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Análise de Confiabilidade em Circuitos Elétricos Industriais da Rhodia

utilizando a Metodologia de Árvore de Falhas (FTA)

Jeferson Fleury Haach (*)

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar um exemplo real de aplicação da metodologia


FTA, como uma das ferramentas capazes de atender as novas exigências em relação à
Confiabilidade e Disponibilidade dos sistemas industriais.

Definiremos alguns conceitos básicos de confiabilidade e algumas terminologias usadas


na FTA, descrevendo as principais etapas do processo, os resultados, a interpretação e a
análise dos mesmos. Por fim, apresentaremos uma comparação entre os resultados
esperados (calculados) e valores reais obtidos no período de 1993 à 1996. À partir de
1997 o sistema foi modificado, incorporando as melhorias identificadas neste estudo.

(*)
Engenheiro Eletricista formado pelo Universidade de São Paulo, com especialização em
Qualidade Industrial e Gestão de Empresas pela Unicamp.
Trabalha na Rhodia – Conjunto Químico de Paulínia (SP) desde 1989. Foi responsável pelo
Departamento de Manutenção Elétrica ( 94 à 97 ), onde participou como multiplicador dos
seguintes programas:
• Qualidade Total – Processo Rhodia de Excelência ( PRHOEX ),
• I.F.P - Polivalência Operacional ( Manutenção-Produção )
• RCM - Manutenção Centrada em Confiabilidade.

Desde 1997, atua como Coordenador de Engenharia da Rhodia – Atividade Orgânica Fina
América Latina, responsável pelas áreas de manutenção e projetos nos sites de Paulínia e
Santo André.
É membro do Comitê Técnico ( SP ) e do Conselho Deliberativo da Abraman.

e-mail: jeferson.haach@br.rhodia.com ou jfhaach@uol.com.br

Trabalho apresentado no 5o. Congresso de Gestão e Técnicas na Manutenção, 11 e 12


de junho de 2001, Belo Horizonte, realização TECÉM-Tecnologia Empresarial Ltda

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1 - Introdução

Temos observado nas últimas duas décadas uma evolução bastante significativa nos
conceitos de manutenção.

Isto se deve ao fato de que as instalações e os equipamentos estão se tornando cada


vez mais complexos. Além disso, há uma busca constante para que os mesmos tenham
uma performance elevada, principalmente com relação à Confiabilidade e a
Disponibilidade.

Outro fator importante, é a maior conscientização do setor industrial com as


consequências adversas que uma falha de equipamento ou instalação pode trazer com
relação à Segurança, o Meio Ambiente e a Qualidade do Produto, além dos Custos
envolvidos direta ou indiretamente.

Todas essas mudanças tem impulsionado uma série de alterações no modo de pensar e
agir dos gerentes de manutenção, no sentido de desenvolver novos métodos de trabalho,
que permitam construir equipamentos e instalações mais confiáveis e performantes.

É neste contexto que tem se desenvolvido a utilização de várias metodologias para o


cálculo da Confiabilidade e da Disponibilidade. Entre elas, a Análise por Árvore de
Falhas (FTA - Fault Tree Analysis).

2 - Metodologia - Árvore das Falhas

É um processo lógico dedutivo utilizado para analisar eventos indesejados, de forma


qualitativa e quantitativa, buscando-se as causas possíveis que levem à ocorrência do
evento em questão.

Esta técnica pode ser aplicada à equipamentos ou sistemas, tanto na fase de projeto
como de operação, identificando de maneira estruturada os pontos frágeis dos mesmos.

Além disso, pode-se analisar diversos tipos de falhas, tais como: erros humanos, falhas
intrínsecas e de modo comum.

2.1 - Terminologias e Conceitos

Para que esta técnica possa ser aplicada com eficiência, algumas terminologias e
conceitos devem estar perfeitamente entendidos.

2
No exemplo que descrevemos à seguir foram adotadas as seguintes definições:

2.1.1 - Conceitos de Confiabilidade


a) Confiabilidade
Probabilidade de um sistema, equipamento ou componente cumprir sua missão com
sucesso, por um período e condições especificas.

b) Indisponibilidade
Probabilidade de um sistema, equipamento ou componente falhar no momento em que
for solicitado.

c) Falha
Condição em que determinado equipamento ou sistema não consegue cumprir a missão
para o qual foi designado.

d) Taxa de Falha
Quantidade de falhas num período de tempo ou ciclos determinados.

e) Tempo Médio de Reparo


Tempo necessário para reestabelecer a função de determinado equipamento.

