Concepção do Produto
A etapa II, denominada de concepção do produto, caracteriza o produto basicamente quanto a:
- pontos de utilização de luz e tomadas,
- Pontos de comandos (tipos) e
- quadros de cargas.
Nesta etapa são caracterizados as quantidades e valores de cargas dos P.U. nos planos da
camada de distribuição, que são os planos de LUZ, TUG’s e TUE’s.
tipo de ambiente,
altura, largura e comprimento
área,
perímetro,
altura do e ao plano de trabalho,
cores das paredes,
cores dos tetos,
nível de iluminação,
tipo de lâmpadas e luminárias
Tarefas
Descrever a concepção do produto em termos de:
Determinação dos Pontos de Utilização (PU)
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ligadas aparelhos móveis ou portáteis com potência até 600 VA.
Condições para se Estabelecer a Potência Mínima de Tomadas de Uso Geral (TUGs)
Atribuir, no mínimo, 600 VA por tomada, até 3
cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de
tomadas. Atribuir 100 VA para as tomadas
serviço, lavanderias e locais semelhantes
excedentes
Demais cômodos ou dependências Atribuir, no mínimo, 100 VA por tomada.
Condições para se Estabelecer a Quantidade Mínima de Tomadas de Uso Específico (TUEs)
A quantidade de TUEs é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização, com
corrente nominal superior a 600 VA.
Obs: AS TUEs são geralmente destinadas à ligação de equipamentos fixos e estacionários, como é
o caso de chuveiros e torneiras elétricos e secadoras de roupa.
Condições para se Estabelecer a Potência de Tomadas de Uso Específico (TUEs)
Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado.
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• Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do boxe.
Condições para se Estabelecer a Potência Mínima de Iluminação
A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência
Para área igual ou inferior Atribuir um mínimo de 100 VA.
a 6m2
Para área igual ou superior Atribuir um mínimo de 100 VA para os primeiros 6m2, acrescidos de 60 VA para
a 6m2 cada aumento de 4m2 inteiros.
Nota: a NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em residencias, ficando a
decisão por conta do projetista e do cliente
CARGA DE ILUMINAÇÃO
Condições mínimas:
• Área (A) menor ou igual a 6 m², adotar carga de 100 VA
• Área (A) maior do que 6 m², adotar carga de 100 VA para os primeiros 6m² e cargas de 60
VA a cada 4 m² inteiros.
AMBIENTE ÁREA (m²) CALCULADO
1 Varanda 14,25 100 VA 220 VA
1 Garagem 27,36 100 VA 400 VA
1 Estar 19,33 100 VA 280 VA
1 Jantar 8,62 100 VA 100 VA
1 Cozinha 10,31 100 VA 160 VA
1 Área serviço 7,92 100 VA 100 VA
1 Banho 3,00 100 VA 100 VA
1 Despensa 2,87 100 VA 100 VA
2 Hall 8,00 100 VA 100 VA
2 Quarto 1 13,46 100 VA 160 VA
2 Quarto 2 13,65 100 VA 160 VA
2 Quarto 3 12,18 100 VA 160 VA
2 Quarto 4 (casal) 14,51 100 VA 220 VA
2 Banho 1 3,38 100 VA 100 VA
2 Banho 2 2,73 100 VA 100 VA
2 Sala 7,05 100 VA 100 VA
2 Varanda 10,93 100 VA 160 VA
2 Circulação 5,72 100 VA 100 VA
Etapa3
Na etapa III, ocorre o desenvolvimento do projeto propriamente dito e pode ser subdividido em
cinco estágios de desenvolvimento:
anteprojeto (Etapa3_1);
projeto legal(Etapa3_2);
projeto pré-executivo(Etapa3_3);
projeto executivo(Etapa3_4); e
projeto para produção(Etapa3_5).
Para o nosso caso, ou seja para o desenvolvimento do nosso projeto didático iremos apresentar o
ante projeto com apenas a planta de situação com os elementos da primeira camada e o seu
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correspondente diagrama unifilar geral da instalação.
Demais etapas
No projeto legal, estão definidas todas as suas partes e o estudo preliminar de seu atendimento.
Isto corresponde, no caso de projeto de instalações elétricas, a definição da modalidade de ligação
e alimentação e todos os demais planos.
