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PREPARO AUTOMATIZADO DOS CANAIS

RADICULARES
Profª Flávia Sens Fagundes Tomazinho

Profº Flares Baratto Filho

A idéia de trabalhar com instrumentos endodônticos do uso intracanal de


forma automatizada, acionadas a ar ou por motor elétrico, sempre instigou os
pesquisadores. Entretanto a morfologia dos instrumentos sempre se constituiu
em grande obstáculo, uma vez que propiciava o seu travamento junto às
paredes do canal radicular bem como sua fratura.

O avanço tecnológico tornou possível alterações significativas na


morfologia destes instrumentos, como obtenção de uma ponta não cortante,
modificação da sua agressividade alternando o seu ângulo de corte,
promovendo mudanças no seu método de fabrico e descobrindo novas ligas
metálicas. Todos estes fatores contribuíram para tornar realidade o
acionamento de uma lima endodôntica através de um motor elétrico ou por
sistema pneumático.

A nova geração de instrumentos endodônticos é representada pelas


limas de níquel-titânio acionadas a motor, que são fabricadas por usinagem, a
partir de fios ortodônticos de uma haste com secção redonda. Esse processo
de fabricação é mais preciso e permite maior variabilidade na secção
transversal. A capacidade de corte destes instrumentos é menor que aquela
dos instrumentos de aço-inox. Isto permitiu que pudessem ter maior efetividade
quando acionados através de motor pneumático ou elétrico, em movimentos de
rotação contínua, constituindo a terceira geração no aprimoramento e
simplificação da endodontia. Seu lançamento representou uma grande
revolução no preparo do canal radicular.

Os instrumentos desenvolvidos para o preparo dos canais radiculares


com rotação contínua estão em constante evolução buscando reduzir a fratura
destes instrumentos no interior dos canais radiculares, proporcionando um
preparo com maior conicidade no sentido coroa-ápice e diminuindo o tempo de
trabalho. Para isto estes sistemas têm características próprias que serão
descrita.
Conicidade

Representa a medida de aumento do diâmetro da parte ativa em direção


ao cabo. A fabricação de instrumentos com diferentes conicidades mudou o
conceito da instrumentação de canais radiculares, particularmente os
atresiados e curvos. Como conseqüência dessa maior conicidade, apenas uma
porção da parte ativa do instrumento (plano de contato) entra em contato com a
parede dentinária. Essa maior conicidade proporciona desgaste mais efetivo do
canal radicular, por ação de alargamento, com menor risco de fratura.

Face ao conceito de ampliação reversa ser hoje um princípio básico de


terapia endodôntica e com o objetivo de favorecê-lo, permitindo um
alargamento mais adequado do terço cervical e médio, os instrumentos
passaram a ser fabricados com conicidades diferentes da convencional (0,02),
isto é, 0,04, 0,06 e 0,08.

Ao analisarmos um instrumento de número 30, de conicidade 0,02, este


tem o diâmetro de 0,30mm em D0, e ao término de sua parte ativa (D16), o
aumento corresponde a 0,32mm, ou seja, tem um aumento de diâmetro
correspondente a 0,62mm (um pouco mais que um instrumento número 60 em
seu D0). Um instrumento de conicidade 0,04, possui o dobro de conicidade,
isto é, um aumento de 0,64mm, o que significa que o diâmetro em D16 é de
0,94mm (um pouco mais que um instrumento número 90 em seu D0). Por sua
vez, um instrumento de conicidade 0,06 terá diâmetro em D16 de 1,26mm. Não
resta dúvida que maior conicidade é importante na ampliação reversa,
favorecendo a ação dos instrumentos, a irrigação e a obturação.
Neste caso o diâmetro do instrumento aumenta 0,02mm a cada milímitro da
parte ativa de D0 para D16.

Lima manual nº 30 – conicidade 0,02


Parte ativa = 16mm

D16 = 0,62mm D0 = 0,30mm

Instrumento ProFile nº 30 – conicidade 0,04

Parte ativa = 16mm

D16 = 0,94mm D0 = 0,30mm

Neste caso o diâmetro do instrumento aumenta 0,04mm a cada milímetro da


parte ativa de D0 para D16.

