Conta lenda que Olorum vivia em si mesmo e, tudo o que gerava, gerava
em si e para si, e tudo vivia em Olorum e nada existia fora dele.
Como cada individualização sua deu origem a um poder gerador, ele, para
diferenciá-las, deu-lhes o nome de matrizes geradoras, pois cada uma
delas geraria sempre as mesmas coisas.
Então ele pensou, e no seu pensar criou para cada uma de suas matrizes
geradoras uma realidade só dela, ainda que todas continuassem dentro
dele, nas quais Olorum continuou a gerar.
Enfim, para cada coisa que existe por si no plano material, há uma matriz
geradora divina, indissociada de Olorum, mas individualizada por ele para
que em si mesma cada matriz seja uma de suas realidades.
E ali, Olorum pensou e criou a matriz modeladora das formas e com ela
começou a modelar, a dar forma a tudo.
E essa matriz modeladora teria de estar dentro das outras matrizes para
que tudo o que fosse gerado tivesse uma forma só sua que, por meio de
suas feições e aparências pudessem ser distinguidas de todas as outras,
em quase tudo iguais, mas diferenciadas.
E assim surgiram as espécies.
Olorum mais uma vez pensou, e nesse seu pensar criou para cada uma
das suas matrizes um centro gerador muito parecido com úteros, pois
dentro deles tudo adquiria um modelo, uma forma e uma feição só sua
que o diferenciaria de sua espécie.
Como as coisas que seriam geradas era diferentes entre si, ele pensou
em algo que dotou cada matriz geradora de muitos compartimentos
internos, pois assim cada coisa criada por ele não influenciaria as outras
ou por elas seria influenciada.
Olorun tem uma matriz geradora onde gera a vida em seu sentido mais amplo,
pois nela são geradas todas as formas de vida.
Nossas mais bem informadas fontes revelam que até o plasma divino que deu
origem aos Orixás foi gerado nela, fato esse que confunde um pouco intérpretes
dos Orixás pois, como Yemanjá foi gerada por Olorun nessa matriz, então é
atribuída a ela a maternidade dos Orixás.
Mas o assunto é mais complexo do que parece ser e preferimos não elocubrar
sobre algo que escapa á nossa imaginação e entendimento sobre o nosso Divino
Criador Olorun.
A verdade, segundo todas as fontes, é que Yemanjá foi gerada na matriz geradora
da vida...e ponto final.
O que importa é que todos saibam que, se a vida é gerada nessa matriz geradora
e Yemanjá é a mãe Orixá gerada nela, então, em certo sentido, a lenda que lhe
atribui a maternidade de diversos Orixás não está errada, pois eles, mesmo sendo
seres divinos, são uma das muitas formas que a vida tem para fluir. Só que neles
ela flui de forma divina, não é mesmo?
Então, ela é de direito a mãe de todos, ainda que não o seja de fato, pois, na
realidade, quem é a mãe de todos eles, que são vidas, é a matriz geradora de
“vidas”.
Mas como todas as matrizes são suas realidades em si mesmas e a que a gerou é
em si a realidade da vida, então Yemanjá, que a rege, é de fato a mãe da vida. Ou
não?
Mas Exu, o mais bem informado dos Orixás, ainda que seja o mais indiscreto,
revelou-nos que as coisas têm outra versão, tão intrigante quanto essa. E isso,
segundo Exu, criou a mais humana das ciências, ainda que ela seja a mais inexata
de todas, pois é a “Achologia”, e todos os que a adotaram e nela se formaram são
chamados de “achólogos”.
Yemanjá
Olorum cria e gera em Si mesmo tudo o que existe e tem nesta Sua faculdade
criativa e geradora uma de Suas qualidades, através da qual Sua gênese divina
vai surgindo e concretizando-se, já como o meio e como os seres que nele vivem.
A qualidade genésica do Divino Criador é a Fonte da Vida e das coisas que dão
sustentação a ela.
Olorum cria e gera em Si mesmo, e criou e gerou nessa Sua qualidade uma
divindade criativa e geradora, que é essa Sua qualidade em si mesma.
