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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ...

VARA DO TRABALHO DE
GOIÂNIA, GOIÁS.

CINTHIA RAQUEL SOUZA OLIVEIRA, brasileira, solteira,


estudante, nascida em 17 de novembro de 1999, filha de Rita de Cassia Calixto de
Souza Oliveira, portadora do RG nº 6703223 PCII/GO e CPF nº 707.612.101-80,
possui CTPS nº 1337891, série 0050, inscrita no PIS nº 201.60237.29-1, residente e
domiciliada na Rua 30, Qd, 02 Lt, 33, Residencial Anuar Auod, na cidade de
Senador Canedo/GO, CEP n° 75261-138, telefone (62)99560-4282, e-mail:
Cinthiaraquelsouza18@gmail.com, por meio de seus procuradores do Núcleo de
Prática Jurídica da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, situada na Avenida
Fued José Sebba, nº 1184, Jardim Goiás, CEP: 74.805-100, Goiânia-GO,com fulcro
nos artigos 840, §1º da CLT e 319 do NCPC, vem propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

pelo rito sumaríssimo, em face de BRASIL TELECOM CALL CENTER S/A, inscrita
sob o CNPJ n° 04.014.081/0008-06, situada na Rodovia BR 153, km 06, s/n, bloco
10, Vila Redenção em Goiânia/GO, CEP nº 74.845-090, conforme exposição de
fatos a seguir:

1) DO CONTRATO DE TRABALHO

Foi celebrado um Contrato (em anexo) de Trabalho e Aprendizagem


– Jovem Aprendiz com prazo determinado entre Reclamante e Reclamada, no dia,
30/07/2018 com início no mesmo e com data final no dia 20/06/2020.
Na clausula quarta do contrato diz que poderá ser renovado por
igual período de acordo com a legislação aplicável.
A Reclamante foi admitida no dia 30 de julho de 2018, para exercer
a função de jovem aprendiz, desempenhando atividades como atendimento aos
clientes através do PROCON.
Para prestar seus serviços, a Reclamante recebia salário no valor de
R$ 795,00 (setecentos e noventa e cinco reais), mensais.
Quanto a sua jornada de trabalho, a atividade desempenhada se
dava de terça a sexta das 12:20 as 18:40, não trabalhava aos sábados e domingo,
com intervalo de 30 minutos para o lanche e 15 para descanso, cumprindo uma
jornada de trabalho de 31h semanais.
A Reclamante recebia auxilio alimentação no valo de R$ 198,00
(cento e noventa e oito reais) e a empresa oferecia plano de saúde e odontológico,
recebia vale transporte e as faltas não justificadas eram descontadas.
Em 15 de fevereiro de 2019, a Reclamante foi demitida sem justa
causa, trabalhou apenas 6 meses e 15 dias, faltando 1 ano 4 meses e 5 dias para
vencer o contrato e até a presente data a Reclamada não pagou a devida verba
rescisória da multa.do artigo 479 da CLT.
Pela modalidade da dispensa sem justa causa é assegurado ao
trabalhador o direito de receber todas as verbas rescisórias não quitadas devidas
pelo empregador.

2) DAS VERBAS RESCISÓRIAS

 AVISO PRÉVIO

Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de


trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo,
com a antecedência que estiver obrigada por força de lei.
O contrato foi rescindido por parte do empregador, sem justa causa,
assim a contagem do aviso prévio proporcional, para fins da Lei 12.506/11, inicia-se
a partir do decurso de 01 (um) ano de contrato, totalizando 30 dias e após esse
período o empregado terá direito a um acréscimo de 03 (três) dias por ano de
serviço prestado na mesma empresa.
O Reclamante completou 01 (um) ano de contrato em 18/12/2018
contabilizando 30 dias, após esse período teve direito a um acréscimo de 3 dias, em
razão dos anos de 2018 e 2019, totalizando 33 dias de aviso prévio, fazendo jus ao
montante de R$ R$ 3.850,37 (três mil e oitocentos e cinquenta reais e trinta e sete
centavos).
 SALDO SALÁRIO

Observa-se que o Reclamante trabalhou no período de 01 de janeiro


de 2019 a 16 de janeiro de 2019, data esta da dispensa. Contudo, o Reclamado
deixando de cumprir com suas obrigações não efetuou o pagamento referente ao
saldo salário de 16 (dezesseis) dias.
A remuneração mensal do Reclamante é de R$ 3.500,34 (três mil e
quinhentos reais e trinta e quatro centavos), à vista disso, o saldo salário de 16
(dezesseis) dias perfaz o montante de R$ 1.866,84 (um mil e oitocentos e sessenta
e seis reais e oitenta e quatro centavos).