Ao empregarmos instrumentos com conicidade 0,04 ou 0,06, apenas a


área de corte da região de maior diâmetro do instrumento entra em contato
com as paredes do canal radicular, principalmente no terço cervical,
proporcionando ampliação mais significativa desta região. Tal fato favorece o
avanço de instrumentos de menor diâmetro, atingindo o comprimento de
trabalho com menor interferência ao longo das paredes. Quando da ampliação
do terço apical, os instrumentos sofrem menor carga e ficam submetidos a
esforços de tensão e compressão reduzidos na região de curvatura, diminuindo
a possibilidade de fratura do instrumento.

Cinemática

O uso de instrumentos com rotação contínua implica em cinemática


própria que deverá ser seguida com bastante rigor. Estes são introduzidos no
canal radicular penetrando no máximo dois milímetros de cada vez, com recuo
imediato. O avanço em torno de 2mm deverá ser realizado sem que haja a
necessidade de grandes esforços. Quando percebe-se dificuldade de
progressão, o instrumento deverá ser substituído pelo seguinte, que em função
do seu diâmetro e/ou conicidade, avançará uma profundidade maior no canal
radicular.

Ao atingir a medida de trabalho, a cinemática é a mesma. O recuo


imediato evita que o instrumento permaneça em rotação contínua constante
naquela região, evitando a ocorrência de defeitos, principalmente transporte
apical. Repetindo-se este passo duas ou três vezes, ampliação da região apical
estará concluída.

Superfície radial

Os instrumentos rotatórios fabricados com níquel-titâneo apresentam


áreas de contato desbastadas. Assim se criou o que se chama em inglês de
“radial land”. A superfície radial proporciona um plano de contato do
instrumento com a parede do canal radicular podendo ser chamado também de
guia de penetração lateral. Esse plano de contato impede que o instrumento se
embrique nas paredes do canal radicular quando pressionado em direção ao
ápice. Permite que, ao se rotacionar no canal, deslize pelas paredes
dentinárias, proporcionando função de alargamento e não de limagem e
concorrendo para menor risco de fratura.

É na superfície radial onde se apóia a parte ativa da lima. O apoio da


parte ativa da lima é definido como o volume de material apoiado a parte ativa
do instrumento. Esse desenho característico é decisivo para o sucesso do
instrumento. Quanto menor o apoio da parte ativa da lima (volume de metal
atrás da parte de cortante) menor se torna a resistência do instrumento à
torção ou estresse rotacional.
Superfície
radial

Alívio da superfície radial

Permite menor área de contato com a dentina, diminuindo a fricção entre


o instrumento e a parede do canal radicular.
Ângulo de corte

O advento da superfície radial permite que o ângulo de corte desses


instrumentos seja levemente seja levemente negativo ou positivo. O ângulo de
corte negativo faz com que o desgaste não seja tão intenso. A compensação
na perda do poder de corte é feita pelo aumento da velocidade com que os
instrumentos rotatórios atuam. O ângulo de corte positivo proporciona um
poder de corte mais efetivo. O ângulo de corte vai depender do desenho de
cada instrumento.

Ângulo de corte negativo


Ângulo de corte positivo

Área de escape

São espaços que servem para receber as raspas de dentina


conseqüentes da instrumentação do canal radicular.

Ângulo helicoidal

Quanto maior o ângulo helicoidal, mais rápido é o desgaste de dentina,


mantendo-se a mesma velocidade. Com um ângulo helicoidal pequeno, a uma
mesma velocidade, o instrumento deverá atuar mais tempo para ter a mesma
eficácia de desgaste. No Entanto, quando o ângulo é maior que 45°, o risco do
instrumento de se imbricar nas paredes é grande, facilitando a fratura. O
ângulo helicoidal dos instrumentos rotatórios é em torno de 35°, graduação que
compensa velocidade com efetividade. Alguns instrumentos mais recentes,
como por exemplo os da série Flare, possuem ângulo helicoidal variável. No
início da parte ativa esse ângulo é de 25° e, próximo ao D16, varia para até
35°. Assim, no da parte ativa, que é delgada e possível de fratura, a eficiência
de corte é menor e, conseqüentemente, há menor risco de fratura.
Distribuição da massa metálica

A secção transversal de alguns instrumentos não é homogênea, tal fato


permite que o instrumento se acomode melhor no canal radicular, distribuindo
melhor as forças aplicadas na dentina. Além de permitir o desgate de todas as
extensões das paredes dentinárias, reduz o risco de fratura.

