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Um esboço do FACTS arminiano contra o TULIP

calvinista
por Brian Abasciano e Martin Glynn
Tradução: Crédulo from this WordPress Blog

ARMINIANISMO

O arminianismo pode ser representado pelo acrônimo FACTS:

 Freed by Grace (to Believe) – Livre pela graça (para crer)


 Atonement for All – Expiação para Todos
 Conditional Election – Eleição Condicional
 Total Depravity – Depravação Total
 Security in Christ – Segurança em Cristo

De maneira ampla e um tanto imprecisa estes pontos correspondem aos do


histórico Artigo da Remonstrância (embora esta não seja especificamente uma
representação deles), os quais foram compostos em 1610 pelos primeiros
arminianos e constituem o primeiro sumário formal da teologia arminiana. Os
pontos serão apresentados aqui em ordem lógica, em vez da ordem acima no
acrônimo, para fins de facilitar sua explanação.

Depravação Total (Artigo 3)

 A humanidade fora criada à imagem de Deus, boa e direita, mas caiu de


seu estado original sem pecado através de deliberada desobediência,
deixando a humanidade em estado de pecado, separada de Deus, e
debaixo da sentença de divina condenação.
 Depravação total não significa que os seres humanos são tão maus quanto
eles podem ser, mas que o pecado impacta cada parte do ser pessoal e
que as pessoas agora têm uma natureza pecaminosa com uma inclinação
natural para o pecado, fazendo cada ser humano ser fundamentalmente
corrupto em seu coração.
 Portanto, o ser humano não é capaz de pensar, ter vontade, nem fazer
nada de bom em si mesmo, incluindo favor meritório para Deus, salvar-se a
si mesmo do julgamento e condenação de Deus que fora reservada para
vosso pecado, ou mesmo crer no Evangelho.
 Se qualquer pessoa será salva, Deus deve tomar iniciativa.
Expiação para Todos(Artigo 2)

 Deus amou o mundo e deseja que todas as pessoas sejam salvas e


venham ao conhecimento da verdade.
 Portanto, Deus entregou Seu único Filho para morrer pelos pecados do
mundo todo de modo a proporcionar perdão e salvação a todas as pessoas.
 Enquanto Deus providenciou salvação para todas as pessoas pela morte
substitutiva e sacrificial de Cristo para todos, os benefícios desta morte são
recebidos pela graça mediante a fé e são eficazes apenas aos que creem.

Livre pela graça {para crer} (Artigo 4)

 Devido a Depravação Total e a Expiação para Todos (como descrito


acima), Deus chama a todas as pessoas em todos os lugares para se
arrependerem e crerem no Evangelho, e graciosamente habilita àqueles
que ouvem o Evangelho a responder positivamente em fé.
 Deus regenera aqueles que creram em Cristo (Fé precede logicamente a
regeneração).
 A graça salvadora é resistível, o que significa que ele dispensa seu
chamado, projeto, e graça capacitadora (que nos traria salvação se
respondida com fé) de tal forma que possamos rejeitá-la. Aqueles que
ouvem o Evangelho podem ou aceitá-lo pela graça ou rejeitá-lo para sua
eterna destruição.
 Além do âmbito de agradar ao Senhor e fazer o bem espiritual, as pessoas
geralmente têm livre arbítrio, o que significa que, em relação a uma ação,
eles podem ao menos realizar a ação ou negar-se a tal. Geralmente as
pessoas têm escolhas genuínas e são, portanto, correspondentemente
capazes de realizar escolhas.
 Deus tem livre arbítrio supremo e absoluto. Sua escolha de
sobrenaturalmente libertar a vonta de pecadores pela sua graça para
crerem em Cristo é uma questão do exercício de sua própria soberania e
livre arbítrio.

Eleição Condicional (Artigo 1)

 Deus soberanamente decidiu escolher apenas aqueles que teriam fé em


Seu Filho Unigênito Jesus Cristo, para salvação e sua eterna bênção.
 Deus pré-conheceu da eternidade aqueles indivíduos que creriam em
Cristo.
 Entre os arminianos, há duas visões diferentes sobre a eleição
condicionada à fé:
 Eleição Individual: A visão clássica na qual Deus individualmente
escolheu cada crente baseado em Seu pré-conhecimento da fé de
cada um e então predestinou cada um à vida eterna.
 Eleição Corporativa: Eleição para salvação é primariamente para a
Igreja como um povo e abraça indivíduos apenas numa união-em-fé
com Cristo, O Escolhido, e como membros deste povo. Desde que a
eleição individual deriva da eleição de Cristo e do povo corporativo
de Deus, indivíduos tornam-se eleitos quando creem e continuam
eleitos apenas enquanto crerem. (Para mais sobre eleição
corporativa, veja aqui)

Segurança em Cristo (Artigo 5)

 Desde que a salvação vem mediante a fé em Cristo, a segurança da nossa


salvação continua pela fé em Cristo.
 Exatamente como o Santo Espírito nos capacita a crer em Cristo,
igualmente Ele nos capacita a continuar crendo em Cristo.
 Deus protege nosso relacionamento de fé com Ele de qualquer força que
irresistivelmente nos arrebate de Cristo ou de nossa fé, e Ele nos preserva
em salvação enquanto confiarmos em Cristo.
 Arminianos têm visões diferentes sobre se a Escritura ensina que crentes
podem abandonar a fé em Cristo e então perecer, ou se Deus
irresistivelmente mantém os crentes de perderem sua fé e portanto entrar
em eterna condenação (como descrentes).

CALVINISMO

A posição calvinista pode ser representada pelo acrônimo TULIP:

 Total Depravity – Depravação Total


 Unconditional Election – Eleição Incondicional
 Limited Atonement – Expiação Limitada
 Irresistible Grace – Graça Irresistível
 Perseverance of the Saints – Perseverança dos Santos

Estes são derivados do Sínodo de Dort, um sínodo local convocado em 1618-1619


na Holanda para contradizer e condenar os Artigos da Remonstrância. Aqui está
uma breve explicação de cada ponto, com o respectivo número do Artigo da
Remonstrância indicado para devida comparação:

Depravação Total (Artigo 3)

 O mesmo que o ponto correspondente no arminianismo


 Apesar de não diferirmos na descrição da depravação total, calvinistas
acreditam também que este estado requer que Deus primeiro regenere o
pecador antes que o mesmo creia em Cristo, fazendo-o vivo e dando-lhe
uma natureza nova e santa. Mas a regeneração não apenas habilita o
pecador a crer; ela irresistivelmente causa o pecador a crer.

Eleição Incondicional (Artigo 1)

 Deus escolheu alguns indivíduos incondicionalmente na eternidade para a


vida eterna de acordo com sua própria vontade, completamente à parte de
qualquer coisa relacionada à pessoa incluindo mérito, boas obras, ou fé
prevista.
 Deus reteve sua misericórdia do restante da humanidade, ordenando-os
para a desonra e ira devido a seus pecados.
 Então, pelo decreto de Deus e para sua glória, algumas pessoas são
incondicionalmente predestinadas para a vida eterna, e as outras são
deixadas (e portanto ordenadas) à morte eterna devido ao seu pecado,
fazendo-se assim dois grupos específicos e estáticos de indivíduos que
jamais podem mudar. (Alguns calvinistas creem que Deus planejou
glorificar seu nome escolhendo incondicionalmente alguns indivíduos para a
bênção eterna e outros para o Inferno eterno, e que Deus ordenou a Queda
e decidiu criar o mundo para atingir este objetivo.)

