura Renal
Colunas de Bertin.
− Medula renal (mais interna), constituída por zonas triangulares
denominadas pirâmides de Malpighi (cujos vértices tomam a
denominação de papilas). As papilas tendem a fazer procidência
para dentro do cálice (aos quais estão aderentes), dando origem
às impressões papilares (que ficam côncavas para o lado exterior
do rim).
Seio Renal, que é uma estrutura em forma de funil que actua como
receptor da urina formada no rim. É constituída por:
− Pequenos cálices: são as suas ramificações mais distais, que
circundam o ápex das pirâmides de Malpighi (ou seja, as papilas);
− Grandes cálices: recebem vários cálices de menores dimensões e
terminam ao nível da pélvis renal;
− Pélvis renal: recebe os vários cálices de maiores dimensões,
terminando ao nível do uretero.
Fig.3 – Estrutura do
Nefrónio
3º Ano Página 5 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
3º Ano Página 6 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
Quando se faz uma urografia de eliminação pode-se captar diferentes
imagens radiológicas em diferentes períodos de tempo. De seguida
exemplifica-se um exame de urografia de eliminação, em que não é efectuado
o radiograma numa fase inicial – a nefrografia
precoce ou de diferenciação cortico-medular – uma
vez que esta diferencia o córtex da medula. O que
se opta por fazer é a nefrografia tardia, que
corresponde à fase parenquimatosa total: a este
radiograma dá-se o nome de nefrotomograma
tardio (Fig.7), sendo um corte centrado à zona dos
Fig.7 – Nefrotomograma
rins (pelo que a coluna vertebral não aparece muito tardio
bem definida).
Se se esperar entre 3 a 5 minutos, o contraste
começa a ser excretado pelo rim para a árvore pielo-
calicial – fase pielográfica. Ao radiograma realizado
nesta fase dá-se o nome de Pielograma (Fig.8). Neste
caso encontra-se dividido o grupo calicial superior,
médio e inferior, existindo inclusivamente umas Fig.8 - Pielograma
cavidades para o exterior do rim – as impressões
papilares.
De seguida faz-se habitualmente um radiograma aos 10 minutos, que vai
já englobar a bexiga, embora ainda com pouco contraste. Neste exame pode-
se observar a excreção nos rins e nos ureteros, tanto do
lado esquerdo como do lado direito. Vai ser ainda
necessário fazer compressão ao doente: o objectivo
desta manobra semiológica é a distensão do órgão que
se está a estudar (melhora a imagem), neste caso a
árvore pielocalicial – radiograma com compressão
(Fig.9). A compressão tem algumas contra-indicações,
especialmente num doente que tenha um aneurisma ou Fig.9 – Radiograma
uma pessoa que tenha sido operada há pouco tempo. com compressão
3º Ano Página 7 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
Pielografia Retrógrada
3º Ano Página 8 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
Cisto-Uretrografias
3º Ano Página 9 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
Ecografia
Vantagens da ecografia:
Método muito fácil de utilizar;
Barato;
Sem radiação ionizante.
Desvantagens da ecografia:
Dependente do operador (da sua experiência);
Curva de aprendizagem mais longa do que para outros métodos,
como a TC ou a RM.
3º Ano Página 10 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
3º Ano Página 11 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
3º Ano Página 12 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
pensar em tumores do urotélio. Pode-se ainda visualizar extensões dos
tumores renais à árvore pielo-calicial.
Ressonância Magnética
3º Ano Página 13 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
3º Ano Página 14 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
Podem ainda fazer-se cortes frontais, que possibilitam uma boa
visualização dos rins.
Angiografia
3º Ano Página 15 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
Aparelho genital
Relativamente à imagiologia pélvica, os métodos de imagem que estão
ao nosso dispor são basicamente os mesmos:
Radiograma simples do abdómen;
Ecografia pélvica;
Tomografia Computorizada;
Ressonância Magnética.
3º Ano Página 16 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
Esta técnica já não é muito utilizada na avaliação de rotina.
3º Ano Página 17 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
adiposos ou das imagens gasosas intestinais (por ter grande volume empurra
as estruturas adjacentes), ou então que possui gordura ou calcificações. São
estes elementos semiológicos que permitem detectar uma massa.
- Histerosalpingografia
3º Ano Página 18 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
seja, uma moldagem que ocorre na loca ovárica, devido a um folículo periférico
que a envolveu.
Ecografia Pélvica
3º Ano Página 19 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
vez que as estruturas ficam muito próximas da sonda, sendo o detalhe muito
maior. Caso se usasse uma sonda de alta frequência por via supra-púbica, ver-
se-ia apenas a pele e o tecido celular subcutâneo, devido à degradação muito
rápida da imagem: quanto maior a frequência, mais a imagem se degrada em
profundidade.
3º Ano Página 20 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
Para esclarecer a situação, opta-se por
fazer de seguida uma ecografia endocavitária,
onde se reconhecem imagens nodulares no
útero – indicativos de fibromiomas uterinos.
Fig.26 – Eco endo-cavitária
Aquando do estudo dos ovários (Fig.26), dos ovários (esq e dto,
observam-se muitos folículos no esquerdo (que respectivamente)
3º Ano Página 21 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
Vantagens da TC na pélvis:
Boa resolução de contraste;
Boa resolução espacial;
Aquisição volumétrica com reconstrução multiplanar;
Não é tão dependente do operador (como na ecografia);
Avaliação mais global das estruturas, ou seja, permite:
− Visualização de conjunto dos órgãos pélvicos;
− Caracterização do anel ósseo e dos constituintes musculares;
3º Ano Página 22 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
− Identificação das estruturas vasculares e ganglionares, o que é de
extrema importância no estadiamento de neoplasias.
Estadiamento de tumores;
Localização e caracterização de massas numa fase inicial, e sua
evolução;
Papel muito importante na traumatologia.
3º Ano Página 23 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Imagiologia
- PET-TC
Na PET-TC a grande vantagem é que permite a detecção de gânglios
pequenos que possuem alta actividade metabólica.
Ressonância Magnética
Vantagens da RM:
Não utiliza radiação ionizante;
Dispensa muitas vezes o uso de contraste e.v.;
Aquisição multiplanar;
Caracterização tecidual (permite bom detalhe anatómico).
Desvantagens da RM:
Acessibilidade e custo;
Implantes activados eléctrica ou mecanicamente – implantes e
próteses ferromagnéticas (hoje em dia já se fazem sem materiais
ferromagnéticos);
Tempo de exame – Claustrofobia;
Contra-indicações para pacemakers e aparelhos electrónicos.
3º Ano Página 24 de 25
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Aparelho Genito-Urinário
Na pélvis, a RM permite imagens muito boas porque os órgãos têm
poucos movimentos; por outro lado, no abdómen existe muita interferência por
parte dos movimentos respiratórios e do peristaltismo.
A B
C D
Fig.34
3º Ano Página 25 de 25