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RESENHA CRÍTICA DA OBRA: RADICALIZAÇÃO DO DEBATE SOBRE

INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL, de MENDES, E. G. (2006). Revista Brasileira


de Educação, 11(33), 387-405.

Nome: Diego Afonso Teixeira dos Santos RA: 566217

Introdução

Em síntese, o texto de Enicéia Gonçalves Mendes, aborda inicialmente as primeiras


observações históricas da educação especial (séc. XVI – educação: acesso restritivo/
segregação de grupos considerados “anormais” /manicômios/asilos/coitadismo) que
culminaram nas primeiras “classes especiais” (séc. XIX – visão pedagógica em
detrimento da médica: segregação persistente/clientela). Mais adiante, pós duas grandes
guerras há considerável avanço educacional mediante movimentações sociais políticas
(década 60-70) reforçadas há valores morais de direitos humanos à integração
educacional e observação científica, contudo, criam-se paradigmas atitudinais diante de
pessoas com deficiência.

A tentativa de normalizar o sujeito

Pós-introdução, temos o desenvolvimento do texto abordando as concepções de


“normalidade” propositalmente difundida pelos estudiosos Bank-Mikkelsen (1969) e
Nirje (1969) - uma nova ótica sobre pessoas com deficiência e a responsabilidade de
normalização das mesmas na sociedade (serviços educacionais e desestimulo
institucional). Impactando, portanto, em atividades de competência cívica de integração
com uma visão humanista e normalização de serviços (Wolfensberger (1972) / USA,
1977, mainstreaming- empowerment).

Na década de 70, portanto, ajam vista o contexto de novas políticas de integração, as


escolas passaram a aceitar pessoas com deficiência em classe comum. Posteriormente,
na década seguinte, diante das observações de estudiosos, essa integração não
desconstrói totalmente o efeito segregacionista da ação integradora.

Nos EUA, há uma ruptura do conceito - linguisticamente difundido - de integração e


passa a ser proclamada a inclusão social de pessoas com deficiência nas escolas (década
de 80-90), respectivamente, resvalada na questão política de preservação da influência
norte-americana no mundo – 1983: publicação do estudo "A nation at risk: the
imperative educacional reform”, elaborado pela National Commission on Excellence in
Education (USA, 1983) o que provocou um efeito reformista da educação
estadunidense, rompendo sua tradicionalidade, melhorando sua qualidade e inovando
métodos pedagógicos. Nota-se, aqui, que é importante preservar conceitos educativos
especiais em parceria com modelos regulares de educação no país.

Inclusão e integração no ensino


Duas vertentes de educação são analisadas nos anos subsequentes: “educação inclusiva”
e “educação total”, reforçando debates acerca da inclusão e observando, precisamente,
paradigmas criados por ela no contexto organizacional estadunidense, reverberando na
mídia e chamando a atenção do mundo.

“Em 1994, promovida pelo governo da Espanha e pela UNESCO, foi


realizada a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais
Especiais: acesso e qualidade, que produziu a Declaração de
Salamanca (Brasil, 1997), tida como o mais importante marco mundial
na difusão da filosofia da educação inclusiva. A partir de então,
ganham terreno as teorias e práticas inclusivas em muitos países,
inclusive no Brasil.” (Mendes, 2006).

Dessa maneira, é possível observar uma nova postura diante das concepções inclusivas,
guiadas, respectivamente, por esses acontecimentos de caráter democrático, o que
possibilitou, de forma reverberante, a globalização, no século XX, de preceitos práticos
às ciências humanas (o problema, portanto, estava na instituição educadora e sua
precariedade educacional e não no aluno). É debatido, contemporaneamente, o melhor
jeito de educar pessoas com deficiência no espaço socializador escolar.

No Brasil, somente após os anos 1970, a visão de clientela e atividade filantrópica é


conduzida, pelo poder público, para uma observação mais precisa, acerca de pessoas
com deficiência no círculo educacional.

Assim, o início da institucionalização da educação especial em nosso


país coincidiu com o auge da hegemonia da filosofia da
"normalização" no contexto mundial, e passamos a partir de então a
atuar, por cerca de trinta anos, sob o princípio de "integração escolar",
até que emergiu o discurso em defesa da "educação inclusiva", a partir
de meados da década de 1990. (Mendes, 2006).

No entanto, deve-se concluir que no contexto educacional brasileiro, a segregação


persistirá até os dias atuais, separando, portanto, as pessoas que necessitam de uma
educação especial, das que estudam na rede regular de ensino, paralelamente,
desassistindo, as que estão fora do amálgama educativo. É de indicativo preambular,
que a legislação, as inferências educacionais e as demandas sociais acerca da inclusão,
promoveram um efeito temporário de obtenção de direitos e diversificação
educacionais, mas que se encontra em inercia aquisitiva preservando uma postura de
acomodação inerente.

Na atual conjuntura, a estruturação das escolas se fundamenta à postura de inclusão


total, onde a exemplo da Secretaria de Educação Especial (SEESP), evoca valores
impositivos de incluir pessoas com deficiência nas salas de ensino regular e capacitando
o educador especial por meio do Programa de Educação Inclusiva: Direito à
Diversidade, em detrimento dos professores tradicionalistas. Essa corrente imposta pelo
MEC justifica, contudo, o fechamento de entidades filantrópicas e, sequencialmente,
diante do custo dos programas educativos inclusivos das escolas, vantagens financeiras
advindas dessas ações, o que evidencia, portanto, a precariedade do ensino especial
brasileiro, mais caracterizado pelo assistencialismo.

Conclusão

É de se observar, por ventura, a dificuldade em perceber as variações das necessidades


de cada indivíduo segregado e aparelhar o sistema educador em consonância destes,
diante dos efeitos paradigmáticos inerentes das ações inclusivas, mas que, não obstante,
possibilita a universalização do ensino e reforça a importância de reestruturação escolar,
aumentando a consciência que já temos a respeito da diversidade, produzindo, neste
caso, mudanças ambientais e atingindo a moral subjetiva de cada aluno, cidadão e a
sociedade como um todo. É por meio dos espaços socializadores educacionais que
mudanças mais significativas geram frutos, sendo estes frutos, a capacidade de
alimentar pesquisas que dinamizam a visão dos educadores em sua praticidade,
proporcionando análises científicas mais precisas e possibilitando ratificar melhores
soluções para as diversas abstrações no contexto educador especializado.

Diego T. Santos graduando do curso de Licenciatura em Educação Especial – 1º Ano -


2019 – UFSCar.

Referências:
MENDES, E. G. (2006). A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista
Brasileira de Educação, 11(33), 387-405.

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