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INSTITUTO PROMINAS

VANUSA DE OLIVEIRA MACIEL NEVES

INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE


ENSINO FUNDAMENTAL DE GUARANI/MG

UBÁ-MG
2018
INSTITUTO PROMINAS
VANUSA DE OLIVEIRA MACIEL NEVES

INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE


ENSINO FUNDAMENTAL DE GUARANI/MG

Projeto Integrador Apresentado ao Instituto


PROMINAS como requisito parcial para a
obtenção do título de Licenciatura em Educação
Especial.

UBÁ-MG
2018
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1 Identificação do Projeto

1.1 Área que aplicará seu projeto: Educação


Projeto a ser realizado na Escola Estadual Professor Alberto Pacheco, da cidade
de Guarani/MG. A instituição é da rede pública estadual, funciona nos turnos
matutino, vespertino e noturno, conta com cerca de 50 (cinquenta) funcionários e
atende 422 (quatrocentos e vinte e dois) alunos, sendo 6 (seis) com
necessidades educacionais especiais, todos com laudo médico, mas apenas 2
(dois) com direito a professor de apoio em sala de aula.

1.2 Título: Inclusão de alunos com deficiências em uma escola pública de ensino
fundamental de Guarani/MG

1.3 Nome do (a)(s) seu (ua)(s) idealizador(a)(es): Vanusa Oliveira Maciel Neves

2 Situação geradora e justificativas

A Resolução nº 2/2001, afirma que uma educação inclusiva deve ter como
focos “a promoção das condições de acessibilidade, a capacitação de recursos
humanos, a flexibilização e adaptação do currículo e o encaminhamento para o
trabalho”. (BRASIL, 2001, p. 4)
Bosa e Baptista afirmam que é necessária a construção de um currículo vivo,
“por meio de pesquisa de questões significativas realizada junto às famílias e aos
alunos, alia-se ao esforço de articulação constante entre as diferentes áreas
disciplinares. ” (BOSA; BAPTISTA, 2002, p. 19)
Nesse contexto, o desafio da educação brasileira é criar meios para atender
alunos sem nenhum tipo de discriminação, reconhecendo as diferenças como fator
de enriquecimento no contexto escolar. A ideia geral deste projeto torna-se essencial
em qualquer escola que atenda a educação básica, considerando o momento crítico
a que a sociedade está passando, as mudanças tecnológicas, de valores e
biológicas. Na escola Estadual Professor Alberto Pacheco, percebe-se que todos
sabem e convivem com as diferenças, mas poucos conseguem exercer e aplicar
ações que promovam condições de acessibilidade e respeito às diferenças.
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Diante do grande número de alunos que apresentam necessidades especiais


na instituição citada, o projeto foi elaborado considerando-se que a escola é um local
de grande e constante aprendizado, considerando que muitos alunos com
deficiências ou necessidades especiais ficam a maior parte do tempo isolados dos
demais em diversos momentos das aulas.
Justifica-se esta análise pela necessidade de se conhecer e utilizar as
intervenções conforme o tipo de deficiência e a realidade da escola, visto que cada
aluno é único e aprende de uma forma. Assim, tais métodos devem ser conhecidos e
analisados a fim de selecionar quais ações deste ou daquele método serão
melhores aproveitadas para determinados alunos.
Para tanto as ações aqui sugeridas, servem de base para projetos maiores,
que envolvam um público alvo maior, gerando maiores e melhores condições de
aprendizado para alunos com deficiências e necessidades educativas especiais. As
intervenções, portanto, devem atender as necessidades de cada um, visando o
efetivo aprendizado e promovendo o direito à educação. As intervenções aqui
abordadas são dispostas de forma que o docente consiga situar-se dentro deste
contexto, visualizando as diversas formas de inclusão que podem ser utilizadas.

3 Objetivos

3.1 Objetivo geral


Contribuir com a socialização e aprendizado dos alunos com deficiências e
necessidades educacionais.

3.2 Objetivos específicos


 Identificar os aspectos que envolvem o isolamento dos alunos com
deficiências/necessidades especiais na escola;
 Conduzir atividades geradoras de conhecimento acerca da diversidade
existente nos seres humanos em geral;
 Possibilitar momentos de conexão e integração entre os alunos e professores.
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4 Abrangência e contexto

O Decreto Federal Nº 3.298 de outubro de 1989, em seu Art. 29 afirma que se


devem ampliar as alternativas para atender as peculiaridades da pessoa com
deficiência tais como: I) adaptação dos recursos instrucionais: material pedagógico,
equipamento e currículo; II) capacitação dos recursos humanos: professores,
instrutores e profissionais especializados; e III) adequação dos recursos físicos:
eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais e de comunicação.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
(Resolução CNE/CEB nº 2/2001) afirmam em seu texto que

A escola regular de qualquer nível ou modalidade de ensino, ao viabilizar a


inclusão de alunos com necessidades especiais, deverá promover a
organização de classes comuns e de serviço de apoio pedagógico
especializado. Extraordinariamente, poderá promover a organização de
classes especiais, para atendimento em caráter transitório. (BRASIL, 2001,
p. 46-7)

A segregação vista hoje é resultado de um histórico referente a alunos


especiais. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva afirma que:

A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento


educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à
criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes
especiais. (BRASIL, 2008, p. 2)

Considerando-se a escola envolvida, o projeto é direcionado para o contexto


educacional, e espera-se envolver alunos, professores, funcionários e gestores no
desenvolvimento do projeto.
A Meta número 4, estabelecida pelo MEC em seu Plano Nacional de
Educação/PNE afirma que um dos objetivos é

universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia
de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
(BRASIL, 2014, p. 11)
4

Sabe-se que a educação inclusiva atualmente é uma realidade que


gradativamente é implantada internacionalmente e nacionalmente que vem muito a
beneficiar a todos da sociedade. Assim, a inclusão é um processo onde todos devem
estar cientes de sua participação, principalmente a equipe de educação escolar.
Uma escola deve ser capaz de refletir seus planejamentos, práticas e
espaços, a fim de aprimorar a qualidade do seu ensino possibilitando o pleno
desenvolvimento e participação de seus alunos. A inclusão contribui para que os
envolvidos com a realidade escolar de cada comunidade, tenham outro olhar sobre
sua prática pedagógica podendo transformá-la, para que assim, compreendam e
respeitem as diferenças de seus alunos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 (Lei n.
9.394/96) trouxe grande avanço no que se refere à educação especial brasileira,
pois esta, passa a ser considerada como uma modalidade da educação escolar,
devendo ser oferecida aos alunos com necessidades especiais, preferencialmente
na rede regular de ensino.
A Educação Especial atualmente defende a garantia do acesso à escola a
todos os alunos deficientes, removendo, assim, os obstáculos que impedem a
frequência e garantia de avançarem em seus estudos no ambiente escolar. Padilha,
afirma que:
O que se deve ter em mente ainda, é a questão da aprendizagem do aluno
com deficiência, pois existe um pré-julgamento de que não aprendem da mesma
forma e por isso, não são capazes de acompanhar as aulas. Por isso, a legislação
vem contribuindo para a mudança dos parâmetros de ensino para tais alunos.
Padilha aponta que: “A baixa expectativa que se tem da aprendizagem dos
deficientes [...] diminui também o empenho da escola na utilização de recursos
especiais para que aconteça o desenvolvimento das esferas do simbólico, ficando
insistentemente pressas ás atividades práticas. ” (PADILHA, 2005, p. 108)
Neste contexto, é fundamental assegurar a igualdade de oportunidades de
todos os alunos, e para isso, é fundamental que cada escola reflita e planeje de
forma conjunta sua ação educacional mais adequada a sua diversidade, projetando
as adaptações necessárias e proporcionando-lhes as ajudas e recursos que
favoreçam a obtenção das aprendizagens nele estabelecidas.
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5 Plano de Ação, Cronograma e Desdobramento das Ações

Atividades Atividades Atividades Atividades


Período: Agosto
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
Responsáveis
Ações
pela ação
Leitura de
dois artigos e
Pedagogo da roda de
Ação 1: escola+professores conversa para
Estudos de que atuam em debater sobre
temas salas com alunos isolamento
relacionados com dos alunos
à Educação deficiências+profes com
Especial sores de apoio deficiências/n
envolvidos ecessidades
especiais na
escola
Montagem de
bonecos de
papel
Leitura de
Ação 2: Professores que recortados
cartilha da
Atividades atuam em salas representando
diversidade
acerca da com alunos com funcionários e
para alunos
diversidade deficiências+profes professores
das turmas
existente sores de apoio da
envolvidas+co
nos seres envolvidos+alunos escola+Exposi
nversa com
humanos em das turmas ção dos
alunos sobre
geral. envolvidas bonecos a
o tema
serem colados
no mural da
escola.
Palestra sobre
o tema
ministrada por
uma das
professoras
de apoio que
atua em sala
Ação 3: com aluno
Palestra final com
sobre Professor de apoio deficiência
diversidade que atua em +Debate após
e sala+escola toda a palestra.
deficiências +
na escola Palestra sobre
o tema
ministrada por
uma mãe de
aluno com
deficiência
+Debate após
a palestra.
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6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados conforme sua participação nas atividades bem
como envolvimento com os colegas e professores durante o projeto. Os alunos
serão observados e durante o projeto e chamados para conversas em particular
caso estejam contribuindo para o isolamento dos colegas que tenham deficiências.
Além disso, o envolvimento dos professores é fundamental, e por isso, o
pedagogo pode fazer considerações futuras acerca do comportamento e
envolvimento dos professores envolvidos para cada vez mais respeito e efetivo
aprendizado dos alunos com deficiências.

