CADERNO DE RESUMOS
Organização
Prof. Dr. Junot Cornélio Matos (UFPE)
Prof. Dr. Marcos Roberto Nunes Costa (UFPE)
Profª. Dra. Rita de Cássia Ribeiro Voss (UFPE)
APOIO/UFPE
Pró-reitoria de Extensão (PROEXT/UFPE)
Pró-reitoria para Assuntos de Pesquisa e Pós-graduação (PROPESQQUFPE)
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Pró-reitoria de Gestão Administrativa (PROGEST/UFPE)
Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida Grife UFPE (PROGEPE/UFPE)
Editora Universitária UFPE
Associação do Docentes da UFPE
PATROCÍNIO
Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior – CAPES
Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – FACEPE
Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife
PARCERIAS/CONVÊNIO
Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia – GT Filosofar e Ensinar a Filosofar
Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP
Faculdade de Filosofia de Caruaru – FAFICA
Faculdade Franssinetti do Recife – FAFIRE
Faculdade Integrada de Pernambuco - FACIPE
Secretaria de Educação de Pernambuco
APOIO
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DIRETÓRIO
COORDENAÇÃO GERAL
COMISSÃO ORGANIZADORA
Secretaria Executiva:
Profa. Dra. Rita de Cássia Ribeiro Voss (UFPE)
Profa. Dra. Célia Maria Costa Pereira (UFPE)
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Profa. Sônia Sena da Silva (SEDUC)
Profa. Maristela Morais
Prof. Jefferson Góes (FAFICA)
Estudante Aliny Stephane Santos Silva
Estudante Geroliny Ruany Uchôa Dias
Estudante Emiliana Silva
Coordenação Acadêmica:
Prof. Dr. Junot Cornélio Matos (UFPE)
Prof. Dr. Karl Heinz Efken (UNICAP)
Profa. Dra. Maria Betânia Nascimento (UFPE/CAA)
Prof. Dr. Anderson Alencar (UFAL)
5
____________________________________________________________________________________________
J82R 2º Congresso Brasileiro de Professores de Filosofia - Filosofia: construindo os caminhos do ensinar e aprender.
Recife, 12, 13 e 14 de dezembro de 2012. Caderno de Resumos. Recife: FASA - Fundação Antônio dos Santos
Abranches, 2012.
221 p.
ISSN 2316-5391
CDU 5/6
____________________________________________________________________________________________
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem à autorização expressa desta editora.
CONFERÊNCIAS
MESAS-REDONDAS
01: A DIMENSÃO EDUCATIVA DA FILOSOFIA
Gonzalo Palácios
Maria Betânia Santiago
Roberto Rondon.............................................................................................................................................................................51
Custódio Almeida
Ricardo Pinho
Alfredo Moraes.............................................................................................................................................................51
Pedro Gontijo
Samuel Mendonça........................................................................................................................................................52
Marcio Danelon
Dante Galeffi
Flávio Brayner...............................................................................................................................................................53
MESA 05: POSSIBILIDADES E PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE FILOSOFIA
NO ENSINO MÉDIO
Érico Andrade
Tárik Prata
Thiago Aquino.............................................................................................................................................................56
MESA 07: ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO
Ferdinand Hohr
Alexandre Simões
Policarpo........................................................................................................................................................................57
MESA 08: EXPERIMENTAR A FILOSOFIA: NOTAS SOBRE A PRESENÇA DA FILOSOFIA
ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS A PARTIR DE UM CURSO DE PEDAGOGIA
Conceição Gislane
Marcos Antonio Lorieri
Paula Ramos de Oliveira.............................................................................................................................................57
Karl-Heinz Efken
José Benedito
Vinicius Figueiredo.........................................................................................................................................................................58
MESA 10: FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO: ENTRE POLÍTICAS E
PRÁTICAS, ENTRE UNIVERSIDADE E ESCOLA
Elisete Tomazetti
Sonia Ribeiro....................................................................................................................................................................................58
Neimar Machado..........................................................................................................................................................61
Walter Matias................................................................................................................................................................62
MINICURSOS
LÓGICA DA ARGUMENTAÇÃO
Fernando Raul (UFPE)...............................................................................................................................................72
COMUNICAÇÕES
INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO:
A FORMAÇÃO HUMANÍSTICA DO PROFESSOR DE FILOSOFIA
Dax Moraes ................................................................................................................................................................173
ADIALÉTICAHEGELIANANORTEANDOOENSINODEFILOSOFIA:
UMAABORDAGEMPOSSÍVEL
Wilker Sabino Ferreira...............................................................................................................................................188
A FILOSOFIA PELOAVESSO
UM ESTUDO SOBRE NOVOS PRINCIPIOS PARA O ENSINO DE FILOSOFIA
EM CONEXÃO COM A PESQUISA E A EXTENSÃO
Iolanda Carvalho de Oliveira
Isabel de J. Santos.......................................................................................................................................................211
FILOSOFIA:
CONSTRUINDO OS CAMINHOS DO ENSINAR E APRENDER
Resumo
A conferência abordará os desafios para o ensino da Filosofia na educação média no Brasil contemporâneo. Partindo do
contexto da aprovação da obrigatoriedade da disciplina neste nível de ensino, caracterizada como parte de um movimento
apresentado como uma “governamentalidade democrática”, procurará delinear as questões que nos são colocadas por tal
contexto. De modo especial, a conferência enfrentará o problema da articulação entre o ensinar Filosofia (a prática dos
professores) e o aprender Filosofia (o movimento a ser feito pelos estudantes), de forma que o ensino de Filosofia não
se converta em mais uma disciplina que transmite conteúdos a serem assimilados ou mesmo decorados, mas sim em um
espaço de experimentação da modalidade filosófica do pensamento criativo.
Resumo
A aprendizagem e ensino de filosofia são filosofia, atividades filosóficas, filosofantes. A pergunta pela sua natureza e
sentido exige, portanto, a problematização da própria filosofia, do seu fazer, e de seu sentido educacional. O sabemos
desde Sócrates: não há filosofia sem uma vida filosofante; sem um encontro em que, mesmo negando a posição de mestre,
o filósofo gera aprendizagens em outros. Não há como pensar uma filosofia não educacional. Contemporaneamente,
muitos discutem a presença da filosofia no ensino médio e nas escolas em geral a partir de opções que, habitualmente,
46 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
concentram-se em visões centrados nos temas, problemas ou doutrinas filosóficas. Nessa perspectiva, pensa-se que o
que a filosofia ensina é uma série ou conjunto de temas, ou um elenco de problemas ou doutrinas, geralmente, extraídos
da história da filosofia. Nesta intervenção, inspirados no próprio Sócrates o em O mestre ignorante de Jacques Rancière,
defenderemos que aprende-se ou ensina-se muito pouco em filosofia se não se aprende e se ensina a condição de seu
exercício: a confiança na potência do próprio pensamento.
