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Curso de Fitoterapia Aplicada

Capítulo 2. Sistema respiratório

Índice
Índice ................................................................................................................ 1
Introdução......................................................................................................... 1
Eucalyptus globulus.......................................................................................... 2
Hedera helix ..................................................................................................... 4
Justicia pectoralis ............................................................................................. 6
Mikania laevigata e Mikania glomerata............................................................. 8
Sambucus nigra.............................................................................................. 10
Zingiber officinale ........................................................................................... 12
Curcuma longa ............................................................................................... 15
Cocos nucifera................................................................................................ 18
Echinacea purpurea ....................................................................................... 20
Própolis .......................................................................................................... 23
Glycyrrhiza glabra........................................................................................... 24
Pelargonium sidoides ..................................................................................... 26
Outras plantas úteis para o sistema respiratório ............................................ 27
Referências .................................................................................................... 28

Introdução
Para compreendermos a utilização de fitoterápicos na prevenção e tratamento
das doenças do sistema respiratório, é necessário recapitular brevemente alguns
conceitos:
1. Todas as doenças do aparelho respiratório têm em comum importante
reação inflamatória no pulmão e nas vias aéreas.
2. A asma é uma doença inflamatória crônica. Portanto, seu
tratamento a longo prazo sempre envolve uma droga anti-inflamatória.
3. Em crianças, o menor diâmetro das vias aéreas é responsável pela
maior incidência de sibilância do que em adultos.
4. Crianças com infecções de repetição frequentemente são
alérgicas. O controle da alergia deve resultar em redução das
infecções. Em caso de persistência das infecções, devem ser
investigadas para imunodeficiência primária ou secundária. Os sinais
de alerta são:
a. Duas ou mais pneumonias no último ano.
b. Quatro ou mais novas otites no último ano.
c. Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses.
d. Abcessos de repetição ou ectima.
e. Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite,
osteoartrite, septicemia).
f. Infecções intestinais de repetição / diarreia crônica / giardíase.
g. Asma grave, doença do colágeno ou doença auto-imune.
h. Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactéria.
i. Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada a
imunodeficiência.

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j. História familiar de imunodeficiência.


5. Uma criança normal apresenta em média 8 episódios de IVAS por
ano.
Baseados nos tópicos acima, o fitoterápico ideal para a prevenção e o
tratamento das doenças respiratórias deveria possuir as seguintes propriedades:
antioxidante, anti-inflamatória, antialérgica, mucolítica ou expectorante,
broncodilatadora, antisséptica ou antimicrobiana, e imunoestimulante.
As doenças do sistema respiratório que geralmente podem ser tratadas
usando medicamentos fitoterápicos são: infecções das vias aéreas superiores
(IVAS), sinusites, faringites, amigdalites, rinite alérgica, e asma.
A seguir, serão apresentadas algumas plantas medicinais com diferentes
combinações das propriedades acima, extremamente úteis na prevenção e no
tratamento das doenças do sistema respiratório.
Essas plantas em geral são ricas em óleos essenciais (antimicrobianos),
cumarina (broncodilatadora), e derivados fenólicos como flavonoides (antioxidantes).

Eucalyptus globulus


ESPÉCIE: Eucalyptus globulus Labill
SINONÍMIA BOTÂNICA: Eucalyptus gigantea Dehnh., Eucalyptus glauca A.Cunn.
ex DC., Eucalyptus globulosus St.-Lag., Eucalyptus maidenii subsp. globulus
(Labill.) J.B.Kirkp., Eucalyptus perfoliata Desf.
FAMÍLIA: Myrtaceae.
NOMES REGIONAIS: Eucalipto medicinal.
HISTÓRICO:
O centro de origem do eucalipto é a Austrália e foi descoberto pelos ingleses
em 1788. A disseminação de sementes de eucaliptos no mundo começou no início
do século XIX. Na América do Sul, o primeiro país a introduzir a espécie foi o Chile
em 1823 e, posteriormente, a Argentina e o Uruguai. Por volta de 1850, países como
Portugal, Espanha e Índia começaram a plantar o eucalipto. As primeiras mudas

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chegaram ao Brasil em 1868, sendo que a introdução do gênero tomou impulso no


início do século XX. Atualmente em Portugal o Eucalyptus globulus é a 3ª espécie
florestal mais representativa em termos de área ocupada e atende principalmente o
abastecimento da indústria de celulose. A origem do nome provém do grego “eu”=
bem, e “kalyptus”= coberto, e a palavra globulus deriva da forma arredondada dos
frutos.
PARTE UTILIZADA: Folhas adultas.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Óleo essencial: 1 a 3% 1,8-cineol (34,6%), limoneno (29,9%), p-cimeno
(10,5%), terpinene (7,4%), pineno (4,0%) e felandreno (2,4%);
• Outros: taninos (gálico e procatéquico); resina (eucaliptina e eucaliptrina) e
flavonoides (quercetina, campferol, rutina e eucaliptrina).
TROPISMO: Sistema respiratório.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Afecções das vias aéreas superiores
e inferiores.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antisséptica, anti-inflamatória, cicatrizante, antiparasitária,
antitussígena e antioxidante.
• Boca e ouvidos: antisséptica e anti-inflamatória.
• Pele e anexos: anti-inflamatória e cicatrizante.
• Sistema respiratório: antialérgica, antisséptica, anti-inflamatória e
antitussígena.
COMENTÁRIOS:
O cineol, isoladamente, possui propriedades antiespasmódicas,
secretolíticas, antissépticas e fungicidas, além de reduzir tensão superficial do
alvéolo e aumentar frequência ciliar em doses pequenas. Estimula receptores nasais
de frio.
Na Medicina Chinesa:
• Descongestiona energia estagnada no aparelho respiratório.
• Drenador da umidade e toxinas.
• É uma planta fria, que drena muco.
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 2,5 mL, 1–4 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia,
em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Óleo volátil em cápsulas – Uso oral: 100–200 mg, 2–5 x/dia (BRASIL, 2018).
• Infusão – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Modifica o metabolismo dos barbitúricos, acelerando a sua degradação.
Interfere no tratamento com hipoglicemiantes orais, diminuindo sua efetividade. Nos
quadros respiratórios, associar com cúrcuma (Curcuma longa), guaco (Mikania
laevigata) ou sabugueiro (Sambuccus nigra).
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Pode provocar broncoespasmo em pessoas sensíveis, especialmente em
bebês. Quanto maior a quantidade de cineol, maior a fototoxicidade. Contraindicada
nos casos de úlceras gástricas e gastrites. Doses elevadas de óleo essencial (acima

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de 3,5 mL) podem provocar epigastralgia, náuseas, vômitos, alterações auditivas,


sonolência, torpor, alterações neurológicas como alucinações e parestesias,
convulsões, fraqueza muscular, taquicardia, problemas respiratórios e hematúria.

