A MAE
de Santa Teresa
do Menino Jesus
1831-1877
SEGUIDA DE
NOTí CIA BIOGRAF ICA SôBRE
IRMÃ FRANCISCA TERESA (LEóNIA MARTIN)
Tradução do
CABMELO DO I. C. DE MARIA E SANTA TERESINHA
CoriA - SÃo PAtrLO
BRASIL
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CARTA DE SUA EXCELr;; NCIA D. PICAUD
Bispo de Eayeux e Lisieux
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ADVERTÊNCIA
As Carmelitas de Lisieu:t
INTRODUÇÃO
Juventude
Vida familiaJr
"
Estive eom Zélia, estava muito resignada. E la
Teconhece que cabe aos pai& o traba]h() co m os filh os
-q uando ê st�s não são como o s demais".
Com efeito, seu bom sens(), l eva-a a dizer :
"Não gost() de ped ir e:xceções, nem de sair do re
gulamento . É-se bem mais feliz, me sm o desde esta v ida
quando se eum:pre corajosamente seu dever".C11>
No di a 1. 0 de junho de 187 4, nossa M ãe escrevia
a i nda a s ua cunbada a respeite de Leônia:
" . . . Só tenho fé num m ilag re para m uda r êsse
t emperam ento. Não mereç o milagre, é verdade, e con
tud o espero contra tôda esperança. Quanto mais a vejo
difícil mai s me persuad o de que N()sso Senhor não per
mitirá que ela fiqu e as sim ,..
"Eu sei bem que Maria nada tem que temer nessa
reunião de mocinhas, mas não gosto de vê-la com pes
soas tão ricas. Isso provoca invejas malsãs. Não de
sejo de modo algum relações com essas pessoas ".< 18l
E no mesmo sentido :
"Todos nós somos um pouco assim: desejamos o
que não podemos ter e quando o possuímos mostramo
-nos desgostosos ".
Com efeito, é sorrindo que informa Paulina sôbre
essa tendência acentuada de sua primogênita:
"Maria sonha morar numa bela casa, na rua Demi
-Lune, defronte às Clarissas. Ontem, falou disso tôda
a tarde. Dir-se-ia que lá é o Céu ! ( . . . ) Tua irmã,
aliás bem pouco mundana, nunca se acha bem onde
está. Ambiciona sempre mais. Ser-lhe-iam precisos
cômodos muito vastos e bem mobiliados . . .
Estava fora de si de espanto vendo a filhinha da
ama<19) ( •) , ao entrar quinta-feira em seu quarto,
• •
Vida de trabalho.
ans 35 anos
�
o
u
O RETRATO MORAL DE MINHA Mi.E 33
(40) Idem.
(41) Carta de 7 de dezembro de 1876.
( 42) Carta a Paulina, 26 de fevereiro de 1876.
O RETRATO MORAL DE MINHA MJ.E 41
" D esde que ela ouviu dizer que estou doente, sem
saber ao certo o que é, veio expressamente para me
ver, há dois meses mais ou meno s . Contei-lhe tudo,
ela 8€ desfez em lágrimas e mostrou-me tanta simpa
tia como se fôsse irmã".
À volta de Lourdes
(medid a s : 15 em c meio x 14 em )
peregrinação".
Pouco tempo depois retoma essa questão angus
tiante :
" O mal agrava-se dia a dia. Não posso vestir-me
nem despir-me sozinha. O braço do .lado doente recusa
todo movimento. A mão entretanto sustenta ainda a
agulha !
Além disso, sinto uma indisposição geral ( . . . ) e
febre há quinze dias. Enfim, não posso ficar de pé,
preciso sentar-me.
Digo-vos francamente que agora um milagre pa
rece-me muito duvidoso. Já tomei meu partido : pro
curo agir como se devesse morrer. Preciso absoluta
mente não perder o pouco tempo de vida que me resta.
São dias de salvação que não voltam jamais. Quero
aproveitá-los.
84 A MÃE DE SANTA TERESA DO MENINO JESUS
No térmo do Calvário
Roteiro sobrenatural
SRA. M A RT I N
APENDICES
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ALGUNS DETALHES TOPOGRÁFICOS
O J AE DIM
NOVAS CONSTRUÇõES
P O N T O D E A LE N Ç O N
Vou encontrar na Glória sem fim "Je vais trouver dans la Patrie,
A Virgem Maria e meus anjos "Mes anges, la Vierge Marie.
