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PESQUISA CIENTÍFICA PARA A DISCIPLINA ENS DA FIS P/ JOVENS E ADULT NA

EDUC BAS
PROFESSORA ORIENTADORA: JAENE GUIMARÃES

A CONCEPÇÃO SOBRE CIÊNCIAS DOS ALUNOS NA MODALIDADE


EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

Authierlys Domingos1
1Universidade Federal de Campina Grande - UFCG / authierlys2013@gmail.com

Resumo

O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica a partir de diversos


autores que tem por objetivo uma maior exploração com a finalidade de
compreender e trazer reflexões acerca das concepções de Ciência dos alunos que
estudam na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) onde Constituição
Federal de 1988 estabelece em seu artigo 208 que é o dever do Estado fornecer
educação básica gratuita para jovens e adultos sem distinção. A Educação de
Jovens e Adultos (EJA), garantida pelo Art. 37º da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) 9.394/96, sendo que a modalidade da EJA é destinada
aqueles que tiveram que descontinuar seus estudos, ou não conseguiram chegar
estudar por razões diversas. Tomando a Ciência como sendo mais que apenas um
corpo de conhecimento, mas uma maneira de pensar.

Palavras-chave: EJA; Ciências; Estudos.

Introdução

Para aqueles que deixaram o ensino regular, seja por determinados motivos,
a volta para os estudos é uma tarefa mais árdua. Voltar aquele ritmo de estudo, mas
agora com mais algumas “dificuldades” adicionais, como trabalho e família para
manter, essa é a realidade de alunos que retornam e se deparam com a modalidade
da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Focando nesse ritmo que o estudante
precisa se adaptar, mesmo já não sendo como antes. Como DUARTE, et all (2015,
p. 376) ressalta que “alfabetizar adultos requer desenvolvimentos de atividades
realizados em sala, diferente daquele que é destinado às crianças nas escolas
regulares”. E tendo um trabalho mais delicado, o professor precisa ajudar o
estudante a ser inserido naquela nova realidade de estudo, mas fazendo um
paralelo com a realidade que ele vive.
E sendo a Ciência não somente um corpo de conhecimento, mas uma
maneira de pensar (SAGAN, 1980), os alunos da EJA necessitam ver a Ciência não
como um conjunto de fórmular que terminam em si mesmas mas uma maneira de
pensar e tornar-se um ser humano crítico no modo como vê o mundo ao seu redor e
o meio que está inserido, porque o fato de apenas saber ler não leva a pessoa a
compreender o que se lê (SANTOS, 2007). Cabe ao professor mostrar que a Ciência
é essa forma de pensamento de como ver o mundo e como algo que sirva de
instrumento para tomada de decisões (TERRA, 2002). Similarmente pode-se dizer
que a EJA tem por função o desenvolvimento da cidadania.
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Visto que a falta de tempo não colabora nesse quesito, muitos alunos não
conseguem assimilar o conhecimento científico em contraste com a sua realidade.
Nesse quesito Freire (1996) ressalta que o ensino do estudante deve estar
relacionado a realidade que ele vive no dia a dia, ou seja, o contexto social onde ele
está inserido.
O fato de que essa realidade é laborosa tanto para professor quanto aluno,
essa pesquisa tende a compreender como se dá o ensino de Ciência nessa
ambiente e como ele é recepcionado pelos alunos.

Educação de Jovens Adultos (EJA), um breve panorama

A trajetória da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil é permeada


pela trajetória de ações e programas destinados à Educação Básica (ALMEIDA e
CORSO, 2015) e sua trajetória foi cheia de avanços e recuos causados pelas
políticas públicas. Atualmente, a EJA é responsabilidade da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC). Ela é
responsável pela implantação de políticas educaionais voltadas diversas
modalidades de ensino, entre elas está a EJA, juntamente com os municípios e
estados. Alguns programas oferecidos são o Programa Nacional de Integração da
Educação Profissional com Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e
Adultos (PROEJA) e o programa Brasil alfabetizado.

