Anda di halaman 1dari 32

Sistemas processuais

a) Inquisitivo: não há distinção entre quem acusa e quem julga.


b) Acusatório: existe diferenciação entre quem acusa e quem julga, permitindo maior
equidade.
c) Misto: há duas fases: uma semelhante ao inquérito policial, só que dirigida pelo juiz;
outra, a segunda, em que há ampla defesa.

→ Aplicação da lei processual penal no ​espaço​.


Adotando o princípio da ​territorialidade​, as leis processuais penais aplicar-se-ão em todas
as ações do território brasileiro. Exceções estão no art. 1 do CPP:

Art. 1​o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código,
ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de
Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º,
e 100);
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, n​o​ 17);
V - os processos por crimes de imprensa.

→ Aplicação da lei processual no ​tempo​.


Rege-se pelo disposto no art. 2 do CPP:
A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.
Vê-se, portanto, que a aplicação da legislação processual é imediata. Ainda que menos
benéfica. Tal regra, no entanto, se aplica apenas às normas de natureza processual; as de
caráter penal e as mistas, por outro lado, seguem o princípio do retroatividade do Direito
Penal.

Interpretação da lei.
a) Quanto à origem: autêntica, quando dada a interpretação na mesma lei; doutrinária e
jurisprudencial;
b) Quanto ao modo: gramatical, teleológica, histórica e sistemática.
c) Quanto ao resultado: declarativa, restritiva, extensiva.

→ O código de processo penal aceita as interpretações analógicas e extensivas ​(art. 3,


CPP).

Integração da norma processual penal


Aplica-se o disposto na LINDB, isto é, são aplicados a analogia, os costumes e os princípios
gerais do direito ​quando houver ausência de norma.
A analogia, diferentemente do Direito Penal, pode ser ​in malam​ ​partem

Fontes do direito processual penal


a) materiais (de produção ou criação): conforme o art. 22, inc. I, tal fonte é a união,
porquanto à ela é dada a competência de criar a legislação referente ao processo
penal.
b) formais (de revelação ou cognição): são os modos pelo qual o direito se exterioriza.
A fonte ​imediata​ é a lei; mediata, são a analogia, costumes e pgd.

INQUÉRITO POLICIAL
Conceito: ​conjunto de atos de télos investigatório instaurados em virtude de uma infração
penal. Destinatário imediato é MP; mediato, o Juiz.

Inquérito policial e termo circunstanciado: ​crimes com pena ​inferior a 2 anos​ serão
objeto de inquérito policial; menos disso, é termo circunstanciado. Caso seja violência
contra mulher, ainda com pena inferior a 2 anos, ter-se-á inquérito policial.

Características: a) ​é presidido pela autoridade policial. Pode membro do MP acompanhar o


inquérito policial e propor diligências, não sendo tal conduta incompatível com a propositura
da ação penal (cf. súmula 234, STJ). ​b) ​é ​inquisitivo​, ou seja, não se vigora o princípio do
contraditório. Podem o ofendido ou seu representante requerer, assim como faz o MP,
diligências. De notar-se o que dispõe o art. 155, ​caput​ do CPP:

o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas

c) ​é ​sigiloso​, conforme disposto no art. 20 do Código de Processo Penal. Nada obstante,


importa salientar que o adv tem acesso aos elementos de prova e demais documentos
.relevantes (art. 7º, XIV do EOAB c/c súmula vinculante n. 14). ​d) ​é e
​ scrito​, o que significa
dizer que todas as provas deverão ser reduzidas a termo. ​e) ​é ​dispensável​, ou seja, não é
requisito para a propositura de ação penal.

Formas de instauração do inquérito


a) de ofício (art. 5, inc. I, CPP): ocorre quando a autoridade policial, sem requerimento,
instaura o inquérito; quando a ação for pública, ele é ​obrigado​. A peça inicial do
inquérito é a ​portaria​. Recebida a ​notitia criminis​ de maneira anônima, a autoridade
policial, antes de instaurar o inquérito, deve diligenciar no sentido de confirmar a
possibilidade de existência do crime.
b) Requisição ​judicial​ ou do ​MP​: também nesses casos a autoridade judicial é
obrigada​ a instaurar o inquérito.
c) Requerimento do ​ofendido​: cabível em crimes de ação pública e privada.

Auto de prisão em flagrante


É, também, ​uma forma de instauração do inquérito policial​. Nos crimes que ação pública
depender de representação, o inquérito não poderá iniciar sem ela (cf. art. 5, §4º, CPP); no
caso de infração de menor potencial ofensivo, ainda que condicionada à representação,
esta é desnecessária.
Requerimento do ofendido nos crimes de ação privada
Nos crimes de ação privada, é condição necessária para a instauração do inquérito o
requerimento do ofendido, pode ser tanto a parte, seus parentes ou aquele que tiver poder
para tanto (adv ou defensor público).

Prazos para conclusão do inquérito


a) Indiciado solto: ​o prazo é de ​30 dias​ (cf. art. 10, CPP); entretanto, sendo o
processo de difícil elucidação, pode o prazo ser dilatado pelo Juiz, que antes ouvirá
o Ministério Público, que pode pedir o arquivamento do inquérito ou, desde já,
oferecer a denúncia. O pedido pode ser feito ​quantas vezes forem necessárias​.

b) Indiciado preso em flagrante ou por prisão preventiva: ​em conformidade com o


disposto pelo art. 10 do CPP, o prazo, neste caso, é de ​10 dias​. Em não sendo
respeitado o prazo, poder-se-á interpor habeas corpus.

Diligências necessárias após a ciência da prática de infração penal:

a) Dirigir-se ao local e preservar o local do crime​: tal preservação, que ocorre em


crimes de maior gravidade, deve ocorrer até a chegada dos peritos. A alteração no
local do crime, com o intento de enganar o juízo, configura ​fraude processual​.

b) Apreender objetos que tiverem relação com o crime, após liberação pelos
peritos: ​salvo se não mais interessarem como prova, deverão tais objetos
acompanharem o ​inquérito ​(art. 11, CPP). O que definirá a utilidade dos objetos é a
perícia criminal (cf. art. 175, CPP).

c) Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato: ​cuida-se de


permissão genérica dada pela lei e que permite à polícia colher oitiva de
testemunhas, quebra de sigilo bancário etc.

d) Ouvir o ofendido e o indiciado: ​pode o indiciado, querendo, permanecer em


silêncio (cf. art. 5º, inc. LXIII, CRFB); também, é dever da autoridade que conduz o
interrogatório se identificar (cf. art. 5, inc. LXIV, CRFB). O termo do interrogatório
deve ser assinado por duas testemunhas. Devidamente notificado, e não
comparecendo, poder-se-á conduzi-lo coercitivamente (cf. art. 260, CPP).
Indiciamento:​ antes do indiciamento, a pessoa é tratada como ​suspeita​ ou
investigada. ​Indiciamento é o ato pelo qual a ​autoridade policial, ​mediante ​ato
fundamentado​, expressa um juízo de valor, que declará certa como pessoa como
autora de um delito.​ ​Nada obstante, tal indiciamento não vincula o Ministério Público,
que pode solicitar o arquivamento do inquérito.

e) Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações: ​caso a vítima


não reconheça nenhuma das pessoas que se lhe foram expostas, o reconhecimento
é negativo, mas nada obsta que seja o sujeito mostrado apontado como autor; por
outro lado, caso todos lhe sejam mostrado e a vítima diga que não é nenhum deles,
isso excluirá a autoria.
f) se for o caso, determinar a confecção do exame de corpo de delito ou de
quaisquer outras perícias: ​em sendo de crime que deixa vestígios, no qual não
houve o exame do corpo de delito, poder-se-á arguir a nulidade da ação (cf. art. 564,
inc. III, ​b​ c/c art. 158, CPP).

g) identificar o indiciado bem como averiguar a sua vida pregressa: ​referido


dispositivo é importante tendo-se em vista o que dispõe o art. 59 do Código Penal.

h) Reprodução simulada dos fatos: ​o indiciado ​não​ é obrigado a participar.

OUTRAS FUNÇÕES DA AUTORIDADE POLICIAL:


O indiciado, em nenhum caso, poderá ficar incomunicável.
Em conformidade com o art. 13 do CPP, poderá a autoridade policial:
I — fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento
dos processos;
II — realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
III — cumprir os mandados de prisão expedidos pelo juiz;
IV — representar acerca da prisão preventiva.

Pode também: nos crimes cuja pena ​não for superior a 4 anos​ poderá o delegado de
polícia arbitrar fiança (cf. art. 322, CPP); lavrar termo circunstanciado; representar acerca de
prisão temporária ou de interceptação telefônica.

Conclusão do inquérito: ​ao fim, a autoridade policial fará um relatório que será entregue
ao juiz.

AÇÃO PENAL

→ É o procedimento judicial iniciado pelo direito subjetivo de ação.


