A partir de agora iremos ver alguns exemplos de energia hidráulica ou
hidrelétrica, ocupa pequeno espaço no mundo, mas representa a maior parcela no Brasil. A geração hidrelétrica consiste em transformar a energia potencial da água, armazenada a uma determinada altura acima do nível do mar, em energia mecânica na turbina hidráulica. Por sua vez, a energia mecânica obtida pela turbina, aciona um gerador de energia elétrica, que converte esta energia em eletricidade. ENERGIA HIDRÁULICA A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso. A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica. Normalmente as usinas hidrelétricas são construídas em locais distantes dos centros consumidores, esse fato eleva os valores do transporte de energia, que é transmitida por fios até as cidades. A eficiência energética das hidrelétricas é muito alta, em torno de 65,2% (em 2014). O investimento inicial e os custos de manutenção são elevados, porém, o custo do combustível (água) é nulo.
Atualmente, as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 18%
da produção de energia elétrica no mundo. Esses dados só não são maiores pelo fato de poucos países apresentarem as condições naturais para a instalação de usinas hidrelétricas. As nações que possuem grande potencial hidráulico são os Estados Unidos, Canadá, Brasil, Rússia e China. No Brasil, mais de 95% da energia elétrica produzida é proveniente de usinas hidrelétricas. Apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está isenta de impactos ambientais e sociais. A inundação de áreas para a construção de barragens gera problemas de realocação das populações ribeirinhas, comunidades indígenas e pequenos agricultores. Os principais impactos ambientais ocasionados pelo represamento da água para a formação de imensos lagos artificiais são: destruição de extensas áreas de vegetação natural, matas ciliares, o desmoronamento das margens, o assoreamento do leito dos rios, prejuízos à fauna e à flora locais, alterações no regime hidráulico dos rios, possibilidades da transmissão de doenças, como esquistossomose e malária, extinção de algumas espécies de peixes.
Pequenas Centrais Hidrelétricas
As chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) são apresentadas, há
algum tempo, como uma fonte limpa de geração de energia elétrica por seus menores impactos ambientais quando comparados com grandes represas. Agora, estudo apresentado em artigo da Forbes para esse tipo de empreendimento mostra que as PCHs, na verdade, “têm um impacto maior por megawatt do que os grandes projetos hidrelétricos”. A Bacia do Alto rio Paraguai (BAP), onde está o Pantanal, tem hoje dezenas de PCHs em operação e a previsão é de que outras 99 serão instaladas nos próximos anos. A Ecoa tem estudado o tema e a conclusão é que o barramento trará efeitos ambientais, sociais e econômicos negativos de grande monta para o Pantanal, sendo o mais visível deles o impedimento da migração de peixes para a reprodução. Tendo em conta que a pesca é a atividade que mais gera trabalho e renda, pode-se deduzir os efeitos econômicos e sociais advindos das represas. Um elemento importante a considerar é que se todas as PCHs previstas somassem às já instaladas, a energia gerada seria insignificante para o país. A flagrante assimetria entre os benefícios e os prejuízos, principalmente ambientais e sociais, está claramente identificada. O artigo da Forbes conta que na Suíça foi criada uma lei para tarifas feed-in – tarifa que acelera o investimento em tecnologias de energias renováveis por meio da oferta de contratos de longo prazo com os produtores de energias – que impulsionou a construção de PCHs no país. O texto da Forbes ressalta que “da China ao Brasil e países dos Bálcãs, vários países aprovaram políticas que reduzem a necessidade de planejamento e regulação para PCHs, muitas vezes dentro de programas de redução das emissões de gases de efeito estufa. Embora as PCHs não inundem vales inteiros, como costumam fazer as grandes represas hidrelétricas, elas fragmentam os cursos de água, impedem ou no mínimo dificultam a migração dos peixes rio acima e desviam a maior parte da água dos canais principais para as casas de força, deixando longos trechos com fluxo drasticamente reduzido durante a maior parte do ano. Isso sem falar da degradação estética da paisagem. Estudos feitos na Noruega, na Espanha e na China, concluíram que as PCHs têm um impacto maior por megawatt do que os grandes projetos hidrelétricos. No exemplo da bacia do rio Douro, na Espanha, projetos hidrelétricos com menos de 10 MW causam quase ⅓ dos impactos hidrelétricos na bacia, enquanto produzem apenas 7% do total de energia gerada. Além disso, as 140 PCHs ali existentes criaram sete vezes mais barreiras (para, por exemplo, a movimentação de peixes) do que as 17 grandes da bacia hidrelétrica, para gerar uma energia 15% mais cara e menos flexível para o atendimento da demanda da rede”. Na Bacia do Alto Paraguai, a construção das PCHs, principalmente quando analisada em conjunto com outros empreendimentos de maior porte, apresenta impactos evidentes sobre a biodiversidade, as populações ribeirinhas e a economia de regiões onde estão instaladas. CONCLUSÃO É inevitável que se gerem impactos na natureza, porque a ação do homem sobre ela proporciona essa realidade. Toda obra e projeto da engenharia, ela constitui de forma geral um impacto na natureza, alguns impactos são considerados de gravidade extrema, outros mas superficiais. É evidente realçar que existem vários meios de converter qualquer energia em energia elétrica. Algumas fontes são mais limpas e sustentáveis, outras são relativamente mais poluentes e possuem maior custo. A energia é renovável, o custo da construção da usina é alto, mas é amortizado a curto período, tornando-se muito rentável. IMAGENS IEMAC ELETROTÉCNICA Fontes de Energias Renováveis
ENERGIA HIDRÁULICA Prof: Abraão Lincoln
Alunos:
Manaus - AM FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS ENERGIA HIDRÁULICA