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Pref ácio

O conte údo deste livro é o me smo das 10 aulas que fo ram dada s
pelos autores a professores que atuam no Ensino M édio no Rio de
J a neiro, em jan eiro de 2001 .
O c urso duro u uma se man a, co m dua s a ulas em c ada man h a˜
enquanto as t ar de s eram dedi cada s à r es olu ça˜o e a disc uss a˜o em
conjunt o dos exerc ı́cios propostos.
Todo s os pro ble ma s a qui a presenta dos t êm r espo sta s comple-
tas no final.
A Soc ieda de B ra sile ira de Mat em ática disp o˜e de um conjunto
de 10 v ı́deos nos quais est ao ˜ grava das, a o v ivo , a s a ulas. As pe s-
soa s e in st itu iç o˜es int eressad a s n a a quisic¸ ao˜ dos mesmos podem
dirigir-se à S B M nos end erec¸os qu e const a m n o present e vo lume.
Ao p ôr este material à di sp osi ç ao
˜ dos professores e estudan-
tes universit á rio s que se pre para m pa ra o exerc ı́cio do ma gist ério,
a in t en ç ao
˜ do s aut ores é a de de stacar alguns temas usualme n-

te estudado
concei ˜s apropriada,
t ua çao no E nsi noeles
M podem
édio, mostrando que, por
ser ilustrados ao lado
meiodedesua
problemas simples, acess ı́veis, por ém desafiadores e contextuais.
Evidentemente, tra ta -se de uma pequena a mostra , indicando um
f értil e a tra ente c a minho a ser trilha do.
Mais uma ve z, a s at ivi dades que realizamo s, o livro p ubl ica-
do e os v ı́de os gr ava dos deve m sua exist ênc ia em grande part e a
VITAE, a o I MPA e à SB M. A es ta s not á veis in st it uic¸ o˜es, o agra -
dec imento dos a utores.

Rio de J an eiro, j un ho de 2001


Elon Lages Lima
Pa ulo Cezar P. Carva lho
Edua rdo W a gner
August o C ésar Morgado

iii
C a pı́tu lo 1

PF ro
unporc
ço˜esiona
Afi nlisda de e

Em seu livro “Elementos de Álgebra”, publicado em S ˜ Peters -


ao
burg o em 1770, o gran de mat em ático Leonardo Euler prop o˜e o
seguinte problema:

Uma lebre est á 50 pulos à frent e de um cachorro , o qua l


d á 3 pulos no tempo que ela leva para dar 4. Sabendo
que 2 pulo s do cacho rro va lem 3 da lebre , qu a nt os pul os
ele deve dar para peg á-la?

Este é um exe mplo de quest a˜o que se refere a proporcionalidade,


a ssunt o que exp ore mos a seguir .

1 Pr oporcionali dade
Diz- se que duas grandezas s a˜o proporcionais qua ndo ex iste uma
correspond ência x → y, que assoc ia a cada valo r x de uma delas

um va lor y be m defi nido da outra , de ta l modo que sej a m cumpri-
da s a s segu int es co nd iç o˜es:

1) Quan to ma ior for x, ma ior ser á y. Em termos matem áticos:


se x → y e x → y en t a˜o x < x implica y < y .
 
   

2) Se dobrarmos, triplicarmos, etc. o valor de ˜ o valor


x en t ao
correspondente de y ser á dobrado, triplicado, etc. Na lingua-
gem matem ática: se x → y en t a˜o nx → ny p ara todo n N.
  ∈
Na s con di çdade
proporcionali o˜es acima,
. a correspond ência x 
→ y c ha ma -se uma

3
4 Temas e Problemas

Exemplo 1. Sejam x o volume e y o peso de um a porc¸ ao ˜ de um


lı́quido h omo g êneo . A correspond ência x → y c umpre c lara mente

a s d ua s cond iç o˜es acima, logo o volume é propo rciona l a o peso .

ˆ
E xemplo 2. Sejam r e s re ta s paralel as. Da do qualquer ret angulo
que tenha dois lados co ntidos nessas reta s, c ha memo s de x o com-
primento de um desses lados e ˆ
z a á rea do ret angulo.

Figura 1

A correspond ência x → z é uma pro porci ona lidade. Ou sej a :



ˆ
qua ndo a a ltura de um re t angulo é fixada , su a área z é pr oporcio-
n a l à base x.
Com efeito, em primeiro lugar, se x < x en t a˜o a área z do
 

aretá area
ˆn gul
de oum
deret
base aˆngulo
x é igual à área
de base
x −zxdo ret angulo
, logo ˆz < z .de base x mais

Em segundo lugar, um ret aˆngulo de b a se n x po de ser expres-


·
so co mo r euni ao ˜ de n ret aˆngulo s justa postos de ba se x (e m esma
área z) logo sua área é n z.
·
Observac¸a ˜o. A a fi rm a ç ao˜ contida no E xempl o 2 é uma conse-
q ü ência imediata da f órmula que exprime a á rea de um re t aˆngulo
como o pro duto da base pe la a ltura . E sta é, e ntr etan to, uma justi-
fi ca tiva a posterio ri. N a˜o é conveniente us á-la no presente contex-
to pois, na verda de, o primeiro pas so da deduc¸ ao ˜ daquel a f órmula
é a v eri fi ca ç a˜o da pro porci ona lidade a cima.

Exemplo 3. C onsidere mos no plano um ˆ


angulo AOB e uma re- 
t a r que n a˜o é parale la ao lado OA nem a OB (Figura 2) . Da do
qua lquer segme nto de reta de c omprime nto x, contido em OA, a s
para
lado lelas
OB um a rsegment
tra çad a os po
de rc sua s extremiday . des determina m sobre o
omprimento
˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 5

r B

O A
x

Figura 2

Afirmamos que a correspond ência x → y é uma pro porcio na li-



dade.
Ant es de just ifi car est a a fi rma ç a˜o de vemo s mostr a r q ue o com-
primento y depe nde a penas do c omprimento x mas n a˜o da pos iç a˜o
do segmento toma do so bre o la do OA . (Ist o si gnifi ca que a corres-
pond ência x → y est á bem definida .)

Ora, se tomarmos sobre o lado OA dois segmentos de mesmo
comprimento x en t a˜o na Figura 3, onde MN e M N s a˜o para lelos  

ˆ
a OA, os tri angulos MNP e M N P t êm, cada um, um lado de
  

mesmo co mpriment o x, compreendido entre dois ˆ


angulos M= M   

 
e N = N . Logo s ao

˜ tri angulos
ˆ congruentes e da ı́ MP = M P = y .  

A pa rt ir d esta observa ç a˜o inicial, sempre que tivermos x→ye 


x → y , se quiserm os compara r y com y podemos supor que x e x

   

˜ medidas de segmentos com srcem no v


s ao értice O. Ent a˜o fi ca
claro q ue se x < x ⇒ y < y e que x = n x ⇒ y = n y , como
  
· 
·
mostra a Figura 4 (onde n = 3 ).

Exemplo 4. Investi ndo u ma qua ntia x numa caderneta de pou-


pa nc¸a , a p ós o decurso de um m ês obt ém-se um montante y. A
correspond ência x → y é uma proporcionalidade: o que se recebe

no fim do m ês é pro porci ona l a o que se a plicou. Com efe ito , é
claro que aplicando-se mais recebe-se mais e investindo-se uma
quantia n veze
como n inve s ma ior
stimentos do que a xx, ,pode-
iguais logo oseque
consid era r es ésanopera
s e recebe y. ç a˜o
·
6 Temas e Problemas

B
P’
y

M’
N’
r x
P

y
M
N
x

O A
x x

Figura 3

B
B

y
y'
y
y y

O A O A
x x x x
x'

Figura 4
˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 7

Observac ¸a˜o. Se u ma qua ntia fi xa ge ra, ap ós um m ês de investi-


ment o, um retorno y, n a˜o é ve rda de que ap ós n meses e ssa mesma
qua ntia gere o reto rno n y, mesm o qu e a t a xa de juros pe rm a nec¸a
·
consta nte. Poi s a o fina l de c ada m ês é co mo se t ivesse sido a plic a -
da
riorno vamente
mais uma
os juros qua ntia maior
correspondentes. , ig ual
Assim à existente
o retorno no m ês ante-
(num per ı́odo
fixo) é proporcional ao capital inicial mas n a˜o é proporcional ao
tempo de investiment o.

E st a obser va ç a˜o mo stra que a pro prie da de “qua nto ma ior fo r x,


ma ior ser á y ” n a˜o assegura a pro porci ona lidade entre x e y . Outro
exe mplo dist o é a correspond ência x → y, onde x é o lado de um

quadrado e y é sua área.

Dia nt e dos exe mplo s a nt erio res, po demos fo rmula r a defi nic¸ a˜o
matem ática de proporcionalidade, onde as grandezas s ˜ sub sti-
ao
t uı́das por n úmeros reais, que s ao ˜ suas medi das.
Esta mo s co nside ran do ape na s gra ndez as que t êm medida po-
sitiva, logo o modelo matem ático da proporcionalidade leva em
˜ apenas n úmeros rea is positivo s.
cons id er a çao
Uma proporcionalidade (num érica) é u m a fu n ç a˜o f : R → R
com as seguintes propriedades:
˜ crescente, isto
1) f é u ma fu n ç ao é x < x 
⇒ f(x) < f(x ) para

quaisquer x, x R . 

2) Para todo x ∈R e todo n ∈ N tem-se f(nx) = n · f(x).
Numa prop orc iona lida de a pro priedade 2) , acima a dmit ida a pe-
nas quando n N, vale p ara um n úmero real positivo qua lquer .

Este é o co nt e údo do

Teorema F undamental da Pr oporcionali dade.


S e f : R → R euma
´ fun¸c˜ao crescente tal que f(nx) = n · f(x) para
todo x ∈ R etodo n ∈ N, entao
˜ f(cx) = c · f(x) para quaisquer x e c
em R .

A demon
Ver tamb stém
ra ços
a˜osegui
do teontrema a cima
es livro est lic
s, pub á no Ap pela
a dos êndiceS.B.M.:
1 na p ág.
“Meu 16.
8 Temas e Problemas

Professor de Matem ática”, p ág. 129, e “A Matem ática do Ensino


M édio, vo l. 1”, p ág. 94.
Na pr ática, é bem ma is f ácil mo stra r q ue f(nx) = n f(x) para
·
n N do que ve rifi ca r que f(cx) = c f(x) p ara todo c R . (Pense
∈ · ∈
em c = 2 ou c = π.) Por outro lado, o fato de que uma
√ pro por-
cionalidade f satisfaz esta igualdade para qualquer n úmero re a l
positivo c tem importantes conseq ü ênci a s, co mo veremo s a gora.

Corolario.
´ S e f : R → R e´ uma pr opor cionali dade ent ao
˜ tem-se,
para todo x > 0, f(x) = ax , onde a = f(1).
Com efe ito, pelo Teorema Fun da ment a l, p a ra qua isquer x, c R , ∈
vale f(xc) = x f(c) = f(c) x. Em partic ul ar , to mando c = 1,
· ·
obtemos f(x) = a x, onde a = f(1).
·
U ma fun ç a˜o f : R → R de fi nida por f(x) = ax, onde a R é ∈
uma consta nte, chama -se uma fun¸c˜ao linear . Qu ando a > 0, a
˜ linear f(x) = ax transfo rma um n úmero real positivo
fun çao x no
˜ uma proporciona-
n úmero positivo ax, logo defi ne, por r estr iç ao,
lidade f : R → R . Aca bamos de ver q ue, reci pro ca mente, toda
proporcionalidade é a res t ri ç a˜o de um a fun ç a˜o line a r a R . O coe-
ficiente a cha ma -se o fator de proporcionali dade.
Esta última observa ç ao ˜ no s perm ite conc lui r qu e se
f : R → R é uma proporcionalidade ent ˜ para quaisquer x , x
ao,
com f(x ) = y , f(x ) = y , tem-se y /x = y /x . Com efeito, am-
bos esses quocientes s ˜ iguais ao fator de proporcionalidade
ao a.
A igualda de y /x = y /x chama-se uma propor ç˜ao.
Chama-se regra de tr ˆes ao problema que consiste em, conhe-
cendo t r ês dos n úmeros x , y , x , y , dete rmina r o quart o.
H á dua s ma neiras t ra dic iona is de reso lve r esse p rob lema . Su-
ponhamos dados x , y e x . O q ua rto eleme nt o da pro porç a˜o
ser á chamado y. E nt a˜o deve ser y /x = y/x , donde se tira
y = x y /x . Esta é uma forma de reso lve r a regra d e tr ês .
O outro m étodo de resolver a regra de tr ês ch a ma -se “r edu ç a˜o
à unidade”. Sabendo que f(x ) = y , ou seja, ax = y , obtemos

a e da
= y=/xy/x
y /x : yı́ vem o va) lor
= f(x = axdo termo /xqu. eOfa nlta
= y x y na“redu
ome propoç rc¸oa˜ào

˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 9

unida de” pro v ém do fato de que a = f(1) é o valo r de f(x) quando
x = 1.
Deve-se ressaltar enfaticamente que a regra de tr ês, prove-
n ien t e da propor ç a˜o y /x = y/x , s ó pode se r legitima ment e em-
pre gad a qua ndo se tem uma prop orci ona lidade f, sendo y = f(x )
e y = f(x ).
˜ a ser feita é que, em div ersa s sit ua ç o˜es ond e
Out ra observ a ç ao
se usa a proporcionalidade (ou a regra de tr ês), o fator de propor-
cionalidade a é irr elevan te e/ou co mplica do d e se obter .
No Exemplo 1 , o fa tor d e prop orc iona lida de a = peso / volume,
chama do a densidade d o lı́quido (ou, mais precisamente, o peso
espec´ıfico ), é um conceito út il. Assim, pe so = de nsida de volume.
×
No Exemplo 3, o fator de proporcionalidade n ˜ tem a meno r
ao
import anˆ cia. (Por acaso e le é o quociente dos senos dos angulos
ˆ
que a reta r forma com os la dos OA e OB, ma s est a inform a ç a˜o é
uma mera curiosidade.)
No E xemplo 4 , é costume escrever o fator de proporcionalidade
sob a forma a = 1 + i , porta nt o tem- se y = (1 + i)x. O n úmero i
cha ma -se o juro . Se o inve stimento inic ial x fo r ma ntido du ran te
n m êses e os juros se man tiverem fi xos, tem- se ao fi na l do n -ésimo
m ês y = (1 + i) x.
ˆ
Qua nt o ao Exemplo 2, e le no s diz q ue a área z de um ret angulo
de altura fi xa y (= dist aˆnci a entre a s para lelas r e s ) é propo rciona l
à base x, logo z = A x , onde o fator de proporcionalidade
· A é a
área do ret aˆngulo de me sma altura y e b ase 1. Mas é claro q ue o
que val e p ara a base v ale tamb ém para a altura. Logo, a área A
de um ret aˆn gul o de base 1 e altura y é proporcional a y, ou sej a ,
A = B y, onde B é a área do ret an
· ˆ gul o de base 1 e altura 1. Ora,
este é o quadra do unit á rio logo, por defi ni ç a˜o, B = 1 . Assim A = y
e a área z do ret anˆ gul o de base x e a ltur a y é dada por z = xy.
(Veja o li vro “Medida e Fo rma em G eometr ia” , p ág. 17.)
Exi ste ta mb ém a n oç a˜o de pro porci ona lidade inve rsa . Diz- se
que duas grandezas s a˜o inversamenteproporcionais qua ndo e xiste
uma correspond ência x → y que associa a cada valor
 x de uma

de las um va
cumprida s a lor bem defi
s s eguint nido
es co da outra , de t al mo do que se jam
nd içyo˜es:
10 Temas e Problemas

1) Qua nto ma ior for x, menor ser á y. E m termo s mat em áticos:


se x → y e x → y en t a˜o x < x ⇒ y < y.
 
   

2) Se dobrarmos, triplicarmos, etc. o valor de x en t ao˜ o valo r


correspondente de y s er á dividido po r dois, po r t r ês, e tc. E m
linguagem matem ática: se x → y en t a˜o nx
 
→ y/n, para todo
n N.

Porta nto, dize r que y é inversa ment e pro porcio na l a x equivale
a dizer que y é proporcional a ˜ do Teorema
1/x. Segue- se e nt ao
Funda mental da P ro porc iona li dade que se y é inversam ente pro-
porcional a x en t a˜o tem- se y = a/x , onde o fa tor de propo rcio na li-
dade a é o va lor d e y que corresponde a x = 1 .

E xemplo 5. Ent re o s ret aˆngulos de base x, altura y e área igual


a 1, tem-se y inversa ment e pro porcio na l a x, com y = 1/x.

2 Grandeza proporcional a va
´ri as outras
E m m uita s sit ua ç o˜es tem-se uma grandeza z, de tal modo rela-
ciona da com outra s, digamos x, y, u, v, w, que a cada escolha de
valores para estas última s co rresp onde um va lor bem d etermina-
do p a ra z. Ent a˜o z cha ma -se uma fun¸c˜ao das vari áveis x, y, u , v, w
e escr eve-se z = f(x,y,u,v,w ).
Nes t a s cond iç o˜es, diz -se q ue z é (diretamente) proporcional a x
quando:
1) Para quaisquer valores fixados de y, u, v, w, a grande za z
é u ma fu n ç a˜o cresc ente de x, isto é, a des igu alda de x < x 

implica f(x,y,u,v,w ) < f(x ,y,u,v,w ). 

2) Para n N e x, y, u, v, w qua isquer t em-se f(nx,y,u,v,w ) =



n f(x,y,u,v,w ).
·
Analogamente, diz-se que z é inversamente proporcional a x
quando:
1’) Pa ra qua isque r va lores fixa do s de y, u, v e w, a grandeza z

éimplica
u ma fuf(x,y,u,v,w
n ç a˜o dec resce
) >ntf(x
e de,y,u,v,w
x, isto é,).a desigualdade
 x<x
˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 11

2’) Para n N e x, y, u, v, w qua isquer t em-se f(nx,y,u,v,w ) =



1
f(x,y,u,v,w ).
·
n
Segue- se do T eorema Funda menta l da P rop orci ona lidade que
a s proprie da des 2) e 2’) a cima va lem par a c > 0 real qualquer em
lug ar de n N. Isto tem a seguinte conseq
∈ ü ência:
S e z = f(x,y,u,v,w ) é (diretamente) proporcional a
x e y e inversamente proporcional a u, v e w en t a˜o,
tomando-se a = f(1,1,1,1 ), tem-se

f(x,y,u,v,w ) = a · u x· v· y· w ·
Com efeito,
f(x,y,u,v,w ) = f(x 1,y,u,v,w ) = x f(1,y,u,v,w )
· ·
xy
= xy f(1,1,u,v,w ) =
· f(1,1,1,v,w ) ·
u
xy xy
= f(1,1,1,1,w ) =
· f(1,1,1,1,1 ) ·
uv uvw
xy
=a
uvw
· ·
˜ unive rsal, de Ne wt on, afi rma que
E xemplo 6. A lei da gr a vit a ç ao
doi s corpo s, de ma ssas m e m respectivamente, situados a uma

ˆ
dist ancia d um do outro , se a tra em segundo uma forc¸a cuja in-
tensidade F é propo rcio na l a essas m a ssa s e i nversa ment e prop or-
cional ao quadrado d da dist ancia
ˆ entre eles. Resulta do acima

exp osto q ue F = c · mm , onde a consta nte


d
c depe nde d o sistema
de unidad es utilizado .

Exemplo 7. A n oç ao ˜ de gran de za pro porc iona l a v árias outras


permite deduzir a f órmula do vo lume de um blo co reta ngular. O
volume de um s ólido g eom étrico X, que se escreve vol (X), é um
n úmero real com as seguintes propriedades:

1) Se
volo(X)
s ólido (Xes
< v ol X ). t á contido propriamente no s
 ólido X en t a˜o
12 Temas e Problemas

2) S e o s ólido Y é a re uni ao˜ de dois s ólidos adjacentes X e X 

en t a˜o vo l (Y ) = vol (X) + vol (X ).


Dessa s du a s proprie da des d o vo lume, e da defi nic¸ a˜o de propo rcio-


nalidade acima dada, resulta que se X é um blo co reta ngula r cuj a s
arestas medem x, e respec tiva ment e ent a˜o o volume de X é pro-
y z
porcio na l a x, y e z. Portant o vol (X) = a xyz, onde a é o volume
·
do bl oco retan gular cuja s t r ês arestas mede m 1. Mas ta l bl oco é
˜ seu volume é igual a 1. Lo go
o cubo de a rest a 1 e, por defi nic¸ ao,
vol (X) = xyz.

3 F unc
¸o˜es afins

Exemplo 8. As escalas termom étri cas assina lam valo res po si-
tivo s e ne gat ivo s. Ela s se b aseiam na altura de uma c oluna de
merc úrio , a q ua l a umenta ou diminui c onfo rme a tempe ra tura so-
be o u desc e. Na esc a la Celsi us, o valo r 0 corresponde à tempe-
ra tur a em q ue o gelo c ome ça a fundir- se e o va lor 100 assi nala a
tempe ra tura em que a á gua ent ra em ebulic¸ a˜o (à press a˜o do n ı́vel
do mar). Na escala Fahrenheit esses valores s a˜o 32 e 212 respec-
tiva mente. As sim, 0 C = 32 F e 100 C = 212 F. Os demais valo-
◦ ◦ ◦ ◦

res na esc a la C elsius s a˜o ma rcados dividindo -se o int ervalo entre
aquelas duas temperaturas em 100 partes de igual comprimento
e, na esc a la Fah renhei t, em 18 0 pa rtes ta mb ém de comprimentos
iguais. U san do-se es ses c omprime ntos em c a da ca so, a s esc a las
˜ estendidas para assinalarem valores de temperaturas supe-
s ao
riores à da ebu lic¸ ao˜ da á gua e inferi ores à da fus a˜o do gel o. Isso
requer o uso de n úmero s negat ivo s. Pergunt a -se: em que tempe -
ra tura a s esc a las C elsius e Fahr enhei t a ssinala m o mesmo valor?
Qual a temperatura Celsius que é a metade do valor correspon-
dente em graus Fahrenheit?
O exe mplo acima ilustr a uma situa ç ao ˜ em q ue se e mpre ga a
funça˜o afi m, co nforme veremo s a seguir .
U m a fu nc¸ a˜o f : R → R chama-se afim quando, p ara todo x R, ∈
o va
a e blors a˜f(x) é dado
o consta por uma express
ntes. a˜o do tip o f(x) = ax + b , onde
˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 13

Exemplo 9. Uma corrida de t áxi custa a re ais por km rodado


mais uma taxa fixa de b reais, chamada a “bandeirada”. Ent a˜o o
prec¸o de um a corr ida de x km é f(x) = ax + b reais.

se oNu ma fu
valor n ç ao
inicial˜ afim f(x)
e o coefi , o n−
= axa+=b f(1)
ciente úmero = ma
f(0) é bcha docahama
f(0) taxa-
de var iaç˜ao d e f. O motivo para esta deno mina ç a˜o é que, para
quaisquer x, h ∈ R, com h = 0, tem-se a = [f(x + h) − f(x)]/h,

donde a = f(x + 1) − f(x), logo a é a va ria ç ao ˜ de f(x) po r un idade
˜ de x. (Compar e co m o ex emplo a cima .)
de v a ri a ç ao
U ma fu n ç ao ˜ linear f(x) = ax é um caso pa rt icula r de fun ç a˜o
a fi m. Outro c a so p a rticul a r de func¸ ao˜ afim é o da s fun ç o˜es cons-
tantes f(x) = b .
Quando a > 0, a fu n ç ao ˜ afim f(x) = ax + b é cresc ente, ist o é,
x < x ⇒ f(x ) < f(x ). Com ef eito se x < x en t a˜o x − x > 0
logo

f(x ) − f(x ) = ax + b − (ax + b) = a(x − x ) > 0,

ou seja, f(x ) < f(x ).

funAnalogamente, se ax +
˜ afi m f(x) =
çao en t a˜
a <é,0neste
b o x decrescente.
caso, < x ⇒ f(x ) > f(x ), e a

Teorema de C aracteri zac


¸ao
˜ das Func¸oe
˜ s Afins.
S eja f : R → R uma fun¸cao
˜ crescente ou decrescente. S e a diferença
f(x + h) − f(x) depender apenas deh, mas n ao˜ de x, entao
˜ f ´e uma
fun ç˜ao afim.
(Ver dem ons t ra ç a˜o no A p êndice 2 na p á g. 17 .)

Exemplo 10.Retomemo s o Exemp lo 8 . Em última an álise, os


gra us C e F s a˜o diferentes unida des de c omprimento, com a s qua is
se mede a altura de uma coluna de merc úrio. Assim , a mud a nc¸a
de escala, de Celsius para Fahrenheit é u ma fun ç a˜o f : R → R
que associa à medida x, segundo C , a medida f(x), segundo F, da
mesma coluna de merc úrio. Evidentemente, f é crescente. Al ém

di
dess o, a de
reta d ifer en ça f(x+h
e xtremos f(x))−f(x) é a)m
e f(x+h edida,
o qua s egundo
l, segundo C,Ftem
, doextremos
se gment o
14 Temas e Problemas

x e x + h, logo seu C- comprim ent o é ig ua l a h. Ora , a me dida deste


segmento depende apenas de ˜ de x e o mesmo se d á
h mas n ao
com a di fer en ça f(x + h ) − f(x). P elo Teorema de Ca ra cteriza ç a˜o,
˜ afim: f(x) = ax + b. Sa bemo s que
conclu ı́mo s q ue f é um a fu n ç ao
f(0) = 32 e f(100) = 212. Ent a˜o b = 32 e 100a + 32 = 212, donde
a = 1,8 . Portanto f(x) = 1,8x + 32 é a f órmula que pe rmite passa r
da temperatura x na escala Celsius para a temperatura f(x) em
graus Fahrenhe it. A prime ira pergunta do Exe mpl o 8 e ra: para
qua l valo r de x t em-se f(x) = x ? Deve-se ter 1,8x + 32 = x, donde
x = −40. A resposta é: −40 gra us Celsi us é o mesm o que − 40 graus
Fahrenheit. A segunda pergunta era: para qual valor de x t em-se
f(x) = 2x ? Ent a˜o 1,8x + 32 = 2x e da ı́ x = 160. Assim 160 graus
Celsius equivalem a 320 graus Fahrenhe it.

Provaremos a seguir que o gr ˜ afim é uma


á fi co de uma fun ç ao
reta. Para isso, usaremos a f órmula da dist aˆnci a entre doi s pon-
t os P = (x , y ) e Q = (x , y ), segundo a qual se tem
 d(P, Q) =
(x − x ) + ( y − y ) .
˜ afim f : R → R, f(x) = ax + b , seu gr áfico G
D a da a fun ç ao
é o conjunto dos pontos (x, ax + b) R , onde x R. Se jam
∈ ∈
M = (x , ax + b), N = (x , ax + b) e P = (x , ax + b) t r ês pontos
qua isque r de G . Sem perda de generalidade, podemos admitir que
x < x < x . Mostra remo s que d(M, N) + d(N, P) = d(M, P). D e
fato, temos
(x 
d(M, N) = − x ) + a (x − x ) = (x − x ) 1+a .

Analogamente,

− x ) 1 + a , logo
d(N, P) = (x
 
d(M, N)+d(N, P) = (x −x +x −x ) 1 + a = (x −x ) 1 + a = d (M, P).

Po rtant o tr ês pontos quaisquer do gr áfico G s a˜o coline a res. Co-


mo G possui pontos co m q ua isquer a bsci ssa , segue- se que G é uma
reta.
O n úmero b é a ordena da do p onto em que o gr áfi co de f(x) =
ax + b xcorta
iguais o eixo OY . Na Fi gu ra 5 v ê-se como
→ x + h e x → x + h dados a
 
x e xa os a cr éscimos
correspondem

˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 15

a cr ésc imos igua is f(x + h ) − f(x) = f(x + h ) − f(x ). A inclin a ç a˜o


 

da reta G em rela ç ao ˜ ao eixo hori zonta l é [f(x + h) − f(x)]/h =


[a(x + h ) − ax ]/h = a. Portant o, para valo res maio res o u meno -
˜ afim f(x) = ax + b é ma is ou meno s
res de a, o gr á fi co da fun ç ao
inclin a do em rela ç a˜o a OX.
G

(x’+h) – f (x’)

h
(x+h) – f (x)
b h

x x+h x' x'+h

Figura 5
16 Temas e Problemas

ˆ
APENDICE 1

Teorema Fundamental da Pr oporcionali dade.


S eja f : R →R uma fun¸c˜ao com as seguintes propriedades:
1) x<x 
⇒ f(x) < f(x );

2) · para todo n ∈ N etodo x ∈ R .


f(nx) = n f(x)

E nt˜ao f(cx) = c · f(x) para todo c ∈ R etodo x ∈ R .


Conseq¨uentemente,f(x) = ax para todo x ∈ R , com a = f(1).
Demonstrac ¸a
˜o: Em pri mei ro lu gar, para todo n úmero ra ciona l
r = m/n, com m, n N, e todo x R vale
∈ ∈
n f(rx) = f(n rx) = f(mx) = m f(x),
· · ·
m
por 2), logo f(rx) = f(x) = r f(x). Assim, a igualdade
· f(cx) =
n
c f(x) é v álida quando
· c é racio na l. Supo nha mos , po r a bsurdo ,
que exista c > 0 irrac ional ta l que f(cx) = c f(x) para algum ·
x R . Ent a˜ o ou f(cx) < c f(x) ou f(cx) > c f(x). Conside re-
mos o primeir o cas o. Temos ent a˜o f(cx)/f(x) < c. Seja r um va lor
∈ · ·
racional aproximado de c, de modo que f(cx)/f(x) < r < c , logo
f(cx) < r f(x) < c f(x). Como r é racional, vale
· · r f(x) = f(rx). ·
Assim, podemos escrever f(cx) < f(rx) < c f(x). Em p artic u-
·
la r f(cx) < f(rx). Mas, c omo r < c, tem-se rx < cx e, pela pro-
priedade 1), isso obriga f(rx) < f(cx) e n a˜o f(cx) < f(rx). Esta
˜ mostra que n a˜o é poss ı́vel ter-se f(cx) < c f(x). D e
cont ra di çao ·
modo inteirament e an á logo se v ê que f(cx) > c f(x) é imposs ı́vel.
·
Porta nt o de ve se r f(x) = c f(x) p ara qua isque r c, x R .
· ∈
Observac¸a ˜o. U m teo rema an á logo , com a mesm a demons tr a ç a˜o,
vale para f : R → R, escrevendo, na propriedade 2), n Z em vez ∈
de n N. ∈
˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 17

ˆ
APENDICE 2

Teorema de C aracteri zac


¸ao
˜ das Func¸oe
˜ s Afins.
S eja f : R → R crescenteou decrescente. Sea diferen¸
ca f(x+h)−f(x)
depende apenas de h mas n˜ao de x, entao
˜ f e´ uma fun ç˜ao afim.
Demonstrac ¸a
˜o: Trataremos apenas do caso em que f é crescen-
te pois o outro é a n álo go. Pel a hip ótese feita sobre f, a fu n ç a˜o
ϕ : R → R, dada por ϕ(h) = f(x + h) − f(x), est á bem definida.
Evidentemente ϕ é cresce nt e. Al ém disso, para todo h R vale ∈
ϕ(2h) = f(x + 2h) − f(x)
= [f((x + h) + h) − f(x + h)] + [f(x + h) − f(x)]
= ϕ(h) + ϕ(h) = 2 ϕ(h).·
Analogamente se v ê que ϕ(nh) = n ϕ(h) pa ra t odo n
· ∈ N. Tem-se
ainda

ϕ(−h) = f(x − h) − f(x) = −[ f(x) − f(x − h)] = − ϕ(h)

pois x = (x − h ) + h . Segue- se que, p a ra todo n


vale
∈ N e todo h ∈R
ϕ((−n)h) = ϕ(−nh) = −ϕ(nh) = −[ n ϕ(h)] = (− n)ϕ(h).
·
Como é óbvio que ϕ(0) = 0 , vemo s q ue ϕ(nh) = n ϕ(h) p ara todo
·
n ∈ Z. P ela Obser va ç ao
˜ a o fina l do A p êndice 1, conclu ı́mos que
ϕ(ch) = c ϕ(h) para qua isque r c, h R, logo ϕ é linear. Assim,
· ∈
pondo a = ϕ(1) = f(x + 1) − f(x), tem-se ϕ(h) = a h para todo ·
h R. Ent a˜o, p ara qua isque r x, h R vale f(x + h) − f(x) = a h.
∈ ∈ ·
Trocando h por x, vem: f(h + x) − f(h) = ax. Faze ndo h = 0 e
escrevendo b = f(0), obtemos f(x) − b = ax , donde f(x) = ax + b e
o teo rema est á demonstrado.
18 Temas e Problemas

P roblemas Pr opostos∗

1. Sejam r, s re ta s c oplan ares. Pa ra cada se gme nto de re ta AB


 

contido em r, seja A B sua pr ojeç ao


˜ ortogonal sobre s. Prove que
o co mpriment o de A B é prop orc iona l a o de AB.
 

2. Seja P um ponto fora da reta r. S e X e Y s a˜o po ntos d istintos


ˆ
em r, prove que a área do tri angulo PXY é prop orcio na l a o compri-
mento de XY . Qual é o fat or de prop orc iona lida de?

ˆ
3. Da do o angulo 
α = AOB, para cada par de po ntos X em OA e
Y em OB, sej a m x e y as medidas d os segmento s OX e OY respec-
tivamente . P ro ve que a área do paralelogramo que tem OX e OY
como dois de seus lad os é proporcional a x e y. Qual é o fator de
proporcionalidade? Sabendo que a área desse paralelogramo é de
29 cm quando x = 6 cm e y = 7 cm, qual o valor dessa área para
x = 2 cm e y = 3 cm ?

4. Sejam OA, OB e OC semi-retas n ao ˜ coplan ares e x, y, z a s


medidas dos segmentos OX, OY e OZ, respectivamente contidos
em OA, OB e OC. P rov e que o vol ume do para lelep ı́pe do qu e tem
OX, OY e OC co mo t r ês das suas a res ta s é propo rciona l a x, y e z.

5. O m ovime nto d e um ponto sobre um eixo c ha ma -se uniforme


qua ndo ele pe rco rre espa ços igua is em tempos iguais. Su a velo-
cidade é, por defi n iç a˜o, o espa ço p erco rr ido n a un ida de d e tem po.
Formule est a s d efi nic¸ o˜es matematicamente e obtenha a abscissa
f(t) do po nto no insta nte t explic it a men t e como fu nc¸ ao ˜ de t e do
ponto de p a rtida .

6. Por dois pontos dados no plano passa uma únic a reta. Como
se tra duz esta afi rma ç a˜o em term os d e func¸ o˜es afi ns? P ro ve -a
algebricamente.

S oluç˜
oes na p ágina 133.
˜
Proporcionalidade e Func¸ oes Afins 19

7. U m fa zendeiro po ssui ra ç ao
˜ suficiente para alimentar suas
16 vacas dura nte 62 dias. Ap ós 14 di as, ele ve nde 4 vacas. Pa s-
sados ma is 1 5 dias, el e c ompra 9 vacas. Quantos dias, no total,
dur ou sua reserva de ra ç a˜o?
8. Uma cara vana com 7 p es soas dev e atra ve ssar o Saha ra em 4 2
dias. Seu suprimento de á gua permite que c a da pesso a disp onha
de 3 ,5 l itro s po r dia . Ap ós 12 dias, a cara vana enc ontra 3 be -
duı́nos sedentos, v ı́tima s de uma tempe sta de de areia, e os aco lhe .
Pergunta-se:
a) Quantos litros de água por dia caber ˜ a cada pessoa se a
ao
ca ra va na pro ssegu ir sua rota como p lan eja do?
b) Se os membro s da cara vana (bedu ı́nos inclusive) continua-
rem consumindo água como antes, em quantos dias, no m á -
ximo, ser á necess á rio enc ontra r um o ásis?

9. Nu ma es tra da reti l ı́nea, doi s ca rros par tem, a o mesmo temp o,


de dois pontos A e B, com d(A, B) = d, dirigindo-se no mesmo
se ntido . O que p art iu de A vai a v quil ômetros po r hora e o que
saiu de B ro da a w quil ômetros po r hora . A que dist aˆncia de A
eles se encontram?

10. Dois trens de carga, na mesma linha f érrea, seguem uma


rota de colis a˜o. U m dele s va i a 46 km/h e o o utro a 58km/ h. No
instant e em que ele s se enc ontra m a 260 km um do ou tro , um
p á ssa ro, que voa a 60 km/h, pa rt e de um pont o ent re os doi s, a t é
encontrar um deles e ent a˜o vol ta para o outro e co ntinua nes se
vai-e-vem at é morrer esmagado no momento em que os trens se
choc a m. Quan tos quil ômetr os voo u o pobre p ássaro?

11. Na loja A, um a parelho c usta 3800 reais ma is uma ta xa m en-


sa l de m a nu ten ç a˜o de 2 0 re a is. Na loja B, o mesmo a par elho custa
2500 reais por ém a ta xa de ma nutenc¸ a˜o é de 50 reais por m ês.
Qua l da s d ua s opc¸ o˜es é a ma is v an ta josa?

1
fa2ça Na sit
. mos corrua espond
ç ao
˜ do Exemplo
er o pont 3,
o aZcada
em ponto da semi-reta
OB, tal que XXZ seja paralelo OA

20 Temas e Problemas

reta r. Chama ndo de x e z os co mpriment os de OX e XZ respecti-


va ment e, mostre que a correspond ência x → z é uma proporciona-

lida de. E m q ue condic¸ o˜es o fa tor d e prop orc iona lida de é o mesmo
que o da correspond ência x → y do E xemplo 3?

C a pı́tu lo 2

F un ço˜es Qua dr áticas


U m resta ura nt e a quilo ve nde 10 0 kg de comida por dia , a 12 rea is
o quilo. U ma pesqu isa d e opini a˜o re velo u que, po r cada rea l de au-
ment o no prec¸o, o rest a ura nt e perderia 10 client es, co m o co nsu mo
m édio de 5 00 gram a s ca da um. Qua l deve ser o prec ¸o do quilo de
comida para que o resta ura nte tenha a m a ior rec eita poss ı́vel?
E ste proble ma rec a i n uma equa ç a˜o do se gundo gra u, ou sej a ,
na busca dos zeros de uma fun ç ao ˜ quadr ática.

ˆ
1 A forma can onica
U ma fun ç a˜o f : R → R chama-se quadr atica
´ quando , para to do
x R, tem-se f(x) = ax + bx + c, onde a , b, c R s a˜o consta ntes,
∈ ∈
com a = 0 .

Diversos proble ma s in teressa nt es recaem n a considera ç ao ˜ de
fun ço˜es qua dr á ticas. U m dos ma is an tigo s co nsiste e m a cha r doi s
n úmeros conhecendo sua soma s e seu produto p. Se um desses
n úmeros é x, o outro ser á s − x , logo x (s − x) = p. Efe tuando a
·
˜ vem sx − x = p ou sej a , x − sx + p = 0. Encon-
m ult ipli ca çao,
trar x (e, po rt a nt o, s − x) sign ifi ca resolver a equa ç a˜o do se gundo
grau x − sx + p = 0, isto é, achar os va lores de x p ara os quais a
˜ quadr ática f(x) = x − sx + p se an ula. Esses valo res s a˜o
fun çao
chamados os zeros da fu nç ao ˜ quadr ática ou as ra´ızes da eq ua ç a˜o
correspondente.
Note que se x for um a ra iz da equa ç a˜o x − sx + p = 0 en t a˜o
s − x tamb ém ser á, pois

(s − x) − s(s − x) + p = s − 2sx + x − s + sx + p = x − sx + p = 0.

Po .rtant
ra dos Deve-o as
se duas
o bsera
rva rı́zes d essa
entreta ntoequ
que,adados
ç a˜o saao
˜ os n úmeros
rbitra procu-
riam ente os

21
22 Temas e Problemas

n úmeros s e p , nem sempre existem dois n úmeros cuja soma é s e


cujo produt o é p.

E xemplo 1. N a˜o ex istem dois n úmeros reais cuja soma seja 2e

cujo
n úmeprodut o seja o5me
ro s teriam . Com
smoefeito,
sinal.como o produto
E como sua soma5 é positivo
2 tambesses
ém é
positiva eles dois seriam positivos, logo ambos seriam < 2. Seu
produto ent a˜o seria menor do que 4, portanto diferente de 5. Os
n úmeros procurados podem tamb ém reduzir-se a um único, como
no c aso em que a soma dada é 6 e o pro duto é 9, pois a equ a ç a˜o
x − 6x + 9 = 0 , da q ua l eles s ao˜ ra ı́zes, es creve- se como ( x − 3) = 0
logo sua única raiz é 3 . J á os n úmer os cuja soma é 1 e cuj o produt o √
˜ as ra ı́zes da equ a ç a˜o x − x − 1 = 0 , que s a˜o ( 1
é −1 s ao 5)/2.
±
Um procedimento ˜ quadr ática é o
útil pa ra estuda r a func¸ ao
completamento do quadrado
. B asic amente , o m étodo de comple-
ta r o qua dra do se resume na observa ç ao
˜ de que
 p
 p
x + px = x+ − .
2 4

E xemplo 2. x + 10x = x + 2 5 x + 5 − 5 = (x + 5) − 25.


· ·
E xemplo 3. 3x + 12x + 5 = 3 (x + 4x) + 5 = 3 [(x + 2) − 4] + 5 =
3( x + 2) − 7 .

E m gera l, da da a func¸ ao
˜ quadr ática f(x) = ax + bx + c, escre-
vemos:
 b
 
b
 b b
  4ac − b
f(x) = a x + x +c = a x+ − +c = a x+ + ·
a 2a 4a 2a 4a

Co mo ve re mo s logo em se gui da, é convenie nte esc reve r


m = −b/2a e k = (4ac − b )/4a. Veri fi ca-se fac il mente que
k = f (m). C om est a not a ç a˜o, temos , para todo x R: ∈
f(x) = a (x − m) + k, onde m = −b/2a e k = f (m).
Esta é a chama da forma canˆonica do trin ômio f (x) = ax + bx + c.
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 23

E xemplo 4. S e f (x) = 2x − 5x + 3, temos m = 5/4 , k = −1/8, logo


a forma can ônica deste trin ômio é

5 1
f(x) = 2 x − −
 4
 8 ·
Escreve ndo o trin ômio f(x) = 2x − 5x + 3 na fo rma can ônica,
podemos tira r pelo meno s dua s co nclus o˜es:
1) o menor valor de f(x) p ar a todo x ∈ R é −1/8, obtido quan do
x = 5/4 .
2) as ra ı́zes da equ a ç a˜o 2x − 5x + 3 = 0 se obt êm esc revendo
sucessivamente
 5
 1
 5
 1
 5
 1
2 x− − = 0, 2 x− = , x− = ,
4 8 4 8 4 16
5
x−
4
= ± 14 , x=
5
4
± 14 ·
Logo essas ra ı́zes s a˜o x = 1 e x = 3/2 .