 FÉRIAS + TERÇO CONSTITUCIONAL

Dispõe a CLT, em seu art.129 que “todo empregado terá direito


anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração”.
Nesse sentido, a Constituição Federal no art. 7º, XVII, assegura o
direito ao terço constitucional, que são o “gozo de férias anuais remuneradas, com
pelo menos, um terço a mais do que o salário normal”.
Na hipótese, o Reclamante laborou pelo período de 12 meses
(18/12/2017 à 18/12/2018) e não gozou das férias referentes a esse lapso temporal,
razão pela qual faz jus a férias integrais, no valor de R$ 3.500,34 (três mil e
quinhentos reais e trinta e quatro centavos). Ademais, consoante a previsão
constitucional, deve ser acrescido o montante de R$ 1.166,78 (um mil e cento e
sessenta e seis reais e setenta e oito centavos) referentes ao terço constitucional
devido pelo Reclamante.
Em relação as férias proporcionais o Reclamante tem direito a 2/12
avos da remuneração, referente ao período de janeiro e fevereiro de 2019,
contabilizando o valor de R$ 583,39 (quinhentos e oitenta e três reais e trinta e nove
centavos. Do mesmo modo, será devido o valor de R$194,44 (cento e noventa e
quatro reais e quarenta e quatro centavos) referente ao terço constitucional, das
férias proporcionais.
 13º SALÁRIO

De acordo com o art. 1º da Lei 4.090/62, fica assegurado a


bonificação natalina para os trabalhadores, conhecida como 13º salário, vejamos:

Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga,


pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da
remuneração a que fizer jus.

§ 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em


dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.

§ 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida


como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior.

§ 3º - A gratificação será proporcional:

I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra,


ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e

II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do


trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro.

O contrato celebrado pelo Reclamante perdurou pelo período de 1


ano e 12 dias, de maneira que o empregador optou pelo pagamento parcelado do
13º salário. Assim, não efetuou a 2ª parcela do pagamento da gratificação salarial
que corresponde ao valor de R$ 1.202,06 (um mil e duzentos e dois reais e seis
centavos).
Destarte, no período dos meses de janeiro e fevereiro de 2019, o
Reclamante faz jus ao 13º salário proporcional correspondente a 2/12 avos da
remuneração devida, atingindo o valor de R$ 583,39 (quinhentos e oitenta e três
reais e trinta e nove centavos).

 SALÁRIOS ATRASADOS

A Constituição Federal garante aos trabalhadores urbanos e rurais à


proteção do salário, tornando-se dolosa toda conduta que tenha como objetivo sua
retenção.
A partir desse ponto de vista, a CLT em seu art. 76 preceitua o
conceito de salário, vejamos:

Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo


empregador a todo trabalhador, inclusive ao
trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz
de satisfazer, em determinada época e região.

Note-se que o legislador consagrou ao salário a natureza


alimentícia, tornando-o direito fundamental. Nessa circunstância, o Reclamante
prestou a função como gerente de serviços no período de 18/12/2017 à 16/01/2019.
Entretanto, a contraprestação mínima devida concernente ao mês de fevereiro, do
ano de 2018 não foi paga pelo Reclamado, sendo que o reclamante recebeu apenas
um vale de R$ 1.000,00 (hum mil reais) - documento em anexo -, razão pela qual o
Reclamante faz jusao recebimentodo valor de R$ 2.500,34 (dois mil e quinhentos
reais e trinta e quatro centavos) pertinentes ao referido mês.

 FGTS

Verificando os documentos colacionados aos autos, os depósitos de


FGTS alusivos aos meses de fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto,
setembro, outubro, novembro e dezembro de 2018 e o mês de janeiro de 2019 não
foram efetuados. Desta forma, faz-se necessário sua integralização no valor de R$
3.752,38 (três mil e setecentos e cinquenta e dois reais e trinta e oito centavos).