Quando gera de si, ela irradia essa sua dupla faculdade, e quem a absorve torna-
se criativo e gerador no aspecto da vida a que se dedicar.
A lenda nos diz que Yemanjá é tida como a mãe de todos os orixás, e ela está
relativamente certa, já que se algo existe é porque foi gerado. E, porque Yemanjá
é em si mesma essa qualidade geradora do Divino Criador, então ela está na
origem de todas as divindades.
Mas as coisas de Deus não acontecem assim, e Ele, quando começou a gerar, já
havia ordenado sua geração. Então Ogum já existia e ordenava a geração de
Yemanjá. Oxum já existia e agregava o que ela estava gerando, etc.
Bem, o caso é que Yemanjá é a “Mãe da Vida”, e como tudo o que existe só existe
porque foi gerado, então ela está na geração de tudo o que existe.
Ela tem nessa sua qualidade genésica um de seus aspectos mais marcantes, pois
atua com intensidade na geração dos seres, das criaturas e das espécies,
despertando em cada um e em todos, um amor único pela sua hereditariedade.
Viram como um orixá não dispensa a atuação dos outros e como todos são
fundamentais e indispensáveis a tudo o que existe?
Bem, Yemanjá, a nossa Mãe da Vida é por demais conhecida em alguns de seus
aspectos. Mas em outros, é totalmente desconhecida.
Ela, por ser em si mesma a qualidade criativa e geradora de Olorum, então gera
de si duas hierarquias divinas: uma é regaida pelo Trono da Criatividade, que gera
em si mesmo essa qualidade e a irradia de forma neutra a tudo o que vive,
tornando todos os seres, criaturas e espécies muito criativos e capazes de se
adaptarem às condições e meios mais adversos; outra, é regida pelo Trono da
Geração, que é em si mesmo a qualidade genésica do Divino Criador, e gera e
irradia essa qualidade a tudo e todos, concedendo a tudo e todos a condição de se
fundirem com coisas ou seres afins para multiplicarem-se e repetirem-se.
- seres afins (machos e fêmeas de uma mesma espécie) fundem-se e dão origem
a novos seres.
Portanto, Criatividade Geração são os dois lados de uma mesma coisa: Gênese
Divina! E Yemanjá as manifesta em suas duas hierarquias de tronos: os da
Criatividade e os da Geração.
Já na Calunga grande nós temos o mar imenso, domínio da Senhora Iemanjá. Ali tomam conta os
marinheiros, as caboclas do mar, e na praia os pretos velhos, ciganos, exus e pomba giras. À
Iemanjá podemos pedir ajuda para solução de problemas que necessitem de urgente retorno,
Também conhecida como Janaína e Inaê, está associada a Nossa Senhora da Conceição e Nossa
Favorece os cuidados com os filhos e a vida familiar. Senhora das águas salgadas, ela protege
Cabocla INDAYÁ; Cabocla INHASSÃ; Cabocla NANÃ-BURUCUN; Cabocla OXUM. Abaixo dessas
Entidades, temos os GUIAS de Yemanjá: Caboclo DO MAR; Cabocla CINDA; Cabocla 7 LUAS;
Cabocla JUÇANÃ; Cabocla JANDIRA e outros. Ainda dentro da Hierarquia Sagrada, logo abaixo,
temos os PROTETORES. Dentre eles : Cabocla LUA NOVA; Cabocla ROSA BRANCA; Cabocla DA
PRAIS; Cabocla JACY; Cabocla Cabocla DA CONCHA DOURADA; Caboclo 7 CONCHAS e outros.
Ali também está a força poderosa de Ogum. Na areia do mar está Ogum Beira mar e dentro da
água está Ogum Sete Ondas. Eles atuam na ronda da Calunga grande e no reino de Iemanjá.
