Ilha Solteira - SP
2017
Sumário
Sumário 1
1 Mecanismos 3
1.1 Conceitos iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Tipos de Movimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Transmissão de Movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.1 Contato direto: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.2 Elementos Intermediários: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.3 Elementos Flexíveis: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.4 Determinação da razão de velocidades angulares para o caso de dois
corpos em contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Sistemas Articulados 9
2.1 Mecanismo de 4 barras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Mecanismo cursor manivela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Mecanismo de retorno rápido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Garfo escocês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.5 Manivela deslocada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.6 Alavanca Articulada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.7 Mecanismos traçadores de retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.8 Pantógrafos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.9 Junta de Hooke . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.10 Juntas universais homocinéticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.11 Mecanismos de movimento intermitente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3 Síntese de Mecanismos 17
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 O problema de síntese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.3 Espaçamento de pontos de precisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.4 Determinação de pontos de precisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.5 Método gráco para de determinação de pontos de precisão . . . . . . . . . 20
3.6 Projeto de uma articulação de quatro barras para valores instantâneos de
velocidade e acelerações angulares (método de Rosenauer) . . . . . . . . . 22
3.7 Síntese algébrica de um mecanismo de quatro barras para gerar funções . . 23
1
Sumário 2
4 Cames 26
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.2 Tipos de cames mais usadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.3 Projeto gráco de cames . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.3.1 Came de disco com seguidor radial de face plana: . . . . . . . . . . 29
4.3.2 Came de disco com seguidor radial de roletes: . . . . . . . . . . . . 29
4.3.3 Came de disco com seguidor deslocado: . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.3.4 Came de disco com seguidor oscilante: . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.4 Tipos de movimentos do seguidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.5 Sistema de Kloomok e Muey . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.6 Projeto analítico de cames . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.6.1 Came de disco com seguidor radial de face plana: . . . . . . . . . . 35
2
Capítulo 1
Mecanismos
Exemplos de mecanismos:
I) Cursor-manivela
3
1.2. Tipos de Movimentos 4
II) Came
II) Translação Retilínea: Todos os pontos do corpo têm como trajetória, retas parale-
las.
4
1.2. Tipos de Movimentos 5
IV) Rotação: Se cada ponto de um corpo rígido permanece a uma distância constante de
um eixo xo, normal ao plano do movimento, este será de rotação.
Se o corpo movimenta-se oscilando em torno de um determinado ângulo o é denominado
oscilação.
5
1.3. Transmissão de Movimento 6
Figura 1.6:
6
1.3. Transmissão de Movimento 7
ω2 = P M2
O2 P
e ω3 = P M3
O3 P
Divindindo-se ω3 por ω2 :
ω3 P M3 O2 P
= × (1.1)
ω2 O3 P P M2
P M2 O2 P
= (1.2)
Pn O2 e
Para P M3n e O3 Pf :
P M3 O3 P
= (1.3)
Pn O3 f
ω3 Pn O2 e ω3 O2 e
= × =⇒ =
ω2 O3 f Pn ω2 O2 f
Os triângulos O3 f k e O2 ek também são semelhantes, assim:
O2 e O3 f ω3 O2 k
= =⇒ =
O2 k O3 k ω2 O3 k
VA=VB
7
1.3. Transmissão de Movimento 8
Portanto:
ω3 VB O2 A O2 A
= × =
ω2 O3 B VA O3 B
Para os triângulos semelhantes O2 Ak e O3 Bk :
O3 k O3 B
=
O2 k O2 A
Portanto: ω3
ω2
= O2 k
O3 k
8
Capítulo 2
Sistemas Articulados
Em que:
θ é o ângulo de manivela;
γ é o ângulo de transmissão de movimento
Lei de cossenos:
x2 = (r1 )2 + (r2 )2 − 2r1 r2 cos(θ)
x2 = (r3 )2 + (r4 )2 − 2r3 r4 cos(γ)
Se a manivela r2 gira completamente, mas a peça (4) é acionadora, então ocorrerão pontos
mortos, necessitando um volante para evitar paradas nestes pontos.
Haverá também, perigo de travamento, se a peça 2 oscila.
9
2.1. Mecanismo de 4 barras 10
Os pontos mortos ocorrerão quando a linha de ação da força acionadora estiver a mesma
direção da peça 4.