Resumo
O problema da formação filosófica no Brasil é o da existência de uma cultura filosófica profissional, universitária, de
excelência, contraposta à ausência de um “habitus” filosófico criativo, isto é, à suposta ausência de um traço de disposições
duráveis em torno das capacidades de criação e problematização conceituais próprias ou originais. Uma obra como a de
Oswald de Andrade, por exemplo, parece estar fadada a ser considerada sempre como ensaística, “pouco filosófica”
ou “pouco rigorosa”, enquanto, por outro lado, temos dificuldade de identificar a propriedade da ruminação “de alto
teor filosófico”, “rigorosa”, produzida em torno de idéias e autores já legitimados na Europa ou nos Estados Unidos,
como sendo capaz de dizer algo sobre a especificidade de nossa condição brasileira, mestiça, de sociedade periférica
ou emergente, no desconcerto das nações. A precariedade do ensino de filosofia na educação básica, em nosso país, é
parte do problema. Mas defendemos que a superação dessa precariedade pode não significar grande coisa, se não é feita
no sentido de superar aquela contraposição e a nossa incapacidade congênita de “ousar pensar”, um “ousar pensar”
necessariamente outro do que aquele que herdamos da Grécia, de Kant e do Iluminsimo.
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 47
Resumo
O tema da formação de professores ganhou relevância particular a parir do início dos anos 80, mobilizando pesquisadores
e propiciando debates interdisciplinares. No final dos anos 90 decidi entrar no debate trazendo a filosofia como um dos
interlocutores do diálogo. Não havia pioneirismo em razão de outros trabalhos que se achegavam à época e nem era minha
intenção proclamar a mais nova e definitiva palavra sobre o tema. Procurei, contudo, usar como pretexto o movimento
racional pelo retorno do ensino de filosofia ao, então, 2º grau e investigar as iniciativas que as universidades que lideravam
o movimento tinham e/ou estavam experimentando no que concerne à formação docente. Para tanto, escutar estudantes
e professores cujas falas me parecem de extrema atualidade. Os resultados que alcancei após demorada escuta de docentes
e discentes, farta análise documental, estudos de propostas curriculares, tornaram possível que tomasse de empréstimo
uma frase do Merleau-Ponty para – naquela ocasião - intitular meu trabalho de “Em toda parte e em nenhum lugar:
a formação pedagógica do professor de filosofia”. Assim procedemos, por não situarmos, em lugar qualquer de suas
intensas programações e projetos, uma articulação mais consistente e significativa que materializasse uma concepção e
prática de formação dos profissionais docentes em filosofia em cuja ênfase recaísse a docência como o espaço de diálogo
entre conhecimentos específicos e pedagógicos. A questão das idas e vindas da filosofia com componente que se oferta
ao trabalho pedagógico é uma constante na história da educação brasileira e não poucas são as produções que analisam
essa trajetória. Em 2008, com a aprovação da lei nº 11.684/08 passamos a contar com a obrigatoriedade da oferta, em
todas as séries do ensino médio e em todo território nacional, da filosofia e sociologia como disciplina. Essa decisão
recoloca na pauta questões de grande importância para os cursos de filosofia, seus docentes e corpo discente. Não à toa
testemunhamos o crescimento de iniciativas, de pesquisas nos programas de pós-graduação em educação e em filosofia, da
produção específica no campo da Filosofia da Educação e do Ensino de Filosofia. Nesse contexto, cresce a preocupação
com a formação do professor de filosofia. Na verdade, essa questão esteve sempre presente como argumento contrário
48 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
ao retorno de tal oferta pela alegação da escassez de pessoas qualificadas para tanto. A novidade do momento é que, para
além de nossas especulações acadêmicas, estamos diante de um imperativo legal que determina sua obrigatoriedade num
sistema de ensino que se alargou exponencialmente nos últimos anos. Gallo (2012, p. 123) reflete que é urgente pensar
tal formação “a fim de garantir que a implantação da disciplina nos currículos seja feita de forma séria e competente, por
profissionais bem formados”. Não podemos ignorar que a Filosofia que volta a escola em pleno século XXI, no boje
de um movimento que parece consolidar as reformatações produtivas do capital principiada no século passado não é
qualquer filosofia. Aliada à questão de sua concepção – e falamos em concepção atentando para os demandantes de uma
tal filosofia que em princípio deve corroborar com a “formação do cidadão crítico”, ou seja, encerra um saber a priori - e
ensinabilidade é necessário adicionar aquela que indaga o “para quê”; ou seja, a que projeto histórico ela é chama a servir.
Assim, é possível atentar para a complexidade do fenômeno. Ela não é tão simples quanto parece: não se trata de discutir
exclusivamente se ela, a filosofia, presta-se ou não à disciplinarização e ao ensino.
Resumo
A conferência discute o ensino de filosofia com o foco na infância buscando oferecer contribuições para o desenvolvimento
do trabalho pedagógico com a criança pós-moderna
MESAS-REDONDAS
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 51
Resumo
As mudanças que o Ministério da Educação quer realizar para o ensino médio, entre as quais se cogita eliminar as
disciplinas, podem abrir uma brecha para uma presença maior da filosofia na escola. Há pelo menos duas razões para isso:
(1) a filosofia, por sua natureza, é inter e trans disciplinar; e, (2) toda pesquisa teórica é essencialmente filosófica. Não é por
acaso que a filosofia está no início da constituição de praticamente todas as grandes ciências. A filosofia, ao ter antecipado
concepções físicas e químicas, introduziu, com os pré-socráticos, os problemas que as ciências da natureza só discutiriam
e estariam em condições de resolver na modernidade. Lida diretamente com as matemáticas, ao estudar procedimentos
lógicos, pensa questões da biologia ao discutir problemas éticos etc. Além disso, é na filosofia das ciências que se reflete
sobre os maiores desafios que as ciências encontraram nos últimos dois séculos. Desse modo, a superação do caráter
disciplinar no ensino médio pode, se bem aproveitado pelos professores da área, ser um estímulo para o desenvolvimento
da Filosofia nas escolas.
Resumo
Os diferentes temas analisados à luz da filosofia, no Ensino Médio, aglutinam estratégias específicas e diferenciadas
pelo professor. Discutiremos estratégias adotadas na rede pública do Estado de São Paulo, neste nível de ensino, nos
anos 90, a partir dos temas: conhecimento e ética. Se o ensino de filosofia deve promover a capacidade de conceituação,
de problematização e de argumentação, os temas elencados podem auxiliar o desenvolvimento dessas capacidades, no
entanto, as estratégias adotadas podem determinar o êxito neste processo. O ensino de filosofia, para este nível de ensino,
não pode ser reproduzido como nos cursos de graduação. É fundamental que se busque a adequação da linguagem, dos
textos e principalmente da forma de diálogo com o jovem dos tempos atuais. Compartilhar experiências de ensino de
filosofia diz respeito à diretriz da mesa redonda e, assim, a eleição dos temas clássicos: conhecimento e ética se justificam
para que se tenha, no horizonte, condições de refletir sobre a natureza e limites do conhecimento humano e também para
que as atrocidades humanas possam ser problematizadas à luz de uma reflexão axiológica.