Hedera helix

ESPÉCIE: Hedera helix L.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Hedera arborea var. variegata Hibberd, Hedera aurantiaca
(Hibberd) Carrière, Hedera baccifera G.Nicholson, Hedera chrysophylla
(Hibberd) Carrière, Hedera combwoodiana Carrière, Hedera communis Gray,
Hedera conglomerata (G.Nicholson) Carrière, Hedera cordata Carrière,
Hedera cordifolia G.Nicholson, Hedera digitata G.Nicholson, Hedera
diversifolia Stokes, Hedera donerailensis K.Koch, Hedera elegantissima
G.Nicholson, Hedera glimii G.Nicholson, Hedera gracilis (Hibberd) Carrière,
Hedera grandifolia G.Nicholson, Hedera humirepens Röhl., Hedera marginata
G.Nicholson, Hedera minor G.Nicholson, Hedera palmata (Paul) Carrière,
Hedera pennsylvanica G.Nicholson, Hedera purpurea Carrière, Hedera
willsiana G.Nicholson.
FAMÍLIA: Araliaceae.
NOMES REGIONAIS: Hera.
HISTÓRICO:
A planta possui histórico de uso de suas folhas e frutos como expectorante,
no tratamento de tosse e bronquites (Schmidt, Thomsen e Schmidt, 2012). No século
XVI, o herbalista britânico John Gerard recomendava a infusão das folhas de H. helix
para a lavagem dos olhos irritados.
PARTE UTILIZADA: Folhas.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Saponinas triterpênicas: Alfa-hederina, hederacosídeo C.
TROPISMO: Sistema respiratório.

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PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Tratamento sintomático de afecções


broncopulmonares inflamatórias agudas e crônicas onde haja aumento de
secreção e/ou broncoespasmo.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antisséptica, anti-inflamatória e antioxidante.
• Sistema respiratório: broncodilatadora, expectorante, mucolítica,
antisséptica, anti-inflamatória e antitussígena.
COMENTÁRIOS:
A H. helix causa estimulação beta-adrenérgica pela alfa-hederina,
transformando ATP em AMPc intracelular, aumentando a produção de surfactante
no epitélio pulmonar, diminuindo a viscosidade do muco, levando a uma ação
secretolítica. Na musculatura brônquica, leva a diminuição do cálcio intracelular,
relaxando a mesma e levando à broncodilatação (Sieben et al., 2009).
O xarope contendo H. helix foi eficaz e bem tolerado em pacientes (adultos e
crianças) com bronquite (Cwientzek, Ottillinger e Arenberger, 2011; Fazio, Pouso e
Dolinsky, 2009; Schmidt, Thomsen e Schmidt, 2012).
MODO DE USAR:
• Xarope do extrato seco padronizado (Abrilar®) – Uso oral: Criança menor
que 7 anos: 2,5 mL, 3 vezes ao dia; Criança maior que 7 anos: 5 mL, 3 vezes
ao dia; Adulto: 5 a 7,5 mL ao dia; duração de 7 a 10 dias.
• Pó Efervescente do extrato seco padronizado (Abrilar®) – Uso oral:
Adultos e crianças acima de 12 anos: um sachê com pó efervescente duas
vezes por dia (130 mg de extrato seco de Hedera helix).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes. Não deve ser administrado em caso de
hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Não se observam efeitos adversos em caso de ingestão simultânea com os
outros medicamentos. Portanto, pode ser administrado de forma segura com outros
medicamentos como, por exemplo, antibióticos.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Suas folhas podem causar dermatite de contato em algumas pessoas, através
de uma reação de hipersensibilidade tipo IV. Essas pessoas em geral são também
alérgicas a cenouras e outras plantas da família Apiaceae, devido à presença do
mesmo alérgeno, falcarinol.
A ingestão do medicamento pode provocar um ligeiro efeito laxante,
provavelmente vinculado à presença de sorbitol em sua fórmula. Não há evidências
de riscos à saúde ou reações adversas após o uso das doses recomendadas,
entretanto existe um potencial moderado, em indivíduos predispostos, para
sensibilização por contato cutâneo.

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Justicia pectoralis

ESPÉCIE: Justicia pectoralis Jacq.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Dianthera pectoralis (Jacq.) J.F.Gmel., Dianthera pectoralis
(Jacq.) Murray, Ecbolium pectorale (Jacq.) Kuntze, Justicia stuebelii Lindau,
Leptostachya pectoralis (Jacq.) Nees & Mart., Psacadocalymma pectorale
(Jacq.) Bremek., Rhytiglossa pectoralis (Jacq.) Nees, Stethoma pectoralis
(Jacq.) Raf.
FAMÍLIA: Acanthaceae.
NOMES REGIONAIS: Justícia e chambá.
HISTÓRICO:
É largamente utilizada como planta medicinal na América do Sul e também é
usado em rapés sagrados (feitos com as sementes de duas espécies de Virola,
ambas nativas da Amazônia) por ter aroma semelhante ao de baunilha. No nordeste
brasileiro o uso é consagrado no preparo do lambedor (xarope).
PARTE UTILIZADA: Folhas.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Óleo essencial;
• Ácido cafeico;
• Glicosídeos;
• Cumarina e umbeliferona;
• Beta-sitosterol;
• Lignanas (justicidina B);
• Betaína.
TROPISMO: Sistema respiratório.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Afecções das vias respiratórias
superiores e inferiores.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: anti-inflamatória, analgésica, antitérmica, espasmolítica e sudorífica.

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• Sistema digestório: analgésica e antiespasmódica.


• Sistema respiratório: expectorante, broncodilatadora e antitussígena.
COMENTÁRIOS:
O extrato hidroalcoólico de J. pectoralis (EHA) e seus principais constituintes,
cumarina (CM) e umbeliferona (UMB) foram estudados por possíveis atividades
analgésica e antiedema em modelos animais. CM e UMB demonstraram efeitos
analgésicos, e o pré-tratamento com naloxone não reverteu a analgesia, indicando
que o sistema opioide não está envolvido. Por outro lado, pré-tratamento com L-
arginina reverteu a analgesia causada pela UMB, sugerindo envolvimento da via do
óxido nítrico. CM e UMB apresentaram efeito antiedema significativo (Lino e Taveira,
1997). Essas propriedades foram confirmadas por outros pesquisadores (Leal et al.,
2000).
Justícia (Justicia pectoralis) é uma planta que se adapta mais para crianças
de personalidade fechada, enquanto a Macela (Achyrocline satureioides) para
crianças de personalidade aberta. Há pessoas que não se adaptam ao Guaco
(Mikania laevigata), podendo ter muita taquicardia. A justícia pode ser utilizada em
seu lugar, pois tem cumarinas, principal marcador ativo do Guaco.
A Justícia é bastante útil no paciente que acumula muco. Costuma ser eficaz
para pessoas que têm uma aparente fragilidade e que não descobriram o quanto
são fortes. Já o Guaco é para pessoas que precisam ser sustentadas
emocionalmente (o guaco é uma trepadeira que precisa de sustentação para se
desenvolver).
MODO DE USAR:
• Infusão – Uso oral: 5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011).
o Crianças de 3 a 7 anos: 35 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011).
o Crianças de 7 a 12 anos: 75 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011).
o Crianças acima de 12 anos: 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011).
o Maiores de 70 anos: 75 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011).
• Infusão – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Não há dados na literatura. Em geral, esta planta não deve ser usada em
associações (como nos xaropes compostos). Pode potencializar o efeito de
broncodilatadores.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Plantas dessecadas inadequadamente e contaminadas com fungos podem
provocar quadros hemorrágicos, pela transformação das cumarinas em dicumarol.