Expiação Limitada (Artigo 2)

 Cristo morreu apenas por aqueles determinados indivíduos que Deus


escolheu incondicionalmente na eternidade para a salvação, suportando a
punição pelos seus pecados em seu lugar.
 A morte de Cristo por aqueles que foram incondicionalmente eleitos os traz
irresistivelmente à salvação e a tudo que for necessário para tal, incluindo
arrependimento e fé em Cristo.

Graça Irresistível (Artigo 4)

 Aqueles que Deus elegeu incondicionalmente, e por quem Jesus morreu,


Deus os chamará irresistivelmente à fé em Cristo pela sua graça, mediante
a regeneração (tornando a fé inevitável).
 Quando Deus traz os pecadores eleitos a Cristo, ele irresistivelmente faz
com que eles se tornem dispostos a vir a Cristo e a chegar a ele livremente
em fé. (Enquanto estamos apresentando a visão calvinista objetivamente e
normalmente sem comentários, a auto-contradição aqui é óbvia demais
para deixar passar: “irresistivelmente os faz vir livremente e de boa
vontade?”)
 Enquanto Deus chama a todos sem distinção à fé em Cristo (o chamado
geral), ele apenas chama aqueles que ele escolheu incondicionalmente de
forma que não possam resistir (a chamada eficaz).
 Aqueles que Deus não escolheu rejeitarão a chamada do Evangelho de sua
própria vontade e não poderão fazer de outra forma.

Perseverança dos Santos (Artigo 5)

 Aqueles que Deus incondicionalmente elegeu, e por quem Jesus morreu, e


que Deus irresistivelmente atrairá para a fé em Cristo, inevitavelmente
perseverarão em sua fé e não poderão nem totalmente nem finalmente cair
da graça em Cristo, porque Deus irresistivelmente os faz perseverar.
Portanto, seu destino de bênção eterna com Deus é seguro.
 Esta perseverança não é baseada no crente – que pode vacilar e realmente
cair em sério pecado por longos períodos de tempo – mas de fato é
baseada na contínua graça de Deus.
 Aqueles que parecem ser crentes, mas caem da fé e morrem sem Cristo,
demonstram que eles não tinham realmente obtido a fé salvadora em
primeiro lugar.

OS FACTS1 da Salvação
Um Sumário da Teologia Arminiana – ou As Doutrinas Bíblicas da Graça

por Brian Abasciano

Os dogmas distintivos da teologia arminiana podem ser apresentados usando o


acrônimo FACTS. A teologia opositora do calvinismo é mais conhecida por seu
acrônimo TULIP (para uma descrição da TULIP, veja este artigo. Mas arminianos
preferem lidar com os fatos em vez de brincar com florzinhas. E eis aqui os fatos,
apresentados em ordem lógica em vez da ordem no acrônimo para facilitar a
explicação, assim esperamos.

(Por favor, note: A numeração dos “Cinco Artigos da Remonstrância” (para os


artigos completos, veja esta página) foram colocadas em colchetes junto ao
correspondente ponto do FACTS para comparação à primeira declaração histórica
da teologia arminiana. Você pode ver um resumo dos FACTS neste artigo.
1. FACTS, do inglês para “fatos”.

OS FACTS da Salvação : Um Sumário da Teologia Arminiana – ou As


Doutrinas Bíblicas da Graça.

FACTS

Libertos para Crer pela Graça de Deus

(Freed by Grace to Believe – Artigos 3 e 4 dos Cinco Artigos da


Remonstrância)

Como temos notado, como os humanos são caídos e pecaminosos, eles não são
capazes de pensar, desejar, nem fazer nada bom em e de si mesmos, incluindo
crer no evangelho de Cristo (veja a descrição de Depravação Total acima).
Portanto, desejando a salvação de todos e providenciando expiação para todas as
pessoas (veja “Expiação para Todos” acima), Deus continua a tomar a iniciativa
para o propósito de trazer todas as pessoas para salvação chamando todas as
pessoas em todo lugar para se arrependerem e crerem no Evangelho (At 17:30; cf.
Mt 28:18-20), e habilitando aqueles que ouvem o Evangelho a respondê-lo
positivamente em fé. Sem o auxílio da graça, o homem não pode nem mesmo
escolher agradar Deus ou crer na promessa da salvação mantida no evangelho.
Como Jesus disse em Jo 6:44, “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou
não o trouxer”. Mas graças a Deus, Jesus também prometeu “E eu, quando for
levantado da terra, todos atrairei a mim”(Jo 12:32). Portanto, o Pai e o Filho trazem
as pessoas a Jesus, habilitando-as a vir a Jesus em fé. Mesmo que as pessoas
pecaminosas estejam cegas para a verdade do evangelho (2Co 4:4), Jesus veio
ao mundo da humanidade pecaminosa como “a verdadeira luz que ilumina todo
homem” (Jo 1:9; cf 12:36), a luz da qual João o Batista veio a dar testemunho,
“para que todos cressem por meio dele” (Jo 1:7). Então nós encontramos Jesus
falando ao povo que estava indisposto a crer nele para que pudessem ser salvos
(Jo 5:34, 40) e alertando descrentes, “Ainda por um pouco a luz está convosco.
Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem
anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para
que vos torneis filhos da luz” (Jo 12:35-36). De fato Deus iluminou os corações de
seus apóstolos “para a dar iluminação do conhecimento da glória de Deus na face
de Jesus Cristo” (2Co 4:6), e o Apóstolo Paulo recebeu graça “anunciar aos
gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a
dispensação do mistério que, desde o princípio do mundo, esteve oculto em Deus,
que criou todas as coisas” (Ef 3:8-9). Isto refere-se ao evangelho da graça de
Deus, que “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16), e
na realidade torna isto possível, para aqueles que ouvem, crer, porque

[8] Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto
é, a palavra da fé, que pregamos. {Note que Paulo está aplicando Dt 30:12, que
indica capacidade de obedecer a palavra de Deus, a mensagem do Evangelho,
indicando que aqueles que ouvem o evangelho recebem habilidade de crer
nele!]

[9] Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;

[10] pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz
confissão para a salvação.

[11] Porque a Escritura diz: Quem nele crer não será envergonhado.

[12] Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor
o é de todos, rico para com todos os que o invocam.

[13] Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

{Romanos 10:8-13 Almeida Recebida}

Além disso, “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rm 10:17),
apesar de que isto não causa necessariamente a fé, desde que “nem todos deram
ouvidos ao evangelho” (Rm 10:16) mesmo que eles tenham ouvido (Rm 10:18).
Deus oferece sua maravilhosa graça salvífica em Seu Filho para pecadores, mas
permite-lhes escolher se eles aceitarão ou rejeitarão. Portanto, no caso de Israel, o
Deus que ama todos e trabalha pela salvação de todos diz “Todo o dia estendi as
minhas mãos a um povo rebelde e contradizente” (Rm 10:21).