Devemos lembrar que o mar foi o cadinho de onde se produziu todas as primitivas formas de vida
do planeta, assim como Iemanjá é a Grande Mãe, regendo todos os começos. Mas os pretos
velhos consideram que o mar é a calunga grande pelo grande número de mortes que ocorreram,
nos navios negreiros, nas lutas contra os piratas, nos combates no mar que levaram a tantos
sua regeneração, isoladas do mundo pela capacidade de destruição que ainda possuem. Há o livro
do autor Ranieri, chamado “Aglon e os espíritos do mar”, que revela a existencia de numerosos
espíritos aprisionados no fundo do mar por suas faltas. Segundo Ranieri, o livro foi ditado pelo
próprio Julio Verne, famoso autor apaixonado mesmo em vida pelas história do mar.
Tambem ali alguns acreditem que se encontrem as sereias. Atribuem as sereias a seres que nunca
encarnaram e atuam como seres encantados como os elementais. São seres naturais, regidas por
Ainda há trabalhando junto à Mãe Iemanjá as crianças, como Mariazinha da Praia, Joãozinho da
Praia, Juqinha, Pedrinho, Estrelinha, etc., chegam nos terreiros trabalhando intensamente, de seu
jeito que parecem estar brincando, e permanecem à beira-mar, junto com os pretos velhos,
No livro “Entre o Céu e a Terra”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz, este relata
até aqui, muitos companheiros de nosso plano trazem os irmãos doentes, ainda ligados ao corpo
Já no livro “Faz parte do Meu Show”, de Robson Pinheiro, encontramos várias referências do
Não há sombra de dúvida que sentimos revitalização e reposição de energias após um banho de
das ondas batendo na praia. Cada umbandista deveria ao menos esporadicamente, ir à beira-mar,
reverenciar à Mãe Iemanjá, pedindo a superação de momentos difíceis, Saúde, Força, Proteção,
Paz.
Quando você se senta na areia de uma praia olhando o mar, é difícil imaginar o
quão profundo ele realmente é.
Além das águas iluminadas da superfície, através de zonas deficientes de
oxigênio quase desprovidas de vida, e mais para baixo, para baixo e para baixo
um pouco mais, em um lugar onde a pressão esmagaria um ser humano, você
vai encontrar o mundo misterioso do oceano profundo.
O fundo do mar tem 300 vezes o tamanho do espaço habitado por espécies de
terra. É de um frio inimaginável e envolto em escuridão quase total. No entanto,
a escuridão está viva, cheia de exércitos incalculáveis de criaturas fantásticas.
Algumas são ridiculamente grandes, algumas têm corpos cintilantes, outras
ainda são mais assustadoras do que os bichos papões debaixo de sua cama.
Apesar do fato de que este mundo alienígena é relativamente acessível em
comparação com outros planetas mesmo em nosso próprio sistema solar, as
profundezas do oceano permanecem praticamente inexploradas – a fronteira
final do nosso planeta.
Embora o mar profundo – aproximadamente definido como tudo abaixo de 200
metros – compreenda um impressionante 1 bilhão de quilômetros cúbicos e
mais de 90% do espaço de vida no planeta, os cientistas ainda estão tentando
responder às perguntas mais básicas sobre ele.
“Nós sabemos tão pouco sobre o mar profundo que não sabemos o que nós
não sabemos. Muitas coisas ainda estão sendo descobertas por acaso”, disse
Michael Vecchione, biólogo e uma das poucas pessoas que realmente
estiveram lá.
Mas o mar fundo está ganhando mais atenção agora, graças ao interesse de
várias partes bem financiadas e países.
Em 2003, Vecchione desceu a bordo de um submarino russo à Zona da Fratura
de Charlie Gibbs, um corte no fundo do mar atlântico, que tem 4.500 metros no
seu mais profundo pico.
Para colocar isso em contexto, a profundidade média do oceano é 4.000
metros, a altura de muitos picos nas Montanhas Rochosas e nos Alpes.
Vecchione e outros cientistas que estudam o mar profundo dizem que um dos
seus maiores desafios é tentar descobrir exatamente o que vive lá em baixo.
Embora o Censo da Vida Marinha, um estudo internacional, tenha descoberto
mais de 1.200 novas espécies (excluindo os micróbios) nos oceanos do
planeta, o estudo também mostrou o quanto os seres humanos ainda tem que
aprender sobre o fundo do oceano.
“Deve haver muitos animais, possivelmente grandes, lá embaixo que ainda não
conhecemos”, disse Edith Widder, cientista que estuda o oceano.
Ao longo das últimas décadas, os cientistas encontraram criaturas enormes e
bizarras habitando as profundezas, como o tubarão boca grande, que cresce
até 5 metros de comprimento. Muitas delas só foram vistas quando
descobertas na década de 1970.
“Quando elas foram descobertas, foi uma completa surpresa – ninguém sabia
que existiam”, disse Vecchione. “Nos últimos 10 anos, duas espécies de lulas
de grande porte foram encontradas, e há outras coisas grandes no fundo do
mar que já vislumbramos, mas nunca pegamos, então não sabemos o que
vamos descobrir”.
Ambos Vecchione e Widder estudam a biologia das águas abertas do oceano
profundo, conhecida pelos pesquisadores como a coluna de água – uma região
ainda menos explorada do que o fundo do oceano, e cujos habitantes são mais
difíceis de encontrar.
“No fundo do mar, algumas criaturas se movem, mas não muito rápido, e
muitas ficam apenas paradas em um só lugar”, disse Vecchione. “Mas na
coluna de água, as coisas se movem ao redor, e rápido”.
Widder disse que essas criaturas podem fugir da rede de um pesquisador. Até
o desenvolvimento relativamente recente de submersíveis tripulados e robôs
operados remotamente, as redes eram uma das poucas ferramentas
disponíveis para explorar a vida na escuridão das profundezas.
E aquelas redes perderam mais do que apenas animais rápidos em movimento
como lulas. Elas perderam toda uma classe de criaturas que parecem ser uma
das formas de vida mais dominantes do fundo do mar, uma descoberta que o
cientista Bruce
Robison chamou de “uma das maiores descobertas que fizemos nos últimos 10
anos”.
“Só quando começamos a descer lá que percebemos, ‘Meu Deus! Há um
número surpreendente de animais gelatinosos aqui embaixo’”, disse Robison.
O oceano profundo é um universo estranho de águas-vivas e seus parentes, às
vezes formando cadeias de muitos metros de comprimento, muitas vezes
iluminadas por bioluminescência. Esses animais são responsáveis por 25% da
biomassa na profundidade.
“Talvez mais”, afirma Robison. “Mas nós não sabíamos disso, porque se você
arrastar uma rede através de águas profundas, qualquer um destes animais
gelatinosos são triturados ou passam através dela”.
Robison disse que, além de descobrir o que vive lá em baixo, os cientistas
também estão tentando descobrir como as coisas vivem lá em baixo – como os
nutrientes movem-se da superfície para baixo em um vasto sistema sem muito
alcance do sol.
Muito pouca luz solar penetra além de cerca de 200 metros de profundidade.
Abaixo cerca de 1.000 metros, é totalmente escuro.
“Nós não sabemos como eles comem”, disse Robison. “Nós não sabemos
como ocorrem transferências de material orgânico”.
Para sobreviver e se comunicar no crepúsculo perpétuo do fundo do mar – seja
para encontrar alimento, encontrar um companheiro, ou afastar um atacante –
muitos dos habitantes produzem sua própria luz.
A bioluminescência é a especialidade de Edith Widder, e ela diz que os
cientistas estão apenas começando a entender o que ela chama de “essa
linguagem de luz”.
Dado o grande volume de águas profundas, Widder diz que uma grande
proporção dos animais em nosso planeta são bioluminescentes, e ainda pouco
se sabe sobre as suas inúmeras formas de criar luz.
Widder conta que se sente muito feliz por ter testemunhado os shows
espetaculares subaquáticos por si mesma. “É mágico”, disse ela. “É coisa de
Harry Potter ter essas explosões de luz ao seu redor. É absolutamente de tirar
o fôlego e, claro, quanto mais você sabe sobre isso, mais emocionante é –
você pode reconhecer os animais pela sua exibição”, explica.
Muitos cientistas também estão olhando para o mar profundo para tentar
resolver algumas grandes questões sobre o papel que ele desempenha no
clima da Terra.
