A gravidez na adolescência é mais comum em comunidades pobres, zonas rurais e devido a falta de
acesso à educação. Em países em desenvolvimento é a principal causa de morte entre adolescentes. Na
África, 26% os óbitos maternos são entre adolescentes. As precariedades refletem nos óbitos perinatais, onde
50% mais alto entre os bebês de mães abaixo de 20 anos de idade em relação os nascimentos de mães entre
20 e 29 anos - dados relatados conforme a OMS (OMS, 2009).
Adolescentes grávidas podem ser consideradas um grupo de alto risco, por estarem vivendo um
crescimento e reprodução em dois seres em desenvolvimento. Um problema de saúde pública, considerados
no Brasil e em outros países (RODRIGUES et al, 2015).
O PN realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é executado através de um programa intitulado Rede
Cegonha, uma estratégia do Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de cuidados para
assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, incluindo o
parto, e puerpério, garantir às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento
adequado. Regulamentado pela Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011.
Introdução
Realizando uma abordagem sobre as adolescentes grávidas, em situações de cárcere privado, não
existem estudos sobre seu pré-natal, de acordo com buscas realizadas para pesquisas desse assunto, descritos
em uma revisão internacional, nesta mesma revisão descrevem que modelos específicos de cuidados
pareciam conferir benefícios a grupos vulneráveis, incluindo adolescentes grávidas (BARD et al, 2016).
O papel do enfermeiro é assistir no pré-natal, de forma a assegurar o cuidado durante todo o puerpério,
tornando o processo humanizado, identificando situações que podem levar ao risco a vida da gestante
adolescente e do neonato. De acordo com alguns autores, relata que o inicio do pré-natal em mães
adolescentes ocorre tardiamente e está relacionado a participação, a qualidade da assistência prestada
pelos profissionais da saúde. As adolescentes puérperas discorrem de não terem nenhum conhecimento
sobre trabalho de parto e parto no período onde ocorreram as consultas de pré-natal. Sendo existentes
políticas públicas e programas sobre esse assunto, insinuando uma falta de conhecimento em habilidades
prestadas por esses profissionais da saúde (NOGUEIRA et al, 2015; FERNANDES et al, 2015).
Justificativa
A importância sobre o estudo do pré-natal prestado por enfermeiros, em adolescentes grávidas privadas
de liberdade, se faz necessária uma avaliação e implementação nos serviços disponibilizados pelas políticas
públicas de direito, afim de avaliar a qualidade, onde há evidenciação de um problema mundial, sobre a
mortalidade nesta faixa etária, e falta de relatos sobre a saúde destas adolescentes grávidas em cárcere.
Objetivos
Objetivo Primário:
Analisar a qualidade do pré-natal assistido por adolescentes privadas de liberdade.
Objetivos
Objetivos Secundários:
Verificar qual o perfil do profissional que assistiu o pré-natal;
Quando foi iniciado o pré-natal;
Quantas consultas foram realizadas no período gestacional;
Quantas consultas foram realizadas no período da privação;
Avaliar se foi solicitado exames de rotinas preconizados pelo SUS;
Verificar se as adolescentes tiveram alguma doença infecto contagiosa, quando foi descoberto, antes ou
durante o pré-natal;
Buscar relatos de conhecimento sobre educação sexual, com abordagem em sistema reprodutor,
métodos anticontraceptivos, DST’s.
Métodos
Delineamento da pesquisa
O estudo de método transversal retrospectiva, de abordagem descritiva e qualitativa.
O local da pesquisa fica situado no Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino, com capacidade
para atender quarenta e seis adolescentes, do sexo feminino que cumprem medida de Semiliberdade,
Internação com Possibilidade de Atividade Externa (ICPAE), Internação sem Possibilidade de Atividade
Externa (ISPAE) e Internação Provisória, oriundas dos 10 Juizados da Infância e da Juventude do Rio
Grande do Sul.
População e amostra
Adolescentes grávidas em regime de internação provisória no ano de 2017.
Métodos
Critérios de inclusão
Adolescentes, com idade 12 até 17 anos, grávidas em regime de internação provisória no ano de 2017.
Critérios de exclusão
Ficariam excluídas do estudo, aquelas adolescentes gestantes que permaneceram na instituição por um
período menor que quarenta e cinco dias.
Processo de obtenção de dados e variáveis
A ferramenta de pesquisa empregada será em forma de questionário estruturado, contendo dez
perguntas.
Os dados serão coletados através de registros encontrados em arquivos, prontuários, localizados na
instituição e no sistema de informação, SISPRENATAL, sistema eletrônico para a coleta de informações
sobre o acompanhamento pré-natal das gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
Questões Éticas
irão cumprir todos os termos das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres
Humanos (Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde).
comprometem-se a preservar a privacidade dos dados e identidade dos sujeitos cujos dados serão
coletados em arquivos, registros e sistema de informação (SISPRENATAL) no Centro de Atendimento
Socioeducativo Feminino
concordam, igualmente, que estas informações serão utilizadas única e exclusivamente para execução do
presente projeto, sendo que só poderão ser divulgadas de forma anônima, sem qualquer identificador
como data de nascimento, número de prontuário ou outro que possibilite o reconhecimento do sujeito da
pesquisa.
Termo de Consentimento
(identificação da equipe)
EQUIPE DO ESTUDO
Nome completo Assinatura Data
Kissi Teixeira Taroco
Sidiclei Machado Carvalho
Cronograma
Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
Atividade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 N
IDADE 1-( ) 12 à 14 2- ( ) 14 à 17
RAÇA 1-( ) BRANCA 2- ( ) NEGRA 3-( ) PARDA 4- ( ) INDÍGENA
Obrigada!