Continuando a missão de Jesus de salvar o mundo, o Santo Espírito veio para


convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8). Ainda que
descrentes estejam “entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus
pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração” (Ef 4:18), o Senhor
abre os corações das pessoas para responder positivamente à mensagem do
evangelho (At 16:14) e sua bondade leva àqueles com coração duro e impenitente
em direção ao arrependimento (Rm 2:4-5). Em sua soberania, ele até mesmo
posicionou os povos com o próprio propósito de “que buscassem a Deus, se
porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada
um de nós” (At 17:2&). Em suma, Deus chama todas as pessoas a se arrepender e
crer no Evangelho, habilitando aqueles que ouvem a respondê-lo positivamente
em fé enquanto ele traz todas as pessoas para a fé em Jesus, rompe a escuridão
de seus corações e mentes com o esplendor de sua luz, ilumina suas mentes,
comunica seu impressionante poder com o evangelho que incita fé, persuade-os
com sua bondade, convence-os pelo seu Espírito, abre seus corações para atentar
ao seu evangelho, e posiciona-os para buscá-lo já que ele está perto de cada um.

Tudo isso é conhecido no jargão teológico como a graça preveniente de Deus. O


termo “preveniente” simplesmente significa “precedente”. Portanto, “graça
preveniente” se refere à graça de Deus que precede salvação, incluindo aquela
parte da salvação conhecida como regeneração, que é o começo da vida espiritual
eterna concedida a todos os que confiam em Cristo (Jo 1:12-12). Graça
preveniente é também às vezes chamada de graça capacitante ou graça pré-
regenerativa. Este é o favor imerecido de Deus para pessoas totalmente
depravadas, que são indignas da bênção de Deus e incapazes de buscar Deus oi
de confiar nele de e por si mesmos. De acordo, Atos 18:27 indica que nós cremos
mediante graça, colocando a graça prevenientemente (i.e. logicamente anterior) à
fé como o meio pelo qual cremos. É a graça que, entre outras coisas, liberta
nossas vontades para crer em Cristo e seu Evangelho. Como Tito 2:11 diz,
“Porque a graça de Deus, que traz a salvação, se manifestou a todos os homens”.

Nós falamos da vontade do homem sendo liberta pela graça para enfatizar que as
pessoas não têm uma liberdade natural quando vêm a crer em Jeussm mas Deus
deve graciosamente tomar a ação de libertar nossas vontades a fim de sermos
capazes de crer em seu Filho que ele enviou para a salvação de todos. Quando
nossas vontades são libertas, podemos ou aceitar a graça salvífica de Deus em fé
ou rejeitá-la para nossa própria ruína. Em outras palavras, a graça salvífica de
Deus é resistível, o que quer dizer que ele dispensa seu chamado, guia, e graça
convincente (que traria salvação se respondida em fé) de tal forma que podemos
rejeitá-lo. Nós nos tornamos livre para crer em Jesus e livres para rejeitá-lo. A
resistibilidade da graça salvífica de Deus é claramente mostrada na Escritura,
como algumas das passagens já mencionadas testificam. De fato, a Bíblia é
tristemente preenchida com exemplos de pessoas desprezando a graça de Deus
oferecida a elas. Em Isaías 5:1-7 Deus realmente indica que ele não podia ter feito
mada mais para Israel produzir bons frutos. Mas se a graça irresistível é algo que
Deus dispensa, então ele poderia ter facilmente provido esta e infalivelmente
trazido Israel a produzir bom fruto. Muitas passagens do Antigo Testamento falam
sobre como Deus estendeu sua graça para Israel várias e várias vezes mas eles
repetidamente resistiram e rejeitaram-no (e.g., 2Rs 17:7-23; Jr 25:3-11; 26:1-9;
35:1-19). 2Cr 36:15-16 menciona que o convite insistente de suas mãos para o seu
povo, convite o qual foi rejeitado, foi motivado por compaixão por eles. Mas isto só
pode ser se a graça que ele estendeu os habilitou a se arrepender e evitar seu
julgamento e ainda assim foi resistível desde que eles de fato resistiram-na e
sofreram o julgamento de Deus. Neemias 9 apresenta um exemplo impressionante
do testemunho do Antigo Testamento que Deus continuamente estendeu as mãos
a Israel com sua graça que encontrou resistência e rejeição. Nós não temos
espaço para rever a passagem inteira (mas o leitor é encorajado a assim fazer),
mas citaremos alguns elementos chave e prestar atenção a alguns pontos
importantes. Ne 9:20a diz “Também lhes deste o teu bom espírito para os ensinar”,
e é seguido por um extenso catálogo de ações divinas graciosas em favor de Israel
nos versos 9b-25. Então em 9:26-31 diz:

[26] Não obstante foram desobedientes, e se rebelaram contra ti; lançaram a


tua lei para trás das costas, e mataram os teus profetas que protestavam
contra eles para que voltassem a ti; assim cometeram grandes provocações.

[27] Pelo que os entregaste nas mãos dos seus adversários, que os afligiram;
mas no templo da sua angústia, quando eles clamaram a ti, tu os ouviste do
céu; e segundo a multidão das tuas misericórdias lhes deste libertadores que os
libertaram das mãos de seus adversários.

[28] Mas, tendo alcançado repouso, tornavam a fazer o mal diante de ti,;
portanto tu os deixavas nas mãos dos seus inimigos, de modo que estes
dominassem sobre eles; todavia quando eles voltavam e clamavam a ti, tu os
ouvias do céu, e segundo a tua misericórdia os livraste muitas vezes;

[29] e testemunhaste contra eles, para os fazerdes voltar para a tua lei;
contudo eles se houveram soberbamente, e não deram ouvidos aos teus
mandamentos, mas pecaram contra os teus juízos, pelos quais viverá o homem
que os cumprir; viraram o ombro, endureceram a cerviz e não quiseram ouvir.

[30] Não obstante, por muitos anos os aturaste, e testemunhaste contra eles
pelo teu Espírito, por intermédio dos teus profetas; todavia eles não quiseram
dar ouvidos; pelo que os entregaste nas mãos dos povos de outras terras.

[31] Contudo pela tua grande misericórdia não os destruíste de todo, nem os
abandonaste, porque és um Deus clemente e misericordioso.

{Neemias 9:26-31 Almeida Recebida}

O texto afirma que Deus deu seu Espírito para instruir Israel (9:20) e que Deus
enviou seus profetas e alertou Israel para o propósito de que eles retornassem a
ele. Deus propôs estas ações para que tornar Israel de volta a ele / à sua Lei, e
ainda assim eles se rebelaram. Isto mostra Deus permitindo seu propósito não
vindo a ocorrer por permitir a seres humanos uma escolha de render-se à sua
graça ou não. Intrigantemente, a palavra traduzida como “aturar” em Neemias 9:30
usa um vocábulo hebraico que geralmente significa algo como “trazer, tragar,
puxar” e foi traduzida na tradução grega do AT usada pela antiga igreja com a
mesma palavra usada em Jo 6:44a (“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me
enviou não o trouxer”). Uma tradução melhor de Ne 9:30 seria “Muitos anos tu os
trouxeste e os alertaste pelo seu Espírito mediante os profetas. Ainda assim eles
não deram ouvidos”. O texto fala de um trazer divino resistível que busca colocar
as pessoas para o Senhor em arrependimento. Estêvão também forneceu um bom
exemplo de graça resistível quando ele disse a seus compatriotas judeus,

[51] Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre


resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós.

[52] A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que
dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes
traidores e homicidas,

[53] vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.

{Atos 7:51-53}

Lucas 7:30 nos diz que os fariseus e doutores da lei rejeitaram o propósito de
Deus para si mesmos. E Jesus, que falou ao povo com o propósito de salvá-los (Jo
5:34), ainda assim notou que eles recusaram a vir até ele para terem vida (Jo
5:40), e que veio para desviar todo judeu de seu pecado (At 3:26; veja o
tratamento deste texto em “Expiação para Todos”), mesmo assim claramente nem
todo judeu creu nele, lamentou sobre a indisposição do povo para receber sua
graça, dizendo “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que
a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha
ajunta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!” (Lc 13:34; veja também
Ez 24:13; Mt 23:37; Rm 2:4-5; Zc 7:11-14; Hb 10:29; 12:15; Jd 1:4; 2Co 6:1-2; Sl
78:40-42).

Arminianos divergem entre si mesmos sobre alguns dos detalhes de como a graça
preveniente de Deus funciona, provavelmente porque a própria Escritura não dá
uma descrição detalhada. Alguns arminianos creem que Deus continuamente
habilita todas as pessoas a crer em todo tempo como benefício da expiação.
Outros creem que Deus somente concede a capacidade de em Cristo para
pessoas em tempos selecionados de acordo com sua boa vontade e sabedoria.
Ainda outros creem que graça preveniente geralmente acompanha quaisquer dos
movimentos específicos de Deus em direção às pessoas, tornando-as capazes de
responder positivamente a tais movimentos conforme Deus assim os efetuaria.
Mas todos os arminianos concordam que as pessoas são incapazes de crer em
Jesus à parte da intervenção da graça de Deus e que Deus de fato concede sua
graça que traz para a salvação todas as pessoas moralmente responsabilizáveis.
Com respeito ao Evangelho, o bispo arminiano do século XVII, Laurence Womack,
bem dissera, “em todos aqueles que a palavra da fé é pregada, o Santo Espírito
concede, ou está pronto para conceder, tanta graça quanto é suficiente, no grau
adequado, para trazer-lhes à conversão”.

O conceito de “vontade liberta” levanta uma questão mais geral de se seres


humanos tenham livre arbítrio geralmente, à parte do domínio de agradar Deus e
realizar o bem espiritual (novamente, as pessoas não são livres neste quesito a
não ser que Deus as habilite). A resposta arminiana é sim. Pessoas têm livre
arbítrio em toda espécie de coisas. Por isto nós queremos dizer que quando as
pessoas são livres com respeito a uma ação, então elas podem pelo menos ou
realizar a ação ou abster-se de fazê-la. Pessoas geralmente têm escolhas
genuínas e são correspondentemente capazes de realizar escolhas. Quando livre,
a escolha específica que alguém faz não foi eficientemente predeterminada ou
necessitada por qualquer um ou qualquer coisa além da pessoa em si. De fato, se
as ações da pessoa foram tornadas necessárias por outrem, e a pessoa não pode
evitar realizar a ação, então ele não tem nenhuma escolha e ele não é livre neste
quesito. E se ele não tem uma escolha, então nem pode propriamente ser dito que
ele escolhe. Mas a Escritura bem claramente indica que as pessoas têm escolhas
e fazem escolhas sobre muitas coisas (e.g., Dt 23:16; 30:19; Js 24:15; 2Sm 24:12;
1Rs 18:23, 25; 1Cr 21:10; At 15:22, 25; Fp 1:22). Além disto, ela explicitamente
fala de liberdade humana (Ex 35:29; 36:3; Lv 7:16; 22:18, 21, 23; 23:38; Nm 15:3;
29:39; Dt 12:6, 17; 16:10; 2Cr 31:14; 35:8; Ed 1:4, 6; 3:5; 7:16; 8:28; Sl 119:108;
Ez 46:12; Am 4:5; 2Co 8:3; Fm 1:14; cf. 1Co 7:37) e atesta seres humanos
violando a vontade de Deus, mostrando que ele não predetermina suas vontades e
ações para o pecado. Além disto, o fato de Deus manter as pessoas responsáveis
por suas escolhas e ações implica que tais escolhas e ações foram livres. Não
obstante, é importante lembrar que arminianos não creem em liberdade ilimitada.
Existem muitas coisas nas quais não somos livres. Nós não podemos escolher
voar batendo os braços por exemplo. Nem negamos que nossas ações são
influenciadas por todas as espécies de causas. Mas quando somos livres, estas
causas são resistíveis e nós temos uma escolha genuína do que fazemos e não
são causadas necessariamente a agir de uma certa maneira por Deus ou por
qualquer outra coisa além de nós mesmos.

Finalmente, o conceito de vontade liberta também implica que Deus tem definitivo
e absoluto livre arbítrio. Pois é Deus que sobrenaturalmente libera a vontade dos
pecadores pela sua graça para crerem em Cristo, o que é um assunto da própria
livre vontade e soberania divina. Deus é onipotente e soberano, tendo o poder e
autoridade para fazer qualquer coisa que ele queira e não sendo restrito em suas
próprias ações e vontade por nada fora de si mesmo e seu próprio julgamento (Gn
18:14; Ex 3:14; Jó 41:11; Sl 50:10-12; Is 40:13-14; Jr 32:17, 27; Mt 19:26; Lc 1:37;
At 17:24-25; Rm 11:34-36; Ef 3:20; 2Co 6:18; Rv 1:8; 4:11). Nada pode ocorrer
exceto se ele fizer ou permitir. Ele é o Todo-Poderoso Criador e Deus do universo
a quem devemos todo o amor, adoração, glória, honra, agradecimento, louvor, e
obediência. Portanto, é bom para nós lembrar que detrás da vontade humana
liberta está Aquele que liberta a vontade, e este é um assunto de sua gloriosa,
livre, e soberana graça, totalmente imerecida de nossa parte, e providenciada para
nós pelo amor e misericórdia de Deus. Louvado seja seu santo nome!

Expiação Para Todos

(Atonement for All – O Segundo dos Cinco Artigos da Remonstrância)

Como observado anteriormente, devido à depravação total, ninguém pode ser


salvo a não ser que Deus tome a iniciativa. As boas novas são que, desde que
“Deus é Amor” (1Jo 4:8,16), “suas misericórdias estão sobre todas as suas obras”
(Sl 145:14), ama até mesmo seus inimigos (Mt 5:38-43), ele “deseja que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4),
“não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”
(2Pe 3:9), e não toma qualquer prazer na morte do ímpio, mas em vez disso
deseja que ele se arrependa de seus pecados e viva (Ez 18:23,33), ele tomou a
iniciativa enviando seu único Filho para morrer pelos pecados do mundo. Como
João 3:16-18 tão belamente nos afirma:

16. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo,
mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado;
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

Deus providenciou o perdão de pecados e salvação de toda pessoa pela morte de


Jesus Cristo em favor da humanidade pecaminosa. De fato, pela graça de Deus,
Jesus experimentou a morte por todos (Hb 2:9). Como 1Jo 2:2 nos diz, “E ele é a
propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo”. Após a sentença de 1Tim 2:4 citada acima que Deus ”
deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade”, os versos que se seguem continuam:

5. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo


Jesus, homem,
6. o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a
seu tempo;

De fato, “o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc
11:10), “Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores” (1Tim 1:15), “o Pai enviou
seu Filho como Salvador do mundo” (1Jo 4:14; cf. Jo 4:42), Deus é “Salvador de
todos os homens” (1Tim 4:10), Jesus é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo” (Jo 1:29), que “morreu pelos ímpios” (Rm 5:6), e “morreu por todos” (2Co
5:14-15) quando “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas transgressões” (2Co 5:19). Jesus até mesmo
morreu por aqueles que o rejeitaram e a sua palavra, o negaram e pereceram (Lc
22:17-21; Jo 12:46-48; Rm 14:15; 1Co 8:11; 2Pe 2:1; Hb 10:29). A provisão foi
feita por tantos quantos pecaram, que é todas as pessoas (Rm 3:22-25; 5:18).

Mas ainda que Jesus morreu por todos e tem provido expiação para todos, a
intenção da expiação provida foi que sua real aplicação (que concede oo perdão
dos pecados, situação de justiça com Deus, e salvação) seja condicional à fé em
Jesus Cristo. Isto é estabelecido bem claramente em Jo 3:16-18 citado acima. Por
amor, Deus sacrificou seu único Filho pelo mundo tal que aqueles do mundo que
confiam em Jesus e em seu sacrifício expiatório se beneficiarão de tal sacrifício
expiatório e serão salvos enquanto aqueles do mundo que rejeitam este sacrifício
expiatório em descrença não se beneficiarão dele mas permanecerão condenados
e perecerão (cf. várias outras passagens que deixam claro que fé é a condição
debaixo da qual e os meios pelo qual perdão, vida eterna, e salvação são
recebidas, por exemplo: Lc 8:12; Jo 1:12; 3:36; 5:24; 6:40,47; 20:31; At 16:31; Rm
1:16; 3-4; 10:9-10; 1Co 1:21; Gl 2:16; 3; Ef 2:8-9; 1Tm 1:16). Desde que a
expiação foi providenciada para todos, tornando a salvação disponível a todos, a
Escritura por vezes retrata a justificação como potencial para todas as pessoas
(Rm 3:22-25; 5:18) ainda que nem todos sejam ultimamente salvos. Apesar de
Deus desejar que todos creiam e sejam salvos mediante o sangue de Cristo,
muitos perecerão, não por falta de disponibilidade de salvação, mas porque eles
rejeitaram a provisão salvífica feita para eles na morte de Cristo e “porquanto não
crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3:18). Semelhantemente, as
referências escriturais a Deus ou Cristo como Salvador do mundo/de todos (Jo 4:4;
1Tm 4:10; 1Jo 4:14)não significam que todos serão de fato salvos, mas que o Pai
e o Filho providenciaram salvação para todos, a qual é efetivada somente para
aqueles que creem. Como a própria passagem de 1Tm 4:10 diz, “Pois para isto é
que trabalhamos e lutamos, porque temos posto a nossa esperança no Deus vivo,
que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que creem”. E Tito 2:11
pode dar encorajamento a crentes para apresentar um bom testemunho para
Cristo ao mundo descrente com esta razão: “Porque a graça de Deus, que traz a
salvação, se manifestou a todos os homens”. De fato, é a expiação ilimitada de
Cristo que serve como fundação necessária da genuína oferta de salvação
mantida para todos no evangelho e está de acordo com o comando para pregar o
evangelho a todos. Por exemplo, falando a uma audiência judaica geral, o
Apóstolo Pedro baseou a chamada ao arrependimento na obra de Cristo e
implicou que a obra foi para todos naquela audiência quando ele assegurou-lhes
que Deus enviou Cristo para retirar cada um deles de seus pecados:

18. Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus
profetas havia anunciado que o seu Cristo havia de padecer.

19. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos


pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor,

20. e envie ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus,

21. ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração de todas as
coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o
princípio. […]

26. Deus suscitou a seu Filho Jesus, e a vós primeiramente vo-lo enviou para
que vos abençoasse, desviando-vos, a cada um, das vossas maldades. {Atos
3:18-21,26 Almeida Recebida}

Como Lucas 24:45-47 reporta,

45. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;

46. e disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e,
ao terceiro dia, ressuscitasse dentre os mortos;

47. e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos


pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.
{Lc 24:45-47, cf. Mt 28:18-20, At 17:30).

Eleição Condicional

(Conditional Election – Artigo 1 dos Cinco Artigos da Remonstrância)

Existem duas visões principais sobre o que a Bíblia ensina acerca do conceito de
eleição para salvação: se ela é condicional ou incondicional. A eleição ser
incondicional significa que a escolha de Deus por aqueles que ele salvará não tem
nada a ver com eles, que não foi nada sobre eles que contribui para a decisão de
Deus em escolhê-los, o que parece tornar a escolha por Deus de qualquer
indivíduo em detrimento de qualquer outro arbitrária. Isto também implica
reprovação incondicional e arbitrária, a escolha por Deus de não salvar certos
indivíduos mas daná-los pelos seus pecados por razão nenhuma a ver com eles, o
que parece contradizer o espírito de numerosas passagens que enfatizam o
pecado humano como razão para divina condenação bem como o desejo de Deus
para que as pessoas se arrependam e sejam salvas (e.g. Gn 18:25; Dt 7:9, 12;
11:26-28; 30:15; 2Cr 15:1-2; Sl 145:19; Ez 18:20-24; Jo 3:16-18; veja também
“Expiação para Todos” acima e o tratamento da reprovação por John Wesley,
incluindo muito mais versos com breve comentário disponível
em http://evangelicalarminians.org/wp-content/uploads/2013/07/Wesley-on-
Reprobation.pdf). A eleição ser condicional significa que a escolha por Deus
daqueles que ele salvará tem algo a ver com eles, que parte de sua razão para
escolher eles tem algo a ver com eles. Acerca da eleição para salvação, a Bíblia
ensina que Deus escolhe para salvação aqueles que creem em Jesus Cristo e
portanto tornam-se unidos a ele, fazendo a eleição condicional à fé em Cristo.

