UM MUNDO CADA VEZ MAIS VELHO

Ao longo das últimas décadas, em especial após a Segunda Guerra Mundial, foi possível
perceber, no mundo todo, um aumento significativo no tempo médio de vida de uma pessoa, isto
é, a expectativa de quanto tempo de vida uma pessoa tem ao nascer. Este dado é o resultado de
uma complexa análise de inúmeros fatores que influenciam as características e possibilidades de
sobrevivência por um tempo determinado. Podem ser tanto fatores positivos, que permitem uma
maior longevidade, quanto fatores que podem reduzir esta expectativa.
Por se tratar de um número que provém de uma série de fatores complexos, o mesmo
nunca é exatamente preciso, sendo, na verdade, uma média do que se espera que uma pessoa
viva em um determinado local e em uma determinada época. Assim, podemos ter uma variedade
de números diferentes entre países ou ainda regiões de uma mesma cidade, e também entre
diferentes momentos da História. Por exemplo, há diferenças entre a expectativa de vida de uma
pessoa que mora em uma região desértica da África e uma que vive em um grande centro
europeu; também há diferenças entre a expectativa de vida que uma pessoa em um grande centro
europeu tinha há cem anos e hoje.
Podem-se destacar o avanço nas descobertas no campo da medicina e a maior facilidade
ao acesso a medicamentos e vacinas como principais fatores que contribuíram para o aumento da
expectativa de vida nos últimos tempos. Por outro lado, a violência crescente em centros urbanos
e as mortes no trânsito são fatores que reduzem a expectativa média de vida em determinados
locais. Ainda assim, em média, pode-se afirmar que os nascidos hoje terão uma vida muito mais
longa que seus avós, por exemplo.
Aqui também se observa um grande desafio em relação à longevidade: como garantir que
uma população idosa possa ter uma vida saudável. Isso inclui avaliar, reorganizar e repensar
modelos de assistência médica e previdenciária. Em todo o mundo, diferentes planos e reformas
estão sendo discutidos, visando atingir este objetivo.
Enquanto seguem estas discussões e busca-se um acordo benéfico a uma população que
envelhece cada dia mais, a medicina segue avançando e possibilitando que um maior número de
pessoas viva por mais tempo. O problema, assim, agrava-se, pois o povo envelhece em um ritmo
maior do que as decisões que se tomam sobre seu futuro. Ideias surgem e são debatidas, mas o
resultado só quem viver verá.