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Curso Apocalipse – prof. Cláudio Fonseca / Ir.

Peter Wilson – Aula 1 1

AULA 1
“Caminhamos para o fim. O mundo sofre, o planeta Terra clama, a
natureza anseia pela redenção da humanidade.”

Por volta do ano 96 d. C. (depois de Cristo), os cristãos eram


perseguidos brutalmente por um “imperador-deus” chamado
Domiciano. Nesse tempo, em que a esperança dos cristãos quanto à
volta de Jesus estava por um fio, surge uma nova esperança. João,
isolado em uma ilha penal, apóstolo de Jesus Cristo, escreve uma
nova revelação a toda humanidade, uma revelação que fará brotar
no coração dos cristãos uma fé tão grande que juntamente com
todos os escritos antigos a respeito da criação do homem, a
salvação por meio de Jesus Cristo e o destino final de tudo e todos,
expandirá o Evangelho da redenção aos quatro cantos da Terra.
Esse conhecimento hoje está disponível a todos que creem em Jesus, e, nesse intuito, tocados por Deus,
iniciamos esse projeto de estudo.

O estudo será feito através de um grupo do Whatsapp, com o nosso Ir. Cláudio Fonseca, o qual será
mentor do grupo, e estará disponível para responder as dúvidas que forem surgindo sobre o nosso estudo.
O estudo é direto, versículo a versículo, claro, transparente, possui informações dos termos originais em
grego. Nosso intuito não é gerar nenhuma polêmica, nem discussões que gerem rivalidades, mas produzir
conhecimento aos irmãos e a nós. A recompensa será algo incalculável, invisível, porém brotará mais fé,
mais seriedade e mais temor em relação ao pecado. Acima de tudo isso, a esperança de uma vida com
Cristo na eternidade será tão evidente como a realidade que vemos e tocamos.

Que Deus seja glorificado, e a Paz de Deus esteja em nossos corações.

1. Objeto de Estudo
Livro: Apocalipse
Por que estudar o Apocalipse?
O livro de apocalipse é a pedra angular da revelação de Deus, a consumação de seus planos, a narrativa
em detalhes da nossa existência nos céus e visão gloriosa do Cristo ressuscitador, e a compreensão dos
juízos de Deus e a implantação de seus reino eterno, assim como novo céu e a nova terra. São apenas
alguns motivos para estudamos o livro, mas o maior é que a palavra de Deus enviada especialmente para
seus filhos na Igreja. Por esta razão, o livro de Apocalipse recebe o título de “o livro da benção”.

Dificuldade de ler o Apocalipse.


Para alguns, o livro de Apocalipse é misterioso, cheio de enigmas e até assustador, por isto às vezes é
evitado por medo ou dificuldade em compreender sua palavras. A proposta deste estudo é revelar que isto
não é verdade, o livro é de fácil entendimento e mesmo que fala de juízos, fala muito das grandiosas
bençãos de Deus para sua Igreja e os santos em Israel, e do próprio mundo com a implantação do seu reino.
A regra áurea para compreender o livro de Apocalipse é que a Palavra de Deus explica a própria palavra,
tomemos posse da nossa benção aos estudarmos a palavra de Deus. Em Apocalipse 1:3 diz: “Bem-
aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão
escritas; porque o tempo está próximo.”

2. Conteúdo: 22 capítulos, 404 versículos, 12000 palavras, 278 alusões diretas ao livro no Antigo
Testamento.
Introdução (1,1-20):
Introdução e saudação: 1,1-8;
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Visão do Ressuscitado: 1,9-20.

I. Cartas às Sete Igrejas (2,1-3,22):


Sete cartas às igrejas: Éfeso, Pérgamo,
Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.

II. Revelação do sentido da História (4,1-22,5):


O trono de Deus: 4,1-11;
Sete selos: 5,1-8,5;
Sete trombetas: 8,6-11,19;
Sete sinais: 12,1-15,4;
Sete taças: 15,5-16,21;
Queda da Babilônia: 17,1-19,4;
Triunfo de Cristo. Nova Jerusalém: 19,5-22,5.
Epílogo ou fim do livro (22,6-21).

2.1. Idioma: Grego (koiné) ou grego popular


O grego é um idioma rico em conceitos é termo de compreensão vasta, portanto neste estudo destacaremos
inúmeras expressões sobre tal idioma é as identificaremos com sequente código s número identificador do
termo no dicionário grego. O grego era o como se fosse o idioma Inglês nos dias atuais. Era um idioma
popular oriundo da helenização do império grego.

3. Alvo da mensagem: A Humanidade é por ato divino dividida em três grupos: Israel, Igreja e Gentios
conforme (1 Co.10.32), e para cada grupo, Deus tem um postura diferente, podemos afirmar que para
Israel: Deus é o libertador; para a Igreja: Deus é o Salvador; e para os gentios: Deus é o juiz.

3.1. A metodologia de abordagem.


3.1.1 Estrutura: Refere-se a forma como o livro foi construído e sua organização.
3.1.2 Análise: A revelação é iniciada com um momento de “experiência” onde João viu e ouviu eé no
segundo momento receber a ordem para escrever.
3.1.3 Objetivo: Analisar a construção textual do livro na finalidade de um aprofundar e compreensão do
texto é como recurso metodológico analisamos as palavras, concitos,definições,gramatica, contexto histórico
e cultural e sua aplicabilidade idiomática.