2.1.2 - Terminologia na Árvore das Falhas

Evento Topo

Evento de falha indesejável, objeto de estudo.

Evento Básico

Evento de falha que possui uma taxa de falha ou uma probabilidade.

Corte

Conjunto de eventos básicos que provocam o evento topo.

Corte Mínimo

Quantidade mínima de eventos básicos que provocam o evento topo.

Corte Primeira Ordem

Quando apenas um único evento básico provoca a ocorrência do evento topo.


3
2.1.3 - Classificação dos Eventos

 Monitorados

 Testados

 Modo Comum

 Erros Humanos

 Probabilidade

3 - Desenvolvimento do Estudo: Análise de um Sistema Elétrico da Rhodia

Os principais objetivos da realização deste estudo foram:

 Análise qualitativa e quantitativa dos eventos de falha.

 Determinação da indisponibilidade média esperada do sistema no período de um ano.

 Análise e determinação de políticas de manutenção mais eficientes, no sentido de


tornar o sistema mais confiável.

3.1. - Etapas do Estudo

3.1.1. - Formação de Equipe de Trabalho

A equipe foi composta por técnicos da área de operação, projetos e de manutenção e um


especialista em confiabilidade.

Todos os membros do grupo passaram por uma formação básica em confiabilidade e da


técnica FTA.

3.1.2. - Definição do Sistema

Esta é uma etapa fundamental para o sucesso do trabalho, pois os limites e as fronteiras
tem que estar perfeitamente definidas e em conformidade com o objetivo do estudo.

Sendo assim, em função de nosso objetivo e da complexidade do sistema elétrico em


questão foi decidido calcular a indisponibilidade de um circuito elétrico que fornece
energia para quatro unidades de fabricação.
4
A análise considerou as falhas provenientes desde à concessionária de energia (CPFL)
até os disjuntores primários que alimentam cada uma das quatro unidades, além da
interface entre outros ramos do sistema elétrico que se fizeram necessário.

O esquema unifilar da figura 1 mostra o ramal analisado e sua interface com o restante
do sistema.

CPFL
o o
CH1010 CH1014
o o
DJ1010 DJ1012
SUBESTAÇÃO SUL

o o
CH1012 CH1016
o o
SEG 1010
138 KV - 60 Hz

o o CH1020
o CH1022
CH1018
o o o
DJ1014 TR1010
12.5/15 MVA TR1012
138/69 KV 12.5/15 MVA
138/69 KV
TR1014
15/18.75 MVA
DJ2012 DJ2014
138 - 3.8 KV

o Cabo BZ0149
o CH2012 oCH2014
o
DJ2010
o SEG 2010

3.8 KV SEG 4010 o oCH2020


o o CH2010
o CH2022 oo

SUBESTAÇÃO NORTE o CH2017


SEG 2011 66 KV
o
 
SEG 4210 SEG 4214

o Cabo BZ0148 o CH2011 o CH2015 o CH2013


CTS o o o
SEG 4216 DJ2011 DJ2015 DJ2013

TR2011 TR2015 TR2013


C 5/0.25 MVA 5/0.25 MVA 5/0.25 MVA
A 66/3.8 KV 66/3.8 KV 66/3.8 KV
S
A
M   
APOA BISFENOL INEQ/SALAL
FENOL
Á / PTBF Figura 1 - Diagrama Unifilar do Estudo
Q

5
3.1.3. - Construção da Árvore das Falhas

Com o sistema e suas interfaces definidas, determinamos o evento indesejável à ser


estudado, chamado de Evento Topo.

Através da utilização do software FTW, que permite um desenvolvimento gráfico da


árvore de falhas, construímos a mesma analisando à partir do evento topo todas as
possibilidades de falha que levam à sua ocorrência.

Cada um desses eventos possui uma descrição e um código que permite fazer uma
classificação dos mesmos de acordo com o tipo de falha em questão. (erro humano,
monitorados, testados, probabilidade e falha modo comum).

A figura 2 à seguir mostra uma parte da árvore com os seus respectivos eventos de falha.

