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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH


CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA
PROFESSOR: PROF. DR. TITO BARROS LEAL DE PONTES MEDEIROS
ALUNO: ALEX BRAZ DA SILVA

DEUSES, MÚMIAS E ZIGGURATS – CIRO FLAMARION CARDOSO

SOBRAL-CE
2019
CARDOSO, Ciro Flamarion. DEUSES, MÚMIAS E ZIGURATES: UMA
COMPARAÇÃO DAS REALIDADES ANTIGAS DO EGITO E DA MESOPOTÂMIA.
Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999. (Coleção História 27).

Em Deuses, Múmias e Ziggurats, de Ciro Flamarion Cardoso1, o autor trabalha com as


anotações que resultaram de seus estudos e aulas ministradas na Universidade Federal
Fluminense (UFF) sobre a História Comparada das Religiões. Inicialmente, sua preocupação
residia no fato de haver pouca bibliografia acessível aos estudos relativos as Religiões
estudadas/ministradas. O livro constitui-se de 154 páginas, partilhadas entre quatro capítulos e
ainda há uma divisão de duas partes para cada capítulo. Cada uma delas trata,
respectivamente, do Egito e da Mesopotâmia.
Em primeiro lugar o autor deixa claro por quais caminhos pretende percorrer, situando
logo no capítulo inicial: a) Sua metodologia: Consiste aqui em comparar ambos os contextos,
mesopotâmico e egípcio, e b) Seu pano de fundo: Daqui se destacam os autores: Ângelo
Brelich, Heinrick Frick, Trevor Ling e Karen Jolly.
Segundo, tratando de alguns conceitos básicos sobre o que será mais bem visto nos
capítulos posteriores, Cardoso expõe uma das questões centrais – e criticáveis – nos estudos
egiptólogos relacionados a religião: Trazer concepções cristãs e, até mesmo, ocidentais para
fundamentação do pensamento egípcio. Cardoso ainda explana conclusões que fogem
bastante desse arcabouço, advogando sobre haver uma unidade egípcia, dessa forma,
contrapondo as incontáveis e cindidas definições cristãs.
Na bibliografia religiosa-egípcia há, geralmente, uma ótica elitista, tanto referente aos
meios fúnebres, quanto às formas de se chegar ao divino, representado na figura do rei Maat.
É o que frisa o autor. Cardoso ainda apresenta algumas características divergentes entre a
cosmovisão mesopotâmia e a egípcia: O caos egípcio, nos olhos mesopotâmios são
ordenanças divinas; Aquilo que se vive já estava predestinado, os Deuses já o fizeram,
portanto, não seria possível alterar o curso da humanidade; A figura do servo divino centra-se
no rei.
Por conseguinte – Falo aqui do terceiro capítulo –, o autor, como já indica o título,
explana questões e relações dos povos egípcios e mesopotâmios com os seus Deuses no que
diz respeito ao culto e ao templo. Cardoso, aqui, inicia como Sócrates em seus diálogos:

1 Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1965) e doutorado em História –
Université de Paris X, Nanterre (1971). Atualmente é professor titular da Universidade Federal Fluminense.
Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, principalmente em
Egiptologia. (ESCAVADOR)
significando as palavras. Em seguida, traz ao leitor ou, melhor dizendo, familiariza o leitor
aos fundamentos e comportamentos divinos. Constituição corporal, hierarquia das divindades,
a divinização do indivíduo comum, entre outras questões, são as que encabeçam essa
familiarização que o autor faz entre o leitor e os fundamentos divinos.
Cardoso destaca ainda o cuidado que se deve ter ao referir-se a Mesopotâmia, evitando
generalizações vagas, haja vista que se trata de um conjunto de práticas e costumes religiosos,
estes, influenciados por diversos grupos.
Por fim, o autor aborda a questão fúnebre e da concepção do óbito diante das visões
egípcia e mesopotâmica. Na ótica egípcia a morte sinalizava o estágio de mobilidade da vida,
considerando, claro, que fosse cumprido todo o ritual fúnebre. Caso não houvesse a realização
de um sepultamento com rituais preestabelecidos o cadáver seria considerado como um corpo
qualquer. Na mesopotâmia, semelhante ao Egito, a morte representava uma das etapas da
vida, sendo tão e somente uma transição entre uma dimensão e outra. – Os reis, como figuras
importantes, poderiam ser representados por meio de estátuas, simulando, assim, sua
presença.
A citada obra de Cardoso se caracteriza, primeiramente, por possuir uma linguagem
simples e segundo pela divisão do conhecimento, o que contribui tanto para uma maior
acessibilidade do livro, quanto para a produção de mais conhecimento baseando-se no que
expôs o autor. Como o próprio autor caracterizou logo de início – e já dando mérito ao tal –,
há uma carência bibliográfica no que se refere ao assunto central dessa obra, fazendo dela,
dessa forma, bastante importante. Além disso, pode se relacionar, ainda que não diretamente,
com o livro da autora Gwendolyn Leick, já que traz referências à Mesopotâmia, mas
especificamente a religião.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, Ciro Flamarion. CIRO FLAMARION SANTANA CARDOSO |
ESCAVADOR.
Disponível em:
<https://www.escavador.com/sobre/2963873/ciro-flamarion-santana-cardoso>. Acesso em: 08
de março de 2019.

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