De um modo geral, a forma can ônica f(x) = a(x − m) + k


nos permite co ncl uir que, q uan do a > 0, o menor valor de f(x) é
k = f (m) e , qua ndo a < 0, k = f(m) é o maior valor de f(x), para
qualquer x R. ∈
A forma can ônic a nos fo rnece ta mb ém, qua ndo b − 4ac 0, a s ≥
ra ı́zes da equ a ç a˜o ax + bx + c = 0, pois esta igualdade equivale
suc essi vam ente a

a(x − m) = −k,
b − 4ac
(x − m) = −k/a = ,
√ 4a
b − 4ac
x−m = ± ,
2a

x=m ±
√ b − 4ac
=
−b ± √b − 4ac
,
2a 2a
uma f órmula muit o bem co nh ecida .
24 Temas e Problemas

O n úmero ∆ = b − 4ac cha ma -se o discriminante da fu n ç a˜o


quadr ática f(x) = ax + bx + c. Vi mos aci ma que, quan do ∆ > 0, a
eq ua ça˜o f(x) = 0 tem du as ra ı́zes reais e quando ∆ = 0, a mesma
eq ua ça˜o possui uma únic a ra iz, cha mada de r ai z dupla. Note que
∆ = −4ak, po rta nto ∆ = 0 equivale a k = 0. Logo, quando ∆ = 0,
a forma can ônica se reduz a f(x) = a(x − m) , fi ca ndo c laro ent a˜o
b
q ue f(x) = 0 so mente qua ndo x = m = − ·Vemos ainda que,
2a
quando ∆ = −4ak é n egativo , a e k t êm o me smo sinal, o qua l é,
neste c a so, o sina l de f(x) = a(x − m ) + k para qualquer x R.∈
Logo e la nun ca se a nula , ou sej a , a equa ç a˜o ax + bx + c = 0 n a˜o
possui ra iz real.
˜ quadr ática f(x) = 2x − 12x + 19, t em-se
E xemplo 5. P a ra a fu nc¸ ao
f(x) = 2 (x − 6x) + 19 = 2 (x − 6x + 9) + 1 = 2 (x − 3) + 1, logo f (x) > 0
para t odo x. Em particular, n a˜o se tem f(x) = 0 p ara valo r a lgu m
de x R.∈
√ √
Sejam α = (−b + ∆)/2a e β = (−b − ∆)/2a as ra ı́zes da
eq ua ça˜o ax + bx + c = 0. Um c álculo imediato nos mostra que
α + β = −b/a e α β = (b − ∆)/4a = c/a.
Vemos que a m édi a a ritm étic a da s ra ı́zes, (α + β)/2 = −b/2a, é
·
igu al a o n úmero m tal que f(m) é o me nor va lor d e f(x) (s e a > 0)
ou o maior (quando a < 0).
Vemos tamb ém que, quando ∆ ≥ 0, isto é, qu a ndo a equa ç a˜o
ax + bx + c = 0 po ssui a s ra ı́zes reais α, β, t em-se
 b c
  
ax + bx + c = a x + x+ = a x − ( α + β)x + αβ .
a a
Logo
ax + bx + c = a (x − α)(x − β).
Esta é a chama da forma fatorada do trin ômio do segundo gra u.
A form a fato rad a forn ece ime di atame nte a se gui nte
in for m a ça˜o sobre o sina l da fun ç ao
˜ quadr ática f(x) = ax + bx + c :
S e x est´a si tuado entre duas r a´ızes da equaç˜ao f(x) = 0
ent˜
tr ´ ao fou
ario, (x)x tem
e´ raisinal
z ou foposto
(x) temao sinal desi nal
o mesmo a. Caso
de a. con-
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 25

Com efeito, o produto ( x − α)(x − β) é nega tivo se, e so ment e se, x


es t á entre α e β .
A a fi rm a ç a˜o acima inclui o c a so em que a equa ç a˜o f (x) = 0 n a˜o
possui raiz real. (Ent a˜o f(x) tem o mesmo s inal de a para todo
R.) Inc lu i tamb ém o ca so em que essa equa ç ao
˜ para todo x = α, f(x) tem o ˜ possuisiuma
x ∈
raiz dup la α. (Ent ao,  mesmo na l
de a .)
Vejamos a se gui r alguns pro bl emas que env olve m o uso da
˜ quadr ática.
fun çao
Exemplo 6. Mostrar que se dois n úmeros positivos t êm soma
constante, seu produto é m á ximo qua ndo el es s a˜o iguais.
Sejam x, y os n úmeros em quest a˜o, com x + y = b, logo
y = b − x. Seu produto é f(x) = x (b − x) = −x + bx, u ma fu n ç a˜o
quadr ática de x com coeficiente a = −1 < 0, logo f(x) é m áximo
quando x = −b/2a = −b/(−2) = b/2 e da ı́ y = b − x = b/2 .
E xemplo 7. Tenho ma teria l sufi ciente para erguer 2 0 m de cerca.
Com ele pre tendo fazer um cercado reta ngular de 26m de área.
Quanto devem medir os lados desse ret angulo?
ˆ

S e x e y s a˜o a s medidas (em metros) dos lados do cerc a do re-


tangular, temos x + y = 10. Pelo exemplo anterior, o maior valor
poss ı́vel para a área xy é 5 5 = 25 . L ogo, com 2 0 m de ce rca n a˜o
×
posso cercar um ret aˆngulo de 26 m de área.
E xemplo 8. Mo stra r que se o pro duto de dois n úmeros positivos
é constante, sua soma é mı́nima qua ndo e les s a˜o iguais.
Sejam x, y n úmeros positivos tais que xy = c. Os val ore s
poss ı́veis para a soma s = x + y s ao ˜ a que les para os quai s a
eq ua ça˜o x − sx + c = 0 possui ra ı́zes reais, ou seja, o discrimi- √
nante ∆ = s − 4c é ≥ 0. Isto significa s 4c, isto é, s
≥ 2 c.
√ ≥
O menor valor poss ı́ve l pa ra a soma s é portanto s = 2 c, que t or-
n a ∆ = 0 e a eq ua ç a˜o x − sx + c = 0 admite a raiz dupla x = s/2 ,
portanto y = s/2 e os n úmeros x, y s ao ˜ iguais.
E xemplo 9. Mostra r que a m édi a a ritm ética de dois n úmer os po -
sitivos é sempre
igual a pena s qua ma
ndoior do que
e les s a˜oou igual
iguais. à m édia geom étric a , sendo
26 Temas e Problemas

Sejam a, b os n úmeros dados. Ponhamos c = ab. Ent re to do s


os n úmeros positivos x, y tais que xy = c , a soma x + y é mı́nima

quando x = y , ou seja, x = y = c . (Vide E xemplo 8 .) Nest e caso,

a soma m ı́nima é 2 c . Em pa rtic ular , co mo a e b s a˜o n úmeros
positivos cujo produto
a+b é c, conclu ı́mos que
√ab a+b ≥ √ 2 c ; nou-
tros termos: ≥ , com igualda de valendo a pena s qua ndo
2
a = b.

E xemplo 10. Na Figura 6, de terminar x de modo que a área do


paralelogramo inscrito no ret ˆ
angulo seja m ı́ni ma. Sup o˜e-se que
a b 3a.
≤ ≤
b–x x
x
a–x

a–x x
x b–x

Figura 6

A á rea do para lelogra mo insc rito é


f(x) = ab − x(a − x) − x(b − x) = 2x − ( a + b)x + ab.
Os da dos do pro blema im p o˜em que 0 x a. O m ı́nimo de f (x)
≤ ≤
é a tingido no po nto m = (a + b)/4 e vale f(m) = ab − (a + b ) /8.
A condiça˜o b 3a equivale a (a + b)/4 a , logo m a, po rta nto
≤ ≤ ≤
a soluçao˜ obtida é leg ı́tima.
Exemplo 11.Dois comerciantes formam uma sociedade com o
capital de 1 00 mil re ais. U m del es tra balha 3 di as por semana
e o o utr o 2. Ap ós a lgum tempo , desfazem a socieda de e c a da um
˜ de c ada um p ara o
rec ebe 9 9 mil rea is. Qua l foi a cont ribuic¸ ao
ca pita l da socieda de?
Um dos s ócios entrou com x e o outro com 100 − x mil reais.
Seus
pectivalucmente.
ros foram
Sem 99 e 99
− x de
perda − (100 − xpo
generalidade, x − 1 smil
) = demo suporeais
r q res-
ue a
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 27

soc iedad e durou 5 dia s. Os lucro s de ca da um por dia de servic ¸o


fora m resp ectiva mente (99 − x)/2 e (x − 1)/3 mi l re ais. Ca da mil
rea is a plic a dos d eu, por dia de servic¸o, o lucro

99 − x x−1
2x = 2(100 − x) .

(E st a equ a ç ao
˜ exp rime a equi ta tivi dade da sociedade. ) Da ı́ vem
a eq ua ç a˜o x − 595x + 29700 = 0, cuj a s ra ı́zes s a˜o 55 e 540. Como
540 > 100 , a únic a ra iz que se rve é x = 55 . Assim, um s ócio contr i-
buiu co m o capita l inicial de 55 mil reais e o o utr o com 45 mil.

Observac¸a ˜o: Se, a o monta r a equa ç a˜o do pro ble ma , t ive ss émos
chamado de x o capital inicial do s ócio que trabalhou 3 dias por
se man a, ter ı́amos
99 − x x−1
= ,
3x 2(100 − x)
o que nos levaria à eq ua ç a˜o x + 395x − 19800 = 0, cujas ra ı́zes
s a˜o 45 e −440. Desprezando a raiz negativa, concluir ı́amos ainda

que
reaisoes o ócio quectrabalhou
ou tro om 55. 3Obtediasmo
pors semana entrou
po rta nto com
a mes ma45res
milposta , a
pa rt ir de uma equa ç ao ˜ diferente.

´ co de uma func
2 O gr afi ¸a˜o quadratica
´
O gr áfi co de uma fun ç ao ˜ quadr ática f : R → R, dad a por
f(x) = ax + bx + c, x ∈ R, é o subconjunto G ⊂ R formado
pelo s pont os (x,ax + bx + c), cuja a bsci ssa é um n úmero real a r-
˜ a ssu me no
bitr ário x e cu ja ordena da é o valor f(x) qu e a fu n ç ao
ponto x. Comec¸aremos mostra ndo que G é uma par ábo la. Isto
req uer a defi ni ç a˜o segui nte.
Conside remo s no plano uma reta d e um ponto F fora del a. A
par abola
´ de foco F e diretriz d é o conjunto dos pontos do plano
que s a˜o equidista ntes do po nto F e da reta d (Figu ra 7).

Lembremos
ment o do segmeque
nt o aperpe
dist andicular
ˆncia de um pontoodo
ba ixad a uma
pont reta é oacompri
o sobre reta . -
28 Temas e Problemas

V
d
D Q

Figura 7

A reta que co nt ém o foco e é perpendic ula r à diretriz c ha ma -se


o eixo da par ábola. Chama-se v´ertice da par á bola a o ponto dessa
curva que est á mais p r óximo da diretriz. Ele é o ponto m édio do
segmento c ujas extremida des s a˜o o foco e a in t ers eç a˜o do eixo co m
a diretriz.
Se o ponto P pertence à par ábola e P é o seu sim étrico em

˜ ao eixo, ent a˜o d(P , F) = d(P, F) e d(P , d) = d(P, d), logo


rela çao  

P tamb ém pertence à par ábola. Isto significa que o que denomi-

namos eixo é, de fato, um eixo de simetria da par ábola.

f(x)Mostra
= ax remo s inici
é a par a lmente
ábola em Rq cujo
ue o gr
focoá fiécoo da fun çFao
ponto ˜=quadr ática
(0, 1/4a )e
cuja diretriz é a reta horizontal y = −1/4a.
Pa ra nos co nvenc ermo s d isso , verificamos primeiro que , pa ra
todo x R, vale a igualdade

 1
  1

x + ax − = ax + ,
4a 4a
onde o primeiro membro é o qua dra do da dist aˆncia do p onto gen é-
rico P = (x,ax ) do gr áfi co de f(x) = ax ao foco F = (0, 1/4a) e o
segundo membro é o qua dra do da dist aˆncia d o mesmo p onto à reta
y = −1/4a. Ist o mo stra que todo p onto do gr áfi co de f pertence à
pa r ábola em quest a˜o. Rec ipro cament e, se P = (x, y) é um ponto
qua lque r dess a par á bola, o po nto P = (x,ax ), co mo acaba mos de
ve r, ta mb ém pertence à par ábola, logo y = ax pois essa curva
n a˜o cont
todo émdadopais po
p onto ntos pertence
r ábola distintos cao gr
om a áfi
mesma
co d e fa .bsc issa. Porta nto
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 29

S e a > 0, a par ábola y = ax tem a concavidade voltada para


cima e seu v értice (0,0) é o ponto de menor ordenada. Se a < 0,
a concavidade da par ábola y = ax é vo ltada para baix o e seu
v értice (a srcem) é o pont o de ma ior ordena da (Figura 8).

 1  Y
F   0, 
Y  4a 
y
1
4a
X
X
1
y
4a  1 
F   0, 
 4a 

Figura 8

˜ quadr ática f(x) =


E m seguida , exam inemos o gr á fi co da fun ç ao
a(x − m) . Afi rma mos que ele é uma pa r á bola, cujo foc o é o po nt o
F = (m, 1/4a) e c uja d iretriz é a reta y = −1/4a (Figu ra 9).

y  a ( x  m) 2
Y

 1 
F   m, 
F  4a 
X
m 1
y
4a

Figura 9

Para chegar a esta conclus a˜o, t em-se du a s opç o˜es. Ou se veri-


fica que, para todo x R, vale a igualdade


( x − m ) + a( x − m) − 1 = a(x − m) + 1 ,
  
4a 4a
30 Temas e Problemas

ou ent a˜o observa -se simplesmen te q ue o gr áfi co de f (x) = a (x − m)


resulta daquele de g(x) = ax pela tr a nsla ç ao˜ horizontal (x, y) → 
(x + m, y), que leva o eixo vertical x = 0 na reta vertical x = m.
Fina lmente, o gr á fi co da fun ç ao
˜ quadr ática f(x) = a (x − m) + k
é a par á bola cujo foc o é o po nt o F = (m, k + 1/4a) e c uja diretr iz é
a reta horizontal y = k − 1/4a (Figu ra 10).

Y
y  a ( x  m) 2  k

 1 
F   m, k  
F  4a 

1
yk
4a
m X

Figura 10

Com efeito, o gr áfi co de y = a(x − m ) + k res ulta daq ue le de


y = a (x − m) pela t ra ns la ç a˜o ve rtical (x, y) → (x, y + k), qu e le va

o eixo OX na reta y = k e a reta y = −1/4a na reta y = k − 1/4a.
˜ quadr ática f(x) = ax + bx + c po de ser
Ora , q ua lquer func¸ ao
escrita sob a forma f(x) = a(x − m) + k, onde m = −b/2a e
k = f(m). Lo go, o g r á fi co de um a func¸ ao ˜ quadr ática é sempre
uma par ábola.
Que signi fi cado gr áfi co t êm os coeficientes a, b, c da fu n ç a˜o
quadr ática f(x) = ax + bx + c?
O mais óbvio é o si gnifi ca do de c: o valo r c = f(0) é a a bsc issa
do p onto e m qu e a pa r ábola y = ax + bx + c corta o eixo OY .
O coe fi ciente a mede a maior ou menor abertura da par ábola.
Como o gr áfi co de f (x) = ax + bx + c se obt ém do gr áfi co de g (x) =

tical,por
ax uma t sra ns
portanto ˜lafi çguras
ao a˜o horizo nt a l seguida
congrue de uma
ntes, b ast tr a nsla
a examina ç a˜o ve
r o signi fi -r-
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 31

ca do de a no gr áfi co de g(x) = ax . Por simplicidade, suponhamos


a > 0. Ent a˜o a < a ⇒ ax < a x para todo x = 0 , lo go a pa r ábola
 

y = a x situa-se no interior de

y = ax . Assim, qua nto ma ior for
a mais fechada se r á a par á bola e, vic e-versa, qua nto meno r é a

mais a berta
e “menor” se vser
devem ê atomados
pa r á bola. No c a so
no sentido dede
valor eabsoluto
a a negat ivo s, “ma ior”
(Figu-
ra 11).

y  2x2 y  x2
2
Y y  ax  bx  c Y
1 2
y x
2
c
X X
O O

Figura 11

O coeficiente b é a in clin a ç ao˜ da reta ta nge nte à par ábola no


˜ da par ábola com o eixo y . Expliquemos
ponto P = (0, c), i n t er se ç ao
e prove mos esta a fi rm a ç a˜o.
Seja P um po nt o de uma pa r ábol a. Um a reta que p asse po r P
dete rmina dois semi planos. Diz- se que essa reta é tangente à
pa r ábola no ponto P quando a par ábola est á contida inteiramente
num desses semiplanos.
A reta que pas sa pelo pont o P = (0, c) e t em in clin a ç a˜o b é des-
crit a pela eq ua ç a˜o y = bx + c. Os semiplan os por ela determin a dos
˜ descritos pelas desigualdades
s ao y bx + c (semiplano superior)

e y bx+ c (semipla no inferior). Os pontos ( x, y) da par ábola cum-

prem y = ax + bx + c logo est ao ˜ todos no semiplano superior da
reta y = bx + c quando a > 0 ou est a˜o todo s no semiplan o inferio r
se for a < 0. P orta nto a re ta y = bx + c, d e in clin a ç a˜o b , é tangente
à par ábola y = ax + bx + c no po nt o P = (0, c) (Figu ra 12).

Exemplo
mos a forma 11(completa
geom étricando
do gro Eáxempl
fi co dao 10
fun).ç ao
˜Agora
quadr que conhf(ece-
ática x) =
32 Temas e Problemas

y  ax 2  bx  c

X
O
y  bx  c

Figura 12

ax + bx + c, podemos ver claramente que, se a > 0, ent a˜o a


˜ que assume seu valor m
fun çao, ı́nimo quando x = m = −b/2a,
é decrescente à esquerda de m e crescente à direita de m. No
E xempl o 10 , in depe ndent emente de ser b 3a ou b > 3a , a área

do paralelogramo inscrito no ret ˆ
angulo é semp re igual a f(x) =
2x − (a + b)x + ab. Tra ta -se de acha r, entre os n úmeros x ta is que
0 x a, aq uel e pa ra o qual o valo r f(x) é o men or poss ı́vel. Como
≤ ≤
es ta mo s sup ondo 3a < b , te mo s 4a < a + b, dond e
a < (a + b )/4 = m. Assi m, o interv alo [0, a] es t á à esquerda do
ponto m no q ua l a fun ç ao ˜ quadr ática assume seu m ı́nimo . Logo
f é dec resce nt e no interva lo [ 0, a] e, co ns eq üentement e, seu menor
valor nesse intervalo é f(a). Portanto, x = a é a resposta do pro-
blema no caso em que b > 3a . O para lelogra mo de área m ı́nima é
en t a˜o a quele ha chura do na Figura 13.

b–a a

a a

a b–a
Figura 13
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 33

A reta vertic a l x = −b/2a cont ém o v értice (−b/2a, f(−b/2a))


da par ábola y = ax + bx + c , logo é o eixo de simetri a des sa
curva, gr á fi co da fun ç a˜o f(x) = ax + bx + c . Portant o do is p on-
t os (x , y) e (x , y) da par ábola t êm a mes ma ordenada, ou sej a,
 

 

f(x ) = f (x ) se, e somente se, −b/2a é o po nt o m édio do intervalo


cujos extr emos s a˜o x e x . No utra s palavras,
 

 
b x +x  
 
f(x ) = f (x ) ⇔ − = ⇔ x + x = −b/a.
2a 2
Este fato pode ser verificado sem o gr áfico, a partir da forma
ca n ônica f(x) = (x − m ) + k, onde m = −b/2a e k = f(m). Com
efeito,
   
f(x ) = f (x ) ⇔ (x − m) + k = (x − m) + k
 
⇔ (x − m) = (x − m)
 
⇔ x −m= ±(x − m).

Or a x −m = x −m equiva le a x = x , enqua nto x −m = −(x −m)


     

equivale a m = (x + x )/2.  

3 Movimento uniformemente vari ado


U m dos exe mplo s ma is relevan tes em q ue se aplicam a s fun ç o˜es
quadr áticas é o mo vimento unifo rmemente va riado. Aqui se tem
um ponto m óvel, que se desloc a a o longo d e um eixo . Su a posic¸ a˜o
no ins tant e t é de termina da pela a bsc issa f(t). O que c a ra cteriza
o movi mento uniforme mente va riado é o f a to de f ser u ma fu n ç a˜o
quadr ática, que se escreve usualmente sob a forma
1
f(t) = at + bt + c.
2
Nesta express ao, ˜ a co nsta nte a cha ma -se a acelera¸ c˜ao, b é a velo-
cidadeinicial (no i nsta nte t = 0 ) e c é a posi ç˜aoinicial do ponto.
Em qualquer movimento retil ı́neo, da do por uma fun ç ao ˜ a rbi -
t r ária f(t), o quociente

f(t + h) − f(t) = espa ço percorr id o


h tempo de percurso
34 Temas e Problemas

cha ma -se a velocidadem´edia do p onto no int erva lo cujos extr emos


1
s a˜o t e t + h . No c aso em que f(t) = at + bt + c , a velocidade
2
ah
m édi a nesse i nterva lo é igual a at + b + Para valores cada vez
2
menores de h , este n úmero vale a pro ximada mente at + b. Por isso
·
dizemos que
v(t) = at + b
é a velocidade (no m ovime nto unifo rmemente va riado) do ponto
no ins tant e t. Quando t = 0, tem-se v(0) = b. Por isso b se c ha -
ma a velocidade inicial. Al ém disso, para t e h qua isquer, tem- se
[v(t + h ) − v (t)]/h = a, l ogo a a celera ç ao ˜ co nsta nte a é a ta xa de
va r ia ça˜o da veloc ida de.
U m impo rta nte exemp lo de mo vime nto un ifo rmemente va ria-
do é a qu eda livre de um co rpo, ist o é, suj eito apena s à a ç˜ao d a gra -
vidade, desprezada a resist ênci a do a r. Neste caso, a a celerac¸ a˜o
da gravidade é representada por g e seu va lor, det ermina do exp e-
rimentalmente, é g = 9,81 m /seg .
S e o corpo é simpl esmente deixado c a ir de uma a ltura (que co n-
side ra mos de co ordena da zero num eixo v ertic a l, orie nt ad o para
baixo ) sem ser emp urra do, ent ao ˜ sua velocidade inicial é zero e
su a pos iç ao˜ inicial é dada por c = 0, logo sua coordenada, ap ós
1
t se gundo s de q ue da, é
gt = x. Rec iproc a mente, esse co rpo
2 
percorre x metr os em t = 2x/g segund os.
Nosso conh eciment o da fun ç ao ˜ quadr á tica permite resp onder
às mais diversas quest o˜es a respe ito do movimento uniformemen-
te var iado. Por exe mplo , se uma pa rt ı́cula é posta em movimento
sobre um eixo a part ir de um ponto de a bsc issa −6 com veloc ida -
˜ co nsta nte de −2 m /seg , quanto
de inic ial de 5 m/se g e a celer a ç ao
tempo se p a ssa a t é sua tr a jet ória mude d e sentido e ela comece a
volta r para o ponto de part ida? Resp osta : t emo s f (t) = −t + 5t − 6.
Logo o valor m áximo de f é obtido quando t = −5(−2) = 2,5 seg.
Podemos ain da dizer q ue o p onto c omec¸a a vol ta r q ua ndo v (t) = 0 .
Como v (t) = −2t + 5 isto nos d á novamente t = 2,5 seg.

planOo.movimento unifodisso
U m exe mplo rmement e varia to
é o movimen dode
poum
de oprcorrer
oj étilt (a uma
mb ém
balano,
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 35

uma bola, u ma pedra , etc.) lan ça do po r um a forc¸a in st a nt aˆnea e, a


partir da ı́, suj eito apena s à a ç˜
a o da gravida de, sendo desp rezada a
resist ênci a do ar (movimento no v á cuo ). E mbora o proce sso oc orra
no espa ço tridimens iona l, a tr a jet ória do proj étil est á contida no
plano determinado
˜
dir eç ao pelainicial.
da velocidade reta vertical no ponto de partida e pela

Quan to se tem um mov imento re til ı́neo (sobre um eixo), a ve-


locida de d o m óvel é expressa por um n úmero. Mas quando o mo-
vimen t o ocorre n o plan o ou n o espac¸o, a veloc ida de é exp ressa por
um vetor ( segmento de r eta orie nt a do), cuj o comprimento se c ha -
ma a velocidade escalardo m óve l (ta nt os metros po r s egundo) . A
direça˜o e o sentido d esse vetor ind ica m a direc¸ ao ˜ e o sentido do
movimento.
No p lano em q ue se d á o movimento, tomemos um sistema de
coordenadas cuja srcem é o po nto de partida do pro j étil e cujo
eixo OY é a vert ica l que pa ssa por esse p onto.
A veloc ida de inicia l do proj étil é o vetor v = (v , v ) cuja pr imei-
ra coordenada v fornece a velocidade da componente horizontal
do movim ent o (desloc a ment o da sombra , ou proj eç ao ˜ do proj étil
sobre o ei xo horizo nt a l OX).
Como a única forc¸a a tu a ndo sob re o proj étil é a gravi dade , a
qual n a˜o po ssui co mponente horizonta l, nenh uma forc¸a a tua so-
bre este movimento horizo nt a l, que é porta nt o um movimento uni-
forme . Assim, se P = (x, y) é a pos iç a˜o do proj éti l no instant e t,
tem-se x = v t.
Por sua vez, a a celerac¸ a˜o (= forc¸a) da gra vida de é constante,
ve rtic al, igu al a −g. (O sinal meno s se de ve ao se ntido da gra -
˜ do eixo vertical
vidade ser op osto à orien t a ç ao OY .) Portanto, a
componente vertical do movimento de P é um movimento unifor-
memente acelerado sobre o eixo ˜ igual a −g e
OY , com a celera ç ao
velo cida de in icia l v .
Lo go, em cada instant e t, a ordenada y do ponto P = (x, y) é
1
dada por y = − gt + v t. (N a˜o h á termo c onsta nte po rque y = 0
2 a Figura 14.
quando t = 0 .) Veja
36 Temas e Problemas

1 P = ( x, y )
y gt 2  v2t
2
v2

X
O v1 x = v1t

Figura 14

˜ para todo
S e v = 0 ent ao, t , t em-se x = v t = 0 , logo P = (0, y),
com
1
y = − gt + v t .
2
Neste caso, a trajet ória do proj étil é ve rt ica l.
Suponhamos agora v = 0. Ent a˜o, de x = v t vem t = x/v .

Substituindo t por este va lor n a exp ress ao ˜ de y , obtemos

y = ax + bx, onde a = −g/1v e b = v /v .

Ist o mostra q ue a tra jet ória do proj étil é uma par ábola.

´
4 A propriedade refletora da par abola
Out ra a plica ç a˜o ba sta nt e difundid a d a fun ç ao
˜ quadr á tica, ou me -
lho r, da par á bola que lhe serve de g r á fi co, diz respe ito à proprie-
dade refletora dessa curva.
Se gir armo s uma par ábola em torno do seu eixo, ela vai ge-
rar uma superf ı́cie chamada parabol´oide de revolu¸cao ˜ , tamb ém
conhecida como superf´ıci e parab´olica. Esta superf ı́cie po ssui in ú-
mera s a plicac¸ o˜es interessantes, todas elas decorrentes de uma
propriedade geom étrica da par á bola, qu e veremos nest a sec¸ a˜o.

H á A fama
uma dassegundo
lenda superf a qual
ı́cieso extraordin
parab ólicas remonta à Antiguida
ário matem de.
ático grego
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 37

Arquimedes, que viveu em Siracusa em torno do ano 250 A.C.,


destruiu a frota que sitiava aquela cidade incendiando os navios
com os raios de sol refletidos em espelhos parab ólicos. Em bora
isto sej a teo ric a mente poss ı́vel, h á s érias d úvidas hist óricas so-
bre
Masaacapacidade tecnol e com
lenda sobreviveu, ógicaela
daa id
época paraéiafabricar
de que tais
ondasespelhos.
(de luz,
de calor, de r ádio ou de outra qualquer natureza), quando refleti-
da s numa supe rf ı́cie parab ólic a , conce nt ra m-se sobre o fo co, a ssim
a mpli a ndo gra ndemente a intensidade do sina l rec ebido .
Da lenda de A rquime de s res ta m ho je um intere ssant e a cen-
dedor solar de cigarr os e outros a rt efat os que provoc a m ignic¸ a˜o
fazendo convergir os raios de sol para o foco de uma superf ı́cie
parab ólica polida.
Outros instrumentos atuam inversamente, concentrando na
direç a˜o par a lela a o eix o os raios de luz que e ma na m do f oco. Como
exemplos, citamos os holofotes, os far óis de a utom óveis e as sim-
ple s lan terna s de m a˜o, que t êm fontes luminosas à frente de uma
superf ı́cie para b ólica refletora.

o
x
ei

Figura 15

U m impo rta nte uso rec ente destas supe rf ı́cies é dado p ela s an -
tenas p ara b ólicas, empregadas na r á dio-a str ono mia , bem co mo no
˜ refletindo os d
dia- a -dia dos a parelho s de t elevi s ao, ébeis sinais
pro venie ntes de um sa t élite sobre sua superf ı́cie , fa zend o-os con-
vergir para um único ponto, o fo co, d este m odo torn a nd o-os co ns i-
deravelme nte ma is n ı́tidos.

cionSe a antena
ária ) d o s atparab ólica dist
élite, a grande estiver an
ˆvolta
cia farda á par
coma que
a posic¸ ao
˜ por
os sinais (es ta -
38 Temas e Problemas

ele emitidos que atingem a antena sigam trajet órias praticamen-


te para lelas a o eixo da supe rf ı́cie da a nt ena , lo go e les se refl etir a˜o
na superf ı́cie e convergir a˜o pa ra o fo co. Pa ra a demo nstr a ç ao ˜ da
propriedade refletora da par á bola, vide o liv ro “A Mat em ática do
En sino M édio”, vol. 1, p á gina s 135 a 141.
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 39

P roblemas Pr opostos∗

1
1. S e x > 0, mostre que x+ ≥ 2, va lendo a igu alda de some nte
x
quando x = 1 .
2. Sej a m a e b n úmeros positivos. Prove que, para x> 0e y > 0
com xy = c (const a nt e), a soma ax + by assume seu valor m
√ ı́nimo
quando ax = by = abc.

3. D es eja-se c ava r um buraco re ta ngular com 1 m de la rgura de


modo que o vo lume cava do tenh a 300 m . Sa bendo que c a da metro
quadrado de á rea cava da custa 10 reais e c a da metro de pro fundi-
da de cu sta 30 reais, determinar o comprime nto e a pro fundidad e
do bura co a fi m de qu e seu c usto sej a o me nor po ss ı́vel.

4. Dua s torne iras juntas enc hem um tan que e m 12 ho ras. U ma


delas sozinha levaria 10 horas mais do que a outra para ench ê-
lo. Quanta s horas le va cada uma das t ornei ras para enc her e sse
tanque?

5. Se uma t orneira enche um ta nque em x ho ra s e o utra em y h o-


ra s, quan to temp o leva riam a s duas junta s para enc her e sse mes-
mo tanq ue ?

6. Usar a f órmula que serve de resp osta a o exe rc ı́cio a nt erio r par a
resol ver o se guint e pro blema: Dois guinda stes leva m juntos 6 ho-
ras para des carregar um na vio . Se os do is op erasse m sozinho s,
um dele s levaria 5 ho ras a meno s do que o ou tro para efetuar a
des carga . Em qua nto temp o cada um dos gui ndast es de scarrega-
ria o navio ?

7. Dois c omerc ia nt es vendem um cert o tec ido . O segundo vendeu


3 metros ma is do que o pri meiro . No fi m do dia, os d ois rec ebem
juntos o total de 35 reais pela venda da quele tec ido . O prime iro
diz: “Se eu t ive sse vendido a meu prec¸o a qua ntida de q ue voc ê

S oluç˜
oes na p ágina 138.
40 Temas e Problemas

vendeu, teria apurado 24 reais”. O segundo responde: “E eu teria


recebido R$ 12,50 pelo tecido que voc ê vendeu”. Quantos metros
ven deu ca da um e a q ue prec¸o?

do. Most
8 m > re q uema =
0 ou equ−a1/4
ç a˜,otm x = x tem uma ún ica sol uç ao
em+d ua
√ s s oluc¸ o˜es quando −1/4 <˜m quan- 0

˜ quando m < −1/4. Interp re te grafi camente
e n enh um a soluc¸ ao
este resulta do.

9. Um professor comprou v ários exemplares de um livro para


pre se ntear se us a luno s, gasta ndo 1 80 reais . G anh ou 3 livro s a
ma is de bonifi cac¸ a˜o e com isso c a da livro fi cou 3 reais ma is bara -
t o. Qua nt os livros comprou e a qu e prec¸o?

10. Quantos lados tem um pol ı́go no convex o q ue possui 405 dia -
gonais?

11. Um cam peona to é disputado em 2 turnos, cada clube jogando


duas ve ze s co m cada um do s outro s. O total de partidas é 306.
Qua nt os clubes e st a˜o no campeo na to?

12. Um grupo de amigos, numa excurs ˜ aluga uma van por


ao,
342 reais . Findo o p asseio , tr ês deles estavam sem dinheiro e
os outros tiveram que completar o total, pagando cada um deles
19 reais a ma is. Quant os eram os amigo s?

13. Desprezando a resist ência do ar, determinar a profundidade


de um poço, s a bendo qu e d ecorrera m t se gundos e ntr e o insta nt e
em que se dei xou cair uma pedra e o mome nto em q ue se ouv iu
o som do seu choque com a água no fundo . (Da r a res posta em
fun ça˜o da a celera ç ao
˜ da gr avi dade g e da velocidade do som v.
Tem-se g = 9,8 m/seg e v = 340 m/seg, m a s estes n úmeros n a˜o
precisam ser usados.)

14. Na s água s para das de um l ago, u m remador re ma se u barco


aforc¸a
12km n a spor h ora
rema da .s,Num certo rr
ele perco rioeu ,12
co m
kmo amesmo
fa vor barco e ent
da corr a mesma
e e 8 km
˜
Func¸ oes ´
Quadr aticas 41

contr a a corrente, num tempo to ta l de 2 ho ra s. Qual era a vel oci-


da de do rio , qua nto tempo ele le vou par a ir e qua nto tempo para
voltar?

ˆ
15. Um tri angulo is ósceles mede 4cm de base e 5cm de altu-
ra . Nele de ve-se inscreve r outr o tri aˆngulo i s ósceles invertido, cu-
ja base é paralela à base d o maior e cuj o v értice é o po nt o m édio
ˆ
da base do p rimei ro. Qual é a área m á xima po ss ı́ve l do t ri angulo
invertido? Qual a altura desse tri ˆ
angulo de área m áxima?

16. Qual é o valo r m á ximo ( ou m ı́n imo) da s fun ç o˜es quadr áticas
f(x) = 2 (x − 2)(x + 3), g(x) = 3 (2 − x)(5 + x)?

17. Retiramos de um dos ex tremos da base b de um ret angulo ˆ de


altura a (com a < b) um segment o de c omprimento x e o acrescen-
tamos à a ltur a. Pa ra qua l v alo r de x este novo ret aˆngulo tem área
m áxima?

18. A soma da s medidas da s diagonais de um lo san go é 8 cm. Qua l


o maior va lor poss ı́vel da á rea desse l osa ngo?

19. Quais s a˜o os va lores poss ı́vei s pa ra o produto de dois n úmeros


rea is cuja di fer enc¸a é 8 ? H á um menor va lor poss ı́ve l? U m ma ior?

˜ quadr ática f assume seu va-


20. Seja m o pont o ond e a fun ç ao
˜ inversa
lor m ı́nimo k = f(m). E xprima a lgebric a ment e a func¸ ao
f : [k, +∞) → [m, +∞). Tra te exp lic ita mente o c a so p a rticul a r
f(x) = x − 6x + 10.

21. A par tir de doi s v ért ice s opo st os de um ret aˆngulo de l a dos a, b
ma rquemos qua tro segmento s de co mprime nto x (Figura 16). As
extremida des desse s segme ntos fo rma m um pa ra lelogra mo. Pa ra
qua l valo r de x a área desse paralelogramo é a m a ior poss ı́vel?

22. Quais n úmeros:


a ) S a˜o pelo menos 1 6%ma iores do que seus qua dra dos?

b) Stades?
a˜o no m á ximo 22%menores do que o qua dra do de sua s me-
42 Temas e Problemas

x
x
b

x
x
a
Figura 16

c) Têm o qua dra do de sua meta de 3 0%ma ior do que sua q uinta
parte?

23. S e p, q e r s ao˜ inteiros ı́mpares, pro ve que a equac¸ a˜o


px + qx + r = 0 n a˜o pode ter ra iz ra ciona l.

24. Dois digitadores, ˜ de um


A e B, se a lterna m na pre para ç ao
ma nuscrito de 3 54 l a uda s. A traba lho u 3 ho ras a mais do que B.
S e A tivesse tra balha do dura nte o mesmo tempo que B tra balho u,
teria digitado 120 laudas. Se B tivess e digitado dura nte o mesmo
tempo que A tra balho u, teria compl etado 2 52 laudas. Dura nte
qua nto te mpo cada um tra balho u e quant as la udas cada um digi -
tou?

25. De um tonel de vi nho, algu ém re tira uma ce rta qua ntidade e
a substitui po r um volume i gual de água . A p ós repetida a mesma
˜ o l ı́quido que restou no tonel
opera çao, é metade vinho, metade
água. Quanta á gua foi colocada no tonel cada uma da s dua s veze s?

26. Qual é a fu n ç ao
˜ quadr ática f tal que f( 1) = 2 , f( 2) = 5 e
f(3) = 4 ?

˜ quadr ática f(x) = ax + bx + c é ta l que seu gr áfico


27. A fun ç ao
ta ngenc ia o eix o das absc iss as. Sa bendo que f(1) = f(3) = 2, de-
termine a , b e c.
C a pı́tu lo 3

F un ço˜ı́tmicas
Logar es Exponenciais e

Pr oblema 1. Um a piscina tem capacidade par a 100 m de água.


Quando a piscina est á completamente cheia, é colocado 1 kg de
cloro na pisc ina . Água pura (sem cloro) continua a ser colocada na
piscina a uma va z a˜o consta nt e, sendo o e xcesso de água eliminado
atrav és de um lad r a˜o. D epois de 1 hora , um teste reve la q ue ainda
resta m 900 g de cl oro na pisc ina .

a) Que quantidade de cloro restar á na piscina 10 horas ap ós


sua coloca ça˜o?

b) E ap ós meia hora da a plic a ç a˜o?


c) E a p ós t horas?

Uma resposta muitas vezes dada para a primeira pergunta é


que, ap ós 10 horas, n a˜o h á ma is c loro na piscina. Esta res posta
result a da a plic a ç a˜o do m ode lo ma is s imples de va ria ç ao
˜ de uma
gra ndeza , exp resso por um a func¸ ao ˜ a fi m. Segu ndo e ste mo de lo,
˜ sof rida em c ada interv alo de 1 hora
a va ria ç ao é sempre a mes-
ma. Assim, se na primeira hora foram eliminados 100 g de cloro,
o mesmo deveria ocorrer em cada uma das 10 horas seguintes,
fazendo co m que t odo o cloro sej a eliminado n estas 10 ho ra s. O
gr á fi co da Figura 17 ilustra este ra cioc ı́nio.
˜ a cima, entreta nto , n a˜o est á co rreta. N a˜o é razo ável
A soluçao
a dm itir- se q ue a elimina ç a˜o de clo ro se d ê a uma taxa constante.
De fa de
dade to ,cloro
é muito ma isnarazo
presente ávelquanto
piscina: que esta taxaadependa
maior da quanti-
quantidade de

43
44 Temas e Problemas

Cloro (g)

1000
900

Tempo (h)
1 10

Figura 17

cloro, mais cloro é eliminado po r un idade de t emp o. Na verdade,


parec e int uitivo que a q ua ntida de e limi na da por unida de de tem-
po seja proporcional à qua ntidade ex iste nte de c loro. Pa ra ve ri-
ficarmos esta conjetura, utilizaremos um recurso freq üentemente
utili zado para an alisar pro bl emas env olve ndo grandezas que va-
riam continuamente: vamos discretizar o proble ma . Ao inv és de
considerar que a água ingressa na piscina e é dela eliminada de
modo cont ı́nuo, vamos dividir o tempo em pe quenos int erva los de
comprimento ∆t e imaginar que , em cada um destes inte rvalo s,
o proc esso ocorra da forma desc rita a segui r. P rimei ro, ingressa
na pisc ina , cuj o vo lume representa remos po r V , uma quantidade
de água pura igual a v∆t, onde v é a vaz ao˜ (expressa, por exem-
plo, em m por hora); esta água é a dic iona da à mistura existente
de cloro e água . A s eg uir , um volume i gual a v∆t é retirado da
mistura, restaurando o volume inicial (veja a Figura 18).
Vejamos o que ocorre com a quantidade c(t) de cloro em ca-
da um deste s intervalo s. No i n ı́cio do processo, esta massa est á
unifo rmemente distribu ı́da em um volume V de lı́quido . Ap ós o
ingresso de água pu ra, a quan tidade de c loro n ao ˜ se alte ra, ma s

passa
volumea estar distribu
, retira -se v∆t ,ı́da em um volume
retendo-se igual igual
um volume a a V + v∆t . Desteo
V . Como
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 45

Piscina no Água pura é Água pura se Volume v t


instante t acrescentada mistura à é retirado
(volume V) (volume V+vt) água da piscina (volume V)

Figura 18

cloro est á distri bu ı́do uniformemente, a quantidade de cloro que


permanece na piscina é proporcional ao volume retido. Isto é, te-
mos, o seguinte quadro:

Volume de l ı́quid o Quantida de de cloro


Antes da sa ı́d a +
Vv∆t c ( t)
Depois da sa ı́d a V ?

O va lor desco nhecido é, ent a˜o, dado por c(t + ∆t) = c(t) .
O mais importante a observar é q ue a fra ç a˜o é co nsta nte
para ca da intervalo de c omprime nto ∆t . Assim, e m cada um des-
tes interva los, a q ua ntida de de c loro é multiplicada por um valor
consta nte. Note q ue o mes mo o correr á em um intervalo maior,
forma do pela justa posic¸ ao ˜ de n intervalos de comprimento ∆t:
a quantidade de cloro em um intervalo de tamanho
  n∆t é mul-
tiplicada por . A va ri a ç a˜o da q ua ntida de de c loro, po r sua
vez, é obtida da equa ç ao˜ acima subtraindo-se a quantidade ini-
cial c(t) em c a da la do, o que fornec e
 V
  v∆t

c(t + ∆t) − c(t) = c (t) −1 = c ( t) − .
V + v∆t V + v∆t

U ma outr a forma de ex pressar o mesmo fa to é dizer q ue a va ria ç a˜o

relativa
compo rta mento q ueétcoı́nhamos
nsta nteintu
e iguı́do
al ant
a −erio rment
. Isto e:confi
a varma
ria ç oa˜o
46 Temas e Problemas

da quantidade de cloro em intervalos de mesmo comprimento é


proporcional à q ua ntida de e xis tente no in ı́cio do int erva lo.

Voltemos a o nosso pro blema. A an álise acima mostra a inade-


q ua ça˜o da prime ira tenta tiva de sol uç a˜o e a pont a a soluc¸ a˜o co r-
reta . A perda de c loro, n os per ı́odos consecutivos de 1 hora, n a˜o
é a mesma. O que é constante, em cada um destes per ı́odos, é a
va ria çao
˜ relativa: se 10%do cloro foi eliminado na primeira hora,
o me smo o corre em c a da hora a seguir . E quiva lentement e, se 9 0%
do cloro p erma nece ap ós a prim eira hora , o mesm o ocorre em c a da
˜ a quantidade de
hora a segui r. Logo , ap ós 10 hora s d a a plic a ç ao,
cloro ter á sido multiplicada por (0,9) = 0,349. Po rtant o, ne ste
instante haver á 349 gramas de cloro na piscina. De modo geral,
podemo s ex pre ssa r a qua ntida de de c loro ao fi na l de n hora s (onde
n é na tura l) por:

c(n) = 1000 (0,9) , para n = 0, 1, 2, . . .