Classificação:
1) Ação Pública:
a) Incondicionada: é a ​regra geral​, ​dado que, no silêncio da lei, será essa o tipo de
ação.
b) Condicionada: nesses casos, necessário a representação da vítima ou requisição do
Ministro da Justiça para que o Ministério Pública ofereça a ​denúncia.​ Nesse tipo de
ação, a lei menciona que ​“se procede mediante representação ou requisição do
ministro da justiça”.

2) ​Ação Privada: ​a peça inicial nesses casos é a ​queixa-crime​.


a) Exclusiva: a iniciativa da ação penal é da vítima, mas, caso ela seja menor, pode ser
seu representante legal; em caso de morte, de seus sucessores (CADI). Neste tipo,
a lei menciona que “​somente se procede mediante queixa​”.
b) Personalíssima: em tal caso, apenas a vítima pode propor; se morrer, ou estiver
doente mental, não haverá a possibilidade jurídica da ação. No tipo penal consta
“​somente se procede mediante queixa do ofendido​”.
c) Subsidiária da pública: se dá quando o MP, no prazo dado pela lei, não oferece
qualquer manifestação.

CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL


a) Legitimidade da parte​: sendo público, a parte autora deve ser o MP; privada, o
ofendido ou seu representante legal. Por outro lado, a parte ré deve ser maior de 18
anos e pessoa física.
b) Interesse de agir: ​necessária a existência de indícios de autoria e materialidade,
bem como não haja prescrição ou qualquer outra causa extintiva de punibilidade.
c) Possibilidade jurídica do pedido: ​no pedido (de pena ou medida de segurança),
necessário que haja os elementos contidos no tipo penal; além disso, no caso da
ação pública condicionada, necessário que os requisitos estejam preenchidos.

PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL:

a) Princípio do juiz natural (art. 5º, inc. LIII, CF): ​conforme referido princípio, os
juizes ​ad hoc​ não são permitidos, ou seja, o juiz que irá julgar deve estar legalmente
estabelecido ​antes​ do crime.
b) Princípio do promotor natural (art. 5, inc. LIII, CF): ​semelhante ao princípio do juiz
natural, aplicando-se, entretanto, ao promotor.
c) Princípio do devido processo legal (art. 5º, LIV, CF): ​o procedimento a que o
acusado estará submetido deve estar contido no ordenamento jurídico.
d) Princípio da vedação de prova ilícita (art. 5º, inc. LVI, CF): ​as provas obtidas de
maneira ilícita não são permitidas.
e) Princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF): ​até o trânsito em julgado
da sentença penal, ninguém será considerado culpado.
f) Princípio do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, CF): ​deve ser dado ao
réu a possibilidade do réu de rebater a acusação que se lhe é feita por meio da
ampla defesa.
g) Princípio da proibição da autoincriminação: ​o acusado não poderá ser
constrangido pelo Estado a produzir provas contra si próprio.
h) Princípio da publicidade (art. 5º, LX, CF): ​salvo quando a intimidade ou o interesse
social exigirem, os atos processuais serão ​públicos​. E ​ ntretanto, pode o JUiz de ofício
ou a requerimento das partes ou MP, decretar o segredo de justiça.
i) Princípio da razoável duração do processo (art. 5, LXXVIII, CF): ​a prestação
jurisdicional deve se dar em tempo adequado.
j) Princípio da motivação das decisões judiciais: ​as decisões proferidas pelo Poder
Judiciário devem ser fundamentadas, dado que vivemos em Estado Democrático de
Direito.
k) Princípio da imparcialidade do juiz: ​o Juiz deve ser imparcial; não o sendo,
poder-se-á arguir suspeição ou impedimento.
l) Princípio do duplo grau de jurisdição: ​em conformidade com tal princípio, as
partes têm o direito de verem sua questão novamente apreciada pelo Poder
Judiciário.
m) Princípio da iniciativa das partes: ​o Poder Judiciário é inerte. Por conseguinte, não
pode este dar início à Ação Penal, cabendo tal prerrogativas ao ofendido, seus
representantes ou ao Ministério Público.
n) Princípio da intranscendência: ​significa que a pena não ​passará​ da pessoa do
apenado.
o) Princípio da verdade real: ​no processo penal, o juiz não pode adotar presunções
processuais, devendo, ao contrário, busca a verdade como de fato ela ocorreu. Há,
entretanto, limitações, como é o caso da sentença que transita em julgado e, após,
surgem evidências que contradizem o que foi decidido nela. Nesse caso, não se
poderá fazer a revisão da decisão, salvo se para beneficiar o réu.
p) Princípio da oficiosidade ou impulso oficial: ​assim que o poder judiciário é
retirado de sua inércia, caberá a ele passar o processo para suas fases seguintes.
q) Princípio da correlação: ​referido princípio informa que a sentença deve manter
direta correlação com a denúncia ou queixa, não podendo extrapolá-la.
r) Princípio da identidade física do juiz: ​informa-nos tal princípio que o juiz presidiu a
dilação probatória deve ser o mesmo que irá proferir a sentença
s) Princípio do favor do rei ou ​in dubio pro reo: h ​ avendo dúvidas na hora de
sentenciar, o juiz deve tomar a posição favorável ao réu.

AÇÃO PENAL PÚBLICA


→ Além de tomar como base os princípios já mencionados acima, a Ação Penal Pública
também tem 3 princípios específicos:
a) Obrigatoriedade: ​conforme tal princípio, o promotor não pode perdoar ou transigir,
cabe a ele, se entender que há indícios de autoria e materialidade do crime, oferecer
a denúncia.
b) Indisponibilidade: ​em conformidade com o disposto no art. 42 do Código de
Processo Penal, o Ministério Público não poderá desistir da ação, tampouco do
recurso que interpor (art. 576, CPP).
c) Oficialidade: ​informa tal princípio que o titular ​exclusivo​ da ação pública é o
Ministério Público.

→ A ​representação​ pode ser endereçada ao ​Juiz, Ministério Público e à Autoridade


Policial​, ​pessoalmente (​até por representante legal) ou ​por procurador​ (cf. art. 39, CPP).
→ O ​prazo para representação​ é de ​6 meses​ (art. 38, CPP), após descoberto quem é o
autor do delito.
→ Se a vítima não tiver representante legal, o juiz nomeará curador especial (art. 33, CPP).

RETRATAÇÃO
Conforme dispõe o art. 25 do CPP, até o oferecimento da denúncia a vítima pode retirar a
representação, impossibilitando o oferecimento da denúncia.
LEI MARIA DA PENHA
Em sendo o caso de incidência da lei maria da penha, a vítima poderá se retratar, todavia,
tal retratação será informada ao Ministério Público que comparecerá em audiência a fim de
se certificar que a manifestação de vontade da vítima é livre e espontânea. Sendo de fato
livre e espontânea, tal manifestação de vontade será reduzida a termo.
AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
A requisição do Ministro é condição de ​procedibilidade​. Não obstante, tal requisição não
vincula o Ministério Público, que pode solicitar o arquivamento do inquérito. ​Não há prazo
para tal requisição, podendo ser feito a qualquer tempo, desde que antes da prescrição.

→ O promotor, ao receber um inquérito policial, pode:


a) Solicitar novas diligências: ​o juiz pode indeferir tal pedido, desde que o entenda
como totalmente ​dispensável;​ caso o MP insista na realização da diligência, o Juiz
remeterá os autos ao Procurador-Geral de Justiça, que poderá: a) oferecer
denúncia; b) solicitar a diligência, estando o Juiz obrigado a deferi-la.
b) Requerer que os autos sejam remetidos a outro juízo: ​caso o MP vislumbre que
falece competência ao juízo, pode ele solicitar que os autos sejam remetidos ao
juízo competente.
c) Promover o arquivamento: ​quem deferirá tal pedido é o Juiz: a) caso o juiz defira o
arquivamento, a autoridade policial poderá realizar novas investigações a fim de
obter provas (art. 18, CPP), sendo referidas provas requisito para início da ação
penal (súmula 524 do STF). Da decisão que defere o arquivamento ​não cabe
recurso​, ressalvados os casos de crime contra a economia popular e a saúde
pública, os quais serão submetido a recurso de ofício, interposto pelo próprio juiz; b)
caso o juiz ​indefira​ o pedido de arquivamento em decisão ​fundamentada,​ os autos
serão remetidos ao Procurador-Geral de Justiça que poderá: a) insistir no
arquivamento do inquérito, caso em que o Juiz estará obrigado a arquivá-lo; b)
oferecer denúncia. Pode, também, solicitar que sejam feitas novas diligências e,
após, retornará a ele o inquérito, devendo o Procurador-Geral optar por “a” ou “b”.

OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
Estando o indiciado preso, o prazo para oferecimento da denúncia é de 5 dias; se estiver
solto, de 15 dias, contados a partir do recebimento do inquérito pelo Ministério Público (cf.
art. 46, CPP). Se porventura o inquérito retornar à delegacia para a realização de novas
diligências, o prazo começará a contar novamente quando os autos voltarem. O MP ​pode
oferecer a denúncia após referidos prazos, entretanto, transcorrido o prazo ​in albis​, o réu
poderá requerer sua libertação, ao passo que vítima poderá ingressar com queixa-crime
subsidiária.

REQUISITOS DA DENÚNCIA
Conforme elencado pelo artigo 41 do Código de Processo Penal, os requisitos para o
oferecimento da denúncia pelo Ministério Público:
a) A exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias: ​cuida-se de
um breve relato do crime cometido, devendo conter: todas as elementares do tipo
penal e a maneira como ocorreu no caso concreto; as circunstâncias que possam
implicar alteração da pena; as circunstâncias de tempo, local e modo de execução
b) Qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa
identificá-lo: ​regra geral, o indiciado é qualificado no inquérito, razão pela qual o MP
pode, na denúncia, apenas mencionar como “já qualificado nos autos”.
c) Classificação do crime: ​ou seja, deve mencionar o artigo infringido (ex: art. 121,
CP). Caso surjam novas provas, tal classificação pode ser alterado (cf. art. 384,
CPP). É com base na classificação constante na denúncia que se averigua a
possibilidade ou não da suspensão condicional do processo, bem como de prisão
preventiva.
d) Rol de testemunhas: ​caso não sejam arroladas as testemunhas, ter-se-á preclusão;
pode o mp, entretanto, solicitar que o juiz ouça testemunhas de juízo (art. 209, cpp)
podendo tal pedido ser indeferido.
→ A denúncia tem forma de petição, tendo, por conseguinte, os mesmo requisitos
(endereço, exposição do fato e de direito e requerimentos).

Recebimento da denúncia
→ A decisão que recebe a denúncia, e que deve ser fundamentada, tem natureza
interlocutória simples​. É ela quem dá início à ação penal.

→ A denúncia pode ser aditada a qualquer tempo, conforme dispõe o art. 569 do Código de
Processo Penal. Tal aditamento pode, inclusive, incluir outro réu.

POSSIBILIDADES DE REJEIÇÃO DA DENÚNCIA (ART. 395, CPP)


Ei-las:
a) Inépcia manifesta: ​ocorre quando a denúncia não obedece aos requisitos
constantes no art. 41 do CPP.
b) Falta de pressuposto processual: ​é o caso de haver ilegitimidade, seja passiva,
seja ativa; quando a denúncia é oferecida por quem não é, de fato, membro do
ministério público ​et cetera​.
c) Falta de condição da ação: ​se dá quando, em crime de ação pública condicionada,
inexista representação da vítima ou requisição do Ministro da Justiça.
d) Falta de justa causa para o exercício da ação penal: ​ocorre nos casos em que a
conduta é atípica; faltam indícios de autoria e materialidade; ocorre a prescrição ou
causa extintiva de punibilidade.

→ Contra decisão que rejeita a denúncia é cabível ​recurso em sentido estrito ​(cf. art. 581,
inc. I, CPP).

AÇÃO PENAL PRIVADA


Princípios:
a) Oportunidade: ​ou seja, ainda que haja inúmeras provas, o ingresso da ação penal
fica a critério do ofendido (ou de seus representantes).
b) Disponibilidade: ​por meio do perdão ou da perempção, o ofendido pode desistir do
prosseguimento da ação
c) Indivisibilidade: ​consagrado no art. 48 do CPP, dispõe tal princípio que, ingressada
a ação, ela se dirigirá contra todos.

Espécies de ação privada:


1 - Exclusiva: ​em tal ação, ainda que o ofendido venha a morrer, a ação pode ser ingressa
por cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (31, CPP). Nos tipos penais que serão
regidos por tal ação, há a frase “​somente se procede mediante queixa”​.
Titularidade do direito de queixa: ​a peça inicial que dá início à ação é a ​queixa-crime​,
devendo ser endereçada ao juízo competente. O sujeito ativo é o ​querelante​; o passivo,
querelado. ​Caso o ofendido não tenha os indícios de autoria e materialidade, deve
endereço um ​requerimento​ à autoridade policial.
→ O ​prazo decadencial ​é de ​6 meses​ a
​ partir do descobrimento da autoria.
→ Em sendo o ofendido menor de idade, caberá a seu representante o oferecimento da
queixa-crime, não o tendo, ser-lhe-á designado curador especial.

2 - Personalíssima: ​ação que só pode ser intentada pela ​vítima.


→ Atualmente, o único crime de ação privada personalíssima é o de induzimento a erro
essencial ou ocultação de impedimento para casamento.

→ Em ambas as ações, o ​inquérito policial​, após concluído, será remetido ao juízo


competente, aguardando a iniciativa do ofendido ou de seu representante.

Causas extintivas da punibilidade da ação penal privada


São quatro
a) Decadência​: é a perda do direito de ingressar em virtude de o prazo de ​6 meses​ ter
transcorrido sem o oferecida da queixa. AInda que oferecida em juízo incompetente,
há o interrompimento da decadência.
b) Perempção​: consiste na sanção aplicada ao querelante em virtude sua inércia ou
omissão, estendendo-se os efeitos desta a todos os querelados. ​Extingue a
punibilidade.​ ​Não se aplica​ à ação privada subsidiária da pública. Hipóteses em
que ocorrerá (art. 60, CPP): ​ a) ​querelado deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias; ​b) ​falece o querelante e, em 60 dias, não comparece em
juízo nenhum representante seu para dar processo. (Não se aplica à ação privada
personalíssima);​ ​c)​ quando o querelante, sem motivo justificado, deixa de
comparecer em juízo; ​d) ​quando o querelante deixar de formular o pedido de
condenação nas alegações finais; ​e) ​quando o querelante, pessoa jurídica, é extinto
sem deixar sucessor.
c) Renúncia: ​ocorre ​antes​ do início da ação penal, quando o querelante abdica de
oferecer a queixa. Produz seus efeitos ​independentemente​ da aquiescência do
autor do delito. A renúncia pode ser ​expressa​ ou ​tácita​, estendo seus efeitos para
todos os autores do delito.
d) Perdão do ofendido​: Se dá ​durante​ a ação privada e ​antes​ de sentença com
trânsito em julgado. A todos se estende, mas depende da anuência dos querelado.

AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA


→ Ocorre quando há a inércia por parte do titular da ação pública, isto é, o Ministério
Público. Decorrido o prazo para oferecimento da denúncia (5 dias réu preso; 15 dias, solto),
surge o direito para a vítima de oferecer a ​queixa​ no prazo de ​6 meses.​ O Ministério
Público pode oferecer a denúncia após o prazo para oferecimento da denúncia, assim,
quem o fizer primeiro será titular da ação.
→ Os crimes cometidos que se enquadram nesse tipo de ação são, regra geral, aqueles de
ação pública.
→ ​Não se aplica a perempção​, pois, havendo omissão por parte do querelante, a
titularidade ação penal retornará ao MP.

AÇÃO CIVIL ​EX DELICTO


Relativamente à relação entre a responsabilidade civil e a penal, três são os sistemas:
a) Identidade: juiz penal decide sobre ambas.
b) Independência absoluta: uma não interfere na outra
c) Interdependência: há interferência da penal na civil (adotada no Brasil).

→ O juiz pode fixar valor mínimo para reparação dos danos causados (art. 387, IV, CPP).

Para que a sentença criminal influencie a civil, deve esta:


a) Ser anterior a civil: o juiz civil, a fim de evitar decisões em sentidos contrários, pode
suspender o processo por até 1 ano (cf. art. 265, V, a, CPC).
b) A sentença deve condenar ou absolver o acusado e deve ter transitado em julgado.
Caso a sentença ​condenatória​ atenda a esses requisitos, vinculará a ação cível.
A sentença ​absolutória​, por outro lado, só influenciará quando:
a) Excludente de ilicitude: ​nestes casos (cf. art. 188, CC), não poderá a parte autora
pleitear em face do réu no âmbito civil; todavia, há casos em que isso não se aplica,
como no caso em que o estado de perigo não tiver sido causado pelo prejudicado
b) Reconhecimento da inexistência do fato
c) Existência de prova de que o réu não concorreu para a infração penal.

Não​ fazem coisa julgado no cível:


a) Decisão que acolhe promoção de arquivamento de inquérito policial
b) Extingue a punibilidade
c) Decide que o fato imputado não constitui crime
d) A que reconhece não existir prova de que o réu concorreu para o fato
e) Reconhece circunstância que isenta o réu da pena
f) Declara não existir prova suficiente para a condenção

→ A sentença penal é ​título executivo​.


Legitimidade ativa: ​pode ser ajuizada pelo ofendido ou seu representante legal, ou seus
herdeiros; ​passiva: ​execução, apenas contra o autor do crime; conhecimento, autor do
crime e responsável.

JURISDIÇÃO
Princípios:
a) Juiz natural: ​significa dizer que o juiz que julgará o caso deve ter sua competência
definida antes da ocorrência do crime;
b) Investidura: ​só aquele regularmente investido do cargo pode julgar.
c) Indeclinabilidade: ​O juiz ​não​ ​pode deixar de julgar.
d) Indelegabilidade: ​o juiz não pode delegar a competência para julgar; caso contrário,
ter-se-ia ofensa ao princípio do juiz natural.
e) Inércia: ​o juiz só inicia a ação penal se provocado pelas partes.
f) Irrecusabilidade: ​salvo caso de suspeição, impedimento ou incompetência, as
partes não podem recusar o juiz.

Classificação da jurisdição:
a) Quanto à matéria: civil, penal, trabalhista ​et cetera​.
b) Quanto ao objeto: contenciosa, quando há litígio; voluntária, quando não houver.
c) Quanto à graduação: inferior, quando estiver na primeira instância; superior, quando
estiver julgando recursos.
d) Quanto à função: comum (estadual ou federal). Especial (militar ou eleitoral).

COMPETÊNCIA:​ Competência é a medida da jurisdição.


Conforme estipula o art. 69 do CPP, sete são os critério para a fixação da competência
I. lugar da infração (​competência territorial - relativa)
II. domicílio ou residência do réu;
III. natureza da infração (​competência em razão da matéria - absoluta)
IV. distribuição;
V. conexão ou continência;
VI. prevenção;
VII. prerrogativa de função ​(em razão da pessoa - absoluta)

COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO


→ O ​lugar da infração​ é definido pelo momento da ​consumação​ do crime.
→ No homicídio doloso, a consumação ocorre com a morte da vítima. A jurisprudência,
entretanto, entende que, em casos de homicídios em cidades pequenas, ocorrendo a
remoção para hospital em outra cidade, ​o julgamento dar-se-á na cidade em que houve o
início do ​iter criminis;​ no homicídio​ culposo​, por outro lado, aplica-se o disposto no art. 70
do CPP, ou seja, a competência definir-se-á pelo local da consumação.
→ Nos ​crimes qualificados​ a competência é definida onde se deu o resultado agravador.
→ Na ​apropriação indébita​, a consumação se dá no local em que há a inversão da posse

COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU


→ Ocorre nos casos em que o lugar da infração não é conhecido.
→ Pode a ação penal ser proposta em qualquer local onde o réu tenha residência (art. 72,
§1º, CPP).
→ Ainda que seja conhecido o lugar da infração, nos casos de ação privada ​exclusiva​, a
ação poderá ser proposta no local de domicílio ou residência do ​querelado​.

COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO


→ Nesse caso, leva-se em consideração o tipo de crime (militar, eleitoral ​et cetera)​.
Justiça militar
Cabe à ela o julgamento dos crimes militares, quais sejam:
a) Próprios​: aqueles que não encontram tipo penal semelhante no código penal
comum. Ex: insubordinação, deserção ​etc​.
b) Impróprios: ​aqueles que, não obstante haver tipo penal semelhante no código
penal comum, também se encontram no código penal militar. Ex: roubo, estupro,
homicídio.
Crimes cometidos por militares estaduais ​em serviço​ contra civis serão julgados pelo
Tribunal do Júri (art. 125, §4º, CF). Os crimes cometidos por policiais militares que ​não
estão​ em serviço serão julgados pela justiça comum, assim como aqueles que, ainda que
cometidos em serviço, não se encontram no código penal militar.
Havendo conexão, os processos serão separados.
Composição da Justiça Militar:
a) Estadual: ​julga os integrantes os militares estaduais.
b) Federal: ​julga os membros das forças armadas. Em segunda instância, o
julgamento é feito pelo STM.
→ A lei 9.099/95 ​não​ se aplica a crimes militares.

Justiça Eleitoral (art. 109, IV e 121 da CF)


→ Competente para julgar os crimes eleitoral e seus conexos. Portanto, havendo crime
eleitoral e crime, será competente a justiça eleitoral.
→ Em sendo o caso de a pena não ​ser superior a 2 anos​, pode-se aplicar os meios
constantes na lei 9.099/95.
→ A responsável pela investigação dos crimes eleitorais é a polícia federal.

Justiça Federal (art. 109, IV, V, V-A, Vi, VII, IX, X, CF).
A Justiça Federal é competente para julgar
a) Crimes políticos: ​crimes que, além da motivação e objetivos políticas, que firam os
bens jurídicos elencados na Lei de Segurança Nacional, quais sejam: integridade
territorial, soberania nacional, regime representativo e democrático, a Federação e o
Estado de Direito ou a pessoa dos chefes dos poderes da União.
b) ■​Infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da
União, de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça
Eleitoral: ​ou seja, crimes contra bens e serviços da união.
c) Crimes previstos em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a
execução no país, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro ou
reciprocamente (art. 109, V): ​caso comum é o de tráfico internacional de drogas --
se nacional, a competência é da justiça estadual (art. 70 da lei de drogas). Ademais,
os crimes de tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual (231,
CP) e de envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das
formalidades legais ou com fim de obter lucro (art. 239 da lei 8069/90) são de
competência da Justiça Federal
d) Casos de grave violação de direitos humanos, se houver necessidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais sobre direitos humanos dos quais o Brasil seja parte (art. 109,
V-A): ​deve o fato ser muito grave e, além disso, deve haver indícios de que a justiça
estadual não está apurando o fato apropriadamente.
e) Crimes contra a organização do trabalho (art. 109, VI, 1ª parte): ​o direito atingido
em tais crimes não é do trabalhador individual, mas de um todo ou grande número
de trabalhadores. O crime de redução à condição análoga à de escravo é, também,
de competência da justiça federal.
f) ■ Crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômica nos casos
determinados por lei (art. 109, VI, 2ª parte): ​O sistema financeiro ou a ordem
devem ser atingidos. Assim, o crime de estelionato, ainda que por meio do sistema
financeiro, é de competência da justiça estadual.
g) ​Habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o
constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente
sujeitos a outra jurisdição (art. 109, VII): ​autoexplicativo.
h) Crimes cometidos a bordo de navio ou aeronave, ressalvada a competência da
Justiça Militar (art. 109, IX): ​o texto menciona “navio”, não alcançando, por
conseguinte, as pequenas embarcações. Além disso, não importa, nesse caso, a
espécie de infração cometida e sim o local.

PREVENÇÃO E DISTRIBUIÇÃO:
Hipóteses em que a competência será definida pela prevenção:

1) Quando há mais de uma vara para a qual o inquérito pode ser direcionado, porém, antes
da distribuição, algum juiz pratica ato relevante relacionado ao delito investigado, fica ele
prevento. Neste caso, a prevenção define o juízo, a vara onde a ação penal tramitará (art.
83 do CPP).
2) Quando for cometido crime permanente no território de duas ou mais comarcas (art. 71
do CPP).
3) Quando for cometido crime continuado no território de duas ou mais comarcas (art. 71
do CPP).
4) Infração praticada em local incerto entre duas ou mais comarcas (art. 70, § 3º, do CPP).
5) Infração cometida em lugar que não se tem certeza se pertence a uma ou outra comarca
(art. 70, § 3º, do CPP).
6) Se for desconhecido o lugar da infração e o réu tiver duas residências (art. 72, § 1º, do
CPP).
7) No caso de conexão quando não houver foro prevalente, por serem os delitos da mesma
categoria de jurisdição e tiverem as mesmas penas (art. 78, II, c, do CPP).

CONEXÃO E CONTINÊNCIA
Hipóteses de conexão:
Para que haja conexão, é necessário que haja ​duas ou mais infrações penais.
Conexão intersubjetiva:
a) Por simultaneidade: ​nessa hipótese, várias pessoas cometem duas ou mais
infrações penais sem que haja, no entanto, prévio acordo entre as os agentes
criminosos.
b) Por concurso: ​semelhante ao item a, havendo, entretanto, prévio desígnio dos
agentes criminosos.
c) Por reciprocidade: ​quando os crimes são cometidos por duas ou mais pessoas uns
contra os outros
Conexão objetiva
a) Teleológica: ​quando uma infração penal é praticada para facilitar outra. Ex: matar
segurança para roubar shopping.
b) Consequencial: ​nesse caso, o segundo crime se dá em decorrência do primeiro.
Ex: ocultar corpo para ocultar assassinato.
Conexão instrumental: ​ocorre quando a prova de uma infração influi na prova de outro. Ex:
roubo e receptação.

CONTINÊNCIA
a) Por cumulação subjetiva:​ quando duas ou mais pessoas forem acusadas da
mesma infração penal
b) Por cumulação objetiva: ​quando o agente, com uma só ação ou omissão, pratica
duas ou mais infrações penais

→ Em sendo o caso de conexão ou continência, deve haver apenas um processo,


necessário, portanto, o estabelecimento de uma regra que defina onde serão julgados.
1) No concurso de jurisdições de categorias diversas, predominará a de maior
graduação.
2) No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a especial: ​no
caso da justiça militar, entretanto, havendo conexão, ter-se-á a cisão do processo.
3) No concurso entre a competência do Júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá a competência do Júri.

No concurso de jurisdições da mesma categoria:


a) Preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave:
pena aqui é a pena máxima em abstrato.
b) ​Prevalecerá a do lugar em que ocorreu o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade
c) Se as penas forem idênticas e em igual número, firmar-se-á a competência por
prevenção.
Havendo conexão entre o Jeccrim e a Justiça Comum, prevalecerá esta última
→ No caso, não obstante a conexão ou continência, houver ações penais diversas, deverá
a autoridade competente avocar os processos (cf. art. 82 do CPP).

CASOS DE SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DOS PROCESSOS:


A) No concurso entre jurisdição comum e de menores;
B) No concurso entre crime comum e crime militar.

Há casos, também, de desmembramento: a) havendo superveniência de doença mental; b)


se um dos réus for revel.

SEPARAÇÃO FACULTATIVA:
A) Quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstância de tempo ou de lugar
diferentes
B) Em razão do número excessivo de réus
C) Para não prolongar a prisão provisória de qualquer dos réus
D) Qualquer outro motivo relevante

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO


Por crimes comuns, serão julgados
A) ​no STF​: o Presidente, o vice, deputados federais, senadores, ministros do STF,
procurador-geral da república, ministros de estado, comandante da marinha, da
aeronáutica do exército, dos tribunais superiores, do tcu e chefes de missão
diplomática
B) no stj: ​governadores, desembargodres, tce, tre, tcm, mpu
C) No TRF: ​juizes federais e militares federais, juízes do trabalho, mpu
D) No TJ: ​Prefeitos, juízes estaduais e ministério público estadual

QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

→ ​As questões se dividem em ​preliminares ​e ​prejudiciais​.


São características das questões:
a) Anterioridade lógico-jurídica: ​são óbices à apreciação da questão prejudicada.
b) Necessariedade: ​são necessária, impreterivelmente, para o julgamento da lide.
c) Autonomia: ​por si só, podem ser objeto de outro processo.

Se dividem conforme o esquema abaixo:

As questões devolutivas ocasionam a suspensão do processo por prazo indeterminado.


A suspensão pode ser decretada de ofício.
→ No caso da questão prejudicial versar sobre o estado da pessoa, a decisão é vinculante;
se não o for, mas, ainda assim, for proferida no ínterim em que há suspensão, ela também
será.
→ A decisão que suspende o processo pode ser recorrida por ​recurso em sentido em
estrito; ​a que denega a suspensão, não.
EXCEÇÕES:
É o mecanismo pelo qual o acusado exerce defesa ​indireta ​provocando a apreciação de
matéria que levará ao retardamento ou à extinção da ação penal. No primeiro caso, é
dilatória; ​no segundo, ​peremptória​.

Modalidades de exceção:
a) suspeição
b) incompetência do juízo
c) litispendência
d) ilegitimidade de parte
e) coisa julgada

SUSPEIÇÃO
→ Destina-se a afastar juiz parcial.
Motivos de parcialidade:
a) amizade íntima
b) inimizade capital
c) a circunstância de estar o juiz, seu cônjuge, ascendente ou descendente,
respondendo processo análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; o
fato de o juiz, seu cônjuge, ou parente consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau,
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes;
d) o aconselhamento a uma das partes, acerca de fatos que tenham relação com a
causa;
e) o fato de ser o juiz credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
f) e, ainda, a circunstância de ser o julgador sócio, acionista ou administrador de
sociedade interessada no processo.

O juiz pode espontaneamente declarar-se suspeito (art. 97, CPP).


→ Ao receber a suspeição, o juiz pode acolhê-la de imediato, despachando no sentido de
declarar a suspeição e, por conseguinte, remetendo os autos ao substituto.
→ Se não aceitar, deverá juntar resposta em 3 dias. Depois, em 24 horas, remeterá ao
Tribunal de Justiça (art. 100, CPP).
→ Regra geral, a suspeição ​não determina a suspensão do processo​, salvo se a parte
contrária reputar adequadas as razões da suspeição.
O tribunal poderá rejeitar liminarmente, se considerá-la manifestamente improcedente. Ou,
por outro lado, poderá determinar a citação das partes.

EFEITOS DA SUSPEIÇÃO
→ Se acolhida, os autos decisórios e probatórios praticados pelo juiz serão nulos.

→ Também é possível a arguição de suspeição do membro do ministério público (art. 104,


CPP). Tal decisão é ​irrecorrível​; pode-se, também, arguir a suspeição de peritos (art. 105,
CPP) e jurados (art. 106, CPP).
→ Em sendo o caso, deve o delegado de polícia manifestar-se suspeito (art. 107, CPP); não
se pode, entretanto, alegar sua suspeição.

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA

→ Ao receber a denúncia, pode o juiz, de ofício, declarar-se incompetente (art. 109, CPP).
Tal decisão pode ser atacada por RESE (art. 581, II, CPP).

→ Caso a exceção não seja oposta em momento oportuno, há a preclusão de tal direito.

→ Em havendo o reconhecimento da incompetência, anulam-se os atos decisórios.

EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA

→ Ocorre quando há identidade entre as ​partes​, ​causa de pedir​ e ​pedidos​.

→ Pode ser arguida a qualquer momento, não havendo preclusão.

→ Pode, assim como a exceção de incompetência, ser reconhecida de ofício. Se for


reconhecida de ofício, o recurso é a ​apelação​; se for provocada, ​RESE​.

CONFLITO DE COMPETÊNCIA

→ Ocorre nas situações elencadas pelo art. 114 do Código de Processo Penal:
I - quando duas ou mais autoridades judiciárias se considerarem competentes, ou
incompetentes, para conhecer do mesmo fato criminoso;
II - quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de juízo, junção ou separação de
processos.

​Art. 115. O conflito poderá ser suscitado:


I - pela parte interessada;
II - pelos órgãos do Ministério Público junto a qualquer dos juízos em dissídio;
III - por qualquer dos juízes ou tribunais em causa.
Art. 116. Os juízes e tribunais, sob a forma de representação, e a parte interessada,
sob a de requerimento, darão parte escrita e circunstanciada do conflito, perante o tribunal
competente, expondo os fundamentos e juntando os documentos comprobatórios.
§ 1o Quando negativo o conflito, os juízes e tribunais poderão suscitá-lo nos
próprios autos do processo.
§ 2o Distribuído o feito, se o conflito for positivo, o relator poderá determinar
imediatamente que se suspenda o andamento do processo.
§ 3o Expedida ou não a ordem de suspensão, o relator requisitará informações às
autoridades em conflito, remetendo-lhes cópia do requerimento ou representação.
§ 4o As informações serão prestadas no prazo marcado pelo relator.
§ 5o Recebidas as informações, e depois de ouvido o procurador-geral, o conflito
será decidido na primeira sessão, salvo se a instrução do feito depender de diligência.
§ 6o Proferida a decisão, as cópias necessárias serão remetidas, para a sua
execução, às autoridades contra as quais tiver sido levantado o conflito ou que o houverem
suscitado.

Competência para julgamento:

Entre Tribunais superiores e outros tribunais → STF


Entre Tribunais federais e estaduais, p. ex → STJ
Entre juiz federal e estadual na jurisdição federal (súmula n. 3, STJ) → TRF
Entre juízes a ele subordinados e entre os juízes militares locais (555, STF) → TJ

RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS

Consiste na apreensão dos bens diretamente relacionados à prática delituosa. Não se


refere, portanto, aos bens adquiridos com os rendimentos provindos de tal prática.

No caso de ​bens não restituíveis ​(instrumentos do crime, se seu porte constituir fato ilícito,
bem como do produto do crime), haverá o confisco em favor da União (art. 91, inc. II, CP).
Aperfeiçoa-se com o trânsito em julgado da sentença, mesmo que absolutória.

Por outro lado, caso o direito à devolução do ​bem restituível​ seja ​manifesto​ (​ art. 120,
CPP), poderá haver a restituição sem incidente processual. Pode ser determinado pela
autoridade policial ou pelo juiz; nos dois casos, necessário manifestação do MP.

Por outro lado, caso não seja manifesto ou interesse, só poderá haver a instituição em
incidente próprio. A decisão proferida no referido incidente ​é atacável por apelação​.

Caso a coisa seja facilmente deteriorável, haverá, o quanto antes, a restituição. Ou,
havendo dúvida sobre a propriedade, poder-se-á: i) avaliar as coisas e vendê-la,
depositando-se o dinheiro apurado; ii) entregá-las a terceiro que as detinha, com assinatura
de termo de responsabilidade.