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Mikania laevigata e Mikania glomerata

ESPÉCIES: Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker e Mikania glomerata Spreng.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Não há.
FAMÍLIA: Asteraceae.
NOMES REGIONAIS: Guaco.
HISTÓRICO:
Planta nativa do Sul e Sudeste do Brasil, muito comum em matas litorâneas e
ciliares. É utilizada por povos andinos para combater acidentes ofídicos e no Brasil
desde 1927 para tratar doenças pulmonares.
As duas espécies conhecidas como guaco, M. laevigata e M. glomerata, são
usadas como medicamento, indistintamente, com as mesmas indicações, pois suas
composições químicas são muito semelhantes (Bolina, Garcia e Duarte, 2009;
Napimoga e Yatsuda, 2010).
PARTE UTILIZADA: Folhas.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Saponinas;
• Substâncias amargas (guacina);
• Óleos essenciais: mirceno, lupeol, cineol, borneol e eugenol;
• Cumarina (volátil, aroma de baunilha);
• Guacosídeo;
• Outros: taninos, resinas, estigmasterol, ácido caurenoico, ácido cinamoil-
grandiflórico, ácidos entkaur-16-eno-19-óico e namoilgrandiflórico, estigmast-
22-en-3-ol e flavonoides.
TROPISMO: Sistema respiratório.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Tosses produtivas e asma.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:

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• Geral: anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica, sudorífica, antitérmica,


antisséptica, desintoxicante, antiofídica, tônica e antialérgica.
• Boca: antisséptica e anti-inflamatória.
• Pele e anexos: cicatrizante, anti-inflamatória, antipruriginosa e antialérgica.
• Sistema circulatório: vasodilatadora periférica e anticoagulante.
• Sistema digestório: eupéptica e orexígena.
• Sistema osteoarticular: analgésica.
• Sistema respiratório: expectorante, broncodilatadora, descongestionante,
mucolítica, antialérgica suave e antisséptica das vias respiratórias.
• Sistema urinário: diurética.
COMENTÁRIOS:
A atividade broncodilatadora se dá porque a cumarina bloqueia os receptores
de acetilcolina, diminuindo a secreção brônquica e levando à broncodilatação. A
atividade expectorante se deve às saponinas, que quebram a camada de
fosfolípides da membrana e contribuem para fluidificar o muco. Possui atividade
bactericida contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Também é anti-
ulcerogênica, pois causa diminuição da secreção do suco gástrico pelo bloqueio dos
receptores de acetilcolina. É útil no tratamento de úlceras de pele e mucosas,
formando um filme protetor cicatrizante.
As atividades biológicas do guaco foram comprovadas por diversos ensaios
pré-clínicos e clínicos (Napimoga e Yatsuda, 2010). A atividade broncodilatadora foi
comprovada experimentalmente em brônquios humanos (Soares de Moura et al.,
2002).
Considerações: o guaco é uma trepadeira, precisa se escorar para crescer.
Cresce nas margens, sobe nas copas das árvores para captar luz. Cresce em solos
que foram degradados e os regenera. Indicada para indivíduos que precisam de
alguém para serem amparados, indivíduos desorganizados, que não se definem, e
indivíduos com patologias pulmonares úmidas, produtoras de muco.
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 1–3 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em
2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Tintura – Uso oral tópico: 40 gotas em meio copo de água, fazer bochechos
ou gargarejos 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Infusão (M. glomerata) ou decocção (M. laevigata) – Uso oral: 3 g em 150
mL, 2 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al.,
2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Infusão (M. glomerata) ou decocção (M. laevigata) – Uso oral tópico: 0,5 g
em 150 mL, fazer bochechos ou gargarejos 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Extrato padronizado – Uso oral: dose equivalente a 0,5 a 5 mg de cumarina
por dia (BRASIL, 2014).
• Xarope – Uso oral: 5 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2011).
o Uso pediátrico: 3–7 anos, 2,5 mL, 2 x/dia; 7–12 anos, 2,5 mL, 3 x/dia; > 12
anos, 5 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2011).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

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Pode ser associado ao Nasturtium officinalis (agrião), Plectranthus


amboinicus (malvariço) e à Mentha crispa (hortelã) em xaropes expectorantes. Para
efeito antiofídico, usar com Mandevilla spp (batata infalível) e Casearia sylvestris
(guaçatonga). Evitar uso concomitante desta planta com anticoagulantes, pois pode
potencializar o risco de hemorragias.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Alguns pacientes apresentam taquicardia, especialmente lactentes. Certas
cumarinas interferem na coagulação sanguínea (antagonismo da vitamina K), e o
uso prolongado do guaco, teoricamente pode causar hemorragias, embora na
prática clínica, isto não tenha sido constatado. É prudente evitar em doenças
hemorrágicas (deficiência de vitamina K, hepatopatias, alterações de plaquetas,
etc.). Evitar uso contínuo superior a 6 meses. Doses mais altas podem causar
vômitos e diarreia, além de provocar sintomas dispépticos.

Sambucus nigra

ESPÉCIES: Sambucus nigra L.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Sambucus pentagynia Larrañaga
FAMÍLIA: Caprifoliaceae.
NOMES REGIONAIS: Sabugueiro.
HISTÓRICO:
O gênero Sambucus está amplamente distribuído nas Américas, Europa e
Ásia. Existem registros de uso de várias espécies deste gênero na antiguidade,
principalmente para problemas respiratórios, como elixir da vitalidade, para doenças
dermatológicas, reumatismos e também como antitérmico e depurativo. O nome

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Sambucus advém do grego "sambuke" (flauta musical), pois na antiguidade os


galhos ocos eram usados para fabricação de flautas.
Nos EUA, os xaropes produzidos a partir dos frutos do S. nigra são
comercializados sem necessidade de receita médica para o alívio da tosse em
adultos e crianças.
PARTE UTILIZADA: Flores.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Óleos essenciais: linalol, nerol e geraniol;
• Flavonoides: rutina, isoquercetina, eldrina, kaempferol e astragalina;
• Outros: Taninos, mucilagens, ácidos polifenólicos (ácido clorogênico p-
cumarínico e cafeico), triterpênos (ácidos ursólico e oleanólico), traços de
glicosídeos cianogênicos (sambunigrina), resina, abundantes sais de
potássio, fitosterois e proteína (plastocinina).
TROPISMO: Sistema respiratório e imunológico.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Febre, processos alérgicos, doenças
exantemáticas e infecções das vias aéreas superiores.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: desintoxicante, anti-inflamatória, cicatrizante, antitérmica, diaforética,
antialérgica, antisséptica e antiviral.
• Boca: anti-inflamatória e antisséptica.
• Pele e Anexos: cicatrizante, anti-histamínica, emoliente e anti-inflamatória.
• Sistema circulatório: tônica vascular.
• Sistema digestório: laxativa, anti-hemorroidária e hepatoprotetora.
• Sistema imunológico: imunoestimulante.
• Sistema nervoso: analgésica nas nevralgias, sedativa suave, analgésica nas
cefaleias vasculares, hipnótica e anticonvulsivante.
• Sistema reprodutor: galactógena.
• Sistema respiratório: sudorífica, anti-inflamatória, antiespasmódica,
descongestionante nasal, expectorante e antialérgica.
• Sistema urinário: diurética.
COMENTÁRIOS:
Em um estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo,
envolvendo 60 pacientes adultos com sintomas de infecção pelo Influenza por 48
horas ou menos, a administração de xarope dos frutos de S. nigra por 5 dias resultou
na redução dos sintomas e melhora até 4 dias antes dos pacientes que tomaram
placebo. Além disso, os pacientes que receberam o xarope de S. nigra usaram
menos medicações sintomáticas (analgésicos e sprays nasais) (Zakay-Rones et al.,
2004).
Algumas considerações: a planta é ideal para pessoas com “energia fria” que
ficam suando com frequência. Na Medicina Chinesa, reduz calor e água: refrescante.
É uma planta que “limpa” todo o organismo, regulando metabolismo.
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 10–25 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia,
em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Infusão – Uso oral: 3 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em
150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017b).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017b).