Menor massa metálica Maior massa metálica


Desenho da ponta

A maioria dos instrumentos possui ponta inativa, dificilmente o


instrumento se desvia do trajeto original d canal radicular anatômico.
Ponta ativa – instrumento manual

Ponta inativa – instrumento de rotação contínua

CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os sistemas rotatórios para serem utilizados com segurança no preparo
do canal radicular, recomenda-se que antes da sua utilização sejam
observados alguns cuidados, como:

Treinamento Prévio

Antes da utilização clínica, é fundamental que a o profissional tenha um


treinamento prévio em dentes extraídos, para adquirir a habilidade necessária
ao uso dos instrumentos rotatórios. Recomenda-se também que este
treinamento seja realizado sempre que o profissional for utilizar sistemas novos
ou que nunca tenha utilizado, para que ele se adapte ao novo instrumento.

Análise criteriosa do RX inicial

Avaliar a presença de curvaturas, calcificações e outras dificuldades


para a realização do preparo.

Diâmetro anatômico

Obrigatoriamente deve-se realizar a exploração inicial manualmente,


pois quanto menor for o diâmetro anatômico do canal radicular maior será o
risco de fraturas de instrumentos. Deve-se respeitar a anatomia interna do
elemento dental não utilizando instrumentos muito calibrosos no preparo apical
destes dentes.

Curvaturas
Apesar do níquel-titânio proporcionar uma maior segurança no preparo
de dentes com curvaturas, estas devem ser respeitadas também evitando-se
instrumentos calibrosos no preparo delas. Para curvaturas com mais de 30° os
autores recomendam a utilização de instrumentos novos para o seu preparo.

Duplas curvaturas

Canais em forma de “baioneta” ou em forma de “S” também devem ser


respeitados com instrumentos menos calibrosos em função do stress e da
fadiga que causam nos instrumentos. Recomenda-se também a utilização de
instrumentos novos para o preparo destes canais, sendo que estes
instrumentos terão sua vida útil diminuída, em função do que foi apresentado.

Preparo das entradas dos canais, terço cervical e terço médio

Da mesma forma, torna-se obrigatória a utilização de uma técnica coroa-


ápice, para diminuir as restrições ao instrumento na região apical dos canais
radiculares, sendo que instrumentos com maior Taper devem ser utilizados na
ampliação reversa, enquanto que os instrumentos com menor Taper no
preparo apical.

CINEMÁTICA DO PREPARO MECANIZADO


Para a utilização dos sistemas rotatórios, deve-se também saber a forma
de se usar os sistemas, bem como a força empregada nessa utilização:

1- Nunca deixar os instrumentos parados no interior dos canais, ou seja,


sempre movimentá-los no sentido apico-coronal em movimentos
contínuos, lentos e em vai-vém (movimento descrito classicamente
como “Bicada”)
2- Alguns instrumentos, segundo os fabricantes, permitem movimentos de
lateralidade (movimento descrito classicamente como “Pincelada”) Os
instrumentos que teoricamente permitem este tipo de movimento são
aqueles que não possuem “Radial Land”, ou seja, que tenham ângulos
de corte positivo ou negativo.
3- Jamais forçar os instrumentos no interior dos canais, quando estes não
”descerem”, deve-se trabalhar a região até onde o instrumento está
descendo e progressivamente tentar descer ou diminuir o calibre do
instrumento, ou ainda, recapitular com um instrumento manual fino.
4- A força utilizada no preparo rotatório é descrita como uma força aplicada
sobre a ponta de um lápis

TIPOS DE MOTORES
Para todos os diferentes tipos de instrumentos rotatórios, podem ser
empregados dois tipos de motores:
1- Motores Pneumáticos ou a ar comprimido
2- Motores Elétricos

Em relação à qualidade do preparo, estudos têm demonstrado que ambos


são eficientes, não havendo diferenças em relação ao uso de um determinado
motor. Entretanto, podemos listar algumas vantagens e desvantagens de cada
um:

Motores Pneumáticos

-São mais práticos, em função de sua adaptação ao motor de baixa rotação


convencional.
-Em relação ao custo, são mais baratos.
-Alguns sistemas já apresentam controle de torque, entretanto a grande maioria
das peças não o possui.
-São barulhentos deixando muitas vezes o paciente mais tenso na cadeira.
-Não há um controle efetivo da velocidade que está sendo usada, em função
da variação apresentada pelo motor da baixa rotação.
-Podem ter desempenho alterado em função do trabalho do compressor.

