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Funções do Coordenador Pedagógico no Ensino Fundamental II e no

Ensino Médio.

Cursista: Douglas Mendes de Brito

RESUMO

O coordenador pedagógico é fundamental no ambiente escolar, pois ele


promove a integração dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem,
estabelecendo relações interpessoais de forma saudável. Ele tem um
papel essencial na valorização da formação do professor, pois
desenvolve certas habilidades capazes de lidar com as diferenças, tendo
como objetivo ajudar efetivamente na construção de uma educação de
qualidade.
Este trabalho tem como objetivo apresentar a importância da função de
coordenador pedagógico no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio.
Como também, demonstrar quais são as demandas e estratégias
necessárias ao coordenador pedagógico para atuar no Ensino
Fundamental II e no Ensino Médio e divulgar estas funções para
profissionais envolvidos nesta área.
Metodologicamente, constitui-se em uma pesquisa qualitativa tendo
como instrumento para coleta de dados a pesquisa bibliográfica a luz
das teorias de diversos autores que nos ajudam a desenvolver esta
pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino - aprendizagem, Construção.


INTRODUÇÃO

Dentro das inúmeras mudanças que ocorrem na sociedade atual, de


ordem econômica, política, social, ideológica, a escola, como instituição
de ensino e de práticas pedagógicas, enfrenta muitos desafios que
comprometem a sua ação frente às exigências que surgem. Assim, os
profissionais, que nela trabalham, precisam estar conscientes de que os
alunos devem ter uma formação cada vez mais ampla, promovendo o
desenvolvimento das capacidades desses sujeitos.
Para tanto, torna-se necessária a presença de um coordenador
pedagógico consciente de seu papel, da importância de sua formação
continuada e da equipe docente, além de manter a parceria entre pais,
alunos, professores e direção.
Segundo Clementi (apud Almeida), cabe ao coordenador "acompanhar o
projeto pedagógico, formar professores, partilhar suas ações, também é
importante que compreenda as reais relações dessa posição."
Partindo desse pressuposto, podem-se identificar as funções formadora,
articuladora e transformadora do papel desse profissional no ambiente
escolar.
Considerando a função formadora, o coordenador precisa programar as
ações que viabilizem a formação do grupo do grupo para qualificação
continuada desses sujeitos. Consequentemente, conduzindo mudanças
dentro da sala de aula e na dinâmica da escola, produzindo impacto
bastante produtivo e atingindo as necessidades presentes.
Assim, muitos formadores encontram na reflexão da ação, momentos
riquíssimos para a formação. Isso acontece à medida que professores e
coordenadores agem conjuntamente observando, discutindo e
planejando, vencendo as dificuldades, expectativas e necessidades,
requerendo momentos individuais e coletivos entre os membros do
grupo, atingindo aos objetivos desejados.
As relações interpessoais permeiam a prática do coordenador que
precisa articular as instâncias escola e família sabendo ouvir, olhar e
falar a todos que buscam a sua atenção.
Conforme Almeida(2003), na formação docente, "é muito importante
prestar atenção no outro, em seus saberes, dificuldades", sabendo
reconhecer e conhecer essas necessidades propiciando subsídios
necessários à atuação. Assim, a relação entre professor e coordenador,
à medida que se estreita e ambos crescem em sentido prático e
teórico(práxis), concebe a confiança, o respeito entre a equipe e
favorece a constituição como pessoas.
Na parceria escola X família, esse profissional é requerido para estreitar
esses laços e mantê-los em prol da formação efetiva dos educandos à
medida que cada instância assuma seu papel social diante desse ato
indispensável e intransponível.
Como ressalta Alves(apud Reis,2008) "homens que através de sua ação
transformadora se transformam. É neste processo que os homens
produzem conhecimentos, sejam os mais singelos, sejam os mais
sofisticados, sejam aqueles que resolvem um problema cotidiano, sejam
os que criam teorias explicativas."
Assim, é papel do coordenador favorecer a construção de um ambiente
democrático e participativo, onde se incentive a produção do
conhecimento por parte da comunidade escolar, promovendo mudanças
atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos.
Os órgãos colegiados são espaços que proporcionam essa formação à
medida que a participação, o compromisso e o protagonismo de seus
componentes, pais, alunos, professores, coordenação e direção,
ocasionem transformações significativas nesse ambiente. Cabe ao
coordenador atuar coletivamente e visualizar esses espaços como
oportunidades para o desempenho das suas funções.
O coordenador pedagógico enfrenta outros conflitos no espaço escolar,
tais como tarefas de ordem burocrática, disciplinar, organizacional.
Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos
diários a pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de
incentivo a promoção do projeto pedagógico, necessidade de manter a
própria formação, independente da instituição e de cursos específicos,
correndo o perigo de cair no desânimo e comodismo e fatores de ordem
pessoal que podem interferir em sua prática.
Muitas vezes, a escola e o coordenador se questionam quanto à
necessidade desse profissional e chegam à conclusão que esse sujeito
pode promover significativas mudanças, pois esse trabalha com
formação e informação dos docentes, principalmente. O espaço escolar
é dinâmico e a reflexão é fundamental a superação de obstáculos,
socialização de experiências e fortalecimento das relações
interpessoais.
O coordenador pedagógico é peça fundamental no espaço escolar, pois
busca integrar os envolvidos no processo ensino-aprendizagem
mantendo as relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a
formação do professor e a sua, desenvolvendo habilidades para lidar
com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente na construção
de uma educação de qualidade.
DESENVOLVIMENTO