Palavras-chave: ensino de filosofia, conhecimento, ética, estratégias.
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 53
Resumo
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), o ensino deve buscar desenvolver no
aluno seu potencial crítico, sua capacidade como leitor proficiente dos diversos textos que circulam na sua cultura, através
da competência de produzir e avaliar seus próprios juízos (cf. PEREIRA ; NEVES, 2012). Os princípios metodológicos
que orientam as avaliações oficiais, a exemplo do ENEM, priorizam a formação de competências e habilidades necessárias
à prática de leitura e escrita, valorizam a pesquisa e apontam para um ensino interdisciplinar, que busque promover o diálogo
entre as diferentes disciplinas para o desenvolvimento compreensivo integral do aluno, uma vez que o conhecimento
é profundamente inter-relacionado. Considerando tais orientações, neste trabalho pretendo observar que o objetivo
pedagógico da Filosofia como disciplina do Currículo Escolar no Ensino Médio deve estar centrado não apenas na
exposição de saberes já pensados, mas sobretudo nos usos atuais que o aluno poderá fazer do conhecimento filosófico, ou
seja, como pensamento e linguagem mediadores da interação social, de interpretação do mundo e de compartilhamento
de conceitos, informações e críticas. Saber utilizar as variadas possibilidades de construção conceitual em função dos
objetivos comunicativos é fundamental para o ensino-aprendizagem da Filosofia na Escola e deve contribuir para que o
aluno, ampliando seu domínio conceitual e discursivo, possa participar ativamente do mundo em que vive.
Palavras-chave: Filosofia; Ensino Médio; Práticas discursivas.
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 55
Resumo
Há, desde 2008, um lugar institucionalizado para a Filosofia no Ensino Médio brasileiro. Não obstante, grande parte
dos filósofos que defenderam a inserção da Filosofia como disciplina na matriz curricular concorda que o ensino desta
tem especificidades que o diferenciam das demais disciplinas. O ensino de Filosofia há de ser um ensino filosófico.
Delineiam-se, pois, os desafios: como transformar a Filosofia em disciplina escolar pensando possibilidades curriculares
e metodológicas que não engessem a problematização filosófica e as práticas docentes? Como propiciar ao estudante a
experiência do exercício de pensamento filosófico de modo significativo? Como formar professores que articulem as
dimensões filosófica e pedagógica do seu próprio ofício de dar aula? As possibilidades e perspectivas para o ensino de
Filosofia no Ensino Médio passam, desta forma, pela necessidade de pensar este ensino sob uma perspectiva filosófica,
de modo que a Filosofia e a didática filosófica sejam indissociáveis. À medida que o Ensino de Filosofia é tomado como
problema e objeto de pesquisa da própria Filosofia, abre-se à possibilidade de compreensão do ensino-aprendizagem
como momento de produção filosófica, como espaço para se experimentar a tradição filosófica com os autores e, por
conseguinte, pensar o tempo presente.
56 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Prof. Dra. Sílvia Maria de Contaldo (PUCMinas/ Instituto Santo Tomás de Aquino)
Resumo
Desde 2008 as possibilidades e perspectivas para o Ensino de Filosofia no Ensino Médio têm sido debatidas e discutidas
em novas molduras, em razão do Parecer CNE 38/2006 que tornou obrigatória a disciplina Filosofia nas escolas públicas e
privadas no nível médio. Se nos anos anteriores a presença da Filosofia no nível médio era precária, beirando a invisibilidade,
atualmente, ao contrário, temos mais visibilidade. Mas em que grau? Ainda com embaçamentos principalmente de
ordem prática-metodológica. Sabemos o que não deve ser feito, como por exemplo, posturas ‘comenianas’, no estilo
aula/prova/aula/prova como também o seu contraponto, um ‘vale-tudo ‘ em nome da Filosofia. Portanto, pensar em
possibilidades e perspectivas para o ensino de Filosofia implica, em primeiro lugar, ter clareza que trata-se de filosofia
‘não-filósofos’, numa empreitada inteiramente nova – sem perder o rigor da tradição filosófica – que seja capaz de decifrar
as novas linguagens e problematizar o espaço cibernético no qual os jovens do século XXI estão culturalmente inscritos.
Resumo
A mesa explora a relação entre a filosofia e a política no tocante à natureza do projeto filosófico, ou seja, se pretende
entender como a política pode assumir na filosofia um viés pedagógico e catalizar um potencial emancipatório por meio
da reflexão racional.
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 57
EXPERIMENTAR A FILOSOFIA:
NOTAS SOBRE A PRESENÇA DA FILOSOFIA ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS A PARTIR DE UM
CURSO DE PEDAGOGIA
Resumo
Em 2002, por ocasião de uma reestruturação curricular, a Filosofia para Crianças começou a integrar, como disciplina
obrigatória, o currículo do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara-SP (FCLAr-UNESP).
Nessa apresentação pretendemos discutir essa presença que nesse ano de 2012 está completará dez anos. Por ocasião
de sua introdução, em âmbito nacional a Filosofia para Crianças estava sendo problematizada em seus limites e em suas
potencialidades. Em âmbito local, também tínhamos uma demanda por essa área que começou a nascer juntamente com
o surgimento do Grupo de Estudos e Pesquisas Filosofia para Crianças (GEPFC/CNPq), projetos de extensão, palestras
e oficinas – atividades essas que aconteciam vinculadas ao Curso de Pedagogia dessa faculdade. Foi possível, assim,
58 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
acompanhar por uma década as experiências em filosofia tanto entre crianças quanto entre adultos, experiências essas que
agora pretendemos problematizar, tendo como pano de fundo duas questões que se entrelaçam: o que pode a filosofia e
o que pode uma disciplina.
Resumo
O presente trabalho busca analisar a formação do professor de Filosofia para o ensino médio a partir de dados obtidos
em respostas a questionário oferecidos a um conjunto de professores especialmente atuantes em Londrina e região
(NRL), incluindo alguns outros pertencentes a um outro Núcleo Regional vizinho. O texto é constituído por duas partes
nucleares, sendo a primeira delas pautada em dados fornecidos pelo Censo 2011 do estado do Paraná, nos quais podemos
situar os professores de Filosofia no estado, no município de Londrina e região. A segunda parte apresenta as respostas
fornecidas pelos professores de Filosofia a partir das perguntas constituintes do questionário. O conjunto desses dados é
analisado tendo alguns autores por balizas teóricas importantes nas análises, sugestões e encaminhamentos finais do texto.
Palavras-chave - Ensino de Filosofia, Professores de Filosofia do Ensino Médio Paranaense.