·
A Figura 19 ilustra este comportamento.

1200

1000

) 800
(g
o
r 600
ol
C
400

200

0
0 12 34 5 67 891 0
Tempo (h)

Figura 19

Obs
m étri ca.ervNa
e que esta sa qua
ve rdade, o sentidades
c onsideformam
rar a qua uma pro gre
ntidade de cssloro
ao
˜ egeo-
m
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 47

inst a nt es igua lment e espa çad os, obt ém-se sempre uma progress a˜o
geom étric a , j á q ue aquel a quantidade é multiplicada pela mesma
consta nte em c ada interv alo . Pode mo s usar es te fato para res -
ponder à segunda pergunt a do pro ble ma , subdividindo o p er ı́odo
de u ma
ho ra cadaho. raEm
a pcada
ós a um
a plica ç ao
de stes˜ pdeercloro em, dois
ı́odos a quapernt idade
ı́odosded celoro
meia é
multiplicada por uma constante k (Figura 20). Como a o fi na l dos
dois per ı́odos de meia hora a quantidade de cloro√ é multiplicada
por 0,9, t emo s k k = 0,9 e, da ı́, k = 0,9 = 0,948. Lo go, a q uant i-
·
da de de c loro ap ós 6 hora s é igual a 1000 0,948 = 948 g. Note que,
×
se tiv ésse mos usado o mo delo a fi m da Figura 17, ter ı́amos obtido
950 g para a qua ntida de de cloro ne ste i nsta nte.

 0,9
 k

0 ½ 1

Figura 20

P odemos genera liza r a soluc¸ ao˜ acima e calcular a quantidade


de c loro a interv alos c onsta ntes de mei a ho ra. De fat o, para um  
instante da forma t = n, com n nat ural, t emo s c(t) = c n =
c(0)k , onde k é a c onsta nte calc ulada a cima. Assim,

1
c(t) = c ( n) = 1000
√ 
0,9 = 1000 (0,9) , para n = 0 , 1, 2, . ..
2

Novament e, estes valores forma m uma progress a˜o geo m étrica,


ilustrada na Figura 21. Esta progress a˜o é obtida a partir da pro-
gress ao
˜ da Figu ra 19 “interp olando um mei o ge om étric o” entre
cada par de termos c onsec utivos.
Observe que, substituindo por t, temos c(t) = 1000 (0,9) ·
para todo t da forma . Na verda de, podemo s mo stra r que a ex-
press ao
˜ acima
cesso acima valefa para
. De todo
to, sej t ra . ciona
a t = p/q C omol,ea ste
pliinterva
ca ndo olo
mesmo pro do-
é fo rma
48 Temas e Problemas

1200

1000

) 800
(g
o
r 600
o
l
C
400

200

0
0 12 34 5 67 891 0
Tempo (h)

Figura 21

pela just a posic¸ ao


˜ de p interva los de co mprime nto 1/q, a quanti -
dade de cloro restante neste instante é dada por c(p/q) = c (0)k ,
onde k é a consta nte pe la q ual a quan tidade de c loro é multipli-
ca da em interva los d e tempo de c omprime nto 1/q. Mas q destes
intervalos formam um intervalo de co mprime nto 1, em que c(t) é
multiplicado por 0,9. Assi m, k = 0,9 e k = 0,9 (vej a a Figu-
ra 22).

 0,9
 k

0 1/q 1 p/q
Figura 22

Su bstit uindo n a equa ç a˜o acima, obtemo s


c(t) = c (p/q) = c (0). 0,9
  = 1000 0,9 · = 1000 0,9 .
·
E para
racional valores
pode irracionais decom precis
ser aproximado, t? A resao
˜posta
a rbi tré que
ária,todo t ir -
por uma
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 49

valores racionais. Os valores correspondentes de c fornecem, por


su a v ez, a proxim a ç o˜es para c(t). Este é exat a mente o me ca nismo
atrav és do qua l se defi ne uma func¸ ao ˜ exponencial, como veremos
ma is a dia nt e. Assim, a func¸ a˜o que fo rnec e a qua ntida de de c loro
que
real.re sta áno
O gr i nstante
fi co desta fun çéa˜
t dada por c(t) = 1000 0,9 , p ara todo t
o é dado na F igura 23 .
·
1200

1000

) 800
(g
o
r 600
o
l
C
400

200

0
0 12 34 5 67 891 0
Tempo (h)

Figura 23

O exemplo acima ilustra um modelo matem á t ico de v a ria ç a˜o


q ue é t a˜o impo rt a nt e qua nt o o mo delo dado por uma func¸ ao ˜ afim.
As s it ua ç o˜es em que ele se aplica s ˜ a que las em que , a o inv és
ao
da va ria ç a˜o abso luta f(x + h) − f(x) n ao ˜ depender de x (depend er,
porta nto, ape na s de h), q uem tem esta pro prie da de é a va ria ç a˜o
relativa . F un ç o˜es crescent es (o u d ecrescent es) c om est a
prop rieda de s a˜o nec essaria mente da forma f(x) = ba . Os valores
de a e b , a exemplo do qu e ocorre n a s fu nc¸ o˜es a fi ns, po de ser fa cil-
mente interpretado em termos dos valores de f nos pontos x = 0 e
x = 1 . Temos f (0) = b a = b . Logo, b corresponde ao valor inicial
·
f(0). J á no ponto x = 1, temos f(1) = b a = f(0)a. Po rtant o,
·
a = f (1)/f(0) e co rr espo nd e à constante pela qual f é multiplicada
em t odo int erva lo de c omprimento 1.

lhesEm resumo
em “A , temos
Ma tem o teo
á tica rema a baixo
do Ensino , discutido
M édio”, vol. 1. e m m a is deta -
50 Temas e Problemas

Teorema. Seja f : R → R uma fun¸c˜ao mon´otona i njetiva (i sto ´e,


crescenteou decrescente) tal que, para cada x e h, a variaç˜aorelati-
va [f(x + h)− f(x)]/f(x) (ou, equivalentemente, a raz˜ao f(x + h)/f(x))
depende apenas de h e n˜ao de x. E nt˜ao, seb = f (0) e a = f (1)/f(0),
tem-sef(x) = ba para todo x ∈ R .
Pr oblema 2. Um a pessoa t omou 6 0 mg d e uma certa medica ç a˜o.
A bula do rem édio informava que sua meia-vida era de seis ho-
ra s. Como o pacie nte n ao ˜ sabia o s igni fi cado da palavra, foi a um
dicion á rio e enco nt rou a seguin te defi nic¸ a˜o:
Mei a-vida: tempo necess ário p ara que uma grande za
(fı́sica, biol ógica ) at inj a meta de de seu valor inic ial.

a) Ap ós 12 ho ra s da inges t a˜o do rem édi o, q ua l é a quantidade


do rem édio ainda presente no organismo?
b) E ap ós 3 ho ra s da ingest a˜o do re m édio?
c) E a p ós t h ora s de sua ingest a˜o?

Para respondermos à pri mei ra pergunta , basta apli car a de fi -


niça˜o de meia- vida . N a verd a de, e st a defi nic¸ a˜o d á uma impo rta nte
in for ma ça˜o a resp eito do fen ômeno a q ue se re fere: em qua lquer
perı́odo de 6 ho ra s, a q uan tida de da droga prese nt e no orga nismo
se reduz à me tade do se u valo r no in ı́cio deste per ı́odo. Deste
modo , a p ós a s primei ra s 6 horas, ha ver á × 60 = 30 mg. Em mais
6 ho ra s, es te va lor se reduz no va mente à metade, passando a se r
igual a × 30 = 15 mg.
Note qu e, como no proble ma a nt erior , n a˜o é a pro pria do utiliza r-
se um a fun ç ao˜ a fi m para mo del ar a variac ¸ a˜o da med ica ç a˜o. Ta l
modelo conduziria à conclus ao ˜ equi vocada de que , ao fi nal das
12 hora s, n a˜o ha veria m a is droga presente no organ ismo ( por este
racioc ı́nio , a qua ntidade de dro ga elimi na da no se gundo p er ı́odo
de seis horas seria igual à quantidade eliminada no primeiro, le-
˜ total em 12 horas). Mas por que este mode-
vando à elim in a ç ao
lo é inadequa
eli min do paradroesta
˜ de uma
a çao ga dositua ç ao?
˜ Naé ve
o rganismo a nrdade, o pro
álogo ao ces sodede
processo
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 51

˜ do cloro na piscina do problema anterior. Pode-se pen-


eli min a çao
sar na corrente s an g üı́nea co mo se ndo a piscina, na qua l a droga
es t á pre sente. À me dida que ma is água é ingerida, ela é a dici o-
nada à corrente sang üı́nea, sendo o excesso de l ı́quido eli mina do
atrav
tida deésdedosdroga
ór geli
aos
˜ mina
excretores. Comor qua
da é maio no caso
ndoda
a qpiscina, a quan-
uant idade de dro ga
presente é maior . Assim, é razo ável adotar-se, para a quantida-
de de droga no o rga nismo, um m ode lo se gund o o qua l a va ria ç a˜o
relativa em int ervalo s de tempo de mesma dura ç a˜o é sempre a
mesma , o q ue nos leva a um modelo exp resso po r u ma func¸ ao ˜ da
forma f(x) = ba .
Pa ra calc ul ar a quantidade de dro ga no i nstante t = 3, basta
observa r, ma is uma v ez, qu e em ca da int erva lo de dura ç a˜o 3 hora s,
a qua ntidade de dro ga é multip lic a da por uma consta nte k . Como
em 6 horas a droga se reduz à meta de, temos k k = e, port a nt o,
·
 √
k = = = 0,707. Logo, ap ós 3 horas da ingest ˜ , a massa
ao
res ta nte de drog a é igual a 60 0,707 = 42 g, a pro ximada mente
×
(compa re com o va lor qu e obter ı́a mos c om o modelo a fi m, q ue seria
igu al a 45 g).
Pa ra obte r a qua ntidade de dro ga em um instant e qualque r t,
utilizaremos os valores f(0) = 60 e f (6) = 30 para calcular os coefi-
cientes a e b d e f(x) = ba . A primeira igualdade fornece  b = 60 e
a segunda d á 60a = 30, de onde obtemo s a = = 2 . Logo , a
qua ntidade de dro ga a p ós t ho ra s da ingest a˜o é dada por

f(t) = 60 2
  = 60 2· .

Pr oblema 3. Um ba nco a fi rma que emp resta dinheiro a juros de


100%a o an o. Na h ora de p aga r a sua d ı́vi da , um a no dep ois, um
cliente observa que os juros cobrados s ˜ ma is altos . Ele pro cu-
ao
ra o gerente
ca pita dome
lizados banco
nsaque explica
lmente , à que,
ta xana
deverdade,100
× os%
juros s %ao m ês.
= 8,333 a˜o
52 Temas e Problemas

a) Qual é a t a xa a nua l ef etivamente co brada pelo ban co?


b) E se o ba nco resolve cons idera r qu e os juros s a˜o ca pita liz a dos
a cada dia?
c) E se o ba nco considera r q ue o s juro s s a˜o ca pitalizados co nti-
nuamente?

P roble ma s de capita lizac¸ a˜o mone t ária s ao


˜ modelados por fun-
ç˜
oes do tipo exponencial, j á que o valo r é mult iplic ad o, em cada
perı́odo, pelo fator (1 + i), onde i é a taxa de juros corresponden-
te ao per ı́odo. Na pr ática, por ém, o proce sso d e ca pita liza ç a˜o é
disc reto ( como desc rito na s dua s primei ra s pergunta s). No p ri-
meiro ca so, o int ervalo de 1 a no é dividido em 12 intervalos com
˜ . Em cada um de sse s inte rvalo s, a d ı́vida é
um m ês de du ra ç ao
multiplicada por (1 + 1/12). Lo go, a o fim do s 12 mes es, a d ı́vida
é multiplicada por (1 + 1/12) 2 = 2,613. Assim, a taxa anual de
juros é ig ua l a 161,3%(e n a˜o 100 %).
No segundo caso, o per ı́odo de um ano é subdividido em 365
perı́odos de 1 di a. Em cada per ı́odo, a d ı́vida é multiplicada por
(1 + 1/365) e, ao fi m do an o, ter á sido multiplic a da por (1 + 1/365)
= 2,714. Assim, segundo este esque ma de capita liz a ç ao,
˜ a taxa
an ual se r á igual a 171,4%.
Finalmente , admitir que os ju ro s s ao ˜ capitalizados continua-
ment e corresp onde a toma r o va lor limite dos proc esso s descritos
a cima . Se dividirmo s o per ı́odo de 1 a no em n per ı́odos e c a pita li-
za rmos a q uan tia em c a da um del es a juro s de , o o capita l inic ial
ser á multiplicado por
 
1+ . A resp osta à terceira pergunte é
obtida toman do o limite qua ndo n → +∞ desta exp ress a˜o. O va lor
deste limite é deno ta do pe la letra e e é um n úmero f undamenta l
na Matem á tica. S eu va lor é apro ximada mente igual a 2,718, o que
leva a uma ta xa anua l de 171,8%em n osso prob lema. Alguns d os
usos do n úmero e s er a˜o disc utidos mais a dian te.

Pr oblema 4. Volta ndo a o P rob lema 1, qua nto t emp o de ve tra ns-

correr
tade? para que a qua ntida de de c loro na pisc ina se re duza à me-
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 53

Como vimo s, a qua ntidade de c loro no insta nte t é dada por


c(t) = 1000 0,9 . Lo go, o ins tant e t em que esta quantidade
×
se reduz à meta de sat isfaz a equac¸ a˜o 500 = 1000 0,9 , ou seja,
×
˜ Existe um tal valor de
0,9 = 0,5 . Como resolver est a equa ç ao? t?

Pa ra resp onde r a estas pergunt a s, p rec isamos o lhar com ma is


cuidado a s propriedades da s fun ç o˜es exponenciais (para maiores
deta lhes vej a “A Matem át ica do Ensino M édio”, vol. 1). Lembra-
mos qu e um a fun ç a˜o ex ponenc ial de ba se a (onde a > 0 e a = 1) 
é u ma fu n ç a˜o f : R → R definida por f(x) = a . Mas s er á que a
f órmula a tem se ntido p a ra todo n úmero real?
Certamente, a es t á bem definido quando x é na tural : a é
definido como o produto a a a a
· · · · ·· a (com n fatore s). Mais
precisamente, o valor de a é defi nido rec ursivament e: a = a e
a = a a, para todo n nat ura l. A par tir dest a d efi nic¸ a˜o, podem
·
ser de monstra da s as prop riedades fundament a is das po t ências de
 
expoente na tura l: a =a · a e a = a , para quaisque r
naturais m e n ; a l ém disso, se m < n, ent a˜o a < a quando a > 1
e a > a quando 0 < a < 1 .
As d efi n iç o˜es das pot ências de expoente real de ˜ feitas
a s ao
de modo que esta s prop rieda des sej a m v álidas para qua isque r ex -
poentes. Assim, a é defi nido co mo sendo 1 , de modo que a ide n-
tidade a = a a seja v álida para todo n natural. A s egui r,
a , para n natural, é definido como , para que a i de ntidade
a a =a
· = a = 1 se cumpra pa ra todo n .
U m po uco ma is delic a da é a de fi n iç a˜o das pot ência s de expo en-
te r aci onal. B asta , p or ém, proceder como fizemos ao resolver o
P ro bl ema 1. Inic ialm ente , da do um natural
  q, desejamos defi-
n ir a de modo que a = a = a. Po rtanto, a deve ser
ra iz da equa ç a˜o x = a. Mas , p ara to do q nat ura l, a func¸ a˜o
g : [0, +∞] → [0, +∞] tal que g(x) = x é cont ı́nua, estritamente
cresc ente e ili mita da (vej a a Figura 24). Em conseq ü ência, para
todo a po sitivo , existe exat a mente um n úmero real positivo
√ x tal
q ue a = 1 , que é denota do po r a ou a.
Agora, podemos definir a para todo x rac iona l: se x = p/q,

definimos a =a
 
= a .
54 Temas e Problemas

Y
g(x) = x q

X
a1/q

Figura 24

As pot ências de expoente racional assim definidas preservam as


propriedades fundamentais das pot
  ências de expoente natural:
a = a a , a
· = a e, se x < y, ent a˜o a < a quando
a > 1 e a > a quando 0 < a < 1 .
Consideremos, finalmente, pot ências
√ de expoente irracional.
Por exemplo , qu a l é o signifi cado de a ? A id éia b ásica é que todo
n úmero irracional pode ser aproximado, com precis ao
˜ a rbi tr ária,
por n úmeros ra cionais. Por exe mplo , a s m elho res a pro xima ç o˜es

por fa lta, de 2 com 1, 2 e 3 casa s dec imais s a˜o 1,4, 1,41 e 1,414.
Os valores de a par a ta is aproxima ç o˜es conduzem,
√ por sua vez,
a a proxim a ç o˜es cada vez melhores para a . De vi do à monoto-
nicidade das pot ênci a s de expo ente ra cional, esta s a prox ima ç o˜es
˜ por falta (quando
ser ao a > 1) ou por excesso (quando 0 < a < 1 ).
Em qua lquer caso, o va lor limite desta s a pro ximac¸ o˜es (definido
como o men or n úmero real ma ior q ue o u igual a todas esta s a pro -
xim a ç˜
oes, no caso a > 1, ou o ma ior n úmero real menor que ou √
igu al a elas, no caso 0 < a < 1 ) é toma do como defi nic¸ ao ˜ de a
(veja “A Mat em á tica do Ensino M édio”, vol. 1, para maiores deta-
lhes).
Assim, defi nimos os va lores de a para todos os valores reais
de x, com o resul ta do sendo se mpre um n úmero positivo . Com
isso,
cha maconstru ı́mosç a˜um
da de fun o exaponenc
fun ç a˜ial
o f de
: Rba→se(0, ∞) tal que
a, que t em as fse
(xgui
) = a ,
ntes
propriedades:
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 55

a ) f(x + y) = f (x)f(y) p ara qua isque r reais x e y;


b) f é crescente (isto é, x > y ⇒ f(x) > f(y)) quando a > 1
e é decrescente ( x > y ⇒ f(x) < f(y)) quando a < 1; em
conseq ü ência, f é sempre injetiva, ou seja, f(x) = f(y) ⇒
x = y;
c) f é cont ı́nua;
d) se a > 1, lim f(x) = 0 e lim f(x) = +∞;

e) f é sobrejetiva (ist o é, para todo y > 0 existe x tal que a = y ).

A Fi gura 25 mo stra o gr áfi co de f(x) = a nos casos a > 1 e


0<a<1 .

Y Y

(x = a (a >1)
1 f(x) = a x (0<a<1)
1

X X

Figura 25

Podemos voltar agora à pergu nta que a bri u esta di scuss a˜o
(“existe um valor real de x p ara o qual 0,9 = 0,5 ?”) e respond ê-la
a fi rma tiva mente. C omo as func¸ o˜es exponenciais (em particular, a
de base 0,9) s ao˜ injetivas e t êm por imagem o conjunto dos reais
positivo s, exi ste exat a mente um n úmero re a l x tal que 0,9 = 0,5
(veja a Figura 26).
De modo geral, da do um n úmero y > 0, o único real x tal que
a y (onde
= nt
prese > 0)yé. chamado
a do po yr log A fu nça˜odelologaritmo
gar ı́tmic de
a de b a ysenaabase e re-
, que a assoc ia
56 Temas e Problemas

f(x) = 0,9x

0,5

X
x

Figura 26

a cada n úmero re a l po sitivo o se u logaritmo n a base a, é, p orta n-


to, a inversa da fu n ç a˜o expo nencial d e base a e sua s prop rieda des
dec orrem da s proprie da des da exp onenc ia l.
Assim , a fu n ç a˜o log : (0, +∞) → R tem as seguint es p roprie da -
des (vej a os gr áficos da Figura 27):
a) log (xy) = log (x) + log (y), para qua isque r x, y > 0 .
b) log (x ) = r log (x), para qua lque r r e qualquer x > 0.
log
c) log (a ) = x , p ara todo x , e a = x , p ara todo x > 0.
d) log é cre scente quando a > 1 e dec res cente qua ndo
0<a<1 .
e) se a > 1, lim log (x) = −∞ e lim log (x) = +∞;

se 0 < a < 1 , lim log (x) = +∞ e lim log (x) = −∞.


f) log é sobrejetiva.
Assim , par a r esolver o P roblema 4 devemos o bter log 0,5. Co-

mo o bter
sul tar umaestetabel
valo a r?de H á alg umas
lo garitmo d écadas,
s, que a resposta
eram usada s nseria
a˜ocon-
s ó para
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 57

Y Y
f(x) = log a x (a >1)
f(x) = log a x (0<a<1)

X X
1 1

Figura 27

obter a resp osta a pro ble ma s co mo e stes, mas ta mb ém para faci-
litar c álculos, explorando o fato de que logaritmos transformam
produtos em somas. Hoje em dia, é ma is pro v á vel que a respo sta
seja obtida com uma calculadora cient ı́fi ca . Em a mbo s os ca sos, o
usu ário de primeira viagem depara-se com uma dificuldade: n a˜o
h á tabelas de logaritmos na base 0,9, nem teclas na calculadora
para calc ular ta is lo gar itmos. A s bases em que va lores de lo ga rit-
mos est a˜o usualme nte t abel ada s ou disp on ı́veis em calculadoras
˜ as ba se s 10 e e (a ba se do s lo ga ritm os nat ura is o u nepe ria nos) .
s ao
Mas, na verdade, qualq uer base de logar itmos p ode se r usa da pa-
ra ca lcular um lo gar itmo e m qua lquer o utra base.
De fato , como vi mo s, log 0,5 é a soluc¸ ao˜ da equac¸ a˜o
0,9 = 0,5. Aplican do as pro pri edade s do s log aritmos em uma
base qua lque r a, temos, suce ssiva ment e

log 0,9 = l og 0,5


x log 0,9 = l og 0,5
x = l og 0,5/ log 0,9

Logo, obtemos
log 0,5 = log 0,5/ log 0,9.
58 Temas e Problemas

Se usamos l ogar itmos na ba se 10, obtemos

x = −0,30103/0,04576 = 6,57881.

Se prefe rimo s logaritmos na base e, resulta

x = −0,69315 / − 0,10356 = 6,57881.

A resposta, naturalmente, ˜ necess árias 6,57881


é a mesma: s ao
horas ( a pro ximada mente 6 horas e 3 5 minuto s) para que a q uan -
tida de de cl oro se reduza à meta de .

Problema 5. Uma pessoa deposita uma quantia em um banco,


que a remunera à ta xa de 1 %ao m ês. E m qua ntos me se s a qua n-
tia depositada dobra?

Ap ós n me se s, a quantia de posi tada ter á sido multiplicada


por (1 + 0.01) = 1,01 . Pa ra que a qua ntia dob re , de ve mo s ter
1,01 = 2. Toman do lo ga ritm os e m uma ba se qua lquer (p or e xem-
plo, na base 10 ), temos

n log 1,01 = log 2.


Com aux ı́lio de uma tabel a ou de uma calc ul ado ra, obte mo s
log 1,01 = 0,00432 e log 2 = 0,30103 e da ı́

n = 0,30103/0,00432 = 69,68.

Assim, s eria nece ss ário esperar 70 meses para que a quantia do-
bre.

No fi na l da res oluc¸ a˜o do P roblema 4, conclu ı́mos q ue lo g 0,5 =


log 0,5/ log 0,9, onde a é qua lquer rea l po sitivo e dife rente de 1.
De modo ge ra l
log x = log x/ log b,
para q uaisquer n úmeros positivos a , b, c (com a = 1 e b = 1 ).
 
Esta última identidade é bem conhecida como a “f órmula de
muda nc¸aelad emostra
do é que base” dos lo d ga
que ua ritmos. O logar
s fun ç o˜es que n ı́tmic
a˜o éasmuito destaca-
qua isque r s a˜o
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 59

og b x
Y

B log a x B  log b a
A

A
X

Figura 28

sempre m úl tip las uma da outra. De f ato, a f órmula nos diz que
log x = k log x, onde a co nsta nt e k é igua l a 1/ log b. A Figura 28
ilustra este fat o.
Uma conseq ü ência da discuss ao ˜ a cima é q ue a s fun ç o˜es expo-
nenc iais ta mb ém est a˜o todas relac iona das entre s i. De fato, se a

e b s a˜o n úmeros po sitivos e d ifere nt es de 1, t emo s


a = b log =b log
.
Logo, existe uma constante k = log a tal que

a =b .

Porta nto, a exemp lo do que oc orre c om os loga ritmos, qua ndo


tr a ba lha mos com func ¸ o˜es exponenciais podemos sempre express á -
las usa ndo no ssas bases favoritas. Na ma ior part e do s ca sos, p re-
ferimos trabalhar com a base e, pe las ra z o˜es explicadas a seguir.
Assim, a o inv é s de car a cteriza rm os as fu nc¸ o˜es do t ipo e xpo nen cial
como sendo a quelas da forma f(x) = ba , poder ı́amos, equivalen-
temente, cara cteriz á -la s como sendo da forma f(x) = be .
A prefer ência pela base e se deve a o fat o de q ue o co efici en-
t e k na express a˜o be tem uma impo rt a nt e int erpreta ç ao. ˜ C omo

vi
ta mos, fu nçsua
l de que o˜es do
vartipo
iac¸exponencial
˜ rel at ivat emêm
ao a prop rie
intervalo da co
s de de mpri
fundamento
men-
60 Temas e Problemas

constante é consta nte. Em pa rticul a r, sua ta xa de va riac¸ ao ˜ ins-


tant aˆnea ( que é o va lor da d eriva da da fun ç a˜o no i nst a nt e conside-
rado) é pro porcio na l a o se u va lor n a quele inst a nt e. Ma s a func¸ a˜o

deri vada de f (x) = be é f  (x) = bke = kf  (x). Portan to , k =


para todo x. Ou sej a , k é a ra z a˜o consta nte entre o valor da t a xa de
va ria çao
˜ instant aˆnea de um a fun ç ao ˜ do tipo exponencial e o seu
va lor no po nt o considerad o.

Pr oblema 6. No Problema 1, vimos que a quantidade de cloro na


pis cina a p ós t horas é dada por c(t) = 1000 0,9 .
×
a ) E screva est a fun ç a˜o na forma c(t) = be .
b) Qual é a ta xa ins ta nt aˆnea de esc oament o de c loro no i nst a n-
te inicial?

Repe tin do o proc esso a cima , t emo s

0,9 = e log =e log


=e .

Logo, c(t) = 1000 e · .


˜ de cloro no instante inicial
A ta xa de var iac¸ ao é obtida multi-
plicando a quantidade ent ˜ existente (1000) multiplicada pela
ao
constante k (−0,10536). Lo go, o cloro e st á se esc oan do à taxa
ˆ ea de 105 g po r ho ra. Note que isto n
instant an ˜ sig nific a que
ao
˜ eliminadas na primeira hora, pois a taxa ins-
105 g de cloro s er ao
ˆ n a˜o é co nsta nte.
tant anea
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 61

P roblemas Propostos∗

1. E st ima -se q ue a popula ç a˜o de uma cida de cresc¸a 2%a cada 5


anos.
a) Qual é o cresc iment o estim a do p a ra um per ı́odo de 20 a nos?

b) E em um per ı́odo de t an os?

2. As bact érias em um reci pie nt e se re produzem de f orma ta l que o


a ument o do se u n úmero e m um int erva lo de tempo de co mprimen-
to fixo é proporcional ao n úmero de ba ct érias pre sentes no in ı́cio
do intervalo. Suponhamos que, inicialmente, haja 1000 bact érias
no rec ipiente e que, a p ós 1 hora, es te n úmero tenha aumentado
para 1500. Quantas bact érias haver á cinc o ho ra s a p ós o in ı́cio do
experimento?

3. A lei do resfriamento de Newton estabelece que, quando um


corpo é colocado em um ambiente mantido à temperatura cons-
ta
te,nte, su ataxa
a uma temp eratura varia de
proporcional mo do a serdae tempera
à diferenc¸a mes ma do
turambi
a entren-
eo
corpo e o am biente. U ma peça de meta l a 120◦ é colocada sobre a
bancada do labo rat ório , m a ntido à temp eratura consta nte de 20◦ .
Dez m inut os dep ois, verifi cou-se que a tempera tur a da peça tin ha
se reduzido para 80◦ .

a) Qual se r á a tem pera tu ra da pec¸a uma hora depois de ter sido


colocada na bancada?

b) E sboc e o gr á fi co qu e exprime a t empera tu ra da peça a o longo


do tempo.

4. A meia vida do is ótopo radioativo do carbono (C ) é de 5500


an os. Que p erc entual da massa origi nal de C restar á em uma
amos tra a p ós 100 00 an os?

S oluç˜
oes na p ágina 148.
62 Temas e Problemas

5. Qual é a me ia vi da de um mate ri al radi oativ o que so fr e


˜ de 20%de sua massa em um per
desi nt egr a çao ı́odo de 1 a no?

6. O co rpo de uma v ı́tima de a ssassina to fo i desc oberto à s 23 ho -


ras. O m édico da pol ı́cia chegou à s 23:30 e imediata mente t omou
a temperatura do cad áver, que era de 34,8◦ . Uma ho ra ma is tarde
ele tomou a temperatura outra vez e encontrou 34,1◦ . A temp e-
ratura do quarto e ra mantida constante a 20◦ . Use a lei do re s-
friament o de Ne wt on para estimar a hora em que se deu a morte.
Admita que a t emp erat ura normal de uma pesso a viva é 36,5◦ .

7. A água de um re se rvat ório se evapora à taxa de 1 0%a o m ês.


Em qua nto tempo ela se reduz ir á a um ter ço do qu e era no in ı́cio?

8. Em um a caverna da Fra nc¸a, fa mosa pel a s pintura s fei ta s po r


homens pr é-hist órico s, fora m enco nt ra dos peda ços d e car v ao ˜ ve -
getal, no s qua is a ra dio a tividade de C er a 0,145 ve zes a ra dio a ti-
vida de n um peda ço de car v a˜o feito hoj e. Ca lcule a ida de do carv a˜o
e d ê uma estimativa para a época em que as pint ura s fo ra m fei ta s.

9. Fo ra m inje ta da s 20 mg de uma certa droga em um pacie nte. A


taxa instant aˆnea de elim ina ç ao ˜ da droga, imediatamente ap ós a
in jeça˜o, é de 5 mg por hora. Qua l é a meia- vida da droga? ( Cuida -
do! A resposta nao ˜ é 2 ho ra s.)
10. O gr á fi co da fun ç a˜o da Figura 29 foi dese nha do utiliz a ndo- se
uma escala logar ı́tmica para o eixo Y (ou seja, as ordenadas no
˜
gr á fi co represe nt a m o lo ga ritm o dec ima l dos va lores da func¸ ao).
a ) Mostre que o gr á fi co de um a fun ç a˜o f neste t ipo de represen-
t a ça˜o é uma reta se e so mente se e la é do tipo expo nencial
(f(x) = ba ).
b) Qual é a fun ça˜o rep rese nta da pelo gr áfi co da fi gur a?

11. No problema da piscina (Problema 1), verifique que a taxa


instant aˆnea de va ria ç ao
˜ da quantidade de cloro no ins ta nte t é
igual a −c(t) . U tilizando este fat o e o resul ta do do P rob lema 6,
·
determine com que vaz a˜o a água pura ingressa na piscina.
˜
Func¸ oes Exponenciais e Logar´ıtmicas 63

10000

1000

100

10

1
X
0 12345

Figura 29
C a pı́tu lo 4

Aplica ço˜es da Trigonometria


Os livros did á tico s pa ra o ensino m édio dedicam muitas p áginas
a o ensino da t rigo nome tria . E ntr etan to, n a˜o fi ca claro ne m para o
a luno , nem para o prof esso r, para que serve e ste a bunda nte ma te-
rial. Va mos mo stra r a qui a lgumas a plica ç o˜es em sit ua ç o˜es reais
e, pa ra resolver o s proble ma s, nec essit a remos a pena s da s rela ç o˜es
trigonom étric a s no tri aˆngulo re t aˆngu lo, da lei do s cossen os e da lei
dos senos.
Nest a s a plica ç o˜es esta remos c a lcula ndo senos, c osse nos e ta n-
ˆ
gentes de angulos e cabe aqui um esclarecimento ao leitor. Quan-
do escrevem os po r exemplo sen 30 , querem os dizer sen o do angulo

ˆ
cuja medida é 30 , ou seja, estamos identificando o

aˆngulo com
sua m ed id a. Isto é pr átic o e natural. Para angulos ˆ agudos, es-
t a s fu n ço˜es trigonom étric a s s ao
˜ de fi nid as a trav és das tra dic iona is
r a z o˜es entre lados de um tri ˆ
angulo ˆ
ret angulo e , para qualque r
aˆngulo o btuso x (quer dizer: angulo ˆ cuja medida x est á entre 90◦

e 180 ), definimos sen x = sen (180 − x) e cos x = − cos (180 − x ).


◦ ◦ ◦

E isto é tud o o que prec isa mos.


Desde a an tigui dade e at é hoj e, o homem sem pre teve a neces-
sidade de ava li ar dist anciasˆ inacess ı́veis. Na verdade, s ˜ muito
ao
poucas as dist ancias ˆ que podem ser medidas diretamente, com
uma trena , po r exe mplo . P ra ticamente tudo que o de sej a mos sa-
ber sobre dist aˆnci a s n o mundo e m q ue vive mos é calculado com o
a uxı́lio da trigonometria.
O problema b á sic o, e que esta r á semp re pre sente e m t oda s a s
si t ua ço˜es, é o d a res oluc¸ ao
˜ de um tri an ˆ gul o. Mas, o que signi fi ca
isto ? Os el eme ntos princ ipa is de um t ri angulo ˆ s ao˜ seus lados e
seus aˆngulos. Resol ver um tri aˆngulo si gnifi ca determina r 3 de sses
elementos
ˆ quando
t r ês angulos). Esteosproblema
outros 3 bs áa˜o dados
sic (dendend
o, d epe sde que n daao
o dos ˜ dos,
sejam
poos
de

64
˜
Aplicac¸ oes da Trigonometria 65

ter uma ún ica sol uç ao,˜ pode ser imposs ı́vel ou pode ter mais de
uma s olu ça˜o e vo c ê poder á veri fi ca r isto nos p rob lema s q ue vamos
discutir.
Para medir uma dist ˆ
ancia inacess ı́vel necessitaremos de uma
trena, que nada mais é qu e uma fi ta m étrica comprida que possa
medir dist aˆnci a s relat ivamente peque na s no p lano horizo nta l e de
um teodolito. Um teodolito é um instrument o que me de angulos, ˆ
ta nto no pl an o ho rizo nta l qua nto no pl an o ve rtic al. Tra ta -se de
uma lune ta , apo iada em um trip é q ue pode fo rnece r os seguintes
dados:

a) Se o observador T v ê um objeto P, ele pode determinar o


aˆngulo que a reta TP faz com o pl a no horizo nt a l.

T
θ

Figura 30
66 Temas e Problemas

b) se o observador T v ê um objeto A e girando a luneta v ê um


objeto B, a mbo s n o pl a no horizo nta l, ele p ode determinar o
ˆ
angulo ATB .

B
T
θ

Figura 31

A trena e o teodolito s ao
˜ instrumentos equivalentes à r égua
gradua da e ao transferi do r qua ndo trabalha mo s no p apel . A tre-
na de ho je e a da a ntiguida de dif ere m a pena s do ma terial em que
fora m constr u ı́das mas essencialmente, s a˜o o me smo instrumen-
to. En treta nto, o teo dolito de ho je é muito mais sofisticado que
o e quivale nte a ntigo . E neste p onto est á a diferenc¸a. H oje, po -
demos medir aˆngulos co m um a prec is ao ˜ muit ı́ssimo maio r do que
antigamente.
Vá rio s pro ble ma s que va mos abordar fazem refe r ência à cida-
de do Rio de J a neiro . O m orro do C orco vad o, o morro do P a˜o de
Açúcar, o a terro do Flamengo e sua vis ta à cidade de Niter ói do
outro l ado da B a ı́a de G ua na bara fornec eram situa ç o˜es interes-
sa ntes de medi da s ina cess ı́veis. Nestes problemas as medidas s a˜o
todas reais.

Pr oblema 1. Medir a altura do P a˜o d e Açúcar.

Medi r a a ltura de um m orro dista nte em relac¸ ao ˜ a um pl ano


horizo nt a l pr óximo é um pro ble ma perma nent e em to da a hist ória.
Ele
zontfica
a l, facilitado
em dir eçseao
˜o aobservador puderrazo
o mo rro , uma andarável
neste plano
dist ˆ hori-
an cia, o que nem
˜
Aplicac¸ oes da Trigonometria 67

sempre é poss ı́vel. Ma s, no c a so do P a˜o d e Açúca r o at erro do Fla-


mengo fornec e um pla no horizonta l espe cia l pa ra este obj etivo .

E nunci ado: Um observador est á em um ponto A do aterro do Fla-


meng onte av lê(medido


horizo o P a˜o dce Aç
omúcar segundto)o. um
o t eodoli E le aaˆngulo
nda emde d10
irec¸com
˜ oa plan
ao o se uo
objetivo at é um ponto B di stante 650 m de A e agora v ê o P a˜o
de Açúcar segundo um ˆ gul o de 14 . Qual é a a ltur a do P a˜o de
an ◦

Açúca r em rel a ç a˜o a o pla no d e observa ç a˜o?

Pr oblema 2. Me dir a dist aˆnci a de um pont o do Rio de J a neiro a


um ponto vis ı́vel de Niter ói.

O segundo problema importante é o de medir a dist ˆ


ancia de
um ponto a outro inacess ı́ve l no p lano horiz onta l. P a ra ca lcular a
ˆ
dist ancia de um ponto A (onde est á o obse rva dor) a um ponto P ,
inacess ı́vel, é prec iso que este observa dor possa se loc omover par a
um ponto B no p lano horizo nta l de o nde po ssa ta mb ém ver P.

E nunci ado: De um ponto A na praia do Flamengo no R io de J a-

neiro
dois po, avista -sea˜um
nt os est o emponto na praia
l a dos oPpostos do cadenaIcl de
arae ntr
ı́ ema da
Niter
da Bóia (estes
ı́a de
G uana bara ). D e um p onto B na P ra ia do Fl am eng o, di sta nte 1 km
de A tamb ém se avista o ponto P (Figura 32). U m obs ervador no
ˆ
Rio de J an eiro mediu os angulos BAP = 119 e ABP = 52 . Qual é
◦ ◦

ˆ cia entre A e P?
a dist an

Problema 3. Medir a dist ˆ


ancia entre dois pontos, ambos ina-
cess ı́veis.

O problema anterior resolveu o caso de medir uma dist ˆ


ancia
entre um ponto (acess ı́vel) a um outro inacess ı́ve l. Va mos a go-
ra trat ar de me dir u ma di st ancia ˆ no plano horizontal entre dois
pont os ina cess ı́veis a o observa dor.

E nunci ado: De uma praia é poss ı́ve l ver duas ilha s X e Y . Um ob-
servador
tre si , assina
e com la
senesta praia
u in stru me doi
nto s pontos
me de osA eseBgudis
in ta
te ntes
s 1angulos:
ˆ km e n-
68 Temas e Problemas

Baía de Icaraí
RIO DE P
Guanabara
JANEIRO

Flamengo NITERÓI
B

Figura 32

◦ ◦
ˆ
XAY = 62 , YAB = 54 , ABX = 46 e XBY = 74 . Qual é a dist ancia
◦ ◦

entre X e Y ?

Pr oblema 4. Medir o raio da Terra .

Desde a a nt iguida de, este prob lema esteve prese nt e na cabec¸a


dos matem á ticos. Div ersa s soluc¸ o˜es apareceram mas os resulta-
dos freq üenteme nte n a˜o era m bons po is se e xigi a a medida ent re
doi s po ntos muito a fast a dos , o que era muito dif ı́cil de fa zer com
precis a˜o, ou a medida de aˆngulo s m uito p equeno s, o que era ma is
difı́cil ainda . E m meados do s éculo XX j á havia instrume ntos que
ˆ
podiam medir angulos com precis ao ˜ de 1 cent ésimo de grau, mas
hoje os instrumentos eletr ˜ inimagin áve l. O
ônicos t êm precis ao
problema a seguir, exige apenas um instrumento relativamente
antigo.

E nunci ado: A mo nta nha onde es t á o Cristo Rede ntor no Rio de


Jcima
a neiro est obse
, um á a rva
703dor
m dveêaoltu ra emntrela
horizo e (noç ma
ao
˜ ao
r) nsegundo
ı́ve l doum
mar. angulo
ˆL á de
˜
Aplicac¸ oes da Trigonometria 69

de 0,85 com o plano hori zonta l. E nco ntr e uma medida a pro xima-

da para o ra io da Terra.

Pr oblema 5. Ainda o raio da Terra .

Uma bela te ntativ a de me di r o raio da Terra de ve -se a


Erat óstenes n o ter ceiro s éculo a nt es de Cr isto. Medida s fo ra m fei-
ta s na s cidades de A ssu a˜e Alex a ndr ia, n o Eg ito, que est a˜o a pro xi-
ma da mente no mesmo meridiano terrestre, e p or ra ra fel icidade,
Assu a˜est á qua se so bre o tr ópico de C aˆnce r. I sto quer fi zer que no
primeiro dia do ver ao, ˜ ao meio dia, os raios solares s ˜ perfeita-
ao
mente verticais. Naquele tempo, uma unidade comum para medir
dist aˆnci a s gra ndes e ra o est ádio. O est á dio e ra o comprimento da
pista de corrida utilizada nos jogos ol ı́mpi cos da a nt igui da de ( de
776 a 394 a C.) e era equiva lente a 1/10 de milha , ou sej a , a prox i-
ma da mente 16 1 m.

E nunci ado: No dia do solst ı́cio de ver ao, ˜ Erat óstenes verificou
que, a o meio dia, o so l brilha va diretam ente dentr o de um poço
profundo em Assu a˜e, e m Alexand ria , a 5000 est á dio s a o no rte de
Assu a,
˜ alg u ém mediu o an ˆ gul o que os raios so lares fa ziam com
a vertical, enco nt ra ndo 1/50 do c ı́rc ulo . Com base nestes dados,
calcule o ra io da Terra .

Pr oblema 6. O problema da corrida.

Os dados e o objetivo deste interessante problema s ao


˜ os se -
guintes. Um corredor A est á sobre uma reta r e corre sobre ela n o
sentido AX . Um corredor B n a˜o est á em r e, co rrendo em linh a re-
ta , pretend e alca nc¸a r A (Figura 33). Sendo a partida simult ˆ
anea,
q ue di reç a˜o de ve tomar B se as velo cida des de a mbos s a˜o conh eci-
das?

E nunci ado:
1) Considere BAX = 110 , vel ocida de de A igual a 8 m/s e ve-

ˆ
locidade de B igual a 9 m/s. Determine o angulo que a tra-
jet
sejaória
possde ı́vel.
B deve fazer com a reta BA para que o enc ontro
70 Temas e Problemas

r A X

B
Figura 33

2) Considere BAX = 110 , velocidade de A igual a 8 m/s, velo-


cidade de B igual a 8,1 m/s e AB = 50 m. Se ndo B um cor-


redor inteligente, determine que dist ˆ
ancia ele percorreu at é
a lca n ça r A.

Pr oblema 7. No vamente a corrida, ma s um fato muito e stra nho


acontece.