Figura 2.1:
Figura 2.2:
Figura 2.3:
Se a peça 2 gira a uma rotação rotação constante, a peça 4 terá uma velocidade angular
na uniforme.
Neste caso, para evitar travamento, as seguintes relações deverão ser estabelecidas:
O2 A e O4 B > O2 O4 ;
10
2.1. Mecanismo de 4 barras 11
(O2 A − O2 O4 ) + AB > O4 B;
(O4 B − O2 O4 ) + O2 A > AB.
Classe III: a + d = b + c
Serão possíveis todos os da classe I, porém as peças podem car alinhadas. (pode mudar
o sentido de rotação).
Figura 2.4:
11
2.2. Mecanismo cursor manivela 12
Figura 2.5:
Figura 2.6:
1 - Suporte;
2 - Manivela;
3 - Biela;
4 - Cursor
x = R + L − Rcos(θ) − Lcos(φ)
x = R(1 − cos(θ)) + L(1
− cos(φ))
p
x = R(1 − cos(θ)) + L 1 − 1 − (R/L)2 sen2 (θ)
Simplicação:
1 β4 1.3.β 6
(1 ± β 2 )1/2 = 1 ± β 2 − ± ···
2 2.4 2.4.6
Onde β = R L
sen(θ);
q
1 − (R
L
)2 sen2 (θ) = 1 − 12 ( R
L
)2 sen2 (θ)
2
x = R(1 − cos(θ)) +R2L
sen2 (θ) onde
θ = ω · t onde ω é constante.
dx R
V = dt = Rω sen(θ) + 2L sen(2θ)
2
A = ddt2x = Rω 2 cos(θ) + 2L
R
cos(2θ)
12
2.3. Mecanismo de retorno rápido 13
Figura 2.7:
Figura 2.8:
13
2.5. Manivela deslocada 14
Figura 2.9:
Figura 2.10:
14
2.10. Juntas universais homocinéticas 15
Figura 2.11:
Figura 2.12:
15
2.11. Mecanismos de movimento intermitente 16
Figura 2.13:
16
Capítulo 3
Síntese de Mecanismos
3.1 Introdução
O estudo do movimento das máquinas pode ser considerado sob dois diferentes aspectos,
geralmente identicado como análise cinemática e síntese cinemática.
Analise cinemática: já com alguns parâmetros conhecidos.
Síntese cinemática: trata-se do problema inverso a analise cinemática. Uma vez denidos
os movimentos desejados, deve-se determinar e dimensionar um mecanismo que nos de
essa movimentação.
Alguns casos de síntese cinemática são apresentados a seguir:
a) Guiar um ponto ao longo de uma curva especicada: Neste caso, o ponto c, pertencente
a um mecanismo deverá assumir sucessivamente as posições ci sobre uma curva corres-
pondente aos deslocamentos desejados.
Figura 3.1:
Este tipo de síntese é bastante utilizado, como por exemplo: pantógrafos, mecanismos de
pá carregadora e retro escavadora.
17
3.2. O problema de síntese 18
Figura 3.2:
Neste caso, dado duas manivelas, é necessário que se dena as dimensões para as mesmas,
de modo a relacionar as posições angulares da manivela movida com a motora.
Este caso tem larga aplicação em geradores de função, como por exemplo, conversor de
escala logarítmica, assim θ = log(ψ)
c) Correlação entre posições angulares de 3 manivelas: quando uma manivela tem sua
posição angular correlacionada a outras duas.
d) Correlação da posição angular de uma manivela com a posição de um ponto ao longo
de uma curva.
Figura 3.3:
O ponto C (do acoplador) ocupa sucessivas posições Ci ao longo da curva enquanto que
a manivela ocupa as posições angulares φi
18
3.3. Espaçamento de pontos de precisão 19
Figura 3.4:
Um espaçamento ótimo entre os pontos de precisão será aquele para o qual os valores
máximos e minimo do erro tenham amplitudes iguais, ou seja, ε1 = ε2 = ε.