Desejando a salvação de todos, provendo expiação para todos, e tomando a


iniciativa de trazer todas as pessoas à salvação entregando o evangelho e
habilitando todos os que ouvem o evengelho a responder positivamente em fé
(veja “Expiação para Todos” e “Livres para Crer” acima), Deus escolhe salvar
aqueles que creem no evangelho / em Jesus Cristo (Jo 3:15-16, 36; 4:14; 5:24, 40;
6:47,50-58; 20:31;
Rm 3:21-30; 4:3-5, 9, 11, 13, 16, 20-24; 5:1-2; 9:30-33; 10:4, 9-13;
1Co 1:21; 15:1-2;
Gl 2:15-16; 3:2-9, 11, 14, 22, 24, 26-28;
Ef 1:13; 2:8;
Fp 3:9;
Hb 3:6, 14, 18-19; 4:2-3; 6:12;
1Jo 2:23-25; 5:10-13, 20).
Esta verdade bíblica clara e básica é equivalente a afirmar que a eleição para
salvação é condicional à fé. Assim como a salvação é pela fé (e.g. Ef 2:8 – “8
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” (assim a eleição para salvação é
pela fé, um ponto explicitamente exibido em 2Ts 2:13 – “Deus vos escolheu desde
o princípio para salvação mediante santificação pelo Espírito e fé na verdade”
(NASB; note: “Deus vos escolheu … mediante … fé na verdade”; sobre a
gramática deste verso, veja “Traduções Rápidas: 2Tessalonicenses 2:13,
Gramática Grega e Eleição Condicional“). Ou como João 14:21 coloca (com a
suposição não-afirmada que o amor por Cristo e obediência a seus mandamentos
vêm da fé) “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me
ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me
manifestarei a ele”. Ou de novo, nas palavras de 1Co 8:3, “Mas, se alguém ama a
Deus, esse é conhecido dele”. Além disto, nós encontramos várias expressões da
condição de eleito/salvo sendo dada pela fé, i.e. concedida por Deus em resposta
à fé. Crentes são justificados pela fé (Rm 3-4, Gl 3), adotados como filhos de Deus
pela fé (Jo 1:12, Gl 3:26), herdeiros de Deus pela fé (Rm 4:13-16; Gl 3:24-29; Tt
3:7; cf. Rm 8:16-17), dados vida espiritual (= regenerados) pela fé (Jo 1:12-13;
3:14-16; Jo 5:24, 39-40; 6:47, 50-58; 20:31; Ef 2:4-8 [note que ser salvo aqui é
igualado a ser levantado para a vida espiritual etc., e que isto é então dito como
tomando lugar pela fé]; Cl 2:12; 1 Tm 1:16; Tt 3:7), santificados pela fé (At 26:18),
dados o Espírito Santo pela fé (Jo 4:14; 7:38-39; At 2:33; Rm 5:1, 5; Ef 1:13-14; Gl
3:1-6, 14), habitados pelo Pai, Filho e Santo Esírito pela fé (com os parênteses
anteriores, veja Jo 14:15-17, 23; 17:20-23; Ef 3:14-17), e unidos a Cristo pela fé
(Jo 6:53-57; 14:23; 17:20-23; Ef 1:13-14; 2; 3:17; Gl 3:26–28; Rm 6; 1Co 1:30; 2Co
5:21).

Nós devemos ser cautelosos em não perder a expressão da situação de eleitos


nos diversos estados de graça. O estado da justificação significa estar em correto
relacionamento com Deus. Mas isto implica pertencer a ele como um de seu povo
eleito. Adoção/filiação também é uma expressão clássica do Antigo Testamento
sobre a eleição de aliança do povo de Deus (Ex 4:22-23). Isto envolve a ideia de
pertencer a Deus da mais profunda maneira possível para seres humanos.
Herança segue diretamente disto como uma expressão de eleição. Filhos, que
pertencem a Deus, são herdeiros de suas bênçãos e promessas pactuais (Rm
8:16-17). Vida espiritual também implica situação de eleito porque é uma das
bênçãos providas na aliança. Mas a conexão com a situação de eleito pactual é
ainda maior, como Jo 17:3 revela que não apenas aqueles que pertencem a Jesus
recebem vida eterna, mas esta vida eterna é conhecer Cristo/Deus, o que é melhor
entendido como um relacionamento íntimo de aliança envolvendo a condição de
eleitos: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste”.

O fato que o Santo Espírito é dado a crentes sob a condição de fé em Cristo


também é profundamente confirmatório da eleição condicional. Pois na Escritura a
presença de Deus / o Santo Espírito é o doador e marcador da eleição. Como
Moisés orou em Ex 33:15-16, “… Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças
subir daqui. Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos,
eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos
separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra”. Ou
como Paulo estabelece em Rm 8:9-10, “Vós, porém, não estais na carne, mas no
Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo está morto
por causa do pecado, mas o Espírito é vida por causa da justiça” (ênfase
acrescida). A concessão do Espírito acarreta eleição, e ter o Espírito faz a pessoa
eleita. Portanto, tendo o Espírito também separa a pessoa como eleita. Mas o
Espírito é dado aos crentes pela fé, fazendo a eleição também ser pela fé.

De um ponto de vista arminiano não-tradicional (veja mais abaixo sobre diferentes


visões arminianas), isto acorda com os fatos que o Santo Espírito santifica os
crentes e santificação é por vezes identificada com o meio pelo qual a eleição é
obtida (2Ts 2:13, 1Pe 1:2). Santificar significa “ser feito santo, separado para
Deus”. A obra santificatória inicial do Espírito é mais ou menos equivalente a
crentes-eleitos sendo escolhidos ou separados para serviço e obediência para ele.
O Apóstolo Paulo conta à igreja dos tessalonicenses, “Deus vos escolheu desde o
princípio para salvação mediante santificação pelo Espírito e fé na verdade” (2Ts
2:13 NASB). Eleição é aqui apresentada como tomando lugar mediante ou pela
santificação que o Santo Espírito realiza. Mas como nós temos visto, o Santo
Espírito é recebido pela fé, fazendo a santificação que ele traz também
condicionada à fé e lançando luz na menção de “fé na verdade” seguindo
imediatamente 2Ts 2:13. Semelhantemente 1Pe 1:1-2 fala dos “escolhidos
refugiados … segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para
a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo…” Eleição toma lugar em ou
pelo ou mediante a santificação efetivada pelo Espírito. Isto é, uma pessoa se
torna eleita quando o Santo Espírito a separa como pertencente a Deus, para
obediência para com Jesus Cristo e para aspersão com seu sangue (i.e. o perdão
dos pecados), um ato consequente à entrega do Espírito, o que mais uma vez é a
própria consequência da fé em Cristo.

O estado final da graça daqueles acima mencionado para nós considerarmos é a


união com Cristo, que é o mais fundamental de todos eles, servindo como base de
cada um. Como Ef 1:3 afirma acerca da Igreja, Deus “nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo”. A frase “em Cristo” indica
união com Cristo, um estado no qual se adentra pela fé, como já mencionado. Em
Ef 1:3, união com Cristo é dada como condição para as bênçãos de Deus para a
Igreja. Isto é, Deus abençoou a Igreja com toda sorte de bênçãos espirituais como
consequência de serem unidos a Cristo (cf. Rm 9:7b – “Em Isaque será chamada
sua descendência”, o que claramente significa que a descendência de Abraão
seria nomeada como consequência de estar em Isaque, i.e. aqueles conectados a
Isaque seriam contados como descendência de Abraão). Uma das bênçãos
espirituais especificadas como entre cada bênção espiritual com a qual a Igreja foi
abençoada é eleição (Ef 1:4). Agora se Deus abençoou a Igreja com toda bênção
spiritual como consequência de estar unida a Cristo, e a eleição é uma destas
bênçãos, então isto significa que a eleição é condicional à união com Cristo e à fé
pela qual esta união é estabelecida.
Mais diretamente, Ef 1:4 explicitamente indica a condição de eleição
especificamente com a frase “nEle [em Cristo]”: “nos elegeu nele antes da
fundação do mundo”. Bem como Deus nos abençoou em Cristo com toda bênção
espiritual indica que Deus nos abençoou porque estamos em Cristo (Ef 1:3), então
Deus nos escolhendo em Cristo indica que Deus nos escolheu por causa de nossa
união com Cristo (Ef 1:4). Efésios 1:4, portanto, articula eleição condicional, uma
eleição que é condicional à união em Cristo. Mas o fato que união com Cristo é
condicional à fé nele faz a eleição também condicional à fé em Cristo.

A próxima frase em Efésios 1:4 – “antes da fundação do mundo” – nos traz a uma
diferença de opinião entre arminianos sobre a natureza da eleição incondicional. A
visão tradicional concebe eleição condicional como sendo individualística, com
Deus escolhendo separadamente antes da fundação do mundo cada indivíduo que
ele dantes soube que livremente estaria em Cristo pela fé e perseveraria nesta fé-
em-união. A visão parece encontrar impressionante suporte em duas passagens
proeminentes que relatam-se com a eleição.