1. Como surgiu o Coordenador Pedagógico?

O coordenador pedagógico muito antes de receber esse nome, existia


na escola com as mais diferentes denominações e funções. Às vezes
atuava como fiscal, era ele quem checava o que ocorria em sala de aula
e normatizava o que podia ou não ser feito. Não tinha muito
conhecimento pedagógico e não conseguia criar vínculos, pois não era
visto pelos colegas como alguém confiável para compartilhar
experiências.
Outras vezes o coordenador pedagógico era um mero atendente, sem
campo específico de atuação, apagando focos de incêndio e, perdido no
cotidiano escolar, não conseguia construir propostas que envolvessem o
grupo em um trabalho coletivo.
O coordenador pedagógico ao passar dos anos se faz cada vez mais
necessário e começa a se explicitar para muitos dos envolvidos que
vários estilos de coordenar os trabalhos nas escolas estão em
construção.
Certa inquietação acompanha essas práticas singulares e às vezes
isoladas, demonstrando de diferentes maneiras a importância de definir
espaços, os quais ainda não estão assegurados e, por muitas vezes,
são ameaçados pelas relações de poder que permeiam o ambiente
escolar. Estas diferentes maneiras estão implícitas nas ações do
coordenador, que todos os dias têm a difícil tarefa de ligar e interligar
pessoas.
Por outro lado, já é possível perceber um movimento criativo e com
iniciativas próprias, que por não estar institucionalizado, está em
processo de construção e conquista do seu próprio espaço. Nesse
sentido, é preciso um tempo de acomodação das conquistas e avaliação
da prática, pois o aprendizado vem de buscas por respostas, práticas
pedagógicas e relações do cotidiano escolar que influenciam
diretamente no trabalho pedagógico.
Junto a essa multiplicidade de ações do coordenador pedagógico, é
necessário um trabalho que valorize a análise da realidade através da
interligação dos olhares de todos os atores do contexto escolar,
objetivando um movimento de aprender através da construção coletiva
da realidade.
É assim que vai se delineando o sentido de ser um coordenador de
processos de aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos como
os que vivenciamos diariamente nas escolas. O trabalho deve estar
sempre direcionando para o coletivo.
Portanto, é necessário que o coordenador esteja consciente de que é
um mediador dos diferentes atores escolares, com o objetivo de
construir um projeto político-pedagógico coerente com a realidade
escolar, buscando assim garantir que de seus diferentes lugares, a
comunidade escolar apresente suas expectativas e sugestões em
relação a eventuais mudanças e construa um efetivo trabalho em torno
do projeto político-pedagógico da escola.
No decorrer desse trabalho é claro que haverá muitas discordâncias e
resistências à mudança. Mas é assim, com divergências de opiniões,
que a escola construirá uma proposta significativa e coerente ao
contexto escolar.

