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Universidade Federal do Paraná

Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração


Programa de Doutorado em Administração
Disciplina: Procedimentos Qualitativos Avançados de Pesquisa
2013.01
Professora: Adriana Roseli Wünsch Takahashi – 5ª. Feira (14h00)
ALUNO: CLEVERSON FLOR DA ROSA DATA: 11/04/2013

RESENHA

No primeiro artigo estudado podemos verificar que o objetivo do artigo foi de


examinar questões relacionadas à metodologia dentro de um amplo e profundo contexto
para desenvolver um quadro geral dentro do qual, debates sobre métodos rivais nas
ciências sociais pode ser considerados a partir de suas premissas. O argumento central foi
o caso em si para qualquer tipo de pesquisa, seja quantitativa ou qualitativa, não podemos
considerar de forma abstrata. A escolha de um método incorpora adequação a uma
variedade de pressupostos a respeito da natureza do conhecimento e os métodos por
meio dos quais o conhecimento pode ser obtido, além é claro do conjunto de premissas
sobre a natureza do fenômeno que está sendo investigado segundo Gareth Morgan e
Linda Smirich em: The case for qualitative research. Os autores utilizam a classificação
proposta por Burrel e Morgan (1979) fazendo um quadro dos pressupostos sobre ontologia
e natureza humana e destacam os paradigmas funcionalista e interpretativista levantando
uma série de questões de pesquisa que são atreladas a perspectivas ideológicas que
exageram na tendência a uma ordem e regulação espontânea sobre as relações sociais,
ignorando modos de dominação, conflitos e mudanças radicais. Nesse quadro o objetivo
foi fazer uma breve distinção entre o continuo dentro dos quais diversas visões de mundo
e sobre os serem humanos (ontologia) podem ser adotados pelos pesquisadores. Cada
visão possui uma história distinta e são produtos de longas discussões e debates por seus
defensores e suas ideias básicas são manifestadas por meio de pensamentos sociais.

Morgan e Smircich ressalta que as diferentes visões de mundo refletem diferentes


tipos de caminhos para o conhecimento sobre o mundo social. Tomando por base os
extremos, a visão objetivista pode ser caracterizada como a visão do mundo social como
uma estrutura concreta, que enfatiza uma perspectiva epistemológica do estudo de
relações concretas entre os elementos. Existe uma preocupação com a forma objetiva do
conhecimento especificada em termos de leis, regularidades e relacionamentos entre
fenômeno e fatos. A visão subjetivista vê a realidade como a projeção da imaginação
individual, pautada em uma epistemologia que enfatiza a importância de compreender os
processos por meio do que os seres humanos concretizam suas relações com o mundo.
Sob esta perspectiva, não se pode haver um conhecimento objetivo, uma vez que este não
é mais que uma expressão sobre a maneira que o cientista como ser humano interpreta a
realidade a partir de seu quadro de referência sobre o mundo.
Arilda Godoy em seu trabalho: Introdução à Pesquisa Qualitativa e Suas
Possibilidades apresenta os traços essenciais da pesquisa qualitativa, percorrendo um
pouco da sua história, apresentando os principais autores e obras que originaram e
sedimentaram essa maneira de se investigar em ciências sociais e continua examinando
as características próprias dos estudos que se intitulam qualitativos. A pesquisa qualitativa
não procura enumerar e/ ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental
estatístico na análise dos dados. Parte de questões ou focos de interesses amplos, que
vão se definindo à medida que o estudo se desenvolve. Envolve a obtenção de dados
descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do
pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a
perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo. Sob a
denominação "pesquisa qualitativa" encontram-se variados tipos de investigação, apoiados
em diferentes quadros de orientação teórica e metodológica, tais como o interacionismo
simbólico, a etnometodologia, o materialismo dialético e a fenomenologia. Essa
diversidade de enfoques muitas vezes confunde e dificulta a leitura de livros, obras de
referência e artigos de pesquisa na área.