Romanos 8:29 diz “Porque os que previamente conheceu, também os predestinou


para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito
entre muitos irmãos”. Agora sem questão, o pré-conhecimento de Deus sobre os
seres humanos é total e incluiria conhecimento anterior de cada pessoa e se creria
ou não. E em Rm 8:29, presciência divina é apresentada como a condição para
predestinação. Dado tudo que foi dito até aqui, muitos chegariam que a
presciẽncia de Deus sobre a fé dos crentes seria o elemento mais natural de sua
presciência deles ser determinativo de sua decisão de salvá-los e predestiná-los
para serem conformes à imagem de Cristo.

A outra passagem proeminente provendo suporte para eleição sendo condicionada


à presciência divina sobre a fé humana é 1Pe 1:1-2, que fala da situação de eleito
como sendo “segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para
a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo”. Aqui a situação de eleito é
explicitamente dito como sendo baseado na presciẽncia de Deus. E novamente, o
tipo de evidência que estamos revendo leva muitos a crer que é especialmente
presciência da fé dos crentes que está em vista como aquela a qual a eleição
divina conforma. Desde que este texto não especifica a presciência em vista como
sendo de pessoas, outra opção compatível com ambas as visões arminianas de
eleição tomaria a presciência divina em 1Pe 1:2 como sendo do próprio plano de
Deus para salvação, significando que eleição é baseada no plano de Deus para
salvar aqueles que creem.

A visão arminiana não-tradicional da eleição é conhecida como eleição corporativa.


Ela observa que a eleição do povo de Deus no Antigo Testamento foi
consequência da escolha de um indivíduo que representou o grupo, o cabeça e
representante corporativo. Em outras palavras, o grupo foi eleito no cabeça
corporativo, isto é, como consequência de sua associação com o representante
corporativo (Gn 15:18; 17:7-10, 19; 21:12; 24:7; 25:23; 26:3-5; 28:13-15; Dt 4:37;
7:6-8; 10:15; Ml 1:2-3). Além disso, indivíduos (tais como Raabe e Rute) que não
eram naturalmente relacionados ao cabeça corporativo poderiam unir-se ao povo
escolhido e à identidade, história, eleição, e bênçãos do cabeça e povo eleitos.
Houve uma série de cabeças de alianças no Antigo Testamento – Abraão, Isaque,
e Jacó, e a escolha de cada novo cabeça do pacto trouxe uma nova definição do
povo de Deus baseado na identidade do cabeça da aliança (juntamente com as
referências anteriores deste parágrafo, veja Rm 9:6-13). Finalmente, Jesus Cristo
veio como cabeça da Nova Aliança (Rm 3-4; 8; Gl 3-4; Hb 9:15; 12:24)— ele é o
Escolhido (Mc 1:11; 9:7; 12:6; Lc 9:35; 20:13; 23:35; Ef 1:6; Cl 1:13; e numerosas
referências a Jesus como Cristo/Messias) – e qualquer um unido a ele vem a
compartilhar sua identidade, história, eleição, e bênçãos da aliança (nos tornamos
coerdeiros com Cristo – Rm 8:16-17; cf. Gl 3:24-29). Portanto, a eleição é “em
Cristo” (Ef 1:4), consequência da união com ele pela fé. Assim como o povo de
Deus na Antiga Aliança foi escolhido em Jacó/Israel, assim o povo de Deus na
Nova Aliança é escolhido em Cristo.

Alguns têm erroneamente tomado o apelo de Paulo em Romanos 9 para a eleição


discricionária dos cabeças das alianças anteriores como sendo indicação de que a
eleição de Deus para salvação é incondicional. Mas a eleição do cabeça da
aliança é única, acarretando a eleição de todos que são identificados com ele em
vez de que cada membro individual do povo eleito foi escolhido como um indivíduo
para tornar-se parte do povo eleito da mesma forma que o cabeça corporativo foi
escolhido. Em harmonia com esta grande ênfase em Romanos sobre
salvação/justificação sendo pela fé em Cristo, Paulo apela para a eleição
discricionária de Isaque e Jacó a fim de defender o direito de Deus em fazer a
eleição ser pela fé em Cristo em vez de obras ou ascendência, bem como sua
conclusão na seção evidencia, referindo-se à situação eletiva da justificação:

30. Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça,
alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé.

31. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não atingiu a lei da justiça.

32. Por que? Porque não a buscavam pela fé, mas como que pelas obras da lei.

{Romanos 9:30-32b Almeida Recebida}

(Para um bom artigo sobre Romanos 9, veja Traduções Crédulas: Romanos 9 –


Uma Leitura sob uma Nova Perspectiva.)
A metáfora da oliveira por Paulo em Rm 11:17-24 dá uma excelente figura da
perspectiva da eleição corporativa. A oliveira representa o povo eleito de Deus.
Mas indivíduos são enxertados no povo eleito e participam na eleição e suas
bênçãos pela fé ou são arrancados do povo escolhido de Deus e de suas bênçãos
por causa da descrença. O foco da eleição é o povo corporativo de Deus com
indivíduos participando da eleição por meios de sua participação (mediante fé) no
grupo eleito, que compreende a história da salvação. Efésios 2:11-12
semelhantemente atesta que os gentios que creem em Cristo são nele feitos para
ser parte do corpo de Israel, cidadãos companheiros com os santos, membros da
família de Deus, e possessores das alianças da promessa (2:11-12; note
especialmente os versos 12,19).

Enquanto concordando que Deus conheça o futuro, incluindo os que crerão, a


perspectiva da eleição corporativa tende a entender as referências ao pré-
conhecimento em Rm 8:29 e 1Pe 1:1-2 como referindo-se ao conhecimento
relacional anterior que se resume a previamente reconhecer ou contar ou adotar
ou escolher pessoas como pertencendo a Deus (i.e. em relacionamento/parceria
de aliança). A Bíblia algumas vezes menciona este tipo de conhecimento, tal como
quando Jeus fala dos que nunca se submeteram verdadeiramente ao seu sehorio:
“Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade” (Mt 7:23; cf. Gn 18:19, Jr 1:5, Os 13:2-5, Am 3:2, 1Co 8:3).
Nesta visão, ser escolhido de acordo com a presciência significa ser escolhido por
causa da eleição anterior de Cristo e do povo corporativo de Deus nele. “Os [plural]
que previamente conheceu” em Rm 8:29 referir-se-ia à Igreja como um corpo
corporativo e sua eleição em Cristo bem como sua identidade como a legítima
continuação do povo escolhido de Deus histórico, que crentes individuais
compartilham na união-em-fé com Cristo e participação no seu povo. Tal referência
é relacionada com afirmações na Escritura ditos a Israel sobre Deus escolhendo-
os no passado (i.e. pré-conhecendo eles), uma eleição que a geração
contemporânea sendo abordada compartilhava (e.g., Dt 4:37; 7:6-7; 10:15; 14:2; Is
41:8-9; 44:1-2; Am 3:2). Em cada geração, Israel poderia ser dita como escolhida.

A Igreja agora compartilha esta eleição mediante Cristo, o cabeça e mediador da


aliança (Rm 11:17-24; Ef 2:11-22).