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Farmácia da Natureza

• Infusão – Uso externo: 0,5 g em 150 mL, fazer bochechos ou gargarejos 2–3
x/dia (Pereira et al., 2017b).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Nos quadros respiratórios congestivos e alérgicos associar Sambucus com
açafrão (Curcuma longa), hydrastis (Hydrastis cannadensis) ou mil-folhas (Achillea
millefolium).
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Os frutos verdes são extremamente tóxicos, causam náuseas, vômitos e
diarreia quando ingeridos. Entretanto, os frutos maduros e as folhas são
considerados seguros e classificados como complemento alimentar. O uso
prolongado do sabugueiro pode induzir à hipocalemia. Pode diminuir a produção de
leite materno nas lactantes. Testes de toxicidade agudos não mostraram alterações
eletroencefalográficas, eletrocardiográficas, respiratórias, e nem dos níveis
glicêmicos.

Zingiber officinale

ESPÉCIES: Zingiber officinale Roscoe.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Amomum zingiber L., Amomum zinziba Hill, Curcuma
longifolia Wall., Zingiber cholmondeleyi (F.M.Bailey) K.Schum., Zingiber majus
Rumph., Zingiber missionis Wall., Zingiber sichuanense Z.Y.Zhu, S.L.Zhang &
S.X.Chen.
FAMÍLIA: Zingiberaceae.
NOMES REGIONAIS: Gengibre.
HISTÓRICO:

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Farmácia da Natureza

A primeira descrição de uso do gengibre data de 551-479 a.C., por Confúcio,


na China, e em todo oriente tem sido utilizado há mais de 2.000 anos. Nos séculos
XII a XIV era tão popular na Europa quanto a pimenta-do-reino. Nesta época os
árabes também utilizavam a planta como expectorante e afrodisíaco. Foi introduzido
na América logo após o descobrimento, sendo que os primeiros relatos comentam
que inicialmente foi cultivado no México. No Brasil, acredita-se que a introdução do
gengibre deu-se durante a invasão holandesa, em função da permuta de plantas
existentes entre os dois países naquela época.
PARTE UTILIZADA: Rizomas.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Óleos essenciais (até 4%): citral, cineol, zingibereno, ß bisaboleno, geraniol,
acetato de geranila, gingerois (sabor picante), zingiberol, ß-felandreno,
borneol, linalol, zingerona, canfeno (8%), pineno (2%), calameneno, mirceno,
a-anforfeno, ß-cariofileno, ß-elemeno, ß-ilangeno, germacreno, ß-farneseno,
ß-eudesmol, sesquisabineno, folueno, undecano, dodecano, aldeídos butanal,
pentanal, cetonas heptanonas e criptona;
• Princípios picantes: gingerois; gingerdiona; dihidrogingerdiona;
isogingerenona e fenilalacananona;
• Outros: Minerais (Mg, Ca, P, Fe, K); princípios amargos; ácidos orgânicos;
vitaminas (Vit A., ácido nicotínico); resina e zingibaína (enzima proteolítica).
TROPISMO: Sistema respiratório e digestório.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Broncoespasmos, tosses produtivas,
asma, infecções das vias aéreas superiores, dispepsias, labirintoses e
zumbidos.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antimicrobiana, anti-inflamatória, antitrombótica, desintoxicante,
antioxidante e sudorífica.
• Sistema circulatório: tônica, hipertensora leve, hipolipemiante, inotrópica e
cronotrópica positiva, tônica da circulação periférica e antiagregante
plaquetária.
• Sistema digestório: estomáquica, sialagoga, carminativa, antiemética,
antisséptica, eupéptica, antiespasmódica, colagoga e colerética.
• Sistema endócrino: hipoglicemiante.
• Sistema nervoso: tônica, analgésica na enxaqueca, antidepressiva,
reguladora do sono e anticonvulsivante.
• Sistema osteoarticular: anti-inflamatória.
• Sistema reprodutor: reguladora menstrual e antiemética após o 1º trimestre
da gestação.
• Sistema respiratório: descongestionante, mucolítica, broncodilatadora e
antitussígena.
COMENTÁRIOS:
Em um modelo animal de asma, a administração de um extrato aquoso de
gengibre, enriquecido com gingerois, reduziu o recrutamento de eosinófilos para os
pulmões e supressão da resposta Th2 ao alérgeno, com redução dos níveis de IL-4,
IL-5, IFN-γ e IgE no soro (Ahui et al., 2008). Em estudo semelhante, a administração
do extrato metanólico de gengibre reduziu a constricção brônquica induzida por
acetilcolina, através da modulação da sinalização do cálcio intracelular, de maneira
semelhante ao verapamil (bloqueador dos canais de cálcio), possivelmente através
do bloqueio dos canais de cálcio da membrana plasmática (Ghayur, Gilani e
Janssen, 2008).

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Farmácia da Natureza

As propriedades antitussígenas do gengibre são comparáveis às dos


derivados codeínicos. Na alergia respiratória, atua como anti-histamínico. Nos
processos inflamatórios das vias aéreas, possui ação anti-inflamatória por inibição
da produção de prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos.
Propriedades organolépticas: picante, aromático, quente.
Na Medicina Chinesa:
• Elimina o frio do exterior por sudorificação (especificamente se o frio
está penetrando no pulmão causando tosse com expectoração
branca).
• Elimina o vento frio e aquece o pulmão.
• É um tônico excelente para o pulmão (situações crônicas e agudas).
Reduz edema e muco.
MODO DE USAR:
• Infusão – Uso oral: 0,5 a 1 g em 150 mL, 2–4 x/dia (BRASIL, 2016).
• Decocção – Uso oral: 1 g em 150 mL, 3–4 x/dia (Pereira et al., 2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Tintura – Uso oral: 2,5 mL, 1–3 x/dia (BRASIL, 2016, 2018); ou 1,5–3 mL por
dia (BRASIL, 2016); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Droga vegetal – Uso oral: para cinetose, 0,5 g, 2–4 x/dia; para dispepsia, 2–4
g por dose (BRASIL, 2016); para náuseas e vômitos durante a gravidez, 1–2 g
por dose (equivalente a 8 a 16 mg de gingerois na droga vegetal) (BRASIL,
2014).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Potencializa o efeito das plantas ditas expectorantes como guaco (Mikania
laevigata), agrião (Nasturtium officinale), assa-peixe (Vernonia polyanthes) e hortelã
(Mentha crispa). Evitar uso concomitante com anticoagulantes, pois pode aumentar
o risco de sangramentos. O uso concomitante com hipoglicemiantes pode resultar
em hipoglicemia, devendo ser acompanhado por um especialista. Nos quadros de
hipersecreção respiratória associar com guaco (Mikania laevigata) e alcaçuz
(Glycyrrhiza glabra).
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não utilizar como antiemético durante gravidez até o terceiro mês de
gestação (embora não haja evidências na literatura de que esta planta cause danos
ao feto ou à mãe). Alguns profissionais da área usam até 1 g do pó do gengibre para
hiperemese gravídica com sucesso. Evitar em quadros de obstrução das vias
biliares. Evitar em pacientes com sudorese excessiva, pois pode aumentar a
transpiração (nestes casos é melhor o uso de noz moscada (Myristica fragans).
Doses muito elevadas podem causar arritmias e depressão do sistema nervoso.
Evitar nos casos de hipertensão arterial grave. Alguns pacientes podem apresentar
irritação gástrica e vesical, dependendo da dose utilizada, e em doses mais elevadas
pode provocar cólicas digestivas, hipotensão arterial e tonturas. Em doses elevadas
mostrou-se danosa para o fígado em animais.