Destino dos bens: ​a) ​bens obtidos em virtude do crime cometido ou instrumento de
infração passível de confisco:​ ​serão leiloados e revertido os valores obtidos em favor da
União, ressalvado os direitos dos terceiros ou lesados. No segundo caso, no entanto, há de
se aguardar o período de 90 dias; b) ​no caso de coisas restituíveis:​ se o interessado não se
manifestar no prazo de 90 dias, haverá venda em leilão, inutilização ou recolhimento a
museu.

MEDIDAS ASSECURATÓRIAS

Hipóteses em que, para efetivar prejuízo ao ofendido, por conta da dilapidação do


patrimônio, ocultação etc, utiliza-se três medidas cautelares, todas requerendo fumaça do
bom direito e perigo de dano:
a) Sequestro​: bem imóveis e móveis que tenham sido adquiridos com os proventos
advindos do crime.. Somente o juiz pode determinar, seja de ofício, seja a
requerimento. Requer-se, para tanto, a existência de indício veementes da
proveniência ilícita dos bens (126, CPP). Pode ser decretado sem a manifestação da
parte contrária. Recurso é o embargos contra sequestro (art. 129 e 130 do CPP).
Será levantado em três hipóteses: passados 60 dias sem o ajuizamento da ação; se
o terceiro adquirente prestar caução; for extinta a punibilidade ou absolvido o réu. Os
bens sequestrados serão vendidos em leilão público (art. 133, CPP); os valores
serão destinados ao pagamento das custas, à satisfação do lesado, do terceiro de
boa-fé. Se sobrar, será revertida ao Tesouro Nacional.
b) Hipoteca:​ É conferida ao ofendido, ou a seus herdeiros, sobre os imóveis do
criminoso (art. 1.489, inc. III, CC). Recai sobre bens que compõe ​o patrimônio ​lícito
do criminoso. Pode ocorrer em qualquer fase do processo (art. 134, CPP). Requisito
para concessão: certeza da infração; indícios suficientes de autoria. Além disso,
deve o ofendido designar os valore da responsabilidade, bem como indicar os bens
que pretende que sejam hipotecados (art. 135, CPP). Sendo condenatória, a
hipoteca correrá no juízo cível (art. 143, CPP); absolutória, haverá o cancelamento
(art. 141, CPP).
c) Arresto​: semelhante à hipoteca, destina-se ao ​patrimônio lícito​ do criminoso.
Mesmo requisitos da hipoteca (art. 138, CPP). Decretado o arresto, terá o
interessado prazo de quinze dias para promover o processo da hipoteca (art. 136,
CPP). Insuficientes os bens imóveis, pode-se requerer o arresto de bens móveis.
Não podem ser objeto de arresto, porém, os bens móveis provento do crime, bem
como os bens impenhoráveis (art. 137, CPP). Em caso de risco de deterioração dos
bens, pode-se requerer alienação antecipada (art. 144-A, CPP).

Em síntese:

INCIDENTE DE FALSIDADE
Ocorre nos casos em que há dúvida sobre a autenticidade dos documentos apresentados
(seja fotografia, seja vídeo ​etc​). Contudo, não é requisito para que o Juiz decida sobre a
falsidade de determinado documento.
Caso a ​instauração do incidente se dê com a finalidade probatória,​ será necessário
comprovar a relevância e a necessidade do referido incidente.
O incidente pode ser requerido pelas partes ou pelo juiz, de ofício, por portaria (art. 147,
CPP). Se por procurador, exige poderes especiais (art. 146, CPP).

O ​processamento do incidente​, por outro lado, dar-se-á do seguinte modo: uma vez
instaurado, intimar-se-á a parte contrária, para no prazo de 48 horas, manifestar-se (art.
145, CPP). Após, dá-se ao MP e as demais partes, sucessivamente, o prazo de 3 dias para
requerer a produção de provas. Determinada as diligências necessárias, haverá a decisão.
A decisão poderá ser objeto de ​recurso em sentido estrito​ (art. 581, XVIII, CPP).

Reconhecida a falsidade​, o documento será desentranhado dos autos, bem como os


autos do incidente serão remetidos ao Ministério Público para apurar a responsabilidade
pela falsificação.

Os ​efeitos da decisão são mera intraprocessuais​. Não afetam, portanto, demais


processos.

INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO

Ocorre nos casos em que há dúvida sobre a sanidade mental do acusado. Neste caso,
instaura-se o incidente a fim de submeter o acusado à exame médico-legal (art. 149, CPP).
Só ocorrerá se o juiz entender necessário (art. 184, CPP). ​A decisão no referido incidente
é irrecorrível, mas pode ser atacada por HC se a prisão for manifestamente ilegal.

Pode o referido incidente ser requerido em qualquer fase, seja da investigação, seja do
processo:
a) Pelo juiz, de ofício
b) Pelo MP.
c) Pelo defensor, ou CAD;
d) Na fase do inquérito policial, por representação da autoridade policial (art. 149, p.
primeiro, CPP).

O ​processamento​ do incidente se iniciará com a portaria do Juiz determinado a autuação


em apartado do incidente, além da nomeação de curador para o acusado, que poderá ser o
próprio defensor. A ​ausência de nomeação de curador constitui nulidade, mas deve ser
provado o prejuízo.
Além disso, quando da instauração do incidente, ​haverá a suspensão do processo​. Ato
contínuo, serão nomeados dois peritos, dando-se às partes a possibilidade de apresentar
quesitos. Perícia deverá ser realizada no prazo de 45 dias.

Caso a ​defesa que requeira a instauração do incidente​, não haverá que se falar em
constrangimento ilegal por excesso de tempo de prisão (entendimento da súmula 64, STJ).

Realizada a perícia, haverá o apensamento do incidente aos autos principais (art. 153,
CPP). ​Não haverá decisão, uma vez que a matéria será apreciada em sentença.
Ter-se-á, apenas, a homologação (que poderá ser atacada por ​APELAÇÃO)​.

Caso a perícia aponte para a imputabilidade, o processo terá seguimento normal; caso
contrário, será necessária a ​intervenção do curador​ (art. 151, CPP). Se a conclusão for no
sentido de que a ​doença mental sobreveio à infração​, o processo continuará suspenso.
aguardando o restabelecimento do acusado ou a ocorrência da prescrição; caso ocorra na
fase de execução​, poder-se-á substituir a prisão por medida de segurança (art. 183, LEP).
Caso presente os requisitos do art. 319, VII, CPP, poderá o acusado ser ​internado em
manicômio judiciário​.
DA PROVA
Conceito: ​é o conjunto de elementos que autoriza a conclusão acerca da veracidade
acerca de determinado fato.
Tais fatos, contudo, são ​os úteis e relevantes.​ Desse modo, os fatos que não mantêm
relação com a ação penal, ou que são notórios, não necessitam ser provados. Nessa
situação, poderá o Juiz indeferir a produção de tais provas (art. 400, p. primeiro, CPP), o
que não implica cerceamento de defesa.
Não há fatos incontestes​. Desse modo, ainda que haja ausência de contestação por ambas
as partes, ainda assim deve-se prová-los.

Art. 155.​ O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.

Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil.

Pelo artigo supracitado, vê-se que, no Brasil, vigora o ​sistema da livre convicção (ou da
persuasão racional). ​Desse modo, pode o Juiz valorar os elementos de prova com
liberdade, devendo, no entanto, motivar suas escolhas (há, no entanto, a
imprescindibilidade do exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígio (art.
158, CPP)).​. Mais ainda, os elementos de prova, salvo a exceção contida no artigo acima,
não poderão, exclusivamente, servir como razão de decidir; pode-se, no entanto, utilizá-los
como complemento.

Tais provas são de três espécies:


a) Cautelares: ​provas colhidas em produção antecipada de provas
b) Antecipadas: ​provas colhidas na investigação ou no curso da ação penal, sem a
partição do investigado ou acusado. É o que se dá, p. ex., em testemunha idosa ou
enferma (225, CPP). Para tanto, requer-se a demonstração da efetiva necessidade
(art. 156, I, CPP).
c) Não repetível​: é aquela que, por algum motivo, não poderá ser colhida novamente.
É o que ocorre, p. ex, quando uma testemunha, que depôs no inquérito policial,
acaba por falecer.

No Tribunal do Júri, por outro lado, ​vigora o sistema da íntima convicção​.

Por outro lado, ​o ônus da prova ​é de quem alegar. Pode o Juiz, no entanto, de ofício:
(Art. 156, CPP).
I — ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;
II — determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Havendo dúvida, contudo, o réu deverá ser absolvido (art. 386, VI, CPP).

Regra geral, não há ​limitação quanto aos meios de prova​. Nega-se, contudo, as provas
ilícitos, conforme previsão da Constituição, e de próprio CPP (art. 157, CPP):
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem
ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.

§ 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e
de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato
objeto da prova.