Semelhantemente, ser escolhido em Cristo antes da fundação do mundo referir-se-


ia a compartilhar a eleição de Cristo que tomou lugar antes da fundação do mundo
(1Pe 1:20). Como Cristo incorpora e representa seu povo, pode ser dito que seu
povo foi eleito quando ele o foi bem como pode ser dito que a nação de Israel
estava no útero de Rebeca antes de sua existência porque Jacó estava (Gn 25:23)
e que Deus amou/escolheu Israel amando/escolhendo Jacó antes de a nação de
Israel existir (Ml 1:2-3) e que Levi pagou dízimo a Melquisedeque em Abraão antes
de Levi existir (Hb 7:9-10) e que a igreja morreu, levantou-se e foi assentada com
Cristo antes mesmo de a Igreja sequer existir (Ef 2:5-6; cf. Cl 2:11-14; Rm 6:1-14)
e que nós (a Igreja) estamos assentados nos lugares celestiais em Cristo quando
nós ainda não estamos literalmente no Paraíso mas Cristo está. A eleição de
Cristo acarreta a eleição daqueles que estão unidos a ele, e portanto nossa eleição
pode ser tida como tendo tomado lugar quando a dele ocorreu, mesmo antes de
nós de fato estarmos unidos a ele. Isto é de certo modo semelhante a como eu,
enquanto americano, posso dizer que nós (a América) vencemos a Revolutionary
War antes que eu ou qualquer americano vivo hoje tenha sequer nascido.

A visão corporativa explica por que somente aqueles que na realidade são do povo
de Deus são chamados de eleitos ou apelações semelhantes na Escritura, e não
aqueles que não pertencem a Deus mas um dia pertencerão. No Novo
Testamento, somente crentes são identificados como eleitos. Como Romanos 8:9
afirma, “…Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”.
Semelhantemente, Rm 11:7-24 apóia o entendimento corporativo da eleição como
referindo-se somente àqueles que estão na realidade em Cristo pela fé em vez de
também incluir certos descrentes que foram escolhidos para crer desde a
eternidade. Porque em Romanos 11:7, “os outros” são não-eleitos. Mas Paulo cria
que estes dentre os outros podiam crer ainda, revelando que eleito é um termo
dinâmico que permite desvio de e entrada para os eleitos como retratado na
passagem da metáfora da oliveita. Desde que a eleição de indivíduos deriva da
eleição de Cristo e do povo corporativo de Deus, indivíduos tornam-se eleitos
quando eles creem e permanecem eleitos apenas enquanto eles creem. Portanto
2Pe 1:10 urge aos crentes para “mais diligentemente confirmar o vosso chamado e
eleição” e o Novo Testamento é recheado de alertas para perseverar na fé e evitar
abandonar a eleição/salvação (veja “Segurança em Cristo” abaixo; para uma
introdução à visão corporativa com links para mais fontes, veja
http://evangelicalarminians.org/a-concise-summary-of-the-corporate-view-
ofelection-and-predestination/).

Sumarizando, existem duas visões diferentes de eleição condicionada à fé.


Primeiro, a eleição individual é a visão clássica, na qual Deus individualmente
escolhe cada crente baseado em sua presciência da fé de cada um e assim
predestina cada um deles à vida eterna. Segundo, eleição corporativa é a principal
visão alternativa, mantendo que a eleição para salvação é primariamente da Igreja
como povo e adota indivíduos somente na união-em-fé com Cristo O Escolhido e
como membros de seu povo. Além disso, desde que a eleição de indivíduos deriva
da eleição de Cristo e o povo corporativo de Deus, indivíduos tornam-se eleitos
quando eles creem e permanecem eleitos apenas enquanto creem. Eleição
condicional é apoiada pela Escritura por (veja a discussão acima para
explanações):

1. Afirmação direta;
2. Salvação pela fé;
3. Várias expressões da situação de eleição sendo pela fé;
4. A apresentação da eleição como baseada na presciência de Deus,
seja a da fé humana ou equivalente à escolha anterior de Cristo
e/ou o povo de Deus como um corpo corporativo no qual
indivíduos participam pela fé;;
5. Eleição sendo “em Cristo”, que é um estado em si mesmo
condicional à fé;
6. A linguagem da eleição sendo aplicada somente a crentes e não a
crentes que depois creriam;
7. O desejo de Deus para a salvação de todos;
8. A provisão de expiação para todos;
9. A proclamação da chamada do Evangelho para todos;
10. A atração de todos para a fé em Cristo;
11. Liberdade humana (para este e os outros 4 pontos anteriores,
veja “Expiação para Todos” e “Libertos para Crer” acima); e
12. Numerosas advertências contra o abandono da fé e portanto da
situação de eleição e suas bênçãos da salvação.

A doutrina da eleição condicional centra a eleição em Cristo tornando-a condicional


à união com ele em vez de reduzir o papel de Cristo como sendo o meio pela qual
a eleição é efetuada. Além disso, eleição condicional sublinha a iniciativa graciosa
na salvação em direção a pessoas totalmente depravadas e encoraja a humildade
e adoração para a maravilhosa graça de Deus em escolher aqueles que merecem
o Inferno para adoção em sua família, salvação, e toda bênção espiritual, um dom
livre recebido pela fé (a condição não-meritória para eleição) pelo maior custo para
Deus, que sacrificou seu próprio Filho para que pudesse nos escolher, e pelo
maior custo para Jesus Cristo, que morreu por nós para que nós pudéssemos ser
escolhidos por Deus. Toda glória e louvor a Deus somente!

Depravação Total

(Total Depravity – Terceiro dos Cinco Artigos da Remonstrância)

Humanidade foi criada à imagem de Deus, boa e reta, mas caiu de seu estado
original sem pecado mediante desobediência deliberada, deixando a humanidade
no estado de total depravação, pecaminosidade, separação de Deus, e debaixo da
sentença de divina condenação (Rm 3:23, 6:23; Ef 2:1-3). Depravação total não
quer dizer que os seres humanos são tão malignos quanto possam ser, mas que o
pecado impactou cada parte do ser e que tais pessoas agora têm uma natureza
pecaminosa com inclinação natural para o pecado. Seres humanos são
fundamentalmente corruptos no coração. Como a Escritura nos diz, “Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas, e perverso;” (Jr 17:9; cf. Gn 6:5; Mt 19:17;
Lc 11:13). De fato, seres humanos estão espiritualmente mortos em pecados (Ef
2:1-3, Cl 2:13) e são escravos do pecado (Rm 6:17-20). O Apóstolo Paulo até
mesmo diz ” eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum”
(Rm 7:18). Em outro momento ele testifica:

[10] como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer.

[11] Não há ninguém que entenda; ninguém que busque a Deus.

[12] Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há ninguém


que faça o bem, não há nem um sequer.

(Rm 3:10-12; cf. Rm 1:18-32; Ef 4:17-22).

Em seu estado natural, seres humanos são hostis a Deus e não podem se
submeter à sua Lei e nem agradá-lo (Rm 8:7-8). Portanto, seres humanos não são
capazes de pensar, desejar, nem fazer nada bom de e por si mesmos. Somos
incapazes de qualquer coisa que mereça o favor de Deus e nós não podemos
fazer nada para salvar-nos do julgamento e condenação de Deus que merecemos
pelo nosso pecado. Nós não podemos sequer crer no evangelho por nós mesmos
(Jo 6:44). Se qualquer pessoa é salva, Deus deve tomar iniciativa.

Faltando o S

Segurança em Cristo

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