MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
CURITIBA
2011
KARINE DANIELE BYHAIN DE SOUZA
CURITIBA
2011
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Especialização em Gestão Pública Municipal
TERMO DE APROVAÇÃO
Por
Karine Daniele Byhain de Souza
SOUZA, Karine Daniele Byhain de. Trading, advantages and disadvantages for
Public Administration. 2011. 56 páginas. Monografia (Especialização em Gestão
Pública Municipal). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2011.
This thematic study was to address the advantages and disadvantages to the use of
Public Administration of the bidding modality called trading. For this purpose, we
performed a literature search. Initially, traced to a history of auctions in Brazil, based
on existing legislation, after the bidding modalities were presented and then the floor
was covered and their characteristics. In the sequel we reported the advantages and
disadvantages of the use of trading, with considerations on the use made of the
trading session and finally concluded that the best positioning for the use of trading.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................14
2.1 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...................................................14
2.2 LICITAÇÃO E SEUS PRINCÍPIOS......................................................................15
2.3 HISTÓRICO DAS LICITAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL ...................................16
2.4 MODALIDADES DE LICITAÇÃO ........................................................................17
2.4.1 Concorrência ....................................................................................................18
2.4.2 Concurso ..........................................................................................................18
2.4.3 Leilão................................................................................................................19
2.4.4 Tomada de Preços ...........................................................................................19
2.4.5 Convite .............................................................................................................20
2.5 DISPENSA E INEXIGIBILIDADE ........................................................................20
2.6 PREGÃO .............................................................................................................21
2.6.1 Pregão Presencial e Pregão Eletrônico............................................................25
2.6.2 Lei Complementar 123/2006 aplicada ao Pregão ............................................26
2.6.3 Pregão e o sistema de registro de preços ........................................................28
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA .....................................30
3.1 TIPO DE PESQUISA OU TÉCNICAS DE PESQUISA ........................................30
3.2 COLETA DOS DADOS........................................................................................30
3.3 ANÁLISE DOS DADOS.......................................................................................31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................32
4.1 VANTAGENS DO USO DO PREGÃO.................................................................32
4.2 DESVANTAGENS DO USO DO PREGÃO .........................................................34
4.3 VANTAGENS X DESVANTAGENS DO USO DO PREGÃO...............................36
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................38
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................41
REFERÊNCIAS.........................................................................................................42
ANEXOS ...................................................................................................................44
ANEXO A ..................................................................................................................44
ANEXO B ..................................................................................................................48
11
1 INTRODUÇÃO
contratações deve considerar limites, tendo como base o objeto e o valor estimado
para contratação.
No intuito de proporcionar celeridade e economicidade ao erário, foi instituída
através do Decreto 3.555/00, a sexta modalidade de licitação: o pregão, que pode
existir na forma presencial ou eletrônica, sendo que o pregão eletrônico foi criado
pelo Decreto 5.504/05.
Esta nova modalidade de licitação trouxe muitas mudanças para as licitações
públicas, mas além de alterações procedimentais, ocorreram modificações
estruturais. Conforme Santana (2008, p. 34) “pregão e gestão fiscal responsáveis
são alguns ingredientes que alteraram (e muito) as arcaicas estruturas
administrativas no Brasil. Por isso sempre dizemos: o pregão ainda renderá bons
frutos para toda sociedade brasileira”.
Diante deste contexto, tem-se que o objetivo geral deste estudo é apresentar
ao leitor as vantagens e desvantagens do uso do pregão como modalidade de
licitação.
A partir da definição do objetivo geral, os objetivos específicos estão assim
elencados:
- Detalhar os princípios da Administração Pública;
- Descrever a retrospectiva histórica das licitações no Brasil;
- Apresentar as modalidades de licitação existentes;
- Expor detalhadamente as características do pregão;
- Identificar e analisar vantagens do pregão como modalidade de licitação;
- Identificar e analisar desvantagens do pregão como modalidade de licitação;
- Realizar recomendações sobre o uso do pregão.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Relatos sobre as origens das licitações no Brasil são realizados por vários
autores. Para direcionar o histórico a ser apresentado na sequência, foi considerado
o artigo de Gonçalves (2010).