4. O simbolismo: O livro é muito rico em simbolismos, como exemplo, podemos citar o número 7 que
indica perfeição e plenitude do ato. O número 7 é o da perfeição, tanto é que Deus abençoou o sétimo dia
e reservou-o como sagrado, inteiramente dedicado a Ele. O 7 é o número da plenitude cíclica no hebraico
antigo. O número 7 é mencionado 323 vezes na Bíblia. Os 7 últimos flagelos da humanidade. A queda
dos muros de Jericó, relatada no livro de Josué, foi realizada com a força do número 7. No livro, existe a
ocorrência de mais de 50 vezes do número 7, por exemplo:
Apocalipse foi escrito com símbolos (veja 1:20). Os candelabros que João viu, por exemplo,
simbolizavam igrejas; as estrelas significavam anjos. Precisamos distinguir entre o que João viu e o
significado do que ele viu. Livros como Daniel, Zacarias, Ezequiel e Isaías usam linguagem figurada
semelhante.
7 – Igrejas; 7 – anjos (pastores); 7- Anjos( celestiais); 7- selos; 7 –trombetas; 7- castiças; 7 – pontos do
cordeiro; 7-olhos; 7-trovões; 7- cabeças na besta; 7- diademas na besta; 7 montes; 7 –reis; 7- bem-
aventuranças.
O texto é composto de símbolos onde temos, por exemplo, candeeiros, selos, trombetas taças, besta é seguir
a lista tal simbolismo era uma revelação pessoal para igreja que facilmente identifica como uma mensagem
criptografada para os inimigos, por exemplo: Os candelabros que João viu, por exemplo, simbolizavam
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igrejas; as estrelas significavam anjos. Precisamos distinguir entre o que João viu e o significado do que ele
viu. Livros como Daniel, Zacarias, Ezequiel e Isaías usam linguagem figurada semelhante.

5. O autor:
O autor desta grande obra é o próprio Deus.

6. O Escrivão:
É atribuído a João, “o filho de Zebedeu” (Lc 5.10; Ap 1.1,4,9; 22.8). João escreveu o que ele viu
(1:11,19), que era basicamente uma peça vívida, emocionante. Para entendê-la, precisamos visualizar as
cenas em nossa imaginação.

7. A data em que foi escrito:


Irineu e Eusébio afirmam categoricamente que o Apocalipse foi escrito no tempo de Domiciano. (Ver
Eusébio, História Eclesiástica III, 18,3 e Irineu, adv. Haer. V. 30.3). Esse testemunho foi aceito sem
hesitação por Clemente de Alexandria, Orígenes e V Jerônimo. A data fixada por esta escola de
interpretação, é o ano 96 d.C. Nesta possível data, Domiciano decretou o “culto ao imperador”, fazendo
disso uma prova de lealdade ao império. Os cristãos, provavelmente, se recusaram a adorar o imperador
como se fosse um “deus”. E as consequências foram desastrosas para os santos naqueles dias. Este
imperador desalmado deportara também a João para a ilha de Patmos “por causa da Palavra de Deus, e
pelo testemunho de Jesus Cristo” (1.1).
Quando foi escrito o livro de Apocalipse? Eu não acredito que tenhamos de saber a data exata em que
João escreveu para entender a mensagem básica de Apocalipse. Mas, achamos algumas coisas no livro
que nos dão uma ideia de quando foi escrito.
Há pelo menos três pontos de vista populares quanto à data do escrito.
7.1 Durante o reinado de Domiciano (cerca de 95 d.C.). Baseado em referências exteriores ao livro,
especialmente um comentário por Irineu (escrevendo cerca do ano 180 d.C.), que o Apocalipse foi escrito
próximo do fim do reinado de Domiciano, muitos comentários datam o livro de cerca de 95 ou 96 d.C.
7.2 Durante o reinado de Nero (cerca de 68 d.C.). Baseado especialmente na história da perseguição por
Nero e referências dentro do livro, como a menção do templo e seu mobiliário (11:1), e a cidade santa
(11:2), algumas pessoas acreditam que o livro foi escrito perto do fim do reinado de Nero, e que ele fala
especialmente da destruição de Jerusalém, que ocorreu no ano 70 d.C.
7.3 Durante o reinado de Vespasiano (69-79 d.C.). Baseado em evidência interna, especialmente
Apocalipse 17:10, alguns estudantes da Bíblia acreditam que o livro foi escrito entre as duas "bestas"
perseguidoras. Identificando estas bestas como Nero e Domiciano, "o que existe" é Vespasiano. Esta
parece ser a mais específica referência a data no livro, e este ponto de vista é mais consistente com a
abordagem geral de colocar o texto bíblico acima dos argumentos históricos. Desta perspectiva, as
punições discutidas no livro seriam dirigidas especialmente para o poder do mal comandado pelo
imperador romano Domiciano. Enquanto eu reconheço alguns argumentos razoáveis para sugerir outras
datas, pessoalmente favoreço esta posição, preferindo apoiar-me mais firmemente na evidência interna
do que nos argumentos históricos.

8. Postura diante da leitura do livro:


Quando continuamos a ler este livro maravilhoso, devemos nos lembrar de alguns princípios gerais que
nos ajudarão a entender sua mensagem.
8.1 Ele é um livro de profecia (1:3; 22:18-19). Os profetas bíblicos usam frequentemente linguagem
simbólica e ilustrações para apresentar a verdade. Muitos entendimentos errados do livro de Apocalipse
resultam de esforços para interpretar literalmente a linguagem figurativa do livro.
8.2 É um livro com fundamento nos livros do Velho Testamento. Não somente o estilo, mas muitas das
citações e imagens deste livro são baseadas no Velho Testamento. Por esta razão, eu encorajo
frequentemente as pessoas a estudarem vários livros do Velho Testamento antes que comecem o estudo
de Apocalipse. Muito do vívido simbolismo de Apocalipse está baseado em livros tais como Êxodo,
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Salmos, Isaías, Ezequiel, Daniel e Zacarias. Quanto melhor entendermos estes livros, mais clara se
tornará a mensagem de Apocalipse.
8.3 É um livro que tem de ser entendido em seu contexto. Este livro foi escrito próximo do
encerramento do primeiro século, durante um tempo em que muitos povos do mundo estavam sujeitos ao
domínio do Império Romano. Esse governo estava se tornando cada vez mais perverso e menos tolerante
com o povo de Deus. Muitas pessoas abordam o estudo deste livro com a determinação de encontrar
aplicações modernas, esquecendo que ele foi escrito originalmente para os cristãos da Ásia (1:4,11),
muitos dos quais sofriam severa perseguição por causa da sua fé (2:10,13; 6:9).