[enfim "De mes enfants que je laisse en
das filhas que ficam sem mim [la vie
a Jesus ofertarei a dor, "A Jesus, j'offrirai les pleurs,
e o amor!" Les coeurs!"
12 de fevereiro de 1954
sôbre
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INFANCIA DE LEONIA MARTIN
RECOMPENSADA A FÉ DE UMA MÃE
Não era uma criança as.sim que ela vos pediu. É ne
cessário que remedieis a co usa ".
" Em seguida, irás ter c om a Bem-aventurada Mar
garida Maria e dir-lhe-ás : " Por que a curastes mila
grosamente ? Teria sido preferível deixá-la morrer.
Estais obrigada em consciência, a reparar essa lacuna".
" Zangou-se por me ver falar assim, mas eu não
tinha má intenção, Deus o sabe. Contudo, talvez eu
tenha feito mal, e temo que por castigo não sej a
atendida".
Todavia, a mensagem chegou ao Céu antes da tia
Visitandina, a j ulgar pelo que a Sra. Martin narrava
dez dias depois à sua cunhada :
" Ontem, Leônia disse à Maria : " Eu quereria es
crever à minha tia de Mans, antes que ela morra e
dar-lhe os meus recados para o Céu. Quero que peça
a Nosso Senhor a vocação religiosa para mim. Maria
fingiu zombar dela para ver o que ia responder, mas
persistiu e disse : " Tôda gente pode ·caçoar de mim,
pouco me importa. Quero dizer-lhe isso antes que ela
morra''.
" Hoje afinal escreveu sua carta sõzinha, sem que
ninguém lhe di :;::sesse palavra para lhe dar idéia. Eis
o texto :
Ela ficou feliz com isso, mas não havia mais nozes.
Mandei�lhe que me trouxesse uma rôlha que cortei em
sete rodelas.
"A noite perguntei-lhe quantas "práticas" havia.
- Nada ; fizera tudo do pior modo possível. Mostrei-
-me descontente e fiz-lhe amargas repreensões dizendo-
-lhe que nessas condições não convinha pedir para ser
religiosa.
" Então brotaram lágrimas de sincero arrependi
mento. E inundaram-me o rosto. Hoje, há já rodeli
nhas de rôlha na gaveta ".
No dia 24 de fevereiro seguinte, a venerada Irmã
Maria Dositéia adormecia santamente no Senhor e não
tardou em mostrar que não se esquecia dos " recados"
de sua irmã muito amada. Com efeito, pouco após sua
morte, um incidente providencial veio desmascarar a
pressão violenta exercida pela empregada sôbre nossa
Leôniazinha, sem que a Sra. Martin o soubesse. Apro
veitando sem dúvida de sua dupla debilidade física e
intelectual, a empregada aliás dedicada, com pretexto
de vencer o caráter difícil da criança, aterrorizava-a e
inconscientemente talvez não fazia mais que desenvol
ver seu espírito de insubmissão a seu s pais. Com mêdo
dos maus tratos dessa pessoa, a menina não se queixava
e afetava mesmo testemunhar-lhe particular afeição.
Adivinha-se a j usta indignação da Sra. Martin desco
brindo essa influência perniciosa e dissimulada que pa
ralisava de maneira desoladora o desenvolvimento mo
ral de sua filha. No dia 12 de março de 1 877 escrevia
a Paulina :
" Creio ter obtido uma grande graça pelas orações
de tua tia. Eu lhe recomendei tanto minha pobre Leô
nia, desde sua ida para o Céu, que creio provar os
efeitos.
INFÂNCIA DE LEôNIA MARTIN 127
PROVAÇÕES - O CLAUSTRO
Et exaltavit humiles !
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íNDICE
Juventude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Vida familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
A educação dos filhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Vida de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Espírito de fé e vida cristã . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Amor da Igreja. Eficácia da oração . . . . . . . . . . . . . . 51
Caridade para com o próximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Abandono a Deus e paciência na provação . . . . . . . . 63
AP�NDICES
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COMPOSTO E IMPRESSO NA
EMPRE:SA GRAFICA CARIOCA
S. A., Ã RUA BRIGADEIRO GAL
VÃO, 22S-23S, SÃO PAULO, EM
J ULHO DE 196S.
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