Texto de Apoio
Uma das melhores formas de registar o controlo interno é a elaboração de um manual de procedimentos
de controlo interno que possa ser consultado por todos os intervenientes e que não seja uma peça estática-
deve ser adequadamente actualizada.
O controlo interno deve existir em qualquer empresa independentemente desta estar ou não sujeita
a auditoria externa ou possuir Auditor interno. De igual forma o manual de controlo interno não deve
depender da existência da auditoria. Contudo quando a empresa está sujeita a auditoria externa e ou
interna ambos auditores devem consultar e analisar esse mesmo manual, verificar a sua correspondência
com o que se faz na prática e sugerir melhorias que entenderem adequadas.
Para a elaboração do manual de controlo interno e para as posteriores verificações a efectuar pelos
auditores externos ou internos são utilizados normalmente os procedimentos de observação e indagação
sob forma de entrevistas e questionários. Para o registo do controlo interno podem ser utilizadas
diversas formas nomeadamente:
1. QUESTIONARIOS PADRONIZADOS
Como o próprio nome indica constituem um leque de questões sobre medidas de controlo interno e
procedimentos contabilísticos que se esperam sejam aplicados com três respostas possíveis:
Sim/Não/Não aplicável.
Normalmente são desenhados para que a resposta não represente uma fraqueza do sistema.
É objectivo
Abordagem disciplinada e sistemática de avaliação
Fácil de usar quer por pessoas experientes quer por inexperientes
Permite um registo periódico dos procedimentos e controlos em prática
Ajuda a supervisão do processo de levantamento por parte dos auditores responsáveis
Fornece um caminho a seguir pelo auditor ao mostrar as áreas de fraqueza
Desvantagens
Pode levar a uma abordagem estereotipada, que não atende as especificidades da entidade em
causa e como sabemos o controlo interno deve ser adoptado a diversas realidades.
Pode tornar-se mecânico quer para quem está a responder, quer para quem está a analisar o que
pode levar ao enviesamento dos resultados
O nível de detalhe também pode tornar-se limitador, quer por excesso o que os torna restritivos,
quer por defeito o que os torna demasiado genéricos.
2. NARRATIVAS
Constitui uma descrição detalhada dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno
existentes em cada uma das diversas áreas operacionais da empresa. Normalmente descreve-se numa
coluna o procedimento e noutra coluna indica-se as alterações a introduzir e consequentemente o novo
procedimento se for o caso.
3. FLUXOGRAMAS
É uma forma de representação gráfica que socorre-se de vários símbolos para representar os diversos
procedimentos contabilísticos e medidas de controlo interno existentes em cada uma das diferentes áreas
operacionais da empresa. Pode assumir dois formatos: fluxograma vertical e fluxograma horizontal.
Vantagem
4. FORMA MISTA
Conjuga o fluxograma e narrativa. A base de registo é o fluxograma, sempre que represente uma operação
complexa, faz-se um corte no fluxograma e utiliza-se a narrativa para descrever o procedimento
complexo.