Motores Elétricos

-São menos práticos, em função da montagem do motor, pedais e peça de


mão.
-São motores mais caros que os pneumáticos.
-Apresentam controladores e limitadores de torque, função que diminui
significativamente o índice de fraturas de instrumentos.
-Por não dependerem do compressor são silenciosos, tranquilizando assim o
paciente.
-Existe um controle efetivo da velocidade que está sendo utilizada.
-Podem ser utilizados em outras áreas da odontologia, como na realização de
implantes.

SISTEMAS DE ROTAÇÃO
Basicamente são dois os tipos de rotação empregadas no preparo
mecanizado do canal radicular:
1- Sistemas de Rotação alternada (oscilatório)
2- Sistemas de Rotação Contínua (giro contínuo)

Sistemas de Rotação alternada

São sistemas que utilizam limas manuais acopladas aos motores,


podendo ser de aço inoxidável flexível ou de preferência, níquel titânio. Neste
sistema, recomenda-se que o instrumento trabalhe em uma velocidade entre
2000 a 5000 rpm, sendo aplicada uma cinemática de movimentação alternada,
ou seja, movimentos rotacionais no sentido horário e anti-horário, com uma
amplitude variável entre 30°, 45° e 90°. Para este sistema, existe uma
diversidade maior de motores pneumáticos sem controle de torque, mas
também existem pneumáticos com controle de torque ou ainda elétricos.
Alguns dos aparelhos e fabricantes estão listados logo abaixo:

1- Sistema SAFETY M4® da KERR, pneumático, sem controle de torque,


trabalha em uma amplitude de 30°, com uma redução de 4X, ou seja, se
houver 20000 rpm no micro motor de baixa rotação, o sistema trabalhará
em 5000 rpm

2- Sistema Endo-Griper® da Moyco, pneumático, sem controle de torque,


trabalha em uma amplitude de 45°, com uma redução de 10X, ou seja,
se houver 20000 rpm no micro motor de baixa rotação, o sistema
trabalhará em 2000 rpm

3- Sistema 2903-Duratec® da Kavo, pneumático, sem controle de torque,


trabalha em uma amplitude de 45°, com uma redução de 4X, ou seja, se
houver 20000 rpm no micro motor de baixa rotação, o sistema trabalhará
em 5000 rpm

4- Sistema 3624® e 3LD® da Kavo, pneumático, sem controle de torque, é


o sistema antecessor ao 2903-D, também trabalha em uma amplitude de
90°, com uma redução de 4X, ou seja, se houver 20000 rpm no micro
motor de baixa rotação, o sistema trabalhará em 5000 rpm

5- Sistema Endo-mate® da NSK, elétrico, sem controle de torque trabalha


em uma amplitude de 90°, com uma redução de 10X, ou seja, se houver
20000 rpm no micro motor de baixa rotação, o sistema trabalhará em
2000 rpm

Sistemas de Rotação Contínua

São sistemas que utilizam limas próprias, ou seja limas desenvolvidas


normalmente em níquel-titânio para serem utilizadas especificamente
acopladas aos motores. Neste sistema, recomenda-se que o instrumento
trabalhe em uma velocidade entre 150 a 350 rpm, podendo esta ser alterada
conforme o fabricante. Sobre o instrumento, é aplicada uma cinemática de
movimentação contínua, ou seja, movimentos rotacionais completos no sentido
horário. Para este sistema, existe uma diversidade de motores pneumáticos
sem controle de torque, pneumáticos com controle de torque e principalmente
elétricos. Alguns dos aparelhos e fabricantes estão descritos logo abaixo:

1- Sistema peça angular 3630® e cabeça angular 67 CN®, da Kavo,


pneumático, sem controle de torque, com uma redução de 60X (30X
peça angular e 10X cabeça redutora), ou seja, se houver 20000 rpm no
micro motor de baixa rotação, o sistema irá trabalhará aproximadamente
em 330 rpm

2- Sistema Duratec 2962®, da Kavo, pneumático, sem controle de torque,


com uma redução de 74X, ou seja, se houver 20000 rpm no micro motor
de baixa rotação, o sistema irá trabalhará aproximadamente em 270 rpm
3- Sistema Kavo EndoFlash, pneumático, com controle de torque (15, 20 e
25), com uma redução de 40X, ou seja, se houver 20000 rpm no micro
motor de baixa rotação, o sistema irá trabalhará aproximadamente em
500 rpm. Pode-se também adaptar a motores elétricos e ajustar as
rotações para 250 rpm.