9. O Significado dos números. O livro de Apocalipse usa um estilo de literatura que é dependente do
significado simbólico dos números. Estas notas sobre números ajudarão a entender a mensagem do livro.
1 - Unidade, algo que é incomparável ou exclusivo
2 - Força, coragem, poder
3 - Divino (as três pessoas do Ente Supremo)
4 - Coisas do mundo
6 - Algo que é incompleto; fracasso
7 - Perfeição ou totalidade
10 - Totalidade ou plenitude
12 - Totalidade, especialmente do povo de Deus (12 tribos, 12 apóstolos)
1000 - Totalidade ou plenitude (10 x 10 x 10)
144,000 - Um número completo do povo de Deus (12x12x10x10x10)
3 1/2 anos, 42 meses, 1260 dias, "Um tempo, tempos, e metade de um tempo" - Período de tempo breve
ou indefinido

10. Estudo de Apocalipse 1.1

10. 1 Apocalipse 1:1 diz: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus
servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu
servo;”

Tema: A revelação.

10.2 “Revelação” (Ap. 1:1) : gr. ἀποκάλυψις /apokalypsis - um desvelar, revelando, revelação./Strong
602. Gênero literário: Revelação (palavra que significa algo desvelado, descoberto) indica que esse texto
é um tipo de literatura conhecido como apocalíptica.
A palavra “apocalipse” no hebraico “gãlo” em latim “revelare” em grego “apokalyopsis” ambos tem o
sentido de revelar o que está oculto, por esta razão, o termo em grego é composto de duas partes: o
prefixo “apo” que “de dentro para fora” mais “kalipsis” ,ou seja, “cobertura do véu” portanto
apokalypsis é retira o véu, ou mostra o que está oculto. O seu emprego está também relacionado a uma
ação de manifestação de uma pessoa.
O termo apocalipse pode ser indicado em duas ações: a primeira, o objeto escrito tem o sentido de deixar
claro o texto (Ef.3.3.; Gl.1:2), e segundo referente a um pessoa ou seja deixar clara a presença dessa
pessoa (2 Ts 1.7; 1 Pe 1.7). O objetivo do livro é claro “revelar” portanto afirmação que o livro de
apocalipse e código secreto não é real, pelo contrario é um livro que declara sua natureza no seu próprio
titulo.

10.3 “de Jesus Cristo” (Ap. 1:1) Ἰησοῦ Χριστοῦ/ Strong 2424
A temática central: A Revelação de Jesus Cristo pode significar que vem dele e é sobre Ele, porque Cristo
é o assunto do livro inteiro. O termo grego: Issoús - Jesus, a transliteração do termo hebraico, 3091 /
Lṓt ("Yehoshua" / Jehoshua, contratado para "Joshua") que significa " Yahweh salva" (ou " Yahweh é
salvação"). Portanto não se trata de uma exclusivamente da pessoa de Jesus, mas também da “parte” de
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“Jesus”. A fonte da revelação está em Jesus Cristo, e é origem da revelação em “Deus”. Isto fornece ao
texto quatro pontos básicos de um texto sagrado:
a) Autoridade;
b) Veracidade;
c) Confiabilidade;
d) Precisão profética.
A expressão: “Jesus Cristo" é propriamente "Jesus o Cristo". "Jesus" (2424/ Issoús) é o Seu nome
humano, como o encarnado e eterno Filho de Deus (Mt 1: 21,25; Lc 1:31) - o Cristo, o divino Messias
(pessoa da sagrada Trindade). Cristo (Seu título) significa "o Ungido" (o eterno pré-encarnado, Logos, Jo
1: 1-18). Nas Sagradas Escrituras, Deus, na sua revelação progressiva, objetiva dois atos básicos, os
quais são: primeiro: revela sua pessoa e segundo: revelar seus propósitos à humanidade (entenda-se
como Israel, Igreja e os gentios). A Revelação de Jesus Cristo: Indica objetivamente uma revelação vinda de
Jesus Cristo que de forma objetiva podemos afirma que trata primeiramente da avaliação da igreja. Segundo
dos eventos proféticos do futuro, pela tribulação, a volta de Cristo em glória, o reino de Cristo e a vitória
total de Deus sobre o mal.

10.3.1 Revela sua pessoa


Na Revelação de sua “pessoa” Deus (trindade) revela:
a) Quem Ele é: Em uma revelação de comunhão: Deus se fez conhecer como, por exemplo, como Noé,
Abraão e Moisés onde comprovamos que estes personagens tiveram atos em suas vidas frutos de
profundo relacionamento como Deus;
b) O que Ele tem feito: Em uma declaração de sua vontade: Deus no ato da revelação de sua vontade
expressa para a humanidade se fez conhecer ao homem , por exemplo na implantação de sua Aliança ou
Lei (Êx 20; Dt 4.31; Sl.78.5);
c) O que Ele está fazendo: Em comunicação de seus proposito proféticos, Deus se revelou em especial,
por ato profético aos seus profetas e aos destinatários, de suas relações proféticas. Conforme Amós 3:7
que diz: “Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus
servos, os profetas.”

10.3.2 Revelar seus propósitos à humanidade


As Escrituras Sagradas não são apenas uma simples “transmissão” de “informações”, antes é uma
revelação plena do propósito de Deus para com a humanidade, logo tudo que é revelado tem seu caráter
prático de vida cristã, como evidenciaremos em várias expressões ao longo do livro de Apocalipse, por
esta razão, a primeira parte do Livro é dedicada à Igreja, ou seja, aqueles que devem viver na prática o
ato da revelação de Deus.