As licitações têm suas raízes no Brasil, a partir de meados de 1860, quando
foi redigido o Decreto 2.926 de 14 de maio de 1862, que regulamentou as
arrematações dos serviços a cargo do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras
Públicas. Após o surgimento de outras legislações sobre o assunto, o Decreto 4.536
de 28 de janeiro de 1922 organizou o Código de Contabilidade da União e tratou
especificamente sobre licitação, decreto este que criou dispositivos para as
aquisições pelo Poder Público. Para exemplificar, Meirelles (1998, p. 237) define que
17
2.4.1 Concorrência
2.4.2 Concurso
2.4.3 Leilão
2.4.5 Convite
Cabe ressaltar, que o art. 24, da Lei Federal 8.666/1993, elenca um rol
taxativo de possibilidades para realização de dispensa, sendo que a Administração
somente poderá dispensar licitação se a motivação estiver amparada neste artigo.
Já para os casos de inexigibilidade de licitação, o art. 25, da Lei Federal
8.666/1993, elenca um rol exemplificativo de hipóteses nas quais não é possível a
realização de processo licitatório.
Segundo Rigolin e Bottino (2002, p. 321), existem várias situações nas quais
é inexigível a licitação, e portanto, sempre que demonstrada a inviabilidade de
competição, desde que justificada de acordo com a lei geral de licitações, a
instituição contratará sem que seja instruída a licitação.
2.6 PREGÃO
Para executar as ações pertencentes à fase externa do pregão, foi criada uma
nova figura, a do pregoeiro, que conjuntamente com a equipe de apoio, conduzem
tais procedimentos. Scarpinella (2002, p. 96 e 97), acrescenta que o pregoeiro é
responsável pela condução da licitação. A ele foi dado o encargo de tomar decisões
rápidas e firmes ao longo da sessão. Sendo que a dinâmica da modalidade exige
que ele conheça o mercado fornecedor e tenha informação dos custos envolvidos na
contratação.
Corroborando, Santana (2008, p. 127), salienta que ao pregoeiro são
atribuídas funções, tais como: abertura da sessão e credenciamento dos
interessados; recebimento das propostas e documentos de habilitação; abertura dos
envelopes proposta e verificação da sua conformidade com o solicitado em edital;
classificação/desclassificação das propostas; condução da etapa de lances;
aplicação da Lei Complementar 123/2006 quando couber; aceitabilidade do melhor
lance; verificação da regularidade habilitatória; declaração do vencedor; recebimento
da intenção de recursos e juízo do recurso; adjudicação do objeto ao vencedor;
leitura da ata; e remessa dos autos à autoridade competente para homologação.
Para auxiliar o pregoeiro, foi criada a equipe de apoio. Ainda segundo
Scarpinella (2002, p. 100), a equipe de apoio não tem competência decisória. A lei
não define explicitamente seu papel, mas afirma que sua função é prestar
assistência ao pregoeiro.
Uma das inovações trazidas pelo pregão é a inversão das fases, onde
primeiramente é realizada a abertura das propostas e após ocorrem os lances, na
sequência é aberto o envelope contendo a documentação de habilitação do licitante
que ofertou o melhor lance.
Santana (2008, p. 43), complementa:
Tendo como base a citação retro mencionada, foi adotada esta metodologia,
pois a pesquisa bibliográfica permite ampliar o campo de estudo do assunto.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quanto à inversão das fases, há autores que contestam o real ganho desta
mudança.
De acordo com Scarpinella (2002, p. 121), a principal ressalva exposta por
autores em relação à inversão das fases é:
Vantagens Desvantagens
Inversão das fases: classificação e habilitação Inversão das fases: falta de transparência
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
ser solicitado atestado de capacidade técnica para que a empresa a ser contratada
comprove que já exerceu atividade semelhante de maneira satisfatória.