 FGTS RESCISÓRIO

O FGTS Rescisório é formado a partir do depósito mensal de 8% do


salário do empregado. Todavia, a rescisão do contrato foi efetivada justamente pelo
não cumprimento das obrigações contratuais pelo empregador, o que ratifica a
ausência dos depósitos, mas não afasta da Reclamante o direito à sua retirada no
importe de R$ 939,65 (novecentos e trinta e nove reais e sessenta e cinco
centavos).

 MULTA DE 40% do FGTS

A teor do que firma o art. 18, §1º da Lei 8.036/1990 (Lei do FGTS),
temos que o empregador no caso de despedida sem justa causa deverá depositar
importância equivalente a 40% do valor acumulado de todos os depósitos realizados
- que deveriam ter sido realizados - na conta vinculada durante a vigência do
contrato,
Assim temos no caso concreto que, a multa de 40% incidirá sobre o
FGTS mensal (R$3.752,38) mais o FGTS rescisório (R$ 939,65) constituindo o
importe de R$ 1.876,80 (um mil e oitocentos e setenta e seis reais e oitenta
centavos).

 MULTA DOS ARTS. 467 E 477, §§ 6º E 8º DA CLT

A redação do art. 467 afirma que nos casos de dispensa sem justa
causa a parte incontroversa dessas verbas deverá ser paga pelo empregador, sob
pena de pagá-las acrescidas de 50%, e na parte controversa sobre o montante das
verbas rescisórias, o empregador estará obrigado a pagar ao trabalhador à data do
comparecimento à Justiça do Trabalho, ou seja, data da primeira audiência.
No caso em pauta, apresentada toda a documentação, não há que
se falar em controvérsia das verbas rescisórias devidas pelo empregador, razão pela
qual o Reclamante faz jus à multa prevista no respectivo artigo, quantia composta
pela soma das verbas rescisórias acrescidas de 50%, totalizando o valor de R$
11.008,40 (onze mil e oito reais e quarenta centavos).
Por sua vez, o art. 477, §§ 6º e 8º declara que o pagamento dos
valores constantes do instrumento de rescisão deverá ser efetuado em até 10 (dez)
dias contados a partir do término do contrato, outrossim, deve ser entregue ao
empregado o documento que comprove a comunicação da rescisão contratual aos
órgãos competentes. A inobservância destes requisitos ensejará ao infrator à multa a
favor do empregado em valor equivalente ao seu salário.
Isto posto, em razão da ausência do pagamento das verbas
rescisórias no prazo de 10 (dez) dias e a inobservância do disposto no artigo
supramencionado, é que a Reclamante se vale da multa na quantia de R$ 3.500,34
(três mil e quinhentos reais e trinta e quatro centavos).

3) TUTELA DE URGÊNCIA EM CARÁTER ANTECIPADO - EXPEDIÇÃO DE


ALVARÁ JUDICIAL PARA MOVIMENTAÇÃO DA CONTA VINCULADA DO
FGTS E HABILITAÇÃO JUNTO AO PROGRAMA SEGURO DESEMPREGO
Conforme CTPS e aviso prévio indenizado em anexo, o Reclamante
foi despedido sem justa causa no dia 02 de outubro de 2013, sendo que até a
presente data, a Reclamada não lhe forneceu o TRCT no código 01 para saque
do FGTS, nem tampouco as guias para habilitação no programa do Seguro
Desemprego.
À luz do Art. 300 do Código de Processo Civil, temos que:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§1º. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o
caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os
danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la.
§2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia.

In casu, os requisitos para concessão da tutela de urgência estão


presentes, conforme artigo supracitado, uma vez que os documentos que
instruem a inicial demonstram que o rompimento do vínculo empregatício se
deu por iniciativa do empregador, inclusive sem justa causa.
Quanto ao fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação, também está presente, já que o Reclamante, face o rompimento do
pacto laboral por iniciativa do empregador, necessitaque a Reclamada efetue
os depósitos em sua conta vinculada como forma de garantir sua subsistência,
bem como habilitar-se no programa do seguro-desemprego.

Ademais, nos termos do art. 20, I, da Lei n° 8.036/90, a conta


vinculada do trabalhador poderá ser movimentada na despedida sem justa
causa. Da mesma forma, nos termos das Leis n°s 7.998/90 e 8.900/94, o
empregado dispensado sem justa causa após mais de seis meses de contrato
tem direito de se habilitar ao programa do seguro-desemprego.

Por todo exposto, REQUER seja concedida a tutela de urgência para


a expedição de alvará judicial, bem como a certidão narrativa, para que a
Reclamante possa sacar seu FGTS e habilitar-se no programa do Seguro
Desemprego, nos termos do art. 300, §1º e 2º, do CPC, aplicado
subsidiariamente por força do art. 769 da CLT.

4)DO PEDIDO

Ante o exposto, requer:


A)A concessão da liminar para a expedição de alvará judicial para movimentação da
conta vinculada do FGTS e habilitação junto ao programa seguro desemprego;
B) A condenação da Reclamada na obrigação de fazer, dar baixa na CTPS do
Reclamante e na obrigação de entregar, as guias de FGTS devidamente
preenchidase as do seguro-desemprego.
Requer ainda, a condenação da Reclamada ao pagamento das
seguintes verbas rescisórias:
C) Saldo salário de 16 dias, no valor de R$ 1.866,34 (hum mil e oitocentos e
sessenta e seis reais e trinta e quatro centavos);
D) Aviso prévio de 33 dias, no valor de R$ R$ 3.850,37 (três mil e oitocentos e
cinquenta reais e trinta e sete centavos);
E) 2ª parcela do 13º salário de 2018, no valor de R$ 1.202,06 (hum mil e duzentos e
dois reais e seis centavos);
F) 13º proporcional de 2019 (2/12 avos), no valor de R$ 583,39 (quinhentos e oitenta
e três reais e trinta e nove centavos);
G) Férias vencidas e 1/3 de 2017 e 2018, no valor de R$ 4.667,12 (quatro mil e
seiscentos e sessenta e sete reais e doze centavos);
H) Férias proporcionais (2/12 avos), e 1/3 proporcional de 2019 no valor de
R$778,35 (setecentos e setenta e oito reais e trinta e cinco centavos);
I) Salário atrasado, fevereiro de 2018, no valor de R$ 2.500,34 (dois mil e quinhentos
reais e trinta e quatro centavos)
J) FGTS mensal (13 meses e 12 dias), no valor de R$ 3.752,36 (três mil e
setecentos e cinquenta e dois reais e trinta e seis centavos);
K) FGTS rescisório, no valor de R$ 939,65 (novecentos e trinta nove reais e
sessenta e cinco centavos);
L) Multa de 40% do FGTS, no valor de R$ 1.876,80,00 (hum mil e oitocentos e
setenta e seis reais e oitenta centavos);
M) Multa do art. 467 da CLT, no valor de R$ 11.008,40 (onze mil e oito reais e
quarenta centavos);
N) Multa do art.477, § 6º e 8º da CLT, no valor de R$ 3.500,34 (três mil e quinhentos
reais e trinta e quatro centavos);

5)DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em


direito, especialmente o depoimento pessoal da Reclamada, oitiva de testemunhas,
sem prejuízo de quaisquer outras provas eventualmente cabíveis.

6)DA NOTIFICAÇÃO

Requer a notificação da Reclamada, para que se manifeste sobre os itens


supra arguidos, sob pena de serem admitidos como verdadeiros, o que por certo, ao
final restará comprovado com a TOTAL PROCEDÊNCIA do pedido.

7)DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Diante do trabalho do advogado com fulcro no art. 791-A da CLT e a


Súmula 450 do STF, requer o pagamento de honorários de sucumbência, no
percentual de 15% sobre os valores brutos decorrentes da presente ação, no
importe de R$ 5.478,83 (cinco mil e quatrocentos e setenta e oito reais e oitenta e
três centavos).

8) DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer, por fim, seja concedida a justiça gratuita a reclamante, tendo em


vista esta ser hipossuficiente, nos termos do art.98 do CPC.

9) DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 42.004,35 (quarenta e dois mil e quatro reais


e trinta e cinco centavos).
Nestes termos, pede deferimento.

Goiânia, 04 de abril de 2019.

Rafaela Martins
OAB/GO nº 38.255

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