Para o nosso caso, levando em consideração o tempo disponível e o fim ditático, iremos
desenvolver um único projeto denominado simplesmente como Projeto de Instalações.
Tarefas
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fu.fd
Para iluminação direta:
K= H (ver tabela)
Fu=0,66 (ver tabela)
Fd=0,85 (ver tabela)
=150x50%x8,87 = 1185,8 lm
0,66x0,85
número de lâmpadas:
• para lâmpadas de 60W: 1185,8 = 1,36 2 lâmpadas (adotado)
870
• para lâmpadas de 100: 1185,8 = 0,79 1 lâmpada
1500
Para iluminação indireta:
K= H (ver tabela)
Fu=0,16 (ver tabela)
Fd=0,60 (ver tabela)
=150x50%x8,87 = 6929,6 lm
0,16x0,60
número de lâmpadas:
• para lâmpadas de 32W: 6929,6 = 1,97 2 lâmpadas(adotado)
3500
• para lâmpadas de 40: 6929,6 = 2,71 3 lâmpadas
2550
Características Gerais
Tipo de Luminária:
Tipo de Lâmpada
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Etapa dos Circuitos
Projeto de Instalações Elétricas DEFINIÇÃO DOS CIRCUITOS
TUG,s, TUE's e LUZ
Tarefa1: Determinação do Número de Circuitos
DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CIRCUITOS
Um circuito de luz e um circuito de TUG devem apresentar uma potência de referencia de 1300VA e 1800VA
respectivamebnte para a tensao nominal de 127V. Os circuitos de TUE`S devem ser exclusivos.
Numero de circuitos de luz = Somatorio da Potência praticada (instalada) de luz / 1300
Numero de circuitos de TUGs = Somatorio da Potência praticada(instalada) de tug’s / 1800
Sendo distribuidos os circuitos de luz e os circuitos de tug's para cada pavimento
TUE - cada TUE será um circuito independente
Tarefa2:: Distribuição dos Circuitos em Setores (TUG'S e LUZ)
Agrupar conjuntos de pontos de TUGs em setores.
De igual forma, agrupar conjuntos de pontos de luz em setores.
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Tarefa3: Roteamento das Tubulações
Fazer o lançamento dos eletrodutos. Aplicar a estratégia de Conquista e divisão
Não aplicar a estrategia gulosa
obs.1: Os roteamentos de LUZ, TUGs e TUE devem estar numa mesma planta baixa, abrangendo assim todos
os pontos de utilizacao.
Obs.2: Observar que uma mesma tubulacao pode atender a mais de um roteamento de tubulacoes de circuitos.
Neste caso, a tubulacao podera compartilhar em seu interior mais de um circuito.
Tarefa4: Fazer eventuais ajustes
Obs:
1. A planta deve estar sem "Lay-out" e com a demarcação dos Pilares;
2. Cada circuito só deve sair o QC uma única vez;
3. Número médio de entradas/saidas numa C.P. em Ponto de Luz no teto (3 a 5);
4. Não é desejável interruptores na mesma C.P. de tomadas;
5. Não é desejável tomada na mesma descida do interruptor;
6. Evitar formar circuitos em anel.
7. As derivações são feitas sempre numa C.P.
8. Evitar cruzamentos de tubulacoes;
9. Utilizar sempre paredes preferencialmente e respeitar os pilares;
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A bitola de cada circuito deve ser tal que não ocasione sobrecarga nos condutores.
Mediante a carga de cada circuito e consequentemente a corrente (i=p/v) dimensiona-se o
condutor compatível, considerando os fatores k1, k2 e k3 seguindo a tabela abaixo para a
capacidade de corrente:
S (mm2) Inst. Tipo B Inst. Tipo F
2,5 24 21 31 26
4,0 32 28 42 36
6,0 41 36 53 46
10,0 57 50 71 62
16,0 76 68 95 83
20 1,12
25 1,06
30 1,00
35 0,94
40 0,87
Valores de k2
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Disposição dos cabos Número de circuitos
1 2 3 4 5
9
ME6 = (4400x9,5/2)
ME1 = 20900 VAm
Na tabela a seguir temos para cada circuito a corrente que o atravessa e a bitola do condutor para
os dois critérios e a bitola final praticada p/ o condutor.