Segundo o Parecer CNE/CEB nº 11/2000, aprovado em 10 de maio de 2000:


É por isso que a EJA necessita ser pensada como um modelo pedagógico
próprio a fim de criar situações pedagógicas e satisfazer necessidades de
aprendizagem de jovens e adultos. (BRASIL, 2000)

Em contrapartida o que se percebe é que satisfazer todas as necessidades


fica apenas no papel, a educação nessa modalidade é reduzida, como
mencionamos, por falta de tempo e poucos professores. E pensar que a EJA está
reduzida apenas a alunos trabalhadores é um pensamento retrógrado, sabe-se que
a EJA tem uma diversidade etária de maior e portanto os saberes são diversificados.

Barra (2016) menciona que:


A análise destes e outros pontos da história do nosso país podem nos levar a
concluir que a EJA sempre foi o “primo pobre” da educação, justamente a
modalidade na qual habitam as maiores diversidades dos sujeitos. (pg. 12)

Esse texto acima retrata como mesmo com esses “avanços” ao longo dos
anos que a educação passa, ainda existe muito preconceito em relação ao ensino
que foi descontinuado e depois retomado, por isso é necessário não tratar essa
modalida da mesma forma que é tratada a modalidade regular de educação onde os
alunos já estão naquele ritmo de estudo.
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Ciência, EJA e Cidadania

Visto que a Ciência não foge do contexto social, pelo contrário, os métodos
da ciência podem ser usados para aperfeiçoar os sistemas sociais, políticos e
econômicos (SAGAN, 1995). Sendo assim, a Ciência pode ser benigna para a
modalidade de ensino para Jovens e Adultos (EJA). Como destaca Silva e Moura
(2016) as transformações no mudo do trabalho na atualidade exigem um modelo de
educação que intere a educação geral dos conhecimentos para integrar o indivíduo
no mercado de trabalho. Não somente no meio de trabalho ele pode ser inserido,
como também nessa sua formação cidadã.
A esse respeite Almeida e Corso (2015) relatam:
A heterogeneidade peculiar a esta modalidade de ensino faz com que
o espaço do diverso seja repleto de riqueza social e cultural. Há
aspectos que fazem desses estudantes seres ímpares que, por meio
de suas histórias de vida, de suas memórias e representações,
preenchem o cotidiano da Educação de Jovens e Adultos e, por sua
vez, precisam ser preenchidos por “escolas” e outros espaços que
entendam as suas particularidades. (pg. 124)
Percebe-se portanto a importância da inserção de diferentes culturas de fora
para dentro, ou seja, trazem do seu dia-a-dia as experiências e conhecimentos que
não podem ser descartados, porém explanados de forma com que eles se sintam
parte daquele corpo. E como esses alunos, que já possuem idade
consideravelmente avançada, trazem consigo saberes chamados de senso comum
juntamente com isso o professor pode-se utilizar da alfabetização científica para
essa construção de conhecimento e com isso traz-se a inserção desses alunos num
permanente movimento de procura, que rediscuto a curiosidade ingênua e a crítica,
virando epistemológica (FREIRE, 1996) além de ser um elemento fundamental na
formação de cidadãos capazes de buscar soluções que são criativas para os seus
prolemas (KUIAVA e RÉGNIER, 2012).
Sobre a Ciência na EJA Barra (2016) descreve:
A ciência nos cerca de todas as formas como podemos ver, mas
defendo utilizá-la a favor de todos, queremos aproximá-la da
Educação de Jovens e Adultos, aproximá-la de forma investigativa,
indagadora, buscando conhecimento das coisas, seja elas fáceis ou
complexas, temos que buscar esclarecer o conhecimento cientifico.
(pg. 19)
Nesse contexto, pode-se perceber que a formação é um processo contínuo
que se faz com um espírito lúcido e inovador(KUIAVA e RÉGNIER, 2012). Não basta
apenas trasmitir as informações, com isso aquele tipo de ensino pode ser apenas
um ensino onde se memoriza o que diz, perderndo-se todo o aprendizado por trás
desse conhecimento (GOMES e GARCIA, 2014), tornando-o muitas vezes exaustivo
o que pode levar a frustrar o aluno, principalmente nesse ensino noturno onde se
soma ao estresse e/ou cansaço dia dia.
Sobre isso Pompeu e Zimmermman (2009) descrevem de forma clara:
Se a visão de Natureza da Ciência apresentada pelo professor
influencia sua prática pedagógica, a concepção de Ciência
apresentada pelos alunos também deve influenciar as idéias destes
de como deve ser o ensino de Ciências.
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Por isso é necessário superar esses osbstáculos e o aluno consiga
desvencilhar esse conceito de que Ciências é uma matéria somente técnica e
algo a ser decorado para que no final consiga sua aprovação naquela matéria
específica e que vejam também como algo palpável e que esteja relacionado
ao mundo que ele vive e participa ativamente e cabe ao professor ajudá-lo
nessa jornada de descoberta. E o fato desse misto de jovens e adultos nessa
modalidade pode trazer algo ainda mais abrangente no que tange as
discussões em sala de aula, jovens e adultos se ajudando com suas
experiências pode tornar esse ensino e compreensão mais prazeroso
tornando o ambiente mais “saudável” para o ensino de Ciências.