19
3.5. Método gráco para de determinação de pontos de precisão 20
hn
x−a
R(x) = n−1 cos n arc cos
2 n
hn
x−a
0 = n−1 cos n arc cos
2 n
x−a
cos n arc cos =0
n
x−a (2k − 1)
n arc cos = π, k = 1, 2, 3, · · · , n
n 2
x−a (2k − 1) π
n arc cos =
n 2 n
Como xk = ak
(2k − 1)
ak = a + hcos π
2
20
3.5. Método gráco para de determinação de pontos de precisão 21
Figura 3.5:
21
3.6. Projeto de uma articulação de quatro barras para valores instantâneos de
velocidade e acelerações angulares (método de Rosenauer) 22
Figura 3.6:
→
− →
− − → −
a + b −→ c + d =0
Representando um vetor através de números complexos
→
−r = r(cos(γ) + isen(γ))
→
−r = reiγ
→
−a = aeiθ2
→
−
b = beiθ3
→
−c = ceiθ4
→
−
d = deiθ1
Portanto:
aeiθ2 + beiθ3 − ceiθ4 + deiθ1 = 0
22
3.7. Síntese algébrica de um mecanismo de quatro barras para gerar funções 23
ω2 = −3 rad/s α2 = 0 rad/s2
ω3 = 1 rad/s α3 = 10 rad/s2
ω4 = 3 rad/s α4 = 5 rad/s2
Figura 3.7:
23
3.8. Geradores de função com três pontos de precisão 24
cos φ1 − cos φ2 = w1
cos φ1 − cos φ3 = w2
cos ψ1 − cos ψ2 = w3
cos ψ1 − cos ψ3 = w4
cos(φ1 − ψ1 ) − cos(φ2 − ψ2 ) = w5
cos(φ1 − ψ1 ) − cos(φ3 − ψ3 ) = w6
Então:
w3 w6 − w4 w5 w1 w6 − w2 w5
R1 = , R2 = , R3 = cos(φi − ψi ) + R2 cos ψi − R1 cos φi
w2 w3 − w1 w4 w2 w3 − w1 w4
para i = 1, 2 ou 3
A solução do problema deste tipo resume-se:
a) De posse da função y = f (x), denida num intervalo de variação de x, xi ≤ x ≤ xf ,
determina-se os pontos de precisão x1 , x2 , x3 , utilizando a teoria de Chebyshev.
b) Arbitra-se os valores dos ângulos φi e φf correspondentes a xi e xf , bem como os
ângulos ψi e ψf correspondentes a yi e yf .
c) Determina-se as relações entre φ e x e ψ e y . Calcula-se os pares (φi , ψi ).
d) De posse (φi , ψi ) calcula-se R1 , R2 e R3 .
e) Arbitra-se o valor de d e determina-se a, b e c.
Figura 3.8:
φ = φi + (x − xi ) ∆φ
∆x
; ψ = ψi + (y − yi ) ∆ψ
∆y
24
3.8. Geradores de função com três pontos de precisão 25
25
Capítulo 4
Cames
4.1 Introdução
São tipos de mecanismos de comando, que a partir de um movimento de giro com velo-
cidade angular constante, obtém um deslocamento linear ou angular programado de um
seguidor posto em contato.
Desempenham um papel importante nas máquinas modernas e são largamente utilizados
em motores de combustão interna, maquinas operatrizes, etc.
Podem ser projetadas de duas maneiras:
a) Partindo-se do movimento desejado do seguidor, projeta-se a came para esse movi-
mento.
b) Partindo-se da forma da came, determina-se as características de deslocamento, velo-
cidade e aceleração, obtidas pelo contorno da came.
Serão abordados nos próximos tópicos somente projeto de came conforme o item a, que é
uma aplicação de síntese, que podem ser resolvida gracamente ou analiticamente.
26
4.2. Tipos de cames mais usadas 27
Figura 4.1:
Cames de disco com seguidor radial de roletes e com seguidor deslocado de roletes;
Figura 4.2:
27
4.2. Tipos de cames mais usadas 28
Figura 4.3:
Figura 4.4:
28
4.3. Projeto gráco de cames 29
São as cames que possuem a haste do seguidor deslocado lateralmente ao invés de ser
radial. Isto é feito por razões estruturais ou para reduzir o ângulo de pressão no curso de
elevação.
Sua construção é feita usando o mesmo principio empregado para a came de disco com
seguidor radial, girando-se o seguidor em torno da came e ao mesmo tempo o seguidor
deve ser girado em torno do seu centro de rotação, seguindo os deslocamentos angulares
correspondentes a cada posição indicada na escala.
Para o seguidor de face plana deve-se traçar uma circunferência com o raio do centro
de rotação do seguidor e que seja tangente ao plano da face do seguidor, com informação
adicional para se obter a linha de face do seguidor nos pontos que precedem a posição
zero.
