calvinista
por Brian Abasciano e Martin Glynn
Tradução: Crédulo from this WordPress Blog
ARMINIANISMO
CALVINISMO
OS FACTS1 da Salvação
Um Sumário da Teologia Arminiana – ou As Doutrinas Bíblicas da Graça
FACTS
Como temos notado, como os humanos são caídos e pecaminosos, eles não são
capazes de pensar, desejar, nem fazer nada bom em e de si mesmos, incluindo
crer no evangelho de Cristo (veja a descrição de Depravação Total acima).
Portanto, desejando a salvação de todos e providenciando expiação para todas as
pessoas (veja “Expiação para Todos” acima), Deus continua a tomar a iniciativa
para o propósito de trazer todas as pessoas para salvação chamando todas as
pessoas em todo lugar para se arrependerem e crerem no Evangelho (At 17:30; cf.
Mt 28:18-20), e habilitando aqueles que ouvem o Evangelho a respondê-lo
positivamente em fé. Sem o auxílio da graça, o homem não pode nem mesmo
escolher agradar Deus ou crer na promessa da salvação mantida no evangelho.
Como Jesus disse em Jo 6:44, “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou
não o trouxer”. Mas graças a Deus, Jesus também prometeu “E eu, quando for
levantado da terra, todos atrairei a mim”(Jo 12:32). Portanto, o Pai e o Filho trazem
as pessoas a Jesus, habilitando-as a vir a Jesus em fé. Mesmo que as pessoas
pecaminosas estejam cegas para a verdade do evangelho (2Co 4:4), Jesus veio
ao mundo da humanidade pecaminosa como “a verdadeira luz que ilumina todo
homem” (Jo 1:9; cf 12:36), a luz da qual João o Batista veio a dar testemunho,
“para que todos cressem por meio dele” (Jo 1:7). Então nós encontramos Jesus
falando ao povo que estava indisposto a crer nele para que pudessem ser salvos
(Jo 5:34, 40) e alertando descrentes, “Ainda por um pouco a luz está convosco.
Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem
anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para
que vos torneis filhos da luz” (Jo 12:35-36). De fato Deus iluminou os corações de
seus apóstolos “para a dar iluminação do conhecimento da glória de Deus na face
de Jesus Cristo” (2Co 4:6), e o Apóstolo Paulo recebeu graça “anunciar aos
gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a
dispensação do mistério que, desde o princípio do mundo, esteve oculto em Deus,
que criou todas as coisas” (Ef 3:8-9). Isto refere-se ao evangelho da graça de
Deus, que “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16), e
na realidade torna isto possível, para aqueles que ouvem, crer, porque
[8] Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto
é, a palavra da fé, que pregamos. {Note que Paulo está aplicando Dt 30:12, que
indica capacidade de obedecer a palavra de Deus, a mensagem do Evangelho,
indicando que aqueles que ouvem o evangelho recebem habilidade de crer
nele!]
[9] Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;
[10] pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz
confissão para a salvação.
[11] Porque a Escritura diz: Quem nele crer não será envergonhado.
[12] Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor
o é de todos, rico para com todos os que o invocam.
[13] Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Além disso, “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rm 10:17),
apesar de que isto não causa necessariamente a fé, desde que “nem todos deram
ouvidos ao evangelho” (Rm 10:16) mesmo que eles tenham ouvido (Rm 10:18).
Deus oferece sua maravilhosa graça salvífica em Seu Filho para pecadores, mas
permite-lhes escolher se eles aceitarão ou rejeitarão. Portanto, no caso de Israel, o
Deus que ama todos e trabalha pela salvação de todos diz “Todo o dia estendi as
minhas mãos a um povo rebelde e contradizente” (Rm 10:21).
Nós falamos da vontade do homem sendo liberta pela graça para enfatizar que as
pessoas não têm uma liberdade natural quando vêm a crer em Jeussm mas Deus
deve graciosamente tomar a ação de libertar nossas vontades a fim de sermos
capazes de crer em seu Filho que ele enviou para a salvação de todos. Quando
nossas vontades são libertas, podemos ou aceitar a graça salvífica de Deus em fé
ou rejeitá-la para nossa própria ruína. Em outras palavras, a graça salvífica de
Deus é resistível, o que quer dizer que ele dispensa seu chamado, guia, e graça
convincente (que traria salvação se respondida em fé) de tal forma que podemos
rejeitá-lo. Nós nos tornamos livre para crer em Jesus e livres para rejeitá-lo. A
resistibilidade da graça salvífica de Deus é claramente mostrada na Escritura,
como algumas das passagens já mencionadas testificam. De fato, a Bíblia é
tristemente preenchida com exemplos de pessoas desprezando a graça de Deus
oferecida a elas. Em Isaías 5:1-7 Deus realmente indica que ele não podia ter feito
mada mais para Israel produzir bons frutos. Mas se a graça irresistível é algo que
Deus dispensa, então ele poderia ter facilmente provido esta e infalivelmente
trazido Israel a produzir bom fruto. Muitas passagens do Antigo Testamento falam
sobre como Deus estendeu sua graça para Israel várias e várias vezes mas eles
repetidamente resistiram e rejeitaram-no (e.g., 2Rs 17:7-23; Jr 25:3-11; 26:1-9;
35:1-19). 2Cr 36:15-16 menciona que o convite insistente de suas mãos para o seu
povo, convite o qual foi rejeitado, foi motivado por compaixão por eles. Mas isto só
pode ser se a graça que ele estendeu os habilitou a se arrepender e evitar seu
julgamento e ainda assim foi resistível desde que eles de fato resistiram-na e
sofreram o julgamento de Deus. Neemias 9 apresenta um exemplo impressionante
do testemunho do Antigo Testamento que Deus continuamente estendeu as mãos
a Israel com sua graça que encontrou resistência e rejeição. Nós não temos
espaço para rever a passagem inteira (mas o leitor é encorajado a assim fazer),
mas citaremos alguns elementos chave e prestar atenção a alguns pontos
importantes. Ne 9:20a diz “Também lhes deste o teu bom espírito para os ensinar”,
e é seguido por um extenso catálogo de ações divinas graciosas em favor de Israel
nos versos 9b-25. Então em 9:26-31 diz:
[27] Pelo que os entregaste nas mãos dos seus adversários, que os afligiram;
mas no templo da sua angústia, quando eles clamaram a ti, tu os ouviste do
céu; e segundo a multidão das tuas misericórdias lhes deste libertadores que os
libertaram das mãos de seus adversários.
[28] Mas, tendo alcançado repouso, tornavam a fazer o mal diante de ti,;
portanto tu os deixavas nas mãos dos seus inimigos, de modo que estes
dominassem sobre eles; todavia quando eles voltavam e clamavam a ti, tu os
ouvias do céu, e segundo a tua misericórdia os livraste muitas vezes;
[29] e testemunhaste contra eles, para os fazerdes voltar para a tua lei;
contudo eles se houveram soberbamente, e não deram ouvidos aos teus
mandamentos, mas pecaram contra os teus juízos, pelos quais viverá o homem
que os cumprir; viraram o ombro, endureceram a cerviz e não quiseram ouvir.
[30] Não obstante, por muitos anos os aturaste, e testemunhaste contra eles
pelo teu Espírito, por intermédio dos teus profetas; todavia eles não quiseram
dar ouvidos; pelo que os entregaste nas mãos dos povos de outras terras.
[31] Contudo pela tua grande misericórdia não os destruíste de todo, nem os
abandonaste, porque és um Deus clemente e misericordioso.
O texto afirma que Deus deu seu Espírito para instruir Israel (9:20) e que Deus
enviou seus profetas e alertou Israel para o propósito de que eles retornassem a
ele. Deus propôs estas ações para que tornar Israel de volta a ele / à sua Lei, e
ainda assim eles se rebelaram. Isto mostra Deus permitindo seu propósito não
vindo a ocorrer por permitir a seres humanos uma escolha de render-se à sua
graça ou não. Intrigantemente, a palavra traduzida como “aturar” em Neemias 9:30
usa um vocábulo hebraico que geralmente significa algo como “trazer, tragar,
puxar” e foi traduzida na tradução grega do AT usada pela antiga igreja com a
mesma palavra usada em Jo 6:44a (“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me
enviou não o trouxer”). Uma tradução melhor de Ne 9:30 seria “Muitos anos tu os
trouxeste e os alertaste pelo seu Espírito mediante os profetas. Ainda assim eles
não deram ouvidos”. O texto fala de um trazer divino resistível que busca colocar
as pessoas para o Senhor em arrependimento. Estêvão também forneceu um bom
exemplo de graça resistível quando ele disse a seus compatriotas judeus,
[52] A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que
dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes
traidores e homicidas,
[53] vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.
{Atos 7:51-53}
Lucas 7:30 nos diz que os fariseus e doutores da lei rejeitaram o propósito de
Deus para si mesmos. E Jesus, que falou ao povo com o propósito de salvá-los (Jo
5:34), ainda assim notou que eles recusaram a vir até ele para terem vida (Jo
5:40), e que veio para desviar todo judeu de seu pecado (At 3:26; veja o
tratamento deste texto em “Expiação para Todos”), mesmo assim claramente nem
todo judeu creu nele, lamentou sobre a indisposição do povo para receber sua
graça, dizendo “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que
a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha
ajunta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!” (Lc 13:34; veja também
Ez 24:13; Mt 23:37; Rm 2:4-5; Zc 7:11-14; Hb 10:29; 12:15; Jd 1:4; 2Co 6:1-2; Sl
78:40-42).
Arminianos divergem entre si mesmos sobre alguns dos detalhes de como a graça
preveniente de Deus funciona, provavelmente porque a própria Escritura não dá
uma descrição detalhada. Alguns arminianos creem que Deus continuamente
habilita todas as pessoas a crer em todo tempo como benefício da expiação.
Outros creem que Deus somente concede a capacidade de em Cristo para
pessoas em tempos selecionados de acordo com sua boa vontade e sabedoria.
Ainda outros creem que graça preveniente geralmente acompanha quaisquer dos
movimentos específicos de Deus em direção às pessoas, tornando-as capazes de
responder positivamente a tais movimentos conforme Deus assim os efetuaria.
Mas todos os arminianos concordam que as pessoas são incapazes de crer em
Jesus à parte da intervenção da graça de Deus e que Deus de fato concede sua
graça que traz para a salvação todas as pessoas moralmente responsabilizáveis.
Com respeito ao Evangelho, o bispo arminiano do século XVII, Laurence Womack,
bem dissera, “em todos aqueles que a palavra da fé é pregada, o Santo Espírito
concede, ou está pronto para conceder, tanta graça quanto é suficiente, no grau
adequado, para trazer-lhes à conversão”.
Finalmente, o conceito de vontade liberta também implica que Deus tem definitivo
e absoluto livre arbítrio. Pois é Deus que sobrenaturalmente libera a vontade dos
pecadores pela sua graça para crerem em Cristo, o que é um assunto da própria
livre vontade e soberania divina. Deus é onipotente e soberano, tendo o poder e
autoridade para fazer qualquer coisa que ele queira e não sendo restrito em suas
próprias ações e vontade por nada fora de si mesmo e seu próprio julgamento (Gn
18:14; Ex 3:14; Jó 41:11; Sl 50:10-12; Is 40:13-14; Jr 32:17, 27; Mt 19:26; Lc 1:37;
At 17:24-25; Rm 11:34-36; Ef 3:20; 2Co 6:18; Rv 1:8; 4:11). Nada pode ocorrer
exceto se ele fizer ou permitir. Ele é o Todo-Poderoso Criador e Deus do universo
a quem devemos todo o amor, adoração, glória, honra, agradecimento, louvor, e
obediência. Portanto, é bom para nós lembrar que detrás da vontade humana
liberta está Aquele que liberta a vontade, e este é um assunto de sua gloriosa,
livre, e soberana graça, totalmente imerecida de nossa parte, e providenciada para
nós pelo amor e misericórdia de Deus. Louvado seja seu santo nome!
16. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo,
mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado;
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
De fato, “o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc
11:10), “Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores” (1Tim 1:15), “o Pai enviou
seu Filho como Salvador do mundo” (1Jo 4:14; cf. Jo 4:42), Deus é “Salvador de
todos os homens” (1Tim 4:10), Jesus é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo” (Jo 1:29), que “morreu pelos ímpios” (Rm 5:6), e “morreu por todos” (2Co
5:14-15) quando “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas transgressões” (2Co 5:19). Jesus até mesmo
morreu por aqueles que o rejeitaram e a sua palavra, o negaram e pereceram (Lc
22:17-21; Jo 12:46-48; Rm 14:15; 1Co 8:11; 2Pe 2:1; Hb 10:29). A provisão foi
feita por tantos quantos pecaram, que é todas as pessoas (Rm 3:22-25; 5:18).
Mas ainda que Jesus morreu por todos e tem provido expiação para todos, a
intenção da expiação provida foi que sua real aplicação (que concede oo perdão
dos pecados, situação de justiça com Deus, e salvação) seja condicional à fé em
Jesus Cristo. Isto é estabelecido bem claramente em Jo 3:16-18 citado acima. Por
amor, Deus sacrificou seu único Filho pelo mundo tal que aqueles do mundo que
confiam em Jesus e em seu sacrifício expiatório se beneficiarão de tal sacrifício
expiatório e serão salvos enquanto aqueles do mundo que rejeitam este sacrifício
expiatório em descrença não se beneficiarão dele mas permanecerão condenados
e perecerão (cf. várias outras passagens que deixam claro que fé é a condição
debaixo da qual e os meios pelo qual perdão, vida eterna, e salvação são
recebidas, por exemplo: Lc 8:12; Jo 1:12; 3:36; 5:24; 6:40,47; 20:31; At 16:31; Rm
1:16; 3-4; 10:9-10; 1Co 1:21; Gl 2:16; 3; Ef 2:8-9; 1Tm 1:16). Desde que a
expiação foi providenciada para todos, tornando a salvação disponível a todos, a
Escritura por vezes retrata a justificação como potencial para todas as pessoas
(Rm 3:22-25; 5:18) ainda que nem todos sejam ultimamente salvos. Apesar de
Deus desejar que todos creiam e sejam salvos mediante o sangue de Cristo,
muitos perecerão, não por falta de disponibilidade de salvação, mas porque eles
rejeitaram a provisão salvífica feita para eles na morte de Cristo e “porquanto não
crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3:18). Semelhantemente, as
referências escriturais a Deus ou Cristo como Salvador do mundo/de todos (Jo 4:4;
1Tm 4:10; 1Jo 4:14)não significam que todos serão de fato salvos, mas que o Pai
e o Filho providenciaram salvação para todos, a qual é efetivada somente para
aqueles que creem. Como a própria passagem de 1Tm 4:10 diz, “Pois para isto é
que trabalhamos e lutamos, porque temos posto a nossa esperança no Deus vivo,
que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que creem”. E Tito 2:11
pode dar encorajamento a crentes para apresentar um bom testemunho para
Cristo ao mundo descrente com esta razão: “Porque a graça de Deus, que traz a
salvação, se manifestou a todos os homens”. De fato, é a expiação ilimitada de
Cristo que serve como fundação necessária da genuína oferta de salvação
mantida para todos no evangelho e está de acordo com o comando para pregar o
evangelho a todos. Por exemplo, falando a uma audiência judaica geral, o
Apóstolo Pedro baseou a chamada ao arrependimento na obra de Cristo e
implicou que a obra foi para todos naquela audiência quando ele assegurou-lhes
que Deus enviou Cristo para retirar cada um deles de seus pecados:
18. Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus
profetas havia anunciado que o seu Cristo havia de padecer.
20. e envie ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus,
21. ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração de todas as
coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o
princípio. […]
26. Deus suscitou a seu Filho Jesus, e a vós primeiramente vo-lo enviou para
que vos abençoasse, desviando-vos, a cada um, das vossas maldades. {Atos
3:18-21,26 Almeida Recebida}
46. e disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e,
ao terceiro dia, ressuscitasse dentre os mortos;
Eleição Condicional
Existem duas visões principais sobre o que a Bíblia ensina acerca do conceito de
eleição para salvação: se ela é condicional ou incondicional. A eleição ser
incondicional significa que a escolha de Deus por aqueles que ele salvará não tem
nada a ver com eles, que não foi nada sobre eles que contribui para a decisão de
Deus em escolhê-los, o que parece tornar a escolha por Deus de qualquer
indivíduo em detrimento de qualquer outro arbitrária. Isto também implica
reprovação incondicional e arbitrária, a escolha por Deus de não salvar certos
indivíduos mas daná-los pelos seus pecados por razão nenhuma a ver com eles, o
que parece contradizer o espírito de numerosas passagens que enfatizam o
pecado humano como razão para divina condenação bem como o desejo de Deus
para que as pessoas se arrependam e sejam salvas (e.g. Gn 18:25; Dt 7:9, 12;
11:26-28; 30:15; 2Cr 15:1-2; Sl 145:19; Ez 18:20-24; Jo 3:16-18; veja também
“Expiação para Todos” acima e o tratamento da reprovação por John Wesley,
incluindo muito mais versos com breve comentário disponível
em http://evangelicalarminians.org/wp-content/uploads/2013/07/Wesley-on-
Reprobation.pdf). A eleição ser condicional significa que a escolha por Deus
daqueles que ele salvará tem algo a ver com eles, que parte de sua razão para
escolher eles tem algo a ver com eles. Acerca da eleição para salvação, a Bíblia
ensina que Deus escolhe para salvação aqueles que creem em Jesus Cristo e
portanto tornam-se unidos a ele, fazendo a eleição condicional à fé em Cristo.