10.4 “a qual” (Ap. 1:1) O Pronome relativo “hos” traduzido por “a qual”, na construção comum, o termo
concorda quanto ao seu gênero com o substantivo que é seu antecedente (palavra “revelação”), mas, no
que diz respeito ao caso, refere-se ao termo antecedente “revelação” como um “ato de revelar”, cujo
autor da revelação é Deus (termo consequente do pronome relativo “a qual”) e sujeito da revelação,
portanto Deus é o autor do livro. Em suma, o ato da revelação é governado por “Deus”. Qual maravilha é
saber que temos uma revelação direta vinda de Deus para sua igreja é que Aquele que saber o futuro também
nos garante nele.

10.5 “lhe deu” (Ap. 1:1) - “a ele” no caso, João gr. δίδωμι /dídômi/s1335/ eu ofereço
O termo indica a fonte primária da revelação que é “Deus – Pai” que, em um ato de perfeição, transmitiu
a mensagem para Cristo, o qual, como membro da trindade em perfeição, também a transmitiu a João, e
consequentemente aos seus “servos”. Portanto, o livro foi transmitido “de” e “por” Deus a Cristo, a João,
às igrejas e a nós (Ap.1.11). Diante deste fato temos uma imensa responsabilidade imposta pela mensagem
de Deus aos seus servos.
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10.6 “ para mostrar” (Ap. 1:1) / deiknumi / verbo/s1166/ definição: eu indico, exposição; eu ensino,
demonstro, faço conhecido. Logo, o conteúdo do livro, não um texto fechado incompreensível, antes foi
feito para ser revelado. Cada ato simbólico é fato tem objetivamente uma revelação sobre um fato profético
ocorrente nos céus, na terra e sobre o destino final, por isto fiquemos atentos aos detalhes e a precisão
profética. No livro de Apocalipse encontramos de forma maravilhosa a revelação da glória do Cristo
glorificado para seus servos (1 Co.1.7; 2 Ts 1.7; 1 Pe 1.7,13). A termo traz a ideia de “fazer saber” ou revelar
por sinais os fatos e seus características por isto o livros é tão rico em destelhes nos fatos que revelar.

10.7 “aos seus servos” (Ap. 1:1) / δοῦλος, /doulos /s1401/Substantivo/


É usado com a mais alta dignidade no NT - ou seja, de crentes que voluntariamente vivem sob a
autoridade de Cristo como Seus devotados seguidores.
Com servos de Deus devemos ter testemunho eficaz em qualquer local que vivemos para que como uma
carta aberta possa revelar Cristo.
A Natureza do servo:
(a) Jesus é nosso maior exemplo de sermos servos (Mt 20.25-28; Jo 13.4-8; 12-15);
(b) Nascido de Novo.(Jo 3.3-5);
(c) É testemunho a ser visto pelos homens (Mt 5.14-16);
(d) Uma nova forma de viver (regenerados) (2 Co 5.17);
(e) Uma nova forma de pensar (valores éticos) (Rm12.2);
(f) A qualidade de Discípulo (aquele que é servo de Cristo também é seu discípulo);
(g) Um servo discípulo com caraterísticas especiais (Jo.13.34,35);
(h) Um servo discípulo com a marca do amor (Mt 5.44-45);
(i) Uma vida santa (Jo 8.12);
(j) Estudar as Escrituras proféticas para saber da razão a sua fé com mansidão (1 Pe.3.15);
(k) Fazer tudo para a glória de Deus (1 Co 10.31);
(l) Fazer de todo o coração, como ao Senhor (Cl 3.23).

10.8 “as coisas” (Ap. 1:1) São as evidências dos acontecimentos que serão registrados por todo o livro,
por isso, para enfatizar ocorre 45 vezes no tratado de Apocalipse. Por exemplo, podemos citar cinco
grandes eventos ou coisas:
(1) Os eventos na Igreja (cap. 1 a 3);
(2) Os eventos celestiais (cap. 4 e 5);
(3) Os eventos na Grande tribulação (cap. 6 a 19);
(4) Os eventos no Milênio (cap. 20);
(5) Os eventos no novo céus e nova terra (cap. 21 e 22).
O livro trata de revelação profética em uma platitude escriturária e teológica muito vasta onde todas as
temáticas tem relação com o livro de Apocalipse, por exemplo:
a. A vinda do messias prometido (Is 9.1-7);
b. O derramamento do ESPÍRITO SANTO (Joel 2.28);
c. A dispersão dos judeus (Lv 26.33, 36,37);
d. Aumento e retorno dos judeus a Israel e reconstrução do Templo (Jr 23.4; Ez 39.22; Dn 9.27;Mq 2.12);
e. O juízo de Israel durante a grande tribulação (Dn 12.1);
f. A batalha de Armagedom (Zc 12.3,9; 14.2);
g. Conversão em massa dos judeus (Ez 39.21,22; Is 52.8);
h. A doutrina da ressurreição e do juízo final (Dn 12.2);
i. A implantação do Reino divino na terra (Is 11.1-16);
j. O surgimento dos novos céus e da nova terra (Is 65.17).
k. O arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-17);
l. O tribunal de CRISTO (Rm 14.10; 2Co 5.10);
m. As bodas do Cordeiro (Ap 19.7);
n. O surgimento do Anticristo (2Ts 2.1-12; Ap 13.1,2);
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o. O aparecimento do Falso Profeta (Ap 13.11-16);


p. Os juízos divinos (Ap 6.1-13; 8.15);
q. A vinda de JESUS em glória (Mt 24.29-39; Ap 19.11-16);
r. O Reino milenial de CRISTO (Ap 20.1-6);
s. O Juízo final (Ap 20.11-15);
t. O surgimento de um novo modo de ser e estar perfeito e eterno, tendo como fundamento a Nova
Jerusalém Celeste (Ap 21.1-27).