Resumo
O presente texto trata da relação do Ensino de Filosofia na perspectiva da Razão Comunicativa. Pois, o entendimento da
60 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Razão Comunicativa em Jurgen Habermas é complexa e multifacetada. Portanto, ela inclui em seu processo: cognição,
eticidade, moralidade, esteticidade e normatividade. Isto nos ajudará a compreender que o fundamento filosófico central
do Ensino de Filosofia é guardar a unidade da razão na pluralidade de suas vozes. Neste âmbito, a Filosofia deixa de ser,
indicadora de lugar, tribunal da razão, para ser guardadora de lugar, ou seja, manter intacta a unicidade da razão. Logo, a
sua função é de se comprometer com uma crítica fundamentada do cientificismo e do fundamentalismo. O seu escopo
principal é formar o sujeito epistêmico e identitário.
Palavras-chave: Habermas, Razão Comunicativa, Ensino de Filosofia.
Resumo
O autor discute as possibilidades de construção de fundamentos para oi ensino de Filosofia questionando a própria
concepção de Filosofia como amorosidade ao não saber e, consequentemente, a um saber que não se dá, não se configura
em cânones definitivos; mas se constrói no mesmo movimento do constituir-se do ser humano. A seguir, aborda a questão
da ensinabilidade da filosofia, de sua possibilidade de aprendizagem como uma matéria curricular qualquer. Finalmente,
reflete sobre as questões relativas à formação de docentes para o trabalho pedagógico com a Filosofia encaminhando
questões para o debate.
Palavras-chaves: Filosofia, Fundamentos, Ensino/Aprendizagem
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 61
Resumo
A presente exposição discute os fundamentos do ensino de Filosofia ao contrapor à sua configuração preponderante
na atualidade, restrita a um meta-discurso filosófico sobre a formação e à sua face pedagógica, a tradição que concebe a
filosofia como um modo de vida e o caráter psicagógico da educação filosófica. Para tal propósito, recorro às interpretações
de Pierre Hadot e de Michel Foucault não somente para indicar uma tradição da filosofia que, se não foi completamente
esquecida, ficou silenciada nos desdobramentos da filosofia e da pedagogia modernas, como também para enunciar alguns
paradoxos ao ensino de Filosofia na atualidade. Um dos paradoxos apresentados é o de que essa educação filosófica
necessita da mobilização da disposição e das atitudes dos sujeitos a que se destinam, antes do que as capacidades e
habilidades almejadas pelo ensino de Filosofia. Outro paradoxo seria o de que o ensino de Filosofia só poderia oferecer
ferramentas para essa educação filosófica, mas raramente formaria a experimentação de si e as virtudes necessárias para
a experiência do pensar, pressuposta para adotar a filosofia como modo de vida. Esses seriam os dois paradoxos que
gostaria de discutir nesta ocasião.
Palavras-chave: filosofia como modo de vida; educação filosófica; filosofia da educação; ensino de filosofia; Pierre
Hadot; Michel Foucault.
PENSAR A JUVENTUDE:
UMA REFLEXÃO SOBRE O TEMPO
Resumo
Pensar a juventude é refletir sobre o tempo, mote da reflexão que empreendo aqui. Tempo como percepção do fluir da
vida, isto é, sentido pelo sujeito na irreversibilidade de tudo que existe: nascimento, crescimento, maturação e morte. Mas
tomo também tempo como era. Nesse sentido, juventude é um construto social, classificação etária, como artíficio que
atende a necessidades das sociedades modernas. A dialética tempo objetivado-subjetivado na contemporaneidade confere
à juventude as marcas das incertezas e indeterminações configurando identidades multifacetadas, fluídas, flexíveis. A
juventude na contemporaneidade é experiência das possibilidades e também das limitações. Em síntese, o tempo revelado
pela experiência da juventude, evoca o problema que opõe liberdade e determinismo.
Palavras-chave: Juventude. Tempo. Liberdade. Determinismo.
Resumo
Não é mais cabível pensar a educação para além do diálogo e do auscultar da alteridade, naquilo que se pode entender
como a valorização e respeito da diferença e da diversidade. Sabemos que nas práticas lineares tradicionais, em que o
silêncio impera, aviltam-se as subjetividades e se promulga a opressão, em circunstâncias de violência onde o humano é
negado. Neste sentido, propomos aprofundar o debate entorno do diálogo e da alteridade,com base em dois importantes
pensadores do século XX, Martin Bubber e Emmanuel Levinas. Dessa discussão certamente erguer-se-ão elementos
singulares para pensarmos o agir pedagógico e o sentido maior do que é educação.
Palavras-chave: Diálogo, Alteridade, Martin Bubber, Emmanuel Levinas.
64 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Objetiva-se debater o aporte de pensadores latino americanos na reflexão sobre uma educação emancipatória. Pensar a
relação filosofia e educação em fins políticos é fundar o concepto de libertação como articulador da mesma. Destaca-se as
abordagens de José Marti, Frantz Fanon, Enrique Dussel, Ivan Illich, Paulo Freire. Dos sentidos de vida expressados nas
obras destes autores surgem uma dialética do colonizado que, dentro do continente, provoca uma relação incessante. “...a
existência das ideias, que modifica a realidade”. O pensamento destes intelectuais latino-americanos, por sua originalidade,
abrem caminhos críticos e oferecem uma das melhores instancias para refletir sobre o problema, não esgotado, da
libertação em nossas práticas educativas, culturais e políticas. A mesa justifica-se pelo fato de sistematizar as contribuições
de significativos pensadores quanto aos caminhos que apontem os processos educacionais no sentido da efetivação da
liberdade.
Palavras-chaves: Filosofia da Educação - América latina - Libertação - Liberdade
MINICURSOS
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 67
Resumo
Este minicurso tem por objetivo apresentar novas ferramentas de ensino colaborativo que usa a tecnologia e em especial
a internet como recurso didático para o ensino de filosofia em nível médio. Utilizando o gênero histórias em quadrinhos
enquanto instrumento para introduzir o pensamento filosófico, possibilitando, o desenvolvimento das competências
discursivas dos educandos, e ampliando a capacidade dos mesmos nas interpretações de textos filosóficos, oportunizando
assim, uma interação dialógica e motivadora. E para tanto, apresentaremos software HagáQuê e a ferramenta online
Toondoo apontando as suas possibilidades de uso e criação para a produção de histórias em quadrinhos (HQs) abordando
os conteúdos filosóficos de maneira dinâmica.Considerando que o grande desafio do ensino de filosofia é o caminhar
em contraposição a um repasse mecânico de teorias desarticuladas da realidade dos educandos, fazendo-se necessário
configurar um ensino que envolvendo os alunos para a aquisição do conhecimento filosófico de forma prazerosa. Neste
contexto, apresentamos a modalidade HQs como estratégia de ensino e estimulo a aprendizagem colaborativa funcionando
como recurso que auxilia no processo de ensino-aprendizagem de filosofia em nível médio, visando subsidiar o estudo
dos conteúdos filosóficos em uma linguagem mais acessível aos alunos.E como, utilizaremos os recursos tecnológicos
e softwares online e de autoria para fins didático-pedagógicos em Filosofia, apresentaremos de forma instrucional e
tutorial o software HagáQuê e a ferramenta online Toondoo analisando o seu uso como auxilio para o ensino, percebendo
as suas potencialidades e limitações. Evidenciaremos, portanto, à adequação dos mecanismos tecnológicos ao processo
de ensino-aprendizagem em filosofia, visando às contribuições que estes podem fomentar, impulsionando os educandos
a participar, discutir, refletir e formular posicionamentos próprios, despertando assim, a curiosidade, a criatividade e a
autonomia dos mesmos no processo de aprendizagem.
