Condições da Ação
São as condições necessárias para o exercício da pretensão acusatória.
1. Teorias:
legitimidade:
- ativa: propositor;
- passiva: réu.
justa causa.
legitimidade:
- ativa: MP, quando for ação penal pública; vítima, quando for ação penal privada.
- passiva: réu.
I. se for inepta.
Nesse caso o MP / vítima pode fazer nova acusação.
Art. 387, IV c/c 63 o CPP: A condenação imposta pelo juiz fixará um quantum
indenizatório que o réu deverá pagar à vítima.
Nada impede que a vítima busque mais indenização na área cível.
- declaratória:
III. pode ajuizar indenizatória.
IV. não pode pq ele é culpado;
V. não pode pq não tem provas suficientes;
VI. legitima defesa não pode ajuizar indenizatória.
a. Art. 271 CPP – não pode arrolar testemunhas e nem pode postular a repetição
dos atos.
b. Art. 209 – quando necessário, o juiz poderá ouvir outras testemunhas.
2. Direitos do Assistente:
3. Assistente habilitado:
a. está no processo;
b. é parte;
c. é intimado dos atos;
d. tem prazo igualitário de 5 dias, conforme Art. 598, § único.
- Art. 362:
b. procura, cita pessoalmente, e ele não comparece = o processo segue sem ele.
2. Princípios da prova:
5º. Livre convencimento motivado: O juiz tem que julgar com base nas provas.
Não é livre.
2. Prova Ilícita: é aquela que viola uma norma de direito material, no momento
de sua produção, exterior ao processo.
1ª. Admite a prova ilícita desde que seja legítima: a prova ilícita é admissível
desde que entre no processo no momento certo. TEORIA NÃO ACEITA!
2ª. Inadmissibilidade absoluta da prova ilícita: tem base no Art. 5º, LVI c/c Art.
157 da CF. CORRENTE MAIS FORTE!
- A crítica é que, por ser absoluta, não abre possibilidades de ver o que ocorre
foro do processo.
4ª. Admite-se a prova ilícita pela proporcionalidade se for “pro réo”: existe perigo
jurídico já que o réu sacrifica o direito do outro para não ser condenado. Nesse
caso a prova ilícita se torna lícita já que trata-se de estado de necessidade.
Principio da Contaminação: está ligado com o nexo causal. Ex.: fruto da arvore
está envenenado.
- Crítica: se uma prova ilícita entrar no processo, não há como retira-la, pois já
contaminou o juiz, este sim deveria ser retirado, junto à prova.
VII. Prova Pericial e Exame de Corpo de Delito – Art. 158 CPP
a. Se:
- perito oficial diz que o réu é culpado;
- assistente diz que ele é inocente;
Se não existir o corpo o objeto para realizar o exame direto, far-se-á o exame
indireto, que são provas testemunhais, filmagem...
O juiz não poderá condenar alguém sem realizar o exame direto, apenas se não
houver como realiza-lo.
Ex.: condenação por homicídio sem cadáver.
2. Réu: tem direito de silêncio, então pressupõe-se que não pode haver
intervenção corporal coercitiva (sem concordância do réu). Não se relativiza
nem com a proporcionalidade!
3. Vítima: não tem direito de silêncio, mas não existe nada no Brasil dizendo
sobre a obrigatoriedade ou não de ceder-se à intervenção corporal.
IX. Interrogatório – Art. 185
- Não pode intimar hoje para interrogar amanhã, o espaço mínimo de tempo é de
48horas.
O depoimento do co-réu tem que ser visto com reserva, já que tem interesse na
demanda.
3. Confissão:
Não é prova plena e não autoriza a condenação por si só.
Art. 201: a vítima deverá ser comunicada de todos os atos do processo. Isso é
perigoso, já que poderá atentar contra ávida do acusado.
Art. 217: o juiz pode determinar que o acusado saia para a vítima depor.
a) Valor probatório da palavra da vítima:
O juiz não poderá condenar o acusado com base na palavra da vítima, já que ela
esta emocionalmente envolvida com o crime. Portanto, seu depoimento deve ser
analisado com reservas.
Exceção de crimes patrimoniais e sexuais. (essa exceção tbm deve ser vista
com cuidado!)
- Qualquer pessoa pode ser testemunha, desde que preste compromisso com a
verdade.
Há exceções que não prestam compromisso e não respondem por falso
testemunho.
Art. 207: pessoas que em razão da função são obrigadas a guardar segredo. Ex.:
padre.
Todas têm que ir até o juiz e fazer a recusa com base nos artigos acima
descritos.
e) Referida: é aquela que não foi arrolada, mas foi mencionada por outra
testemunha como alguém que sabia de algum fato do processo. – Art. 209.
6. Número de testemunhas:
a) Oito testemunhas nos crimes com pena máxima igual ou maior que 4 anos.
b) Cinco nos crime com pena menor que 4 anos.
XIII. Documentos:
1. busca domiciliar: linha de tensionamento com o Art. 5º, XI da CF, já que a casa
é bem inviolável.
a) Casa: Art. 150 CP - é invasão quando entrarem nos locais descritos no §2º
(quando lugar onde se more – ex.: barco, quarto de pensão).
- Art. 248 CPP – não deveria molestar os moradores, desde que se obtenha êxito!
Não depende de mandado judicial e pode ser feita a qualquer hora do dia e da
noite.
- Art. 249 – busca em mulher será feita por mulher, salvo se causar retardamento
a diligência.
a) Regra: tudo o que for apreendido pode ser restituído, desde que:
- não interesse mais ao processo e não seja ilícito –Art. 118 CPP c/c Art. 91, §2°
CP.
- Art. 243 CF: todo e qualquer bem utilizado para o tráfico reverterá em benefício
da união.
b) Fundamento:
O fundamento da prisão cautelar é a situação de perigo que decorre da liberdade
do sujeito, o “periculum libertatis” para:
- a ordem pública;
- a ordem econômica;
- a tutela da prova;
- perigo de fuga.
3. Prisão em Flagrante:
Não é uma prisão cautelar, mas sim pré-cautelar, preparatória de uma cautelar
de verdade.
- Art. 310, § único: o juiz, depois de ouvido o MP, poderá optar pela prisão
cautelar preventiva.
Art. 301 CBT – acidente de transito, se prestar socorro, não se impõe a prisão em
flagrante.
I. está cometendo;
II. acabou de cometer;
III. é preseguido logo após o crime.
O que é perseguir?
Art. 290, §1º - tem que começar a perseguição, minutos após o crime, porém
pode durar horas.
- é quase flagrante, pq é mais fraco.
- jurisprudência: esse encontrar tem que ser causal e não pode ser casual.
a) Flagrantes Ilegais:
- Flagrante Forjado: criar situação que não existe. Ex.: enxerto de drogas.
b) Flagrante Legal:
1. Art. 304: sujeito vai preso para a delegacia, o delegado comunica o juiz e
toma os depoimentos.
2. Em 24 horas o delegado tem que formalizar a prisão em flagrante e expedir a
nota de culpa. Neste mesmo prazo mandar os documentos ao juiz.
3. O juiz ao receber o auto de prisão em flagrante vai analisar os aspectos
formais do Art. 302 e:
a) homologar a prisão em flagrante;
b) relaxar a prisão diante da irregularidade (será irregular a prisão que durar
mais de 24 horas). Assim o sujeito será solto.
4. Prisão Preventiva
- art. 313: não existe cautelar obrigatória e nem automática. E só será admissível
nos crimes dolosos!
5. Prisão Temporária
1. réu condenado:
a) manter prisão;
b) mandar prender.
1. No Júri:
a) Pronunciar = mandar para o júri.
b) Impronunciar = arquivar.
a) Art. 323, §3º, §4º - ressalva: livrar-se-á solto – não terá que pagar fiança.
b) Art. 322 – autoridade policial só arbitra fiança quando o crime for apenado
com detenção. Se o crime for de reclusão, a fiança deverá ser arbitrada pelo
juiz.
se for condenado:
- e se apresenta para cumprir a pena, o valor é restituído descontado as custas
processuais e eventual multa ou indenização.
2. Decisões:
a) Interlocutórias Simples: um pouco mais que os despachos de mero expediente;
têm cunho decisório, causam certo prejuízo pro réu, mas não cabe recurso. Ex.:
decisão que recebe a denúncia.
a) Condenatórias;
b) Absolutórias;
Sentença: 3 partes
a) Relatório
b) Motivação – fundamentação: análise das teses e fatos
c) Dispositivo – pena.
4. Princípio da correlação ou da congruência
Deve existir uma relação entre a acusação e a decisão. Temos que vincular pelo
fato natural narrado na acusação. Fato vincula na decisão.
Quando o juiz não respeita a correlação, ele gera uma sentença incongruente =
NULA.
Para condenar ou absolver pelo fato novo deve haver aditamento. Se julgar,
sem que haja o aditamento, a sentença é incongruente, NULA.