29
4.4. Tipos de movimentos do seguidor 30
a) Movimento parabólico
As equações desse movimento são:
S = 12 At2
V = At
A = constante
Figura 4.5:
30
4.5. Sistema de Kloomok e Muey 31
Figura 4.6:
Figura 4.7:
Figura 4.8:
31
4.5. Sistema de Kloomok e Muey 32
Estas curvas devem ser montadas de tal forma a se ter continuidade no gráco de veloci-
dade e ausência de saltos na aceleração.
O jerk ocorre pelo fato de que a aceleração cresce do zero ao seu valor constante quase
que instantaneamente resultando em uma alta taxa de aplicação de carga.
Exemplo: movimento parabólico.
Resumidamente a seleção de curvas para atender as exigências particulares desse sistema
é feita com seguinte critério:
a) Ciclóide
Proporciona aceleração nula nos extremos dos trechos, portanto pode ser combinado com
dois repousos em cada extremidade.
Duas ciclóides não devem ser usadas em seqüência;
Proporciona ângulo de pressão relativamente grande.
Figura 4.9:
32
4.5. Sistema de Kloomok e Muey 33
b) Harmônico
Proporciona os menores picos de aceleração e os menores ângulos de pressão das três
curvas, portanto é o preferido quando as acelerações no inicio e no m do trecho podem
ser igualadas com as acelerações do trecho vizinho.
Figura 4.10:
33
4.5. Sistema de Kloomok e Muey 34
c) Polinômio de 8a grau
Tem curva de aceleração assimétrica e proporciona picos de aceleração e ângulos de pressão
intermediários entre as harmônicas e as ciclóides.
Figura 4.11:
Exercício:
Um seguidor de roletes deverá se deslocar com elevação total de 25 mm e retornar sem
repouso durante 1 ciclo. Devido a operação realizada pelo mecanismo, após o seguidor
se deslocar 10 mm com deslocamento angular da came de π/2, parte da elevação deverá
ser feita com velocidade constante. No período de velocidade constante, o seguidor se
deslocará de 5 mm, e o retorno deverá ser feito em π/2 da rotação da came.
34
4.6. Projeto analítico de cames 35
O método analítico para essa came nos permite determinar três características básicas:
a) Equações paramétricas do contorno da came;
b) Raio mínimo da came para evitar pontas;
c) Localização do ponto de contato que determina o comprimento da face do seguidor.
Considerando a gura, verica-se que o deslocamento do seguidor é dado por:
R = c + f (θ)
Figura 4.12:
35
4.6. Projeto analítico de cames 36
mínimo da came.
A determinação das equações paramétricas do contorno da came são obtidas através das
seguintes equações:
R − ysen θ
x= ;
cos θ
R − ysen θ
l = ycos θ − sen θ
cos θ
y = lcos θ + Rsen θ
Analogamente:
x = Rcos θ − lsen θ
Substituindo os valores de R e l nas equações acima, temos:
x = (c + f (θ))cos θ − f 0 (θ)sen θ
y = (c + f (θ))sen θ − f 0 (θ)cos θ
Nota-se que ocorrerá uma ponta na superfície da came quando dx
dθ
= dy
dθ
= 0, visto que as
coordenadas x e y permanecem constante para o incremento dθ.
Figura 4.13:
36
4.6. Projeto analítico de cames 37
Analogamente:
dy
dθ
= [c + f (θ) + f 00 (θ)]cos θ
Essas equações se anularão simultaneamente se:
[c + f (θ) + f 00 (θ)] = 0
Portanto para evitar pontas:
[c + f (θ) + f 00 (θ)] > 0
37
Capítulo 5
Cinemática de corpos rígidos
Figura 5.1:
Pela gura:
→
− → − →
−
∆→−
s = ∆ θ × R + ∆R
Dene-se velocidade:
→
− h −→i h −
→ −
→ −
→i
V p = lim ∆t = lim ∆ θ∆t× R +
∆S ∆R
∆t
∆t→0 ∆t→0
→
− →
− →
− −
→
dR
V p = ω × R + dt
−
→
dR
dt
é a taxa de variação do raio R com relação ao tempo
−
→
ω = ddtθ é a velocidade angular instantânea
Se o raio for constante, então
→
− →
−
Vp=→ −
ω ×R
→
−
| V p| = ω · R
Direção tangente a trajetória no ponto P e com o mesmo sentido do deslocamento do
ponto P.