E nunci ado: Considerando ainda a Figura 33, seja BAX = 60 . ◦

O corredor A tem velocidade 15% maior que a de B. Po r ém, o


corredor B é inteligente, planejou cuidadosamente sua trajet ória,
ˆ
e a lca nc¸ou o corred or A no ponto C da re ta r. Calc ul e o angulo
ABC.
ˆ
Observaç˜ao: você vai enc ontra r dois valo res para o angulo ABC.
Ambos s a˜o po ss ı́veis? P or qu e ocorre ist o?

Pr oblemas Suplementares ∗

1. No p roble ma da corrida , se os co rredores A e B tiverem veloci-


dades iguais, como B dev e pl a nej a r sua tra jet ória?

2. No problema da corrida, BAX = 50 , velo cida de de A = 9 m /s e


velo cida de d e B = v. Determine para que valores de v o enco nt ro


é poss ı́vel.

S oluç˜
oes na p ágina 155.
˜
Aplicac¸ oes da Trigonometria 71

3. Uma es tra da que e st á sendo constru ı́da em um plano horizon-


ta l e se r á forma da pel os tr echos retos XP, PQ e QY co mo mostra a
Figura 34. No trecho PQ s er á constru ı́do um t únel para atraves-
sar a montanha. Os engenheiros devem saber tanto em P quanto

em Q, q ue dir eç a˜o deve m toma r para constr uir o t únel AB de for-
ma que o tr echo PABQ seja reto. Eles ent a˜o fixa ram um po nto C do
pla no horizo nta l, vis ı́ve l t ant o de P quanto de Q e dete rminara m
as seguintes medidas: CP = 1,2 km , CQ = 1,8 km e PCQ = 27 . ◦

ˆ
Ca lcule os angulos CPQ e CQP.

Q
B

x P A
y

C
Figura 34

Pa ra calcular a a ltur a d o morro do Corco va do no Rio de J a neiro


n a˜o fo i poss ı́vel utilizar o m éto do utili zad o no Pr oble ma 1, quan do
medimo s a a ltura do P a˜o d e Açúcar. N a˜o h á como se a pro xima r do
Corco va do cam inha ndo em sua direc¸ ao ˜ em um plano horizontal.
Temos ent a˜o qu e buscar uma outr a soluc¸ a˜o.

4. Na Figura 35, voc ê v ê uma pequena parte do bairro do J ar-


dim Bot aˆnico do Rio de J aneiro. Na avenida Borges de Medeiros,
àdobeira da Lagodois
mar, fixamos a Ro dri go de Fre
pontos A eitas,
B dee po rtanto
o nde quase
se a vis ta ao po
o nnto ı́vel
C,
72 Temas e Problemas

cume do Corcovado e p é da est át ua do Cristo Red ento r. Sendo


P a in t ers eç a˜o da perp endicular tr a çada por C a o plano h orizo n-
tal que cont ém A e B, considere os seguintes dados: AB = 660 m,
CAP = 29,7 , CBP = 30,6 , PAB = 70,5 , PBA = 77,9 . Calcule a
◦ ◦ ◦ ◦

a ltur a do mo rro do Corco va do.

CRISTO REDENTOR

B
A

LAGOA RODRIGO
DE FREITAS

Figura 35
C a pı́tu lo 5

U m a I nde
C álculo t r odu ç a˜o a o
Volumes

Pa ra introduzir o co nce ito de volume , o pro fesso r deve , a ntes de


qua lquer tent a tiva de uma d efi nic¸ a˜o forma l, a pre senta r uma id éia
int uitiva e fo rnece r diversos ex emplo s par a que os alunos po ssa m
compre ende r do que vai se falar. E qua l é a primeira coisa que
devemos dizer? N a˜o no s oc orre nenhuma outra frase m elhor que
a segui nte:
Volume de um s´olido ´e a quantidade de espaço por ele
ocupada.
Com e sta id éia, in úm era s compa ra ç o˜es provo cat iva s podem ser
fe itas. Da das duas caixas, qual delas tem maio r vo lume ? Que m
tem ma ior vol ume: Ma ria ou Pedro? Obse rva ndo uma pa nela pe-
quena e uma garrafa, que objeto parece ter maior volume? Uma
bola de futebol ou uma caixa de sapatos?
Muit a s compa ra ç o˜es s a˜o óbvias, outra s n a˜o. No c a so da pan ela
e da garrafa, pode-se encher a garrafa com á gua e de spe ja r dentro
da panela. Para comparar volumes de objetos imperme áveis pode-
mos mergulh á-los, um de cada vez, em um reservat ório co nt endo
água at é o bordo e compara r a qua ntida de de água que tran sbo r-
dou. Se tive rmo s um res erv at ório cil ı́ndrico de vidro, podemos
cola r em sua par ede uma escala de nossa esco lha e, com ela m edir
vol umes de pequenos objetos im perme áveis, como uma pedra de
forma to ir regula r, por exemplo .
Es te t ipo de expe ri ência é um e lemento mo tiva dor para o estu-
do dos volumes e po de a t é se r eve ntua lmente de a lguma ut ili da de

pr
tar,ática, maslme
é t ota na nte
maioria dos problemas
in útil. Por exempque
lo,teremos
o mestrequedeenfren-
ob ra s pre cisa

73
74 Temas e Problemas

saber o volume de concreto que ser ˜ das


á utiliza do na const ruc¸ ao
coluna s, vigas e laje s de um edi f ı́cio. A forma e as dimens o˜es d e
cada um d estes ob jetos est a˜o na pla nta e o c álculo do volume deve
ser fei to a nt es que o edif ı́cio ex ista . Alguns objetos s ao˜ pequenos
demais,
te, n a˜o ou grandes
ex istem co demais, ou s
ncre ta mente. ao
˜ inacess
Sentimos ent ı́veis
a˜o ou, simplesmen-
a nece ssidade de
obter m étodos para o c álculo de volumes, pelo menos de objetos
simples , conhec endo sua forma e sua s dimens o˜es.
Pa ra medir e sta gra ndeza cham a da volume , de vemo s comp a r á -
la co m uma unida de e , tra dic iona lmente, a unida de de vo lume é o
cubo cuja a resta mede uma un ida de de compriment o, deno mina do
de cubo unit á rio . Por exemplo , se um cubo tem 1 cm de ar esta , seu
volume é a unidade c ha mada de cent´ ımetroc´ubico (cm ).

1 unidade de volume

1
Figura 36

Assim, o volume de um s ólido deve ser um n úmero que ex-


prima quantas vezes ele cont ém o cubo unit ário . Esta é a id éia
que devemos ter pa ra desenvol ver o e stu do do s volumes ma s, c on-
ve nha mo s que a inda tem um significado muito v ago . Por ex em-
plo, quantos cubos unit ár ios de 1 cm de a res ta cabem de ntro de
uma panela? N ao ˜ sa ber ı́amos dize r. E ntr etan to, esta id éia inicial

vai nos permitir


lepı́pedo calcular
ret aˆngulo, o uprecisamente
simplesmente,o um
volume
bloc de oum
retaparale-
ngula r.
˜ ao C alculo
Uma Introduc¸ ao ´ de Volumes 75

1 O volume do bloco retangular


Imaginemos inicialmente umm bloco retangular com dimens o˜es
4 cm, 3 c m e 2 cm. Qua l é o seu volume?

3
4

Figura 37

Observando o desenho, n a˜o h á d úvida que este bloc o po de ser


dividido em 4 × 3 × 2 = 24 cubo s un it á rios e , po rt a nt o, seu vo lume é
de 24 cm . A maioria d os livros did á tico s bra silei ros usa u m exe m-
plo c omo e ste pa ra “co ncluir” qu e o vo lume de um par a lele p ı́pedo
ret aˆngulo qua lque r é o pro duto de sua s d imens o˜es. Este chute é
difı́cil de aceitar. O que ocorre se as dimens a˜o do bloc o n a˜o fo rem
inteiras? Continua valendo o pro duto? Por que?
E st á certo que em muitas ocasi o˜es o professor n a˜o po de fa zer
em sala de aula uma demonstr a ç a˜o completa de c a da um dos co n-
t e údos ex igidos no p rogra ma do ensino m édio . Ma s, se n a˜o o fi zer ,
deve o fere cer a lgo mais que a f órmula pronta ou o decreto publi-
cado no livro did á tico. V eja mos um exemplo .

Exemplo.Ca lcule o volume do bloc o reta ngu la r d e 5, 6 cm de co m-


primento, 4, 7 cm de la rgura e 2, 0 cm de a ltur a (Figura 38).

Para resolver este problema, dividamos cada aresta do cubo


unit á rio ( com 1 cm de a resta ) em 10 pa rtes iguais (Figura 39).
Tra
mosça nd cubo
esse o pelounit
s pon át os
riode
emd ivis
1000a˜ocubin
pl a nos
hospara
d e alelos
rest aà 1/
s fa ces, dividi-
10.
76 Temas e Problemas

4,7

5,6

Figura 38

_
1
10

Figura 39

Nat uralmente que o vol ume de cada cubi nho é v = 1/1000, e


é f á cil co nta r qua ntos destes cubi nhos enche m o blo co reta ngular
dado: s a˜o 54 × 47 × 20 cubinhos. Logo , o volume do blo co reta n-
gular é ig ual a o n úmero de cubinhos m ultiplic a do pelo vo lume de
1
1 cubinho, ou sej a , 56 × 47 × 20 × = 5,6 × 4,7 × 2,0.
1000
Est e singel o ex emp lo c onfir ma o pro duto da s d imens o˜es para
o cá lculo do vol ume d o blo co reta ngular e co nt ém a ess ência do
qdas
uea ére
n ecess
stas s áa˜
rio
o npúmeros
a ra a demonstr
ra cionaisa ç(vej
a˜o anoo ca so e mma
P roble que1apro
s medidas
posto no
˜ ao C alculo
Uma Introduc¸ ao ´ de Volumes 77

fi na l de ste c ap ı́tulo).
Pa ra o ca so geral, o nde as m edi da s da s ar estas do blo co re ta n-
gular s a˜o n úmeros reais positivos quaisquer, o volume é ain da o
pro duto dessas medidas e, para demo nstr a r, usa remo s o teo rema
funda ment a l da propo rcio na lida de. O roteiro par a a demonstr a ç a˜o
es t á no Pr oble ma 2.
Consideremos po rt a nt o esta bele cido que o volume de um blo co
retangular cujas arestas medem x, y e z, é da do po r V = xyz .

˜o do volume
2 A definic¸a
Chamaremos de poliedro retangular a todo s ólido formado pela
reuni a˜o de um n úmero finito de blocos retangulares justapostos.

Figura 40

O vol ume de um po liedro reta ngula r é a soma dos vo lumes dos


blo cos ret a ngula res q ue o const ituem. Va mos ent a˜o defi nir o vo lu-
me de umem
contidos s ólido
S.
S qua lquer ut ili zan do o s po lie dros reta ngular es
78 Temas e Problemas

Seja V o volume de S e seja v(P) o vol ume de um poliedro re-


tangular P cont ido em S. O n úmero V n a˜o é a inda conhec ido mas
deve satisfazer à con diç a˜o v(P) ≤ V para todo poliedro retangu-
la r P cont ido em S. Para cada poliedro retangular P cont ido em S,

mas
la r Pn , ao
˜ igu que
maior al a SP, éeposs
aindaı́velcontido
sempreemobterS.um poliedro
Basta retangu-
acrescentar a P
novo s blo cos reta ngular es que a inda estej a m dent ro de S . Portan-
t o, v(P) < v(P ) ≤ V , o que quer dizer que

v(P) é uma a proxim a ç a˜o
por fa lta para o vo lume de S e v(P ) é um a a proxima ç a˜o melho r

para este resul ta do. Continua ndo este pro cedi mento, o bteremo s
a pr oxim a ço˜es c a da vez melho res para o vo lume de S e e ssa id éia
conduz à d efi n iç a˜o: V = v (S) eum´ n umeroreal
´ cujas aproxima¸c˜oes
por falta s ao
˜ os volumes dos poliedros retangulares contidos emS
˜
(vej a o Problema 3 para coment á rios sobre est a defi nic¸ ao).

´ dos semelhantes
3 Soli
Seja B(x,y,z ) um blo co reta ngula r de dimens o˜es x , y e z. Os blocos
B(x,y,z ) e B (x , y , z ) s a˜o semelhantesse, e somente s e, x = kx,
    

 

y =
raz˜ deesemelhança
aoky z = kz para(ou
algum
fa torn deúmero realç ao)
a mplia ˜positivo k, chamado
. Os vo lume s de B

˜ tais que
e B s ao v(B ) = kx · ky · kz = k xyz = k v(B), ou seja,

multiplicando as arestas de B por k, seu volume ficou multipli-


cado por k (Figura 41 ). Este resul ta do v ale na tura lme nte para
polie dros reta ngular es semelhant es P e P , e lev a ndo em co nta a

defi niç ao
˜ de volume, vale tamb ém para dois s ólidos semelhantes
quaisquer:

A raz˜ao entre os volumes de s ´oli dos semelhantes e´


o cubo da raz˜ao de semelhança.
Os argumentos acima n a˜o es t a˜o de monstra ndo e ste impo rta n-
t ı́ssimo resultado. Eles est ao ˜ a penas mo strando as id éias neces-
˜ Para realiz á -la , o co ncei to d e seme-
s á rias para a demo nstr a ç ao.
lh a n ça é funda ment a l e par a conh ecer o u rever este assu nt o, rec o-
mendamos a leitura
prof. Elon La ges Ldo livro
ima (p.“Medida e Forma em Geometria” do
3 3 e 55).
˜ ao C alculo
Uma Introduc¸ ao ´ de Volumes 79

z kz
y
x
ky
kx

Figura 41

´
4 O Princ ıpio de Cavalieri
O cálculo dos volumes dos diversos s ólidos s ó va i a va nc¸ar com
esta nova ferrament a . Ima gine inic ialmente um s ólido qualquer S
a poiado em um pla no horiz onta l H. Ima gi ne tamb ém que S tenha
sido c orta do po r pla nos par a lel os a H e m fat ias muito fina s, todas
de mes ma a ltura. Ob se rve ent ao ˜ que o s ólido S po de mudar de
forma q ua ndo desli za mos l igeiram ente c a da fa tia em rel a ç a˜o com
a que e st á abaixo dela. Podemos assim obter um outro s ólido S ,

dife rente de S, mas com o mesmo volumede S, uma vez que el es


s a˜o constit u ı́do s da s mesma s fat ias (Figura 42).

S S’

Figura 42
80 Temas e Problemas

Esta id éia inicial j á nos conduz a dois importantes resultados.

a) Dois prismas de mesma base e mesma altura t êm mesmo


volume (Figura 43).

Figura 43

ˆ
b) Duas pir amides de mesma base e mesma altura possuem
mesmo volume (Figura 44).

Figura 44

As s it ua ç o˜es que acaba mos de aprese nta r co nstituem um ca so


basta nte part icular do p rinc ı́pio que va mos enunc iar. Aqui, fat ias
que est a˜o na m esma a ltura nos doi s s ólidos s ao ˜ congruentes. Mas,
em um a sit ua ç a˜o mais gera l, c onsiderando dois s ólidos quaisquer
A e B (Figura 45), se a s dua s fat ias q ue e stivere m na mesma a ltu-
ra tiverem mesma ˜ como possuem mesma espessura,
área ent ao,
t er a˜o mui to aprox imad a mente vo lumes ig ua is. Ta nto ma is apro-
xi mada mente quant o mais fi nas forem. Sendo o volume d e c ada
s ólido a soma dos vo lumes da s respec tiva s fa tia s, e a a prox ima ç a˜o
entre os volumes
se d eseje , concludas fatias
ı́mos quepodendo tornar-se
os volumes de tA e B s a˜
ao
˜o pre cisa qua nto
iguais.
˜ ao C alculo
Uma Introduc¸ ao ´ de Volumes 81

A B

SA SB

Figura 45

O Princ´ıpio de Cavalieri é enunc iado da segui nte forma:


S ejam A e B dois s oli
´ dos. S e qualquer plano hor izontal
secci ona A e B segundo figuras planas de mesma ´area,
ent˜ao estes s´olidos tˆem volumes iguais.
É preciso deixar claro ao leitor que o Princ ı́pio de Cavalieri
n a˜o pode se r demonstr a do com apena s os re curso s da Ma tem ática
eleme nta r. Ele deve se r inco rpo ra do à teoria como um axioma,
mas os argumentos anteriores s ˜ basta nte intuitiv os e co nvin-
ao
centes. Os exerc ı́cios que se seguem, complementam o texto, su-
ger em dem onst ra ç o˜es e a lgum a s a plic a ç o˜es.

5 Comenta
´ri o final
Nos livros did áticos brasileiros, este assunto é apresentado, em
ge ral, de fo rma bastante ins atisfat ória. Mui tos se quer diz em o
que significa calcular um volume e v ários chutam, sem d ó nem
piedade, todas as f órmulas. Alguns citam o Princ ı́pio de Ca valie-
ri, mas n a˜o o utilizam correta mente, e outros nem isto fazem. O
important ı́ssim o conce ito de semelha nc¸a n a˜o é abordado por ne-
nhum deles e, por conseq ü ência, a teoria presente nesses livros é
qua se i nintelig ı́vel.
Pa ra refe r ênc ias a dequa da s a o prof esso r do ensino m
mendamos: édio r eco-
82 Temas e Problemas

• “Medida e Fo rma em Geo metria ” – Elon Lages Lima – SB M


• “A Ma tem á tica do Ensino M édio ”, vol . 2 – 4 au tores – SB M
˜ ao C alculo
Uma Introduc¸ ao ´ de Volumes 83

P roblemas Pr opostos∗

1. Demonst re que o vol ume de um blo co reta ngula r cuj a s medida s

das arestas s a˜o n úmeros racionais é o pro dut o da s tr ês dimens o˜es.
S ugestao:
˜ Tr ês n úmeros racionais sempre podem ser expressos
como fr a ç o˜es de m esmo de nominador . Conside re ent a˜o co mo di-
mens o˜es do blo co reta ngula r os n úmeros a/d, b/d e c/d, e mos-
tr e que o vo lume é o pro duto dessas tr ês dimens o˜es.

2. Mo stre q ue o vo lume de qua lquer blo co reta ngular é o pro dut o


de suas dimens o˜es.
S ugestao:
˜ Verifi que que se dua s dimens o˜es do bloc o fi cam const a n-
tes, o volume é proporcional à terceira dimens ao. ˜ Use o teorema
fundamental da proporcionalidade (Cap ı́tulo 1 desde livro ) para
concluir o r esulta do.

3. E xplique m elhor a defi nic¸ a˜o que demos p a ra o vol ume V de um


s ólido qua lquer S: V = v(S) e´ o n umero
´ real cujas aproxima¸c˜oes
por falta s ao
˜ os volumes dos poli edr os r etangulares conti dos em S .
4. Um a ques t a˜o do ve stibu lar da U FRJ era assim: desmanc ha ndo
um briga deiro ( uma bola d e mass a de c hoc ola te) de ra io R , quant os
brigadeiro s d e raio R/2 po demos fo rma r?

5. Uma loja para turistas vende mini at uras da es t átua do Cristo


Redentor feita s em gesso , uma s co m 10 cm de alt ura e outr a s co m
15 cm de altura . Se a s meno res p es am 120 g, c ada uma, qua nto
pesa m a s ma iores?

6. Demonstre que o volume de um prisma qualquer é o produto


da área da base p ela a ltura.

7. Divida um prisma triangular em tr ˆ


ês pir amides trian gul ares
de mesmo volume (Figura 46).

S oluç˜
oes na p ágina 165.
84 Temas e Problemas

Figura 46

8. Demonstre que o vol ume de q ua lquer pir ˆ


amide é a t erc¸a pa rt e
do pro dut o da área da base pela a ltura.

9. Por que o volume de um cilindro de base circular com raio Re


altura h é πR h?

10. Calcule o volume de um cone com base circular de raio R e


altura h.

11. Mostre que o vo lume de um tronc o de co ne de a ltura h cujas


πh
bases s a˜o cı́rculo s de ra ios R e r é da do po r V = (R + r + Rr).
3
12. Todos n ós utilizam os fre q üent ement e dois tipos de co pos pl á s-
tico s descar t á vei s. Os ma iores p a ra á gua ou refrige ra nte e os me-
nore s para o ca f é.

a) Observe os dois copos e d ê um chute baseado apenas na


˜ qua nta s ve ze s o vo lume do c opo g ra nde é maior
in t uiç ao:
qu e o do cop o pequeno?
b) Com uma r égua, mec¸a a s dimens o˜es dos copos, calcule os
volum es e veja s e a su a in t uic¸ a˜o estava pr óxima d o re sulta do
correto.

13. Fac¸a u ma pesquis a nos livros q ue voc ê disp o˜e e mostr e co mo


se po de calcular o volume de uma esfe ra de ra io R.
C a pı́tu lo 6

Combinat ória
´ ios basicos
1 Pri nc ıp ´
O princ ı́pio f unda menta l da conta gem diz que se h á x modos de t o-
ma r uma deci s a˜o D e, tomada a decis a˜o D , h á y modo s de toma r
a decis a˜o D , ent a˜o o n úmero de modos de tomar sucessivamente
as decis o˜es D e D é xy .

Exemplo 1. Com 5 homens e 5 mulheres, de quantos modos se


pode fo rma r um ca sa l?
S oluç˜ao: Fo rma r um c a sa l equivale a t oma r as dec is o˜es:
D : E sco lha do homem (5 modo s).
D : Esco lha da mulher (5 modo s).
H á 5 × 5 = 25 mo dos de f orma r um casa l.

Exemplo 2. Uma bandeira é formada por 7 listras que devem


ser c olorida s usa ndo- se apenas a s co res ve rde, azul e ci nza . Se
ca da listra deve ter apena s uma cor e n a˜o podem ser usa da s co res
iguais em listra s a dja centes, de q ua ntos modo s se pode c olorir a
bandeira?
S oluç˜ao: C olorir a ban dei ra equivale a esc olher a cor de cada lis-
tra. H á 3 modos de escolher a cor da primeira listra e, a partir
da ı́, 2 modos de escolher a cor de cada uma das outras 6 listras.
A respo st a é 3 × 2 = 192 .

E xemplo 3. Quantos s a˜o os n úmeros de tr ês dı́gitos distintos?


S oluç˜ao: O primeiro d ı́git o po de ser esco lhid o de 9 modos, po is n a˜o
pode
pois nser
a˜oigual
po dea ser0igua
. O segundo
l a o prid meiro
ı́git odpode serO esco
ı́gito. lhid do de ı́gito
terceiro 9 modos,
pode

85
86 Temas e Problemas

ser esco lhid o de 8 modos, pois n a˜o pode ser igua l nem a o primeiro
nem a o se gundo d ı́gitos.
A resposta é 9 × 9 × 8 = 648 .

paraVocê já deve


resolver ter perce
problemas bido nesses ex ória:
de Combinat emplo s q ua l é a estra t égia

1) Postura:Devemos sempre nos colocar no papel da pessoa


qu e deve fa zer a a ç a˜o so lic ita da pelo p roble ma e ver que de-
cis o˜es dev emo s tomar . No Exe mpl o 3 , n ós nos colocamos
no papel da pessoa que deveria escrever o n úme ro de t r ês
dı́gito s; no E xemplo 2 , n ós nos colocamos no papel da pes-
soa que deveria colorir a bandeira; no Exemplo 1, n ós nos
colocamos no papel da pessoa q ue deve ria forma r o c a sa l.
2) Divis˜ ao: Devemos, sempre qu e poss ı́vel, dividir as decis o˜es
a sere m t oma da s em dec is o˜es mais simple s. Forma r um ca-
sal foi dividido em esc olher o home m e esc olher a mulher;
colorir a bandeira foi dividido em colorir cada listra; formar
um n úmero de tr ês dı́gitos foi dividido e m esco lher cad a um
dos tr ês dı́gitos.
Va mos vo lta r a o exe mplo a nt erio r —Qua nt os s a˜o os n úmeros
de tr ês dı́gito s distintos? — para ver co mo a lgumas pesso a s
consegue m, por erro s de estra t ég ia, tornar compl icada s as
coisas mais simples.
Comec¸an do a esco lha dos d ı́gitos pelo último d ı́gito, h á 10
modos de escolher o último d ı́gito. Em seguida, h á 9 modos
de escolher o d ı́gito ce nt ra l, po is n a˜o podemos repetir o d ı́gito
já usado. Agora temos um impasse: de quantos modos pode-
mos esco lher o primeiro d ı́gito? A resposta é “depende”. Se
˜ t ive rmo s usado o 0, haver á 7 modos de escolher o pri-
n ao
meiro d ı́gito, pois n a˜o po dere mos usar nem o 0 nem os dois
dı́gitos j á usados nas demais c asa s; se j á tivermo s usa do o 0 ,
haver á 8 modos de esco lher o primeiro d ı́gito.

U
demComb
passoina
i mpo rta é:nte na es tra t égia para resolver problemas
t ória
´
Combinatoria 87

3) Nao
˜ adiar dificuldades. Pequenas dificuldades adiadas
costumam se transformar em imensas dificuldades. Se uma
das decis o˜es a serem tomadas for mais restrita que as de-
ma is, e ssa é a decis a˜o que deve se r t oma da em prime iro l u-
gar . a˜
decis No Exeis mpl
o ma o 3 , adoes
restrita colha
que do pris,mei
as outra p oisroodp rimei
ı́gito ro
erad uma
ı́gito
˜ pode ser igual a
n ao 0. Essa é portanto a decis ˜ q ue de ve
ao
ser tomada em primeiro lugar e, conforme acabamos de ver,
posterg á-la s ó se rve para ca usa r prob lema s.

E xemplo 4. O código Mo rse us a dua s letr a s, ponto e t ra ço, e a s


palavras t êm de 1 a 4 le tras. Qu anta s s ao
˜ as pal avras do c ódigo
Morse?
S olu ç˜ao: H á 2 palavras de uma letra; h á 2 × 2 = 4 p alavras de
dua s letra s, p ois h á dois mo dos de e sco lher a primeira letra e do is
modos de escolher a segunda letra; analogamente, h á 2 × 2 × 2 = 8
palavras de tr ês l etra s e 2 × 2 × 2 × 2 = 16 p ala vras de 4 letra s. O
n úmero total de palavra s é 2 + 4 + 8 + 16 = 30 .
E xemplo 5. Qua nt os divisores int eiros e posit ivos po ssui o n úmero
360 ? Quan tos desse s diviso res s ao˜ p ar es ? Quantos s a˜o ı́mpares?
Quantos s a˜o qua dra dos pe rfei tos?
S oluç˜ao:
a ) 360 = 2 × 3 × 5 . Os diviso res inteiro s e posi tivos de 360
˜ os n úmeros da forma
s ao 2 × 3 × 5 , com α ∈ {0,1,2,3 },
β ∈ {0,1,2 } e γ ∈ {0, 1}. H á 4 × 3 × 2 = 24 maneiras de
esco lher os expo ent es α, β e γ. H á 24 divisores.
b) Para o divisor ser par, α n a˜o pode ser 0 . H á 3 × 3 × 2 = 18
divisore s pa res.
c) Para o divisor ser ı́mpar, α deve s er 0. H á 1 × 3 × 2 = 6
divisores ı́mp ares. Claro que p ode r ı́amos ter achado essa
resp osta subtra indo ( a ) −(b).
d) Para o divisor ser quadrado perfeito, os expoentes α, β e γ

devem se r par es. H á 2 × 2 × 1 = 4 divisores que s


perfeitos. ao
˜ quadra do s
88 Temas e Problemas

E xemplo 6. Quantos s a˜o os n úmeros pares de tr ês dı́gitos distin-


tos?
S oluç˜ao: H á 5 modos de escolher o último d ı́gito. Note que co me-
ça m os p elo último d ı́gito, que é o mais r estrito; o último d ı́gito s ó
pode ser 0, 2 , 4, 6 ou 8.
Em se gui da, vamos a o pri mei ro d ı́gi to . De qua ntos mo do s se
pode esc olher o primeiro d ı́gito ? A re spo sta é “dep ende” : se n a˜o
tivermo s usa do o 0 , haver á 8 modos de escolher o primeiro d ı́gito,
˜ poderemos usar nem o
pois n ao 0 nem o d ı́gito j á usa do na última
casa ; se j á tivermos usado o 0, ha ve r á 9 modos de esc olher o pri-
meiro d ı́gito, pois apenas o ˜ poder á ser usado na primeira
0 n ao
casa.
Esse t ipo de imp a sse é comum n a res oluc¸ a˜o de p roble ma s e h á
dois m étodos para venc ê-lo.
O prime iro m étodo consiste em voltar atr ás e contar separa-
damente. Contaremos separadamente os n úmero s que termina m
em 0 e o s q ue n ao ˜ terminam em 0. Comec emos p elo s q ue termi-
nam em 0. H á 1 modo de escolher o último d ı́gito, 9 modos de
escolher o primeiro e 8 modos de escolher o d ı́g ito central. H á
1 × 9 × 8 = 72 n úmeros terminados em 0.
Para os que n ao ˜ terminam em 0, h á 4 modos de escolher o
último d ı́gito, 8 m odo s de esco lher o primeiro e 8 modo s de esco -
lher o d ı́gi to c entra l. H á 4 × 8 × 8 = 256 n úmeros que n ao ˜ termi na m
em 0.
A resposta é 72 + 256 = 328 .
O segundo m étodo c onsiste em ignora r uma da s r estric¸ o˜es do
pro ble ma , o que n os fa r á contar em demasia. Depois descontare-
mos o que houver sido c onta do indevidam ente.
P rimei ra mente fazemo s de c onta que o 0 po de ser usa do na pri-
meira casa do n úmero. Procedendo assim, h á 5 modos de esco lher
o último d ı́gito (s ó pode ser 0, 2, 4, 6 ou 8), 9 modos de escolher
o primeiro d ı́gito (n ao ˜ podemos repetir o d ı́gi to usa do na última
ca sa — note que esta mos pe rmitindo o uso do 0 na pri mei ra casa )
e 8 modos de escolher o d ı́gito centra l. H á 5 × 9 × 8 = 360 n úmeros,

a ı́ inAgora
clus osvamos
os q uedetermi
comec¸a m
narporqua0.ntos desse s n úm eros comec¸a m
´
Combinatoria 89

por zero; s a˜o esses os n úmeros que fo ra m conta dos indevida ment e.
H á 1 modo de esc olher o primeiro d ı́gito ( tem que s er 0), 4 modos
de esco lher o último (s ó pode ser 2, 4, 6 ou 8 — lembre- se q ue os
˜ distintos) e 8 modos de escolher o d
dı́gitos s ao ı́gito ce nt ra l (n a˜o
podemos repetir
com eça dos por os
0.
d ı́gitos j á usados). H á 1 × 4 × 8 = 32 n úmeros
A respo st a é 360 − 32 = 328 .

É claro que este problema poderia ter sido resolvido com um


truque . Pa ra dete rmi nar quant os s ao ˜ os n úmeros pares de tr ês
dı́gitos dist intos, po der ı́amos fazer os n úmeros de tr ês dı́gitos me-
nos os n úmeros ı́mpares de tr ês dı́gitos distintos.
Pa ra os n úmeros de tr ês dı́gitos distintos, h á 9 modos de esco-
lher o primeiro d ı́gito, 9 modos de escolher o segundo e 8 modos
de esco lher o último.
H á 9 × 9 × 8 = 648 n úmeros de tr ês dı́gitos distintos.
Para os n úmeros ı́mpares de tr ês dı́gitos distintos, h á 5 mo-
dos de escolher o último d ı́gito, 8 modos de esc olher o primeiro e
8 modos de escolher o d ı́gi to centra l.

H 5 × 8st ×
A árespo a 8é = 320
648 n úmeros
− 320 = 328 .ı́mpares de tr ês dı́gitos.

P roblemas Pr opostos∗

1. Quant os s a˜o os ga barit os poss ı́veis de um teste de 10 quest o˜es


de m últipla-escolha, com 5 alternativas por quest a˜o?

2. Quantos subconjuntos possui um conjunto que tem n elemen-


tos?

3. De qu a nt os mo dos 3 pessoas podem se se nt a r em 5 c a deira s em


fila?

S oluç˜
oes na p ágina 171.
90 Temas e Problemas

4. De quantos modos 5 homens e 5 mulheres podem se sentar em


5 banco s de 2 lugares, se em c a da ban co de ve ha ver um h omem e
uma mulher?

5. De quantos modos podemos colocar 2 reis diferentes em casas


˜
n ao-adjacentes de um tabuleiro 8 ×8? E se o s reis fosse m igua is?

6. D e qua ntos modo s po demo s co loca r 8 torres iguais em um ta -


buleiro 8 ×8, de modo que n ao ˜ haja duas torres na mesma linha
ou na mesma coluna? E se as torres fossem diferentes?

7. De um bara lho c omum de 52 c a rta s, sa ca m-se suc essi vam ente


e se m r epos iç a˜o duas car ta s. D e quan tos modo s isso p ode ser fe ito
se a primeira ca rt a deve ser de copas e a segund a n a˜o de ve ser um
rei?

8. O conjunto A possui 4 elementos, e o conjunto B, 7 ele ment os.


Qua nt a s fun ç o˜es f : A → B existe m? Qua nta s del a s s a˜o inj etivas?

9. a ) De quan tos modo s o n úmero 720 po de ser deco mposto em um


pro duto de dois inteiro s posi tivo s? Aqui consideramos, na tura l-
mente, 8 × 90 co mo sendo o m esmo que 90 × 8.
b) E o n úmero 144 ?

10. Em um corredor h á 900 arm ários, numerados de 1 a 900, ini-


cialmente t odos fe cha dos . 900 pe sso a s, numera da s de 1 a 900,
atravessam o corredor. A pessoa de n úmero k reve rte o esta do de
todos o s a rm ários cujos n úmeros s a˜o m últiplo s d e k . Por exemplo,
a pessoa de n úmero 4 mexe no s a rm á rio s de n úmeros 4, 8, 12, . . . ,
a brindo o s que enco nt ra fec ha dos e fecha ndo o s que enco nt ra a ber-
tos . Ao fi na l, quais a rm ários fi car a˜o aberto s?

11. D isp omos de 5 c ores distinta s. De q ua ntos modo s po demo s


colorir os qua tro qua drant es de um c ı́rculo, cada quadrante com
uma s ó cor, se quadrantes cuja fronteira é uma linha n a˜o po dem
receber a mesma cor?

12.aDe
um qua ntos
lfabeto de modo
26 letras po demo
s, se s fo rmaA rdev
a letra umae fipalavra de 5 letra sma
gurar na palavra de s
´
Combinatoria 91

˜ pode ser a primeira letra da palavra? E se a palavra devesse


n ao
ter le tra s distintas?

13. As placa s dos ve ı́culos s a˜o forma da s po r tr ês le tra s (de um a l-


fabeto de 2 6) segui da s po r 4 a lgarismos. Quan ta s placas poder a˜o
ser formadas?

14. U m v ag ao ˜ do me tr ô tem 10 bancos individuais, sendo 5 de


frent e e 5 de c osta s. D e 10 passa geiro s, 4 p referem senta r de fren-
te, 3 pre ferem senta r de co sta s e os demais n a˜o t êm prefer ência.
De q ua ntos modo s ele s pode m se senta r, respe ita da s a s prefe r ên -
cias?

15. E screve m-se os in teiros d e 1 a t é 2222. Quanta s ve ze s o alga-


rismo 0 é escrito?

˜ os inteiros positivos de 4 d
16. Quantos s ao ı́gitos nos quais o al-
garismo 5 fi gu ra?

17. Em uma banca h á 5 exemplares iguais da “Veja”, 6 exempla-


res i guais da “ Époc a ” e 4 e xemplares iguais da “Isto é”. Quantas
coleço˜es n a˜o-va zias d e re vista s dessa ba nca po dem se r fo rma da s?

18. Uma turma tem aulas a s se gundas, quart as e s exta s, d e 13h


às 14h e de 14h ˜ Mat em ática, F ı́sica e
às 15 h. As mat érias s ao
Qu ı́mic a , ca da uma com duas a ulas sema na is, em dias dife rentes.
De q ua nt os modo s pode se r feito o hor ário de ssa t urma?

19. O probl ema do E xemplo 1 — Com 5 home ns e 5 mulhere s,


de quantos modos se pode formar um casal? —foi resolvido por
um aluno do modo a seguir: “A primeira pessoa do casal pode ser
escolhida de 10 modos, pois ela pode ser homem ou mulher. Esco-
lhida a primeira pessoa, a segunda pessoa s ó poder á ser escolhida
de 5 modos, pois deve ser de sexo diferente do da primeira pessoa.

H á Onde
portanto
est á10
× 5 = 50 modos de formar um casal.”
o erro?
92 Temas e Problemas

20. Escrevem-se n úmeros de 5 d ı́git os, inclusive os comec¸ad os


em 0, em cart o˜es. Como 0, 1 e 8 n a˜o se a lteram de cabec¸a pa-
ra baixo e como 6, de cabec¸a para baixo , se tr a nsfo rma em 9 e
vic e-versa , um mesmo cart ao˜ pode representar dois n úmeros (por
exemplo,
representar todos eos n
06198 86190). Qual é o n úmero m ı́nimo de c a rt o˜es pa ra
úmeros de 5 d ı́gitos?

Sugesto
˜es

2. Para formar um subconjunto voc ê deve perguntar a cada ele-


ment os do c onj unt o se ele de sej a par ticip a r do subco njunto.

5. O ta buleiro de 64 casa s possui 4 casa s de can to ( v ért ice s), 24 c a -


sas lat erais que n a˜o s a˜o v érti ces e 3 6 casa s ce ntra is . Ca da casa
de canto possui 3 casas adjacentes; cada lateral possui 5 casas
adjacentes e cada central possui 8 casas adjacentes. Conte sepa-
ra da mente co nfo rme o rei negro ocupe uma ca sa de cant o, lat eral
ou central.

6. Haver á uma torre em cada linha.


7. Conte se para damente os c asos em que a car ta de c opas é um
rei e em que a carta de copas n a˜o é um rei.

8. P a ra cons tr uir uma fun ç a˜o, voc ê deve pergunta r a cad a elemen-
to de A quem ele desej a fl echa r em B.

9. a ) 720 = 2 × 3 × 5 tem 30 diviso res posi tivo s. b) No te q ue


144 = 12 × 12.

10. O arm ário de n úmero k é mexido pelas pessoas cujos n úme-


˜ divisores de
ros s ao k. Um ar m ário ficar á aberto se for mexido
um n úmero ı́mpar de vezes. Lembre- se que o n úmero de divisores
positivos de 2 × 3 × 5 ×··· é igual a (α + 1)(β + 1)(γ + 1) · · · .

1 Conteiguais
1. cores
t êm separadamente os casos em que os quadrantes 1 e 3
e cores diferentes.
´
Combinatoria 93

12. Note que no c a so em que s a˜o perm it ida s repet iç o˜es , a con diç a˜o
da letra A figurar na palavra é terr ı́vel , po is ela po de fi gura r um a
s ó ve z, ou dua s, etc . Por isso é melhor contar todas as palavras do
a lfabeto e diminuir as q ue n a˜o t êm A e a s q ue com eça m p or A. No
ca
4m soodos
s emd rep et iç ao,
e escolher˜ voc ê poderia
a posic¸ ˜ dotamb
ao ém contar diretamente: h
A, 25 mo dos de esc olher a letra

da primeira casa restante, 24 para a segunda casa restante, etc.

15. Conte quant as ve ze s o 0 a parec e na s unida des , some c om o


n úmero de ve zes que ele apa rece na s dezena s, etc .

16. Note que como s a˜o permit ida s repetic¸ o˜es, a cond iç ao˜ do 5 fi -
gur ar no n úmero é terr ı́ve l, po is ele p ode fi gura r uma s ó vez, ou
dua s, e tc. É melhor fazer t odo s os n úmeros meno s a queles em que
o 5 n ao
˜ figura.

17. P a ra forma r uma colec¸ ao, ˜ voc ê deve decidir quantas “Veja”
fa r a˜o pa rt e da colec¸ ao,
˜ etc. N a˜o se esquec ¸a de retira r da sua con-
t a gem a colec¸ ao˜ vazia.

18. H á 3 modo s de esc olhe r os dias de Ma tem ática; escolhidos


os dias, digamos segundas e quartas, h á 2 modos de escolher o
h or á rio da a ula de Mat em ática da segunda e 2 modos de escolher o
h or ário da a ula de Matem át ica da quarta . H á 2 modos de esco lher
os dias da F ı́sica (n a˜o pode m ser os mesmo s da Ma tem ática sen a˜o
a Qu ı́mic a fi ca ria com a s a ulas no mesmo dia), e tc.

20. H á t r ês tipos de cart o˜es : os que n ao˜ pode m se r virado s de


cabec¸a pa ra ba ixo , os que vira dos de cabec ¸a pa ra ba ixo c ontin ua m
rep rese nta ndo o m esmo n úmero e os que vira dos de ca beça par a
baixo passam a representar n úmero s dife rentes. Se h á x, y e z
cart o˜es de cada um desses t ipo s, respe ctiva ment e, a resposta é
z
x+y+ ·
2

É f ácil calcular y, z + y e x + y + z.
94 Temas e Problemas

2 Permutac˜ s e combinac
¸oe ¸o˜es
H á a lguns (poucos) pro ble ma s de C ombinat ória que, embora se-
ja m a plica ç o˜es do princ ı́pio b ásico, aparecem com muita freq ü ên -
cia. Pa ra es se s pro blemas, vale a pena saber de c or a s suas res -
posta s. O primeiro desses p roble ma s é o:

Pr oblema das permutac˜ s simples: D e quantos modos pode-


¸oe
mos ordenar em fila n objetos di sti ntos?

A esco lha do obj eto q ue oc upa r á o primeiro lugar pode ser fei ta
de n modo s: a esco lha do o bjeto qu e ocupar á o segundo lugar pode
ser feita de n − 1 modos; a escolha do o bjet o que oc upa r á o terc eiro
lugar pode ser feita de n − 2 modo s, etc.; a esc olha do obj eto q ue
ocupar á o último luga r pode ser feita de 1 modo .
A respo st a é n(n − 1)(n − 2) · · · 1 = n ! .
Ca da orde m que se d á aos objetos é chamada de uma permu-
taç˜ao simples dos obj etos. Assim , por exemplo, a s perm ut a ç o˜es
simples das letras a, b e c s a˜o (abc), (acb), (bac), (bca), (cab) e
(cba).

Portant o, o n úmer o d e permut a ç o˜es simples de n objetos dis-


tintos, ou seja, o n úmero de ordens em que podemos colocar n
objetos distintos é P = n ! .

Exemplo 1. Quantos s ao ˜ os ana gramas da pal avra “PRA TO” ?


Qua nt os comec¸a m por c onsoa nt e?
S oluç˜ao: Ca da a na gra ma correspo nde a uma ordem de c oloca ç a˜o
dessas 5 le tra s. O n úme ro de an agra mas é P = 5 ! = 120 .
Pa ra forma r um a na gra ma comec¸a do po r consoant e deve mos
primeira ment e esc olher a consoan te (3 mo dos) e, dep ois, a rrum a r
a s qua tro le tra s restan tes e m se guida à co nsoa nt e ( 4! = 24 m odos) .
H á 3 × 24 = 72 a na gra ma s comec¸ad os p or consoa nt e.

Exemplo 2. De quantos modos podemos arrumar em fila 5 li-


vros dife rentes de Ma tem ática, 3 livros diferentes de Estat ı́stica
em2a livro
t éria sperma
d iferentes de Fjuntı́sica,
nec¸am os? de modo que livros de uma mesma
´
Combinatoria 95

S oluç˜ao: Podemos escolher a ordem das mat érias de 3! modos.


Feito isso, h á 5! modos de colocar os livros de Matem ática nos
lugares q ue lhe f ora m destina dos , 3! mo dos p a ra os de Esta t ı́stica
e 2! mo dos para os de F ı́sica.
A resposta é 3 ! 5! 3! 2! = 6 × 120 × 6 × 2 = 8640.
E xemplo 3. De q ua nt os modo s pode mos dividir 7 objetos em um
gru po de 3 obj etos e u m d e 4 obj etos?
S olu ç˜ao: Um processo de fazer a divis a˜o é colocar os objetos em
fi la; os 3 primeiro s formam o grupo de 3 e os 4 último s formam o
grupo de 4.
H á 7! modos de colocar os objetos em fila.
En treta nto, note que fi las co mo abc · defg e bac · gfde s ao ˜ filas
dife rentes e ge ra m a mesma d ivis ao ˜ em grupos. Cada divis a˜o em
grupos fo i conta da uma vez p a ra cada ordem do s objetos de nt ro de
cada grupo. H á 3! 4! mo dos de ar rum a r os obj etos em c a da grupo .
Cada divis a˜o em gru pos foi c onta da 3! 4! vezes.
7!
A resposta é = 35 .
3! 4!

O segundo problema importante é o


Pr oblema das combinac ¸oe
˜ s si mples: D e quantos modos pode-
mos seleci onar p objetos distintos entre n objetos di sti ntos dados?

˜ de p objetos é cha ma da de uma combin a ç a˜o si m-


C a da selec¸ ao
ples de classe p dos n obj etos. Assim , por exem plo, a s combin a ç o˜es
simples de classe 3 dos objetos a, b, c, d, e s a˜o {a,b,c }, {a,b,d },
{a,b,e }, {a,c,d }, {a,c,e }, { a,d,e }, { b,c,d }, { b,c,e }, { b,d,e } e {c,d,e }.
Rep rese nta mos o n úm ero  de combi na ç o˜es simples de classe p de
n element os po r C ou . Assim, C = = 10 .
P a ra resolver o problema d a s combin a ç o˜es si mple s bast a notar
que sele cionar p entre os n objetos equiva le a dividir os n objetos
em um gru po de p obj etos, qu e s a˜o os selec iona dos, e um gr upo de
n − p obj etos, q ue s a˜o os n ao-selecionados.
˜
Esse é o p roble ma do Exemplo 3 e a r espo sta é C = n! ·
p! (n − p)!
96 Temas e Problemas

E xemplo 4. Com 5 homens e 4 mulhere s, qua nta s co miss o˜es de


4 pesso a s, c om e xat a ment e 2 homens, po dem ser forma da s?
S oluç˜ao: Pa ra forma r a comiss a˜o devemo s esco lher 2 dos homens
e 2 das mulhere s. H á C ·C = 10 × 6 = 60 comiss o˜es.

E xemplo 5. Com 5 ho mens e 4 mulheres, qua nt a s co miss o˜es de 4


pesso a s, co m pelo menos 2 homens, po dem ser forma da s?
S oluç˜ao: H á comiss o˜es com: 2 homens e 2 mu lheres, 3 homens e
1 mulh er, 4 h ome ns. A respo sta é C · C + C · C + C = 10 × 6 +
10 × 4 + 5 = 105 .

Um erro muito comum aparece no racioc ı́nio a se gui r: Co mo


a comiss ao ˜ deve ter pelo menos 2 homens, a primeira coisa a ser
feita é esc olher dois homens par a a comiss a˜o, o qu e po de ser feito
de C = 10 modos. Em seguida devemos escolher mais duas pes-
soa s, home ns ou mulheres , par a a comiss ao, ˜ o que pode ser feito
de C = 21 modos. A resposta é 10 × 21 = 210 .
Qual é o erro?
Algumas comiss o˜es fo ra m conta da s ma is de uma vez. P or exe m-
plo, a comiss ao ˜ Arnaldo , C arlos , E duardo e B eatriz foi c onta da 3
vezes. Realmente, o processo de contagem usado escolhia, em uma
pri mei ra etapa, do is ho mens para gara ntir que fo sse satisfe ita a
exig ênc ia de pel o menos doi s home ns na comiss ao. ˜ Foi conta da
uma vez quando Arnaldo e Carlos s ˜ os homens escolhidos na
ao
primeira etapa (e Eduardo e Beatriz s ˜ escolhidos na segunda
ao
etapa) ; o utra ve z qua ndo na pri mei ra etapa s ao ˜ selecionados Ar-
naldo e Eduardo e, finalmente, uma terceira vez quando Carlos e
Edua rdo s a˜o escolhido s na prime ira eta pa.
Se todas as comiss o˜es houvessem sido contadas 3 vezes, n a˜o
haveria grandes problemas: bastaria dividir por 3 o resultado da
contagem. Mas h á comiss o˜es que foram contadas uma única vez
e outr a s que fora m co nt a da s 6 veze s. P or ex emplo , a comiss a˜o Ar-
na ldo , Carlos, B eat riz e Mar ia s ó foi contada uma vez e a comiss a˜o
Arna ldo , Ca rlo s, Edua rdo e Pa ulo f oi co nta da 6 ve zes .

˜ os anagramas da palavra “BANANA”?


E xemplo 6. Quantos s ao
´
Combinatoria 97

A resposta nao ˜ é 6! = 720 . O fato de haver le tra s rep eti das faz
com que o n úmero de anagramas seja menor do que seria se as
letras fossem diferentes.
S oluç˜ao 1: Pa ra forma r um a na gra ma de “BA NANA” deve mos c o-
locar as seis letras (que n a˜o s ao
˜ todas diferentes) em 6 lugares.
Para isso devemos escolher 3 dos 6 lugares para colocar as le-
tras A, o que pode ser feito de C = 20 modos; em seguida deve-
mos escolher 1 dos 3 lugares restantes para colocar a letra B, o
que pode se r feito de 3 mo dos; fi na lmente, h á a pena s um modo de
colocar as duas letras A no s dois lugares r estan tes. A re spo sta é
20 × 3 × 1 = 60 .
S oluç˜ao 2: S e as letra s fos sem dife rentes a resp osta seria 6! . Co-
mo as t r ês letras A s ao˜ iguais, quando as trocamos entre si obte-
mos o mesmo a na gra ma e n ao ˜ um a na grama disti nto, o que ac on-
teceria se fossem diferentes. Isso faz com que na nossa contagem
de 6! tenhamos contado o mesmo anagrama v ária s ve ze s, 3! ve-
zes precisamente, pois h á 3! modos de trocar as letras A entre
si. P ro bl ema a n álogo ocorre com as duas letras N, q ue pode m s er
6!
troc a da s entre si de 2 ! modos. A respo st a é = 60 .
3! 2!
De modo geral, o n úmer o d e permut a ç o˜es de n objetos, dos
˜ igu ais a A, β s ao
quais α s ao ˜ igu ais a B, γ s ao ˜ igu ais a C, etc.,
n!
é P = ·
α ! β ! γ! . . .
O exe mplo a segui r mostra um tipo de ra cioc ı́nio que, apesar
de inesperad o, pode se r m uito efi ciente.
Exemplo 7. Quantos s ao ˜ os anagramas da palavra “ANAGRA-
MA” que n a˜o po ssuem dua s vogais a dja centes?
S oluç˜ao: Va mos pri meiramente a rruma r a s co nsoant es e, de pois,
vamos e ntreme ar as vogais. O n úmero de mo dos de arrum a r em
fi la a s c onso an tes N, G, R e M é P = 4 ! = 24. Arrumada s a s c on-
soantes, por exemplo na ordem NGRM, devemos co locar a s 4 vo-
ga is n os 5 espa ços da fi gur a :
NGRM
98 Temas e Problemas

Como n a˜o podemos co loca r d ua s voga is n o mesmo espa ço, q ua -


t ro dos espa ços s er a˜o ocupados, c a da um co m um a letra A, e um
espa ço fi ca r á va zio . Temos C = 5 modos de escolher os quatro
espa ços q ue ser a˜o oc upad os.
A respo st a é 24 × 5 = 120 .
E xemplo 8. H á 5 pontos sobre uma reta R e 8 po nt os sob re um a
reta R para lela a R. Quan tos s a˜o os tri aˆngulo s e o s qua dril áteros

convexos com v értices nesses pontos?


S oluç˜ao: Pa ra fo rmar um tri ˆ
angulo ou voc ê toma um ponto e m R
e dois pontos em R , ou toma um ponto em

R e dois pontos em R.

O n úmero de tri angulos


ˆ é 5 · C + 8 · C = 140 + 80 = 220 .
Tamb ém poder ı́a mos toma r 3 do s 12 pontos e excluir d essa con-
ta gem as esco lha s de po nt os colinear es, o que da ria C − C − C =
286 − 56 − 10 = 220 .
Pa ra fo rma r um qua dril á t ero c onvexo , devemos toma r dois po n-
tos em R e dois pontos em R , o que pode ser feito de

C ·C =
10 · 28 = 280 m odo s.

E xe
rei em plo
ás, De desses
9.um
cada um baragrupos
lho de p ôquer em
aparecendo (7, 8, 9, 10, valete,
4 naipes: copas,dama,
ouros , paus, e spada s), sa ca m-se simul ta neament e 5 ca rta s. Quan -
tas s a˜o a s ext ra ç o˜es:

a) poss ı́veis?
b) na s qua is se forma um par ( dua s ca rta s em um me smo grupo
e as o utra s tr ês em tr ês outros grupos diferentes)?
c) na s q uais se formam doi s pares ( duas cart as em um grupo ,
dua s em outr o grupo e uma em um t erc eiro grupo) ?
d) na s qua is se forma uma trinca ( tr ês c a rta s em um grupo e as
outras duas em dois outros grupos diferentes)?
e) nas quais se forma um “four” (quatro cartas em um grupo e
uma em outro grupo) ?

f) nas quais
e dua se outr
s em formaoum “full)?hand” (tr
grupo ês c a rta s em um grupo
´
Combinatoria 99

g) nas quais se forma uma seq ü ência (5 cartas de grupos con-


secutivos, n a˜o sendo to da s do mesmo na ipe )?
h) na s qua is se f orma um “fl ush” ( 5 ca rta s do me smo na ipe , n a˜o
sendo elas de 5 grupos consecutivos)?
i) nas quais se forma um “straight flush” (5 cartas de grupos
consecutivos , t odas do mesmo n a ipe )?
j) nas quais se forma um “royal straight flush” (10, valete, da-
ma, r ei e ás de um mesmo naipe)?

S oluç˜ao:
a) C = 201 376 .
b) H á 8 modos de escolher o grupo das duas cartas que for-
ma r ao
˜ o par pro pri am ente dito ; h á C = 6 modos de esco-
lhe r os na ip es de ssas car ta s; h á C = 35 modos de escolher
os grupo s da s ou tra s tr ês cart as e 4 = 64 modos d e esco lher
seus na ipe s. A respo sta é 8 × 6 × 35 × 64 = 107520.
c) H á C = 28 modos de escolher os grupos dos dois pares (por
exemplo 7 e valete), h á [C ] = 36 modo s d e esc olher os n a i-
pes dessas cartas; h á 6 modos de escolher o grupo da ou-
tra cart a e 4 mo do s de esc olhe r se u na ip e. A re spo sta é
28 × 36 × 6 × 4 = 24192.
U m erro muit o comum é o seguinte:
H á 8 modos de escolher o grupo do primeiro par, h á C = 6
modo s d e esc olher os na ipe s d o primeiro par, h á 7 modos de
esco lher o grupo do segund o par, h á C = 6 modos de escolher
os na ipe s do segundo pa r, h á 6 modo s de escol her o gr upo da
outra carta e 4 modos de escolher o seu naipe. A resposta é
8 × 6 × 7 × 6 × 6 × 4 = 48384.
O erro c onsiste em t ermo s co nta do c a da jogo duas veze s. O
jogo em que os pares s ˜ de setes e valetes, por exemplo,
ao
foi co nta do uma vez qua ndo os se tes fo rma m o primei ro par
evaosletes
valetes,
formao segundo e foi contado
m o primeiro p a r e novamente
os setes, o quando os
segundo.
100 Temas e Problemas

d) H á 8 mo dos de esc olher o gru po da s t r ês carta s que f orma r a˜o


a trinca propriamente dita; h á C = 4 modos de escolher
os naipes dessas cartas; h á C = 21 modos de escolher os
grupos das outras duas cartas e 4 = 16 modos de escolher

seus na ipe s. A respo sta é 8 × 4 × 21 × 16 = 10752.


e) H á 8 modo s de es colhe r o grup o das qua tro carta s que fo r-
ma r a˜o o “fo ur” prop riam ente dito; h á C = 1 modo de esco-
lher o s na ipes de ssas ca rta s; h á 7 modos de esc olher o grupo
da outra cart a e 4 modo s de esc olher seu na ipe . A respo sta é
8 × 1 × 7 × 4 = 224 .
f) H á 8 modos de escolher o grupo das cartas que formar a˜o a
trinca; h á C = 4 modo s de esco lher os na ipe s desa s t r ês c a r-
tas; h á 7 modo s de esc olher o grupo ds c a rta s q ue fo rma r a˜o
o p ar e h á C = 6 modo s d e esc olher os na ipe s dessas dua s
ca rta s. A resp osta é 8 × 4 × 7 × 6 = 1344.
g) H á 4 mo dos de esc olher os grupo s da s cart a s que forma r a˜o a
seq ü ênc ia: do 7 ao valete, do 8 à da ma , do 9 a o re i, do 10 a o
ás. Se todas a s esc olhas de naipe s fo sse m l ı́cita s, os n a ipes
dessas cartas poderiam ser escolhidos de 4 = 1024 modos.
H á entretanto 4 escolhas il ı́citas para os na ipes: to das de
outros, to da s de c opas, todas d e espada s e todas de paus. A
resposta é 4 × 1020 = 4080.
h ) H á 4 modos de escolher o naipe úni co das cartas. Se to das
as escolhas de grupos fossem l ı́cita s, ha veri a C = 56 modos
de esc olher o s grupo s da s cart a s. En treta nto, 4 e scolhas s a˜o
ilı́cita s: do 7 ao valete, do 8 à da ma , do 9 a o re i, do 10 a o á s.
A resposta é 4 × 52 = 208 .
i) H á 4 modo s de esc olher os grupos das cart a s (do 7 a o valete,
do 8 à da ma , do 9 a o re i, do 10 a o á s) e 4 modos de esco lher o
naipe único. A resposta é 4 × 4 = 16 .
j) H á um s ó modo de escolher os grupos das cartas e 4 modos
de escolher o naipe único. A resposta é 4.

Exemplo 10.D e qua nt os modo s 5 crian ças podem forma r u ma


roda de ciranda?
´
Combinatoria 101

S oluç˜ao: À prime ira vista parec e que, para forma r uma roda co m
a s cinco crian ças, ba sta esc olher um a ordem par a elas, o que po-
deria ser feito de 5! = 120 mo dos. Ent retant o, as ro das ABCDE e
EABCD s a˜o igua is, p ois na roda o que impo rt a é a pos iç a˜o relativa

da s cria nc¸as entr e si e a roda ABCDE pode ser “virada” na roda


EABCD. C omo cada roda pode se r “vira da ” de c inco modo s, a nos-
sa cont a gem de 1 20 roda s co nt ou cada roda 5 ve zes e a respo sta é
120/5 = 24 .

De modo geral, o n úmero de modos de colocar n objetos em


cı́rcul o, de modo q ue dis posic¸ o˜es qu e poss a m coincidir por rot a ç a˜o
sej a m co nsiderada s igua is, i sto é, o n úm ero de per mu t a ç o˜es circu-
n!
lares de n objetos é (PC) = = (n − 1)! .
n

Exemplo 11.Quantas s a˜o a s soluc¸ o˜es inteiras e n ˜


ao-negativas
da eq ua ç a˜o x + x + · · · + x = p ?
S oluç˜ao: A respo sta deste proble ma é representada por CR .
Para determinar o valor de CR , vamos representar cada so-
˜ ˜ + |
aluç
eqa ua
o daça˜equ
ox+ a çyao+poz r=uma
5 , a sfi sol
la de
uçsinais,
o˜es (2,2,1) ee(5,0,0)
. Por seriam
exemplo , par a
repre-
se nta das por ++ | ++ | + e + + + + + | |, respectivamente. Nessa
r epres en t a çao˜ , as barras s ao ˜ us ada s para se para r a s inc ógnitas e
a q uant idade de sinais + indic a o valo r de cada inc ógnita.
P a ra a eq ua ç a˜o x + x + · · · + x = p , ca da sol uç ao ˜ seria repre-
senta da po r uma fi la co m n − 1 b arra s (as barra s s ao ˜ p ara se parar
as inc ógnitas; para separar n i n cógnitas, usamos n − 1 barras) e
p sinais +. Ora, p ara formar uma fi la c om n − 1 b arras e p si-
nais +, ba sta esc olher dos n + p − 1 lugares da fila os p lugares
onde ser ao ˜ colocados os sinais +, o que pode ser feito de C
modos.

E xemplo 12. De q ua nt os mo dos po demos c omprar 3 so rvetes em


um ba r q ue o s ofe rece em 6 sabores distin tos?

Sdeoluç˜
ao: Ar resposta
co mpra n da˜ifere
3 s orve tes o é Cnt es.
= 20. C seria o n úmero de modo s
102 Temas e Problemas

Chama ndo de x o n úmer o de sorvetes do k-ésimo sa bor q ue va-


˜
mos c omprar, deve mos determina r va lores int eiro s e n ao-negativos
para x , k = 1,2,3,4 , 5, 6, ta is que x + x + · · · + x = 3 . I sso po de
ser feito de CR = C = 56 modos.

P roblemas Pr opostos∗

˜ o s ana grama s da palavra


1. Quantos s ao “CA P ÍTULO”:

a) poss ı́veis?
b) qu e comec¸am e term ina m por voga l?
c) que t êm as vogais e as c onsoant es i nt erc a lada s?
d) que t êm as letra s C, A , P junta s nessa ordem?
e) que t êm as letra s C, A , P junta s em qua lquer o rdem?
f) que t êm a letra P em p rimeiro l uga r e a letra A em se gund o?
g) q ue t êm a letra P em pri meiro lugar ou a letra A em se gun-
do?
h) que t êm P em primeiro l uga r ou A e m segund o ou C em t er-
ceiro?
i) nos quais a letra A é uma das letras à esquerda de P e a
letra C é u ma da letra s à direi ta de P ?
j) que t êm as vogais em o rdem alfa b ética?

2. S e A é um conjunto de n el eme ntos , q uant as s a˜o a s fun ç o˜es


f : A → A bij etora s?

3. De qua ntos modo s é poss ı́vel c oloca r 8 pesso a s em fi la de modo


que duas dessas pessoas, Vera e Paulo, n ˜ fi quem j unta s?
ao

S oluç˜
oes na p ágina 176.
´
Combinatoria 103

4. De qua ntos modo s é poss ı́vel c oloca r 8 pesso a s em fi la de modo


que dua s dessa s pesso a s, Vera e Pa ulo , n ao˜ fi quem j unta s e du as
outra s, Helena e Pedro, pe rma nec¸am junt a s?

5. 5De
de quantos
atletas, modos
denominados é poss ı́vel
Esporte, dividir
Tupi 15 atletas em tr
e Minas? ês times

6. De quantos modos é poss ı́vel dividir 15 atletas em tr ês times


de 5 atletas?

7. De qua ntos modo s é poss ı́vel dividir 20 objetos em 4 grupos de


3 e 2 grupos de 4?

8. Um campeonato é disp uta do po r 12 cl ube s em rodada s de 6


jogos cada. De quan tos mo do s é poss ı́vel selecionar os jogos da
primeira rodada?

9. Permutam-se de todas as formas poss ı́veis os algarismos 1, 2,


4, 6, 7 e esc revem- se os n úmeros formados em ordem crescente.
Determine:

a ) que lugar oc upa o n úm ero 62 417.


b) que n úm ero o cupa o 66 o¯ lugar.
o
c) qual o 166 ¯ algarismo escrito.
d) a soma dos n úmeros assim formados.

10. De qua ntos modo s é poss ı́vel colocar r rapazes e m moça s em


fi la de modo qu e a s m oças perma nec¸am junt a s?

11. Quan tos dad os difere ntes é poss ı́ve l fo rma r gra va ndo n úmeros
de 1 a 6 so bre a s fa ces de um cubo ?

a ) Supo nha uma face de ca da cor.


b) Suponha as faces iguais.

c) Suponha que as
faces opostas faces
deva sers iguala˜ao7.
ig ua is e que a soma dos p ontos de
104 Temas e Problemas

12. Resol va o pro blema a nt erio r, n o ca so b) , pa ra os o utr os 4 po -


liedros regulares (naturalmente, n úmero s de 1 a 4, de 1 a 8, de
1 a 12 e de 1 a 20 p a ra o tetra edro , o oc ta edro , o dode ca edro e o
icosaedro, respectivamente).

13. Quantos s ao
˜ o s a nagra mas da palavra “EST RELADA ”?

14. O conjunto A possui n elementos. Quantos s a˜o os seus sub-


conjuntos com p elementos?

15. Uma faculdade realiza seu vestibular em 2 dias de provas,


com provas de 4 mat ˜ foi:
érias e m c ada dia. Este ano a div is ao
Matem át ica, Portugu ês, B iologia e Ingl ês no prime iro dia e G eo-
grafia, Hist ória, F ı́sica e Qu ı́mi ca no se gund o di a. De quantos
modos pode ser feito o calend á rio de p rovas?

16. Quantas diagonais possui:


a) um octaedro regular?
b) um ico saedro regul a r?

c) um dodecaedro regular?
d) um cubo?
e) um prisma hexagonal regular?

17. Sejam I = { 1,2,...,m } e I = { 1,2,...,n }, com m ≤ n . Quan-


tas s a˜o a s f un ç o˜es f : I → I estrita mente c resc entes?

18. Quantos s ao ˜ os n úme ro s na turais de 7 d ı́gitos nos quais o


dı́gito 4 fi gura exat a ment e 3 vezes e o d ı́gito 8 exat a ment e 2 vezes?

19. Quan tos s ao ˜ os subconjuntos de { a , a ,...,a }, com p ele men -


tos, no s q ua is:
a ) a figura;
˜ fi gu ra;
b) a n ao
c) a e a figuram;
´
Combinatoria 105

d) pel o meno s um dos ele ment os a , a figura;


e) exa ta mente um dos el eme ntos a e a figura.

20. O s.
mento conjunto A po ssu i p elementos e o conjunto
Determi ne o n úm ero de fun ç o˜es f : A →
B po ssu i n ele-
B sobrej etiva s
para:

a ) p = n;
b) p = n + 1;
c) p = n + 2.

21. Considere um conjunto C de 20 pontos do espac¸o que tem


um su bconj unt o C forma do p or 8 pont os coplan a res. S a be-se que
toda vez que 4 po ntos de C s a˜o co pla na res, ent ao
˜ eles s ao
˜ pontos
de C . Quantos s ao˜ os planos que cont êm pelo meno s t r ês pontos
de C ?

22. U ma fi la de cade iras n o cine ma tem 1 0 poltro na s. De quan -


tos modos 3 casais podem nelas se sentar de modo que nenhum
ma rido se sente se para do de sua mulher?

23. Quan tos s a˜o os ana gra ma s da palavr a “P ARAG UAIO” que n a˜o
possuem consoantes adjacentes?

24. De q ua nt os modo s podemo s selec iona r p elementos d o conjun-


t o { 1,2,...,n } sem selecionar dois n úmeros consecutivos?

25. Onze c ientist a s t ra balha m n um proj eto sig ilo so. Por q uest o˜es
de segu ra nc¸a, os pla nos s a˜o guar da dos em um co fre protegido por
muit os c a dead os de mo do que s ó é poss ı́vel a bri- los todos se houver
pel o menos 5 c ientist a s present es.

a) Qual é o n úmero m ı́nimo poss ı́vel de c a dead os?

b) Na
ter? sit ua ç ao
˜ do ite m a ), qua nta s chave s cada cientista dev e
106 Temas e Problemas

26. Em um a esc ola, x pro fesso res se distr ibuem em 8 ban cas exa -
minadoras de modo que cada professor participa de exatamente
du as banc as e c ada du as banc as t êm exatamente um professor
em comum.

a) Calcule x.
b) Determine qua ntos pro fess ore s h á em c ada banca.

27. De qua ntos modo s po demo s fo rma r uma roda d e ciran da com
˜ fiquem
6 crianc ¸as, de modo que dua s del a s, V era e Isa dora, n ao
juntas?

29. Qu anta s s a˜o a s solu ç o˜es inteiras e positivas de x + y + z = 7?

30. Qu ant as s a˜o a s s olu ç o˜es int eiras e n a˜o-negat ivas d e x + y + z ≤


6?

˜ vendi das em
31. Uma in d ústria fabric a 5 tip os de balas que s ao
caixas de 20 balas, de um s ó tip o ou sortidas. Quantos tipo s de
caixas podem ser montados?

Sugesto
˜es

1. c) Os a na gra ma s podem co mec¸ar por voga l ou po r co nsoa nt e.

d) Tudo se passa como se cap fo sse uma letra s ó.


e) Escolha inicialmente a ordem das letras c, a, p. Rec a i-se no
item anterior.
g) Ao somar os que t êm p em primeiro com os que t êm a em
segundo, o s q ue t êm p em primeiro e a em segundo s a˜o con-
ta dos duas veze s. Fazer um diagra ma de c onjunto s ajuda.
h) U m diagra ma de c onj untos aj uda.
1
i) H á 3! = 6 ordens poss ı́ve is para essas letra s. A resp osta é
do to tal de ana gramas. 6
´
Combinatoria 107

3. Fac¸a o to ta l meno s aq uel a s na s qua is el as fi ca m junta s. N ao


˜ se
esqu eça q ue elas podem fi car junt a s em 2! ordens poss ı́veis.

4. Fa ça t odas com Helena e P edro j unt os me nos aq uelas na s qu a is

Helena e Pedro est a˜o juntos e V era e Pa ulo tam b ém est a˜o junt os.
5. Você deve e sco lher 5 jo ga dores pa ra o Esport e, depo is esco lher 5
dos que sobraram para o Tupi e formar o Minas com os restantes.
Ou ent a˜o, po nha os 15 j ogad ores em fi la: os 5 primei ros fo rma m
o Esporte, os 5 seguintes o Tupi, os 5 último s o Minas. Note que,
tr oca ndo a ordem dentr o de c a da blo co, voc ê m uda a fi la, mas n a˜o
muda a divis a˜o em times .

6. A resposta é a a nt eri or divi dida por 3!, pois agora, trocando os


times entre si, a divis a˜o é a mesma.

8. Voc ê pode colocar os 12 times em uma matriz 6 × 2. Note que


tro car as linhas entre si, ou tro car em uma li nha a orde m dos
elementos, n a˜o a lt era a selec¸ a˜o dos jogo s.
Você tamb ém pode ria pensar a ssim: Tenho 11 modo s de esc o-
lher o advers ário do Botafogo; depois tenho 9 modos de escolher
o advers á rio do prime iro ( em ordem a lfab ética) time que sobrou;
depo is t enho 7 . . .

9.

a ) Pa ra desc obrir o lugar do 6 2 417 voc ê tem que c onta r q uan-


tos n úmeros o a nt ecedem. Ant ecedem- no todos os n úmeros
comec¸a dos em 1, em 2, em 4, em 61, et c.
c) O 166 o¯ a lgarismo esc rito é o 1o¯ a lgarismo do 3 4 o¯ n úmero.
d) A soma d a s unidad es do s n úmeros é ( 1 + 2 + 4 + 6 + 7) · 4!, pois
cada um dos a lga rismos 1, 2 , 4, 6, 7 a par ece como a lga rismo
das uni dades em 4! n úme ro s. Determi ne ana logamente a
soma da s dezenas, etc .

U
60mcat ruque
sa is do, seguinte
bo nito mas truque,
m odo é grupar
: o c ônj uge de c os 120 n úmeros
a da5!n=úmero em
é o n úmero
108 Temas e Problemas

que dele se obt ém t roca nd o a posic¸ a˜o do 1 com o 7 e a posic¸ ao


˜ do
2 com o 6. Teremo s 60 casa is e a soma em cada casa l é 88 888. A
resposta é 88 888 × 60.

11. a) Devemos colocar 6 n úmeros em 6 lugar es. A resp osta é 6 !.


b) Agora , q ua nd o muda mos o c ubo de po sic¸ a˜o obtemos o mesmo
dado . Po r exemp lo, um da do que tem o 1 e o 6 em face s
opostas. Antes, colocar o 1 em cima, na face preta, e o 6 em
ba ixo , na fa ce bra nca , era d iferent e de coloca r o 6 em cima e o
1 embaixo. Agora n a˜o, é o mesmo da do de ca beça pa ra ba ixo.
A resposta é a a nterio r dividida pelo n úm er o d e posic¸ o˜es de
colocar um cubo. H á 6 modos de escolher a face que fica em
baixo e 4 modos de escolher nessa face a aresta que fica de
frente.

16. Os segmentos que ligam dois v ˜ diagonais, arestas


értices s ao
ou diagonais de faces.

17. A fun ç˜


a o fi ca determina da q ua ndo se esc olhem o s m elementos
de I que formar ao ˜ a ima ge m.

18. Ignore o pro ble ma do 0 na prime ira ca sa . Esco lha os lugares


dos 4 , dos 8 , pree ncha a s casa s resta ntes. Desc onte os n úmeros
comec¸a dos em 0.

20. a ) E ss a s fu nc¸ o˜es s a˜o bi jetora s.

b) U m el eme nto de B tem sua ima gem i nversa forma da por dois
ele ment os e o s dema is t êm i ma gens inve rsa s unit árias.
c) H á dua s po ssibi lidades: um ele mento de B tem sua imagem
inversa formada por tr ês elementos e os demais t êm ima-
gens inve rsa s unit á ria s ou do is ele ment os de B t êm imagens
inversas
gens inve forma da s árias.
rsa s unit por doi s ele mentos e o s dema is t êm i ma -
´
Combinatoria 109

22. Escolhida a ordem em que cada casal vai se sentar (marido


à direita, mulher à esquerda ou vic e-versa ), voc ê tem que fo rma r
uma fi la co m 3 c a sa is e 4 lugares va zio s.

. Arrume
a2s3co primei ra mente a pena s a s vogais e dep ois entremeie
nsoant es.

24. Marque, no conjunto {1,2,...,n } com o sina l + os elementos


selec iona dos pa ra o subconjunt o e com o sina l − os element os n a˜o
selecionados. Voc ê tem que fo rma r uma fi la co m p sinais + e n − p
sinais − , se m que ha ja dois sinais + adjacentes.

25. Um grupo de 4 cientistas, ABCD, é ba rra do po r pelo meno s


um cadeado. Na situa ç ao ˜ do n úmero m ı́nimo de cadeados, por
exatamente um cadeado. Batizemos esse cadeado de ABCD. A,
B, C , D n a˜o t êm a cha ve desse c a dead o e todos o s outros c ientist a s
a t êm. N a˜o pense ma is nos cadea dos e sim nos seus nomes .

26. U m bom nome p a ra o profe ssor que pertence às bancas 1 e 2 é


professor 1 − 2.

29. Chamando x d e 1 + a, y d e 1 + b e z de 1 + c , voc ê tem de


det erm ina r solu ç o˜es inteiras e n ao-negativas
˜ para a + b + c = 4.

30. Defi na , par a cada soluc¸ ao, ˜ a folga, que é a diferen ça ent re o
valor m á ximo que x + y + z po deria a tingir e o valor que x+y+z
rea lment e at inge. P or exemplo , a soluc¸ a˜o x = 1 y = 2 , z = 1 t em
folga 2. Ca da soluc¸ a˜o da ineq ua ç a˜o x + y + z ≤ 6 corresponde a
um a sol uç a˜o da equ a ç a˜o x + y + z + f = 6 e vice- versa .
C a pı́tu lo 7

Noç
Matemo˜es ád teica Fina nc eira

1 O valor do dinheiro no tempo


A op er a ça˜o b ásica da matem ática financeira ˜ de em-
é a oper a ç ao
pr éstimo. Algu ém que disp o˜e de um capita l C (cha ma do de pri n-
cipal ), empresta-o a outrem por um certo per ı́odo de tem po. Ap ós
esse per ı́odo , ele rece be o seu capit a l C de vo lta , a cre scido de uma
r emu n era ça˜o J pelo empr éstim o. Ess a r emun era ç a˜o é cha mada de
jur o. A soma C + J é chama da de montantee ser á representada
por M. A raz a˜o i = J/C, que é a taxa de crescimento do capital,
˜ e c hama da de taxa de
é sempre re feri da a o pe r ı́odo d a opera ç ao
jur os.
Exemplo 1. Pedro tomou um empr éstimo de R$ 100,00. Dois
˜ de
meses depo is, pa gou R$ 140,0 0. Os juros pa gos po r P edro s ao
40
R$40,00 e a taxa de juros é = 0,40 = 40 %ao bimestre. O prin-
100
cipal, que é a dı́vida inicial de Pedro, é igual a R$100,00 e o mon-
tant e, que é a dı́vi da de Pedro na época do pagamento, é ig ual a
R$140,00.

O le itor dev e fi ca r a tento para o fa to que Pedro e quem lhe e m-


prestou o dinh eiro c onc orda ra m que R$100,00 no in ı́cio do referi-
do bimestre t êm o mesmo valor que R $140,00 no fi na l do referido
bimestre. É importante perceber que o valor de uma quantia de-
pende da época à qua l e la est á refe rida . Neste e xemplo , qua nt ias
diferentes (R$100,00
t êm o mesmo va lor. e R$140,00), referidas a épocas diferentes,

110
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 111

S a˜o exemplos de erros comuns em racioc ı́nio s fi na nce iro s:


a) Achar que R$140,00 t êm valo r maio r que R$100,00.
R$140,00 t êm maior valor que R$100,00, se referidos à mes-
ma época . Refe rido s a épocas diferentes, R$140,00 podem
ter o mesmo va lor q ue R$1 00,00 (vej a o exemplo an t erior) o u
a t é mesmo um va lor inferio r.
Todos n ós preferir ı́amos receber R$100 000,00 agora do que
R$140 000,0 0 da qui a seis a nos. Com efe ito, R$100 000,00
colocados em um a cadernet a de poupanc ¸a, a juros d e 0,5 %
a o m ês, cresceriam à taxa de 0, 5% ao m ês e transformar-
se-iam, depois de 72 meses, em 100 000,00 · ( 1 + 0,005) =
R$143 204,43.
b) Acha r q ue R$ 100,0 0 t êm sempr e o mes mo va lor qu e R$100,00.
Na verda de, R$ 100,0 0 hoj e va lem ma is q ue R$1 00,00 da qui
a um a no .
c) Somar quantias referidas a épocas diferentes. Pode n a˜o se r
verdade, co mo mostra r á o Exemp lo 5 , que co mprar em tr ês
pr est a ç˜
oes de R$50,00 sej a melho r que comprar em cinc o
pr est a ç˜
oes de R$31,00, apesar de 50 + 50 + 50 < 31 + 31 +
31 + 31 + 31 .

Exemplo 2. Pedro tomou um empr éstimo de R$100,00, a juros


de taxa 10%a o m ês. Ap ós um m ês, a d ı́vida de Pedro se r á acres-
cida de 0,10 × 100 reais = 10 reais de juros (pois J = iC), pas-
san do a 110 reais. Se P edro e seu c redo r co nco rda rem em a diar
˜ da d ı́vida por mais um m
a l iq ui da ç ao ês, mantida a mesma taxa
de juros, o empr éstimo ser á quitado, dois meses depois de con-
t ra ı́do, por 121 reais, pois os juros relativos ao segundo m ês ser a˜o
de 0,10 × 110 = 11 reais. Esses ju ros assim calcul a dos s ao ˜ cha-
ma dos de juros compostos. Ma is prec isa ment e, no regime de j uros
compostos os juros em cada per ˜ calculados, conforme
ı́odo s ao é
na tura l, so bre a d ı́vida do in ı́cio desse per ı́odo.

Noregimedejuros
se, ap´os n per´ıodoscompostos
de tempo, detaxa i, um pri ncipal C transforma-
em um montante C = C (1 + i) .
112 Temas e Problemas

Para cada k, seja C a dı́vida ap ós k perı́odo s de temp o. Ora,


C = C + iC = (1 + i )C . Por tant o, a c ada per ı́odo de tem-
po a d ı́vida sofre uma mu ltiplica ç a˜o po r 1 + i . Ap ós n perı́odos
de tempo a d ı́vida sofrer á n m ul t ipli ca ç˜
oes por 1 + i, ou seja, ser á
multiplicada por (1 + i) . Logo, C = C (1 + i) .
E xemplo 3. Pedro toma um empr éstim o de R$1 500,00 a juros de
12%a o m ês. Qual ser á a dı́vi da de Pedro tr ês meses depois?

C = C (1 + i) = 1500(1 + 0,12) = 2107,39.

Outro modo de le r a f órmula C = C (1 + i ) é: uma quantia,


hoj e igua l a C , transformar-se- á, depois de n per ı́odos de tempo,
em uma quantia C = C (1 + i) . Isto é, uma q ua ntia , cujo valo r
atual é A, equiva ler á no futuro, depois de n per ı́odos de tempo, a
F = A (1 + i) .

Essa é a f órmula fundamenta l da equiv al ênc ia de c a pita is:


• Pa ra obter o va lor futur o, basta multipl ica r o at ua l po r (1 + i) .
• Pa ra obter o valor a tua l, b a sta dividi r o futuro p or (1 + i) .

Exemplo 4. Pedro tomou um empr éstimo de R$300,00 a juros


de 15 %a o m ês. U m m ês ap ós, Pedro pagou R$150,00 e, dois me-
se s a p ós esse pagamento, Pedro liquidou seu d ébito. Qual o valor
desse último p a ga mento?

Os esque mas de pagamento abaixo s ˜ equi valente s. Lo go,


ao
R$300,00, na data 0, t êm o mesmo valor de R$150,00, um m ês
a p ós, mais um paga mento ig ua l a P, na da ta 3.

0 1 3

300 150 P

Figura 47
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 113

Igualando os valores, na mesma época (0, por exemplo) , dos


pagamentos nos dois esquemas, obtemos:
150 P
300 = + , ou seja, 300 = 150 · 1,15 + P · 1,15 .
1 + 0,15 (1 + 0,15)
Finalmente, P = [300 − 150 · 1,15 ] · 1,15 = 257,89 reais.

Exemplo 5. P edro t em d ua s opç o˜es de pagamento na compra


de um ele tr odo m éstico : t r ês pr es t a ço˜es m ensa is de R $50,00 c a da ,
ou cinco prest a ç o˜es mens ais de R$ 31,00. Em qua lque r caso, a
prim eira pres t a ç a˜o é p aga no ato da compra. Se o di nhei ro vale
5%ao m ês para Pedro, qual é a melh or op ç a˜o que Pedro po ssui?

0 1 2 0 1 2 3 4

50 50 50 31 31 31 31 31

Figura 48

Pa ra compara r, de termina remo s o valor das dua s s éries de p a -


gamentos na mesma época, por exemplo na época 2. Temos

V = 50(1 + 0,05) + 50 (1 + 0,05) + 50 = 157,63


V = 31(1 + 0,05) + 31 (1 + 0,05) + 31 + 31/(1 + 0,05) + 31/(1 + 0,05)
= 155,37.

P edro deve preferir o paga ment o em ci nco presta ç o˜es.

Exemplo 6.Pedro tem tr ês opç˜


oes de pagamento na compra de
vestu ário.

a ) À vista, com 3%de desconto.

b) E m dua s presta
a primeira um m ç o˜
êsesap
m ós
ensaa cois mpra
igua is,
. sem desco nt o, vence ndo
114 Temas e Problemas

c) E m tr ês pr est a ç o˜es mens a is igua is, sem desco nt o, vence ndo
a prime ira n o a to da co mpra.

˜ para Pedro, se o dinheiro vale, para ele,


Qua l a melhor opç ao
2,5 %a o m ês ?

0 1 2 0 1 2

291 150 150 100 100 100

Figura 49

Fi xa nd o o prec¸o do bem em 300, t emos os t r ês esquemas a cima.


Compara ndo o s va lores na época 0, obtemos:

V = 291
150 150
V = + = 289,11
1,025 100
1,025 100
V = 100 + + = 292,74
1,025 1,025

A melho r alterna tiva para Pedro é a compra em doi s paga men-


tos, e a pio r é a compra em tr ês pr es t a ç o˜es.

É intere ssant e o bse rvar que a mel ho r alternat iva para J oa-
quim pode n a˜o ser a melho r alt ernat iva pa ra J o a˜o.
Se J oaq uim é pe ssoa d e po ucas posses e dec ide c omprar a pra -
zo, tendo dinheiro par a compra r à vista, é prov á vel que e le invist a
o dinheiro que sobro u, em uma ca derneta de po upanc¸a que lhe
renderia, digamos, 1,5%ao m ês. Ent a˜o, para ele seria indiferente
comprar à vista ou a pra zo c om j uros de 1, 5%ao m ês .
˜ tiver acesso a investimentos melhores, ele poderia fa-
Se J o ao
zer render a sobra de dinheiro a, digamos, 2,5%ao m ês. Ent a˜o,
se ria at rativo para
m ês. J o ao
˜ comprar a prazo com juros de 1,5% ao
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 115

Logo , o dinheiro tem va lores d ife rentes pa ra J o a˜o e J oa quim.


Essa taxa de juros que representa o valor do dinheiro para cada
pesso a e que é, e m suma, a taxa à qual a pessoa consegue fazer
render seu dinheiro, é chama da de taxa m´ıni ma de atrativi dade.
O
é amotivo
tra tivodo
senome
rende r,éno
claro: para aessa
m ı́nimo, essapesso
taxa. a , um investimento s ó

E xemplo 7. U ma loja oferece dua s opc¸ o˜es de pagamento:

a ) À vista, com 30%de desconto.


b) E m du a s presta ç o˜es mensa is igua is, sem desc onto, a primei-
ra pres t a ç a˜o se ndo p a ga no ato da compra.

Qual a ta xa mensa l do s juros embutido s na s ve nda s a pra zo?

Fixand o o valor do be m em 10 0, temo s os esquemas de paga -


mento a baixo :

0 0 1

70 50
50

Figura 50

50
Igua lan do o s va lores na época 0, obtemos 70 = 50 + · D a ı́,
1+i
1 + i = 2,5 e i = 1, 5 = 150 %.
A loja cobra juros de 150 %a o m ês na s ve nda s a pra zo.

Exemplo 8. I nvestindo seu c a pita l a juros mensais de 8%, em


qua nto t emp o vo c ê dobrar á o se u capital inic ial?
ln 2
Temos C (1 + 0,008) = 2 C . D a ı́, 1,08 = 2 e n = = 9. ∼

ln 1,08
Aqui ln est á r eprese nta ndo o loga ritmo nat ura l.

Em aproximadamente nove meses voc


inicial. ê dobrar á o se u capi ta l
116 Temas e Problemas

P roblemas Pr opostos ∗

1. Investindo R$450,00 voc ê retira, ap ós 3 meses, R$ 600,0 0. A


que ta xa mensal de j uros rende u o seu inve stimento?

2. Investi ndo a 8% ao m ês, voc ê obt ém, depois de 6 meses um


monta nt e de R$ 1 480,00. Qua nt o havia sido investido?

3. Qual o montante produzido em 3 meses por um principal de


R$2 000,00 a juros de 10%ao m ês ?

4. E m que pra zo um princi pal de R$1 400,00 ge ra um monta nte


de R $4 490,0 0 a juros de 6%a o m ês ?

5. Laura quer comprar um viol a˜o em uma loja qu e oferece um des-


conto d e 30 %n a s compras à vis ta ou pagamento e m tr ês presta-
ç˜
oes mensa is, sem j uros e sem desc onto. Det ermine a t a xa m ensa l
de j uros e mbutida na s venda s a prazo, sup ondo o primei ro paga -
mento no ato da compra.

6. Malu co nt ra iu um empr éstim o de R$ 9 000,0 0 pa ra ser pa go em


dua s prest a ç o˜es, com vencimentos tr ês e cinco meses depois do
empr éstimo. Se a segunda presta ç a˜o é o dob ro da prime ira e os
juros s a˜o de 2 %a o m ês, determ ine a s prest a ç o˜es.

7. Regi na t em du a s opc¸ o˜es de pagamento:


a ) à vista , com x%de desconto.
b) em dua s presta ç o˜es mensa is iguais, sem juro s, venc endo a
prime ira um m ês ap ós a compra.

Se a ta xa m ı́nima de atr a tividade de Re gina é de 5%ao m ês, par a


que va lores de x ela preferir á a pri mei ra a lte rna tiva?

8. Cert a loja , no nat a l de 1 992, ofe rec ia a seus c lientes dua s a lter-
na tivas de pagamento :

S oluç˜
oes na p ágina 189.
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 117

a) pagamento de uma s ó vez, um m ês ap ós a compra.


b) pagamento em tr ês pr est a ç o˜es mensais iguais, vencendo a
prime ira no at o da comp ra .
Se voc ê fo sse clie nt e dessa loja , qu a l seria a sua opç a˜o?
9. Certa loja convidou, em dezembro de 1992, os seus clientes
a liquida rem sua s presta ç o˜es mensais vincendas, oferecendo-lhes
em troc a um desc onto . O desc ont o se ria da do aos que paga ssem,
de u ma s ó vez, t odas a s presta ç o˜es a venc er em ma is de 30 dias
e seria de 40 % para os q ue paga ssem dua s presta ç o˜es. Supondo
uma taxa m ı́nima de atratividade de 27% ao m ês, a oferta era
vantajosa?
10. L úcia comprou um exaustor, pagando R$180,00, um m ês a p ós
a compra, e R$200,00, dois meses ap ós a compra. Se os juros s a˜o
de 2,5 %a o m ês, qua l é o preço à vista?

2 Taxas de juros
Os lei gos co stuma m a cha r que juro s d e 10 %a o m ês equivalem a
juros de 20% a o bimestre , de 30 % a o tr imestre , de 120 % a o a no
etc.
Isso n a˜o é verdade, como mostra a tabela a seguir, que d á a
ev oluça˜o de um princ ipal igua l a 100, a juros de 1 0%ao m ês.
M ês 0 1 2 3
Cap ital 100 110 121 133,1
Observe que juros de 10% ao m ês equivalem a juros de 21% a o
bimestre e de 33 ,1%ao tr imestre.
S e a taxa de jur os relativamente a um determinado per´ıodo de
tempo e´ igual a i, a taxa de jur os r elativamente a n per´ıodos de
tempoe´ I tal que 1 + I = (1 + i) .
B asta calc ul ar quanto vale r á no futuro, depois de n perı́odos de
tempo, um principal igua l a A. S e usamos a ta xa i, deve mos ava n-
ça r nı́odo
1 per perı́odos
de temdepo.
tempo
Logo,e,A
se(1usa
+ Imos
) =aAta
(1xa
+ i) , ed 1
I evemos a va nc¸a r
+ I = (1 + i) .
118 Temas e Problemas

E xemplo 1. A taxa anual de juros equivalente a 12%ao m ês é I


tal que 1 + I = (1 + 0,12) . D a ı́, I = 1,12 − 1 = 2,90 = 290 %.

E xemplo 2. A ta xa m ensal de j uros e quiva lente a 40%a o ano é i

tal que =12,84


0,0284 %. = (1 + i) . D a ı́, 1 + i = 1,4
+ 0,40 e i = 1,4 −1 =

U m erro muito c omum é acha r q ue j uros de 1 2%ao m ês equi-


valem a juro s an ua is de 12 × 12% = 144 %a o an o. Ta xa s como 12%
a o m ês e 14 4%ao a no s ao˜ c hama das de taxas proporcionais, pois
˜ entre elas
a raz ao ˜ dos per ı́odos aos quais elas se
é igual à raz ao
referem. Taxas proporcionais n˜aos˜ao equivalentes.

E xemplo 3. As ta xas de 2 0%ao m ês, 6 0%ao t rimestr e e 24 0%ao


˜ taxas proporcionais.
ano s ao

Um (p éssimo) h ábito em Mat em ática Financeira é o de anun-


ciar ta xas pro porci ona is co mo se f ossem equivalentes. U ma ex-
press a˜o como “12 % a o a no, com capita lizac¸ ao ˜ mensal” significa
que a ta xa usa da na opera ç a˜o n a˜o é a t axa de 1 2% anunc iada e

sim a ta ao
express˜ xa mensa l que
“12% ao ano,l hecomé propo l. Portanto,
rcionaao
capitalizaç˜ mensal” e´ a“1%
traduç˜
aoda
ao mˆ es”.
E xemplo 4. “24%a o a no co m ca pita liza ç ao
˜ t rime stra l” signi fi ca
“6%a o trimes tre”; “1 %a o m ês com ca pit a liza ç ao
˜ semestral” sig-
nifi ca “6% a o semes tre” e “6%a o a no co m ca pita lizac¸ ao
˜ mensal”
significa “0,5%a o m ês”.

E xemplo 5. Ver ônic a inve ste seu dinheiro a juros de 6 %a o ano


˜ me nsal. Qua l a t axa an ual de j uro s à q ual es t á
com ca pit a liza ç ao
investido o capita l de Ver ônica?

Ora, o dinheiro de Ver ônica est á, na realidade, investido a juros


de taxa i = 6% ÷ 12 = 0,5%ao m ês. A ta xa a nual equiv alente é I
ta l qu e 1 + I = (1 + 0,005) . D a ı́, I = 1,005 − 1 = 0,061 7 = 6,17%
ao a no.

de 6,A17%a
(falsa )otaxa
an o de 6 %ao
é dita an oefetiva
taxa é dita. nominal. A taxa (verdadeira)
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 119

Exemplo 6. A ta xa efetiva seme stra l co rrespo ndente a 24% a o


˜ mensal é I tal que 1 + I = (1 + 0,04) .
semest re com ca pita liza ç ao
D a ı́, I = 1,04 − 1 = 26,53%a o semestre .

P roblemas Pr opostos ∗

1. Determi ne a s t axa s mensais equiv alentes a 100% ao a no e a


39%ao trimestre.

2. Dete rmine as ta xas a nuais equiv alentes a 6%a o m ês e a 12%


a o trimestre .

3. Determi ne as t axa s efe tivas a nuais equiv alentes a:


a ) 30%a o an o, com c a pita liza ç ao
˜ mensal.
˜ trimestral.
b) 30%a o an o, com ca pita liza ç ao
c) i ao a no, ca pita lizados k veze s a o an o.

3 Anuidades
Uma lista de quantias (chamadas usualmente de pagamentos ou
termos), referidas a épocas diversas, é chamada de s erie´ ou anui-
dade o u, a inda, renda certa. Se esse s paga mentos fo rem iguais e
igua lment e espac¸ad os no tem po, a s érie diz-se uniforme .

O valor atual (isto ´e, o valor da s´erieuma unidadedetempoantes


do pri mei ro pagamento) de uma s erie ´ uni forme de n pagamentos
1 − ( 1 + i)
ig uais a P , e,
´ sendoi a taxa dejuros, igual a A = P .
i
At en çao˜ ao sig nifi cado das letra s na f órmula acima: i é a ta xa
de juros (referida à unidade de tempo, a qual é o tempo entre
oes consecutivas), n é o n úm ero d e pr est a ç o˜es, P é o va lor
pr es t a ç˜
de ca da prest a ç a˜o e A é o valor da s éri e uma unidade de t emp o
a ntes do primei ro paga mento.

S oluç˜
oes na p ágina 190.
120 Temas e Problemas

Com efeito, para determinar o valor da s érie um tempo ant es


do primeiro paga ment o, devemos retr oceder um tempo c om o pri-
meiro paga ment o, dois tempos co m o segund o, . . . , n tempos com
o n -ésimo paga ment o. L ogo,
P P P P
A= + +···+ +· ··+ ·
1+i (1 + i ) (1 + i) (1 + i)

Multiplic a ndo por (1 + i), obtemos


P P P
A(1 + i) = P + + +· ··+ ·
1+i (1 + i ) (1 + i )

Subtraindo, obtemos
P
A(1 + i) − A = P −
(1 + i)
Ai = P − P (1 + i)
1 − ( 1 + i)
A=P
i

E xemplo 1. U m bem , cu jo prec¸o à vista é R$1 20 0,00, é vendido


em 8 pr est a ç o˜es mensa is igua is, po stec ipa da s (isto é, a prime ira
é p aga um m ês ap ós a compra). Se os j uros s ao ˜ de 8% ao m ês ,
deter min e o va lor da s prest a ç o˜es.
Temos A = 1 200 , n = 8, i = 0,08. Apli cando a f órmula, A =
1 − ( 1 + i)
P , obtemos:
i

1 − 1,08 0,08
1200 = P ; P = 1200 = 208,82.
0,08 1 − 1,08

As pr es t a ç o˜es s ao
˜ de R$208,82.

E xemplo 2. U m bem , cu jo prec¸o à vista é R$1 20 0,00, é vendido


em 6 pr est a ç o˜es mensais iguais, a nteci pada s (i sto é, a primeira é
paga
o va lornodaat soprest
da co ampra).
ç o˜es. S e os juros s a˜o de 8 %a o m ês, determine
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 121

O valor da s érie de prest a ç o˜es um m ês antes do p agamento da


˜ (ou seja, um m
primeir a prest a ç ao ês antes da compra) é A =
1 − ( 1 + i) 1 − 1,08
P = P · Esse va lor é ig ua l a o pr eço à vista,
i 0,08
1200
um m ês at r ás, isto é, é igual a 1,08 · Logo,
1 − 1,08 1200 1200 0,08
P = e P= = 240,35.
0,08 1,08 1,08 1 − 1,08
As pr es t a ço˜es s ao
˜ de R$240,35.

Às vezes necessitamos calcular o valor futuro (ou montante)


de uma s érie uniforme, isto é, o valor da s érie na época do último
paga mento. Pa ra isso , basta ava nc¸ar n tempos o va lor A, isto é,
1 − (1 + i) ( 1 + i) − 1
F = A (1 + i ) = P (1 + i ) = P ·
i i
O valor de uma s´erie uniforme na ´epoca doultimo
´ pagamento e´
( 1 + i) − 1
F=P .
i
E xemplo 3. Investindo mensalmente R$150,00 em um fundo de
investimentos que rende 0,5%ao m ês, qual é o monta nte imedia-
tamente ap ós o 120 o¯ dep ósito?
O mo nta nte da s érie é
( 1 + i) − 1 1,005 − 1
F=P = 150 = 24 581,90.
i 0,005

Tra ta remo s agora de r endas per p´etuas. Renda s perp étuas apa -
recem em l oca ç o˜es. C om e feito, qua nd o se alu ga um bem, cede- se a
posse do mesmo e m tr oca de um a luguel, digamos, mensa l. E nt a˜o,
a s érie dos alugu éis constitui uma renda perp étua ou perpetuida-
de. P a ra obter o va lor a tua l de uma r enda perp étua, b ast a fa ze r n
tende r para infin ito na f órmula

A = P 1 − ( 1 + i) ·
i
122 Temas e Problemas

O valor de uma perpetui dadede termos ig uais a P, um tempoantes


P
do pri mei ro pagamento, e,
´ sendoi a taxa de jur os, A = .
i

Exemplo 4.S e o dinhe iro vale 1 %a o m ês, po r qua nto deve ser
alugado um im óvel que vale R$40 00,00?

Quan do vo c ê aluga um im óvel, voc ê ce de a posse do im óvel em


troca de uma renda perp étua cujos termos s ao˜ iguais a o valo r do
aluguel. Ent a˜o, o valor do im óvel de ve se r igua l a o valo r da s érie
de alugu éis.
P
Logo, como A = , t emo s P = Ai = 4000 × 0,01 = 400 .
i
Deve ser alugado por R$400,00.

E xemplo 5. Helena tem duas alternativas para obter uma copia-


dora:

a) Alug á-la por R$480,00 por m ês. Nesse caso, o locador se res-
ponsa biliza pel a s d espe sa s de m a nut enc¸ a˜o.

b) Compr á -la por R$8 000,00. Nesse ca so, j á que a vida econ ô-
mica da copiadora é de 2 a nos , H elena vende r á a copiadora
a p ós 2 a nos, por R $1 000,00. As des pesa s d e ma nu t enc¸ a˜o s a˜o
de resp onsabilida de de Hele na e s a˜o de R$100 ,00 por m ês no
primeiro a no e de R$150,00 po r m ês, no a no seguinte:

Se o dinheiro vale 1%ao m ˜ p ara Hele na?


ês, q ua l a melh or opc¸ ao

Na de
ga stos alternat
Helena ivadura
b), nt
ve ejamos
essesodoi
va slor, na T emos:
a nos. época da compra, dos
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 123

i) uma parcela de R$8 000,00;


ii ) o valo r a tual de uma s érie de 12 paga ment os de R$100,00,
1 − 1,01
igu al a 100 = R $1 125,51;
0,01
iii) o va lor, na época da compra , do s gas tos no segundo an o. P a ra
determin á -lo, ca lcula mos o va lor a tu a l do s ga stos no se gundo
1 − 1,01
ano, 150 = 1688,26 , e dividimos esse valor por
0,01
1,01 , p ara traz ê-lo um ano para tr ás, obtendo finalmente
R$1 498,25;
iv) o va lor, na época d a co mpra , da rece ita a uferida com a vend a ,
R$1 000,0 0 tra zidos do is a nos par a tr á s, isto é, 1000 ÷ 1,01 =
787,57.

Portanto, os gastos s ao
˜ de 8000 + 1 125,51 + 1 498,25 − 787,57 =
9 836,19.
Na alternativa a), o valor dos gastos na época da compra é o
val or atual de um a s érie de 24 pagamentos iguais a R$480,00,
1 − 1,01
480 0,01 = R $10 196,83.
A melho r a lterna tiva é a compra.

P roblemas Pr opostos ∗

1. Um t elevi sor, cujo pre ço à vista é R$900,00, é vendido em dez


oes mensa is i gua is. S e s a˜o pa gos juros de 4 %ao m ês, deter-
pr es t a ç˜
min e o valor d a s prest a ç o˜es, supondo a primeir a prest a ç ao
˜ p aga :

a) no ato da co mpra.
b) um m ês ap ós a co mpra .
c) dois meses ap ós a co mpra .

S oluç˜
oes na p ágina 191.
124 Temas e Problemas

2. Se a ta xa de j uro s é de 0,6%ao m ês, po r q uant o se aluga um


im óvel cujo pr eço à vista é R$8 0 000,00, supondo o a luguel mens a l
pago ve nci do? E se fo sse p a go adia nta da mente?

3. S upo ndo
salmente j urosede
durant 1 01%a
an os opar
m aês,obter
quanto
a ovoc ê devep inve
fi m desse razo, stir
po rmen-
30
a nos, uma r enda mensa l de R$ 500,0 0?

4. S upondo j uros d e 1%a o m ês, qua nt o voc ê de ve i nvest ir mensa l-


mente duran te 35 a nos p a ra obter , ao fi m desse p ra zo, uma renda
perp ét ua de R $1 000,00?

5. Considere uma renda perp étua cujos termos crescem a uma


taxa constante j e cujo primeiro termo é ig ua l a P. Supondo j uros
de taxa i (i > j), dete rmine o valor da renda na época d o prim eiro
pagamento.

6. Minha mulher acha que devemos vender o carro novo que


compra mos por R $18 000,0 0 q ua ndo ele estiver com dois a nos d e
uso . Conseg uir ı́amos vend ê-lo por R$14 000,00 e comprar ı́amos
outro
qua troigual,
a nozero quilve nder
s para ômetro . Eu
o c arr a cho
o, caso queque
e m se sria ómelho r espı́amos
conseguir erar
R$10 000,00 na vend a , mesmo le va ndo em co nt a que ga st a r ı́amos
em consert os cerca de R $1 000,00 n o ter ceiro a no e de R$2 000,0 0
no quart o ano. Supo ndo que o dinhe iro v alha 15%a o ano, quem
tem raz a˜o?
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 125

ˆ
APENDICE
Como calcular a taxa de juros utilizando o E xcel

Pa ra ca lcular a ta xa de j uros em s érie s uniformes de paga men-


tos, inic ia lmente, deve- se cl ica r na tecl a do menu f .
C om est a opera ç a˜o apa rec er á na tela:

Figura 51

Ro le o curso r no qua dro à esquerda e clique em Financeira,


como mostra a Figura 52.

EmClique
ra 53). segui OK.
da no qua dro à dir eita proc ure a fun ç ao
˜ TAXA (Figu-
126 Temas e Problemas

Figura 52

Figura 53
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 127

Aparecer á uma caixa de di álogo e ser á necess ário preencher


algumas jan elas:
Nper coloque nesta lacuna o n úmero total de termos da s érie
uniforme.
Pgto coloque nesta lacuna o n úme ro to tal de termo s da s érie
uniforme.
VP pree ncha este qua dro c om o va lor presente ( va lor a tua l), com
sinal contr ário ao pagamento . Se o V F é pree nchido e sta c élula
deve ficar em bran co.
Vf pree ncha est e qua dro c om o va lor fut uro, com sina l contr ário
ao pagame nto . Se o V p é preenchido esta c élula deve ficar em
branco.
Tipo é o n úmero 0 ou 1, c onfo rme os pa ga ment os sej a m posteci-
pad os o u a nt ecipados. S e for deixad o em bra nco , o E xcel assu mir á
0, c onsideran do o s pa ga ment os po stecip a dos.
Estimativa é a sua estimativa para a taxa. Deixe em branco.

Observac¸a ˜o. O Excel trabalha com a “l ógica do contador”, na


qua l os paga ment os e os rec ebime nt os devem ter sina is c ontr ários.
Logo, se o va lor present e é um va lor po sit ivo, o va lor da s prest a ç o˜es
é ob rigat oriam ente n egativo .
E xemplo 1. Qual é a t a xa d e juros na co mpra de um ve ı́culo cujo
preço à vista é de R$8 000,00 e é pago em 2 4 paga mentos mensais
de R$400,00, o primeiro sendo efetuado um m ês ap ós a compra?
Preencha Nper = 24, Pgto = −400 e Vp = 8000 . Aparec er á
TAXA (24; −400; 8000) = 0,015130844, ou sej a , 1,51 %a o m ês.
E xemplo 2. Qual é a t a xa de juro s na compra de um ve ı́culo cujo
pr eço à vista é d e R $8 000,00 e é pago em 2 4 paga mentos mensais
de R$4 00,00, o primeiro se ndo efetua do no a to da compra ?
Preencha Nper = 24, Pgto = −400, Vp = 8 000 , e Tipo = 1.

Aparecer
a o m ês. á TAXA ( 24; −400, 8000; ; 1) = 0,016550119, ou seja , 1,66%
128 Temas e Problemas

Exemplo 3. O Excel tamb ém calcula taxas de juros em s éries


n a˜o-unifo rmes. Veja mos c omo ca lcular a ta xa de j uros a o an o do
fi na nc iamento a segui r:

Ano 0801 50
Valor 2 3504 0 5 −640 7−40 −60 −70

Os valores est a˜o em mil ha res de re ais, a s entrada s de c apital


fora m co nsiderada s po sitivas e a s sa ı́das, negativas.
Inicialmente devemos colocar os valores do fluxo em c élulas
adjacentes de uma mesma coluna da planilha, por exemplo, nas
células de B 1 a B 8. P roc ede ndo c omo ant erio rmente, usamos os
comandos f , Fina nce ira e TIR (enc ontr a -se ime diat a mente a p ós
TAXA).
Aparecer á uma caixa de di ˜ dig ite
á logo. Pa r pre enc h ê-la, n ao
nada. Com o bot a˜o esquerdo do mo use aperta do, cub ra a s c élulas
na s q uais foi co loca do o fluxo de c a ixa, n o ca so as c élulas de B1 a
B 8. Elas fi car a˜o dentro de um ret aˆngulo co m efeito de movimento
na borda e a caixa de di álogo se preencher á sozinha , apa rec endo :
VALORES B1:B8
TIR(B1:B8) = 0,031826856
A taxa é de 3,1 8%ao a no.

P roblemas Pr opostos ∗

1. J oelma comprou um a gela deir a , cujo p rec¸o à vista era R$800,00,


com uma entrada de R$200,00 e se is pre sta ç o˜es mensais de
R$120,00. Qua l é a t a xa m ensal dos j uros que e la est á paga ndo ?

2. Ma nu el compr ou um t elevisor, cujo prec ¸o à vista era R$500,00,


em d ez pr est a ç o˜es mensa is de R $60,00 cada , vence ndo a primeira
dois mese s a p ós a co mpra. Qual é a t a xa m ensal dos j uros que e le
es t á paga ndo ?

S oluç˜
oes na p ágina 193.
˜
Noc¸ oes ´
de Matem atica Financeira 129

3. Uma caixa de funcion ários de certa empresa empresta dinheiro


a seus assoc iados e calc ula os juro s de modo p eculiar . Pa ra um
empr éstimo de R$1 000,00, par a paga ment o em 5 vezes, os juro s
˜ de “3 %a o m ês”, isto é, 1 5% em 5 mes es. Portant o, o total a
s ao
ser
Qualpago
é naérealidade
d e R $1 150,00,
a taxa deou seja
juros , 5que
com pr est a ç o˜esa dcaixa?
trabalha e R$2 30,00 cad a .
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 1 133

˜es dos Problemas do Capıt


Soluc¸o ´ ulo 1

1. Ca so particular do Exempl o 3.

2. Admitindo a f órmula da área de um tri angulo, ˆ o resultado é


ˆ
imedi at o. O fat or de pro porci ona lidade é a me tade da di st ancia
ˆ
de P a r, que é a m edida co mum da s alt ura s de todos esses tr i angu-
los. Deste modo, o exerc ı́cio se to rna uma conseq ü ência (indireta)
do Exem plo 2 , po is a f órmula d a área do tri aˆngulo resulta da área
do ret aˆngulo.

3. Seja f(x, y) a á rea do para lelogra mo que tem OX e OY como la -


dos. A prova de q ue f (x, y) é propo rciona l a x e y se f az exat amen-
te como no ca so do ret aˆngulo . A constan te de prop orci ona lidade
é a = f(1, 1) = ( área do lo sango de la do 1 e aˆngulo s internos α e
180 − α) = s en α . Portanto f(x, y) = (sen α )x · y. N a˜o é prec iso ta -
bela de senos nem calculadora para responder a última pergunta
do exerc ı́cio. Sa bendo que a · 6 · 7 = 29, obtemos a = 29/42. Logo
f(2, 3) = (29/42) · 2 · 3 = 29/7.

4. A v eri fi ca ç ao
˜ de que o volume f(x,y,z ) do pa ra lelepı́pedo que
t em OX, OY e OZ como arestas é proporcional a x, y e z, se faz
do mesmo modo que no caso do bloc o reta ngula r. Tem-se porta nt o
f(x,y,z ) = axyz, onde o fat or de prop orc iona lida de a = f (1,1,1 ) é
o volume do paralelep ı́pedo c uja s a resta s m ede m 1 e est a˜o so bre

a s semi- reta s OA, OB e OC. S e AOB = α, AOC = β e BOC = γ  
en t a˜o a é a ra iz quadra da do de terminante da “mat riz de G ram”:
 1 cos α cos β

 cos α 1 
cos γ .
cos β cos γ 1

(Veja “A Ma t em á tica do Ensino M édio”, vol. 3, p ág. 152.) Observe


que quando α = β = γ = 90 tem-se a = 1 e r eca ı́mos no volume

do blo co reta ngula r.

t e. tPara
5 to do
. Dizer quet ≥ 0, nt
o po seja
o pef(rco a a bsc
t) rre issa do
espac¸os p onto
igua m t óvel
is em empo nosiigua
nsta isn-
134 Temas e Problemas

significa dizer que f (t + h) − f(t), espa ço percorri do no in t erv a lo de


tempo [t, t + h], dep ende apenas de h, mas n ao ˜ de t. A consta nte
v = f (t + 1) − f(t), espac¸o perco rr ido na un ida de de t empo , cha ma -
se a velocidade do po nt o m óvel. P elo Teorema de Ca ra cteriza ç a˜o
da s F unteremos,
partida, ç o˜es Afins,
parasetodo
pusermost, f(b = f(0) = absci ssa do po nto de
t) = vt + b , desde que saibamos
q ue f é um a fu n ç o˜es crescente (o u d ecrescent e). Do pont o de vist a
fı́sico , ist o sign ifi ca q ue o ponto se move sempre no mesmo sent ido.
E st a cond iç a˜o pode, sem pr eju ı́zo algum, ser in clu ı́da na defi ni ç a˜o
de movimento uniforme. (Veja tamb ém o c omen t ário à p á g. 10 1 do
livro “ A Mat em át ica do Ensino M édio ”, vol. 1. ) D eve -se nota r que
a posi ¸cao ˜ d o m óvel no eixo é da da pela fun ç ao˜ afim f(t) = vt + b
por ém o espaço (distˆancia) qu e ele perc orreu é da do pela fun ç a˜o
linear e = vt .

6. A contrapartida alg ébric a do fat o de que por doi s pontos dis-


tintos do plano passa uma, e somente uma, reta é a pr oposi ç a˜o
segundo a qual, dados x , x , y , y em R, com x  = x , existe
uma , e soment e uma , fun ç ao ˜ afi m f(x) = ax + b, tal que f (x ) = y
e f(x ) = y . Em palavra s: uma func ¸ ao ˜ afim fica determinada
qua ndo se co nhec em seus va lores ( tomados a rbitra riam ente) e m
˜ que resulta imediatamen-
dois po nt os dist int os. E st a propo sic¸ ao,
te da sua vers a˜o geo m étrica acima mencionada, pode ser provada
a lge bric a mente obse rva ndo- se que, dad os a rbitra riam ente x , x ,
y , y , com x  = x , o sistema linear

ax + b = y
ax + b = y ,

cuja s inc ógnitas s a˜o a e b , poss ui a solu ç a˜o única

a = (y − y )/(x − x ) e b = (x y − x y )/(x − x ).

7. O pri meiro (e ma is impo rta nte) f a to a notar para reso lve r este
problema é que
te propo rcio na l oa no número
úme rodede
dias
v acasque
a dur a aalime
se rem ra ç a˜nta
o é inve
das: rsa
quamen-
nto
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 1 135

ma is va cas, menos dura a ra ç ao ˜ e al ém disso, se o n úmero de va-


ca s é multiplicado por um n úme ro na tural n, o n úme ro de dias
qu e dura a ra ç a˜o é dividido por n. Pa ssad os os prime iro s 14 di a s,
o fazendeiro tinh a a inda ra ç a˜o sufi cient e para a lime nta r 16 vacas
durante 62 − 14 = 48 di as. Pa ra sabe r durante qua nto s dias es ta
˜ poderia alimentar as
ra çao 12 (= 16 − 4) vacas resta ntes, o bse rva -
mos que 12 = 16 × (3/4) logo esse n úmero de dias é 48 ÷ 3/4 = 64 .
D epois de m a is 15 dia s, a ra ç a˜o que resta d á para alime nta r as 1 2
vac as durant e 64 − 15 = 49 di a s. Essa mesma r a ç a˜o é suficiente
para alimentar 21(= 12 + 9) vac as durante 49 ÷ (21/12) = 28 dias,
21
pois 21 = 12 × . Tota lizan do, nas circunst aˆnci a s d o prob lema , a
12
˜ dura 14 + 15 + 28 = 57 dias.
ra çao

˜ se -
8. Este exerc ı́cio é a n á logo a o a nt erio r, port a nt o sua soluc¸ ao
gue as mesmas linhas. Ao fina l de 1 2 di as de vi agem, a cara vana
t em água suficiente para servir 7 pessoas durante 42 − 12 = 30
dias. E 10(= 7 + 3) pessoas? Como 10 = 7 × (10/7), a água durar á
30÷ (10/7) = 21 di a s. Como a inda fa lta m 30 dias para o fi m da via-
gem, se fo r m a nt ido o mesmo c onsumo di ário de água por pessoa,
um oá sis deve ser enc ontra do em 2 1 dias ou meno s. I sto respo nde
˜ di ária de água por pessoa
o item b) . Quan to a o item a ), a ra ç ao
tamb ém é inversam ente prop orci ona l a o n úmero de pessoas. Co-
mo 10 = 7 × ( 10/7), o co nsum o di ário po r pes soa numa cara vana
de 10 p esso a s deve ser d e 3,5 ÷ (10/7) = 2,45 litr os.

9. No eixo orientado AB, tomaremos A como srcem das abscis-


sas. Dec orridos t ho ras ap ós a partida, o carro que partiu de A
enco nt ra -se no ponto de a bsci ssa f(t) = vt , enquant o o que partiu
de B tem a bsc issa g(t) = wt + d. Se ele s se enc ontr a m n o temp o
d
t, t em-se vt = wt + d, donde t = . E vide ntemente, se v = w
v−w
e d > 0 os carros nunca se enc ontr a m. Tam b ém se u < w n a˜o
ˆ
h á enc ont ro e , na verdade, a dist ancia wt + d − vt = (w − v)t + d
aumenta à medida q ue p a ssa o tempo .

10. aAo
dist depar
ˆncias a r co m este
percorridas peloprob
p lema,
ássa aro tend ênc ia
e m suas nate ural
idas vindas,é soma
o quer as
136 Temas e Problemas

é uma tarefa muito ˜ mais simples consiste em


á rdu a . A soluc¸ ao
ca lcular o tempo . Os dois trens se c hoc a m no mome nto t em q ue
46t + 58t = 260, ou seja, ap ós t = 260/104 = 2 horas e 30 minutos
Este é ex a ta mente o tempo em que o p ássa ro vo ou. Portant o ele
percorreu 60 × 2,5 = 150 quil ômetros.

11. Ap ós x meses de uso, quem comprou o aparelho na loja A


gastou f(x) = 3800 + 20x reais, enquanto quem comprou na loja B
gastou g(x) = 2500 + 50x . Tem-se g(x) − f(x) = 30x − 1300. Logo,
1
para todo x ≥ 1300/30 = 43 , tem- se g(x) − f (x) ≥ 0. Noutras
3
palavras, ap ós 43 m êses e 10 dias de uso, o aparelho comprado
na loja B, que inic ialmente era ma is bara to, to rna -se mais caro do
que o co mpra do na loja A.

12. A soluç ao ˜ des te exerc ı́cio é a n áloga à expl ica ç ao


˜ do Exe m-
plo 3, s ó que mais simples porque n a˜o h á nec essi da de de mo stra r

que
t o Za, correspond
t race uma seência x→
mi-reta z est áabem
 paralel defin, contida
a OA ida. Ano
partir do po
interior do n-
ˆ
angulo 
AOB. S e X é um ponto de OA tal que X est á entre O e X
 

(ou seja, x < x ) ent ao



˜ o seg mento X Z corta essa paralela num
 

ponto M. (Fac¸a a fi gura !) Logo x < x ⇒ z < z . Al ém disso, se


 

OX = XX = x en t a˜o os tri angulos



ˆ OXZ e Z < Z s a˜o congruen-

tes por terem os lados OX e XX iguais compreendidos entre os


ˆ
angulos    
iguais O = Z e X = M. Po rtanto MZ = XZ. Co mo é 

claro que XZ = X M, segue-se que z = 2z. (E st a explic a ç a˜o s ó


 

faz sentido se for acompanhada de uma figura.) Analogamente,


x = nx ⇒ z = nz .
 

Temos ent a˜o (vide E xempl o 3) dua s propo rcio na lida des: x → y
ex→  z. Os dois fat ores de prop orci ona lidade s ao ˜ iguais quando
y/x = z/x, ou seja, quando z = y (para o mesmo x ). Ist o significa
ˆ
que o tri angulo OXZ é is ósc ele s. Port a nt o os fa tores de prop orc io-

na
comli dade
OA se OB
a˜o igua
. is se, e somente se , a reta r forma aˆngulo s iguais
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 1 137

Soluc¸a
˜o do problema da lebre e do cachorro

U m pulo de le bre é ig ua l a 2/3 de um pul o de cacho rro. P orta nt o a


dianteira da lebre é de 100/3 pulo s d e cachorro . No momento em

que a lca
dado 4/3ncpulos
¸ar a (de
lebre , o cacho
lebre), rro ter (á4/3
ou seja, dado
) × (x2/3pulos
)x =e a(lebre
8/9)xter
pulosá
de cacho rro. N esse mo ment o, a dist aˆncia perco rrida pelo ca cho rro
(medida em t ermos de pulo s) é ig ua l àquela percorrida pela lebre
mais a dianteira que ela levava no princ ı́pio . Assim :
8 100
x= x+ , donde 9x = 8x + 300 e x = 300.
9 3
P orta nt o, da nd o 300 pulos, o cachorr o alca nc¸a a lebre.
138 Temas e Problemas

˜es dos Problemas do Capıt


Soluc¸o ´ ulo 2

1 1
1. Note que x+ é o dobro da m édia aritm ética de x e , lo-
go é maior do que ouxigual ao dobro da m x
édia geom étrica desses
1
n úmero s, q ue é igual a 1. Assim, x+ ≥ 2 para todo x > 0. A
x
1
igualdade ocorre apenas quando x = , ou sej a , qua ndo x = 1 .
x
2. A soma ax + by é o do bro d a m édia aritm ética de ax e by,
logo é ma ior do que o u igual ao dob ro da m édia geom étrica des-
ses n úmero s, sendo i gual apenas qua ndo ax = by, caso em que
√ · √
ax + by = 2 ax by = 2 abc. Este é, portanto, o menor valor
de ax + by quando xy = c. Como ax = by, cada um destes dois

n úmeros é ig ua l a abc.

3. Se o comprimento procurado é x metro s e a pro fundi dade é


y metros ent a˜o, como a largura é 1 m etro , o volume do bura co é
1 x y = 300 m . O custo da ta refa de ca var é 10x + 30y. Trata-se,
portanto, de minimizar a soma
· · 10x + 30y sa bendo que xy = 300.
Pelo exerc ı́cio anterior, o valor m ı́nimo é obtido quan do 10x = 30y .
Sendo y = 300/x, isto nos d á 10x = 30 300/x = 9000/x, logo 10x =
·
9000, x = 30 e y = 300/30 = 10 . Logo o bura co deve ter 30 metr os
de comprimento e 10 metros de profundidade. Seu custo ser á de
600 reais.

4. Uma das to rne iras enc he o tanque em x ho ras e a outra em


x + 10 horas. Em uma hora as duas torneiras juntas enchem 1/12
do ta nque, se ndo 1/x e 1/(x + 10 ) respec tiva ment e a s fra ç o˜es do
vol ume do t a nq ue q ue representa m a cont ribuic¸ ao˜ de c ada uma
nesse per ı́odo. Logo
1 1 1
+ = .
x x + 10 12
Eliminando os denominadores e simplificando, tem-se

x − 14 − 120 = 0 .
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 2 139

As ra ı́zes d est a equa ç a˜o s a˜o 20 e −6. Co mo x n ao ˜ pode ser


nega tivo, deve se r x = 20 . L ogo, uma d a s tornei ra s enc he o ta nque
em 20 horas e a outra em 20 + 10 = 30 horas.

5. Sejaencz her
para o n úmero de hoEm
o ta nque. ra suma
que ashora,
dua as tornei
frac¸ ra
˜ sdo
ao junta s leque
tanque va riam
as
1 1 1 1 x+y
duas torneiras juntas enchem é . L ogo = + = e da ı́
z z x y xy
xy
z= . (No te q ue z é a meta de da m édi a ha rm ônic a de x e y .)
x+y

6. Sejam x e y resp ectiva mente o n úmero de horas necess árias


para que c ada gui ndast e des car reg ue so zinho o navio . Temo s
xy x(x + 5)
= 6 e y = x + 5 , logo = 6 e da ı́ x − 7x − 30 = 0.
x+y 2x + 5
As r a ı́zes d est a equ a ç a˜o s a˜o 10 e −3, logo x = 10 e y = 15 .

7. O primeiro comerciante vendeu x met ros a o pr eço de p reais


por metro. O segundo vendeu x + 3 metros a q reais cada metro.
Os da dos do prob lema s e tra duzem po r

px + q(x + 3) = 35, (x + 3)p = 24 e xq = 12,5.

Logo p = 24/(x + 3) e q = 12,5/x. Subs titui ndo na prime ir a


eq ua ça˜o:

24x 12,5(x + 3) 48x 25 (x + 3)


= = 35 ou + = 70 .
x+3 x x+3 x

Eliminando os denominadores e simplificando, reca ı́mos na equa-


ça˜o x − 20x + 75 = 0 , cujas ra ı́zes s a˜o x = 5 e x = 15 . Amb as a s
ra ı́zes servem, logo o problema admite duas respostas certas.
P rime ira res posta : um dos comerc iantes ve ndeu 5 metros a
24/(5 + 3) = 3 reais o metro e o o ut ro vendeu 8 metr os a 12,5/5 =
2,50 re a is c a da metro .
Segunda resp osta : um dos co merc ian tes vendeu 15 metros a
4/3 de rea is o metr o e o outro vendeu 18 metros a
metro. 5/6 de real cada
140 Temas e Problemas

8. E screven do a eq ua ç a˜o da da sob a fo rma


√x = x − m e ele va ndo-
a a o qua dra do, vemo s que e la é equivalente à s s eguin t es condic¸ o˜es
simult aˆneas:

x − ( 2m + 1)x + m = 0, x 0, x m. ≥ ≥
O discrimin a nt e da eq ua ç a˜o do segundo g ra u a cima é ∆ = 4m + 1.
Va mos sep a ra r os va lores po ss ı́veis de m em cinco c a sos:

1o¯ ) m < − 1/4. Ent a˜o ∆ < 0, logo n a˜o h á soluça˜o.


2o¯ ) m = −1/4. Ent a˜o ∆ = 0, a eq ua ç ao˜ do segundo g rau acima
tem ape na s a ra iz x = 1/4 , que cumpre x 0 e x m, logo a
√ ≥ ≥
eq ua ça˜o m + x = x tem n este c a so uma ún ica sol uç a˜o.
3o¯ ) −1/4 < m < 0 . Ent a˜o ∆ > 0, logo a eq ua ç a˜o x − ( 2m + 1)x +
m = 0 te m duas ra ı́zes, ambas positivas (pois 2m + 1 > 0 e
m > 0), am bas ma iores do que m (pois m é negativo), logo,

nes t e cas o, a equ a ç a˜o m + x = x t em d ua s soluc¸ o˜es.
4o¯ ) m = 0 . Ent a˜o
√s = x t em du a s soluc¸ o˜es: x = 0 e x = 1.
5o¯ ) m > 0. Ent a˜o a eq ua ç a˜o x −( 2m + 1)+ m = 0 tem dua s ra ı́zes
distinta s, am bas positivas, co m produto m , lo go a penas um a

delas é ma ior do que m. Assim, neste caso, m + x = x t em
uma ún ica sol uç a˜o.

Geometricamente, as ra

ı́zes x da eq ua ç a˜o m + x = x s ao
˜ os
pont os de in t er sec¸ a˜o da semi- par ábola deitada y = m + x, x 0,
√ ≥
com a reta y = x, bi sse triz do prime iro e terc eiro q uadra ntes.
A Figura 54 ilustra a s po ssibilidad es, c onfo rme os valores de m.

9. O professor comprou x livros e cada um custou 180/x reais.


Segun do o enunciad o, t em-se
180 180
= − 3.
x+3 x
E limina ndo os denomina dores e simpli fi cand o obtemos a equa ç a˜o
x + 3x −
comprou 1 1280 = a0, cujas
li vros 15 rearais cada a˜o 12 e −15. Logo o prof esso r
ı́zes sum.
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 2 141

Y Y
y =x y =x

y  m x
y  m x

1
4
X X
1
 1  1 4
4 4

(a) m <  ¼ (b) m =  ¼

Y Y
y= x y= x

y x
y  m x 1

X X
1
 1
4
(c ) ¼ < m <0 (d) m = 0

y= x
Y
y  m x

(e) m > 0

Figura 54
142 Temas e Problemas

10. O n úmero de diagonais de um pol ı́gono convexo de n lad os é


igual a n(n − 3)/2. Ig ual and o-o a 405, obtemo s a equac¸ a˜o
n − 3n − 81 0 = 0, cuja única raiz positiva é n = 30. Po rtanto
o pol ı́go no t em 30 lados.

11. O n úmero de jo gos num ca mpe ona to d isp uta do po r n clubes


em dois turn os é n(n − 1 ). Logo n − n = 306. Reso lve ndo e sta
˜ encontramos a
eq ua çao, única raiz positiva n = 18 .

12. Eram x amigo s. Se todo s paga sse m, a cota de c ada um se -


ria 342/x re ais. Co mo 3 n a˜o paga ra m, a cont ribuic¸ ao
˜ indi vid ual
passou a ser 342/(x − 3 ) re a is. Segundo o e nunciado do pro ble -
ma , t em-se 342/(x − 3 ) = (342/x) + 19 . Eliminando os denomina-
dores e simplificando, vemos que x é a ra iz posi tiva da equa ç a˜o
x − 3x − 54 = 0, logo x = 9. Era m po rta nto 9 amigo s, que de ve -
riam pagar 342/9 = 38 re ais cada mas, no fina l, o s 6 que pagara m
contribu íram com 342/6 = 57 = 38 + 19 re ais cada um.

13. Seja x a pr ofun did a de do poc¸o. O t empo de qu eda é t = 2x/g 

e o tempo qu e leva o som pa ra ir do fun do do poc¸o à a ltura do solo


  

é t = x/v . Logo t = t + t nos d á


 
t= 2x/g + x/v, 2x/g = t − x/v ( ) ∗
Elevando ( ) a o qua dra do, ob temos

2x 2tx x 2v v gt
=t − + , ou x − (gt + v)x + = 0.
g v v g g
Res olvend o est a eq ua ç a˜o do segundo gra u, enc ontr a mos as r a ı́zes:
v  
x= gt + v ± v(v + 2gt) .
g

˜ ambas positivas, pois


Estas ra ı́zes s ao é claro que (gt + v ) =
(gt) + 2vgt + v > 2vgt + v = v (v + 2gt ).
Mas a única raiz adequada para o problema é a que corres-
ponde a toer
sinal + sinal
ı́amos−xant es,do
> vt ra dic
o que é aal.bsurdo
Compois
ef eito,
x= se vttom< vt
ássemos

. o
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 2 143

14. Seja x a ve locidade das águas do ri o em km po r hor a. No


movimento uniforme, tem-se tempo = espa ço /velo cida de. Logo ,
soman do o tempo de ida com o de volta resulta a equa ç a˜o
12 8
12 + x + 12 − x = 2 , ou se ja, x − 2x − 24 = 0.
A única r a iz po sit iva d esta equa ç a˜o é x = 6 . P orta nt o a velo cidade
do rio é de 6 k m po r h ora . O rema dor levo u 40 minuto s para ir e
1 hora e 20 minutos para voltar.

15. Sejam x a al tu ra e y a base do tri angulo ˆ inv ertido . Po r


semelha nc¸a , va le (5 − x)/5 = y/4. (Fac¸a a fi gura!) Lo go y =
4
( 5 − x ). Segue-se que a área do tri aˆngulo invertido , inscrito no
5
˜ da sua altura , é expressa por xy/2 = 2x −( 1/5)x .
ma ior, em fu n ç ao
Seu valor m áximo é atingido quan do x = 5/2. O tr i angulo ˆ maior,
cuja área é 10 m , fica assim decomposto em 4 tri ˆ
angulos con-
gruentes, de área igual a (5/2) m , um dos quais ˆ
é o tri angulo
invertid o inscrito .

