ISSN: 0378-1844
interciencia@ivic.ve
Asociación Interciencia
Venezuela
Emiliana Isasi-Catalá
RESUMEN
l estudio de los sistemas rencia de las Partes en el Convenio sobre la lizados son las especies sucedáneas (del in-
naturales resulta muy Diversidad Biológica celebrada en el 2004, glés surrogate species), las cuales han sido
complejo debido al gran como una estrategia para evaluar el estado empleadas con diferentes funciones, desde
número de factores a ser considerados simul- de la biodiversidad y el cumplimiento de me- señalar cambios ambientales o poblacionales,
táneamente para lograr una visión global de tas de conservación (Balmford et al., 2005a, hasta atraer la atención pública para el desa-
la diversidad de sus elementos o biodiversi- b; Dobson, 2005), por lo que se han desarro- rrollo de programas de conservación (Sim-
dad (Noss, 1990; Steneck, 2005; Nicholson y llado muchos tipos de indicadores. Los indi- berloff, 1998; Caro y O´Doherty, 1999). Se
Possingham, 2006). Sin embargo, debido a la cadores ecológicos son herramientas biológi- han propuesto muchos tipos de especies su-
velocidad con que las actividades humanas cas (especies, grupos taxonómicos, procesos, cedáneas, siendo las más conocidas las espe-
están produciendo cambios en los sistemas entre otros) que permiten evaluar total o par- cies claves, paraguas, indicadoras y banderas
naturales, es necesario hacer un esfuerzo adi- cialmente a los sistemas ecológicos, por lo (Noss, 1990; Andelman y Fagan, 2000; Ca-
cional en el diseño de estudios de calidad, que pueden ser considerados como estimado- rignan y Villard, 2002).
útiles y pertinentes que permitan generar la res de la biodiversidad de un sistema, actuan- La verdadera utilidad de
información necesaria para plantear solucio- do en diferentes niveles jerárquicos (genes, las especies sucedáneas, sin embargo, ha ge-
nes a corto plazo (Carignan y Villard, 2002; especies, poblaciones, comunidades y paisa- nerado gran polémica (Simberloff, 1998;
Butchart et al., 2006). Es por ello que la so- jes) y determinando diferentes componentes Lindenmayer, et al., 2002). Algunos autores
lución más aceptada ha sido el uso de indica- de la biodiversidad (composición, estructura indican que son herramientas útiles para es-
dores. (Parrish et al., 2003; Roberger y An- y función; Noss, 1990; Dale y Beyeler, 2001; tudiar, hacer seguimiento y resolver proble-
gelstam, 2004; Rodrigues y Brooks, 2007). A Niemi y McDonald, 2004). mas de conservación, pero otros señalan que
nivel mundial, el uso de indicadores fue pro- A nivel de especies, los no han sido sino artefactos, es decir, símbo-
puesto en la Séptima Reunión de la Confe- indicadores ecológicos más comúnmente uti- los que realmente no sirven para proteger los
PALABRAS CLAVE / Especies Claves / Conflictos / Conservación / Especies Indicadoras / Especies Paraguas /
Recibido: 11/05/2009. Modificado: 17/12/2010. Aceptado: 20/12/2010.
INDICATOR, UMBRELLAS, FLAGSHIPS AND KEYSTONE SPECIES CONCEPTS: USE AND ABUSE IN
CONSERVATION ECOLOGY
Emiliana Isasi-Catalá
SUMMARY
Assessing the state of conservation of biodiversity is a chal- tions are: i) confusion and ambiguity in definitions and clas-
lenge that involves effective and efficient short term decision sifications, ii) overstatement of its extent, iii) lack of a stan-
making. Researchers and biodiversity managers have focused dard method for selecting species, iv) insufficient validation
their attention on the partial evaluation of components of of the species and monitoring of the program, v) difficulties
complex natural systems, based on ecological indicators. The in implementation, and vi) inadequate biological information.
most commonly ecological indicators used are surrogate spe- Surrogate species are adequate but insufficient estimators to
cies, of which the best known are keystone, umbrella, indica- assess the conservation status of natural systems. They should
tor, and flagship species. Despite their widespread use, these be considered only as partial tools for assessing the degree of
tools have been criticized for their low effectiveness. The ob- conservation of these systems. Combining the use of surrogate
jective of this work is to discuss the concepts of surrogate species with other assessment tools, could improve the effec-
species, assessing their extent and limitations. There exist tiveness for perceiving and quantifying changes in biodiversity
different definitions for each category of surrogate species, due to disturbances caused by human activities.
making difficult their correct implementation. The main limita-
OS CONCEITOS DE ESPÉCIES INDICADORAS, GUARDA CHUVA, BANDEIRAS E CHAVES: SEU USO E ABUSO
EM ECOLOGÍA DA CONSERVAÇÃO
Emiliana Isasi-Catalá
RESUMO
Avaliar o estado de conservação da biodiversidade é um de- dade nas definições e classificações, ii) sobrestimação de sua
safio que envolve decisões efetivas e eficientes no curto prazo. abrangência, iii) falta de um método estándar para a seleção
Investigadores e manejadores de biodiversidade têm-se focado das espécies, iv) validação da espécie e acompanhamento do
na avaliação parcial de componentes do complexo sistema na- programa insuficientes, v) dificuldades de implementação, e vi)
tural, a partir de indicadores ecológicos. Os mais utilizados informação biológica insuficiente. As espécies sucedâneas são
são as espécies sucedâneas (do inglês, surrogate species), das estimadores adequados mas insuficientes para avaliar o esta-
quais as mais conhecidas são as espécies chaves, guarda chu- do de conservação dos sistemas naturais. Devem ser conside-
va, indicadoras, e bandeiras. Apesar de sua ampla utilização, radas somente como ferramentas parciais para avaliar o grau
estas ferramentas tem sido criticadas por sua baixa efetivida- de conservação destes sistemas. Combinar o uso das espécies
de. O objetivo deste trabalho é discutir os conceitos de espécies sucedâneas junto com outras ferramentas de avaliação poderia
sucedâneas, avaliando suas abrangências e limitações. Existem melhorar a efetividade com a que se percebem e quantificam as
diferentes definições para cada uma das categorias de espé- mudanças na biodiversidade devidos às perturbações origina-
cies sucedâneas, o que tem dificultado sua correta implemen- das pelas atividades humanas.
tação. Suas principais limitações são: i) confusão e ambigui-