No que tange a inexequibilidade das propostas, para que se tenha um
respaldo ao declarar que determinada proposta é inexeqüível, é preciso atender à
legislação e solicitar ao licitante que comprove, através de planilha de custos, que
seu preço é ou não exequível.
Diante do exposto, é possível verificar que a maioria dos pontos evidenciados
como desvantagem da utilização do pregão podem ser analisados e sua
inconveniência pode ser revertida.
41
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002.
GONÇALVES, Petrônio. História das licitações no Brasil. NET, [S.l.], jul 2010.
Seção O mundo das licitações públicas. Disponível em:
43
<http://licitacaoviapetroniogoncalves.blogspot.com/2010/07/historia-das-licitacoes-
no-brasil.html> Acesso em 23 ago. 2011.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 23. ed. São Paulo:
Malheiros, 1998.
RIGOLIN, Ivan Barbosa; BOTTINO, Marco Tullio. Manual prático das licitações:
Lei 8.666/1993. São Paulo:Saraiva, 2002.
ANEXOS
ANEXO A
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na
modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo,
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital,
por meio de especificações usuais no mercado.
Art. 2º (VETADO)
§ 2º Será facultado, nos termos de regulamentos próprios da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, a participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico e operacional aos órgãos e
entidades promotores da modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia da
informação.
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste
artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o
orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem
licitados; e
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo
efetivo ou emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do
órgão ou entidade promotora do evento.
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará
as seguintes regras:
I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário
oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente,
por meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do
regulamento de que trata o art. 2º;
III - do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as normas
que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;
V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso,
não será inferior a 8 (oito) dias úteis;
VI - no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das
propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a
existência dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os
demais atos inerentes ao certame;
VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até
10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a
proclamação do vencedor;
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão
os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e
sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;
X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço,
observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos
de desempenho e qualidade definidos no edital;
XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular perante
a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e as
Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às
exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira;
XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente
com o proponente para que seja obtido preço melhor;
XXII - homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para
assinar o contrato no prazo definido em edital; e
XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não
celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.
I - garantia de proposta;
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não
serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de
tecnologia da informação, quando for o caso.
Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver
fixado no edital.
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato,
deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento
47
da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato,
comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a
União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de
cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5
(cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações
legais.
Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 2.182-18, de
23 de agosto de 2001.
Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de preços
previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão,
conforme regulamento específico.
Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001, passa a vigorar acrescida do seguinte
artigo:
“Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar, nas licitações de
registro de preços destinadas à aquisição de bens e serviços comuns da área da saúde, a
modalidade do pregão, inclusive por meio eletrônico, observando-se o seguinte:
I - são considerados bens e serviços comuns da área da saúde, aqueles necessários ao atendimento
dos órgãos que integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de desempenho e qualidade
possam ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais do mercado.
II - quando o quantitativo total estimado para a contratação ou fornecimento não puder ser atendido
pelo licitante vencedor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes quantos forem necessários para
o atingimento da totalidade do quantitativo, respeitada a ordem de classificação, desde que os
referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço da proposta vencedora.
ANEXO B
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e
VI, da Constituição e tendo em vista o disposto na Medida Provisória nº 2.026-3, de 28 de julho de
2000,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado, na forma dos Anexos I e II a este Decreto, o Regulamento para a
modalidade de licitação denominada pregão, para a aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito
da União.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime deste Decreto, além dos órgãos da Administração
Federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações, as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.
ANEXO I
Art. 3º Os contratos celebrados pela União, para a aquisição de bens e serviços comuns, serão
precedidos, prioritariamente, de licitação pública na modalidade de pregão, que se destina a garantir,
por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econômica, segura e eficiente.