§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será


inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente

Ilegítimas​, por outro lado, são as provas que violam norma processual.
São provas ​válidas:

a) Gravação de conversa;
b) Interceptação de comunicação telefônica, desde que com autorização judicial.
c) Filmagem feita pela vítima, ou por câmeras de segurança
d) Interceptação de correspondências, desde que com autorização judicial
e) Quebra de sigilo bancário, desde que com autorização judicial
f) Quebra de sigilo fiscal, desde que com autorização judicial.
g) Revista intíma em presídio (art. 244, CPP e 240)
PROVA EMPRESTADA
É aquela colhida em outro processo pendente de julgamento anterior.
É ​válida​, se quando da colheita das provas, houve contraditório -- isso apenas no fase
processual, uma vez que no inquérito não há contraditório.

PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO

Trata-se da assim chamada teoria dos frutos da árvore envenenada. Nesse caso, a prova,
ainda que ​per si​ não seja ilícita, decorre de ação ilícita, razão pela qual deve ser
imprestável. (art. 157, p. primeiro, CPP). ​Só se aplicará tal teoria, contudo, quando
houver inequívoca relação da causalidade entre a prova e ação ilegal.
Nesses casos, a prova decorrerá de ​fonte independente​, que são listadas pelo código (art.
157, parágrafo primeiro, CPP), e que tornam ​válidas​ as provas:
a) o elemento autônomo de informação que, embora derivado da prova ilícita,
não teve a ação maculada como causa determinante;
b) aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da
investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da
prova: ​em tal caso, a prova seria adquirida pelos trâmites típicos da investigação.;
ou que, de modo inevitável, seria conhecida.

CRITÉRIO DA PROPORCIONALIDADE
Por tal critério, a vedação à utilização da prova ilícita não é absoluta; desse modo, ter-se-á
sua mitigação quando houver conflito com outra norma constitucional. Decorre tal critério da
teoria da concordância prática​ das regras constitucionais.
Por isso, ​caso a única prova de inocência do acusado seja ilícita, poder-se-á adotá-la.

INCIDENTE DE INUTILIZAÇÃO
É um incidente semelhante ao da falsidade documental. Caso haja o deferimento, haverá o
desentranhamento da prova e sua inutilização (art. 157, p. terceiro, CPP), o que não
impede, contudo, sua inutilização noutro processo.

CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS

Quanto a eficácia representativa:


a) Direta: ​quando, per si, demonstra o fato;
b) Indireta:​ demonstra um fato do qual pode se derivar outro fato que se quer prova;
Quanto ao valor:
a) plena (perfeita ou completa)​: por si só pode conduzir o julgador a uma certeza;
b) não plena (imperfeita ou incompleta): ​serve de fundamento apenas para juízo de
probabilidade
Quanto à origem:
a) originária: ​não há intermediários entre fato e o meio de prova (testemunha
presencial)
b) derivada: ​existe intermediação entre o fato e a prova (ex: testemunho de
testemunho).
Quanto à fonte:
a) Pessoal: ​envolve manifestação humana (testemunho, confissão ​etc)​ ;
b) Real: ​tem como fonte a apreciação de elementos físicos (cadáver, arma, documento
etc).

MOMENTO DE ATIVIDADE PROBATÓRIA


São ​quatro momentos:
a) Proposição:​ momento em que é indicado o desejo de produzir determinadas
provas. No caso das testemunhas deve ser na queixa ou na resposta escrita, sob
pena de precluir. As outras provas, contudo, podem ser propostas a qualquer tempo
(art. 231, CPP)
b) Admissão: ​é a análise feita pelo Juiz sobre a pertinência e necessidade da prova
c) Produção: ​é a realização da prova.
d) Apreciação: ​ é a análise feita pelo Juiz sobre a prova, e o que dela possa surgir
para seu convencimento.

EXAME DO CORPO DE DELITO E DAS PERÍCIAS

Perícia
É o exame realiza com a finalidade de instruir o juiz. Envolve matéria técnica, científica ou
artística. É feita pelo perito. Cristaliza-se em uma laudo.

Exame do corpo de delito


Corpo de delito são os elementos sensíveis deixados pelo crime praticado; exame de corpo
de delito, por sua vez, é o exame feito em tais elementos
Tal exame pode ser
a) Direto: ​se realiza diretamente no corpo de delito
b) Indireto​: realiza-se nos dados deixados (ficha de atendimento, câmera de vigilância,
fotografias).

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Averbe-se que a exigência em questão pode relacionar-se à demonstração do tipo básico
ou de forma qualificada de um tipo penal.
Assim, embora a comprovação de uma mera subtração não dependa do exame de corpo de
delito, a demonstração da existência do furto qualificado pela destruição de obstáculo
subordina-se à realização da referida prova técnica (art. 171 do CPP).

O referido exame ​é necessário para o recebimento da denúncia​.

.Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. A confissão, por outro lado, não pode ser
utilizada de tal modo (art. 158, CPP).

Tal testemunho, entretanto, não pode ser vago nem impreciso, por força do que dispõe o
artigo 160 do CPP.
A ​prova pericial pode, e é, normalmente realizada na fase do inquérito.​ Não há
ineficácia de tal perícia por falta de contraditório, uma vez que as partes poderão,
oportunamente, apresentar parecer por meio de assistente técnico; contestar o laudo
apresentado; requerer complementação, bem como requerer a oitiva de perito em
audiência.

A perícia é feita por ​um perito oficial;​ em sua ausência, será feita por ​dois peritos
nomeados​. Em se tratando de Carta Precatória, a nomeação será feita pelo Juízo
Deprecado (art. 177, CPP).

Se se tratar de tema muito complexo​, pode-se nomeado mais de um perito (art. 159, p. 7,
do CPP).

Os ​quesitos​ podem ser apresentados pelo mp, assistente de acusação, ofendido,


querelante e o acusado.

O laudo pericial, como regra, deve ser apresentado em ​dez dias​.

O juiz não fica adstrito ao laudo pericial (art. 182, CPP).

Espécies de perícia:
a) Autópsia ou necropsia:​ é o exame realizado no cadáver. Em se tratando de
cadáver já sepultado, ter-se-á a exumação (art. 163, CPP).
b) Perícia em caso de lesão corporal (art. 168, CPP): ​é um exame complementar
realizado a fim de que verificar a natureza das lesões sofridas pela vítima. Em caso
de lesão grave, deve ser após os 30 dias.
c) Exame do local do crime: ​é o exame fundamental para determinar o tipo legal
cometido: nos casos de furto qualificado, p ex., deve descrever os vestígios
encontrados (art. 171, CPP); nos de incêndio, a causa e o lugar em que as chamas
se iniciaram (art. 173, CPP)
d) Perícia de laboratório (art. 170, CPP): ​é a análise realizada em tóxicos de toda
ordem, bem como em produtos químicos; exame de balística etc.
e) Avaliação​: é o exame feito para atribuir valor às coisas destruídas.
f) Exame grafotécnico (art. 174, CPP): ​exame feito para determinar a autoria de
escritos.

INTERROGATÓRIO
É a oitiva do acusado realizada pelo Juiz.
É tanto meio de prova quanto meio de defesa.
Características:
a) oral
b) personalíssimo
c) não preclusivo
d) público
É ​obrigatória ​a realização do interrogatório; caso contrário, há nulidade relativa.
Normalmente, realiza-se o interrogatório na audiência de instrução e julgamento. Inclusive,
é ​o último ato processual da instrução.

Quando preso, o réu é requisito para o interrogatório (art. 399, p. 1, CPP); em liberdade,
será intimado, sob a pena de sofrer a revelia (art. 367, CPP).
Se não ouvido em audiência, poderá ser ouvido a qualquer momento antes do trânsito em
julgado (art. 185), o que inclui a fase recursal (art. 616, CPP).
Antes do interrogatório, ​o acusado deve ser informado do seu direito de permanecer em
silêncio (art. 186, CPP). Tal prática cristaliza o ​direito ao silêncio​.

No interrogatório ​judicial​, ​a presença de defensor é ​condição de validade do ato​ (art.


185, CPP). Além disso, deve-se permitir ao acusado entrevista reservada com seu
advogado (art. 185, p. quinto, CPP).

Se solto, o réu será intimado para comparecer em Juízo e ser interrogado; preso, poderá
ser escoltado até o Juízo, ou, ademais, poderá ser ouvido no próprio presídio, o que
normalmente não ocorre.

Ademais, o interrogatório pode se dar por Carta Precatória.

Após o interrogatório, as partes podem sugerir perguntas ao magistrado (art. 188, CPP). No
entanto,​ em se tratando de litisconsórcio passivo, os corréus poderão, por meio de
advogado, realizar perguntas ao acusado​. Não havendo tal procedimento, ter-se-á
nulidade absoluta​.

CONFISSÃO
É a admissão pelo acusado da veracidade da imputação que lhe é feita. ​É pessoal​.

O valor da confissão é ​relativo​ (art. 197, CPP).