2. Desafios para o coordenador pedagógico em cada segmento

2.1 Ensino Fundamental - 6º ao 9º ano

Desafios
O maior deles é lidar com os professores especialistas. E o coordenador tem
de ganhar legitimidade sem entender profundamente da disciplina. ''Um dos
equívocos mais frequentes nessa etapa é organizar o trabalho de coordenação
pedagógica por área de conhecimento, escalando um profissional para cada
uma'', diz Neurilene Martins Ribeiro, coordenadora do Instituto Chapada de
Educação e Pesquisa (Icep), organização não governamental responsável pela
formação continuada dos coordenadores pedagógicos das escolas de 24
municípios da Chapada Diamantina, na Bahia. Segundo ela, o coordenador
pedagógico deve orientar suas ações de formação no sentido de desenvolver
no corpo docente um olhar ao mesmo tempo horizontal (''para dentro de cada
série'') e vertical (''para a progressão entre os anos'').

Competências esperadas

- Visão integrada do ensino e da aprendizagem.


- Liderança e capacidade de articular um número maior de professores
para reuni-los em diferentes ocasiões e ter familiaridade com técnicas de
condução de grupo.
- Consciência de que seu papel é oferecer aos professores
conhecimentos pedagógicos capazes de melhorar seu desempenho em
sala de aula.
- Conhecimento sobre o desenvolvimento físico e emocional que
acontece na transição da infância para a adolescência.

Estratégias de trabalho

- Orientar o grupo de professores do 6º ano para que discutam formas


de receber os alunos.

- Nos horários coletivos de trabalho, abordar a leitura e a escrita como


um compromisso de todas as áreas, e não apenas do professor de
Língua Portuguesa.

- Organizar encontros por série a fim de reforçar a visão do grupo de


como as crianças aprendem e discutir especificidades da classe.

- Promover formações por disciplina para proporcionar aos docentes


uma visão vertical do ensino e criar um espaço de discussão de
conteúdos específicos.
2.2 Ensino Médio

Desafios
Surge a preocupação com o futuro dos alunos, que pode envolver
a continuidade dos estudos ou o ingresso no mercado de trabalho
- questões que certamente surgirão nas turmas. Lidar com os
especialistas continua a ser problema, pois há mais disciplinas,
muitas com carga horária reduzida. Nesses casos, é certo que
mais professores ficarão menos tempo na escola. ''Isso dificulta a
sua participação nos momentos de formação e o
acompanhamento da sala de aula'', afirma Sílvia Cristina Pantano
dos Santos, diretora da EE Dr. Adail Luiz Miller, em São Bernardo
do Campo, na Grande São Paulo.

Competências esperadas

- Habilidade de articulação para integrar professores de várias áreas.


- Conhecimentos sobre o desenvolvimento físico e emocional do
adolescente.

Estratégias de trabalho

- Promover encontros para que os professores conheçam os meios de


acesso ao ensino superior para que possam discutir com os alunos.
- Reunir textos sobre o desenvolvimento físico e emocional do
adolescente e promover estudos sobre o tema.
- Promover reuniões por disciplina e com todos os professores de cada
turma para integrar os esforços.
3. O Papel do Coordenador Pedagógico