Objetivo

Com a iniciativa dada pela professora, na disciplina da Ensino de Jovens e


Adultos na Educação Básica, de icentivar essa pesquisa biliográfica este trabalho
tem o intuito de trazer reflexões sobre a concepção que os alunos da modalidade de
Ensino de Jovens e Adultos tem de Ciências.

Metodologia

A revisão bibliográfica nesse presente artigo tem o intuito de debruçar-se


sobre diversas referências para a compreensão do tema abordado. Segundo Okoli e
Schabram (2010) uma revisão de literatura fornece um fundo teórico para pesquisas
subsequentes; aprendendo a amplitude da pesquisa sobre um tópico de interesse.
Partindo disso tomei por liberdade utilizar algumas ferramentas para esse
levantamento bibliográfico, utilizando-me principalmente das plataformas online
como a Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Periódico CAPES, a Biblioteca
Digital de Teses e Dissertações e o Google Acadêmico. O quesito principal de
escolha de artigo foi delimitar o tema para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e
Ciência

Considerações Finais

Após realizar análises no artigos mencionados, percebe-se que as


dificuldades na educação pública nessa modalidade de ensino são notórias. Os
alunos que deixaram o ensino regular e tentam voltar novamente aquela rotina diária
de estudos, mas agora com mais obstáculo como trabalho e família, torna ainda
mais complicada a rotina deles. Adaptar o ensino de Ciência deve ser feito com
cuidado, não utilizando-se da mesma forma como usado para crianças e
adolescentes no ensino regular, tanto por seus obstáculos epistemológicos, como
pela dificuldade que podem encontrar em conseguir descrever diversos conceitos
científicos. E com os alunos da EJA temos um campo mais abrangente onde
diferentes pensamentos são expostos.
O ensino de Ciência utilizando-se da mediação entre conhecimento prévio
dos alunos e o conhecimento científico pode ajudar no crescimento pessoal e
intelectual do aluno para seu convívio social. Os conteúdos precisam ser feitos
sequencialmente e de forma que deixe o estudante confortável na sua realidade
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atual e essa educação cidadã deve explanar a historicidade desses fatos de forma
que o estudante possa analisar e compreender o que está acontecendo alí e não
apenas ver aquilo em algo que termian em si mesmo, uma fórmula de uma
determinada questão que foi levantada ou citada em um livro.
Portanto a Ciência pode ajudar os alunos na EJA a se portarem de
diferentes formas em determinadas ocasiões, não somente tornando-o em um
estudante de ciência básica que sabe que a Terra gira ao redor do Sol, ou que sabe
a fórmula da Segunda Lei de Newton, mas mais do que isso ele pode compreender
esse mundo científico que para ele pode ser indiferente e perceber que é o mundo
em que ela está inserida e vive todos os dias. Uma construção de conhecimento
científico pode torna-se nesse ambiente algo prazeroso para esses alunos que estão
voltando aos estudos, para isso é necessários se desprender do ensino tradicional e
tornar esse ambiente propício a essa construção de saberes.

Referências Bibliográficas

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