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CECE – CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS

ENGENHARIA MECÂNICA

FRANCISCO MARIN BORTOLUZZI

EXPERIMENTOS EM SISTEMAS FLUIDO MECÂNICOS

Foz do Iguaçu
2010
UNIOESTE –Universidade Estadual do Oeste do Paraná
CECE – Centro de Engenharias e Ciências Exatas
Campus – Foz do Iguaçu

FRANCISCO MARIN BORTOLUZZI

SENSORES DE PRESSÃO

Trabalho referente a sensores de pressão


referente à disciplina de Experimentos
em Sistemas Fluído Mecânicos
apresentado ao docente Dr. Thiago
Antonini.

Docente:
Dr. Thiago Antonini Alves

Foz do Iguaçu
2010

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SUMÁRIO

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................4
4. REFERÊNCIAS

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1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Transdutor, em uma definição mais abrangente é um dispositivo que recebe um


sinal, no caso atual de pressão, e o retransmite independentemente da conversão de
energia. Tecnicamente falando é um dispositivo que transforma um tipo de energia em
outro, utilizando para isso um elemento sensor. Por exemplo o sensor pode traduzir uma
informação de velocidade em uma tensão elétrica, sendo possível então o transporte
dessa informação através de distâncias elevadas. Existem dois tipos de transdutores
como um todo, os transdutores passivos cuja energia de saída é proveniente da energia
de entrava, e existem os ativos onde dispõe de uma alimentação de energia, onde a
maior parte da energia de saída é provida pela energia de alimentação. Outra
classificação abrangente é transdutores simples onde possui apenas um estágio de
transdução entre a entrada e a saída, e o composto onde possui mais de um estágio entre
a entrada e a saída. Alguns exemplos de transdutores podem ser: um termopar onde as
diferenças de temperatura entre as junções são convertidas em tensões elétricas ou um
cristal piezelétrico onde energia elétrica é convertida em energia mecânica.
Em se tratando de pressão, o transdutor de pressão é um componente básico para
a medida de pressão. Ele tem a função de receber uma pressão mecânica sobre sua
superfície e transformar isso em um sinal elétrico.
Existem várias técnicas para realizar medição de pressão, em questão trataremos
do manômetro de Bourdon que usa o principio de que um tubo achatado tende a mudar
para um de seção circular. Apesar de essa mudança de seção ser pouco perceptível,
consegue-se grande precisão, pois se trabalha dentro da região elástica da curva
tensão/deformação do material do tubo.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Transdutores Potenciométricos

São simples e de baixo custo. Operam de maneira que um fole aciona um


potenciômetro que converte os valores de pressão em valores de resistência elétrica.
Podem operar sob diversas condições e uma vantagem é que o sinal por ter boa
intensidade e então dispensa o uso de amplificador. Porém o dispositivo produz desvios
inerentes e têm alguma sensibilidade a variações de temperatura. É usado para faixas de
pressões de 0,0035 MPa até 70 MPa com precisão na faixa de 1% do fundo de escala
desconsiderando as variações de temperatura. A figura a seguir ilustra o funcionamento
do transdutor potenciométrico.

Figura 1 – Transdutor Potenciométrico

2.2 Transdutores Capacitivos

Neste tipo de transdutor o diafragma funciona como uma espécie de armadura


comum de dois capacitores em série, então o deslocamento do diafragma devido a uma
variação pressão resulta em um aumento na capacitância de um e na redução de outro,
cuja mudança é detectada por um circuito oscilador. É possível medir pressões em vasos
fechados ou pressões manométricas.
A faixa de operação deste tipo é de pressões de aproximadamente zero (vácuo)
até 70 MPa, com variações de 2,5 MPa. Boa precisão na faixa de 0,01% e boa
estabilidade térmica. A figura 2 ilustra esse tipo.

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Figura 2 – Transdutor Capacitivo.

2.3 Transdutores de deformação

Este transdutor usa um sensor auxiliar, do tipo strain gage, que mede
deformação. Esta medida de deformação de um diafragma provocada por uma pressão
pode ser medida conforme o esquema da figura 3.
Tem uma precisão aceitável na faixa de 0,25% e uma alta faixa de pressões,
variando de 0,001 MPa até 1400 MPa.

Figura 3 – transdutor de deformação.

2.4 Transdutores Óticos

Funciona com o auxilio de um anteparo conectado a um diafragma que aumenta


ou diminui a intensidade da luz, emitida por um led, que um fotodiodo recebe. E com o
auxilio de um circuito eletrônico completa o dispositivo.
Tem uma boa precisão (0,1%) e sua vantagem é a alta estabilidade térmica,
porém as vezes é necessário um segundo fotodiodo para compensar variações da
luminosidade da fonte com o tempo. Sua faixa de operação é 0,035 MPa até 400 MPa.
A figura 4 ilustra seu funcionamento.

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Figura 4 – Transdutor ótico.

2.5 Transdutores Indutivos

O núcleo de um transformador se move de acordo com a pressão sobre o


diafragma. Supondo uma situação inicial simétrica, se uma tensão alternada é aplicada
no primário do transformador, a tensão de saída será nula porque os secundários estão
ligados em oposição. Então o desequilíbrio provocado pelo movimento do diafragma
aumenta a tensão em um secundário e diminui no outro então o circuito transforma isso
em um sinal correspondente a pressão. É conhecido por LVDT, isto é, transformador
linear diferencial e variável.
Tem boa estabilidade térmica, porém é sensível a campos magnéticos e a
vibrações. Sua faixa de operação é de 0,2 MPa até 70 MPa. A figura 5 ilustra uma das
configurações possíveis para este tipo de transdutor.

Figura 5 – Transdutor indutivo.