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Farmácia da Natureza

Curcuma longa


ESPÉCIE: Curcuma longa L.
SINONÍMIA BOTÂNICA: Amomum curcuma Jacq, Curcuma domestica Valeton,
Stissera curcuma Raeusch.
FAMÍLIA: Zingiberaceae.
NOMES REGIONAIS: Açafrão-da-terra, falso açafrão, cúrcuma e açafroa.
HISTÓRICO:
Planta originária da Índia e Sudeste Asiático, foi trazida para o Brasil há mais
de 3 séculos, sendo amplamente cultivada para finalidade alimentar ou condimentar.
Na época do Brasil colônia, os bandeirantes saíam à procura de pedras preciosas
pelos rincões brasileiros e para demarcar as regiões já garimpadas plantavam
alguns rizomas de cúrcuma. Assim, esta planta se difundiu por várias regiões do
interior brasileiro, sendo intensivamente utilizada pelos índios como medicamento,
para pintar a pele e como corante de alimento.
PARTE UTILIZADA: Rizomas.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Curcuminoides ou corantes: curcuminas I e III, dicafeilmetano,
dihidrocurcumina, desmetoxi-curcumina, caferuilmetano, carotenoides e
ciclocurcumina;
• Óleos essenciais: cineol, borneol, limoneno, d-sabineno, ácido caprílico,
eugenol, curcumenol, felandreno, curcumenona, linalol, zingibereno,
bisabolano, guayano, germacrano e alfa-atlantona;
• Lactonas sesquiterpênicas turmerona e arturmerona;
• Saponinas;
• Vitaminas: carotenoides, tiamina, riboflavina, niacina e vitamina C.
TROPISMO: Sistema imunológico, circulatório e endócrino.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Processos inflamatórios e alérgicos
em geral, doença coronariana, hipertensão arterial, miocardiopatia
hipertrófica, aterosclerose e dislipidemias.

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Farmácia da Natureza

AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: anti-inflamatória, antimicrobiana e antifúngica, antioxidante e
antialérgica.
• Pele e anexos: anti-inflamatória, antialérgica e cicatrizante.
• Sistema cardiocirculatório: antitrombótica, antiagregante plaquetária,
discretamente hipotensora, hipolipemiante, revine e atenua isquemia, necrose
e hipertrofia miocárdica, e mantém a homeostase do cálcio.
• Sistema digestório: colerética e colagoga, eupéptica, hepatoprotetora,
carminativa, antiespasmódica e anti-inflamatória do cólon.
• Sistema endócrino: hipoglicemiante no diabetes tipo II.
• Sistema imunológico: imunomoduladora e antialérgica.
• Sistema osteoarticular: anti-inflamatória.
• Sistema reprodutor: emenagoga e analgésica nas dismenorreias.
• Sistema respiratório: anti-inflamatória e antialérgica.
COMENTÁRIOS:
Os curcuminoides, dos quais a curcumina é a principal representante, são os
responsáveis pela coloração amarelada dos rizomas da planta, e provavelmente os
maiores responsáveis pela atividade biológica. A curcumina é uma das moléculas
mais estudadas atualmente, e possui ampla variedade de atividades biológicas
(Chattopadhyay et al., 2004; Srivastava e Mehta, 2009). Sua atividade anti-
inflamatória ocorre por dois mecanismos diferentes: inibição da ativação do fator
nuclear kappa-B (mesmo mecanismo dos corticosteroides), inibição da ciclo-
oxigenase 2 (COX-2) e da lipo-oxigenase (mesmo mecanismo dos anti-inflamatórios
não-esteroidais), inibição da enzima óxido nítrico sintetase induzível (iNOS), inibição
da produção de citocinas inflamatórias TNF-alfa, IL-1, IL-2, IL-6, IL-8 e IL-12, inibição
da proteína quimioatrativa de monócitos (MCP), entre outros (Chattopadhyay et al.,
2004; Jagetia e Aggarwal, 2007; Jurenka, 2009).
Estudos em animais e humanos mostram que a absorção da curcumina é
baixa, devido à sua baixa solubilidade em água, e seu metabolismo, no fígado,
também é rápido, resultando em baixa biodisponibilidade (Jurenka, 2009). A
administração concomitante com piperina, um composto extraído da pimenta-do-
reino (Piper nigrum), aumenta em até 20 vezes a biodisponibilidade da curcumina.
Existe também um produto comercial (Meriva®) que contém curcumina ligada à
fosfatidilcolina, o que aumenta a biodisponibilidade da curcumina por integrar-se
mais facilmente às membranas plasmáticas. Um outro extrato padronizado,
chamado BCM-95®, possui absorção de 96% da curcumina, atingindo
concentrações plasmáticas terapêuticas mais rapidamente e mantendo essas
concentrações por mais tempo. Os pesquisadores conseguiram este efeito usando
uma estratégia simples: “voltando às raízes.” Ao invés de focar na purificação da
curcumina, os eles reincorporaram no extrato compostos originalmente presentes
nos rizomas da C. longa, que são removidos durante os processos de extração e
purificação. Em suma, o aumento da biodisponibilidade se dá devido ao sinergismo
inerente dos compostos naturais presentes nos rizomas da C. longa (Kiefer, 2007).
Este é o efeito do fitocomplexo.
Um estudo comparou a administração de curcumina (2000 mg/dia) ou placebo
a adultos com asma, e não encontrou diferenças significativas em relação a
parâmetros clínicos e laboratoriais (Kim, Phillips e Lockey, 2011). Isto pode ser
explicado pela baixa biodisponibilidade da curcumina pura. Em um estudo, ainda
não publicado, de nosso grupo, a administração da droga vegetal de C. longa a
crianças e adolescentes com asma, em adição ao tratamento convencional, resultou