49
o
§ 2 Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais
praticadas no mercado. (Redação dada pelo Decreto nº 7.174, de 2010)
o
§ 3 Os bens e serviços de informática e automação adquiridos nesta modalidade deverão
observar o disposto no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, e a regulamentação
específica. (Redação dada pelo Decreto nº 7.174, de 2010)
o
§ 4 Para efeito de comprovação do requisito referido no parágrafo anterior, o produto deverá
estar habilitado a usufruir do incentivo de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, de
o o
que trata o art. 4 da Lei n 8.248, de 1991, nos termos da regulamentação estabelecida pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia. (Incluído pelo Decreto nº 3.693, de 2000)
o o
§ 5 Alternativamente ao disposto no § 4 , o Ministério da Ciência e Tecnologia poderá
reconhecer, mediante requerimento do fabricante, a conformidade do produto com o requisito referido
o
no § 3 ." (Incluído pelo Decreto nº 3.693, de 2000)
Art. 6º Todos quantos participem de licitação na modalidade de pregão têm direito público
subjetivo à fiel observância do procedimento estabelecido neste Regulamento, podendo qualquer
interessado acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou
impedir a realização dos trabalhos.
Parágrafo único. Somente poderá atuar como pregoeiro o servidor que tenha realizado
capacitação específica para exercer a atribuição.
I - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou a realização do
fornecimento, devendo estar refletida no termo de referência;
III - a autoridade competente ou, por delegação de competência, o ordenador de despesa ou,
ainda, o agente encarregado da compra no âmbito da Administração, deverá:
a) definir o objeto do certame e o seu valor estimado em planilhas, de forma clara, concisa e
objetiva, de acordo com termo de referência elaborado pelo requisitante, em conjunto com a área de
compras, obedecidas as especificações praticadas no mercado;
IV - constarão dos autos a motivação de cada um dos atos especificados no inciso anterior e os
indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento
estimativo e o cronograma físico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela
Administração; e
V - para julgamento, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos
para fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros mínimos de desempenho e de
qualidade e as demais condições definidas no edital.
III - a abertura dos envelopes das propostas de preços, o seu exame e a classificação dos
proponentes;
VI - a elaboração de ata;
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Art. 10. A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de
cargo efetivo ou emprego da Administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente
do órgão ou da entidade promotora do pregão, para prestar a necessária assistência ao pregoeiro.
Art. 11. A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará
as seguintes regras:
I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em função dos
seguintes limites:
a) para bens e serviços de valores estimados em até R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais):
b) para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 160.000,01 (cento e sessenta mil
reais e um centavo) até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):
b) para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil
reais) até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais): (Redação dada pelo Decreto nº 3.693, de
2000)
II - do edital e do aviso constarão definição precisa, suficiente e clara do objeto, bem como a
indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, e o local
onde será realizada a sessão pública do pregão;
III - o edital fixará prazo não inferior a oito dias úteis, contados da publicação do aviso, para os
interessados prepararem suas propostas;
IV - no dia, hora e local designados no edital, será realizada sessão pública para recebimento
das propostas e da documentação de habilitação, devendo o interessado ou seu representante legal
proceder ao respectivo credenciamento, comprovando, se for o caso, possuir os necessários poderes
para formulação de propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame;
VII - quando não forem verificadas, no mínimo, três propostas escritas de preços nas condições
definidas no inciso anterior, o pregoeiro classificará as melhores propostas subsequentes, até o
máximo de três, para que seus autores participem dos lances verbais, quaisquer que sejam os preços
oferecidos nas propostas escritas;
VIII - em seguida, será dado início à etapa de apresentação de lances verbais pelos
proponentes, que deverão ser formulados de forma sucessiva, em valores distintos e decrescentes;
XI - caso não se realizem lances verbais, será verificada a conformidade entre a proposta escrita
de menor preço e o valor estimado para a contratação;
XIII - sendo aceitável a proposta de menor preço, será aberto o envelope contendo a
documentação de habilitação do licitante que a tiver formulado, para confirmação das suas condições
habilitatórias, com base no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF, ou nos
dados cadastrais da Administração, assegurado ao já cadastrado o direito de apresentar a
documentação atualizada e regularizada na própria sessão;
53
XIV - constatado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado
vencedor, sendo-lhe adjudicado o objeto do certame;
XVI - nas situações previstas nos incisos XI, XII e XV, o pregoeiro poderá negociar diretamente
com o proponente para que seja obtido preço melhor;
XVII - a manifestação da intenção de interpor recurso será feita no final da sessão, com registro
em ata da síntese das suas razões, podendo os interessados juntar memoriais no prazo de três dias
úteis;
XXI - como condição para celebração do contrato, o licitante vencedor deverá manter as
mesmas condições de habilitação;
XXII - quando o proponente vencedor não apresentar situação regular, no ato da assinatura do
contrato, será convocado outro licitante, observada a ordem de classificação, para celebrar o
contrato, e assim sucessivamente, sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis, observado o
disposto nos incisos XV e XVI deste artigo;
XXIV - o prazo de validade das propostas será de sessenta dias, se outro não estiver fixado no
edital.