10.9 “brevemente” (Ap. 1:1) / τάχος/tachos/s5034/ Definição: rapidez, velocidade; apressadamente,


imediatamente. Demostra rapidez (velocidade), ou seja, feito o mais rapidamente, como é apropriado
para a situação. Partícula de ato pessoal, ou comunicar um segredo para quem ama. O termo
“brevemente” tem o mesmo sentido em (At.25.4; Ap.2.5) em breve (Ap.22.6; Rm. 16.20);
Apressadamente em At.22.18; depressa em At.12.7. No Apocalipse, indica que a série de eventos devem
acontecer rapidamente. A frase “brevemente devem acontecer” é uma alusão a Daniel 2.28,29,45, visto
que parece indicar que as coisas que devem acontecer nos últimos dias acontecerão em rápida sucessão.
O termo da um grande alerta é dado a igreja no tocante ao arrebatamento indicado de forma objetiva que as
profecias não estão relacionados a fatos em futuro muito distante, antes a fatos que estão na iminência de
acontecer, por isto devemos estar preparados para vivenciá-los.

10.10 “acontecer” (Ap. 1:1) / γίνομαι /verbo/ginomai /s1096/


O verbo ginomai significa " tornar-se e significa uma mudança de condição, estado ou lugar " o que
indica revelação progressiva de Deus, aqui ocorre um ato de aceleração na revelação. É como alguém
que resolve contar a alguém que estava aguardando apressadamente.

10.11 A expressão “deu a conhecer” (Ap. 1:1) /σημαίνω/sémainó /s4591/, indica, dou um sinal, dou a
conhecer, faço um ato de revelação como um “sinal” entre o da fonte da mensagem (Deus - Pai e Cristo)
e o receptor da mensagem (servos/ nós/ Igreja do Senhor). O Sentido primaz de “sémainó” ou “conhecer”
é um claro registro. Portanto cada palavra do livro tem um objetivo de definir o conhecer mais sobre Deus e
seus planos proféticos, que por ato especial foi preparado para seus servos, por isso você está se apropriando
deste Estudo do Apocalipse, porque Deus lhe deu tal oportunidade de ver o céus por dentro.

10.12 “anjo” (Ap. 1:1) /ἄγγελος/angelos/s32/ Definição: o mensageiro, geralmente mensageiro


(sobrenatural) de Deus, um anjo, transmitindo notícias ou ordens de Deus para os homens. Independente
ser o termo anjo refere-se a um ser celestial ou pastor da igreja, o importante é que o cuidado de Cristo é
evidenciado, o objetivo é não deixar a igreja sozinha, mas protegida sob a tutela de um ser especial que a
cuida e está atento a suas ações. Por isso, Cristo constitui pastores sobre a Igreja (Ef 4:11).

11. Estudo de Apocalipse 1.2

11.1 Apocalipse 1:2 “O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o
que tem visto.”
A palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo são as razões pelas quais João foi exilado na ilha de
Patmos (v. 9) e, também, o motivo por que os crentes são perseguidos hoje em dia. A expressão de tudo o
que tem visto refere-se às visões relatadas em Apocalipse. A expressão da “palavra de Deus” demonstra a
excelência irrefutável da revelação do livro, uma vez que fruto de ato de Deus na sua expressão de comunhão
com homem por meio de Sua palavra, este selo divino dá ao texto total autoridade para sua aceitação.

11.2 “testificou” (Ap. 1:2) /μαρτυρέω /martureó /s3140/ definição: Eu testemunho, presto testemunho ou
dou um bom relatório. João se coloca na primeira pessoa ou como testemunha ocular dos fatos, afinal ele
conviveu com Cristo durante seu ministério terreno. Na época em que escreveu o Apocalipse, João era o
último apóstolo de Cristo vivo.
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11.3 “palavra de Deus” (Ap. 1:2) / λόγος/palavra/θεός/ Deus.


É um livro divinamente inspirado. Ele é a palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo (1:1-2). É um
livro no qual João nos conta o que ele viu (1:11). Não é uma mera transmissão de palavras, mas uma
mensagem dos símbolos e imagens que Deus permitiu a João visualizar. A palavra é um grande recurso
utilizado por Deus para revelação de sua natureza e vontade à humanidade. Considerando os atos de
Deus, vemos que, na revelação da “palavra”, Deus primeiro “fala” e depois “escreve” a Palavra. Por
exemplo: Por ocasião da revelação da Lei em Êx. 20, Deus primeiramente fala e depois “escreve” (Êx
31.18). Outro exemplo são os evangelhos que foram falados por Cristo e registrados pelos apóstolos. Um
texto especial que trata deste assunto é Jo.18.27, quando o próprio Cristo afirma que veio à Terra para
testificar de Deus e da sua vontade.

11.4 “de tudo o que tem visto” (Ap. 1:2) / Partράω / horaó /s3708/ definição: Eu vejo, vejo a experiência.
O ato da revelação do conteúdo do livro foi tão concreto que João afirma “eu vejo”, ou seja, é real e
verdadeiro o que estou contemplando, ou as “coisas”. Qual maravilha é termos a semelhança de João
revelações pessoais com nosso Deus!

12. Estudo de Apocalipse 1.3

12.1 Apocalipse 1:3 “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e
guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”

12.2 “Bem-aventurado” (Ap. 1:3) / μακάριος,/ makarios/s3107/definição: feliz, abençoado.


O termo Makários ("abençoado") descreve um crente em posição invejável ("afortunada") de receber as
provisões de Deus (favor) - as quais (literalmente) estendem ("tornam longas, grandes") Sua graça
(benefícios). Isso acontece ao receber (obedecer) os não nascidos na fé do Senhor. Assim, a fé ( 4102 /
pístis ) e 3107 (makários) estão intimamente associados (Rm. 4: 5-7,14: 22,23; Ap 14: 12,13). Este
estado de “bem-aventurado” é o primeiro de sete vezes que são citados no livro (1.3; 14.13; 16.15; 19.9;
20.6; 22.7,14) e demonstra que a pessoa que estuda o livro tem promessas de Deus em sua vida, e isto é
uma revelação profética e perfeita do próprio livro. Logo, na prática, Bem-aventurado, significando
espiritualmente feliz, de acordo com a perspectiva de Deus. Ler e reter essa revelação é a primeira das
sete bem-aventuranças citadas em Apocalipse.