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Farmácia da Natureza

em redução do uso de β-agonista de curta duração, redução dos sintomas, melhora


do controle da doença, e melhora da limitação a atividades físicas, sem, no entanto,
reduzir os episódios de despertar noturno.
A curcumina é capaz de aliviar os sintomas da asma, provavelmente através
da redução da produção linfocitária de IL-2, IL-5, GM-CSF, e IL-4 (Jagetia e
Aggarwal, 2007). A curcumina é capaz de prevenir ou atenuar a crise de
broncoespasmo provocada por metacolina em camundongos asmáticos, através da
redução da redução da migração de eosinófilos e produção local de citocinas
(Karaman et al., 2012; Oh et al., 2011; Ram, Das e Ghosh, 2003).
MODO DE USAR:
• Droga vegetal – Uso oral: 1 cápsula de 350–400 mg ou 1 colher de café do
pó, 1–2 x/dia (Pereira et al., 2014) ou 1,5–3,0 g por dia (Micromedex
[Internet], 2017).
o Uso pediátrico: 1 colher de café do pó, na comida, em 1–3 x/dia.
• Decocção – Uso oral: 1,5 g em 150 mL, 2 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em
150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Tintura – Uso oral: 0,1–1,5 mL (como antidispéptico) ou 1–3 mL (como anti-
inflamatório), 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia
(Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 1–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Pomada, creme ou gel – Uso tópico: aplicar na área afetada, 2–3 x/dia
(Pereira et al., 2014).
• Extrato fluido – Uso oral: 10–30 gotas, 3 x/dia (Micromedex [Internet], 2017).
o Uso pediátrico: 0,1–0,3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia.
• Extrato seco – Uso oral: 80–160 mg/dia (extrato etanólico 13-25:1 com etanol
a 96%), em 2–4 x/dia, ou 100–120 mg/dia (extrato etanólico 5,5-6,5:1 com
etanol a 50%), em 2 x/dia (BRASIL, 2018).
• Extrato seco etílico (75 a 85% de curcuminoides) – Uso oral: 1 cápsula de
670 mg, 3 x/dia após as refeições (BRASIL, 2018).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Incompatível com Aconitum spp. Evitar uso concomitante com
anticoagulantes e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de sangramentos.
Pode diminuir a ação de imunossupressores, quando usados concomitantemente.
Nos casos de sinusite, associar com batata infalível (Mandevilla velutina). Nos casos
de rinites, associar com sabugueiro (Sambuccus spp), eucalipto (Eucalyptus
globulus) e guaco (Mikania laevigata).
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não usar em crianças menores que dois anos, exceto na forma diluída.
Potencializa efeito dos anticoagulantes, e pode provocar hemorragias em doses
elevadas. Contraindicado nos casos de obstrução das vias biliares e doenças
hemorrágicas. Em doses elevadas pode aumentar a secreção gástrica e agravar
quadros de doença péptica.

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Farmácia da Natureza

Cocos nucifera

ESPÉCIE: Cocos nucifera L.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Calappa nucifera (L.) Kuntze, Cocos indica Royle, Cocos
nana Griff.
FAMÍLIA: Arecaceae.
NOMES REGIONAIS: Coco-da-baía e coqueiro comum.
HISTÓRICO:
É originária da costa oriental da América do Sul, incluindo a costa norte e
nordeste do Brasil, sendo também comum no sudeste asiático e sul do Pacífico
(LORENZI; MATOS, 2008). Espalhou-se pelo mundo pelos oceanos, pois seu fruto
flutua na água e é carregado pelas correntes marítimas.
Tradicionalmente, seu óleo tem sido utilizado como cicatrizante de feridas e
infecções cutâneas na África. Na América Central tem sido usada para tratamento
de resfriados e amigdalites. No sudeste Asiático, para cáries dentárias. Indígenas
usam seu óleo para tratamento de disúria, tosse e bronquite (Lorenzi e Matos, 2008).
PARTE UTILIZADA: Mesocarpo do fruto verde.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Óleos graxos (45 a 50% de ácido láurico, 13 a 20% de ácido mirístico, 7 a
10% ácido palmítico, 5 a 10% de ácido caprílico)
• Ácidos graxos livres (3 a 5%)
• Delta-lactonas de ácidos graxos 5-hidroxilados (particularmente delta-
octalactona).
• Frutos: grande quantidade de flavonoides.
TROPISMO: Sistema imunológico.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Infecções virais, principalmente
respiratórias e herpes zoster.

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Farmácia da Natureza

AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antiviral inespecífica.
• Sistema imunológico: imunoestimulante.
COMENTÁRIOS:
O C. nucifera é uma fonte de vários componentes químicos, os quais são
responsáveis pelas diversas atividades desta planta. Recentemente, pesquisas têm
confirmado muitos efeitos benéficos dos produtos do C. nucifera (DebMandal e
Mandal, 2011). A ação antiviral, atribuída ao monoláurico (o monoglicerídeo do ácido
láurico), é de solubilizar os lipídeos e fosfolípides dos envelopes dos patógenos,
causando a desintegração de suas membranas (Arora et al., 2011). Há também
evidências de que o ácido monoláurico interfira nos sinais de transdução e de que o
efeito antimicrobiano nos vírus seja através da interferência com a montagem e
maturação viral (Hornung, Amtmann e Sauer, 1994; Projan et al., 1994). O extrato
bruto e uma de suas frações, rica em catequinas, mostrou atividade inibitória sobre o
vírus herpes simples tipo 1 aciclovir-resistente (HSV-1-ACVr). Sua atividade antiviral
tem sido atribuída a uma interferência na adsorção viral à célula e não na
penetração viral. A atividade antiviral foi observada quando as células foram tratadas
com os extratos de C. nucifera antes da infecção viral, além de os extratos serem
capazes de inativar os vírus extracelulares (efeito virucida) (Esquenazi et al., 2002).
Diversas outras atividades biológicas foram demonstradas para o extrato de
C. nucifera, incluindo leishmanicida (Mendonça-Filho et al., 2004), antiproliferativa na
leucemia (Kirszberg et al., 2003), vasorrelaxante e anti-hipertensiva (Bankar et al.,
2011), imunomoduladora, entre outras.
Quanto à segurança, estudos em animais mostraram que extratos de C.
nucifera apresentam baixa toxicidade, tanto aguda quanto cronicamente (Costa e
Bevilaqua, 2011). Estudos in vivo demonstraram que extrato de C. nucifera tem
baixa toxicidade e que não induz reações dérmicas ou oculares (Alviano et al.,
2004).
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água (Pereira et
al., 2014).
• Decocção a 5% – Uso oral: 10 mL/kg/dia, em 3–4 x/dia (Pereira et al.,
2017a).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Não há dados na literatura. Nos quadros de infecção viral, a associação com
Echinacea purpurea é muito efetiva.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não há dados na literatura.

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Farmácia da Natureza

Echinacea purpurea

ESPÉCIE: Echinacea purpurea (L.) Moench


SINONÍMIA BOTÂNICA: Brauneria purpurea (L.) Britton, Echinacea intermedia
Lindl. ex Paxton, Echinacea serotina (Sweet) D.Don ex G.Don f., Echinacea
speciosa (Wender.) Paxton, Helichroa purpurea (L.) Raf., Rudbeckia purpurea
L.
FAMÍLIA: Asteraceae.
NOMES REGIONAIS: Equinácea.
HISTÓRICO:
O termo Equinacea vem do grego e significa ouriço, em alusão à forma
pontiaguda das brácteas. Era utilizada pelos índios nativos americanos, que a
chamavam de ek-ih-nay-see-uh, para tratar ou prevenir doenças infecciosas e
tumorais, e também para neutralizar os efeitos tóxicos de mordidas de serpentes ou
animais venenosos. Os índios Sioux foram os primeiros que reconheceram na
equinácea seu uso como antídoto contra a raiva, muito tempo antes de Pasteur. Os
nativos Meskwakis utilizavam a raiz ralada como antiespasmódico e os Cheyennes a
mastigavam como parte do ritual da Dança do Sol. Nas culturas indígenas e dos
primeiros colonizadores americanos, a planta era fumada para combater cefaleias
(dores de cabeça), sendo sua fumaça soprada nas narinas de cavalos enraivecidos
com a finalidade de acalmá-los. Os feiticeiros lavavam as mãos com o suco de
equinácea antes de mergulhá-las em água fervente. Índios da tribo Winnebago
utilizavam a equinácea antes de colocar um carvão em brasa na boca. A raiz
mastigada era utilizada, também, para as dores de dentes, aumento de gânglios,
como na caxumba e seu suco era aplicado sobre queimaduras e feridas. Foi
introduzida na Inglaterra em 1699 tendo sido indicada como remédio para quadros