“Os oceanos estão absorvendo uma enorme quantidade de calor que resulta
do aquecimento global. Temos uma ideia muito boa do quanto a parte superior
do oceano está aquecendo, mas não sabemos nada sobre o oceano profundo”,
disse o oceanógrafo Gregory Johnson.
Descobrir como as mudanças de temperatura se movem através do oceano
profundo tem implicações para os moradores do oceano e os moradores da
terra também.
Cientistas dependem de navios e, em certa medida, uma rede crescente, mas
ainda relativamente pequena de boias oceânicas para fazer as medições das
condições do oceano profundo – desde temperatura e salinidade até química
da água.
Como os biólogos, os oceanógrafos e cientistas do clima não têm acesso a
muito do que eles estão tentando estudar. “Estamos observacionalmente
limitados agora”, disse Johnson.
Vida é existência! Como somos seres espirituais, a vida é uma das vias de evolução do espírito, que é
eterno - imortal. A Mãe da Vida - criativa e geradora - é a Divindade Yemanjá, criada e gerada pelo Divino
Criador, Olorum, para ser um princípio doador e amparador da vida. Ela atua com intensidade na geração
dos seres, das criaturas e das espécies. As características marcantes da Divina Mãe Yemanjá são o amor
maternal, a criatividade e a geração. Ela simboliza o amparo, a maternidade que envolve os seres,
amparando-os e encaminhando-os diligentemente, protegendo-os até que tenham seus conscienciais
despertados, estando aptos a se guiar. A criatividade de Mãe Yemanjá torna os seres, criaturas e
espécies capazes de se adaptarem às condições e meios mais adversos. geração irradia essa qualidade
a tudo e a todos, concedendo-lhes a condição de se fundirem, para se multiplicar e se repetir. Yemanjá é
a amada Mãe da Vida, pois gera vida em si mesma e sustenta o nascimento. Ela é a água que vivifica os
sentimentos e umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida). Ela rege o mar, que é um
santuário natural, um altar aberto a todos. Por isso, é chamada "Rainha do Mar", para onde tudo é levado,
para ser purificado e depois devolvido. Água é vida. Somos regidos pelas águas, pois tanto o nosso corpo
como o nosso planeta são constituídos predominantemente por água. A energia salina das Sete Águas
Divinas de Mãe Yemanjá cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia
energias purificadoras para o nosso organismo. O mar é alimentador da vida e irradiador de energias que
purificam o planeta e o mantém imantado.Vida é espiritualidade e espiritualização e, portanto,
imortalidade. A carne é apenas um meio para evoluirmos. A vida é a vivência das virtudes do espírito, na
luz.
Yemanjá, nossa Mãe, Rainha do Mar, Senhora da Coroa estrelada, é a Orixá Maior doadora da vida e
dona do ponto de força da natureza, o Mar, santuário aberto, onde tudo é levado para ser purificado e
depois devolvido. Ela foi gerada na qualidade criativa e geradora do Criador Olorum e é a criatividade e a
geração em si mesma. Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a
mãe propriamente dita. Yemanjá é a água que nos dá a vida, como uma força divina. O Planeta Terra é
na verdade, o planeta água, porque se constitui de três quartos de água. Quando não há água, não há
vida, e sem vida nada existe. Yemanjá, a Guardiã do Ponto de Força da Natureza, o Mar, é a Orixá que
tem um dos maiores santuários. As pessoas que vivem onde há muita água são mais emotivas. Quem
vive à beira-mar absorve uma irradiação marinha muito forte. Isso o torna mais saudável, menos
suscetível a doenças do que quem vive distante do mar. A irradiação marinha, assim como a das matas, é
purificadora do nosso organismo. Do mar saem irradiações energéticas salinas que purificam o planeta e
energias magnéticas que imantam o globo terrestre, ou o mantém imantado. O mar é um santuário, um
altar aberto a todos e regido por nossa mãe Yemanjá, a Rainha do Mar, onde tudo é levado para ser
purificado e depois devolvido. Yemanjá, nossa mãe geradora, a mãe da vida, é em si mesma a qualidade
criativa e geradora de Olorum. Ela não é uma deusa, mas é um princípio criativo, doador da vida, que
gera a criatividade e a irradia de forma neutra a tudo que vive, dando-lhes a apacidade de se adaptar às
condições e meios mais adversos à vida. Também gera e irradia a qualidade genésica,concedendo a
tudo e a todos a condição de se fundir com coisas ou seres afins para multiplicar-se e repetir-se.