Palavras-chave: Ensino de filosofia. Tecnologia. Novos recursos didáticos.
E-mail: annamonteiro23@gmail.com
68 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
compreensão do documentário, e dos conceitos imagéticos, por meio da problematização filosófica dos sentidos da ação
humana sobre a natureza.
Palavras-chave: Escrita filosófica. Lixo. Arte.
E-mail: sandrafon@bol.com.br
Resumo
Apresentação de usos dos textos clássicos da filosofia, antiga, medieval, moderna e contemporânea, para o ensino de
filosofia no ensino médio. Exemplos práticos de como devem ser manuseados os textos e passagens, forma de aplicação
no conteúdo programático e sua relação com a sociedade contemporânea. Criação de esquemas que possam facilitar a
compreensão de temas, filósofos e obras.
Palavras-Chave: Ensino de filosofia. Didática. Metodologia. Metodologia filosófica.
E-mail: dredyson@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 71
Resumo
Nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia espalhados pelo Brasil é ofertada uma modalidade de ensino
conhecida como Proeja, esta modalidade de ensino visa fornecer de uma só vez as formações no Ensino Médio e no
Ensino Técnico-Profissionalizante para os jovens e adultos brasileiros que não tiveram a oportunidade de concluir o
ensino básico na idade apropriada. As principais características destes estudantes é que são pessoas com vasta experiência
de vida, com pensamentos e hábitos comportamentais fortemente arraigados nas suas personalidades e com pouca
curiosidade de natureza filosófica, o que os tornam um público especialmente complicado para o ensino de Filosofia,
ainda mais, quando o foco do ensino volta-se para a ética e para a necessidade do desenvolvimento da consciência moral.
Sendo necessária a criação de práticas pedagógicas que procure não apenas ensinar pensamentos ou teorias filosóficas
acerca da ética e da moral, mas que, através deles, promovam a reflexão e a mudança de comportamentos. Por isso, neste
minicurso, pretende-se demonstrar como é possível trabalhar o desenvolvimento da consciência moral kohlberguiano
com estudantes do Proeja objetivando, ao mesmo tempo, fazê-los compreender a teoria da consciência moral de Lawrence
Kohlberg, envolvê-los num processo de reflexão sobre os seus próprios atos e o de outros seres humanos e provocá-los
para que possam iniciar um processo de mudanças de hábitos comportamentais.
Palavras-chave: Consciência Moral. Educação de Jovens e Adultos. Práticas Pedagógicas em Filosofia.
E-mail edi.marques@ifms.edu.br
72 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
LÓGICA DA ARGUMENTAÇÃO
Resumo
O minicurso objetiva apresentar e desenvolver as seguintes questões: 1) O que é um argumento? Há uma forma única
para qualquer argumento, seja ele um argumento proferido no nosso dia a dia, um argumento das ciencias exatas
ou um argumento da filosofia?; 2) Qual a relação entre lógica e argumento? Qual o sentido da expressão “Lógica da
argumentação”? O que é mesmo “lógica” nesse contexto?; 3) Onde entra a verdade quando argumentamos? O que é
a verdade?; 4) Quando um argumento é bom ou ruim? Há regras para decidir a questão?; 5) Onde entra a retórica na
argumentação? O que é retórica? No tratamento das questões acima o minicurso utiliza, além da literatura secundária
pertinente, basicamente os textos de Aristóteles, Frege e Perelman.
Palavras chaves: Argumento. Lógica. Aristóteles. Frege. Perelman.
Resumo
Neste minicurso tratarei sobre a questão ético racial, balizando-me no projeto: “Eu, Minha Identidade, Ele, a Identidade
Dele, Nós Irmãos” desenvolvido por mim na escola EEEF Matias Freire na Baia da Traição/PB. A problemática é
abordada a partir dos conceitos dos Direitos Humanos: Liberdade, Diversidade e Tolerância e visa conscientizar os educandos
sobre a necessidade de se respeitar a si mesmo, se reconhecer, se auto aceitar e respeitar o outro percebendo que cada
ser humano é o mesmo e o outro/ o diferente em relação ao outro e sendo todos iguais, é preciso que todos tenham
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 73
os mesmos direitos. Portanto, cabe a nós pensarmos a liberdade do homem, o que é a liberdade? Como um homem
pode ser livre? Assim como, a diversidade étnica na qual os homens estão inseridos, respeitando as particularidades
da diversidade; e também, a tolerância como um fator relevante na busca do bem viver do homem. Para tanto, venho
trabalhando com diversos autores que perpassam a questão tanto em uma visão filosófica quanto literária, a saber, José do
Patrocínio, Norberto Bobbio, Etienne-Richard Mbaya, John Locke, Sonia Grubits, Ivan Darrault-Harris, Maíra Pedroso.
Ora, uma grande especificidade da comunidade da Baia da Traição é a existência de 17 aldeias indígenas, logo me foco
tanto nos direitos indígenas quanto no problema do preconceito étnico racial nas escolas. Iremos analisar o resultado
desse trabalho a partir das páginas eletrônicas (http://etnicoracial.blogspot.com.br/, https://sites.google.com/site/
filosofiaetnicorracial/home) criadas para postar o resultados das pesquisas dos educandos e dessa forma poderemos
verificar a eficácia do projeto na escola.
E-mail: jeovaniapinheiro@yahoo.com.br
Resumo
O ensino-aprendizagem em filosofia e suas estratégias são aqui objeto na discussão sobre a formação de professores e
sua prática pedagógica. A filosofia não entra em ação no espaço escolar sem reflexão, por isso focamos os métodos e
estratégias para o ensino da filosofia. Este minicurso se propõe a experimentar algumas práticas para ensinar filosofar
na interface com a arte. O objetivo é potencializar caminhos para aprendizagens filosóficas que aproximem a vida e a
realidade aos conteúdos presentes na história da filosofia. Queremos ampliar a atuação dos professores de filosofia, indo
74 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
além do suposto consenso que se estabelece sobre o tripé: leitura, análise e reconstrução argumentativa dos clássicos da
história da filosofia. Sem excluir sua importância, pretendemos diversificar as estratégias didáticas, focando o ensino médio.