4- Sistema Anthogyr®, fabricado pela Micro-Mega, pneumático, com


controle de torque (4 níveis), com uma redução de 64X ou 28X, ou seja,
se houver 20000 rpm no micro motor de baixa rotação, o sistema poderá
trabalhar em aproximadamente em 312 rpm. As peças de 28X são
associadas a motores elétricos para atingirem aproximadamente 300
rpm.

5- Sistema Tri Auto ZX®, fabricado pela J Morita, elétrico (bateria), sem
controle de torque, com uma redução de 60X, ou seja, se houver 20000
rpm no micro motor de baixa rotação, o sistema poderá trabalhar em
aproximadamente em 312 rpm. Possui a grande vantagem de não
possuir Fio e de ter um controle de auto-reverso, além do localizador
apical .

6- Sistema Endo-Mate®, fabricado pela NSK, elétrico (bateria), sem


controle de torque, com uma redução de 40X, ou seja, se houver 20000
rpm no micro motor de baixa rotação, o sistema poderá trabalhar em
aproximadamente em 500 rpm. Possui a vantagem de não possuir Fio e
de poder trocar a cabeça para a rotação alternada.

7- Sistema TC Motor 3000®, fabricado pela Nouvag, elétrico, sem controle


de torque, com uma redução ajustável sendo a velocidade
preferencialmente ajustada entre 150 a 350 rpm. Também possui o
sistema de reverso.

8- Sistema Endo-plus®, fabricado pela Driller, elétrico, com controle de


torque (0.2 / 0.5 / 1 ... 16), com uma redução ajustável sendo a
velocidade preferencialmente ajustada entre 150 a 350 rpm. Também
possui o sistema de auto-reverso.

9- Sistema Tecnika®, fabricado pela Densply-Maillefer, elétrico, com


controle de torque (15:1 / 16:1 / 18:1 / 20:1), com uma redução ajustável
sendo a velocidade preferencialmente ajustada entre 150 a 350 rpm.
Também possui o sistema de auto-reverso e ajuste de torque e
velocidades programáveis para diferentes instrumentos rotatórios.

TÉCNICA DE PREPARO MECANIZADO COM ROTAÇÃO


CONTÍNUA
Existe uma infinidade de técnicas de preparo mecanizado que utilizam o
sistema de rotação contínua, sendo estas variáveis de acordo com o
instrumento utilizado e de acordo com o fabricante. As variações de técnica
ocorrem conforme o “design” dos instrumentos, entretanto, seguem sempre a
preparação do canal no sentido coroa-ápice. Lembrando que a velocidade a
ser empregada será entre 150 a 350 rpm.

1 RX inicial.
2 Acesso, localização e preparo das entradas dos canais radiculares.
3 Determinação do comprimento de trabalho de exploração (CTEx = CAD
– 2mm).
4 Exploração do canal com uma Lima tipo K número 10 e FF número 15
no Ctex (instrumento de patência).
5 Determinação do comprimento de trabalho da Gates (CTG1=CAD –
5mm; CTG2=CAD – 6mm; CTG3=CAD – 7mm e CTG4=CAD – 8mm).
Canais retos: até 5mm antes do ápice e Canais curvos: até a curvatura.
6 Utilização das Gates: Gates 1 no CTG1 + Instrumento patência no Ctex
(para evitar entupimentos do canal por dentina) + irrigação NaOCl.
Gates 2 no CTG2+ instrumento patência no Ctex + irrigação NaOCl.
Gates 3 no CTG3 + instrumento patência no Ctex + irrigação
NaOCl.Gates 4 no CTG4 + instrumento de patencia no Ctex + irrigação
com NaOCl.
7 Odontometria com lima FF número 15 no CTex.
8 Determinação do CRD e CT.
9 Esvaziamento no CRD para necropulpectomias (manualmente).
10 Realizar o preparo do canal utilizando as limas Profile calibradas no CT
(CT=CRD-1mm), no contra-ângulo redutor.
a. Calibrar limas Profile (1ª série-15.04, 20.04, 25.04, 30.04, 35.04,
40.04) no CT
b. Calibrar limas Profile (2ª série- 45.04, 60.04) no CT
c. Começar a Ampliação Reversa com limas da 2ª série nesta
ordem (#60.04, #45.04) e em seguida com limas da 1ª série
(#40.04, #35.04, #30.04,....), com movimentos de introdução,
bicada (leve). Repetir 5 vezes com cada lima.
OBS: As primeiras limas podem não atingir o CT, utilizar mesmo assim
até onde ela chegar, sem forçar.
d. Determinar o DA (Diâmetro Anatômico), ou seja, a primeira lima
que atingir o CT, corresponde ao DA do terço apical.
e. Irrigar com NaOCl 2,5% a cada troca de instrumento.
f. Fazer o DC (Diâmetro Cirúrgico), ou seja, alargar o terço apical
utilizando de 2 a 4 limas com diâmetros maiores e em ordem
crescente a partir do DA. Ex.: DA = #25.04, determinar o DC na
sequência #30.04, #35.04, #40.04, #45.04). A última lima utilizada
será o DC!