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Farmácia da Natureza

gripais e resfriados. Em 1890, a Lloyd Brothers tornou-se a primeira companhia


norte-americana a exportar a equinácea para o mercado europeu. No final daquele
século, a Farmacopeia Norte-americana considerou a tintura de equinácea um
medicamento imunomodulador.
As principais espécies de Echinacea tradicionalmente usadas com finalidade
medicinal são a E. purpurea, a E. pallida e a E. angustifolia. Estas espécies são
usadas para o tratamento de infecções, e hoje os produtos derivados desta planta
estão entre os fitoterápicos mais vendidos mundialmente (Barnes et al., 2005).
Podem ser usadas indistintamente como medicamento, apesar de haver pequenas
diferenças em sua constituição química. No Brasil, a espécie mais encontrada é a E.
purpurea.
PARTE UTILIZADA: Planta toda.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Glicosídeos do ácido fenilcarbônico: equinaceína, cinarina e equinacosídeo,
este último é constituído de glicose, raminose, ácido cafeico e
benzocatequina-etl-alccol;
• Alquilamidas ou alcamidas;
• Derivados do ácido chicórico (em todas as partes);
• Alcaloides pirrolizidínicos em baixas doses;
• Traços de tussilagina e isotussilagina;
• Polissacarídeos e poliacetilenos (arabinogalactanos);
• Outros: Equinolona, betaína, fitoesteróis (beta-sitosterol e estigmasterol),
óleos essenciais (1%) (humuleno, burnilacetato, germacreno D, cariofileno,
campferol), isobutilamidas (abundante tanto nas raízes como partes aéreas);
inulina – 7%; minerais (zinco e enxofre); vitaminas (tiamina, riboflavina, A, C,
E); ácidos orgânicos (verbascólico, clorogênico e derivados, cafeoil-etílico),
ácidos graxos; flavonoides (quercitina e rutina) e taninos.
TROPISMO: Sistema imunológico.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Infecções de repetição,
imunodeficiências secundárias e alergias em geral.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antisséptica, antifúngica, antiviral, febrífuga, desintoxicante, anti-
inflamatória e antialérgica suave.
• Boca: analgésica e anti-inflamatória tópica.
• Pele e anexos: antisséptica e cicatrizante.
• Sistema imunológico: antialérgica, imunomoduladora e antiviral.
• Sistema respiratório: antialérgica e antigripal.
• Sistema urinário: antisséptica das vias urinárias.
COMENTÁRIOS:
A Echinacea é um dos medicamentos fitoterápicos mais vendidos no mundo
todo. O interesse moderno pela Echinacea deve-se às suas propriedades
imunomoduladoras, particularmente na prevenção e tratamento das infecções das
vias respiratórias superiores (IVAS). Essas propriedades já foram confirmadas por
alguns ensaios clínicos de boa qualidade (Barnes et al., 2005; Shah et al., 2007).
A atividade imunoestimulante da equinácea é dada pelas aminas lipofílicas
(alquilaminas) e pelos derivados do ácido cafeico polares (por exemplo, o ácido
chicórico). Esses compostos estimulam a fagocitose dos macrófagos e aumentam a
mobilidade dos leucócitos. Os arabinogalactanos estimulam a produção de TNF, IL-1
e interferon beta 2 (ação virustática).

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Farmácia da Natureza

A atividade anti-inflamatória e analgésica se dão pela ação das alquilaminas.


Além disto, a equinácea possui atividades bacterostáticas e fungostáticas. Vários
vírus são inibidos na sua replicação pela ação da equinácea: influenza (Fusco et al.,
2010; Pleschka et al., 2009), herpes (Binns et al., 2002) e da estomatite.
Deve-se tomar cuidado com produtos comercializados pois podem não ser de
boa qualidade.
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 1–2 mL, 2–3 x/dia (E. angustifolia), ou 3 mL, 3 x/dia (E.
purpurea) (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al.,
2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Infusão (planta toda) – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al.,
2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Decocção (raízes) – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al.,
2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Extrato seco – Uso oral: 250 mg, 1–3 x/dia (equivalente a 10–30 mg de ácido
chicórico por dia) (BRASIL, 2016).
• Extrato seco (5,5 – 7.5:1) – Uso oral: comprimidos de 30 mg, 6-9
comprimidos por dia (equivalente a 200 mg de droga vegetal) (BRASIL, 2016).
• Droga vegetal (raízes) – Uso oral: 2 cápsulas, 3 x/dia (BRASIL, 2016).
• Sumo liofilizado da planta inteira – Uso oral: 1 cápsula contém o
equivalente a 3 mL do sumo fresco, tomar 1 cápsula, 2–3 x/dia (BRASIL,
2018).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes. Não utilizar por período superior a quinze dias.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Evitar uso concomitante com hormônios anabolizantes e esteroidais,
amiodarona, metotrexato, corticoides e outros imunosupressores.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Doses elevadas podem causar náuseas, vertigens, irritação da faringe,
hepatite, asma e sialorreia. Evitar uso por período maior que 60 dias, pois pode
favorecer o aparecimento de nódulos subcutâneos dolorosos. Evitar uso, segundo
orientação da Comissão E, nas doenças autoimunes (lúpus eritematosos sistêmico,
e outras colagenoses) ou progressivas (esclerose múltipla, diabetes, HIV,
tuberculose), até que se tenha estudos que garantam segurança nestes casos.
Doses altas por tempo prolongado (acima de 2 meses de tratamento) podem
provocar excessiva estimulação ou até supressão imunológica (efeitos paradoxais).
Estudos em animais, utilizando grandes doses de Echinacea spp não demonstraram
efeitos tóxicos significativos. Os alcaloides pirrolizidínicos encontrados nesta planta
são destituídos de efeitos hepatotóxicos pela inexistência do sistema cíclico necina
1,2 insaturado. Há mínima chance de mutagenicidade pelos estudos feitos com
equinácea, com inocuidade genética em doses acima de 500 mg/kg.

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Farmácia da Natureza

Própolis

ESPÉCIE E FAMÍLIA: Não se aplica.


HISTÓRICO:
A palavra própolis deriva do grego Pro = a favor, e Polis = cidade. A própolis
concentra os constituintes das resinas de vários tipos de plantas, coletada e
trabalhada pelas abelhas. As abelhas carregam a própolis em suas patas traseiras
para suas colmeias onde é combinada com uma cera produzida pelas abelhas. As
resinas são misturadas às enzimas salivares das abelhas, para uma pré-digestão
parcial, para depois serem usadas. Esse material produzido pelas abelhas operárias
é usado como um selante e esterilizador da colmeia. Esta combinação tem
propriedades bactericidas e fungicidas que servem para proteger a colmeia contra
doenças e agentes climáticos.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
Mais de 300 compostos diferentes foram identificados até agora na própolis.
Possui grande conteúdo em enzimas (amilases, catepsinas, lipases, tripsinas,
estepsinas), 38 tipos de flavonoides, minerais (ferro e zinco os mais comuns),
vitaminas, resinas e bálsamos vegetais (50%), gamaglobulinas, óleo essencial 10%,
pólen 5%, hidroquinona, ácido cafeico e seus ésteres, aminoácidos (arginina e
prolina) etc.
TROPISMO: Sistema imunológico.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Infecções bacterianas das vias
aéreas superiores.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antimicrobiana, anti-inflamatória, imunomoduladora, antioxidante e
antitumoral.
COMENTÁRIOS:
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 0,5–1 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água (Pereira
et al., 2014).
ADVERTÊNCIAS:

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Farmácia da Natureza

Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado


para gestantes e lactantes. Deve ser evitado em pessoas com alergia a pólen, mel,
abelhas ou picadas de abelhas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Não há dados na literatura.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não há dados na literatura.