2.6 Transdutores piezoelétricos

Usam o efeito piezoelétrico para gerar um sinal elétrico. Então um circuito


auxiliar processa apenas a tensão gerada pelo efeito piezoelétrico, o dispositivo registra
apenas variações de pressão, uma vez que a tensão cai rapidamente em condições
estáticas. Este efeito pode ser útil em algumas aplicações, porém há circuitos que

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detectam a frequência de ressonância do cristal, sendo possível medir pressões estáticas.
São altamente sensíveis a variações de temperatura e sua instalação requer cuidados
especiais.
A figura 6 ilustra um exemplo.

Figura 6 – Transdutores piezoelétricos.

2.7 Transdutores de Fio Ressonante

Neste tipo, um fio metálico, com uma extremidade presa no diafragma, é


mantido sob tensão pelo efeito de uma mola. Então o deslocamento do diafragma varia
a tensão no fio e com isso sua freqüência de ressonância também. Uma bobina
corretamente posicionada próxima com o auxilio de um circuito apropriado, detectam a
variação e convertem em um sinal elétrico.
Sua faixa de operação pode ser de pressões baixas até 40 MPa. Tem alguma
sensibilidade com a temperatura, são sensíveis a vibrações e uma desvantagem é que a
sua saída não é linear e precisa ser compensada pelo circuito. A figura 7 mostra o
esquema de um transdutor de fio ressonante.

Figura 7 –Transdutor de fio ressonante.

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2.8 Manômetros de Bourdon

Em meados de 1849, o medidor de Bourdon foi patenteado na França por


Eugene Bourdon. Atualmente é um dos dispositivos mais usados para medição de
pressão de líquidos e gases. No ano de 1852 a patente foi vendida a Edward Ashcroft,
que desempenhou um papel importante na adoção da energia a vapor nos Estados
Unidos.
O principio de funcionamento é baseado na alteração da curvatura originada
num tubo de secção elíptica pela pressão exercida em seu interior, levando a que o tubo
tenda a se desenrolar. Então este tubo tem uma das extremidades fechadas e ligadas a
um mecanismo que permite transformar o “desenrolar” do tubo em movimento de
ponteiro para medida da pressão.
Os tubos podem ter três formar diferentes, sendo em espiral quando necessário
baixas pressões, hélice quando é usando em altas pressões e o tipo tubo em C. A figura
8 mostra um exemplo.

Figura 8 – Bourdon tipo C.

A precisão dos manômetros Bourdon é de cerca de 0,1% para fundo de escala.


Em pressões mais baixas, para aumentar a precisão é usado o Bourdon do tipo Hélice ou
helicoidal, conseguindo-se obter uma precisão de 0,01% fsd.
A calibração deste tipo de manômetro é muito importante, o ajuste zero é feito
colocando-se o ponteiro no valor mínimo da escala com o tubo de Bourdon em estado
de repouso, isto é, pressão interna do tubo igual à pressão atmosférica.
A principal vantagem do uso do tubo de Bourdon é seu baixo custo e sua alta
longevidade.

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2.9 Calibração de transdutores
Para a obtenção de dados precisos com um transdutor de pressão existe uma
série de passos necessários antes da coleta dos dados. Antes de começar é importante
que haja uma tensão apropriada e uma faixa de pressão apropriada, zeragem do
transdutor e amplificadores.
O transdutor e o amplificador associado a ele devem ser zerados antes de
calibrar. Todos os transdutores podem produzir um pequeno desvio que precisa ser
removido antes da calibração. Se estiver usando fluido, o tubo deve ser totalmente
preenchido com liquido antes da calibração e a torneira deve ser aberta para o ar.
Sempre certificando-se que não há bolhas dentro do tubo. Outro caso é se estiver usando
um cateter de pressão Millar, é preciso anexar o cateter com o amplificador usando o
método adequado e então pré-mergulhar a ponta do cateter em água. Este último caso é
mais utilizado na medicina.

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3. CONCLUSÃO
Com o desenvolvimento deste trabalho foi possível obter um maior
conhecimento sobre os transdutores e manômetros de Bourdon, uma vez que são
dispositivos amplamente usados na engenharia mecânica. É interessante ressaltar que
para cada faixa de temperatura é usado um tipo diferente de transdutor de pressão, como
por exemplo para altíssimas pressões da ordem de 1000 MPa é usado um transdutor de
deformação, que através de seu princípio de uso é capaz de suportar altas pressões. Pelo
outro lado, para aferir baixas pressões é utilizado o transdutor de fio ressonante, que
suporta pressões de no máximo 40 MPa. Ressaltando isso, é possível visualizar o papel
do engenheiro dentro da indústria, que é saber diferenciar cada aplicação e conhecer o
equipamento que melhor se encaixa no trabalho que se deseja realizar. Sempre
obedecendo a regra de custo-benefício que é um dos fatores que mais ditam regras no
mercado atual.

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4. REFERÊNCIAS

http://www.mspc.eng.br/fldetc/press_120.shtml - Acessado em 08/11/2010.


http://www.brighthub.com/engineering/mechanical/articles/53147.asp -
Acessado em 08/11/2010.
http://florianopolis.ifsc.edu.br/vnoll/transdutores1.pdf - Acessado em
08/11/2010.
http://www.mspc.eng.br/fldetc/press_120.shtml - Acessado em 08/11/2010.
http://www.demec.ufmg.br/Grupos/Gamset/Labbio/tmcf05.pdf - Acessado em
08/11/2010.
http://www.eq.uc.pt/~lferreira/BIBL_SEM/global/bourdon/Pdf/bourdon.pdf -
Acessado em 08/11/2010.
http://inventors.about.com/library/inventors/blbourdon.htm - Acessado em
08/11/2010.

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