Como agente responsável pela formação continuada na escola e com o


objetivo de favorecer o trabalho docente na escola de educação básica,
o coordenador pedagógico deve sensibilizar seu saber-fazer de maneira
não centralizadora, tomando as decisões de acordo com o bem comum
do coletivo. Embora muitos profissionais vêem o coordenador
pedagógico como uma figura que tem que ‘saber tudo’ e dar todas as
respostas para os encaminhamentos pedagógicos, é necessário que
este sujeito tenha liderança pedagógica e buscar no coletivo respostas
aos desafios que se apresentam no ambiente escolar. Lima (2007)
observa que quando o saber-fazer parte de uma concepção sensível da
realidade, onde figura como o mais importante a possibilidade de se
trabalhar a intervenção pedagógica pela necessidade do grupo, pela
identificação das manifestações que impactam mais de uma forma
significativa estudantes e professores, não necessariamente somente
causa prazer no clima organizacional da escola, mas promove a
reflexão, o desafio, a significação da trajetória histórica em que vivem e
desta, numa contextualização social, da qual a escola não está à
margem.
Piletti (1998, p.125) aponta as principais atribuições do coordenador
pedagógico, listadas em quatro dimensões: a) acompanhar o professor
em suas atividades de planejamento, docência e avaliação; b) fornecer
subsídios que permitam aos professores atualizarem-se e
aperfeiçoarem-se constantemente em relação ao exercício profissional;
c) promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e
a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo
educativo; d) estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo
suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos
problemas que aparecem.
No entanto, a respeito deste amplo quadro de atribuições e até
mesmo pelo desconhecimento das mesmas, muitos olhares sobre a
identidade e função do coordenador pedagógico na escola, muitas das
vezes lançados pelos próprios pares e a comunidade escolar. Ignorando
o papel do coordenador pedagógico na escola, muitas atribuições são
cobradas deste profissional que acaba assumindo uma função de
gerenciamento na escola, que atende pais, alunos, professores e
também se responsabiliza pela maioria das “emergências” que lá
ocorrem, isto é, como personagem ‘resolve tudo’ e que deve responder
pela vida da escola. Deste imaginário construído, muitos coordenadores
acabam assumindo esse papel que se espera dele, passando a
incorporar esse ‘modelo’ característico forjado em crenças institucionais
e senso comum.
Essas crenças no interior da escola e da comunidade escolar, sua
desorientação e quase perda da identidade, inviabilizam a reflexão sobre
suas práticas, perspectivas e sua intervenção no universo docente no
cotidiano da escola. Existe uma dificuldade do próprio coordenador
pedagógico no desenvolvimento do seu trabalho em definir seu campo
de atuação na escola. Muitas das vezes ele sabe qual é o seu papel,
porém abre mão por conta dessas crenças auto-realizadoras no interior
da escola, acompanhando o ritmo ditado pelo senso comum que está
cada vez mais arraigado no pensamento da maioria dos profissionais
que atuam na escola e da comunidade escolar como um todo.
Na tentativa de responder às demandas da escola, conforme o
imaginário construído no interior da escola, o coordenador afasta-se de
seu referencial atribuitivo. Este afastamento instabiliza o profissional, a
tal ponto que, segundo Bartman (1998, p. 1):
[...] o coordenador pedagógico não sabe quem é e que função deve
cumprir na escola. Não sabe que objetivos persegue. Não tem claro
quem é o seu grupo de professores e quais as suas necessidades.
Não tem consciência do seu papel de orientador e diretivo. Sabe
elogiar, mas não tem coragem de criticar. Ou só critica, e não
instrumentaliza. Ou só cobra, mas não orienta.
Nesse sentido, um novo olhar acerca da relevância do trabalho do
coordenador pedagógico na escola há que se buscar, mediado pelo
equilíbrio de suas atribuições como um dos eixos imprescindíveis à
melhoria das práticas pedagógicas sistematizadas onde cada um e
todos se tornam co-responsáveis pelo processo ensino aprendizagem.
Sendo assim, o maior desafio do coordenador pedagógico é
construir seu novo perfil profissional e delimitar seu espaço de atuação.
Neste sentido, Fonseca (2001) destaca a necessidade do papel de um
novo olhar do coordenador pedagógico na escola que deve ser orientado
para:
Resgatar a intencionalidade da ação possibilitando a ressignificação do
trabalho – superar a crise do sentido;
Ser um instrumento de transformação da realidade – resgatar a potência
da coletividade; gerar esperança;
Possibilitar um referencial de conjunto para a caminhada pedagógica;
Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;
Gerar solidariedade, parceria;
Ajudar a construir a unidade, superando o caráter fragmentário das
práticas em educação, a mera justaposição e possibilitando a