Glycyrrhiza glabra

ESPÉCIE: Glycyrrhiza glabra L.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Glycyrrhiza brachycarpa Boiss., Glycyrrhiza glandulifera
Waldst. & Kit., Glycyrrhiza hirsuta Pall., Glycyrrhiza pallida Boiss. & Noe,
Glycyrrhiza pallida Boiss., Glycyrrhiza violacea Boiss. & Noe.
FAMÍLIA: Fabaceae.
NOMES REGIONAIS: Alcaçuz.
HISTÓRICO:
Esta planta é nativa do sul da Europa, Índia e partes da Ásia. É fonte de
compostos que dão sabor aos alimentos. Seu nome em inglês, liquorice ou licorice,
deriva do grego e significa “raiz doce.”
PARTE UTILIZADA: Raízes.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Ácidos glicirretínico, glicirrízico e uralênico;
• Cumarinas;
• Glicirrizina (30–50 vezes mais doce que açúcar);
• Glicosídeos;
• Isoliquiritigenina, isoliquiritina, licoricona, liquiritigenina, liquiritina;
• Óleo essencial (anetol);
• Saponinas;
• Taninos;
• Triterpenos.
TROPISMO: Sistema respiratório.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Afecções inflamatórias das vias
aéreas superiores e inferiores.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:

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Farmácia da Natureza

• Geral: anti-inflamatória, antimicrobiana, antioxidante, antisséptica, antitumoral


e tônica.
• Sistema respiratório: anti-inflamatória, expectorante e antimicrobiana.
• Sistema digestório: antiespasmódica e laxativa.
• Sistema urinário: diurética.
COMENTÁRIOS:
O alcaçuz é extensamente usado na fabricação de xaropes e outros
medicamentos para tosse nos países da América do Norte e da Europa.
MODO DE USAR:
• Droga vegetal – Uso oral: 5–15 g/dia (correspondendo a 200–800 mg de
glicirrizina) por, no máximo, 4–6 semanas (WHO, 1999).
• Extrato seco da raiz – Uso oral: para dispepsia, 1 cápsula contém o
equivalente a 32 mg de extrato mole, tomar 1 cápsula, 2–3 x/dia (BRASIL,
2018); para tosse, 1 cápsula contém o equivalente a 1,2–1,5 g de extrato
mole, tomar 1 cápsula, 3–4 x/dia (BRASIL, 2018).
• Xarope – Uso oral: conforme orientações em bulas de produtos
industrializados.
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes. Não deve ser usado por pessoas portadoras de
hipertensão arterial ou de cardiopatias congênitas ou adquiridas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Pode potencializar a atividade de corticosteroides, e pode reduzir a eficácia
de medicamentos anti-hipertensivos.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Tem atividade corticosteroide, porque os compostos glicirrizina e enoxolona
inibem a degradação do cortisol, podendo levar a edema, hipocalemia, ganho de
peso e hipertensão arterial.

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Farmácia da Natureza

Pelargonium sidoides

ESPÉCIE: Pelargonium sidoides DC.


SINONÍMIA BOTÂNICA: Não há.
FAMÍLIA: Geraniaceae.
NOMES REGIONAIS: Pelargônio e gerânio sul-africano.
HISTÓRICO:
O Pelargonium sidoides é uma espécie cujo gênero é encontrado somente na
África do Sul. Os arbustos, que podem atingir 50 cm de altura, são adornados com
flores roxas. Foi descoberto (no mundo ocidental) por um inglês, M.C.H. Stevens
infectado por tuberculose, que tinha deixado a África do Sul em 1897 para desfrutar
de um clima mais ameno. Um feiticeiro da África do Sul deu-lhe uma decocção de
Pelargonium e o efeito foi muito positivo.
PARTE UTILIZADA: Raízes.
CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Umckaline
• Derivados de cumarinas
• Flavonoides
• Taninos
TROPISMO: Sistema imunológico.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Afecções inflamatórias e infecciosas
das vias aéreas superiores.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antibacteriana, antiviral, expectorante e estimulante imunológica.
• Sistema respiratório: expectorante.
COMENTÁRIOS:

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Farmácia da Natureza

Vários estudos têm demonstrado a ação antibacteriana do Pelargonium e sua


eficácia no tratamento de bronquite aguda, por exemplo. Parece que o efeito
farmacológico de Pelargonium é baseado no fato de que esta planta impede que as
bactérias e os vírus se liguem às células da mucosa do sistema respiratório. De fato,
um extrato padronizado de P. sidoides (EPs® 7630) interfere na replicação de
influenza A (H1N1, H3N2), vírus sincicial respiratório, coronavírus humano,
parainfluenza e coxsackie (Michaelis, Doerr e Cinatl Jr, 2011; Theisen e Muller,
2012).
Evidências de 20 ensaios clínicos envolvendo mais de 9000 pacientes
(incluindo 3900 crianças) comprovam que o uso de P. sidoides reduz a intensidade e
duração dos sintomas de pacientes com faringo-amigdalite aguda não
estreptocócica, bronquite aguda (viral), sinusite aguda (viral) e IVAS (Timmer et al.,
2013).
A P. sidoides produz efeitos imunoestimulantes (não específicos):
• Estimula a frequência dos batimentos ciliares das células epiteliais
• Estimula a síntese de interferon e citocinas
• Aumenta a atividade de células natural killer
• Estimula a atividade fagocitária
• Estimula a expressão das células de adesão e da quimiotaxia
• Inibe a elastase de leucócitos humanos
Efeitos bacteriostáticos moderados:
• Inibição da adesão do Streptococcus A às células epiteliais
• Inibição da beta-lactamase
MODO DE USAR:
• Solução oral – Uso oral: Conforme recomendações descritas nas bulas dos
medicamentos industrializados.
• Extrato fluido – Uso oral: 1,19–1,25 mL, 3 x/dia (EMA, 2012).
o Uso pediátrico (6–12 anos): 0,79–0,83 mL, 3 x/dia (EMA, 2012).
• Extrato seco – Uso oral: 20 mg, 3 x/dia (EMA, 2012).
o Uso pediátrico (6–12 anos): 20 mg, 2 x/dia (EMA, 2012).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes. Contraindicada nas doenças renais ou cardíacas, e
distúrbios de coagulação. O tratamento deve durar 5 a 7 dias, não excedendo 3
semanas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Pode interferir na farmacocinética dos beta-lactâmicos.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Em casos raros pode haver alterações gastrintestinais como náuseas e
diarreia, leve sangramento gengival ou nasal, ou reações de hipersensibilidade
como rash cutâneo e prurido.

Outras plantas úteis para o sistema respiratório


• Vernonia polyanthes (assa-peixe): asma, IVAS, tosse
• Polygala senega (polígala): asma, faringoamigdalite bacteriana, tosse
• Glycyrrhiza glabra (alcaçuz): IVAS, tosse
• Salix alba (salgueiro): IVAS
• Allium sativum (alho): IVAS, tosse
• Foeniculum vulgare (funcho): IVAS

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Farmácia da Natureza

• Malva sylvestris (malva): faringoamigdalite bacteriana, tosse


• Lippia sidoides (alecrim-pimenta): faringoamigdalite bacteriana
• Illicium verum (anis estrelado): tosse
• Mentha pulegium (poejo): tosse
• Pimpinella anisum (erva doce): tosse

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