Art. 12. Até dois dias úteis antes da data fixada para recebimento das propostas, qualquer
pessoa poderá solicitar esclarecimentos, providências ou impugnar o ato convocatório do pregão.
§ 2º Acolhida a petição contra o ato convocatório, será designada nova data para a realização
do certame.
Art. 13. Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação prevista
na legislação geral para a Administração, relativa à:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
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IV - regularidade fiscal; e
Parágrafo único. A documentação exigida para atender ao disposto nos incisos I, III e IV deste
artigo deverá ser substituída pelo registro cadastral do SICAF ou, em se tratando de órgão ou
entidade não abrangido pelo referido Sistema, por certificado de registro cadastral que atenda aos
requisitos previstos na legislação geral.
Art. 14. O licitante que ensejar o retardamento da execução do certame, não mantiver a
proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração
falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o direito prévio da citação e da ampla defesa, ficará impedido
de licitar e contratar com a Administração, pelo prazo de até cinco anos, enquanto perdurarem os
motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade.
I - garantia de proposta;
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não
serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de
tecnologia da informação, quando for o caso.
Parágrafo único. O licitante deverá ter procurador residente e domiciliado no País, com poderes
para receber citação, intimação e responder administrativa e judicialmente por seus atos, juntando os
instrumentos de mandato com os documentos de habilitação.
Art. 17. Quando permitida a participação de empresas reunidas em consórcio, serão observadas
as seguintes normas:
III - a capacidade técnica do consórcio será representada pela soma da capacidade técnica das
empresas consorciadas;
IV - para fins de qualificação econômico-financeira, cada uma das empresas deverá atender aos
índices contábeis definidos no edital, nas mesmas condições estipuladas no SICAF;
55
Art. 18. A autoridade competente para determinar a contratação poderá revogar a licitação em
face de razões de interesse público, derivadas de fato superveniente devidamente comprovado,
pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por
provocação de qualquer pessoa, mediante ato escrito e fundamentado.
Art. 19. Nenhum contrato será celebrado sem a efetiva disponibilidade de recursos
orçamentários para pagamento dos encargos, dele decorrentes, no exercício financeiro em curso.
Art. 20. A União publicará, no Diário Oficial da União, o extrato dos contratos celebrados, no
prazo de até vinte dias da data de sua assinatura, com indicação da modalidade de licitação e de seu
número de referência.
Art. 21. Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de meios eletrônicos, serão
documentados ou juntados no respectivo processo, cada qual oportunamente, compreendendo, sem
prejuízo de outros, o seguinte:
I - justificativa da contratação;
XI - ata da sessão do pregão, contendo, sem prejuízo de outros, o registro dos licitantes
credenciados, das propostas escritas e verbais apresentadas, na ordem de classificação, da análise
da documentação exigida para habilitação e dos recursos interpostos; e
Art. 22. Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão.