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I.

Condições da Ação
São as condições necessárias para o exercício da pretensão acusatória.

1. Teorias:

a) Teoria Geral do Processo:

 legitimidade:
- ativa: propositor;
- passiva: réu.

 interesse: interesse de punir. O interesse de punir do MP decorre de lei (é


discutível).

 pedido juridicamente possível: Tem de haver prova.

 justa causa.

b) Teoria para o Processo Penal:

 legitimidade:
- ativa: MP, quando for ação penal pública; vítima, quando for ação penal privada.
- passiva: réu.

 fato aparentemente criminoso: Tem de haver o fumus comissi delicti.


- tipicidade;
- ilicitude;
- culpabilidade;

 punibilidade concreta: não cabe ação se estiver extinta a punibilidade.

 justa causa: causa que justifique a acusação.


- indícios razoáveis de autoria / materialidade.
- instrumento de controle do caráter fragmentário do direito penal: princípio da
bagatela.

c) Representação e Requisição de Ministro da Justiça – Art. 395 c/c 41 do CPP:


O juiz poderá rejeitar a requisição:

I. se for inepta.
Nesse caso o MP / vítima pode fazer nova acusação.

II. se estiver sem os pressupostos processuais (condições da ação).


- se faltou tipicidade = o juiz rejeita fazendo coisa julgada.
- se estiver prescrito = o juiz rejeita fazendo coisa julgada.
- se a parte for ilegítima = o MP / vítima pode refazer a representação, corrigindo
o problema.
- se faltar justa causa:
Falta de prova = o MP / vítima pode refazer.
O fato se enquadrar no Principio da bagatela = o juiz rejeita fazendo coisa
julgada.

 Da decisão que recebe a denúncia, não cabe recurso. Pode, entretanto,


impetrar HC para trancar o processo.
- Após recebida a denúncia, o juiz cita o réu para apresentar resposta.
- Com a resposta, o processo volta para o juiz, que poderá absolver
sumariamente.
Art. 397: essa absolvição faz coisa julgada.
- Caberá recurso de apelação – Art. 593, I.

 No caso da Lei de Imprensa, caberá recurso da decisão que recebe a


denuncia! (único caso).

II. Ação Civil “EX DELICTI”

Art. 387, IV c/c 63 o CPP: A condenação imposta pelo juiz fixará um quantum
indenizatório que o réu deverá pagar à vítima.
Nada impede que a vítima busque mais indenização na área cível.

1. Sentença Penal Condenatória Transitada em julgado – Art. 63 do CPP

- liquidar o valor – Art. 475-N CPC


- executar

2. Entrar com ação indenizatória cível:

- antes / durante / após o processo penal

a) Antes: ao ajuizar a ação penal, a indenizatória cível é suspensa até o transito


em julgado da penal – Art. 265, IV, §1º do CPC (+- um ano).

b) Durante: quando já está tramitando o processo penal é ajuizada ação


indenizatória. O juiz pode dar antecipação de tutela e suspender o processo
cível.

c) Após: o processo penal pode ter sentença:

- absolutória: Art. 66 do CPP


I. impede ação cível;
II. pode ajuizar indenizatória porque o nível probatório no crime é maior do que
no cível.

- declaratória:
III. pode ajuizar indenizatória.
IV. não pode pq ele é culpado;
V. não pode pq não tem provas suficientes;
VI. legitima defesa não pode ajuizar indenizatória.

3. Estado de necessidade agressivo: é quando a pessoa, para se salvar, sacrifica


um bem de terceiro. Neste caso o terceiro pode ajuizar indenizatória moral
e/ou material.

4. Estado de necessidade defensivo: Não pode ajuizar ação indenizatória.

- Lei 9.099/95 Art. 75 – crimes de menor potencialidade.

III. Assistente de Acusação – Art. 269 CPP.


É a vitima, representada por advogado, o qual dá assistência à acusação. Só
ocorre nas ações penais públicas. Nãos é fundamental, mas pode entrar no
processo até o transito em julgado
O assistente pode entrar a partir do oferecimento da denúncia, mas tbm depois
da sentença de primeiro grau.
O MP pode recusar a assistência quando não tiver procuração ou quando não
tiver ligação com o réu.
A vítima contrata advogado que entra no processo, para ajudar o MP, depois do
recebimento da denúncia até o transito em julgado.

1. O Assistente de Acusação pode arrolar testemunhas?

a. Art. 271 CPP – não pode arrolar testemunhas e nem pode postular a repetição
dos atos.
b. Art. 209 – quando necessário, o juiz poderá ouvir outras testemunhas.

- Co-réu não pode ser assistente de acusação.

2. Direitos do Assistente:

a. recorrer quando o MP não recorrer;


b. se o MP recorrer, o assistente pode arrazoar junto, mas não recorrer
novamente;

3. Assistente habilitado:
a. está no processo;
b. é parte;
c. é intimado dos atos;
d. tem prazo igualitário de 5 dias, conforme Art. 598, § único.

4. Assistente não habilitado:


a. não está no processo;
b. vem só para recorrer;
c. não é intimado;
d. tem prazo de 15 dias que começa a correr tão logo acabe o prazo do MP, Art.
598, § único.

IV. Contumácia, ausência e revelia.

- Art. 396: o prazo para apresentar resposta á acusação é de 10 dias, a contar da


citação (art. 351).

- Art. 362:

a) Quando ocorrer citação com hora certa:


- se o réu, citado, não comparece, dá-se por citado e o processo segue à revelia.
- se o réu, citado, não compare, cita-se por edital – Art. 366.
- se o réu, citado, comparece, OK.

b) Quando ocorrer citação real:


- a citação é pessoal.
c) Quando ocorre citação ficta:
- a citação é feita por edital.

1. Citação por Edital - Art. 366 e 367 CPP:

a. procura e não encontra = cita por edital:


- não comparece ou não constitui advogado = suspende o processo e a
prescrição.

b. procura, cita pessoalmente, e ele não comparece = o processo segue sem ele.

 Mesmo que o réu esteja ausente, segue a presunção de inocência!

V. Teoria Geral da Prova e Provas em Espécie:

1. Papel das provas:


As provas permitem em ritual de (re) cognição, pq o juiz não conhece os fatos. As
provas são formas de presentificar o crime.
A sentença é um ato de crença, é aquilo que o juiz acredita.

2. Princípios da prova:

1º. Jurisdicionalidade: é a garantia de que a prova será colhida diante de um juiz


competente.

2º. Presunção de inocência:


- in dúbio pro réu (na dúvida a favor do réu);
- carga probatória é do acusador ( o réu não é obrigado a fazer prova).

3º. Contraditório: é assegurado as partes igualdade de participação e tratamento


no processo.

a. Quatro momentos da prova em que deve incidir o contraditório:

- postulatório: igualdade de oportunidades.


- admissão: o juiz diz se admite ou não a prova. Há possibilidade de impugnação
à admissão.
- produção: a outra parte tem direito de assistir e participar do processo.
- valoração: o juiz valora a prova na sentença, mas deve fundamentar, sempre,
para permitir interposição de recurso.

4º. Ampla defesa:


- positiva: direito de fazer prova para se defender;
- negativa: direito de não fazer prova contra si, nada a temer por se deter, direito
de silêncio.

5º. Livre convencimento motivado: O juiz tem que julgar com base nas provas.
Não é livre.

6º. Identidade física do juiz – Art. 399:


O juiz que colheu a prova deverá julgar o caso. Terá exceções!.

- Art. 155 – não pode julgar “exclusivamente” com base no inquérito.


- Art. 156 – juiz inquisidor.

VI. Prova Ilegal – Art. 157

O gênero é a prova ilegal, da qual são espécies a:

1. Prova Ilegítima: é aquela que viola uma norma de direito processual, de


produção de prova no processo. Ex.: carta psicografada – pai de santo.

2. Prova Ilícita: é aquela que viola uma norma de direito material, no momento
de sua produção, exterior ao processo.

a) Teorias a cerca da admissibilidade da prova ilícita:

1ª. Admite a prova ilícita desde que seja legítima: a prova ilícita é admissível
desde que entre no processo no momento certo. TEORIA NÃO ACEITA!

2ª. Inadmissibilidade absoluta da prova ilícita: tem base no Art. 5º, LVI c/c Art.
157 da CF. CORRENTE MAIS FORTE!

- A crítica é que, por ser absoluta, não abre possibilidades de ver o que ocorre
foro do processo.

3ª. Admite prova ilícita dentro do principio da proporcionalidade: seria correto


sacrificar o interesse privado em favor do público.

- A critica é que o interesse privado é fundamental, e por trata-se de proporção, o


juiz poderia fazer o que quiser, dentro da sua esfera de relativismo.

4ª. Admite-se a prova ilícita pela proporcionalidade se for “pro réo”: existe perigo
jurídico já que o réu sacrifica o direito do outro para não ser condenado. Nesse
caso a prova ilícita se torna lícita já que trata-se de estado de necessidade.

b) Prova ilícita por derivação:

- Art. 157 c/c Art. 573, §1º CPP

- Prova ilícita = atos nulos.

A prova derivada exige demonstração do nexo causal, comprovado o nexo, ela


também será inadmissível.

 Prova de fonte independente ou de descoberta inevitável rompe com o nexo


causal, então a prova torna-se admissível. É uma construção jurisprudencial.

 Principio da Contaminação: está ligado com o nexo causal. Ex.: fruto da arvore
está envenenado.

- Crítica: se uma prova ilícita entrar no processo, não há como retira-la, pois já
contaminou o juiz, este sim deveria ser retirado, junto à prova.
VII. Prova Pericial e Exame de Corpo de Delito – Art. 158 CPP

1. Perícia – Art. 159 CPP


A perícia pode ser feita por um perito oficial ou por duas pessoas idôneas, com
conhecimento técnico. As partes podem formular quesitos que deverão ser
respondidos pelo perito. Também terão direito a um assistente que poderá
acompanhar a pericia.

a. Se:
- perito oficial diz que o réu é culpado;
- assistente diz que ele é inocente;

= pode haver a remessa do laudo ao perito oficial para que esclareça as


divergências;
= ou pode ser nomeado novo perito para fazer novo laudo;

- Se a duvida prevalecer, deve-se absolver o réu!

2. Exame de Corpo de Delito – Art. 182


É o exame, a análise diretamente no corpo da vítima. O juiz não ficará adstrito do
laudo, que apenas servirá como meio de prova.

a. Exame de Corpo de Delito Direto:


É aquele em que a análise recai diretamente no corpo, objeto, estabelecendo
uma relação.

- A confissão não é prova plena e não supre o exame de corpo de delito.

 Quais as infrações que deixam vestígios?


Depende do resultado. As de resultado naturalístico deixam vestígios. Ex.: dirigir
embriagado, estupro.

b. Exame de Corpo de Delito Indireto:

Se não existir o corpo o objeto para realizar o exame direto, far-se-á o exame
indireto, que são provas testemunhais, filmagem...
O juiz não poderá condenar alguém sem realizar o exame direto, apenas se não
houver como realiza-lo.
Ex.: condenação por homicídio sem cadáver.

VIII. Intervenções Corporais

1. Natureza invasiva: Exames que necessitam de células corpóreas. Ex.: tirar


sangue para exame, fio de cabelo...

2. Réu: tem direito de silêncio, então pressupõe-se que não pode haver
intervenção corporal coercitiva (sem concordância do réu). Não se relativiza
nem com a proporcionalidade!

3. Vítima: não tem direito de silêncio, mas não existe nada no Brasil dizendo
sobre a obrigatoriedade ou não de ceder-se à intervenção corporal.
IX. Interrogatório – Art. 185

É imprescindível a presença de um advogado, sob pena de nulidade.

É o momento de defesa pessoal mais importante para o réu.

1. Interrogatório on-line: é inconstitucional, pois viola o principio da presença


física do juiz.

- O correto seria o juiz se deslocar até o presídio para tomar o depoimento.

- Não pode intimar hoje para interrogar amanhã, o espaço mínimo de tempo é de
48horas.

2. Valor probatório do interrogatório:

É o ato de defesa do réu.

Art. 186 – tem direito a silenciar e se falar não se presume confissão.

Art. 187 in line: qualificação.


Art. 187 in fine: caso penal.

Art 188: a defesa indagará as partes; após o MP fará as perguntas.

Art. 191: se houver co-réus, os depoimentos serão tomados separadamente, com


a presença constante dos advogados, que podem formular perguntas.

Art. 192: interrogatório do deficiente.

Art. 196: o interrogatório poderá ser repetido ou adequado à qualquer momento.

a) Valor probatório da palavra do co-réu:

O depoimento do co-réu tem que ser visto com reserva, já que tem interesse na
demanda.

3. Confissão:
Não é prova plena e não autoriza a condenação por si só.

4. Das perguntas ao Ofendido:

- A vítima não presta compromisso de dizer a verdade;


- Não entra no computo numérico das testemunhas;
- Só é ouvida se for arrolada;
- Não pode usar do direito de silêncio e não pode deixar de comparecer, sob pena
de ser conduzida.

Art. 201: a vítima deverá ser comunicada de todos os atos do processo. Isso é
perigoso, já que poderá atentar contra ávida do acusado.

Art. 217: o juiz pode determinar que o acusado saia para a vítima depor.
a) Valor probatório da palavra da vítima:

O juiz não poderá condenar o acusado com base na palavra da vítima, já que ela
esta emocionalmente envolvida com o crime. Portanto, seu depoimento deve ser
analisado com reservas.

 Exceção de crimes patrimoniais e sexuais. (essa exceção tbm deve ser vista
com cuidado!)

X. Prova Testemunhal – Art. 202

- Qualquer pessoa pode ser testemunha, desde que preste compromisso com a
verdade.
Há exceções que não prestam compromisso e não respondem por falso
testemunho.

1. Quem pode recusar-se a depor:

Art. 206: possibilidade de recusar-se a depor:


- ascendente, descendente... salvo quando não for possível produzir outro meio
de prova.

2. Quem é proibido de depor:

Art. 207: pessoas que em razão da função são obrigadas a guardar segredo. Ex.:
padre.

 Todas têm que ir até o juiz e fazer a recusa com base nos artigos acima
descritos.

Art. 208: menor não tem compromisso com a verdade.

Art. 209: ouvir testemunhas não arroladas - viola o sistema acusatório.

Art. 214: Contraditar testemunhas: É argüir motivos, fatos, circunstancias que a


tornem testemunha indigna de fé = impugnar testemunha.
 Se quiser, o juiz poderá ouvi-la como informante.

3. Classificação das Testemunhas:

a) Presencial: é aquela que viu, assistiu o fato.

b) Indireta: nada viu, e vai depor sob circunstancias acessórias.

c) Informante: não presta compromisso com a verdade.

d) Abonatória: seu testemunho pode ser substituído por declaração escrita. É


aquela que fala bem do réu. Serve para a dosimetria da pena – Art. 59.

e) Referida: é aquela que não foi arrolada, mas foi mencionada por outra
testemunha como alguém que sabia de algum fato do processo. – Art. 209.

4. Caracteres da prova testemunhal:


a) Oralidade – Art. 204: é uma prova falada.
b) Objetividade – Art. 213: o depoimento tem que ser o mais objetivo possível.
c) Retrospectividade: o depoimento está sempre vinculado ao fato criminoso,
que é passada.

5. Momento de arrolar as testemunhas:

a) Denuncia ou queixa: é o momento apropriado para arrolar, sob pena de


inépcia.
b) Resposta à acusação: momento em que a defesa arrola suas testemunhas.

6. Número de testemunhas:

a) Oito testemunhas nos crimes com pena máxima igual ou maior que 4 anos.
b) Cinco nos crime com pena menor que 4 anos.

7. Desistência ou substituição de testemunha:

- No caso de desistência, deve submeter-se ao contraditório, se a outra parte não


aceitar a desistência, não poderá desistir.

- A substituição de testemunha não existe mais com a reforma do CPP (há


jurisprudência dizendo que faz parte do contraditório).

Art. 217: quando o réu causar temor:


- o juiz pode pedir para que saia da sala;
- pode optar pela vídeo-conferência.

8. Reconhecimento de Pessoas e Coisas – Art. 226


É um ato formal, feito na fase pré-processual, no entanto, o réu tem direito de
silêncio.

a) reconhecimento por fotografia:


Não vale como prova, já que viola o princípio das provas.

XI. Reconstituição do delito – Art. 7

É possível, porém exige o respeito ao direito de silêncio. A reconstituição será


possível desde que seja respeitada a moralidade. Ex.: não será possível
reconstituir um crime de estupro.

XII. Acareação – Art. 229

Colocar as testemunhas cara-a-cara para verificar possíveis disparidades de


depoimentos.

XIII. Documentos:

Podem ser juntados a qualquer tempo até o encerramento da instrução (1º e


única audiência).
 Exceção: Art. 479 CPP – Júri: os documentos devem ser juntados até três dias
antes do Júri.
XIV. Indícios:

Tem valor probatório mínimo.

XV. Busca e Apreensão – Art. 240

É um meio de obtenção de prova e medida assecuratória. Pode ser feita no


inquérito ou durante o processo.

1. busca domiciliar: linha de tensionamento com o Art. 5º, XI da CF, já que a casa
é bem inviolável.

a) Casa: Art. 150 CP - é invasão quando entrarem nos locais descritos no §2º
(quando lugar onde se more – ex.: barco, quarto de pensão).

- Cabine de Caminhão = jurisprudência não entende como sendo casa!

2. busca e apreensão com consentimento (esse consentimento tem que ser do


dono da casa):
- pode ser de dia ou de noite.

 Intimidação ambiental: é um consentimento viciado!

3. busca e apreensão em flagrante, sem mandado (casos de crime permanente):


- pode ser de dia ou de noite.

4. busca e apreensão com mandado:


- só pode ser de dia, das 6h as 20h.

- Art. 243 CPP – busca de ofício: viola o principio do sistema acusatório.

- Art. 248 CPP – não deveria molestar os moradores, desde que se obtenha êxito!

5. Busca Pessoal – Art. 240, §2º, h

Não depende de mandado judicial e pode ser feita a qualquer hora do dia e da
noite.

- Art. 249 – busca em mulher será feita por mulher, salvo se causar retardamento
a diligência.

6. Busca em estabelecimento privado: pode estabelecer critérios.

7. Restituição de Coisas apreendidas:

a) Regra: tudo o que for apreendido pode ser restituído, desde que:

- não interesse mais ao processo e não seja ilícito –Art. 118 CPP c/c Art. 91, §2°
CP.
- Art. 243 CF: todo e qualquer bem utilizado para o tráfico reverterá em benefício
da união.

XVI. Prisão Cautelar

É o gênero, do qual são espécies a prisão temporária, a prisão preventiva e, em


parte, a prisão em flagrante.

 Confronto: prisão cautelar x presunção de inocência.

- Qualquer prisão antes do trânsito em julgado é prisão cautelar. Após, é


cumprimento de pena.
Hoje: a cruel necessidade faz com que a prisão cautelar coexiste com a
presunção de inocência.

1. Teoria Geral das Prisões Cautelares

a) Requisitos – Art. 311 e 312 CPP

- fumus comissivi delicti


- prova da existência do crime;
- indícios suficientes / razoáveis / verossímeis da autoria.

b) Fundamento:
O fundamento da prisão cautelar é a situação de perigo que decorre da liberdade
do sujeito, o “periculum libertatis” para:

- a ordem pública;
- a ordem econômica;
- a tutela da prova;
- perigo de fuga.

Esse fundamento deve estar embasado em provas.

2. Princípios que informam o sistema cautelar:

1º. Jurisdicionalidade: a prisão cautelar pressupõe ordem escrita e fundamentada


pelo juiz.

2º. Provisoriedade: a prisão cautelar é medida emergencial e deve ter curta e


breve duração.

3º. Provisionalidade: a prisão cautelar tutela uma situação fática. Situacional.

4º. Excepcionalidade: a prisão cautelar é a ultima ratio. É excepcional, o ultimo


instrumento a ser usado.

5º. Proporcionalidade: exige que a prisão cautelar seja adequada ao caso


concreto e proporcional em relação a necessidade e a prova existente.

3. Prisão em Flagrante:
Não é uma prisão cautelar, mas sim pré-cautelar, preparatória de uma cautelar
de verdade.

- Art. 310, § único: o juiz, depois de ouvido o MP, poderá optar pela prisão
cautelar preventiva.

A prisão em flagrante pode durar no máximo 24 horas.

Art. 301 CBT – acidente de transito, se prestar socorro, não se impõe a prisão em
flagrante.

 Qualquer pessoa pode prender outra em flagrante.

- Art. 302: considera-se flagrante quando o sujeito está praticando o verbo


nuclear do tipo.

I. está cometendo;
II. acabou de cometer;
III. é preseguido logo após o crime.

 O que é perseguir?
Art. 290, §1º - tem que começar a perseguição, minutos após o crime, porém
pode durar horas.
- é quase flagrante, pq é mais fraco.

IV. é encontrado logo após o fato.

- jurisprudência: esse encontrar tem que ser causal e não pode ser casual.

Ex.: barreira rotineira da policia, sujeito esperando alguém trazer-lhe os


documentos do carro, a policia recebe aviso que o carro é roubado.
Não é fragrante, porque o carro roubado foi encontrado casualmente.
Não é receptação, porque a posse posterior é mero exaurimento.

a) Flagrantes Ilegais:

- Flagrante Forjado: criar situação que não existe. Ex.: enxerto de drogas.

- Flagrante Preparado: Súmula 145 STJ – crime impossível.

- Flagrante Provocado: É um delito putativo por obra do agente provocador. Ex.:


policial vai comprar drogas e o sujeito compra do traficante só para vender mais
caro e tirar lucro, naquele momento.

b) Flagrante Legal:

- Flagrante Esperado: ficar de campana.

- Flagrante Protelado: Art. 2° lei 9034, se admite ação controlada, esperando o


restante dos crimes serem praticados para dar flagrante em todos.

XVII. Crime Permanente


Nos crimes permanentes, a prisão em flagrante é permanente, ou seja, enquanto
durar o crime pode haver a prisão – Art. 303.

1. Art. 304: sujeito vai preso para a delegacia, o delegado comunica o juiz e
toma os depoimentos.
2. Em 24 horas o delegado tem que formalizar a prisão em flagrante e expedir a
nota de culpa. Neste mesmo prazo mandar os documentos ao juiz.
3. O juiz ao receber o auto de prisão em flagrante vai analisar os aspectos
formais do Art. 302 e:
a) homologar a prisão em flagrante;
b) relaxar a prisão diante da irregularidade (será irregular a prisão que durar
mais de 24 horas). Assim o sujeito será solto.

- se homologada, o juiz vai analisar os requisitos do Art. 310, § único:

a) se tem pedido de prisão cautelar preventiva;


b) se tem perigo na liberdade.

- se a resposta for sim, decreta a prisão preventiva e manter o sujeito preso.


- se a resposta for não, solta imediatamente o sujeito.

4. Prisão Preventiva

É a mais importante das cautelares, pode ser decretada a qualquer momento do


processo, por juiz competente, devendo ser fundamentada. É situacional e tem
prazo determinado.

Está subordinada ao fumus comissi delicti, para prender preventivamente tem


que ter os quatro fundamentos das cautelares.

- art. 313: não existe cautelar obrigatória e nem automática. E só será admissível
nos crimes dolosos!

- Art. 316: a prisão preventiva pode ser revogada e decretada novamente


quantas vezes for necessário.

5. Prisão Temporária

Lei 7.960/89 – é uma prisão para investigação, só cabe no curso do inquérito.


Tem que ter ordem judicial.
A prisão temporária pode durar por no máximo 05 dias, prorrogáveis por mais 05,
ou 30 prorrogável por mais 30 se for crime hediondo (lei 8.072/90).

Art. 1º da lei 7.960/89


I. quando imprescindível para as investigações;
II. quando o indiciado não tiver residência fixa;
III. quando houver provas de participação ou autoria em homicídio doloso,
seqüestro, extorsão, estupro...

 Jurisprudência majoritária só admite prisão temporária se identificados os


incisos I e III juntos! O II é mero acessório!
XVIII. Prisão decorrente de sentença penal condenatória recorrível

- Art. 596: réu absolvido é réu solto!

1. réu condenado:

a) manter prisão;
b) mandar prender.

Art. 312: há de se verificar a necessidade (4 fundamentos da prisão cautelar).


 Pode haver condenação e mandar soltar, é o caso dos condenados a prestação
de serviços a comunidade.

XIX. Prisão decorrente da pronúncia

Art. 413, §3º: o juiz deve fundamentar toda a decisão.

1. No Júri:
a) Pronunciar = mandar para o júri.
b) Impronunciar = arquivar.

- Na pronuncia, o juiz poderá mandar prender preventivamente, até o plenário,


com base no Art. 312.