QUALIDADES E LIMITAÇÕES DO PREPARO MECANIZADO


É extremamente importante saber as qualidades e limitações do preparo
com instrumentos rotatórios, pois em alguns casos não é suficiente somente
este tipo de instrumentação, sendo necessário uma complementação manual
ou uma irrigação abundante e diferenciada.
Em relação às qualidades do preparo, em função do taper que os
instrumentos possuem, radiograficamente são preparos cônicos e contínuos,
de acordo com o princípio de Shilder. Também apresentam, principalmente nos
mais novos instrumentos, variações grandes de taper nos instrumentos iniciais
com diâmetros pequenos na ponta do instrumento, o que evita iatrogenias de
preparo na região apical, mesmo em raízes curvas.

Quanto às limitações dos rotatórios, aquelas se devem principalmente


em relação aos instrumentos que possuem o “Radial Land”, ou seja, áreas
planas de segurança existentes entre as lâminas dos instrumentos que são
responsáveis pela centralização do instrumento no canal radicular, ou seja,
pela formação de um preparo totalmente circular. É por este motivo que não se
consegue fugir do movimento de “bicada” para o movimento de “pincelada”
quando se utiliza instrumentos com esta particularidade. Outra limitação dos
rotatórios são os ângulos helicoidais, os quais podem fazer com que o
instrumento tenha uma ação indesejada denominada “rosqueamento”, motivo
pelo qual deve-se tomar cuidado na penetração dos instrumentos rotatórios no
canal radicular, principalmente aqueles mais calibrosos.

Portanto, as principais limitações dos rotatórios ocorrem no preparo dos


canais radiculares que possuem secção transversal achatada, uma vez que os
instrumentos rotatórios não conseguem atuar em todas as paredes internas do
canal. Para compensar essa limitação, deve-se utilizar um volume de 2 a 5 ml
de hipoclorito de sódio (de preferência 5%) entre cada instrumento e sugere-se
utilizar uma complementação manual.

Outra limitação do preparo mecanizado refere-se às fraturas de


instrumentos que ocorrem com relativa frequência. Este índice de fraturas é
diretamente proporcional ao número de utilizações e esterilizações sofridas
pelos instrumentos, sendo ideal a utilização destes instrumentos por 3X e no
máximo 5X, de acordo com o “stress” (instrumentos já utilizados em canais
curvos ou atrésicos devem ser descartados antes) sofrido pelo instrumento.
O preparo automatizado tem seu uso consolidado e contribuiu
significativamente na redução dos erros de procedimento observados
frequentemente com os instrumentos manuais, em especial os de aço
inoxidável. Grande é a diversidade de instrumentos e o conhecimento
individualizado torna-se importante para dar condições ao profissional de
apropriar-se das características próprias de cada um e utilizá-los de acordo
com suas indicações e restrições. Novas pesquisas e melhorias tecnológicas
nesta área são esperadas e o profissional consciente deve direcionar-se à
permanente atualização para acompanhar o desenvolvimento científico e poder
desempenhar adequadamente seu papel na sociedade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

LEONARDO, M.R.; LEONARDO, R.T. Sistema rotatórios em Endodontia –


Instrumentos de níquel-titânio., Artes Médicas, São Paulo, 2002.

SYDNEY, G.B. Como preparar o canal radicular com rapidez e eficiência, cap.
10, p. 189-218, In: CARDOSO, R.J.A.; GONÇALVES, E.A.G. ODONTOLOGIA:
Endodontia/ Trauma, Artes Médicas, São Paulo, 2002.

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