EVENTO TOPO Indisponibilidade de


Energia na Barrra
B4216

+
IndBa14A

Não Chega Energia Curto Circuito na Curto Circuito na


na Barra B4216 Barra B4216 com Barra B4216 com
Sucesso da Proteção Falha Sistema de
Proteção
+ +
FEnB14A PORT055 CuB14AFPr

Não Chega Energia


no Cabo Bz0148
Curto Circuito Curto Circuito Curto Circuito
Curto Circuito Cabo Monofásico na Bifásico na Trifásico na
/ Conexões BZ-0148 Barra B4216 Barra B4216 Barra B4216
+ e Falha da Proteção
FEnB14A
+
CCCaBZ148 C1__B4216E C2__B4216E C3__B4216E
Disjuntor Não Chega
DJ4016 esta Energia no
Aberto Disjuntor
DJ4016

DJ4012Abrt FEnDDJ4012

Curto Circuito Bifásico Curto Circuito Monofásico Curto Circuito Trifásico


no Cabo BZ-0148 e no Cabo BZ-0148 e Falha no Cabo BZ-0148 e
Falha da Proteção da Proteção Falha da Proteção

PORT 050 PORT 042 PORT 051

6
Curto Circuito
Monofásico no Cabo
BZ-0150 e Falha da
Proteção

+
PORT183

Curto Circuito Falha do Sistema de


Monofásico no Cabo Proteção de Terra do
BZ0150 Disjuntor DJ4014

+
B1__Z0150E PORT184

Falta de Tensão Falha do Falha no Falha do Rele de Falha do Rele de


de Comando Disjuntor DJ- Circuito de Proteção de Bloqueio em Não
para Proteção 4014 em Abrir Corrente (TC) Terra F 50/51 N Atuar (F-86)

+ + + + +
FV52D4014P PORT185 FJTCD4014E PORT186 PORT187

Falha Mecânica na Falha Elétrica no Falha Intriseca do Erro Humano na Falha Intriseca Falta de
Trava do Circuito de Rele 50/51 N em Calibração do Rele de Tensão de
Disjuntor DJ-4014 Desligamento DJ- Não Atuar Bloqueio Comando do
(Não Abre) 4014 Rele Bloqueio

FI52D4014R FD52D4014R FI5ND4014R HC5ND4014H FI86D4014D FV86D4014P

Figura 2 - Desenho da Árvore com Eventos

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3.1.4. - Equações Matemáticas e Dados de Entrada

Uma vez concluída a construção da Árvore de Falhas, é possível agrupar todos os


eventos de falha conforme a sua classificação previamente determinada.

Para cada tipo de evento são associadas equações matemáticas que permitirão uma
análise quantitativa da Árvore.

À partir desta fase, passamos a atribuir valores às variáveis das equações relativos à
cada evento de falha.

É exatamente nesta etapa do trabalho que fica evidenciado a importância e as


dificuldades na obtenção de dados de confiabilidade tais como: taxa de falha, tempo de
reparo, probabilidade de falha, que sejam representativos para o sistema que está sendo
analisado.

Na maioria das vezes, temos dificuldade em saber qual a taxa de falha de determinado
equipamento, simplesmente devido a inexistência dos dados.

Diante disso, passamos à adotar valores constantes em Bancos de Dados Internacionais,


que podem ou não refletir a nossa realidade. Desta forma, passa a ser fundamental que o
grupo de trabalho faça uma análise crítica desses valores, tornando-os mais
representativos. Além disso, existem alguns dados que não constam de bancos
internacionais, como por exemplo, o Tempo de Reparo. Neste caso o grupo de estudo
deve ter condições de estimar esse valor com base na experiência e na realidade da
instalação.

Fica evidente portanto, a necessidade de um Banco de Dados de Confiabilidade mais


específico e que represente da melhor maneira possível a realidade do seu próprio
sistema.

A qualidade do resultado final do estudo será função da qualidade dos dados adotados
para cada um dos eventos.

Na figura 3 temos um exemplo de equações adotadas para cada tipo de evento e na


figura 4, os dados adotados para os eventos em questão.

8
Probabilidade: Valor = “prob”

Monitorado: Valor = ‘(lambda * tau) / (1 + lambda * tau)’

Erro Humano: Valor = “prob”

Testado: Valor = 1 - (1/(lambda * teta)) * (1 - exp. (-lambda * teta)) + (t - teste/teta) + lambda * tau

λ = Lambda θ = Teta σ = Tau


Figura 3 - Equações Matemáticas

Nome Evento Valores


λ σ t - teste θ Prob Referência
B1-Z0150 E 1.75 1.0 --- --- --- (2)
e-4
FV 52D4014 P --- --- --- --- 1 e-2 (3)
FJ TC D4014 E 1.8 e-7 1.0 --- --- --- (2)
FI 52 D4014 R 7.7 e-8 2.0 0.5 26280 --- (2)
FD 52 D4014 R 3.4 e-8 2.0 0.5 26280 --- (2)
FI 5N D4014 R 7.3 e-7 1.0 0 4380 --- (2)
HC 5N D4014 H --- --- --- --- 1 e-2 (3)
FI 86 D4014 D 1 e-7 1.0 0 4380 --- (2)
FV 86 D4014 P --- --- --- --- 1 e-2 (3)