A energia salina cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes, irradia energias
purificadoras para o nosso organismo. O mar é o melhor irradiador de energias cristalinas; suas águas
são condutores naturais de energias elementais, que são concretizações puras de energia. O mar é
alimentador da vida. Esta é uma ação permanente. O homem não pode alterá-la e ela não depende do
homem para existir ou atuar. É um princípio divino e, como tal, age sobre tudo e todos. À beira-mar, sobre
o mar e dentro do mar existe um plano etéreo da vida que é habitado por muito mais seres que na face da
terra. A vida ali, atinge a casa das dezenas de bilhões de seres regidos pelo “principio” Yemanjá. O ponto
de força do mar, e sua Guardiã, não querem ser vistos apenas como objetos para adoração mística.
Querem não ser profanados por aqueles que trazem todos os vícios humanos em seu íntimo. Essas
pessoas maculam o mar com aquilo que têm de pior. Por isso o mar é tão fechado em seus mistérios
maiores, revelando apenas seus mistérios menores e, assim mesmo, parcialmente. É uma forma de
defesa de seus princípios sagrados. Yemanjá é a Mãe da vida e como tudo o que existe só existe porque
foi gerado, então, ela está na geração de tudo o que existe. Ela atua na geração dos seres, das criaturas
e das espécies. O amor maternal é uma característica marcante dessa divindade, mas, se Yemanjá é
uma mãe ciumenta dos seus filhos, também é uma mãe que não perdoa o erro daqueles que vão até seu
ponto de força na natureza, os mares para fazer o mal. Olhem para o mar e começarão a descobrir os
mistérios da Natureza. Descobrindo o seu encanto e magia, irão conhecer o outro lado da vida. Ao mar,
alimentador da vida, se dirigem milhares de espíritos após o desencarne, à procura de paz. Lá encontram
um campo vasto para viver em Paz. Simbolicamente, Mãe Yemanjá é representada com a estrela do mar,
que é a estrela da geração (vida).
A majestade dos mares, Senhora da calunga
grande (mar) também conhecida como Senhora
da Coroa Estrelada ou Janaina (do tupi-
africano) é a deusa do mar e protetora das
mães e das esposas, representando a mãe
que protege os filhos a qualquer custo, a mãe
de vários filhos, ou vários peixes. Adora cuidar
de crianças e animais domésticos.
Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e
personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos.
Num Terreiro, Iemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e
transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência;
proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo
não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe
para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou
Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo, portanto assim como Oxalá é o Pai
da Umbanda e Princípio Gerador Masculino, Iemanjá é a Grande Mãe da Umbanda que
ao juntar-se com Oxalá complementa-o com seu Princípio Gerador Feminino.
Desde então, adeptos do candomblé, turistas e devotos formam filas imensas para
colocar oferendas e pedidos nos balaios, que ficam na Casa do Peso. No fim da tarde,
um cortejo com 300 embarcações leva pa ra alto-mar os balaios, carregados de
presentes, pentes, espelhos, sabonetes, perfumes, flores e até jóias. Tudo o que possa
interessar a uma mulher vaidosa. Dizem os pescadores que, se os balaios não
afundarem, é sinal de que Iemanjá não os aceitou.
Instrumento: Abebé, um leque em forma circular prateado que pode trazer um espelho
no centro
Oferendas: Canjica branca, peixe, arroz-doce com mel, acaçá, pudim, manjar com calda
de ameixa ou de pêssego, mamão, graviola, uvas brancas, melancia, melão, água de
coco, mel, água salgada ou potável, champanhe clara e suco de suas próprias ervas e
frutos, rosas e palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.