continuidade da linha de trabalho na instituição;
Propiciar a racionalização dos esforços e recursos (eficiência e eficácia),
utilizados para atingir fins essenciais do processo educacional;
Ser um canal de participação efetiva, superando as práticas autoritárias
e/ou individualistas e ajudando a superar as imposições ou disputas de
vontades individuais, na medida em que há um referencial construído e
assumido coletivamente;
Aumentar o grau de realização e, portanto, de satisfação de trabalho;
Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos, contradições e pressões,
avançando na autonomia e na criatividade e distanciando-se dos
modismos educacionais;
Colaborar na formação dos participantes.
Este olhar se faz necessário como busca da identidade deste
profissional. É, sem dúvida, um espaço de conquista, de resolução de
problemas e de assunção do papel profissional do coordenador
pedagógico como ator social, agente facilitador e problematizador do
papel docente no âmbito da formação continuada, primando pelas
intervenções e encaminhamentos mais viáveis ao processo ensino-
aprendizagem.
Construir a identidade de um ofício e construir-se nele é realizar
uma prática que busca o significado do papel e exercício da cidadania,
pois a vivência escolar e nesta o desenvolvimento do trabalho
pedagógico sustenta-se nos intercâmbios e nas aprendizagens comuns,
respeitando-se a diversidade de posicionamentos. Sobre isso Lima
(2007) enfatiza:
Na sociedade do conhecimento em que vivemos que caracteriza
pelo processo ensino-aprendizagem permanente e continuado (mundo
globalizado e em processo de globalização) não é possível entender a
escola e suas relações como se estivessem desvinculadas da totalidade
social, materializando seus esforços, simplesmente, como transmissora
de conhecimentos cujo dever formal se completa na formação de
sujeitos determinados para uma sociedade impessoalizada e alienante.
A coordenação pedagógica em seu sentido estrito deve garantir um
espaço de diálogo, fortalecendo assim a vitalidade projetiva dos atores
sociais na luta por uma educação de qualidade e primando pela
superação dos obstáculos que inviabilizam as ações coletivas. Cabe ao
coordenador pedagógico, junto com todos os outros educadores, exercer
o ‘ofício de coordenar para educar’ também aqui no sentido de
possibilitar trocas de saberes e experiências e aprender a aprender.
Assumindo diferentes perfis, construindo-se no cotidiano escolar, a
identidade deste profissional desdobra-se em diferentes
posicionamentos entre rupturas e permanências, mas sem perder de
vista a sua atribuição maior na convergência da formação de si e do
outro. Se entendermos que a identidade é um processo de construção,
então se propõe que sejam criados tempos de convivência, da
coordenação pedagógica com os professores, e nestes possibilitadas as
alternativas de formação continuada de todos os educadores evolvidos
nesta construção.
Construir um ambiente democrático não é tarefa fácil e, por isso, não
é empreitada para apenas um elemento. “Uma gestão participativa
também é uma gestão da participação” afirma José Carlos Libâneo
(1996, p. 200). Quem ocupa cargos de liderança – como coordenador
pedagógico ou diretor – precisa despir-se do posicionamento
predominantemente autocrático para possibilitar o desenvolvimento de
um clima em que todos contribuam com idéias, criticas,
encaminhamentos, pois a gestão e participação pedagógica pressupõem
uma educação democrática, ou seja, envolve muito mais do que
estabelecer o que é urgente e prioritário, mas se assenta nas dimensões
do ouvir, sugestionar em benefício do coletivo, revisitar posicionamentos,
quando necessário, e primar pela análise e desdobramento do que é
imprescindível para o processo ensino-aprendizagem discente, da
formação continuada do professor e das metas que a escola se propõe
em determinada situação ou realidade escolar. É preciso evidenciar e
garantir espaços e tempos de debates. Administrar conflitos não é tarefa
fácil. Acredita-se que as divergências podem ser valorizadas quando há
respeito e consciência de que a formação continuada se dá e só tem
sentido com a contribuição do outro.
Numa proposta metodológica de ação-reflexão podem-se identificar
três grandes etapas: Compreensão da realidade da instituição; Análise
das raízes dos problemas (compreendendo a realidade escolar) e
Elaboração e proposição de formas de intervenção de ação coletiva.
Certamente estas são etapas significativas para o trabalho do
coordenador pedagógico porque envolvem uma leitura de uma totalidade
que prima pela contextualização de todos os elementos envolvidos no
processo ensino-aprendizagem, bem como das condições em que este
se processa, levando também em conta as delimitações da função, mas
ao mesmo tempo todas as contribuições que se fazem no cotidiano
escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muito mais do que a nomenclatura do cargo, na constituição da