O condutor terra deverá ser isolado e sua bitola igual a bitola da fase para os circuitos parciais.
Equilíbrio de Fases - Exemplo
Quando a instalação elétrica prevê para a edificação uma distribuição trifásica ou bifásica, deve-se
proceder com o equilíbrio de fases conforme sua categoria, visando uma homogeneidade de
cargas em todo o sistema. No projeto segue um esquema da distribuição de cargas nas fases
(equilíbrio de fases):
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Circuito Potência (VA) Equilíbrio de Fases
1º Pavimento A B C
#1 1020 1020
#2 1400 1400
#3 1500 1500
#4 1200 1200
#5 1000 1000
#7 1100 1100
#9 900 900
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Dimensionamento da Primeira Camada
O dimensionamento do alimentador geral e do ramal de serviço segue as mesmas orientações feitas para
os circuitos parciais da camada de distribuição. Assim, deve-se aplicar ambos os critérios para o
dimensionamento e escolher a maior bitola fornecida pelos critérios.
Quanto ao dimensionamento do disjuntor geral, o procedimento é análogo aquele feito para os disjuntores
dos circuitos parciais.
Observe-se que a única diferença nos cálculos para a primeira camada é o fato de que utiliza-se o valor da
demanda encontrada ao invés de se utilizar da carga.
Além do dimensionamento dos condutores e disjuntores, deve-se apresentar o padrão de medição a ser
utilizado. Para isso consultar norma da ESCELSA).
Alimentador:
Calcular a Demanda
Aplicar os dois criterios de dimencionamento:
a) Ampacidade Ip'= (D/V)/(k1 . 1 . 1) para circuitos monofasico (V=127) ou bifasico (V=220)
Ip'= (D/1.732VL)/(k1 . 1 . 1) para circuitos trifasicos
• USO COLETIVO ®
• trifásica < = 225 KVA
II. AT ( alta tensão – RDP)
Câmara de distribuição ® uso individual = 75 KVA
® uso coletivo - trifásico 225 KVA
c. Ramal de Serviço:
I) Aéreo;
II) Subterrâneo;
III) Combinação de Aéreo e Subterrâneo (usados em casos especiais como quando se tem um recuo, por
exemplo).
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2.3 Diagramas Unifilares
a) Baixa Tensão - Uso Individual
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Ou
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Caixa de Chave Geral
Detalhe do Barramento
c) ALTA TENSÃO
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SIMBOLOGIA
Ponto de derivação
Medidor de energia
Medição
Quadro de carga
Tubulação no teto ou parede
Tubulação no piso
Fio fase
Fio terra
Fio retorno
Fio neutro
Malha de terra
Poste de concreto
Cálculo da Demanda
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ILUMINAÇÃO e TOMADAS: conforme a ABNT NBR 5413
• Menor ou igual que 10 KVA: Fd = 100 %
• Maior que 10 KVA: Fd = 100 % para os primeiros 10 KVA e 35 % para os restante.
APARELHOS DE AQUECIMENTO:
Segue a tabela abaixo:
Número de Aparelhos de Fator de Demanda (%)
1 100
2 75
3 70
4 68
5 62
6 59
7 56
8 53
9 51
10 49
APARELHOS DE AR CONDICIONADO
Segue a tabela abaixo:
Número de aparelhos de Fator de Demanda
Ar Condicionado (%)
1 a 10 100
11 a 20 85
EX.:
O cálculo da demanda para uma instalação com carga de Iluminação e tomadas de 11000 VA é:
O Fator de Potência para a Iluminação e para as tomadas vale 1 até 10000 VA e para o resto vale
0,35.
a = 1 x 10000 + 1 x 0.35 = 10350 VA
O Fator de Demanda para os aparelhos de aquecimento (1 Chuveiro Elétrico, 1 Máquina Secar, 1
Ferro Elétrico, 1 Microondas e 1 Lava-louça) é 0,55.
b = (4400+3000+900+1200+1500) x 0,55
b = 6050 VA
O Fator de Demanda para os aparelhos de Ar Condicionado é 1:
c = 1200 W
Logo: D = 10350 VA + 6050 VA + 1200 VA = 17600 VA.
Concluímos então que o cálculo da demanda está entre 15 e 75 KVA, sendo portanto a modalidade
de alimentação trifásica.
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