12.3. “aquele” (Ap. 1:3) ὁ/ro/ definição artigo definido.


Como analogia, podemos citar uma narração, em que duas pessoas ou duas partes são alternadamente
colocadas em posição de comunicação e uma passa a outra o discurso. Quando examinamos as
Escrituras, colocamo-nos em uma posição de comunicação com a certeza de que o Espírito Santo é quem
passa sua mensagem para nós. O personagem que recebe a mensagem é colocado em uma posição de
“bem-aventurado” em três estados da revelação ou uma tríplice promessa do Senhor:
a) Que lê / ἀναγινώσκω / anaginóskó /s324/definição: Eu li, sei de novo, sei com certeza,
b) Que ouvem / ἀκούω / akouó /s191/definição: é ouvido, relatado.
c) Que guardam / τηρέω/ téreó/s5038/definição: observar, vigiar
Uma das bençãos de Deus, para quem estuda, é viver o livro, e não passar pela grande tribulação, ou seja,
ser arrebatado com a Igreja do Senhor (posição escatológica pré-tribulacionista). Em
Ap. 3:10, diz: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.”
Esta é a primeira das sete bem-aventuranças, citadas no livro. Ela é condicional ao que “lê”, “ouve” e
“guarda”, o que indica tratar-se de uma mensagem prática sobre instruções morais e éticas. Não é
exclusivamente profética, portanto, quando Deus revela suas profecias, também revela sua vontade para
os que vão ao céu. Qual tua postura diante da mensagem profética?

12.4 “porque o tempo está próximo.” (Ap. 1:3)


Curso Apocalipse – prof. Cláudio Fonseca / Ir. Peter Wilson 9

Fala das coisas que estavam para acontecer pouco depois que João recebesse de Deus esta revelação,
concernente "as coisas que em breve devem acontecer"(1:1). Deus disse que"o tempo está próximo"
(1:3). A temporalidade da mensagem indica que o tempo dos eventos iniciais estão próximos,
confirmados no próprio Apocalipse dois aspectos da mensagem: brevidade temporal e espacial. O termo
“tempo” em grego empregado neste texto é “καιρός/kairos”, ou seja, o tempo cronológico, mas tem um
sentido de emprego de tempo como oportunidade conforme s2540. Logo as profecias trazem a
temporalidade dos fatos como uma oportunidade de decisão pelos recebedores da mensagem, ou seja, os
servos de Senhor Jesus Cristo.
Em Apocalipse 22:7 diz: “Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da
profecia deste livro.”
Em Romanos 13:11 diz: “E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono;
porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.”
Em 1 Pedro 4:7 diz: “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em
oração.”
O livro revela as coisas que aconteceriam logo (1:1,3; 22:6,10). Em todos os séculos, os intérpretes da
Bíblia têm pensado que o Apocalipse descreve os eventos políticos de sua própria época. Na realidade,
esses símbolos especiais e predições foram cumpridos pouco tempo depois de serem escritos. Considere:
quando Daniel escreveu sobre acontecimentos que ocorreriam 400 anos mais tarde, ele selou as palavras
porque elas se referiam a um futuro muito distante (Daniel 8:26). Quando João escreveu Apocalipse, ele
não selou as palavras porque o tempo estava próximo (22:10).

13. Estudo de Apocalipse 1.4

13.1 Apocalipse 1:4 “João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte
daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;”

13.2 “Igreja” (Ap. 1:4) / ἐκκλησία,/ ekklésia / definição: uma assembleia, congregação,/s1577 O termo
kklēsía (de 1537 / ek , "de fora para e para " e 2564 / kaléō , "chamar") - propriamente, as pessoas
são chamadas do mundo e para Deus, sendo o resultado a Igreja (o corpo místico de Cristo ), ou seja, o
corpo universal (total) de crentes a quem Deus chama para fora do mundo e em Seu reino eterno. Todos
aqueles que estão ligados ao corpo de Cristo (Colossenses 1:17-18) em perfeito estado de harmonia, uma vez
que fora disto a pessoa corre muito perigo (Colossenses 2:19), uma vez que os membros do corpo estão
sujeitos à cabeça que Cristo (Efésios 5:23, 24,30). Por isso, a proposta de Atos 2:38 que diz: ”Arrependei-
vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados..." continua
válida na finalidade de nos proporcionar uma vitória plena (Gálatas 3:26-28). O ato de estar na igreja é
fundamental para o crescimento da igreja, em Hebreus 10:24-25 diz: "Consideremo-nos também uns aos
outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume
de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima."

13.3 “João, às sete igrejas que estão na Ásia” (Ap. 1:4)


- Número “sete” indica perfeição e plenitude do fato, o que é plenamente aplicável a Igreja de Cristo, seu
corpo perfeito.
- Na “Ásia” o limite geográfico das Igrejas na época do livro que indica a Ásia menor.
- Cada uma destas Igrejas tinha várias congregações e o número indicado representa a informação de que
a mensagem era para a totalidade da igreja, logo aquilo que foi dito a uma determinada igreja aplica-se a
todas as igrejas no tempo e no espaço.