Tabela de Referência
Ref 1 = IEEE std 500, 1977 Ref 4 = Rejmond, 1982
Ref 2 = IEEE std 500, 1984 Ref 5 = Eneida, Vol 1, 1991
Ref 3 = Estimativa Rhodia Ref 6 = Histórico Rhodia
Figura 4 - Tabela de Dados e Referências

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3.1.5. - Resultados dos Cálculos

Após inclusão de todos os dados de entrada, o software calcula a probabilidade do


Eventos Topo, bem como a dos demais eventos.

Desta forma é possível saber a contribuição de cada falha para a ocorrência do evento
topo e determinar os cortes mínimos de 1ª ordem, ou seja, aqueles eventos que sozinhos,
levam a ocorrência do evento topo. Do mesmo modo, pode-se determinar a ordem de
todos os cortes da árvore.

A figura 5, mostra a probabilidade dos evento e a figura 6 a dos cortes mínimos.

FTW - Min Cut Set Upper Bound


Eventos Probabilidade
Ind Ba 14 A (Topo) 6,399 e-4
B1-Z0150E 1,75 e-5
FV52D4014P 1,01 e-2
FJTCD4014E 3,60 e-7
FI52D4014R 1,03 e-3
FD52D4014R 4,66 e-4
FI5ND4014R 1,59 e-3
HC5ND4014H 1,0 e-2
FI86D4014D 2,18 e-4
FV86D4014P 1,0 e-2
Figura 5 - Tabela Resultado Probabilidade dos Eventos Topo e Outros

Probabilidade Import. Ord Corte


3.039E-04 47.49% 1 I2__T1014M
5.700E-05 8.91% 1 FGL12CPFLE
5.262E-05 8.22% 1 C1__Z0149E
5.262E-05 8.22% 1 CC__Z0148E
1.900E-05 2.97% 1 IE52D4016M
1.754E-05 2.74% 1 C2__Z0149E
1.754E-05 2.74% 1 C3__Z0149E
1.710E-05 2.67% 1 NEL1__CPFLE
1.754E-06 0.27% 2 B1__Z0148E FV52D4016P
1.754E-06 0.27% 2 B1__Z0148E FV86D4016P
1.754E-06 0.27 B2__Z0148E FV52D4016P
Figura 6 - Tabela Resultado Probabilidade dos Cortes Mínimos

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4 - Análise dos Resultados
No estudo em questão foram identificados e quantificados 284 eventos de falha
distribuídos conforme mostra na figura 7.

Cl assif i cação Even t os


T o t al dos Even t os = 2 8 4
120

100

80

60

40

20

0
Monit or ados T est ados Er r o Hum ano Pr obabilidade Modo Com um

Eventos

Figura 7 -Classificação dos Eventos

A indisponibilidade calculada para o seguimento de barra SEG 4216 foi de 5.6 horas /
ano, distribuídas conforme mostrado na figura 8 (a, b, c).

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I n di sp o n i bi l i da de
Curto Circuito SEG-4 2 1 6
25,8%

M anutenção
50,4%

Falha CPFL 13,4%


Outros 7,3%
Erro Humano 3,0%

Figura 8 a - Indisponibilidade SEG 4216

Fr equ ên ci a Ev en t o s
Curto Circuito SEG-4 2 1 6 Manutenção
0,46%
0,33%

Erro Humano
0,63%

Falha CPFL 0,3%


Outros 0,18%

Figura 8 b - Frequência Evento Indisponibilidade SEG 4216

Co r t es M í n i m o s
Pr i m ei r a O r dem

Erro Humano
49,4%
Outros 50,6%
Outro s 0,6%
Operaç ã o 42,1%

M anute nç ão 57,3%

12
Figura 8 c - Cortes Mínimos - Primeira Ordem

Para cada um dos fatores que contribuem para a indisponibilidade total, é possível
separar e analisar quais são os tipos de eventos que o compõem.

As figuras 9 a e b mostram a decomposição do fator Erro Humano e Curto-Circuito


respectivamente.