Aceleração:
38
5.2. Movimento angular 39
Figura 5.2:
→
− →
− →
−
∆ V P = ∆( V P )n + ∆( V P )t
−
→ n
sen(∆θ) = ∆( VVPP )
→
− h − → ni −
→
( A P )n = lim ∆( V∆tP ) = ddtθ × VP
∆t→0
→
− n → −→ − →
− −
→
(AP) = − ω × VP = → ω × [→−ω ×R+ dR
dt
]
→
− h −
→ −
→ i −
→
V P0−V P d( V P )t
( A P )t = lim ∆t
= dt
∆t→0
→
− t d →
h
− →
− −
→i
dR
( A P ) = dt ω × R + dt
→
− →
− − −
→ 2−
→
( A P )t = ddtω × R + →
−
→
ω × ddtR + ddtR2
→
− →
− →
−
A P = ( A P )n + ( A P )t
39
5.4. Análise da velocidade e aceleração por cálculo vetorial 40
Figura 5.3:
→
−
A partícula Q da gura pode ter uma velocidade absoluta V Q e o corpo com uma velo-
cidade de rotação → −
ω . Se a observação do movimento for em relação ao ponto Q, então
Q estará em repouso e o corpo poderá ter movimento de rotação em torno de Q. Uma
partícula do corpo, tal como P da gura, pode mover-se em trajetória circunferencial em
→
−
torno de Q. A velocidade V P/Q tem direção perpendicular a P Q e sentido conforme → −ω
→
−
| V P/Q | = ω · P Q
40
5.5. Determinação gráca de velocidades em mecanismos 41
→
− →
−
V P/Q e V Q/P possuem módulos iguais, mas sentidos opostos.
Exercícios:
Figura 5.4:
O2 B = 2, 5in
BC = 8in
Figura 5.5:
O2 B = 6in
BC = 15in
BC = 9in
41
5.5. Determinação gráca de velocidades em mecanismos 42
Figura 5.6:
P 3 pertence a peça 3
Q2 pertence a peça 2
Não há velocidade relativa na direção normal
→
−
V P 3/Q2 na direção tangencial
Neste caso há uma limitação do movimento relativo guiando o ponto P através de uma
trajetória predeterminada.
A partícula P3 não pode deslocar-se em relação a Q2 na direção normal n − n, mas per-
mite o movimento relativo entre esses pontos na direção t − t, portanto
→
−
V P 3/Q2 somente poderá estar na direção tangente à guia.
Exercícios:
Uma came de disco gira no sentido anti-horário a uma velocidade angular constante
ω2 = 10 rad/s. Usam-se molas (não mostradas) para manter o contato dos seguidores
com a came. Para a fase mostrada, determine VA4 do ponto A4 do seguidor oscilante e
VB5 do seguidor de ponta.
Figura 5.7:
42
5.6. Determinação gráca de acelerações em mecanismos 43
→
−
Para não haver deslizamento V P 3/P 2 = 0.
Exercícios:
A) Aceleração linear:
O2 B = 100 mm
BC = 200 mm
ω2 = 3 rad/s
AC =?
Figura 5.8:
Exercícios:
43
5.6. Determinação gráca de acelerações em mecanismos 44
O2 A = 102 mm
AB = 203 mm
AC = 102 mm
CB = 152 mm
ω2 = 30 rad/s
α2 = 240 rad/s
AB , AC =?
Exercícios:
Determine AA4 do ponto A4 da peça 4 para a fase mostrada na gura, onde ω2 é cons-
tante.
44
Capítulo 6
Forças de inércia em mecanismos
Figura 6.1:
Figura 6.2:
Deseja-se encontrar qual a força e torque que deve ser aplicado ao corpo rígido para pro-
duzir AG e α.
45
6.1. Equação do Movimento 46
Figura 6.3:
Em geral, um corpo rígido com movimento plano pode estar sujeito a mais de uma única
força e um único torque. Então F é a resultante de todas as forças externas e T é o
torque resultante de todos os torques agindo sobre o corpo. Assim, F e T são chamados,
respectivamente de força e torque resultantes.
Um princípio importante em mecânica é que força e torque podem ser substituídos por
uma única força.