A confissão é ​divisível e retratável ​(art. 200, CPP). Divisível porque o juiz pode tomar
como sincera apenas parte dela; retratável porque o acusado pode apresentar versão
diversa da confissão anterior.

Classificação:
1) Quanto ao conteúdo:
a) Simples: réu confessa um delito;
b) Complexa: vários delitos confessados;
c) Qualificada: admite o crime, mas invoca circunstância que realçam seu direito
à liberdade (legítima defesa, p. ex).
2) Quanto à oportunidade em que é apresentada:
a) judicial: na presença do juiz
b) Extrajudicial: sem a presença do juiz
DELAÇÃO

É o ato pelo qual o corréu assume a própria responsabilidade e incrimina outrem.

A ​delação premiada​ é a que em há redução ou isenção de pena do delator.

OITIVA DO OFENDIDO
É a oitiva da vítima.
Ainda que não tenha sido arrolado pela partes, deve ser ouvido pelo juiz (art. 201, CPP).
Não presta o compromisso de dizer a verdade; mais ainda, não pode ser imputado pelo
crime de falso testemunho.
É o ​primeiro ato ​da instrução.
Ofendido responde às perguntas feitas diretamente pelas outras partes.
Seu valor probatório é ​relativo​.

Direitos do ofendido:
a) comunicação dos atos processuais que importe saída ou entrada do acusado na
prisão; intimação acerca de sentença e acórdãos
b) Garantia de lugar diverso e reserva antes e durante audiência
c) Preservação do sua intimidade, razão pela qual, em alguns casos, o processo
poderá correr em sigilo.

DAS TESTEMUNHAS
É a pessoa física, que não é parte no processo, e presta informações sobre os fatos
relacionados ao crime. ​Presta compromisso de dizer a verdade​.
A testemunha ​não emitirá opiniões pessoais​, se limitando a tratar de fatos (art. 213,
CPP).
Regra geral, qualquer pessoa pode ser testemunha (art. 202, CPP). Não é possível, no
entanto, ​autor da infração ​ser testemunha.

A testemunha ​tem o dever​ de prestar depoimento. Não comparecendo, pode se sujeitar à


condução coercitiva, além de pagar multas e custas. Além disso, ​tem o dever de prestar o
compromisso de dizer a verdade.

Salvo quando não for possível, de outro modo, obter-se prova acerca dos fatos e
circunstâncias, ascendentes, descendentes, afim em linha reta, cônjuge e irmão ​podem​ se
recusar a testemunhar (art. 206, CPP). Caso testemunhem, ​não prestaram compromisso
de dizer a verdade​. O mesmo se dá com os menores de 14 anos e com os deficientes
mentais. Nesse caso, denomina-se-os de ​informantes​.

Certas pessoas, por outro lado, estão ​proibidas de testemunhar​. Salvo se autorizadas
pela parte interessada.

Ademais, pode-se alegar a ​suspeição ou indignidade da testemunha​, que ocorrerá nos


casos de amizade íntima ou inimizade capital; pessoa já condenada por falso testemunha;
recebeu dádivas para testemunhas etc (art. 214, CPP).
Por outro lado, ​contradita​ é o mecanismo para obstar a colheita de testemunha de pessoa
proibida de depor (207, CPP) ou para garantir que pessoa não obrigada a testemunha seja
ouvida sem prestar compromisso (art. 208, CPP).

Características da prova testemunhal:


a) judicialidade: deve ser colhida pelo juízo competente;
b) objetividade: a prova se relaciona a fatos, não à opiniões pessoais
c) oralidade: deve ser prestado verbalmente, não sendo permitido que ocorra, p. ex.,
por meio escrito

Número de testemunhas:
a) Ordinário: ​8 testemunhas
b) Sumário: ​5 testemunhas
c) Sumaríssimo: ​3 testemunhas.
d) 2ª fase do procedimento do Júri: ​5 testemunhas.

Local da colheita do testemunho


Regra geral, é na sede do Juízo. Todavia, há exceções:
a) Pessoas enfermas ou idosas (220, CPP): ​serão ouvidas onde estiverem.
b) Autoridades (presidente, vice, etc… rol do 221, CPP): ​serão inquiridas em local,
dia e hora previamente ajustados entre a testemunha e o magistrado.

A testemunha que residir fora da jurisdição será ouvida mediante carta precatória. Ao juiz
cabe apenas intimar do envio da CP, não da data da audiência (súmula 273, STJ). Não
havendo intimação, ​ter-se-á nulidade ​relativa​ (art. 273, STJ). Se o réu querer, deve
comparecer à audiência, ainda que preso, sob pena de nulidade.

Se a testemunha ​estiver fora do país​, será ouvida por ​carta rogatória​, desde que tal
testemunha seja imprescindível e que a parte que solicitar a testemunha pague as custas
(art. 222-A, CPP).

A ​intimação das testemunhas​, regra geral, é feita por oficial de justiça. Se tratando, de
militar, contudo, este será requisitado ao seu superior hierárquico; o mesmo se dando com
o servidor público. A testemunha presa, por outro lado, será requisitada ao diretor do
estabelecimento.

A ​substituição das testemunhas​ é possível nos casos arrolados pelo CPC: falecimento;
enfermidade; mudado de residência ou não for encontrada.

Caso a ​presença do réu​ provoque temor, constrangimento ou humilhação, o juiz poderá


realizar o depoimento por videoconferência ou requisitar que o réu saia da sala (217, CPP).
As perguntas serão realizadas diretamente pelas partes às testemunhas. No ​plenário do
júri​, contudo, o Juiz é quem inicia a inquirição (473, CPP).
Caso haja receio de que a testemunha não possa depor no futuro, poderá o juiz, de ofício
ou a pedido das partes, ouvi-las antes (225, CPP), até mesmo antes do início da ação (art.
156, I, CPP).

No prazo de um ano a contar do testemunho, caso a testemunha se mude, deve informar ao


juízo (224, CPP).

DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS


Tem a finalidade de verificar se o reconhecedor já viu a pessoa ou a coisa anteriormente.

No primeiro caso, o reconhecedor descreve a pessoa e, em seguida, identifica-a entre


outras, que sejam semelhantes. Se a pessoa estiver presa, pode-se fazer tal
reconhecimento por videoconferência.

Pode-se valer, também, do ​reconhecimento fotográfico​.

ACAREAÇÃO
Consiste em colocar duas pessoas frente à frente que prestaram versões diferentes.

Admite-se-a entre:
a) acusados
b) acusado e testemunhas ou pessoa ofendida
c) entre testemunhas
d) entre ofendidas.

Na acareação, o acusado pode se manter em silêncio.


Pode-se realizar a acareação ​por carta precatória (230, CPP).

DOCUMENTOS
São de duas espécies
a) Em sentido lato: ​incluem fotos, vídeos, pintura etc.
b) Em sentido estrito:​ são apenas os escritos.

Classificação
Quanto à ​finalidade:
a) pré-constituídos:​ são feitos para provar os fatos neles representados
b) causais: ​formados com finalidade diversa, mas que, circunstancialmente, servem de
prova.
Quanto ao ​autor:
a) públicos: ​formados por agentes públicos em razão de sua função
b) privados: ​feitos por particular
Quanto à forma:
a) originais
b) cópia
Quanto ao ​meio de formação
a) Diretos: ​o fato é transmitido sem intermediação
b) Indiretos: ​há intermediação
Quanto à possibilidade de identificação do autor
a) Nominativos: ​contém o nome de quem fez
b) Anônimos​: não contém o nome de quem fez.

Os documentos podem ser apresentados ​em qualquer fase do processo​.


Para que sirva de prova, o documento deve ser ​autêntico ​e ​verídico​.

INDÍCIOS
São circunstâncias conhecidas e provas que, por indução, dão a entender outras
circunstâncias (art. 239, CPP).
Por não haver hierarquia entre as provas, não há que se falar em posição subalterna dos
indícios, razão pela qual uma sentença poderá ser fundamentada apenas por meio deles.

DA BUSCA E APREENSÃO
Busca ​são os atos para procura e descoberta daquilo que interessa ao processo;
apreensão: ​ retira pessoa ou coisa de local para fins de sua conservação.
Pode servir para
a) meio de prova
b) meio de obtenção de prova
c) meio de assegurar direitos.

Pode ser requisitada em qualquer fase.

Busca domiciliar
Ocorrerá nos casos previstos no artigo 240, p. primeiro, do CPP:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou
contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a
fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja
suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
e h) colher qualquer elemento de convicção.

Formalidades:
Necessário mandado, que será lido ao morador, requisitando que este abra a porta. Se o
morador se negar, a porta será arrombada. Se morador não estiver, vizinho acompanhará.

Busca pessoal
Se houver fundada suspeita de que pessoa possua arma ou objetos relacionados à infração
penal, poderá ser objeto de busca pessoal (art. 240, p. segundo, CPP). Se for mulher, será
feita por mulher, salvo se importar prejuízo à diligência.

Anda mungkin juga menyukai