˜ as ra ı́zes da eq ua ç a˜o ax +bx+c = 0 en t a˜o a f un ça˜o


16. S e α e β s ao
quadr ática f(x) = ax + bx + c at inge , pa ra x = −b/2a = (α + β)/2,
seu valor m á ximo se a < 0 ou seu valor m ı́nimo se a > 0. Po rtant o
f(x) = 2(x − 2 )(x + 3 ) é mı́nimo para x = (2 − 3 )/2 = −1/2. Esse
mı́nimo é f(−1/2) = −25/2. Analogamente, g(x) = 3(2 − x)(5 + x)
a ssume seu va lor m áximo qua ndo x = (1 − 5)/2 = −3/2. E sse valor
é g(−3/2) = 147/4.

17. O n ovo re t angulo


ˆ tem base b − x e altura a + x, logo sua área
é f(x) = (a + x )(b − x ). As r a ı́zes da equa ç a˜o f(x) = 0 s a˜o −a
e b. O coeficie nte de x em f(x) é −1. Logo a fun ç ao ˜ quadr ática
f(x) assume seu valor m áximo quando x = (b − a )/2. Note que,
para este va lor de x , o ret aˆngulo de base b − x e altura a + x é, na
reali dade, o quadra do de l ado ( a + b)/2.
Outro modo de resolver este problema consiste em observar
que, para todo x com 0 x b, o per ı́metro do ret aˆn gul o de base
≤ ≤
b − x quadr
é um a+
e alturaa do, oux se
é consta
ja , qua nt
ndoe, lobgo
−sua
x = aárea
+x, oéque
m ádxima
á xqua
= (bndo
−a)ele
/2.
144 Temas e Problemas

18. As dia gona is do los a ngo s a˜o x e 8 − x logo a área do me smo é


 1 
x(8 − x )/2 = x 4 − x e seu valor m áximo é ob tido par a x = 4.
2
˜ as duas diagonais s
E n t ao √ ˜ iguais e o losango
ao é um quadrado
cujo lado mede 2 2.

19. S e x é o menor dos dois n úmeros ent a˜o x + 8 é o outro e seu


produto f (x) = x(x + 8) assume o valor m ı́nimo f(−4) = −16, logo
os valores poss ı́ve is d esse p roduto fo rma m o intervalo [−16, +∞).
N a˜o h á valor m áximo.

20. O enunc iado do prob lema j á indica que, se escrev êssemos a


funçao˜ na forma f(x) = ax + bx + c , ter ı́amos a > 0, logo seu
gr áfico é um a par ábola com a concavidade voltada para cima. É
ma is co nvenient e, po r ém, escrever f(x) = (x − m) + k. Para todo
y ≥ k, queremos achar x m tal que (x − m ) + k = y, ou seja,

(x − m ) = y − k . Dev e s er e nt a˜o x − m = ±√
y − k, logo x =
m ± √√ y − k. Como se dese ja x ˜ adequada
m, a sol uç ao
≥ é x =
m + y − k. Port a nt o, a fun ç ao√˜ inversa f : [k, +∞) → [m, +∞)
é dada por f (y) = m + y − k, onde m = −b/2a e k = f(m).
No caso particular em que f(x) = x − 6x + 10 , tem-se m = 3,
k = f (3) = 1 e a inv ers a da fun ç a˜o f : [3, +∞) → [1, +∞) é dada por

f (y) = 3 + y − 1.

21. Para fixar as id éia s, suponham os a ≤b. Ent ao ˜ deve-se ter


0 ≤ ≤ x a ≤ b. A área do paralelogramo é ig ual à área ab
ˆ gul o me no s a soma das áreas de 4 tri angulos,
do ret an ˆ logo é ex-
pressa por f(x) = ab − (a − x )(b − x ) − x = x(a + b − 2x ), com
0 ≤ ≤ x a ≤ b. As ra ı́zes da equa ç a˜o f(x) = 0 s a˜o x = 0 e
x = (a + b)/2. Log o a fu n ç a˜o f assume seu va lor m áximo no pon-
t o x = m, onde m = (a + b )/4. Se tiv ermo s b ≤3a en t a˜o se r á
m ≤ a e x = m ser á a sol uç a˜o do p rob lema . Se, e ntr etan to, f or
b > 3a en t a˜o a fu n ç a˜o f assum e se u va lor m á ximo no pont o m > a.
O gr áfi co de f é u ma par á bola com a co ncavidade pa ra baixo , que
corta o eixo OX nos po nt os de a bsc issas 0 e (a + b )/2 (esb oce-o!).
Como
a fu n çseu
a˜o m áximo éno
é crescente at intervalo
ingido no p onto m quentest
[0, a] po,rta o o ám àádireita
ximo de de f(xa),
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 2 145

para 0 ≤ ≤x a é f(a). Neste caso (b > 3a ), a resposta é x = a.


(Desenhe o para lelogra mo obtido qua ndo x = a .)

22. a ) Os n úmeros x que s a˜o pe lo menos 16 %ma iores d o que seus


quadrados s a˜o a s soluc¸ o˜es da in equ a ç a˜o x x + 0,16x ou seja
1,16x − x ≤ ≥
0. As ra ı́zes da equ a ç a˜o 1,16x − x = 0 s a˜o x = 0 e
x = 0,862. Portant o os n úmeros pro curad os s a˜o to dos aq uel es que
cum pr em a cond iç a˜o 0 x 0,862.
≤ ≤
b) Os n úmeros x que s ao,˜ no m á ximo , 22% meno res do q ue o
qu ad rad o de suas me tad es s ao ˜ as soluc¸ o˜es da ine quac¸ a˜o
x ≤ (x/2) + 0,22(x/2) , ou seja, 1,22 x − 4x
· ≥ 0. Po rtanto a
resposta é x 0 ou x 4/1,22 = 3,278, ou seja, todos os n úmeros,
≤ ≥
exceto os n úmeros po sitivos menores do q ue 3,278.
x x x
c) Pedem-se os n úmeros x tais que = + 0,3 , ou seja,
2 5 5
x − 1,04x = 0 . Logo os n úmeros proc ura dos s a˜o x = 0 e x = 0,961.

23. Seja m/n racio na l. S e fosse p (m/n) + q(m/n)+ r = 0 t er ı́amos


pm + qmn + rn = 0. Podemos supor m/n irredut ı́vel, digamos
m p ar e n ı́mp ar. Co mo o p ro duto de um intei ro par por qua l-
quer outro int eiro é ainda par, pm e qmn s ao ˜ pares, logo a soma
pm + qmn é pa r. Por ou tro lado r e n s a˜o ı́mp ares porta nto rn
é ı́mp ar. E nt a˜o (pm + qmn) + rn , soma de um n úmero par com
um n úmero ı́mpar, é ı́mpar, conseq üentemente = 0. C ont ra dic¸ a˜o.

Se fosse m ı́mp ar e n pa r, o argumento seria a n álogo: a primeira
parcela da soma pm + qmn + rn seria ı́mp ar e as dua s o utras
par es, logo a soma n ao ˜ poderia ser igual a zero.

24. A trabalhou um total de x + 3 ho ras e B, x ho ra s. O n úmero


de lauda s que A digitou por hora foi 120/x enquanto que B digitou
252/(x + 3) la uda s em c a da hora. O t ota l de lauda s digitado po r A
foi 120(x + 3)/x e, o de B, 252x/(x + 3). Logo
120(x + 3) 252x
+ = 354.
x x+3
Elimina ndo os deno mina dore s e simplifican do:

x − 19x + 60 = 0.
146 Temas e Problemas

Porta nto, deve mos ter x = 15 ou x = 4. Ambas as possibilida-


des s a˜o v á lidas: o pro ble ma a dmite duas respo sta s.
Se tomarm os x = 15 , isto si gnifi ca que A tra balho u um total de
18 horas, digitan do 120/15 = 8 laudas por hora enqua nto B traba-
lho u dura nte 15144
horas, digitan 252/18 = 14
todo, A digitou laudas e Bdo
digit ou 210 . lauda s po r hora . Ao
Se tomarmos x = 4, is to sig nifica que A trabalho u durante
7 ho ra s, fazendo 120/4 = 30 la uda s por hora e B traba lho u durante
4 horas, completando 252/7 = 36 la uda s po r hora.
(Do po nto de vis ta mat em átic o, ambas as re sp ostas s ao ˜ cor-
re tas. Na p r ática, a primeira resposta requer habilidade mas é
poss ı́ve l, e nqua nto a segunda é a ltamente impl aus ı́vel.)

25. Tome mos o vinh o cont ido inicialment e no tonel co mo un ida de


de vo lume . Sej a x o volume de água introduzida no tonel (igual
a o vo lume do l ı́quido retirado) cada vez. Ent a˜o 0 x 1. Ap ós a
≤ ≤
˜ o tonel continha um volume
pr im eir a oper a çao, x d e água, a qual
a dmit iremos que se mist urou i media ta ment e com o vinho fo rma n-
do um l ı́quido h omo g êneo . Assim, o vo lume x d o lı́quido retirado
no in ı́cio da segun da opera ç ao ˜ cont ém uma parte de água que é
proporcional à água contida no tonel inteiro, logo s ao
˜ retiradas
x unidades de á gua, resta ndo no tonel um l ı́quido co nt endo x − x
unidades de á gua . A segun da opera ç a˜o se c omple ta a cresc enta n-
do mais x unidades de á gua . A encerra r-se a a ç ao, ˜ o tonel cont ém
portanto 2x − x unidades de água. O enunciado o problema diz
que este é a metade do total. Portant o 2 x − x = 1/2. Resolvendo

est a equ a ç a˜o, obtemos x = 1
√ ± 2/2. Como deve ser 0 ≤ ≤ x 1,
segue-se que x = 1 − 2/2 = 0,293. P orta nt o, em c a da opera ç a˜o a
á gua colocada no to nel c orrespo nde a prox ima da ment e a 3 d écimos
do seu conte údo.

26. Seja f(x) = ax + bx + c a fun ç a˜o pro cura da . Os dados f( 1) = 2 ,


f(2) = 5 e f (3) = 4 si gnificam q ue

a+ b+c = 2
4a + 2b + c = 5
9a + 3b + c = 4
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 2 147

Reso lve ndo este sistema , enc ontra mos a = −2, b = 9 e c = −5,
logo f (x) = −2x + 9x − 5.

27. D e f(1) = f(3) re sulta que m = (3 + 1 )/2 = 2. Como o gr áfico

édef (fxta) =
ngencia
a (x −o2)ei. A OX,ma
xoinfor vemos f (3) k
ç a˜oque == 0 , log
2 nos d áo ent
a f unç
a˜o aa˜o=proc
2 e ura
ent da
a˜o
f(x) = 2 (x − 2) = 2x − 8x + 8.

Soluc
¸a˜o do problema do restaurante a quilo

Se o quilo de c omida passa r de 1 2 para 12 + x reais, o res ta urant e


perder á 10x clientes e deixar á de vender 5x quil os de co mida. A
venda di ária passar á a ser 100 − 5x quilo s e a rece ita ser á de

(100 − 5x)(12 + x) = −5x + 40x + 1200 reais.

O m áxim o de ssa fu nc¸ ao ˜ qu ad r ática é ati ng ido qu and o


x = (−40) ÷ (−10) = 4. Portant o, o pre ço que da r á a maior
rec eita a o resta ura nte ser á de 12 + 4 = 16 reais o quilo .
148 Temas e Problemas

˜es dos Problemas do Capıt


Soluc¸o ´ ulo 3

1. A cada per ı́odo de 5 a nos, a popula ç ao ˜ da cidade é multiplicada


por 1,02. Logo, em 20 anos, ela é multiplicada por 1,02 = 1,0824.
Assim, o cresc imento estim a do é de 0,0824, ou s eja , 8,24%.
E st á impl ı́cito no enun cia do d o probl ema , que a populac¸ a˜o é
multipl ica da por uma consta nte em qua lquer interva lo de tempo
de du ra ç ao˜ fixa (n a˜o nec essa ria ment e com a dura ç a˜o de 5 a nos) .
Este é um modelo adequado para crescimento populacional, pois
t ra duz o fa to de que o aum ent o da popula ç a˜o, em um c erto interva -
lo de t empo , é propo rciona l à popu la ça˜o no i n ı́cio deste int erva lo.
Em conseq ü ência , a popula ç a˜o p(t) no instante t é expressa
por u ma fu n ç ao ˜ do tipo exponencial p(t) = ba , onde b = p(0) é
a popu la çao ˜ no i nsta nte ini cial. O valo r de a pode ser calculado
usa ndo o fa to de que, e m 5 an os, h á um crescimen t o de 2%. Temos
p(5) = p(0) × a = p(0) × 1,02. P orta nto , a = 1,02 e p(t) = p(0) ×
1,02 . Lo go, o c res cime nto relativo em um per ı́odo de du ra ç a˜o
t a no s é

p(t) − p(0) = p(0) × 1,02 − p(0) = 1,02 − 1.


p(0) p(0)

2. O n úmero de bact érias no ins tant e t é da forma f(t) = ba .


Como f(0) = 1000, temos b = 1000. Co mo f(1) = 1500, temos
1500 = 1000 · a e, da ı́, a = = . Logo, f(t) = 1000 ·
 . Assim ,
5 ho ras a p ós o in ı́cio do exp erimen t o, o n úmero de ba ct érias ser á

f(5) = 1000 ·
≈
3
7594 bact érias.
2

3. A lei d o resfria ment o esta bele ce que a diferenc¸a T − 20 entre


a s t emp erat ura s da peça e do am bie nte var ia, a o lo ngo do tem-
po, com uma ta xa de va riac¸ ao ˜ que é proporcional ao seu valor.

Isto
nencsignifica que . TOu−sej
ial do tempo 20a é, da da 20por
T − = uma func¸
ba ou, ao
˜ do tipo expo-
equivalentemente,
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 3 149

T = 20 + ba . Pa ra calcu lar a e b, usamos as tempe ra tura s ob ser -


vadas no s instantes t = 0 e t = 10 (estamos escolhendo medir o
tem po em min ut os). Temos
20 + ba = 120, de onde obtemos b = 100 e
20 + 100a = 80, de onde ob temos a = = 0,6 e, da ı́, a =
0,6 .
Ou seja, a temperatura T ao longo do tempo é dada por T =
20 + 100 · 0,6 . Ap ós 1 hora (ou seja, para t = 60 minutos), a
temperatura ser á

T (60) = 20 + 100 × 0,6 = 20 + 100 × 0,6 ≈ 24,7.


O gr á fi co da tempe ra tura a o longo do te mpo est á na Figura 55 .

120

80

20

Figura 55

4. A massa de mat éria radioativa é dada por m(t) = m · a , onde


m é a massa no instante inicial. Como a meia-vida é 5500 anos,
temos m(5500) = m · a = m · . Logo, a = e, port a nt o,
a=
 . Assim, a massa de ma terial ra dio a tivo que resta ap ós
10000 a nos é

m(10000) = m ·a =m · 1
2
=m · 0,284.
150 Temas e Problemas

Logo , resta m 28, 4%do mat eri a l ra dio a tivo ori ginal.

5. A massa no ins tant e t é m(t) = m · a . Co mo m(1) = 0,8m ,


temos m · a = 0,8m e, portanto, a = 0,8. A meia-vida é o tempo
em que a massa se reduz à metade. É obtida, portanto, resol-
vend o a equa ç a˜o m · 0,8 = m · , ou seja, 0,8 = 0,5. Assi m,
t log 0,8 = log 0,5 e, da ı́, t = log
log
. U sa ndo, por exemplo , logar it-
mos na ba se 10 , tem- se
−0,30103
t= = 3,10628 a nos .
−0,09691

6. Segun do a lei d e resfria ment o, a diferen ça T − 20 e ntre a tem-


perat ura do c orpo e a temp eratura do ambie nte é dada por uma
fun ça˜o do t ipo ex ponenc ial. Assim, T − 20 = b · a , ou seja, T =
20 + b · a .
Adotando t = 0 como o inst a nt e em que a tempera tur a d o corpo
foi tomada pela primeira vez e medindo o tempo em horas, temos
T (0) = 34,8 e T (1) = 34,1.
Assim, temos 20 + b a = 34,8, o que nos fornece b = 14,8. E m
seguida, 20 + 14,8 · a =· 34,1, de onde tira mos a = . Portant o,
 
temos T = 20 + 14,8 · .
Para encontrar o instante da morte, devemos determinar t
de modo que T = 36,5. Ou sej a , devemo s reso lve r 36,5 = 20 +
 
14,8 . Temos
 
16,5 = 14,8 ×
14,1
14,8
16,5
=
 
14,1
14,8 14,8
14,1
log 16,5 = t log
14,8
Empregando logaritmos na base e, temos 0,10873 = −0,04845t, de
onde obtemos t = −2,24.
O rpo
do co sinaleraneg
deat36,5
ivo indi

é ancaterque
ioroainstante
o momentem qo da ue a temp eratura
primeira medic¸ a˜o.
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 3 151

Assim, a morte oc orreu a pro ximada mente 2,24 ho ra s, ou sej a , 2


ho ras e 1 4 minuto s a ntes das 23:30. Isto é, o hor ário estimado
para a morte é 21:16.
7. É necess ário, antes de mais nada, interpretar corretamente
a s in form a ç o˜es fornecidas. A taxa de 10%ao m ˜ implica em
ês n ao
que, a o lo ngo de um m ês, 10%da á gua se e vapore . O valor da do se
refere à taxa instant aˆnea de eva pora ç a˜o. Ou sej a , se a água con-
tinuasse a se ev apo rar a uma t axa consta nte e i gual à do instant e
inicial, 10%da á gua se ev a pora ria em um m ês. No e nta nt o, a ta xa
de eva pora ç a˜o é propo rciona l à q uantidade d e água existente e é,
port a nt o, decresc ente a o lo ngo do t empo .
Como a ta xa de evapo ra ç a˜o é pro porcio na l à quantidade de
á gua n o rese rva t ório , est a é da da por uma fun ç a˜o do tipo e xpo nen -
cial. É convenien te expressa r est a fun ç a˜o na forma q(t) = q · e ,
onde q é a quantidade inicial de água no re se rvat ório e k é a
consta nte de prop orci ona lidade entre a ta xa de eva pora ç ao ˜ea
quantidade de água. O dado do p ro bl ema é que esta constante
de propo rcio na lida de (logo o va lor de k) é ig ual a 10% = 0,1 (com
o tempo medido em meses) . A le i d e va ria ç ao ˜ da quantidade de
água é, assim, q(t) = q · e .
Pa ra a cha r o temp o nec ess ário p ara que a á gua se reduza à 1/3
de sua qua nt ida de inici a l, devemo s resol ver a equa ç a˜o

q ·e =q · 13 .
Temos −0,1t = log = −1,09861. Logo, t = 10,9861, o que indica
que a qua ntidade de á gua se reduz a 1/3 de seu va lor em a prox i-
ma da mente 11 me ses .
8. No problema 4, estabelecemos que a massa de C a o longo
do t emp o é dada por m(t) = m ·
 . S e a radi oativi dade da
a mostra h oje é 0,45 da observa da em uma a mostra viva d o mesmo
mat eri al, temo s que o tempo t decorrido entre a época em que o
ma terial esta va vivo e os dias de ho je sat isfaz

m ·  1
2
=m · 0,145.
152 Temas e Problemas

Logo,
 = 0,145, ou seja, log = log 0,145.
Utilizando logaritmos na base e:
t
(−0,69315) = −1,93102
5500 ·
Portanto, t ≈ 15322. Lo go, a s pi ntura s fo ram feitas apro ximada -
mente 15000 anos atr á s.

9. A lei d e v a ria ç a˜o da qua ntida de de droga po de se r ex pre ssa na


forma q(t) = q · e , onde q é a quantidade inicial da droga (20
mg) e k é a raz a˜o entre a ta xa de eli mina ç ao ˜ e a quantidade de
droga. Neste caso,
5 m g/h ora
k= = 0,25 hora
20 m g

(note a un idade a pro priada para k). Assim q(t) = 20 · e .


Para calcular a meia-vida t, res olvemos a equ a ç a˜o

1
20 e = 20
2
· ·
Temos:

e = 0,5
−0,25t = log 0,5
log 0,5
t= = 2,772 ≈ 2 ho ra s e 4 6 minutos.
log 0,25

10. Empregar uma escala logar ı́tmica para o eixo Y equivale a


representar, para cada valor de x, o p ar (x, log f(x)) no plano
cart esian o. Logo , o gr á fi co ser á uma reta se e somente se os p ontos
(x, log f(x)) est a˜o so bre uma reta . Ist o ocorre se e s ó se existem
constantes a e b ta is que lo g f(x) = ax + b, ou seja,

f(x) = 10 = 10 (10 ) = B A ,

onde B = 10 e A = 10 .
· ·
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 3 153

Na part e b) , t emo s log 0y = ax + b, onde os va lores de a e b


podem ser encontrados com o aux ı́lio de dois pontos do gr áfico.
Para x = 0, t emo s y = 10 e, par a x = 4, temos y = 1000. Logo

log 10 = 1 = a 0 + b
·
log 1000 = 3 = a · 4 + b

Resolvendo o sistema, encontramos b = 1 e a = . Logo, log


√  y=
x + 1, ou seja, y = 10 = 10 · 10 .

11. Na soluça˜o do p roblema 1, vimos qu e, a o discret iza r o fen ômeno


segun do int erva los de dur a ç a˜o ∆t , obtemos:
−v∆t
c(t + ∆t) − c(t) = c(t) · .
V + v∆t
Logo,
c(t + ∆t) − c(t) v
= −c(t) · .
∆t V + v∆t
Portanto, a taxa instant aˆnea de va ria ç a˜o obtida toman do o limi te

quando
J á no∆t 0 da exp
pro blema 6, viress
mosao
˜que
a cima é igual
a ta xa de vaa ria−c(t)
· .
˜ da quantidade
ç ao
de cl oro no insta nte inic ial é igua l a -105 g/hora . Logo, − c(0) =
−105. C omo V = 100 m e c(0) = 1000 g, temos − · 1000 = −105
e, portanto, v = ×
= 10,5 m /hora.

12. a ) No i nsta nte 0, é inge rida uma qua ntidade q. Imediatamen-


te ant es do instant e h, a q uant idade se redu z a q/2. É, ent a˜o, in-
ge rida uma no va q uant idade i gual a q, el ev an do a q uant idade de
droga para + q = . Ao longo do pr óximo per ı́odo d e d ur a ç a˜o h ,
a qua nt idade de dro ga dec a i se gundo a le i q(t) = ·
 , onde t
é o temp o de corrido a part ir do insta nt e h. L ogo, a q uant idade de
droga exi stente no i nsta nte = h + é ·
 = (2).
b) Basta analisar o que ocorre imediatamente depois da in-
˜ de c ada dose da dro ga. Ent re e stes i nsta ntes a q uant idade
gest ao
de droga decai
exponencial. à meta de de seu va lor s egundo uma func¸ a˜o do tipo
154 Temas e Problemas

Seja q(n) a q uant idade de dro ga imedi at am ente ap ós o i nsta n-


t e nh. Temos q(0) = q e q(n + 1) = q(n) · + q, para todo q
(observe que, entre os instantes nh e (n + 1)h a quanti dade de
droga se reduz à meta de , mas é acrescida de uma nova dose igual
a q).
Assim:
1
q(1) = q · +q
2
  1
q(2) = q·
2
· 12 + q = q · 14 + q · 12 + q
etc.

É sim ples pr ova r, po r in du ç a˜o, que


 1 1
 1−
    1
q(n) = q + + ···+ 1 = q· = 2q 1 − .
2 2 1− 2

O va lor limite , q uando n → ∞, da quantidade q(n) de droga


no organismo logo ap ós s ua in jeç a˜o é, p orta nto igual a 2q.

O gr á fia co
de droga o lodango
F igura 56 mostra o c ompo rta mento da q ua ntida de
do tempo.

2q

h 2h 3h 4h 5h

Figura 56
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 4 155

˜es dos Problemas do Capıt


Soluc¸o ´ ulo 4

Pr oblema 1

10 14
A B x
Figura 57

Seja h a a ltura do P a˜o d e Açúca r em re la ç a˜o ao plano horizo n-


t a l d e med iç a˜o e sej a x a dist ancia
ˆ de B a o p é da a ltur a (Figura 57).
Nos do is tr i aˆngulo s r et aˆngulo s forma dos n o plan o vertic a l t emo s:
h
= t g 14 = 0,2493

x
h
= t g 10 = 0,1763 ◦

650 + x

Reso lvido este sist ema , obtemo s h = 391,4.

Pr oblema 2
ˆ
Aplic a ndo a lei do s senos no t ri angulo ABP (Figura 58) temos:

1 x 0,7880
= donde x= = 5,04.
sen 9 ◦
sen 52 ◦
0,1564

Pr oblema 3
É f ácil calcular os seguintes ˆ
angulos (Figura 59):

AXB = 18


e AYB = 6

ˆ
Aplic a ndo a lei do s senos no tr i angulo XAB temos:

XA = 1 ,
sen 46 ◦
sen 18 ◦
156 Temas e Problemas

A
119

1
52

B
Figura 58

X
18

62 74
54 46
A B

Figura 59
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 4 157

o que fornece XA = 1,328. Sendo A BY = 120 , novamente a lei dos



senos forn ece:


YA 1
= ,
sen 120 ◦
sen 6 ◦

o que d á YA = 8,285. No tri angulo


cossenos: ˆ AXY usamos agora a lei do s

XY = XA + YA − 2 · XA · YA · cos (XAY ) 

e os c álculos indicam XY = 7,48.

Pr oblema 4
plano horizontal

horizonte

R α
R

Figura 60

Observando a Figura 60, vemos que o ˆ


angulo α e ntre a ho ri-
zonta l e a linha d e vi sa da a o horiz ont e, apar ece ta mb ém no c entr o
da Terra . Da ı́,
R
cos α =
h+R
e, portanto,
h cos α
R= .
1 − cos α
Para h = 0,703 km e α = 0,85 encontra-se R = 6633 km .

O raio m éédio
encontrado b astadanteTerra é de cerc a de 6 370 km. O res ultado
razo ável.
158 Temas e Problemas

Pr oblema 5

O S

Figura 61


360
Se α = en t a˜o o comprimento da circunfer ência da Terra
50
é 50 veze s o compriment o do a rco SA, ou s eja 250 000 est ádios ou
40250
40 250 km . D a ı́, R = = 6409 km, um resultado muit o bo m.

Pr oblema 6
1) Os comprimentos de AC e BC s a˜o prop orc iona is respec tiva -
ment e a 8 e 9 ( Figura 62). D a ı́, pela lei dos senos,
9k 8k
=
sen 110 ◦
sen θ
Encontramos sen θ = 0,835 e como θ é um aˆngulo a gudo , tem- se
θ = 56,6 .

2) Veja a Figura 63.


8,1 8 ◦
= ⇒ θ = 68,14
sen 110 ◦
sen θ

Logo, ACB = 1,86 .



BC 50

= ◦
⇒ BC = 1448 m .
sen 110 sen 1,86
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 4 159

r A 8k C

110

9k
θ

B
Figura 62

A 8k C

110

50
8,1k
θ

B
Figura 63

Pr oblema 7
Como a veloc ida de de A é 15%maior que a de B , ent a˜o os la dos
BC e AC do tri aˆngulo s a˜o respectiva ment e propo rciona is a 1 e 1,15
(Figura 64). Da ı́,

1 1,15
= ⇒ sen θ = 0,99593.
sen 60 ◦
sen θ

Ma s, isto fornec e θ = 84,8 ou θ = 180 − 84,8 = 95,2 .


◦ ◦ ◦ ◦

Por que ha ´ duas respostas?


Im a gine a seguin te situ a ç a˜o. Os v értices A e B do tri angulo
ˆ ABC
˜ fi xos e a ra z a˜o entr e os lad os CA e CB é consta nt e (Figura 65).
s ao

umaVa mos mostrência.


circunfer a r q ue nest a s co nd iç o˜es o lugar geom étrico de C é
160 Temas e Problemas

1,15k
A C
60

B
Figura 64

A B
CA
Figura 65. CB
= r, consta nte. Qual é o lugar geo m étr ico do v értice C ?

Dividamos o segmento AB harmonicamente na raz a˜o r. Isto


significa encontrar os pontos M e N da reta AB, um interior ao
segmento AB e o utr o exterior , ta is q ue

MA NA
= = r.
MB NB

MA CA
Como = , ent a˜o CM é bisse tr iz do aˆngulo interno C d o
MB CB
ˆ
t ri angulo ABC (rec orde o teorema d a s bissetrizes e sua rec ı́proca).
NA CA
Como = , ent a˜o CN é bissetriz do aˆngulo e xterno C d o
t r i angulo
ˆ NB (Figu
ABC CB ra 66).
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 4 161

C
β
α β
α

A M B N
Figura 66

Ora , os pontos M e N s a˜o fixos e o angulo


ˆ MCN é reto. L ogo, C
es t á sobre a circ unfer ênci a de di ametro
ˆ MN (Figu ra 67).

A M B N

Figura 67

Este lug ar ge om étrico c ha ma -se “ci rcunfer ência de Apol ônio”


do segmento AB na raz a˜o r .

Voltemos ent a˜o ao prob lema .


CA
˜ fi xos e
S e A e B s ao = 1,15 en t a˜o C est á na circunfer ência
CB
de
en tApol
a˜o a ônio doa˜se
sol uç o égment o AB
a in t ers ˜e de
eç ao nessa
ssasraduas
z ao.
˜fi Como
guras. C es t á na reta r,
162 Temas e Problemas

No nosso problema, h á dois pontos poss ı́veis para o encontro:



ˆ
C ou C . Os angulos calculados foram ABC = 84,8 e ABC = 95,2 .
◦  ◦

(Figu ra 68).

r A C C ’

Figura 68

Pr oblemas suplementares

1. Se as velocidades forem iguais ent ˜ os corredores percorrer


ao a˜o
ˆ
dist ancias iguais. Se α = BAC é agudo ent a˜o C é a in t er sec¸ ao˜ da
medi at riz de AB com r. S e α é ret o ou obtu so, n a˜o h á soluça˜o.

2. No tri angulo
ˆ ABC, os lados AC e BC s ao ˜ respectivamente pro-
porcio na is a 9 e v. D a ı́, pela lei dos senos,

9 v 9 · sen 50 ◦

= don de sen α = ≤ 1.
sen α sen 50 ◦
v

D a ı́,cida
velo v ≥ de gd e sBenocorre
· 50 , ou seja,
q ua

ndo ov angulo ABX. é Note
ˆ 6,89m/s reto. qu e a me no r
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 4 163

A C x
r
α

B
Figura 69

3. Veja a Figura 70. Pela lei dos cossenos,

PQ = 1,2 + 1,8 − 2 · 1, 2 · 1, 8 · cos 27 , donde PQ = 911 m .


Aplicando a lei dos senos,


1,8 0,911
= ⇒ sen α = 0,897.
sen α sen 27 ◦

◦ ◦

Temos ent a˜o α = 63,8 e, conseq üentemente, β = 89,2 .


4. Veja a Figura 71. Como os ˆ
angulos PAB e PBA fo ra m m edido s,
encontramos APB = 31,6 . ◦

PA 660
= ⇒ PA = 1231,6
sen 77,9 ◦
sen 31,6 ◦

h = PA · t g (CAP ) = 1231,6 · t g 29,7 = 702,5 m . ◦

O leitor poder á calcular a mesma altura utilizando o tri ˆ


angulo
PBC p ara ve rificar a exat id ao
˜ da s medi das.
164 Temas e Problemas

Q
β

x P
α y

1,8
1,2

27°

C
Figura 70

P
B
660m
A

Figura 71
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 5 165

˜es dos Problemas do Capıt


Soluc¸o ´ ulo 5

1
1. Divida o cubo unit á rio e m d cubinho s de aresta · O volume
1 d
de c a da um é ·
d
a b c
Divi dindo a s aresta s de co mpri mento s , e respectiva-
d d d
1
mente em a, b e c se gmentos iguais a e tr a çan do pelos pont os
d
de divis a˜o pl a nos para lelos à s fa ces, o blo co fi car á dividido e m abc
cubinhos justapostos. O volume do bloco ser á ent a˜o

1 a b c
V = abc · = · · .
d b d d

2. Quando multipl ica mos apenas uma dimens ao ˜ do bloco por um


n úme ro na tural n, o volume fica multiplicado por n, ou seja, o
novo bloco é formado por n blo cos justa postos iguais a o inici a l.
Isto mostra que o volume do bloco retangular é proporcional a
qua lque r uma de suas dime ns o˜es.
Seja V (x,y,z ) o vo lume do blo co reta ngular cuja s a resta s m e-
dem x, y e z. Pelo teo rema fundamenta l da pro porc ionalidade
tem- se, p a ra todo n úmero real positivo c ,

V (cx,y,z ) = V (x,cy,z ) = V (x,y,cz ) = c · V (x,y,z ).

Portanto,

V (x,y,z ) = V (x · 1 , y, z) = x · V (1,y,z ) =
= x · V (1, y · 1, z) = xy · V (1,1,z ) = xy · V (1,1,z · 1) =
= xyz · V (1,1,1 ) = xyz · 1 = xyz.

3. E st a defi nic¸ ao
˜ significa que:

a) Para todo poliedro retangular P cont ido em S, v(P ) ≤ V .


166 Temas e Problemas

b) Para todo n úmero re a l r < V , é poss ı́vel enc ontra r um polie-


dro re ta ngular Q, cont ido em S, tal que r < v(Q) ≤ V .

4. A raz a˜o de semelha nc¸a entr e o brigad eiro gra nde e o pe queno é
R
k= = 2 . A raz a˜o entre os vo lumes é k = 2 = 8 .
R/2

5. A raz a˜o de semelha nc¸a entr e a est át ua pe que na e a grande é


10 2
k= = · Supond o na tu ra lment e que os obj etos sejam ma ciços,
15 3
a massa ˜ e ntre as ma ssas
é pro porcio na l a o vo lume. L ogo, a ra z ao
8
˜ dos volumes, ou seja,
é ig ua l à raz ao k = · Temos ent a˜o:
27
120 8
= ⇒ M = 405g.
M 27

6. S eja P um prisma cuja base est á sobre um plano horizo nta l H.


Sejam A a área da base e h a altura de P (Figu ra 72).
Sobre o plano horizontal construa um ret aˆngulo de área A e,
em seguida, um bloco retangular B, com altura h e tendo este
ret aˆngulo co mo ba se.
Ora, qua lque r plano para lelo a H secciona P segundo um po-
lı́go no congru ente à sua base e secciona ˆ
B segundo um ret angulo
congruente à sua base.
Como as bases dos dois s ˜ m es ma
ólidos t êm, por cons t ru ç ao,
˜ as á rea s da s dua s sec¸ o˜es s ao
área , e nt ao ˜ iguais. Conclu ı́mos ent a˜o
pelo Princ ı́pi o de Ca valieri que

v(P ) = v (B) = Ah.

7. Na Figura 73, o prisma ficou dividido nos tetraedros: A B C A,   

ACC B , ACC B e ABCC .


    

V = V pois as bases A B C e ABC s ao


  
˜ co ngrue ntes e as al-
   

turas
ABC)(dist ancia
ˆ
s a˜o iguais. de A ao plano A B C e dist ancia
ˆ de B ao plano
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 5 167

P B

h
A1 A2

A A
H

Figura 72. A1 = A = A 2

A ’ C ’ C ’

B ’ B ’ B ’

A A C A C

V V2 V3
1

Figura 73

V = V pois as bases AA C e ACC s a˜o congruentes e a a


  
ltura
ˆ cia de B ao pl an o ACC A ) é a mesma.
(dist an   

Logo, V = V = V .

8. Conside re o p risma tria ngular do e xerc ı́cio anterior. Sendo Sa


ˆ
área do tri angulo ABC e h a a ltura do p risma , se u vo lume é Sh.
ˆ
O vo lume da pir amide ABCB que tem a mesma ba se do prisma 

1
e a mesma altura do prisma tem volume do volume do prisma,
3
ou seja, 1 Sh .
3
168 Temas e Problemas

ˆ
U ma pi r amide qualquer pode ser dividida em pir ˆ
amides tri an -
ˆ
gul ares de me sma a ltura da pir amide dada. Ba sta divi di r a base
ˆ
da pir amide ˆ
em tri angulos, como mostra a Figura 74.

s1 s3
s2

Figura 74

Seja S a área da ba se da pir am


ˆ ide e h su a altura . Divid indo a
base em tri aˆngulo s de áreas S ,...,S com S + · · · + S = S , temos
para o volume da pir aˆmide qualq uer ,
1 1 1 1
V = S h + S j + · · · + S h = Sh.
3 3 3 3

9. E m um cilindro, q ua lquer sec¸ ao ˜ para lela à base é congruen-


te co m a base . Usa ndo o me smo argu me nto do e xerc ı́cio 6 e o
Princ ı́pio de Cavalieri, conclu ı́mos que o volume de qualquer ci-
lindro é o pro dut o da área da base pela a ltura.
Sendo h a altura e R o raio da bas e, o vol ume ser á πR h.
10. Considere a base do cone sobre um plano horizontal H. Cons-
ˆ
trua no p lano H um tri angulo de área S = πR e em segui da , uma
ˆ
pir amide de altura h com base neste tri aˆngulo (Figura 75). U m
pla no para lelo a H di sta ndo h − x d e H corta os do is s ólido s pr odu-
zin do seeç o˜
va base aes
ra dzea˜áreas S e S a. nc
o de s emelh C¸aa da
entsec
re¸ aa˜osec
é ¸seao
˜melhant
e a basee àé respec
x/h. ti-
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 5 169

x
h S2 S1

S S H

Figura 75

˜ entre as áreas de fi guras seme lhantes


Como a ra z ao é i gual a o
quadrado d a ra z a˜o de sem elha nc¸a tem os:

S
x S
= =
S h S

ˆ
e porta nto S = S . Pelo P rinc ı́pio de Ca va lieri, o c one e a pir amide
t êm mesmo vo lume. O vol ume do co ne é ent a˜o a terc¸a par te d o
produto da área da base p ela a ltura.

11. Considere um co ne de ra io R e altura x (Figura 76). Um plano


paralelo à base formou um cone menor, semelhante ao primeiro,
ˆ
com raio r e altura y. Se ja h a dist ancia entre os dois planos
paralelos.
O volume do tronco de cone é a diferenc¸a entr e os vol umes
desses dois cones, ou seja,

1 1
V = πR x − πr y
3 3
π
= [R (h + y) − r y]
3
π
= (R h + R y − r y)
3
= π [R h + y(R − r )]
3
170 Temas e Problemas

x r

Figura 76

R r R−r rh
mas, = = , ou seja, y = . Logo,
x y h R−r
π
 rh

V = R h+ (R − r )
3 R−r
π
= [R h + rh(R + r)]
3
πh
= [R + r + Rr].
3

12. Os copos comuns de pl á stico que t enho e m m a˜os po ssuem a s


seguintes dimens o˜es em cm:
2R 2r h
6,6 4,8 8,0
4,8 3,4 3,6
Os volumes s a˜o:
π−8
V = (3,3 + 2,4 + 3,3 · 2,4) = 205,7 cm

3
π · 3,6
V = (2,4 + 1,7 + 2,4 · 1,7) = 48 cm

e a ra z a˜o é 205,7
48 = 4,3 .

˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 171

˜es dos Problemas do Capıt


Soluc¸o ´ ulo 6

Sec
¸a˜o 1

1. A resp osta da prime ira quest ao


˜ po de ser ma rcada de 5 modo s
dife rentes. A da segunda, ta mb ém de 5 modos, etc.
A respo st a é 5 .

2. Para formar um subconjunto voc ê deve perguntar a cada ele-


ment o do c onj unt o se el e desej a par ticip a r do subco njunto. O pri-
meiro e lemento po de respo nder de dois modo s: sim ou n ao ˜. O
segundo elemento, de dois modos, etc.
A respo st a é 2 .

3. A primeira pessoa pode escolher sua cadeira de 5 modos; a


segunda , de 4 ; a t erc eira, de 3.
A respo st a é 5 × 4 × 3 = 60 .

4. A primeira mulh er pode esco lher sua posic¸ a˜o de 1 0 mo dos . A


segunda, de 8 modo s. As outra s, de 6, de 4 e de 2 mo dos . O pri-
meiro homem, de 5 modos . Os dema is, de 4, de 3, de 2, de 1.
A respo st a é 10 × 8 × 6 × 4 × 2 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 460 800 .

5. O tabuleiro de 64 casas possui 4 casas de canto (v értices), 24


casa s laterais que n a˜o s a˜o v értic es e 3 6 ca sas centra is. Ca da ca sa
de canto possui 3 casas adjacentes; cada lateral possui 5 casas
a dja centes e c a da centra l po ssui 8 c a sa s a dja centes.
Va mos c onta r separ a da ment e os casos qu e ocorrem confo rme o
rei negro ocupe uma casa de canto, lateral ou central.
Se o rei negro ocupar uma casa de canto, haver á 4 p osiç o˜es
pa ra o rei n egr o e 60 posic¸ o˜es par a o re i bra nco , po is da s 64 casa s
do ta bule iro 1 e sta r á ocupada e as 3 a ela a dja centes n ao ˜ poder a˜o
ser oc upad a s pel o rei bra nco . H a ver á portanto 4 × 60 = 240 modos
de dispor os reis.
Se áo rei
haver 24 negro ocupar
posiç o˜es pa rauma casa
o rei lateral
n egr queposic¸
o e 58 n a˜o se
o˜es para ja de
o rei c a nto,
branco,
172 Temas e Problemas

pois da s 64 c a sa s do ta bule iro 1 estar á ocupada e as 5 a ela a dja-


centes n a˜o poder a˜o ser o cup a da s pelo rei bran co. Ha ver á po rta nto
24 × 58 = 1392 modos de dispor os reis.
Se o rei negro ocupar uma casa central, haver á 36 posi ç o˜es
pa
do ra o rei iro
ta bule n egro e 55
1 e sta r áposic ¸ o˜es par
ocupada e as a8 oa re
elai abradja
ncocentes
, po isnda sao
˜64 casa as˜o
poder
se r ocup ada s pelo re i branco . Ha ve r á portanto 36 × 55 = 1980
modo s de dispo r os reis. Port a nt o, a respo sta é 240 + 1392 + 1980 =
3612 .
Se os reis fossem iguais, a resposta seria a metade da resposta
a nt erior , 1 806.

6. Haver á uma t orre e m cada linha . A torre da pri mei ra li nha


pode ser colocada de 8 modos; a da segunda linha, de 7 modos,
pois n a˜o pode fi ca r n a mesma coluna da a nterio r, etc . A resp osta
é 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 40 320.
˜ diferentes, devemos primeiramente escolher
Se as to rre s s ao
qual a to rre que fi car á na primeira linha (8 modos) e depois es-
colher onde coloc á-la na primeira linha (8 modos). H á 8 × 8 = 64
mo dos de co locar a torre da pri mei ra linha . Ana logamente, h á
7 × 7 = 49 mo dos de co loca r a torre da segunda linha etc . A res-
posta é 64 × 49 × 36 × 25 × 16 × 9 × 4 × 1 = 1 625 702 400.

7. Va mos c ont a r separa da mente os c a sos em que a ca rta de c opas


é um rei e em que a cart a de c opa s n a˜o é um rei.
Se a pri mei ra cart a for o re i de co pas, a se gunda pode r á ser
selecionada de 48 modos.
Se a prime ira ca rta for de co pas sem ser o re i, el a poder á ser
sele cionad a de 12 mo dos e a segunda , de 47 modo s.
A resposta é 1 × 48 + 12 × 47 = 612 .