7 RESULTADOS
7.1 Resultados Esperados
De acordo com Melleti e Bueno

Com relação à escola, as políticas de inclusão indicam a necessidade


destas se reorganizarem e se adequarem à heterogeneidade de seu
alunado, evidenciando a necessidade de apoio para implementação da
educação para todos. A Educação Especial, alavancada à modalidade da
educação escolar, é indicada como o apoio necessário à inclusão de alunos
com deficiências em espaços regulares de educação. (MELETTI; BUENO,
2010, p. 4)

Com relação aos alunos, visamos contribuir para a formação integral dos
alunos, além de (re) conhecer e respeitar as limitações dos alunos com deficiências,
gerando empatia tanto de professores, como alunos e professores de apoio, visando
valorizar as diferenças entre todos os seres humanos, sendo a deficiências uma
característica a mais a ser incluída no dia a dia escolar.
Espera-se ainda que os alunos envolvidos sejam capazes de identificar itens
que nos tornam únicos como seres humanos, aplicando ações diárias para contribuir
com a participação e aprendizado de todos os alunos. Considera-se essencial a
participação dos professores, tanto para o envolvimento direto com os alunos com
deficiências, como para ser exemplo durante o projeto para os alunos de toda a
escola.

7.2 Resultados Obtidos


Percebeu-se maior sensibilização por parte dos alunos, que muitas vezes
discriminavam seus colegas por falta de conhecimento. Durante o projeto ficou claro
7

que quanto mais se aborda o assunto em sala e na escola como um todo, mais fácil
fica ensinar e incluir os alunos deficientes.
Durante as primeiras ações na primeira semana, muitos professores e alunos
não demonstraram interesse pelo assunto e parece que até acharam desnecessário
abordar tal tema. Contudo, já na segunda semana, quando foram ler a cartilha sobre
diversidade, os alunos que convivem com as crianças com deficiências,
demonstraram querer saber mais, e com isso, os professores acabaram sendo
estimulados pelo interesse dos alunos.
Já na terceira semana, observou-se ainda mais empenho dos alunos, que
ficaram felizes em desenhar seus colegas e expor sua arte. O elogio das outras
turmas, ao ver o trabalho pronto no mural da escola, foi um grande estímulo para os
alunos das turmas envolvidas.
O que constatamos neste projeto/estudo, é que os alunos, quando
incentivados à convivência harmoniosa podem mostrar grande empatia para com os
alunos deficientes, além de compreensão sobre a diversidade existente entre as
pessoas.
Pode-se observar ainda, grande empenho por parte dos professores
envolvidos no projeto, principalmente os professores que lidam diretamente com os
alunos com necessidades educacionais especiais. Os professores de apoio foram os
mais empolgados, pois enquanto preparavam as palestras, dedicaram-se e até
mesmo aceitaram sugestões dos professores sobre o tema.

8 Conclusão

O comprometimento com a inclusão vai além da integração, ou seja, o acesso


do aluno à sala de aula comum. Esse comprometimento vem de todo o contexto
gerado pela escola para acolher o aluno especial, ele remete ao suporte e ao
compromisso com a adaptação de todas as atividades para que todas as crianças,
com suas particularidades e diferenças culturais, biológicas, sociais ou pessoais,
consigam conviver e aprender junto a todos, sentindo-se membros capazes de
participar e agir em sua comunidade.
A educação da pessoa portadora de necessidades especiais deve ser
entendida não só em uma dimensão educativa, mas também sócio-cultural, com o
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objetivo de desenvolver suas potencialidades sem destacar suas dificuldades, mas


respeitando-as e aprimorando sua participação na sociedade.
É fato que a educação inclusiva tem sido uma preocupação mundial, em que
organizações internacionais e nacionais se mobilizam para assegurar que a escola,
instituição responsável pela educação, possa receber e possibilitar um ensino de
qualidade a todos que nela ingressam.
Portanto, tais questionamentos são válidos para o avanço do processo de
inclusão na cidade de Guarani/MG, bem como para a inclusão do país como um
todo. Os docentes têm importante papel nesse processo, junto à escola, oferecendo
condições favoráveis ao desenvolvimento integral do aluno com deficiência.
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Referências Bibliográficas
BOSA, C.; BAPTISTA, C. R. Autismo e educação: reflexões e propostas de
intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2002.

BRASIL, Decreto nº 3298. Regulamenta a Lei n o 7.853, de 24 de outubro de 1989,


dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível
em: <https://www.ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/vestibular/PS2018_1/SISU_2018_1/Portarias/Decreto
%203298%20deficiencia.pdf>. Acesso em: 29 mai. 2019.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional


de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP,
2008.

BRASIL, Resolução nº 2. Institui as diretrizes da educação especial na educação


básica. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Brasília,
2001.

MELETTI, S. M. F.; BUENO, J. G. S. Escolarização de alunos com deficiência: Uma


análise dos indicadores sociais no Brasil. Disponível em:
<http://33reuniao.anped.org.br/33encontro/app/webroot/files/file/Trabalhos%20em
%20PDF/GT15-6760--Int.pdf>. Acesso em: 29 mai. 2019.

PADILHA, A. M. L. Práticas pedagógicas na Educação Especial. Campinas: Autores


Associados, 2017. (Coleção Educação Contemporânea)

PNE. Ministério da Educação / Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino


(MEC/ SASE). Planejando a próxima década: Conhecendo as 20 metas do Plano
Nacional de Educação. Brasil, 2014. Disponível em:
<http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 28
mai. 2019.

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