coordenação pedagógica deve-se primar pelo significado que tal cargo
deve exercer em nível de liderança e condução dos trabalhos
pedagógicos de uma unidade escolar.
Numa gestão democrática há espaço para o diálogo e tomada de
decisões de acordo com o bem comum do coletivo. Ao cultivar este
espaço, no qual o coordenador pedagógico se coloca como
mediador/orientador, pode-se crescer junto com o professor ampliando
todos os olhares, sem perder de foco a responsabilidade de cada um no
processo. Neste sentido, há que se ter a consciência de que o professor
e também coordenador não tem todas as respostas para todos os
eventos que ocorrem, mas as problematizam, encaminhando-as da
maneira mais viável possível dentro do que se defende como processo
democrático. No coletivo é possível buscar soluções para as
adversidades que surgem no ambiente escolar.
O coordenador pedagógico, sem dúvida nenhuma, é uma peça
fundamental no espaço escolar, se ele atuar no sentido de integrar os
envolvidos no processo ensino aprendizagem, mantendo as relações
interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação do professor
e a sua própria formação, desenvolvendo habilidades para lidar com as
diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente na construção de uma
educação de qualidade, dando voz e vez aos elementos envolvidos
neste processo. Isso só será possível no espaço de diálogo e debate
com o coletivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

ABREU,Luci C. de, BRUNO,Eliane B.G.O coordenador pedagógico e a


questão do fracasso escolar.In.: ALMEIDA,Laurinda R.,PLACCO,Vera
Mª N. de S.OCoordenador Pedagógico e questões da
contemporaneidade.São Paulo:Edições Loyola,2006.
ALMEIDA,Laurinda R.O relacionamento interpessoal na coordenação
pedagógica.In.:ALMEIDA,Laurinda R.,PLACCO,Vera Mª N. de
S.Ocoordenador pedagógico e o espaço de mudança.São Paulo:Edições
Loyola,2003.
CLEMENTI,Nilba.A voz dos outros e a nossa voz.In.:ALMEIDA,Laurinda
R.,PLACCO,Vera Mª N. de S.O coordenador pedagógico e o espaço de
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REIS,Fátima.Disponível em:www.webartigos.com.Acesso
em:20/08/2008
SILVA,Moacyr da.O coordenador pedagógico e a questão da
participação nos órgãos colegiados.In.:ALMEIDA,Laurinda
R.,PLACCO,Vera Mª N. de S.O Coordenador Pedagógico e questões da
contemporaneidade.São Paulo:Edições Loyola,2006.

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