Com este minicurso apresentaremos possibilidades de lidar com o ensino-aprendizagem em filosofia apropriando-se de
mecanismos criativos, coletivos e dialógicos que se aproximam das artes de performance. Trabalharemos com a linguagem
teatral tanto na criação dramatúrgica - elaboração de cenas, esquetes a partir de citações, temáticas e conceitos filosóficos,
quanto no jogo cênico – com adaptação filosófica de trechos dramatúrgicos. Desse modo pretendemos experienciar a
capacidade de atuação do educando, estabelecendo o jogo dialógico entre pares.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem em filosofia. Técnicas teatrais. Estratégias didáticas.
E-mail: joana.tolentino@gmail.com
social; (iv) Estudos sobre experiências (pedagógicas) destinadas à reconciliação da filosofia dentro dos sistemas curriculares
educativos.
Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Etnografia Escola. Pesquisa.
E-mail: lucrécio.sa@gmail.com
Resumo
A realização de um minicurso que expõe a importância da filosofia humanística de Martin Buber e que dê conta de sua
compreensão sobre educação justifica-se e ganha ênfase no fato de existir nele uma singular preocupação essencial e
prática com a autenticidade da relação humana já que esta é a maneira pela qual, segundo Buber, se pode acessar a plena
realização do humano. Educar é formar o ser humano para relação autêntica. Como alvo desta reflexão há uma intenção
pedagógica de se pensar o processo de formação de professores uma vez que tal processo, embora esteja configurado
plenamente com a atmosfera acadêmica, perpassa a academia (universidade), interpela-se com o cotidiano da própria
vivência docente e abrange também o processo de formação continuada. Assim, a formação do professor é progressiva,
contínua. O tema sobre a educação foi tratado por Martin Buber. Este ganhou ênfase na medida em que foi entendido
por sua ontologia da relação: “Meu Tu atua sobre mim assim como eu atuo sobre ele nossos alunos nos formam,
nossas obras nos edificam” (Buber, 2004, p. 62). A compreensão buberiana de educação nos parece complexa e pouco
sistemática. Sua proposta educativa é evidenciada de tal maneira que se liquefaz qualquer compreensão feita a respeito
dos princípios educativos. Isto justifica-se porque o seu pensamento está ancorado, eminentemente, sobre o problema do
76 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
homem, cuja a discussão extrapola qualquer tentativa de uma abordagem, objetivante e sistemática. O homem é um ser
de relação, esta, só é possível de forma autêntica na medida em que o homem torna-se presente a si mesmo e ao outro.
A formação humana só poderá acontecer plenamente se o homem tomar conhecimento de sua responsabilidade no
diálogo. Portanto, o legado educativo buberiano pode ser compreendido a partir do fenômeno da relação recíproca, este
se encontra presente em sua obra Eu e Tu: “Presença significa presentificar e ser presentificado” (Buber, 2004,p. 34).Por
sua vez, considerado por ele como categoria existencial por excelência, o diálogo é o meio pelo qual se estabelece o seu
princípio norteador no tocante à formação humana. O seu prisma dialógico propõe a compreensão da realidade humana,
ou seja, do vínculo entre a experiência vivida (ação) e a reflexão (pensamento). É na interdependência essencial entre ação
e reflexão, enquanto momento indissociável que situamos a tarefa da ação educativa, visando ao resgate do humano e do
seu processo de formação.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Diálogo. Formação. Professor.
E-mail:lucas.dantas@yahoo.com.br
Resumo
Este minicurso pretende incentivar o desenvolvimento de uma metodologia que auxilie o professor na concepção e
elaboração de instrumentos avaliativos para o trabalho com a Filosofia na Educação Básica tendo como ponto nuclear a
definição de critérios ou descritores avaliativos selecionados a partir dos conceitos fundamentais dos conteúdos a serem
ministrados. Nosso objetivo principal não é a criação de instrumentos de avaliação pré-definidos, a serem aplicados a
posteriori pelos professores, mas sim o desenvolvimento de uma metodologia que os ajude e capacite a criar de forma
autônoma, consciente e responsável, descritores avaliativos a partir dos quais poderão elaborar instrumentos de avaliação
de Filosofia claros, variados, pertinentes e eficazes.
Palavras-chave: Avaliação. Filosofia. Ensino aprendizagem.
E-mail: marinesdias@bol.com.br
78 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
ARGUMENTAÇÃO LÓGICA:
CONTEÚDOS FILOSÓFICOS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Resumo
Segundo as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, a capacidade argumentativa é uma das competências e
habilidades a serem desenvolvidas pela disciplina de Filosofia. Cabe a esta propiciar, pois, a partir de seus conteúdos
lógicos, um aprimoramento do discurso argumentativo. A construção de argumentação consistente é, igualmente, um
dos eixos cognitivos comuns a todas as áreas de conhecimento na Matriz de Referência para o ENEM – Exame Nacional do
Ensino Médio. Neste sentido, a capacidade argumentativa é requisitada em todas as disciplinas do Ensino Médio, o que
corrobora sua importância no contexto escolar. O minicurso “Argumentação Lógica: conteúdos filosóficos e práticas
pedagógicas” tem como objetivo proporcionar ao participante a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e
estudos na área de Ensino de Lógica e, particularmente, na área de Argumentação Lógica. Pretende-se oferecer uma
introdução às noções elementares de Lógica a partir de uma abordagem essencialmente informal desta. Apresentar-se-ão
conteúdos lógicos passíveis de serem ministrados no Ensino Médio, bem como serão expostas práticas pedagógicas para
os referidos conteúdos. Dentre os temas lógicos que embasarão as práticas argumentativas sugeridas no curso, destacam-
se as noções de inferência, argumento, premissa, conclusão, correção e falácia. Conceitos-chave que nortearão as pistas de
acesso para o trabalho com a argumentação lógica em sala de aula proposto neste minicurso.
Palavras-chave: Argumentação. Lógica. Ensino de Filosofia. Práticas Pedagógicas.
E-mail:patricia.velasco@ufabc.edu.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 79
Resumo
A proposta deste minicurso está formulada a partir das seguintes perguntas: é possível ensinar filosofia sem a acepção
ao conceito de verdade ou, em outros termos, que verdade é passível de ser ensinada em filosofia? Qualquer perspectiva
filosófica indica a busca da verdade como meta, mas não a sua posse. Qualquer vertente da filosofia, por assim dizer,
não parte de uma verdade dada e inquestionável, mas, antes, ancora-se na abertura ao conhecimento, abertura ao novo,
abertura à verdade. Mas, em que consiste a verdade? Quais os aportes teóricos que sustentam a verdade neste sentido mais
dinâmico e tipicamente filosófico? O principal objetivo do minicurso consiste em problematizar, junto aos interlocutores
da filosofia do Brasil, que sentido de verdade pode ser ensinado em se tratando de filosofia. Como objetivos secundários,
mas não menos importantes, elencamos: (i) discutir as diversas passagens de Nietzsche, especialmente do terceiro período,
sobre o tema da verdade; (ii) construir, junto aos professores de filosofia, uma base mínima a ser ensinada em se tratando
do tema da verdade e (iii) propor, junto aos professores de filosofia, uma acepção de verdade para o ensino de filosofia
que não interrompa o pensamento filosófico.