XX. Liberdade Provisória – Art. 321

1. Com fiança: crimes menos graves.

2. Sem fiança: crimes mais graves, sem direito a fiança.

a) Art. 323, §3º, §4º - ressalva: livrar-se-á solto – não terá que pagar fiança.

b) Art. 322 – autoridade policial só arbitra fiança quando o crime for apenado
com detenção. Se o crime for de reclusão, a fiança deverá ser arbitrada pelo
juiz.

c) Qual será o valor da fiança?

 fixar-se-á levando em conta a gravidade do fato c/c a possibilidade econômica


do réu.

 se o réu for absolvido o valor pago pela fiança é restituído.

 se for condenado:
- e se apresenta para cumprir a pena, o valor é restituído descontado as custas
processuais e eventual multa ou indenização.

- e foge, poder todo o valor.

XXI. Medidas Assecuratórias:

Destinam-se a assegurar a prova e/ou os efeitos civis da sentença penal


condenatória. Podem ser decretadas pelo juiz, mediante pedido, no curso do
inquérito ou do processo.
1. Busca e apreensão: é a retenção do objeto direto do crime, que será restituído
à vitima. – Art. 125.

2. Seqüestro de bens (imóveis / móveis, ilícitos): é a retenção dos proventos do


crime, que serão leiloados e o valor será restituído a vitima. Art. 132.

3. Hipoteca Legal: é a retenção dos imóveis de origem lícita, diversa do crime.


Art. 134.

4. Arresto Prévio: é o instituto preparatório da hipoteca legal. É medida


emergencial quando ainda não há todos os elementos para hipoteca. Art. 136.

5. Arresto: é a retenção dos bens móveis lícitos. Art. 137.

6. Lei 8.009/90 – Lei da impenhorabilidade dos bens de família. O bem de família


não tem proteção absoluta no direito penal.

XXII. Atos Jurisdicionais

1. Despachos de mero expediente - meramente ordenatórias; não têm cunho


decisório; não geram prejuízo e não são passíveis de recurso, irrecorríveis. Ex.:
“vista ao réu”, “intime-se”, “junte-se”.

2. Decisões:
a) Interlocutórias Simples: um pouco mais que os despachos de mero expediente;
têm cunho decisório, causam certo prejuízo pro réu, mas não cabe recurso. Ex.:
decisão que recebe a denúncia.

b) Interlocutórias Mistas: têm cunho decisório; geram um dano; encerram uma


fase do procedimento ou do processo, mas sem o julgamento de mérito; cabe
recurso em sentido estrito, eventualmente apelação. Ex.: decisão que rejeita a
denúncia, decisão de pronúncia ou imprópria.

3. Sentenças: - ato que coloca fim ao processo, com julgamento de mérito:

a) Condenatórias;

b) Absolutórias;

- Absolutórias Impróprias: aquela que absolve e aplica medida de segurança (art.


386);

- Absolvição sumária: (art. 415);

c) Declaratória da extinção da punibilidade: (art. 107, CP).

 Todas passíveis de recurso. Regra Geral: Apelação.

Sentença: 3 partes
a) Relatório
b) Motivação – fundamentação: análise das teses e fatos
c) Dispositivo – pena.
4. Princípio da correlação ou da congruência

Deve existir uma relação entre a acusação e a decisão. Temos que vincular pelo
fato natural narrado na acusação. Fato vincula na decisão.
Quando o juiz não respeita a correlação, ele gera uma sentença incongruente =
NULA.

Art. 383 e 384

Art. 383 – “Emendatio Libelli”


Emendar a acusação – apenas corrige a tipificação legal

At. 384 – “Mutatio Libelli”


Mudar a acusação – fato novo que não está na acusação; crime novo,
circunstância nova. O MP deve emendar a acusação.

 Para condenar ou absolver pelo fato novo deve haver aditamento. Se julgar,
sem que haja o aditamento, a sentença é incongruente, NULA.

Obs.: elementar é o que está no núcleo do tipo.

- Súmula 453, do STF (segue valendo):


Não se admite “Mutatio Libelli” em grau recursal. O tribunal não pode julgar o
que não foi julgado. Supressão de um grau de jurisdição. O fato novo não foi
objeto de julgamento.

“Emendatio Libelli” pode em grau recursal, porque só está mudando o nome do


crime.

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