Figura 6.4:
46
6.2. Forças de Inércia e Torque de Inércia 47
Figura 6.5:
Figura 6.6:
47
6.3. Forças de Inércia de um mecanismo de quatro barras 48
Figura 6.7:
A) Peça 2:
Figura 6.8:
48
6.3. Forças de Inércia de um mecanismo de quatro barras 49
B) Peça 3:
Figura 6.9:
T3 é o torque resultante
t3 é o torque de inércia
I3 é o momento de inércia com relação ao centro de gravidade da peça 3.
A barra 3 é mostrada novamente sujeita a ação de f3 com a mesma magnitude, porém com
uma linha de ação deslocada de G3 . Fazendo assim, evita-se a colocação (envolvimento)
deste torque de inércia na análise cinética.
F3 h3 = t3
h3 = ft33 = mI33AG
α3
3
Figura 6.10:
49
6.3. Forças de Inércia de um mecanismo de quatro barras 50
C) Peça 4:
Figura 6.11:
Figura 6.12:
Serão procuradas as forças em cada pino de conexão das barras e o torque que o eixo em
O2 exerce para realizar o movimento prescrito.
As forças de inércia fi são tratadas como forças externas e cada barra está em equilíbrio
50
6.3. Forças de Inércia de um mecanismo de quatro barras 51
devido à ação das forças reativas não conhecidas. A determinação destas forças se dá da
mesma forma que na estática.
Começando com a peça quatro, fazendo a soma dos momentos em torno de O4 igual a
zero determina-se F34 T . Coloca-se esta força com mesma intensidade e sentido contrário
na peça três.
Figura 6.13:
Figura 6.14:
P
mO2 = 0
T2 = (f2 + F32 )a
51
6.4. Análise Cinética de Motores Alternativos 52
Figura 6.15:
A força de agitação FS é denida como a resultante de todas as forças de inércia que agem
sobre a estrutura do mecanismo (devido apenas a forças de inércia.
52
6.4. Análise Cinética de Motores Alternativos 53
α2 = T2 = 0
Força peso dos elementos desprezíveis;
Força de atrito do pistão camisa é desprezível;
Força dos gases (P) sobre o pistão é o produto da pressão pela área transversal da cabeça
do pistão.
A pressão poderá ser obtida através de uma análise termodinâmica ou por medições ex-
perimentais da pressão na câmara de combustão.
A.R. Holowenko, Dynamics of Machinery, John Wiley and Sons 1955 ilustra um grande
número de tipos de motores e variações. Contem também ordem de queima e analisa o
balanceamento motor em excelentes detalhes. Vide pagina 294-382.
Figura 6.16:
A) Expansão:
Válvula de entrada de gases fechada;
Válvula de saída (descarga) fechada;
53
6.5. Métodos para a Análise Cinética do Mecanismo 54
B) Exaustão:
Válvula de descarga aberta;
Válvula de admissão abre no m de curso.
C) Admissão:
Válvula de admissão aberta;
Válvula de descarga fechada durante a maior parte do curso.
D) Compressão:
Ambas as válvulas estão fechadas.
Força dos gases:
P = pAg (carga estática)
Forças dinâmicas
54
6.5. Métodos para a Análise Cinética do Mecanismo 55
Forças de inércia:
Polígonos de aceleração
aA = 5029, 2 m/s2
aB = 1767, 84 m/s2
aG3 = 4023, 36 m/s2
α3 = 21900 rad/s2
Portanto,
fO4 = m4 × aB = 0, 907 × 1767, 54 = 1603, 78 N
fO3 = m3 × aG3 = 1, 36 × 4023, 36 = 5472, 75 N
h3 = ft33 = mI33AαG3
3
= 0,01017×21900
5472,751
= 0, 0407 m
h3 = 4, 07 cm
Forças no pistão
Figura 6.17:
Biela e manivela
55
6.5. Métodos para a Análise Cinética do Mecanismo 56
0
F43 0
= F23 0
= F32 = F120
= 4759, 36 N
Te = 4759, 36 × 0, 04826 = 229, 69 N.m
0
Forças na biela
Figura 6.18:
56
6.5. Métodos para a Análise Cinética do Mecanismo 57
Do polígono:
Figura 6.19:
00
F43 00
= F34 00
= F14 = 146, 78 N
F23 = F32 = F12 = 5204, 16 N
00 00 00
Superposição:
Dos polígonos
F43 = 4759, 36 N
F23 = 5382, 08 N
57
6.5. Métodos para a Análise Cinética do Mecanismo 58
F12 = 5382, 08 N
Figura 6.20:
Portanto,
M p, M q massas pontuais
FP + FQ = FO
Para satisfazer a equação devem ser observadas três condições de equivalência.