Palavras-chave: Verdade. Filosofia. Ensino. Nietzsche.
E-mail: samuelms@gmail.com
80 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Neste trabalho mostraremos como é possível que os professores de Filosofia possam explorar o diálogo filosófico com
as crianças. O programa “Filosofia para Crianças – Educação para o Pensar” é uma metodologia formulada pelo filósofo
Matthew Lipman na década de 60. Consiste em abordar temas filosóficos que tenham algo em comum com a vida dos
homens no dia a dia e na adaptação das ideias filosóficas básicas ao universo das crianças, que lhes permite desenvolver
a habilidade de pensar criticamente e relacionar os sentidos das coisas, ou seja, as suas significações. A finalidade é
desenvolver as habilidades cognitivas dentro de um contexto significativo, através do diálogo. É através de procedimentos
dialógicos que se motiva o aprendizado de um pensar ponderado, inventivo, de uma maneira contextualizada e, também se
elabora a construção do aprendizado da cidadania, através de uma convivência saudável, respeitando as idéias divergentes
e a variedade cultural, onde as salas de aula são transformadas em pequenas comunidades de investigação. A idéia principal
do programa é manter vivas e acesas as questões filosóficas em todas as pessoas.
E-mail: silvia.macario@idibra.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 81
Resumo
O que se pretende com esse minicurso é entender de que forma a indústria cultural consegue exercer um domínio sobre
os indivíduos, fazendo com que percam seu caráter emancipatório e, consequentemente, tornando os bens culturais em
mais um de seus instrumentos ideológicos. Isso confere a indústria cultural o poder de transformar os bens culturais em
mercadoria reduzindo-os a mais um de seus bens de consumo. Para o devido entendimento dessa problemática, essa
pesquisa tem como norteador a Dialética do Esclarecimento, escrita por Adorno e Horkheimer e o texto Tempo Livre, escrito
por Adorno. Para atingir tal pretensão, será feito num primeiro momento uma analise detalhada da ascensão do projeto
do Esclarecimento até o seu declínio. Com a não conclusão do projeto emancipatório do Esclarecimento, o homem
passa a regredir a estágios cada vez mais primitivos, tornando-se cotidianamente subordinados aos anseios do consumo.
Isso faz com que os homens mantenham uma relação cada vez mais fetichizante com a mercadoria, pois, não interessa
nome e nem classe dos indivíduos que a consomem importa apenas que consumam. O tempo livre dos indivíduos que
antes era destinado para um “lazer produtivo”, ou seja, leituras diversas, produções e apreciações artísticas ficou reduzido
a uma realidade cada vez mais dominada pela indústria cultural, que impõe seu entretimento mecanicista e asséptico.
Nessa lógica do consumo, apresenta-se a indústria cultural, que pode ser definida enquanto regressão do esclarecimento
à ideologia. Adorno e Horkheimer ao fazerem alusão, na Dialética do Esclarecimento e no Tempo Livre à dominação pela
indústria cultural, deixam a entender que ao se apropriar da cultura, faz com que as obras artísticas passem a reproduzir
a própria indústria cultural. Contudo, surge a seguinte pergunta: Como se dá realmente a apropriação da cultura pela
indústria cultural? Sendo essa a questão principal a ser respondida ao longo desse minicurso.
E-mail: traraujof@gmail.com
82 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Propomos como tema de nosso minicurso a utilização dos meios midiáticos que estão ao alcance de nossos estudantes
como mais uma ferramenta que seja tanto um auxílio ao trabalho do professor, como também ao estudante, pois, com
as cores e os sons que podem ser trabalhados nos meios virtuais, conseguimos dinamizar as aulas e possibilitar que
o contato com outras linguagens e conhecimentos sejam pontes para chegarmos ao universo conceitual da disciplina
de filosofia e aí fazermos as discussões peculiares desses conteúdos. Assim, o uso de um blog específico, bem como
da tvpendrive e do slideshow prezi, serão os espaços apresentados aos participantes e a maneira como esses podem ser
trabalhados para que as aulas tenham sua efetividade garantida. Utilizaremos na elaboração das aulas as sugestões de
encaminhamentos metodológicos apresentados nas Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) de filosofia do Estado do
Paraná, especificamente utilizada no município de Londrina (região norte), que pode ser trabalhada indistintamente -
levando em consideração as especificidades regionais, é claro -, por qualquer professor de filosofia regente das aulas no
ensino básico, tanto ensino médio quanto ensino fundamental (se for o caso), pois, as sugestões são de caráter estrutural,
a forma é única, mas o conteúdo pode ser abordado de acordo com os interesses e as intenções dos professores da
educação básica. Concluiremos o minicurso elaborando três modelos de plano de trabalho docente (PTD), a maneira
que este plano pode ser aplicado, as atividades concernentes a cada passo e as formas de avaliar os estudantes em cada
um dos passos. Confeccionaremos como atividade final um plano de trabalho docente (PTD) para cada série do ensino
médio, utilizando-se dos meios supracitados, mostrando neles os limites e as possibilidades concernentes a cada possível
realidade e possíveis estratégias de superar esses limites e tornar o ensino efetivo e significativo.
Palavras-chave: Ensino. Filosofia. Mídias. Didática.
E-mail: osabiomadruga@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 83
Yoná Santos1
Resumo
O presente minicurso tem como objetivo refletir e levantar algumas hipóteses acerca do trabalho com a música, em
especial com o gênero RAP, na sala de aula, em filosofia, no ensino médio, nas redes pública e privada de ensino de
São Paulo. Esses 6 anos de magistério, nos permitem observar que o trabalho em sala de aula com análises de músicas,
filmes, pinturas e obras de arte, ainda é muito estimulante, tanto para o professor quanto para o aluno. Assim, a música,
dentre as mais variadas artes, permite uma aproximação mais rápida e eficaz do aluno com alguns conceitos filosóficos,
transformando assim a sala de aula no locus primordial da apreensão do movimento que transforma o concreto em
abstrado, fazendo surgir a filosofia. Nesses anos de trabalho docente, podemos concluir que o rap (rhythm and poetry)
faz parte, com algumas exceções, da preferência musical da maioria dos alunos do ensino médio, tanto na rede pública,
quanto na privada. A importância de estar discutindo e refletindo sobre esse aspecto metodológico, fica assegurada
quando consultamos a bibliografia concernente ao ensino de Filosofia no Brasil e sua função na escola. Para alguns
estudiosos a filosofia teria um papel importantíssimo dentro da escola, pois ela pode propiciar ao jovem uma construção,
ou melhor a sua construção acerca da realidade e dos problemas que o cercam.
