Após a morte de Saul. Davi foi ungido rei de Israel por todas as tribos.
Após Davi ter derrotado os filisteus definitivamente ele tomou Jerusalém e fez
dela a capital do seu reino. Davi foi o responsável pela renovação espiritual de
Israel e para que a presença divina fosse permanente entre eles, teria como o
objetivo estabelecer o reino de Israel.
Deus aponta para o futuro e promete a Davi um reino eterno “A tua casa
e a tua realeza subsistirão para sempre diante de mim, e o teu trono se
estabelecerá para sempre” (2 Sm 7:16). A aliança de Deus com Davi pode ser
entendida como algo escatológico, visto que nenhum reino ou dinastia terrena
de Davi teve sua duração por toda eternidade. “Essa certeza dada a Davi por
intermédio do profeta Natã, constitui outro vinculo na série de promessas
messiânicas, dadas nos tempos do Antigo Testamento” (SCHULTZ, 2000,
p.130). Nos anos posteriores a esperança messiânica foi adquirindo novas
características de acordo com a evolução do pensar religioso em Israel.
O Servo Sofredor
Sacerdote-Real
Uma das primeiras vezes que o LOGOS aparece com a idéia de um ser
real foi no platonismo. Também na literatura hermética, a idéia de um LOGOS
personificado e portador da revelação e da salvação aparecem sendo que
estas são extraídas das religiões antigas onde, Hermes e Thor, advogam para
si o título de LOGOS. No judaísmo o LOGOS representava o anjo do Senhor e
o poder divino criativo, pois através de sua palavra tudo veio a existir “E disse
Deus” (Gn 1.3). Para o judeu a Palavra de Deus é portadora de salvação. “Em
Velho Testamento, a palavra de Deus não é meramente uma declaração; é
uma escritura semi-hipostatica, de forma que ela pode mover-se e cumprir o
propósito divino (Is 55.10-11)
AS NATUREZAS DE CRISTO
A natureza divina
A palavra Deus (theos) atribuída a Cristo (Jo 1.1; 1.18; Rm 9.5; Tt 2.13;
Hb 1.8; 2 Pe 1.1).
A. Ebianismo
B. Arianismo
Ário era um presbítero alexandrino que começou a negar a
integridade da natureza divina de Cristo, Essa negação surgiu de uma
interpretação errônea do relato escrituristíco acerca da humilhação de
Cristo, que confundiu a subordinação temporária e didática como
desigualdade original e permanente. A máxima ariana era “houve um
tempo em que ele não existia”. Diante disso, Cristo seria forçosamente
um ser criado, sem dúvida o primeiro de toda criação. (Cl 1.15). Ário foi
condenado no concílio de Nicéia em 325 d.C.
A. Docetismo
Derivam do termo grego dokeo e significa parecer. Como a
maioria dos gnósticos de II século e os maniqueus do III século, negava
a realidade do corpo humano de Cristo. “Este ponto de vista era a
sequência lógica da admissão do mal inerente da matéria. Se a matéria
é má e Cristo foi puro, então o corpo humano de ter sido meramente
aparente” (FERREIRA, 2003, p.110). Os sofrimentos e os aspectos
humanos de Jesus Cristo eram imaginários ou aparentes, ao invés de
ser parte da encarnação. Se Cristo é Deus então ele não pode sofrer, se
sofre é porque é homem.
B. Apolinarismo
Apolinário era um bispo sírio do século IV, e negava a integridade
da natureza humana de Cristo. Diante disso, acreditavam que se a
natureza humana de Cristo não foi diminuída de alguma maneira, um
dualismo seria o resultado. Por isso, para eles, o LOGOS assumiu o
corpo e a alma racional na humanidade de Cristo. Apolinário foi
condenado no concílio de Constantinopla em 381.
A. Nestorianismo
Nestório era um patriarca em Constantinopla, tentou resolver o
problema das duas naturezas e acabou negando a união real entre a
natureza divina e humana, tornando-a uma união moral e não orgânica.
Assim sendo acabou sustentando duas naturezas e duas pessoas. Além
disso, Nestório observou que Deus não pode ter mãe, e que nenhuma
criatura pode ser mãe de uma pessoa da Deidade. Com isso, ele não
aceitava a terminologia de que Maria é theokos (mãe de Deus) e sim de
que ela é Cristotokos (mãe de Cristo). A tese nestoriana foi combatida
no concilio de Éfeso em 431, levando Nestório a ser removido do
patriarcado de Constantinopla.
B. Eutiquianismo
Eutíquio era de um mosteiro e Constantinopla, negavam a
distinção e coexistência das duas naturezas, mas mantinham que a
mistura das duas formava uma terceira natureza. Sendo que neste caso
o divino sobrepuja o humano, com isso, o humano foi realmente
absorvido ou transmudado no divino, apesar de que o divino não ficou
sendo o mesmo após a união. Os eutiquianos foram também chamados
de monofisitas, pois reduziram as duas naturezas a uma. Foi condenado
no concílio de Calcedônia em 451.
OS ESTADOS DE CRISTO
A doutrina concernente aos dois estado de Cristo pertence ao século
dezessete, sendo que antes já existiam indícios dessa doutrina