1) Equivalência de massa
MP + MQ = M
2) Equivalência de centro de massa:
MP lP + MQlQ = 0
3) Equivalência de momento de inércia:
MP lP 2 + MQlQ 2 = I
58
6.6. Torque de saída de motores 59
MP , MQ , lP e lQ
Logo, tem-se:
lQ
MP = M ,
lP + lQ
lP
MQ = M
lP + lQ
Então se tem:
I
lP lQ =
M
Assim, têm-se quatro incógnitas para três equações. Portanto, uma das incógnitas devem
ser adotadas convenientemente, usualmente adota-se lP ou lQ
Figura 6.21:
59
6.6. Torque de saída de motores 60
Figura 6.22:
Conforme já estudado,
Figura 6.23:
Ts = F12 · d;
60
6.6. Torque de saída de motores 61
FB = P ± (FO4 + FB3 );
FB
F12 = cos φ
;
d = h · sen φ;
Ts = FB · h · tan φ
Da gura:
x x
sen φ = , sen θ =
L R
L · sen φ = R · sen θ
R
φ = arc sen( · sen θ)
L
Para determinar FB .
P = p · AP
Figura 6.24:
Forças inerciais:
aB = Rω 2 cos θ + R ou
L
cos(2θ)
aB
= cos θ + L cos(2θ) Forma adimensional.
R
Rω 2
Assim:
61
6.6. Torque de saída de motores 62
Determinação de h:
Da gura:
Potencia de saída
Tmed · ω Tmed · n Tmed · ω Tmed · n
P = = [HP ], P = = [CV ]
76 725, 75 75 716, 2
Figura 6.25:
Figura 6.26:
62
6.7. Dimensionamento de volantes 63
Figura 6.27:
Torque de saída ora maior ora menor que o torque médio para intervalos de θ.
Área hachurada representa trabalho que ora aumenta ora diminui a energia cinética do
sistema.
Acréscimo ou decréscimo na velocidade da árvore de manivelas.
O grau de aumento ou diminuição desta velocidade depende da inércia do sistema.
1
Ec = Iω 2
2
Obtêm o controle das utuações da velocidade da manivela primeiramente com um vo-
lante.
Figura 6.29:
63
6.7. Dimensionamento de volantes 64
Esta gura mostra o desequilíbrio de torques que nele atuam necessário para acelerar o
seu movimento angular. Colocando o volante aumenta-se a inércia do sistema e diminue
α(T − TR = constante).
Figura 6.30:
TS − TR = Iα
Em que I é o momento de inércia do volante em torno do eixo da manivela.
α = dω
dt
= dω
dθ
· dθ
dt
= ω dω
dθ
, logo
dω
TS − TR = Iω
dθ
(TS − TR )dθ = Iω · dω
Z θw max Z θw max
1
(TS − TR )dθ = Iω · dω = I(ωmax 2 − ωmin 2 )
θw min θw min 2
Os limites θ para a integral são encontrados por inspeção.
ωmax Onde ocorre a maior variação positiva em ω
ωmin Onde ocorre a maior variação negativa em ω
Trabalha-se a partir de um gráco que representa a integral onde:
1
A = I(ωmax 2 − ωmin 2 )
2
Na pratica, ao invés de dar ωmax e ωmin utiliza-se o coeciente de utuação k de modo que
a utuação ou a diferença entre velocidades máxima e mínima seja uma pequena fração
da velocidade média pedida no projeto.
ωmax − ωmin
k=
ωmed
1 1
A = I(ωmax 2 − ωmin 2 ) = (ωmax + ωmin )(ωmax − ωmin )
2 2
A = I · (ωmax − ωmin ) · ωmed
2
2 2·π·n
A = k · I · ωmed = I · k ·
60
64
6.7. Dimensionamento de volantes 65
A
I = 91
kn2
Exercício:
Determine o torque médio e a potencia de saída do motor; as posições dos ângulos de
manivela onde as velocidades da manivela são máximas e mínimas; e o momento de
inércia de um volante tal que a utuação máxima de velocidade seja 20 rpm. O diâmetro
do volante é 400 mm.
Figura 6.31:
65