13.4 “Graça e paz seja convosco” (Ap. 1:4)


A saudação cita dois termos: “graça”/ χάρις/ charis / “como um presente ou bênção trazida ao homem por
Jesus Cristo” e “paz” : εἰρήνη/ eiréné / definição: paz de espírito; invocação da paz uma despedida
judaica comum, no sentido hebraico da saúde (bem-estar) de um indivíduo. A razão deste fato é que a
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Igreja era composta por gentios, daí o termo “graça” e também por judeus convertidos por isto a
saudação judaica “paz”. A forma de comprimento da Igreja é uma impetração de benção pois indica vinda
da graça e da paz de Deus duas coisas que a humanidade pode produzir , logo não terá se não vir de Deus.
Em Efésios 4:7 lemos: “ Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.”
Quem pode mensura este dom? em 1 Coríntios 1:21 diz: “Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela
sua sabedoria não conheceu a Deus”. Não podemos querer entender as coisas de Deus (espirituais) com as
coisas naturais (carnais), não tem como. A paz de Deus é tudo para os santos no Salmos 29.11 diz:” O
Senhor dará força ao seu povo. O Senhor abençoará o seu povo com paz. ” no Salmos: 119.165 diz:” Muita
paz tem os que amam a tua lei e não há nada que os faça tropeçar.”

13.5 “da parte daquele que é, e que era, e que há de vir,” (Ap. 1:4)
Quando o texto diz: “da parte”, é uma forma de, em seguida, revelar a trindade; esta, logicamente,
afirmando que as profecias são da parte de toda a trindade divina (Ap.1.5). Esta é uma definição de Deus
na revelação de sua eternidade, conforme vemos na expressão “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14), ou
seja, eu sou além do passado “que era” eu sou no presente “que é” e eu serei além do futuro ou “há de
vir”, conforme 1 Tm. 6:16. O quem vem de Deus no traz tudo tipo de benção para nossas vidas: Em
Romanos 15:13 diz: “Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis
em esperança pela virtude do Espírito Santo.” Em Jeremias 29:11 diz:” Porque eu bem sei os pensamentos
que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que
esperais.”

13.6 “dos sete espíritos” (Ap. 1:4)


Tal expressão também ocorre em Ap.3.1. e Ap.4.5 e é uma referência a Zc.4.10, que identifica como
sendo os “sete olhos do Senhor”, portanto sua plenitude Septiforme se coaduna com Ap.3.1;4.5; e 5.6.
Em fato identificativo, os sete espíritos são descritos em Isaías 11:2 “E repousará sobre ele o 1-Espírito
do Senhor, o 2-espírito de sabedoria e de 3-entendimento, o 4-espírito de conselho e de 5-fortaleza, o 6-
espírito de conhecimento e de 7- temor do Senhor.”, em plena perfeição indicada pelo número “sete”. Na
revelação total da expressão do texto de Ap.1.4, podemos ver a trindade na “eternidade” revelando o
“Pai” o “Espirito Santo” na sua perfeição de atuação, e Cristo, “aquele que assiste diante do “trono”.
O texto também tem uma profunda relação com atenção sacerdotal de Nm 3.24-26 que, em resumo, é:
“O Senhor (Deus) te abençoe e te guarde. O Senhor (Jesus) faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e
tenha misericórdia de ti. O Senhor (o Espírito Santo) sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz”. Os
“sete espíritos” também representam a perfeição e ministério pleno do Espírito Santo à Igreja
(Ap.4.4;5.6;). A visão dos sete candeeiros e das sete estrelas representando as sete igrejas e os sete pastores,
relacionados com a expressão ‘os Sete Espíritos de Deus’ significa que o Espírito Santo vai se manifestar de
maneira plena sobre as igrejas e os pastores nos últimos dias trazendo um grande avivamento (Marcos
13.10). O número sete para as igrejas e pastores indica um aperfeiçoamento sobre o povo de Deus e seus
líderes que suportarão as perseguições dos últimos dias (Marcos 13.11-13). O Espírito quer se manifestar
sobre as igrejas e os pastores!
O Espirito santo se revela como:
Fogo - Apocalipse 4.5 “Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de
fogo, que são os sete Espíritos de Deus”. O apóstolo João viu diante do trono de Deus, sete tochas de fogo
que disse representarem os sete Espíritos de Deus. O trono de Deus representa o lugar de sua justiça (Salmos
45.6). Jesus virá como juiz para julgar e fazer justiça sobre o seu trono (Hebreus 1.8). As tochas de fogo são
símbolo do temor a Deus (Gênesis 15.17,18).
Poder:Apocalipse 5.6 “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um
Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de
Deus enviados por toda a terra”. Ainda diante do trono de Deus estava um cordeiro com sete chifres e sete
olhos que o apóstolo identifica como sinais dos sete Espíritos de Deus na vida de Jesus. Os chifres são
símbolos de poder sempre representados sobre animais que têm grande força (Zacarias 1.21). Quanto mais
chifres e maiores, maior seu poder (Daniel 8.6,7). Os olhos indicam a visão completa sobre todas as coisas.
Após ser morto, o Cordeiro de Jesus assumiu pleno conhecimento e poder, como Jesus disse: “Toda a
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autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28.18). O texto em foco de Isaías 11 revela os Espirito
conforme já vimos é por meio deste temos:
1. “Espírito do SENHOR” - Senhor é Adonai, dono ou proprietário. Implicar no senhorio de Cristo em
nossas vidas. (Lucas 2.11).
2. “Espírito de sabedoria” – ser sábio é uma capacidade do Espírito Santo para compreendemos as
ações do mundo e narrativa profética sobre noss destino com Deus.
3. “de entendimento” – os escolhidos não serão enganados pelo inimigo porque terão discernimento de
Deus (Marcos 13.22). A mente de Cristo pelo Espirito Santo nos revela o céus é nos faz entender sua
natureza.
4. “Espírito de conselho” – o Espírito Santo é Consolador para aqueles que precisam de ajuda (João
14.26).O consola mais muito além de estar presente na tribulação mais deste Espirito Santo ser a fonte de
poder para vencemos as lutas.
5. “de fortaleza” – o Espírito Santo dará uma força espiritual para ajudar os servos de Deus a vencer as
tribulações (Apocalipse 7.14). Em Cristo temos abrigo seguro para qualquer tempestade da vida,
maravilho e confortante e saber que estamos aguardos pelo mão poderosa de Deus.
6. “Espírito de conhecimento” – conhecer a Deus é o propósito do Espírito Santo sobre os crentes.
7. “de temor do SENHOR” – é preciso temer a Deus em respeito à sua autoridade (Eclesiastes
12.13).O serviço santa na igreja e um vida de qualidade cristã passa pelo filtro do temos ao Senhor. Os
sete Espíritos nos revela a plenitude de Deus volta para sua igreja gloriosa é a salvação dos santos.