A próxima frase em Efésios 1:4 – “antes da fundação do mundo” – nos traz a uma
diferença de opinião entre arminianos sobre a natureza da eleição incondicional. A
visão tradicional concebe eleição condicional como sendo individualística, com
Deus escolhendo separadamente antes da fundação do mundo cada indivíduo que
ele dantes soube que livremente estaria em Cristo pela fé e perseveraria nesta fé-
em-união. A visão parece encontrar impressionante suporte em duas passagens
proeminentes que relatam-se com a eleição.
30. Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça,
alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé.
31. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não atingiu a lei da justiça.
32. Por que? Porque não a buscavam pela fé, mas como que pelas obras da lei.
A visão corporativa explica por que somente aqueles que na realidade são do povo
de Deus são chamados de eleitos ou apelações semelhantes na Escritura, e não
aqueles que não pertencem a Deus mas um dia pertencerão. No Novo
Testamento, somente crentes são identificados como eleitos. Como Romanos 8:9
afirma, “…Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”.
Semelhantemente, Rm 11:7-24 apóia o entendimento corporativo da eleição como
referindo-se somente àqueles que estão na realidade em Cristo pela fé em vez de
também incluir certos descrentes que foram escolhidos para crer desde a
eternidade. Porque em Romanos 11:7, “os outros” são não-eleitos. Mas Paulo cria
que estes dentre os outros podiam crer ainda, revelando que eleito é um termo
dinâmico que permite desvio de e entrada para os eleitos como retratado na
passagem da metáfora da oliveita. Desde que a eleição de indivíduos deriva da
eleição de Cristo e do povo corporativo de Deus, indivíduos tornam-se eleitos
quando eles creem e permanecem eleitos apenas enquanto eles creem. Portanto
2Pe 1:10 urge aos crentes para “mais diligentemente confirmar o vosso chamado e
eleição” e o Novo Testamento é recheado de alertas para perseverar na fé e evitar
abandonar a eleição/salvação (veja “Segurança em Cristo” abaixo; para uma
introdução à visão corporativa com links para mais fontes, veja
http://evangelicalarminians.org/a-concise-summary-of-the-corporate-view-
ofelection-and-predestination/).
1. Afirmação direta;
2. Salvação pela fé;
3. Várias expressões da situação de eleição sendo pela fé;
4. A apresentação da eleição como baseada na presciência de Deus,
seja a da fé humana ou equivalente à escolha anterior de Cristo
e/ou o povo de Deus como um corpo corporativo no qual
indivíduos participam pela fé;;
5. Eleição sendo “em Cristo”, que é um estado em si mesmo
condicional à fé;
6. A linguagem da eleição sendo aplicada somente a crentes e não a
crentes que depois creriam;
7. O desejo de Deus para a salvação de todos;
8. A provisão de expiação para todos;
9. A proclamação da chamada do Evangelho para todos;
10. A atração de todos para a fé em Cristo;
11. Liberdade humana (para este e os outros 4 pontos anteriores,
veja “Expiação para Todos” e “Libertos para Crer” acima); e
12. Numerosas advertências contra o abandono da fé e portanto da
situação de eleição e suas bênçãos da salvação.
Depravação Total
Humanidade foi criada à imagem de Deus, boa e reta, mas caiu de seu estado
original sem pecado mediante desobediência deliberada, deixando a humanidade
no estado de total depravação, pecaminosidade, separação de Deus, e debaixo da
sentença de divina condenação (Rm 3:23, 6:23; Ef 2:1-3). Depravação total não
quer dizer que os seres humanos são tão malignos quanto possam ser, mas que o
pecado impactou cada parte do ser e que tais pessoas agora têm uma natureza
pecaminosa com inclinação natural para o pecado. Seres humanos são
fundamentalmente corruptos no coração. Como a Escritura nos diz, “Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas, e perverso;” (Jr 17:9; cf. Gn 6:5; Mt 19:17;
Lc 11:13). De fato, seres humanos estão espiritualmente mortos em pecados (Ef
2:1-3, Cl 2:13) e são escravos do pecado (Rm 6:17-20). O Apóstolo Paulo até
mesmo diz ” eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum”
(Rm 7:18). Em outro momento ele testifica:
Em seu estado natural, seres humanos são hostis a Deus e não podem se
submeter à sua Lei e nem agradá-lo (Rm 8:7-8). Portanto, seres humanos não são
capazes de pensar, desejar, nem fazer nada bom de e por si mesmos. Somos
incapazes de qualquer coisa que mereça o favor de Deus e nós não podemos
fazer nada para salvar-nos do julgamento e condenação de Deus que merecemos
pelo nosso pecado. Nós não podemos sequer crer no evangelho por nós mesmos
(Jo 6:44). Se qualquer pessoa é salva, Deus deve tomar iniciativa.
Faltando o S
Segurança em Cristo