I n di sp o n i bi l i da de - Er r o H u m a n o SEG-4 2 1 6

Falha CPFL 13,4% Outros 0,6%


Curto-Circuito Operação 42,1%
Out ros 7,3%
25,8%
Erro Humano 3,0% Manutenção 57,3%

Manutenção 50,4%

Figura 9 a - Indisponibilidade devido Erro Humano

I n di sp o n i bi l i da de - Cu r t o Ci r cu i t o
SEG-4 2 1 6
Manutenção 50,4%

Curt o-Circuit o Linha 66 KV 9,0%


25,8% Outros 6,3%
Cabo B Z-0149 52,8%
Cabo B z-0148 31,9%

Out ros 7,3%

Erro Humano 3,0%


Falha CPFL 13,4%

Figura 9 b- Indisponibilidade devido Curto Circuito


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Este mesmo detalhamento pode ser feito para todos os demais fatores que contribuem
para a indisponibilidade, sendo possível detalhar por exemplo, quais são os eventos de
operação e manutenção que mais contribuem.

4.1 - Produto do Estudo

A análise detalhada deste estudo permitiu ganhos importantes tais como:

 Equalização dos conhecimentos técnicos à respeito do sistema elétrico analisado para


a equipe de manutenção, operação e projeto.

 Implantação de melhorias nos Procedimentos de Operação e Manutenção.

 Modificação no lay-out de vários equipamentos, desde chaves de comando em painéis


de controle até alterações em equipamentos e instalações à nível de subestação (Projeto
Paralelismo).

 Alteração nas políticas de manutenção Preditiva, Preventiva e Corretiva do sistema,


envolvendo política de testes e procedimentos nas intervenções de manutenção.

 Valorização do trabalho em grupo e utilização de técnicas estruturadas para


identificação, análise e solução de problemas.

4.2 - Comparação entre Valores de Indisponibilidade Esperados e Reais de 1993 à 1996

Após a realização deste estudo em 1993, foi elaborado um plano de melhoria para
reduzir o valor de indisponibilidade calculada. Essas melhorias foram realizadas em
etapas, pois muitas delas exigiam investimentos financeiros que por uma decisão da
empresa foram escalonados em alguns anos. Apesar disso, uma série de ações foram
realizadas à curto prazo, principalmente aquelas relativas à procedimentos de
manutenção e de operação do sistema.

Como resultado dessas ações a indisponibilidade desse sistema, tem sido menor que a
esperada, conforme mostrado na figura 10.

14
I n di spon i bi li dade H or as
SEG-4 2 1 6
20

15

10

0
93 94 95 96

Nº Horas

Figura 10 - Indisponibilidade Horas - SEG-4216

5 - Conclusão
A aplicação da metodologia FTA nos permitiu analisar em detalhes o sistema elétrico
estudado, identificando e quantificando as falhas possíveis e para cada uma delas,
definindo ações que pudessem diminuir o probabilidade de ocorrência e minimizar as
suas conseqüências.

Foi possível perceber a importância e a dificuldade na obtenção de dados de falha que


fossem representativos para o sistema em questão, apesar da existência de bancos de
dados internacionais e específicos da empresa.

Um fato que chamou a atenção durante os trabalhos foi a quantidade de erros humanos
identificados, tanto em relação à operação quanto à manutenção (Figura 8b).

Isso foi importante pois, apesar da indisponibilidade gerada em cada evento ser
relativamente pequena (normalmente o tempo de reparo é rápido), a frequência com que
estes eventos podem ocorrer é muito elevada. Em contra partida, a maioria destas falhas
podem ser facilmente reduzidas ou eliminadas com a utilização de procedimentos,
treinamentos mais adequados e interfaces homem-máquinas mais eficientes.

Verificamos também a importância do trabalho em grupo e do uso de metodologias


estruturadas para identificação e solução de problemas. É surpreendente como o grupo
consegue encontrar soluções quando o mesmo passa a se utilizar destas ferramentas.
15
Finalmente podemos concluir que o FTA é realmente uma ferramenta de grande utilidade
no sentido de permitir com que as equipes de manutenção, projeto e operação estejam
mais preparadas para atingir os desafios atuais em relação à confiabilidade e a
disponibilidade de sistemas e equipamentos.

6 - Referência Bibliografica
 Manual FTW
 IEEE Std 500 - 1977
 IEEE Std 500- 1984
 Rijmond, 1982
 Eireida, Vol 1, October 1991
 Apostila Curso de Confiabilidade
 Dados Históricos de Falhas e Tempo de Reparo de Equipamentos da UQP

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