14 Estudo de Apocalipse 1.5

14.1 Apocalipse 1:5 “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos
e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,”

14.2 “a fiel testemunha” (Ap. 1:5)


O termo gr. Πιστός/ pistos /s4103/ definição: confiável, fiel, acreditando. O texto indica que Cristo é
“fiel” ou seja verdadeiro em tudo, com isto o texto revela o caráter da testemunha que é:
a) Caráter genuíno;
b) Confiável plenamente em sua missão;
c) Aquele que correspondeu plenamente a confiança que foi depositado ou seja cumpriu sua
missão da salvador;
d) Revelar a verdade de forma correta e pura;
Portanto, Cristo é apresentado com este título: “a fiel testemunha”, o que lhe é justo por duas razões; por
direito e por conquista sendo a personificação da própria verdade (Jo.14.6; Ap.19.11).

14.3 “o primogênito dentre os mortos” (Ap. 1:5)


O termo gr. Πρωτότοκος/ prototokos /definição primogênito ou seja o primeiro de uma série, “dentre os
mortos/ νεκρός,” ou “ mortos”, portanto isso comprova a ressurreição de Cristo que é a base de tudo da
verdade, pois tudo dependia da ressurreição de Cristo (Cf. Sl 16.10; At 13.34; Lc 24.44-46; At 17.3) e
determina o início da primeira ressurreição da qual todos os santos fazem parte.Jesus Cristo, o
primogênito dos mortos, garantiu a ressurreição futura do cristão por meio de Sua própria ressurreição
(1 Co 15.20,23).
A ressurreição de Cristo determina várias verdades fundamentais da fé:
(1) O cumprimento profético sobre Cristo (Sl.16.10;At13.24);
(2) A verdade das escrituras é validada por que dependiam da ressurreição de Cristo (Lc 22.44-46;At
17.3);
(3) A determinação da precisão profética sobre todos os temas escatológicos: O Arrebatamento;
Tribunal de Cristo; Bodas do Cordeiro; Grande Tribulação; Milênio, juízo final e novo céu e
nova terra.
(4) Cristo é o primogênito dos mortos porque foi o primeiro a morrer e ser ressuscitado para ter
imortalidade no reino celestial de Deus. Todas os outros relatos de ressurreição no AT e NT são de
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pessoas que obviamente morreram, foram trazidas de volta à vida e voltaram a morrer
posteriormente.
(5) O fato de Cristo ser o primogênito dentro os morto e explicado em Colossenses 1:18 que diz:” E ele
é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo
tenha a preeminência.” Portanto o primeiro entre os mortos a vencer a morte nos possibilitando a
ressurreição plena a sua igreja e´a vitória total sobre a morte ( 1 Co.1.526). Tal expressão de vitória
sobe a morte revela a grandeza da obra de Cristo no que Ele faz, como Faz, porque fez, para quem
faz e qual o resultado de que fez.
(6) Cristo é primogênito dentre os mortos por que é primeiro de uma serie da santos que vão ressucitar
com o corpo glorioso :Em 1 Coríntios 15:23 diz:” Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias,
depois os que são de Cristo, na sua vinda.” Portanto todos os santos faz parte desta ordem e os
pecadores são incluído na segunda ressurreição conforme Daniel 12:2 diz:” E muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo
eterno.” Portanto a primeira ressurreição é a dos santos (Ap.20.6) e segunda dos pecadores no juízo
final (Ap.20.11-15).
No AT, temos a ressurreição do filho da viúva (1 Rs 17:17-24); a mulher sunamita (2 Rs 4:32-37) e o
homem que foi encostado nos ossos de Eliseu (2 Rs 13:20-21). No NT, temos o filho da viúva (Lc. 7:11-
15), a filha de Jairo (Lc. 8:41,42; 49-55), Lázaro (Jo 11:1-44), muitos santos que haviam morrido, depois
da morte de Jesus (Mt. 27:52), Tabita (At 9:36-43) e Êutico (At. 20:9-10).
Mas a ressurreição de Jesus não era como as outras que a precederam e sucederam. Todas as outras
pessoas na Bíblia (e fora dela) que foram ressuscitadas eventualmente morreram de novo. Jesus,
entretanto, está vivo no Espírito, para sempre. Ele venceu a morte.

14.4 “ e o príncipe dos reis da terra” (Ap. 1:5)


O termo grego βασιλεύς/basileus /s935/definição: um rei, governante.
O termo gr. basileus indica "o Rei dos reis" (Ap 19:16), ou seja, o Rei sobre o Reino dos céus
(Deus). Como o Rei, Jesus Cristo possui regência sobre toda a criação - sendo também Deus o
Criador. (cf. Jo 1:1-3,49). Embora Ele seja o legítimo príncipe, até a Sua segunda vinda, não exercerá
Sua autoridade (Mt 28.18) de maneira completa sobre os reis da terra (Ap 19.17-21). Mas, quando voltar,
Ele estabelecerá Seu Reino de forma plena na terra (Ap 1.6) e nomeará corregentes preparados, os quais
compartilharão de Sua autoridade para governar nações em submissão a Ele (Ap 2.26,27; 3.21; 5.10;
20.4; 21.24).

AUTORES: Ir. Cláudio Fonseca e Ir. Peter Wilson


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REFERÊNCIAS

PEDRO DA SILVA, Severino, Apocalipse: Versículo por versículo, Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2005.

LADD, George, Apocalipse: Introdução e comentário, 1. ed. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão,
1980.

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