Em relação às características básicas da pesquisa qualitativa, embora haja muita


diversidade entre os trabalhos denominados qualitativos, alguns aspectos essenciais
identificam os estudos desse tipo. A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como
fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental Os estudos
denominados qualitativos têm como preocupação fundamental o estudo e a análise do
mundo empírico em seu ambiente natural. A pesquisa qualitativa é descritiva A palavra
escrita ocupa lugar de desta- que nessa abordagem, desempenhando um papel
fundamental tanto no processo de obtenção dos dados quanto na disseminação dos
resultados. Rejeitando a expressão quantitativa, numérica, os dados coletados aparecem
sob a forma de transcrições de entrevistas, anotações de campo, fotografias, videoteipes,
desenhos e vários tipos de documentos. Visando à compreensão ampla do fenômeno que
está sendo estudado, considera que todos os dados da realidade são importantes e de-
vem ser examinados.

Segundo Godoy a abordagem qualitativa oferece três diferentes possibilidades de


se realizar pesquisa: a pesquisa documental, o estudo de caso e a etnografia.

 Pesquisa documental: pode ser feito por meio da analise de conteúdo.


Considerando que a abordagem qualitativa, enquanto exercício de
pesquisa, não se apresenta como uma proposta rigidamente estruturada,
ela permite que a imaginação e a criatividade levem os investigadores a
propor trabalhos que explorem novos enfoques.
 Estudo de caso: tem se tornado a estratégia preferida quando os
pesquisadores procuram responder às questões "como" e "por quê" certos
fenômenos ocorrem, quando há pouca possibilidade de controle sobre os
eventos estudados e quando o foco de interesse é sobre fenômenos atuais,
que só poderão ser analisados dentro de algum contexto de vida real.
 Etnografia: A etnografia, na sua acepção mais ampla, pode ser entendida,
segundo Fetterman, como "a arte e a ciência de descrever uma cultura ou
grupo”. A pesquisa etnográfica abrange a descrição dos eventos que
ocorrem na vida de um grupo (com especial atenção para as estruturas
sociais e o comporta- mento dos indivíduos enquanto membros do grupo) e
a interpretação do significado desses eventos para a cultura do grupo.
Godoy acredita na possibilidade de utilização da pesquisa qualitativa no exame de
questões pertinentes à Administração de Empresas e apresenta exemplos para confirmar
isso corroborando com seu artigo anterior. Embora não haja urna forte tradição qualitativa
na pesquisa desenvolvida no campo da Administração de Empresas, é possível perceber,
a partir da década de 70, um crescente aumento de interesse por esse tipo de abordagem.
Ressalta ainda que os resultados de Um fórum sobre metodologia da pesquisa em
Administração, ocorrido nos Estados Unidos, mostram que a pesquisa de cunho qualitativo
constitui-se em importante contribuição à investigação das questões pertinentes à área. Na
área de marketing internacional análise dos conteúdos veiculados nas propagandas tem
facilitado a compreensão da crescente complexidade que cerca os ambientes
multiculturais, tornando mais perceptíveis as sutis diferenças qualitativas – que envolvem
gostos, tradições e simbolismos - entre diferentes sociedades e setores de uma mesma
sociedade.

Norman Oenzin e Yvonna Lincoln abordam a questão da disciplina e a prática da


pesquisa qualitativa, em relação a questões conceituais: a pesquisa qualitativa é, em si
mesma, um campo de investigação. Ela atravessa disciplinas, campos e temas. Em torno
do termo pesquisa qualitativa, encontra-se uma família interligada e complexa de termos,
conceitos e suposições. Entre eles, estão as tradições associadas ao fundacionalismo, ao
positivismo, ao pós-fundacionalismo, ao pós-positivismo, ao pós- estruturalismo e às
diversas perspectivas e/ou métodos de pesquisa qualitativa relacionados aos estudos
culturais e interpretativos.

Denzin e Lincoln faz uma analogia entre o pesquisador qualitativo como bricoleur e
confeccionador de colchas. O pesquisador qualitativo pode assumir imagens múltiplas e
marcadas pelo gênero: cientista, naturalista, pesquisador de campo, jornalista, crítico
social, artista, atuador, músico de jazz, produtor de filmes, confeccionador de colchas,
ensaísta. A diversidade de práticas metodológicas da pesquisa qualitativa pode ser vista
como soft Science, jornalismo, etnografia, bricolage, confecção de colchas e montagem. O
pesquisador, por sua vez, talvez seja visto como um bricoleur, um indivíduo que
confecciona colchas, ou, como na produção de filmes, uma pessoa que reúne imagens
transformando-as em montagens. Vê também a pesquisa qualitativa como um terreno de
múltiplas práticas interpretativas que aborda questões como: As resistências em relação
aos estudos qualitativos e os momentos da pesquisa qualitativa:

 O período tradicional: (o qual abrange a segunda e a terceira fase de


Vidich e Lyman). Começa no início do século XX, continuando até a
Segunda Guerra Mundial. Nesse período, os pesquisadores qualitativos
escreveram relatos colonialistas, "objetivos", das experiências de campo
que refletiam o paradigma dos cientistas positivistas. Sua preocupação
estava em oferecer interpretações válidas, confiáveis e objetivas em seus
escritos. O "outro" estudado era forasteiro, estrangeiro e estranho.
 A fase modernista: Segundo momento, baseia- se nos trabalhos
canônicos do período tradicional. Ainda são valorizados o realismo social, o
naturalismo e as etnografias que expõem detalhes da vida real. Essa fase
estendeu-se ao longo dos anos do pós-guerra até a década de 1970,
estando ainda presente no trabalho de muitos.
 Gêneros (estilos) obscuros: No início do terceiro estágio (1970-1986), o
qual denominamos o momento dos gêneros (estilos) obscuros, os
pesquisadores qualitativos já haviam esgotado a cota de paradigmas,
métodos e estratégias a ser empregada em sua pesquisa. As teorias
variavam do interacionismo simbólico ao construtivismo, passando pela
investigação naturalista, o positivismo e o pós-positivismo, a
fenomenologia, a etnometodologia, a teoria crítica, a teoria neomarxista, a
semiótica, o estruturalismo, o feminismo e diversos paradigmas
raciais/étnicos.
 A crise da representação: Em meados dos anos de 1980, ocorre uma
profunda ruptura. O que denominamos de quarto momento, ou crise da
representação, aparece com Anthropology as cultural critique (Marcus e
Fischer, 1986), The anthropology of experience (Turner e Bruner, 1986),
Writing culture (Clifford e Marcus, 1986), Worils and Lives (Geertz, 1988) e
The predicament of culture (Clifford, 1988). Essas obras tornaram a
pesquisa e a redação mais reflexivas, e colocaram em dúvida as questões
do gênero, da classe e da raça. Articularam as consequências da
interpretação "gêneros obscuros" de Geertz para o campo no início da
década de 1980.
 Uma tripla crise: Atualmente, a autoridade do etnógrafo continua sendo
atacada (Behar, 1995, p. 3; Gupta e Fergusol1, 1997, p. 16; Jackson, 1998;
Ortner, 1997, p. 2). Os pesquisadores qualitativos defrontam-se com uma
tripla crise de representação, legitimação e práxis nas disciplinas humanas.
Implantadas nos discursos do pós-estruturalismo e do pós-modernismo,
essas três crises são codificadas em múltiplos termos, possuindo múltiplas
denominações e associações com as reviravoltas crítica, interpretativa,
linguística, feminista e retórica na teoria social, as quais problematizam
duas suposições essenciais da pesquisa qualitativa.

E por fim no trabalho de Dustin J. Bluhm, Wendy Harman, Thomas W. Lee e


Terence Mitchell R. : Pesquisa Qualitativa em Administração: Uma Década de Progresso,
os autores com seu artigo abre discussão para:

 A revitalização da reputação da pesquisa qualitativa, que desafia qualquer


estigmatização positivista ou desvalorização da pesquisa qualitativa;
 A padronização perto de muitas das melhores práticas em pesquisa
qualitativa, enquanto empurrando os limites dos métodos qualitativos em
um território novo e excitante;
 O acúmulo de conhecimento por meio da geração, elaborando e testando
teoria de gestão.

A transparência da análise contribui para o progresso da pesquisa de gestão por


reduzir o estigma associado com a pesquisa qualitativa e permitindo que estudiosos
aprendam e apliquem as melhores práticas associadas a metodologias de um artigo e
técnicas de análise que deve incluir o por que a pesquisa é necessária; o efeito teórico; o
propósito do contexto escolhido e unidade de análise; e o processo pelo qual as
descobertas emergiram a partir dos dados (Pratt, 2009).

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