8. P a ra cons tr uir uma fun ç a˜o, voc ê deve pergunta r a cad a elemen-
to de A quem ele deseja flechar em B. O primeiro elemento de A
pode fa zer sua esc olha de 7 modo s, o se gund o elemento de A pode
fazer sua escolha de 7 modos etc. A resposta é 7 × 7 × 7 × 7 = 2401 .

sua Sesco
e a fu
lhan çde
a˜o7fomo
r indos,
jetiva , o primeiro
o segun do ele el emento
ment o de de
A poderpoder á fazer
A á fa zer sua
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 173

escolha de 6 modos (pois n ˜ poder á escolher o mesmo elemento


ao
selec iona do pelo primeiro) , et c. A respo st a é 7 × 6 × 5 × 4 = 840 .

9. a ) 720 = 2 × 3 × 5. Os divisores positivos de 720 s a˜o da forma

a ·3 ·5 , com α ∈ {0,1,2,3,4 }, β ∈ {0,1,2 } e γ ∈ {0, 1}. H á 5×3×2 =


30 divisores positiv os de 720. U ma deco mposic¸ a˜o de 72 0 em um
produto de dois inteiros positivos, 720 = x · y, fica determinada
qua ndo se esc olhe x, que deve se r diviso r d e 720. H á, porta nto,
30 d ecom pos iç o˜es: 1 × 720, 2 × 360, 3 × 120,...,720 × 1. Co mo
o enunciado m a nda considera r igua is a s d ecompo sic¸ o˜es 1 × 720 e
720 × 1, 2 × 360 e 360 × 2, etc., a resposta é 15.
b) Ana logam ente, 144 = 2 · 3 admite 5 × 3 = 15 divisores
positivo s. H á 15 decom posic¸ o˜es, uma das quais é 12 × 12. As
out ra s 14 d ecomposi ç o˜es po dem ser a grupa da s em 7 par es: 1 × 144
e 144 × 1, 2 × 72 e 72 × 2, etc. Como o enunciad o ma nda considera r
igua is a s d ua s d ecompo sic¸ o˜es de c a da par, a resposta é 8.

10. O arm á rio de n úmero k é mexido pe la s pessoa s cujo s n úmeros


˜ divisores de
s ao k. Um ar m ário ficar á aberto se for mexido um
n úmero ı́mp ar de ve ze s. Lemb re-se que o n úmero de divisores
positivos de k = 2 × 3 × 5 × . . . é igual a (α + 1)(β + 1)(γ + 1) . . . ,
q ue é ı́mpar se e so mente se α, β, γ ,. .. forem todos pars, ou sej a ,
se e somente se k for quadrado perfeito.
Os arm á rio s que fica m abertos s a˜o os de n úmeros 1 , 4 , 9 , 16 , . . . ,
900.

11. Va mos c onta r separa da mente o s casos e m q ue o s qua dra ntes


1 e 3 t êm cores iguais e cores diferentes.
Pondo c ores iguais n os q ua dra ntes 1 e 3, temo s 5 × 4 × 4 = 80
possibilidades, pois h á 5 modos de escolher a cor única para os
qua dra ntes 1 e 3, h á 4 mo dos de e sco lher a cor do qua dra nt e 2 e h á
4 modo s de esc olher a cor do qu a dra nt e 4. P ondo c ore s diferentes
no s qua drant es 1 e 3 , h á 5 × 4 × 3 × 3 = 180 possibilidades, pois
h á 5 mo dos de esc olher a cor pa ra o quad ra nte 1, h á 4 mo dos de
es colhe r a cor do quadra nte 3, h á 3 modos de escolher a cor do
qua Adran te 2 e hé á803+
resposta mo dos=de260
180 e sco
. lher a cor do qua dra nt e 4.
174 Temas e Problemas

12. Note que no caso em que s a˜o perm it ida s repet iç o˜es , a con diç a˜o
da letra A figurar na pal avra é terr ı́vel, pois ela pode fi gura r uma
s ó vez, ou duas, etc... Por isso é me lho r co nta r t odas as palavras
do alfabeto e di minuir a s que n a˜o t êm A e a s q ue com eça m por A.
A respo st a é 26 − 25 −˜ 26 = 1 658 775.
No ca so sem repet iç a o, pode -se co nta r diretam ente: h á 4 mo-
dos de escolher a posic¸ ao ˜ do A, 25 modos de escolher a letra da
pri mei ra casa res ta nte, 2 4 para a se gunda casa res ta nte, e tc . A
resposta é 4 × 25 × 24 × 23 × 22 = 1214400 . P ode -se ta mb ém repetir
o racioc ı́n io d o cas o com repet iç a˜o:
26 × 25 × 24 × 23 × 22 − 25 × 24 × 23 × 22 × 21 − 1 × 25 × 24 × 23 × 22 =
1214400 .

13. H á 26 modos de escolher cada letra e 10 modos de escolher


cada algarismo.
A resposta é 26 × 10 = 175 760 000.

14. Os 4 que prefe rem senta r de frente po dem fa z ê-lo de 5 × 4 ×


3 × 2 = 120 modo s; os que prefe rem sent a r de co sta s po dem fa z ê-lo
de 5 × 4 × 3 = 60 modo s; os dema is pode m s e colocar nos luga res
res ta ntes de 3 × 2 × 1 = 6 modos.
A resposta é 120 × 60 × 6 = 43 200.

15. O 0 aparece nas unidades 222 vezes, nos n úmeros 10, 20,
30, . . . , 2200. Aparec e na s dezenas 220 vez es, nos n úmeros 10x,
20x, . . . , 220x. Aparece nas cent ena s 20 0 veze s, nos n úmeros 10xy
e 20xy.
A resposta é 222 + 220 + 200 = 642 .

16. Note que como s a˜o permit ida s repetic¸ o˜es, a cond iç ao
˜ do 5 fi-
gurar no n úmero é terr ı́vel, pois ele pode figurar uma s ó vez, ou
duas, etc . . . É melhor fazer t odo s os n úmeros menos aq uele s em
˜ figura.
que o 5 n ao
A resposta é 9 × 10 × 10 × 10 − 8 × 9 × 9 × 9 = 3 168.

fa7r.a˜oP pa
1 a rart forma r uma
e da coleç coleç ao,
˜ etc.
ao, ˜ voc ê deve decidir quantas “Veja”
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 175

A qua nt ida de de revista s “V eja ” po de ser esc olhida de 6 modo s


(0, 1, 2, 3, 4, 5) . A de “ Époc a ”, de 7 modo s. A de “Isto É”, de 5
modos. O n úm er o d e colec¸ o˜es é 6 × 7 × 5 = 210 .
O n úm er o d e colec¸ o˜es n ao-vazias
˜ é 209.

18. H á 3 modos de escolher os dias de Matem á tica. Esco lhido s


os dias, dig amos seg undas e quarta s, h á 2 modos de escolher o
h or ár io da a ula de M at em á tica d a segunda e 2 modo s de esc olher
o hor ário da a ula de M at em átic a da quarta .
H á 2 modos de escolher os dias da F ı́sica (n ao˜ podem ser os
mesmos da Matem ática, sen ao ˜ a Qu ı́mi ca fi caria com a s aulas no
mesmo dia ); em um desses dias, a a ula d e F ı́sica s ó pode ser posta
no hor á rio de um único modo (pois a Ma tem ática j á ocupou o outr o
temp o) e , no ou tro , pode ser posta de 2 mo dos. Finalmente , a
Qu ı́mica s ó pode ser posta no hor ário de um único modo – nos
tempo s resta ntes.
A respo st a é 3 × 2 × 2 × 2 × 1 × 2 × 1 = 48 .

19. O casa l J o a˜o-Mar ia foi co nsiderado difere nte do casa l Ma ria-


˜ Isso é devido a t ermos tra ba lha do co m o co ncei to de primei-
J oao.
ra pesso a do c asa l. Por isso a res posta enc ontra da é o dobro da
resp osta real.

20. H á t r ês tipos de cart o˜es : os que n ao˜ pode m se r virado s de


cabec¸a pa ra ba ixo , os que vira dos de cabec ¸a pa ra ba ixo c ontin ua m
rep rese nta ndo o m esmo n úmero e os q ue vira dos de cabec¸a par a
baixo passam a representar n úmero s dife rentes. Se h á x, y e z
cart o˜es de cada um desses tipos, respectivamente, a resposta é
z
x + y + . É f ácil calcular y, z + y e x + y + z :
2
z + y = 5 , pois os cart o˜es q ue vira dos de ca bec¸a par a ba ixo
continuam representando n ˜ os formados apenas com
úmero s s ao
0, 1, 6, 8 e 9.
x + y + z = 10 .
y = 5 × 5 × 3, pois os cart o˜es q ue vira dos de ca bec¸a par a ba i-

xo
sasc ontinua
extremasm um
rep rese nta ndo
dos pares 11 o mesmo n 69
, 00, 88, úmero
o u 96deve m t se
. Nas ergunda
na s ca-
176 Temas e Problemas

e pen últi ma casa s, a mesma c oisa. Finalmente , na casa central


deve estar 0, 1 ou 8.
Resol vendo o sistema , enco nt ra -se z = 3050 e
z
x + y + 2 = 100 000 − 1 525 = 98 475.

Sec
¸a
˜o 2

1.

a) Cada anagrama é uma perm ut a ç a˜o si mple s da s letra s C, A ,


P, I , T, U, L , O. O n úme ro de an agra ma s é P = 8 ! = 40 320.
b) A escolha da vogal inicial pode ser feita de 4 modos e, depois
disso , a vogal fi na l po de ser esc olhida de 3 mo dos . As res-
tantes seis letras podem ser arrumadas entre essas vogais
selecionadas de P = 6 ! = 720 m odo s.

A resposta é 4 × 3 × 720 = 8 640.


c) Os a na gra ma s podem co mec¸ar por v ogal ou por co nsoa nt e.
No pri meiro c a so, deve mos ar ruma r a s 4 vogais n os luga res
ı́mpares e as 4 consoantes nos lugares pares, o que pode ser
fei to de 4! × 4! = 24 × 21 = 576 modo s. O segundo c a so é
a n álogo.
A resposta é 576 + 576 = 1152 .
d) Tudo se passa como se CAP fosse uma letra s ó. Po rtanto
devemos arrumar 6 objetos, o bloco CAP e as 5 letras de
ITU LO. A respo sta é 6! = 720 .
e) E scolha inic ialmente a ordem da s letra s C, A, P, o que po de
ser feito de 3! = 6 modos. Recai-se no item anterior. A res-
posta é 6 × 720 = 4 320.

f) Tudo
a p ós oque
PA.seAtem a fazer
respo st a é 6!é=arrumar
720 . as 6 le tras de CIT ULO
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 177

g) Ao so ma r os q ue t êm p em primeiro (7! = 5 040 ) com os que


t êm a em segundo (7! = 5040 ), os que t êm p em primeiro e
a em segundo (6! = 720) s ao ˜ contados duas vezes. A respos-
t a é 5040 + 5 040 − 720 = 9360 . Pode -se tamb ém fazer um
diagra ma de c onjunto s.

Figura 77

ˆ
O ret angulo de contorno mais claro representa o conjunto
dos ana grama s que t êm p em p rim eiro luga r e o ret aˆngulo de
contorno ma is esc uro rep rese nta o conju nt o do s a na gra ma s
que t êm a em s egund o luga r. A inters eç a˜o pos sui 6! = 720
ˆ
ele ment os e ca da ret angulo possui 7! = 5 040 ele ment os. Por-
ta nto, as reg i o˜es do diagra ma t êm 5040 − 720 = 4 320, 720 e
4 320 element os.

A resposta é 4 320 + 720 + 4 320 = 9 360.


h) Ao so ma r os que t êm p em primeiro (7! = 5040 ) com os que
t êm a em segundo (7! = 5 040 ) e os que t êm c em terceiro
(7! = 5 040), os que t êm p em primeiro e a em segundo (6! =
720), bem como o s q ue t êm a em segund o e c em terceiro ( 6! =
720) e o s q ue t êm p em primeiro e c em t erc eiro (6! = 720),
s a˜o conta dos duas veze s. Devemo s, po rta nto, desc ont á-los
uma vez. Mas, ao fazermos isso, os que t êm p em primeiro e
a em segundo e c em t erc eiro (5! = 120) t er a˜o sido c onta dos
t r ês vezes e descontados tr ês vezes. Devemos cont á-los uma
vez.
A respo st a é 5040 + 5040 + 5040 − 720 − 720 − 720 + 120 = 13 080.
Poder ı́amos ter fe ito u m diagra ma de tr ês co njuntos: os que
t êm p em primeiro , os q ue t êm a em segundo e os que t êm c
em terceiro
elemen t os, lugar.
a s in tCada
ers eçum
o˜esdesses
dois aconjuntos tem
dois t êm 7! = 5040
6! = 720 elementos
178 Temas e Problemas

e a in t ers eç a˜o do s tr ês conjuntos tem 5! = 120 ele men tos. As
sete regi o˜es inte rna s do di agra ma ter a˜o 3 720, 3 720, 3 720,
600, 600, 600 e 120 element os.
A resposta é 3 720 + 3 720 + 3 720 + 600 + 600 + 120 = 13 080.
1
i) H á 3! = 6 ordens poss ı́ve is para essas letra s. A resp osta é
6
1
do to tal de ana gramas, de 8!, que é igua l a 6 720.
6
Tamb ém poder ı́a mos escolher 3 da s 8 posic¸ o˜es do an agra ma
para colocar essas tr ês letras ( C = 56 modos), coloc á-las
na ordem apc (1 mo do ) e arrumar as 5 o utra s letras no s 5
lugares restan tes ( 5! = 120 modos) . A respo st a é 56 × 1× 120 =
6720 .
1
j) H á 4! = 24 ordens poss ı́ve is para a s vo gais. A resp osta é
24
1
do to tal de ana gramas, de 8!, que é igua l a 1 680.
24
Tamb ém poder ı́a mos escolher 4 da s 8 posic¸ o˜es do an agra ma
para colocar as vogais ( C = 70 modos), colocar as vogais

nos lugares escolhidos (1 modo, pois elas devem entrar em


ordem alfab éti ca) e ar rumar as 4 co nso ant es no s 4 lugares
res ta ntes ( 4! = 24 modos) . A respo st a é 70 × 1 × 24 = 1680 .

2. A imagem do primeiro elemento de A pode ser selec iona da de


n modo s, a do segundo, de n − 1 modos, et c.
A resposta é n · (n − 1) ...1 = n !

3. D o tota l de a rrum a ç o˜es (8! = 40 320 ), devem ser descontadas


aque las nas quais e las fi cam juntas ( 2! × 7! = 10 080 , pois elas
podem fi ca r junta s em 2! ordens po ss ı́veis). A resposta é 40 320 −
10 080 = 30 240.

4. D o tota l de a rrum a ç o˜es com Helena e Pedro juntos (2! × 7! =


10 080), deve m ser de sconta da s aq uel a s na s qua is Hele na e Pedro

es t a˜o)ju
2 880 . Antos e V eraé e10Pa080
resposta ulo−tamb
2 880 = est .a˜o junto s (2! × 2! × 6! =
ém7 200
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 179

5. Você deve e sco lher 5 jo ga dores pa ra o Esport e, depo is esco lher 5


dos que sobraram para o Tupi e formar o Minas com os restantes.
A resposta é C · C · C = 3003 × 252 × 1 = 756 756 .
Ou, ent a˜o, ponha os 15 j ogad ores em fi la: os 5 primeiro s for-
mam o Esporte,
que, trocando os 5 seguintes
a oredem dentro odeTupi,
cada os 5 voc último s oê Minas.
bloco, m ud a a Note
fila,
15!
˜ muda a divis
mas n ao a˜o em times. A respo sta é = 756 756 .
5! 5! 5!
6. A resposta é a a nterio r dividida por 3! = 6, po is a gora , t roc an -
do o s time s entre si, a divi s a˜o é a mes ma, ou sej a, a res posta é
756 756
= 126 136.
6
7. Ponha os 2 0 objetos em fi la , o que po de ser feito de 20 ! modo s:
os 3 primeiros formam o “primeiro” grupo de 3, os 3 seguintes
forma m o “segundo” gr upo de 3 , etc.
Note que, troc a ndo a ordem do s ele ment os de nt ro de cada gru-
po, voc ê m ud a a fila mas n ao ˜ muda a divis ao ˜ em grup os. Note
tamb ém q ue tr oca ndo os grupos de 3 entr e si ( o que po de ser feito
de 4! modo s) e o s d e 4 entr e si (o que pode ser feito de 2! modo s),
você muda a fi la mas n 20ao
!˜ muda a divi s a˜o em gr upo s.
A respo st a é = 67 897 830 000.
(3!) (4!) 4!2!
Voc ê tamb ém p oderia pensar a ssim: H á C modos de esco lher
o “primeiro” gr upo de 3, C modos de esco lher o “segun do” gru po
de 3, etc . Note q ue troc a ndo os grupo s de 3 entre si (o que po de
ser feito de 4! modo s) e o s de 4 entr e si (o que pode ser feito de 2!
˜ muda a divis a˜o em grupos .
modos), voc ê n ao
C C C C C C
A respo st a é = 67 897 830 000.
4!2!
8. Devemos colocar os 12 times nos 12 lugares de uma matriz
6 × 2. Note que trocar as linhas entre si, ou trocar em uma linha
a ordem dos elementos, n a˜o alt era a selec¸ a˜o dos jogo s.
12!
A respo st a é = 10 395.
6!(2!)

lherVoc ê tamb ário


o advers ém pode ria pensa
do Botafogo; r a ssim:
depois tenho Tenho 11de
9 modos moescolher
dos de esco -
180 Temas e Problemas

o advers á rio do primei ro ( em ordem a lfab ética) time que sobrou;


depo is t enho 7 . . .
A resposta é 11 × 9 × 7 × 5 × 3 × 1 = 10 395.

a ) eros
9.úm
n P a rao desco brir o luga
a nt ecedem. Antrecedem-
d o 62 417
novoc
todosê tem
o s nque c er
úm onta r qua ntos
os começa dos
em 1 (4! = 24 ), em 2 (4! = 24), em 4 (4! = 24 ), em 61 (3! = 6 ) e em
621 (2! = 2 ). Ant ecedem- no 24 + 24 + 24 + 6 + 2 = 80 n úmeros. Ele
ocupa o 81 o¯ lugar.
b) Va mos co nt a r os n úmeros ( ma s n ao ˜ um a um, nat uralmente )

Comec¸ados por Quantidade Acumulado


1 4!=
24 24
2 4!=
24 48
41 3!=
6 54
42 3!=
6 60
46 3!=
6 66

0 66 ō n úmero esc rit o é o últ imo (ou s eja , o m a ior) dos comec¸ad os
por 46.
A resposta é 46 721.
c) 166 = 5 × 33 + 1.
Portanto, para escrever 166 algarismos, devemos escrever 33
n úmeros completos e mais um algarismo.
O 166 o¯ a lgarismo esc rito é o 1o¯ a lgarismo do 3 4 o¯ n úmero.
Os 4! = 24 primeiros n úm eros comec¸am em 1 e os 23 segu in t es
come ça m e m 2. O 34 o¯ n úm er o comec¸a em 2.
A resposta é 2.
d) A soma das unidades dos n úmeros é (1 + 2 + 4 + 6 + 7) ·
4! = 480, po is cada um dos a lgarismos 1, 2, 4, 6, 7 apa rec e co mo
algarismo das unid ades e m 4 ! n úmero s. Ana loga mente, a soma
das dezenas é 480 dezena s, o u seja, 4 800. A da s ce nt ena s é 48 000,
a das unidades de milhar é 48 0 000 e a da s deze na s de milha r é
4 800 000. st a é 480 + 4 800 + 48 000 + 480 000 + 4 800 000 = 5 333 280.
A respo
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 181

U m t ruque , bo nito mas truque, é grupar os 5! = 120 n úmeros


em 60 cas a is do seguin modo: o c ônjuge de ca da n úmero é o n úmero
que dele se obt ém t roca nd o a posic¸ a˜o do 1 com o 7 e a posic¸ ao
˜ do
2 com o 6. Teremo s 60 c a sa is e a soma em cada casa s é 88 888. A
resposta é 88 888 × 60 = 5 333 280.
10. H á m! modos de esco lher a ordem d a s m oças. Feito isso, deve-
mo s arruma r em fi la r + 1 objetos, os r ra pa zes e o bloco da s m oça s,
o que pode ser feito de (r + 1)! modos. A respo st a é m!(r + 1)!.

11. a ) Devemo s colocar 6 n úme ro s em 6 lugares . A re spo sta é


6! = 720 .
b) Agora , q ua nd o mud a mos o cubo de posic ¸ a˜o ob temos o mes-
mo da do. Por exe mplo , co nsidere um da do co m o 1 e o 6 em fa ces
oposta s. Ant es, c oloca r o 1 e m cima , na fa ce p reta , e o 6 e m ba ixo,
na face branca, era dife rente de co loca r o 6 em ci ma e o 1 e mbai-
xo. Agora n a˜o, é o mesmo da do de ca bec¸a par a ba ixo . A resp osta
é anterior dividida pelo n úm ero de posic¸ o˜es de colocar um cubo.
Pa ra dete rminar esse n úmero, repar e que h á 6 modos de esco lher
a face que fi ca em baixo e 4 modo s de esc olher nessa face a a res-
ta que fica de fre nte. O n úm er o de posi ç o˜es de colocar um cubo é
720
6 × 4 = 24 . A re spo sta é = 30 .
24
Podemo s ta mb ém pe nsa r diret a ment e: Todo da do p ode ser ima -
ginado co m o 1 na face de baixo ; se o 1 es tive r em ou tro lugar ,
sempre se poder á virar o dado p a ra que o 1 fiq ue e m baixo .
H á 5 modos de escolher o n úme ro que fi car á na face oposta
a o 1, ou se ja , na fa ce de c ima ; diga mos que se tenh a esc olhido o 6
para a face de cima. Agora devemos colocar os n úmeros 2, 3, 4 e
5 nas 4 face s restant es : fro nta l, trasei ra, dire ita e e squerd a. O 2
sempre poder á ser imagina do na face da frent e; se o 2 estive r em
outra face , basta rodar o dado p a ra que o 2 fiq ue na face da frente.
H á 3 modos de esco lher o n úmero que fi ca r á n a fa ce oposta a 2,
ou se ja , na fa ce de tr ás; digamos que tenhamos escolhido o 4 para
a face de tr ás. Note que agora n a˜o h á mais movimentos poss ı́veis
para
o 2 daofrent
da do:e.q ualq uer mo vime nt o ou tira r á o 1 de baixo o u tira r á
182 Temas e Problemas

Agora temos que co locar o 3 e o 5 na s fa ces direita e esquerda ,


o que pode ser feito de 2 modos distin tos.
A resposta é 5 × 3 × 2 = 30 .
c) Todo da do pode ser ima gina do co m o 1 em ba ixo, o qu e obriga
afr ent
coloca
e, oçqa˜ue
o do 6 em
obrig a ca ima. O 2a˜semp
colocac¸ o do 5re
napoface
de de
sertrpo ás.
stoAgora
na face da
temos
que co locar o 3 e o 5 na s fa ces direita e esquerda, o que po de ser
feito de 2 modo s dist int os. A resp osta é 2.

12. Tetraedro: H á 4 modos de escolher a face que fica em baixo


e 3 mo do s de esc olhe r nessa face a a res ta que fi ca de fre nte. O
n úm er o de pos iç o˜es de co locar um t etra edro é 4 × 3 = 12 .
4!
A resposta é = 2.
12
Octa edro : H á 8 mo dos de esc olher a fa ce que fi ca em ba ixo e 3
modo s de esc olher nessa fa ce a a resta que fi ca de fre nt e. O n úmero
de posiç˜oes de colocar um octaedro é 8 × 3 = 24 .
Você tamb ém poderia imaginar o octaedro com um v értice em
baix o. H á 6 modos de escolher o v értice que fica em baixo e 4
modo s d e esc olher , dent re a s a resta s que o co nt êm, a a re sta que
fi ca de fr ente . O n úm ero de posic¸ o˜es de colocar um octaedro é
6 × 4 = 24 .
8!
A resposta é = 1680 .
24
Dodecaedro: H á 12 modo s de esc olher a fa ce que fi ca em ba ixo
e 5 mo dos de esc olhe r nessa face a a res ta que fi ca de fre nte. O
n úm er o d e pos iç o˜es de colocar um dodecaedro é 12 × 5 = 60 .
12!
A resposta é = 7 983 360.
60
Icosaedro: H á 20 modos de escolher a face que fica em baixo
e 3 mo dos de esc olhe r nessa face a a res ta que fi ca de fre nte. O
n úm er o d e pos iç o˜es de colocar um icosaedro é 20 × 3 = 60 .
20!
A resposta é ·
60
9!
13. P = = 90 720.
2!2!1!1!1!1!1!
14. C .
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 183

15. H á C = 70 modos de escolher as mat éri as para o pri mei ro


dia e, depois disso, um s ó mo do de esc olher a s do segundo dia. A
resposta é 70 × 1 = 70 .

ou6.diaOsgona
1 segmentos ques.ligam
is de face P ortadois
ntovo n úmero
érticesdesdiagonais
ao
˜ diagonais,é arestas
o n úmero
de combin a ç o˜es de classe 2 dos v értices menos as arestas menos
as diago na is das face s.

a ) O octa edro regul a r é formado por 8 faces triangulares e pos-


sui 6 v értic es e 1 2 ar estas. Como n a˜o h á diagona is de f a ces,
a resposta é C − 12 = 15 − 12 = 3 .
b) O icosaedro regular é fo rmado por 20 face s triangulares e
possui 12 v értic es e 3 0 aresta s. Como n a˜o h á diagonais de
fa ces, a r espo sta é C − 30 = 66 − 30 = 36 .
c) O dodecaedro regular é formado por 12 faces pentagonais
e possui 20 v érti ces e 3 0 arestas. Como cada face p ossui
5(5 − 3)
= 5 diagonais e s a˜o 12 fa ces, h á 5 × 12 = 60 dia gona is
2
de fa ces. A resp osta é C − 30 − 60 = 190 − 90 = 100 .
d) O cubo é forma do p or 6 fa ces qu a dra da s e po ssui 8 v értices e
12 a resta s. Como ca da face p ossui 2 diago na is e s a˜o 6 f a ces,
h á 6 × 2 = 12 diagona is de fa ces. A resp osta é C − 12 − 12 =
28 − 24 = 4 .
e) O pris ma hex agonal é formado por 6 faces quadrangulares
e dua s face s hex agonais e po ssui 12 v értices e 18 arestas.
Como ca da face qua dra ngular possui 2 diagonais e c a da face
6( 6 − 3 )
hexagonal possui = 9 diagonais, h á 6 × 2 + 2 × 9 = 30
2
diagonais de faces. A resposta é C − 18 − 30 = 66 − 48 = 18 .
Tamb ém se poderia pensar a ssim: Ch a ma ndo as fa ces he xa-
gona is de A e B, a s diago nais lig am um v értice de A a um
v értice de B. H á 6 modos de escolher o v értice de A e, de-
pois
6 × 3disso,
= 1 . 3 modos de escolher o v értice de B. A re spo sta é
184 Temas e Problemas

17. A fun ça˜o fi ca determina da q ua ndo se esc olhem o s m ele ment os


de I que formar a˜o a ima gem, o que po de ser fei to de C modos.
Com efeito, escolhidos os elementos que formar ˜ a im age m, a
ao
˜ est á determinada pois
fun çao f(1) deve ser igual ao menor dos

elementos
resta ntes, escolhidos,
etc .
f(2) deve se r igua l a o meno r dos elementos
A resposta é C .
18. Ignore o problema do 0 na primeira casa. A escolha dos luga-
res par a os 4 pode ser feita de C = 35 modos; depois diss o, a esco -
lha dos lugares para os 8 pode ser feita de C = 6 mo dos; a s casa s
restantes podem ser preenchidas de 8 × 8 = 64 modo s, o que da ria
para resul ta do 35 × 6 × 64 = 13 440. D evemo s desco nt a r os n úmeros
comec¸ad o em 0. P a ra forma r um n úm er o comec¸a do em 0, dev emos
esc olher os lugares pa ra os 4 ( C = 20 modos), para os 8 ( C = 3
modo s) e pree ncher a casa resta nt e (8 modo s). H á 20 × 3 × 8 = 480
n úm eros comec¸a dos em 0. A respost a é 13 440 − 480 = 12 960.
19.
a) B ast a es colhe r os p − 1 companh eiro s d e a dentre os n − 1
dema is elementos. A resp osta é C .
b) Basta escolher os p ele ment os dentr e os n − 1 ele ment os di-
ferentes de a . A resp osta é C .
Tamb ém se poderia fazer o t ota l da s combinac¸ o˜es e delas
subtrair a quel as das qua is o e lemento a part icipa , obtendo
a resposta C − C .
c) Basta escolher os p − 2 companheiros de a e a dentre os
n − 2 dema is elementos. A resp osta é C .
d) H á C bi n a ç o˜es em que o elemento
com a figura e C
com bi n a ço˜es em q ue o element o a figura. Somando, teremos
conta do duas vezes as C in a ç o˜es q ue co nt êm a e a .
comb
A resposta é 2C −C .
Tamb ém se poderia fa zer o tota l de co mbin a ç o˜es C e excluir
aCs C . que n a˜o cont êm nem a n em a . A resposta é C −
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 185

Tamb ém s e po deria soma r a s combina ç o˜es que cont êm a


mas n a˜o a (C ), co m a s q ue co nt êm a mas n a˜o a , com
a s q ue c ont êm ambos (C ). A resp osta é 2C +C .
e) H á C combin a ç o˜es q ue co nt êm a mas n a˜o a e C com-
bi na ço˜es q ue co nt êm a mas n a˜o a . A re spo sta é 2C .
Tamb ém se poderia cont a r a s combina ç o˜es que cont êm pelo
menos um dos dois el ementos e desc onta r a s q ue c ont êm a m-
bos, obtendo a resposta 2C − 2C ou C − C −C ou
2C .

20.

a ) E ssa s func¸ o˜es s a˜o bij etora s. A resp osta é n!.


b) U m el eme nto de B tem sua ima gem i nversa forma da por do is
elementos e os demais t êm imagens inversas unit árias. H á
n modo s d e esc olher a quele elemento de B e C modo s de
escolher sua imagem inversa. Agora sobram n − 1 elementos

em cada-aconjunto
ser um e aser
-um, pode correspond
feita de (nênc
− 1ia)! entre
modoele
s. As,respo
q ue deve
sta é
n · (n + 1)!
n·C · (n − 1)! = ·
2
c) H á dua s po ssibi lidades: um ele mento de B tem sua imagem
inversa formada por tr ês elementos e os demais t êm ima-
gens inve rsa s unit á ria s ou do is ele ment os de B t êm imagens
inversas forma da s por doi s eleme ntos e os demais t êm ima-
gens inve rsa s unit árias.
No primeiro c a so h á n modos de esc olher o ele ment o de B e
C modo s de esc olher sua ima gem inversa . Agora so bra m
n − 1 elementos em cada conjunto e a correspond ência entre
eles, que deve ser um-a-um, pode ser feita de (n − 1)! modos.

No segundo caso h á C modos de e sco lher os dois e lement os de B e


C · C modo s de esc olher sua s imagens inversa s. A gora sobra m
n − 2 ele ment os e m ca da conjunto e a correspond ênci a entr e el es,
186 Temas e Problemas

qu e deve ser um -a -um , pode ser feita de ( n − 2)! modos. A respo st a


n· C · (n − 1)! + C · C · C · (n − 2)! =

= n · (n + 2)! + n · (n − 1) · (n + 2 )! =
6 8
n · (3n + 1) · (n + 2 )!
= ·
24

21. O n úmero de modos de escolher 3 dos 20 pontos é C = 1 140.


Assim, o pla no determ ina do pel os 8 po nt os é conta do C = 56 v e-
zes. A resposta é 1140 − 55 = 1 085.
Poder-se-ia tamb ém c onta r separa da mente os p lanos determi-
na dos p or t r ês dent re os doze po nt os (C = 220), por dois dentre
os doze e um dentre os oito ( C · 8 = 528 ), por um dentre os doze e
dois dentr e os oito ( 12 · C = 336 ) e po r t r ês dent re os oito ( 1 plan o
a penas). A resp osta é 220 + 528 + 336 + 1 = 1 085.

22. Escolhida a ordem em que cada casal vai se sentar (marido à


direi ta , mulher à esquerda ou vic e-versa ), o q ue po de ser feito de
2 × 2 × 2 = 8 modos, voc ê tem que formar uma fila (de 7 lugares)
com 3 c a sa is e 4 luga res va zio s. H á 7 modos de colocar o primeiro
casa l, 6 de colocar o segundo e 5 de col oca r o tercei ro. A resp osta
é 8 × 7 × 6 × 5 = 1680 .

23. Va mos arrum a r primei ra mente a pena s a s vog a is, o que po de


6!
ser feito de = 120 modo s, e dep ois ent remear a s co nsoa n-
3! 1! 1 ! 1 !
tes.
Se as vogai s esti ve re m, por exemp lo, na orde m A A U
A I O , ha ver á 7 possibilida des pa ra a coloca ç a˜o do P, 6
para o R e 5 para o G.
A resposta é 120 × 7 × 6 × 5 = 25 200.

24. Marque, no conjunto {1,2,...,n }, co m o sina l + os elementos

sel
˜eciona
n ao dos paraVoco subc
selecionados. onjunto
ê tem que f eormar
com uma
o sinafi lla co−m os pelementos
sinais +
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 6 187

e n − p sinais − , sem que ha ja do is sinais + a dja cent es. Fa ça


uma fila com os sinais − (um único modo ) e entr emeie o s sina is
+ . H á n − p + 1 espa ços ent re os sin a is − (e an tes do pri meiro
e depois do último) dos quais devemos selecionar p para colocar

os
C
sinais. + , o que pode ser feito de C modo s. A respo sta é

25. a ) U m grupo de 4 c ientista s, ABCD, é bar ra do po r pelo me nos


um cadeado. Na situa ç ao ˜ do n úmero m ı́nimo de cadeados, por
exat amente um cadeado. B at ize mo s esse c adeado de ABCD. A,
B, C e D n a˜o t êm a cha ve desse c a dea do e to dos o s outros c ientist a s
a t êm. Como a correspond ênci a entr e os cadea dos e seus nome s é
um- a -um, basta conta r qua ntos s a˜o os nomes dos c a dead os, C =
330.
b) Cada cientista possui as chaves dos cadeados que n a˜o o
cont êm no nome, C = 210 .
Voc ê tamb ém poderia pensar que h á 330 cadeados e de cada
ca deado h á 7 cópia s de c ha ves. O tota l de cha ves é 330 × 7 = 2310 .
Cada cientista possui 2310 ÷ 11 = 210 cha ves . Obse rve que neste
racioc ı́nio p a rt imos do fa to de que todo s os cientist a s t êm o mesmo
n úmero de chaves.

26. Um bom nome para o professor que pertence às bancas 1 e 2


é professor 1 − 2 . O n úmero d e pro fesso res é C = 28. Em cada
banca h á 7 professores.

27. H á 4! = 24 modo s de fo rmar uma ro da com a s meninas. O


primeir o menino po de ser posto na roda de 5 modos; o segun do, de
4, etc. A resposta é 24 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 2 880.

28. O n úmer o de roda s que podem se r forma da s sem a pa rt icip a ç a˜o


de Vera é 4 ! = 24 . H á 3 modos de colocar Vera na roda. A resposta
é 24 × 3 = 72 .

29. Chamando x de 1 + a , y de 1 + b e z de 1 + c , voc ê tem de

det erm ina r ésoluc¸


A resposta CR o= ˜esCinteiras
= 15 . e n ao-negativas
˜ para a + b + c = 4.
188 Temas e Problemas

30. Defi na , para cada soluc¸ ao,


˜ a folga, que é a diferen ça ent re o
valor m á ximo que x + y + z po deria a tingir e o valor que x+y+z
rea lment e at inge. P or exe mplo, a s oluc¸ a˜o x = 1 , y = 2 , z = 1 t em
folga 2. Ca da soluc¸ a˜o da ineq ua ç a˜o x + y + z ≤ 6 corresponde a
um a sol
é CR uç a˜o da equ a ç a˜o x + y + z + f = 6 e vic e-versa . A resposta
= C = 84 .

31. CR =C = 10 626.
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 7 189

˜es dos Problemas do Capıt


Soluc¸o ´ ulo 7

Sec
¸a˜o 1

 
600
1. 600 = 450 (1 + i) , donde i = − 1 = 0,1006.
450

2. 1480 = A · 1,08 , donde A = 1480 · 1,08 = 932,65.

3. 2000 · 1,1 = 2 662,00


log (4490/1400)
4. 4490 = 1400 · 1,06 , donde n = = 20 meses.
log 1,06
5. F ixa nd o o pr eço em 90, à vista pagam-se 70%de 90, ou seja,
63. A pra zo, paga m-se tr ês pr est a ç o˜es m ensa is de 30 .
30 30
63 = 30 + + .
1+i (1 + i )

1
Pondo x = , obt ém -se a eq ua ç a˜o do segundo gra u 30x + 30x −
1+i
33 = 0 . √
−5 + 135
A ra iz positiva dessa equa ç a˜o é x = = 0,66190.
20
1
Logo, i = − 1 = 0,5108.
x
P 2P
6. 9000 = + , donde P = 9000/[1,02 + 2.1,02 ] =
1,02 1,02
3268,23.
As pr es t a ço˜es s a˜o P e 2P , ou seja , R $ 3 268,23 e R$ 6 5 36,46 ,

7. Fi xa nd o o prec¸o em 100, devem os t er


50 50
100 − x < + ·
1,05 1,05
D a ı́, x > 7,03 .
190 Temas e Problemas

8. Fixemos o prec ¸o em 90 e tomem os a da ta foca l um m ês ap ós a


compra.
Na da ta foca l, o valor d a opç ao
˜ a) é A = 90 e o va lor da opç a˜o b)
30
é B = 30 (1 + i) + 30 +
i 1+i ·
B − A = 30 > 0. Logo, B > A e a opç a˜o a) deve ser prefe ri-
1+i
da .

9. Suponha mos um cliente co m dua s prest a ç o˜es, cada uma no


va lor de 10 0, a vence r em 3 0 e 60 dia s. O va lor a tua l a pa ga r a cei-
ta ndo a oferta seria de 60%de 2 00, ou sej a , 12 0. N ao ˜ aceitando,
100 100
seria de + = 140,74. A oferta era va nta josa .
1,27 1,27

180 200
10. + = 365,97.
1,025 1,025

Sec
¸a˜o 2

1. a ) 1 + 1 = (1 + i) . D a ı́, i = 2 − 1 = 0,0595 = 5,95%.


b) 1 + 0,39 = (1 + i) . D a ı́, i = 1,39 − 1 = 0,1160 = 11,60%.

2. a ) 1 + I = (1 + 0,06) . D a ı́, I = 1,06 − 1 = 1,0122 = 101,22%.


b) 1 + I = (1 + 0,12) . D a ı́, I = 1,12 − 1 = 0,5735 = 57,35%.

3. a) 30% a o a no c om ca pitalizac ¸ a˜o m ensa l sign ifi ca 30%/12 =


2,5 %a o m ês.
1 + I = (1 + 0,025) . D a ı́, I = 1,025 − 1 = 0,3449 = 34,49%.
b) 30%a o a no com ca pita lizac¸ a˜o tr imest ra l sign ifi ca 30%/4 =
7,5 %a o m ês.
1 + I = (1 + 0,075) . D a ı́, I = 1,075 − 1 = 0,3355 = 33,55%.
c) i a o a no c a pita lizados k veze s a o a no signifi ca i/k por per ı́odo
de ca pit a liza ç a˜o.
1+I=
 1+ i
 . D a ı́, 
I= 1+ i
 − 1.
k k
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 7 191

Sec
¸a˜o 3

1. a ) Pondo a da ta foca l um m ês ant es da co mpra,


900 1 − 1,04
1,04 = P 0,04 · D a ı́, P = 106,69.
b) Pondo a da ta foca l no ato da compra,
1 − 1,04
900 = P
0,04
· D a ı́, P = 110,96.
c) Pondo a da ta focal um m ês depois da compra, 900 × 1,04 =
1 − 1,04
P
0,04
· D a ı́, P = 115,40.
P
2. a ) 80000 = · D a ı́, P = 480,00.
0,006
80000 P
b) = · D a ı́, P = 477,14.
1,006 1,006
3. Igualando o valor dos dep ósito s a o das retirada s, na época do
último dep ósito, obtemos
1,01 − 1 1 − 1,01
P
0,01
= 500
0,01
· D a ı́, P = 211,31.
4. Igualando o valor dos dep ósito s a o das retirada s, na época do
último dep ósito, obtemos
1,01 − 1 1000
P
0,01
=
0,01
· D a ı́, P = 15,55.
P (1 + j) P(1 + j) P 1+i
5. P + + + ··· = =P ·
1+i (1 + i ) 1+i i−j
1−
1+i

6. P rim eira soluc¸ a˜o: Va mos c ompara r os ga stos em 4 a nos: O fl uxo


de caixa troc a ndo o c a rro de dois em doi s a nos é (em milhares de
reais):
−18 0 −4 0 14
Obs erv e que no seg undo an o gasta mo s 18 na compra de um
carr o novo , ma s rece bemo s 14 na venda do vel ho.
O valor atual desse fluxo é −18 − 4 + 14 = −10,44.
1,15 1,15
192 Temas e Problemas

O fl uxo de c a ixa t roc a ndo o c a rro so mente no qua rto a no é (em


milhar es de reais) :

−18 0 0 −1 8.

Observe que no quarto ano gastamos 2 em consertos, mas re-


cebemo s 10 na venda do c a rro. O va lor a tua l desse fluxo é
1 8
−18 − + = −14,08.
1,15 1,15
Logo, é melho r t roc a r de car ro de do is em dois an os.

S egu n da solu ç a˜o: Va mos c ompara r os custos po r a no:


O fl uxo de c a ixa troc a ndo o c a rro de doi s em d ois a nos é (em,
milhar es de reais) :
−18 0 14
Va mos de termina r o c usto an ua l equivalente C.
Os fluxos −18 0 14 e 0 C s ao ˜ equivalentes. Logo,

14 1 − 1,15
−18 + 1,15 = C 0,15 e C = −4,56.
O fl uxo de c a ixa t roc a ndo o c a rro so mente no qua rto a no é (em
milhar es de reais) :

−18 0 0 −1 8

Va mos de termina r o c usto an ua l equivalente C.


Os fluxos −18 0 0 − 1 8 e 0CC CC ˜ equiva-
s ao
lentes. Logo,

1 8 1 − 1,15
−18 − + =C e C = −4,93.
1,15 1,15 0,15
Logo, é melho r t roc a r de car ro de do is em dois an os.
˜
Soluc¸ oes do Cap´ıtulo 7 193

Apˆ
endice

1. No Excel, ap ós os co ma ndos f , Fina nce ira e Ta xa, surge uma


ca ixa de di á logo que deve ser preenc hida do modo seguinte:
Nper: 6
Pgto: −120
VP: 600
Vf:
Tipo:
Estimativa:
Aparecer á a t a xa , 0,054 7= 5,47 %.

2. O fl uxo de c a ixa, q ue deve se r posto e m c élulas a dja centes em


uma mesma coluna da planilha é:

500 0 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60 − 60

(12 valores).
Ap ós os comandos f , Financeira e TIR, surge uma caixa de
di á logo ; ma rca nd o com o bot a˜o esquerd o do mo use o fluxo de c a ixa,
su rg e a t a xa 0,02 90= 2,90 %.

3. No Excel, ap ós os co ma ndos f , Fina nce ira e Ta xa, surge uma


ca ixa de di á logo que deve ser preenc hida do modo seguinte:
Nper: 5
Pgto: −230
VP: 1000
Vf:
Tipo:
Estimativa:
Aparecer á a ta xa, 0,0 485= 4,85%a o m ês.

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