Palavras-chave: filosofia, ensino de filosofia, música, rap, ensino médio.
Email: yonasantos@usp.br
Formada em Filosofia pela USP; Mestre em Ciencia Política pela USP; Professora da Rede Estadual de São Paulo e do Ensino Privado.
1
COMUNICAÇÕES
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 87
Resumo
O presente texto pensa o problema da história no ensino de filosofia a partir da experiência oriunda do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID/UFPE/CAPES), colocando-se, grosso modo, a seguinte questão:
de que modo é possível estabelecer um diálogo com a tradição filosófica que supere a mera apresentação histórica da
filosofia? É a partir desta problemática que algumas das concepções pedagógicas de Freire em sua Pedagogia da Autonomia
se articulam a conceitos da fenomenologia-hermenêutica de Martin Heidegger, a fim de defendermos a tese de que o
ensino de filosofia não deve confundir-se com o ensino da história da filosofia.
Palavras-chave: História. Ensino de filosofia. Tradição. Destruição. Autonomia.
E-mail: rodriguesapologista@hotmail.com
88 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
A Filosofia, mesmo trazendo em seu bojo todo um arcabouço crítico-reflexivo sobre problemas que se relacionam direta
ou indiretamente à contemporaneidade, só se tornou disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio no Brasil a
partir da Lei 11.684/2008, que alterou o artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Assim, a Filosofia
passou a ser, também, detentora de enorme importância nos currículos do ensino médio nas instituições de ensino,
sejam elas de caráter público ou privado. Atualmente, o processo de inclusão da Filosofia do Ensino Médio vivencia um
novo desafio. Em função do desenvolvimento econômico de nosso país, o Governo Federal, visando o aperfeiçoamento
dos trabalhadores brasileiros, está investindo maciçamente no setor educacional através dos Institutos Federais (IFs). A
Educação Profissional Técnica articulada com o Ensino Médio faz parte de uma política educacional pautada na expansão
dessa modalidade de ensino que passa a ter um caráter de formação integral, ou seja, além de nossos alunos receberem
informações referentes às disciplinas da base comum do currículo do ensino médio eles recebem uma formação técnica
específica. Assim sendo, faz-se necessário levantarmos uma série de questionamentos, dentre os quais destacamos:
como a filosofia está sendo inserida na matriz curricular dos cursos de formação técnica dos Institutos Federais? Qual a
importância da filosofia no contexto de uma formação técnica articulada com o Ensino Médio? Em que medida a reflexão
crítica poderá auxiliar na formação de nossa juventude para o mercado de trabalho? O propósito deste trabalho é refletir
sobre a inserção da filosofia na matriz curricular dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, assim como
analisar a importância da mesma no Ensino Técnico. Por fim, refletir sobre o papel que a filosofia desempenhará neste
novo cenário político-econômico e educacional de nosso país.
Palavras-chave: Institutos Federais. Ensino Técnico. Filosofia.
E-mail:almezzomo@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 89
Resumo
A partir do exame de alguns textos sobre a questão do ensinar Filosofia, este trabalho visa descrever como se ensinar
tal disciplina, e se sua aplicação na sala de aula é para formar um bom cidadão ou se é para formar um bom Filósofo.
Esta questão levará a uma discussão didática para a elevação do conhecimento do aluno, e desta forma não o deixará que
sucumba a conhecimentos prontos que não se pode duvidar, e esta dúvida o levará a uma descoberta sendo esta: que em
seus pensamentos ele pode ser criador. Através dos textos aplicados em sala de aula e não só através da aplicação dos
textos, mais através de um diálogo onde ele, o aluno perceberá que as questões cotidianas podem ser vistas e traduzidas
de outra forma, através de outras ideias, levando assim ele mesmo a se auto avaliar. No entanto ensinar Filosofia é questão
que nos lança hipóteses que a partir das quais iremos construir nosso próprio caminho. Conclui-se que para o ser humano
é bem melhor ser conhecedor da Filosofia, pois a mesma cuidará de lhe direcionar a diversos caminhos, aonde este
chegará a apenas um lugar, e este sendo o real conhecimento, onde cairá todo impedimento que até então seus olhos não
enxergaram, tornando-o assim crítico e fazendo com que ele tenha um olhar mais centrado e uma visão mais ampla de ser
realmente um cidadão conhecedor e articulador de suas vontades e pensamentos, que o tornará um sábio, pois o ensinar
Filosofia incitará ele a tomar consciência de que nem tudo é o que parece ser. Levando-o sempre a si fazer um discurso
sobre seu método, fazendo sempre relação com sua vida e com seu mundo.
E-mail:anderson.mogeiro@hotmail.com
90 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
A finalidade deste artigo é apresentar a Teoria do Agir Comunicativo do Filósofo Alemão Jurgen Habermas e suas
implicações nos Processos de Aprendizagem. De fato, o conceito de Aprendizagem adquire em Habermas especial
notoriedade. Vamos perceber este conceito de aprendizagem a partir de duas considerações válidas. A Primeira liga-se a
dois outros pensadores (Bernard Charlot e Rui Canário) que compreendem o processo do Aprender de forma evolutiva,
racional, epistemológica e identitária. A segunda compreende-se a partir da contribuição de dois outros autores (Jean Piaget
e Lawrence Kohlberg) que são referenciais teóricos para a discussão habermasiana em torno da questão da aprendizagem.
De fato, o conceito de Aprendizagem passa a ser entendido como Processo de Aprendizagem Evolutiva no sentido
piagetiano e Aprendizagem Moral no sentido de Kohlberg. Em sentido habermasiano, o conceito de Aprendizagem
inscreve-se no âmbito do Estado Democrático de Direito e na Formação da Vontade Política na Esfera Política Pública.
De fato, Aprendizagem no sentido pedagógico é entendida como Aprendizagem social, ou seja, Aprendizagem: cognitiva,
ética, estética, cidadã, política, cívica e expressiva.
Palavras-chave: Habermas. Aprendizagem. Democracia.
E-mail:alencarsdb@bol.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 91
Resumo
O objetivo da comunicação é problematizar a divisão intelectual do trabalho filosófico que implica na oposição entre
o filosofar e o ensino de filosofia e entende este último como mera exposição da História da Filosofia. Primeiro
discutiremos a concepção antagônica entre o filosofar e o ensino de filosofia e de como ela se justifica na divisão do
trabalho filosófico. Revisaremos, nesta etapa, conforme bibliografia pesquisada, três críticas ao ensino de filosofia, a
saber: de que o ensino de filosofia esteja subordinado à instituição escolar e ao Estado; de que o ensino seja tão somente
um recurso de subsistência para os filósofos e, ainda, de que seja reprodução de conteúdos dissociada do ato filosofante.
Nesse trajeto, nos concentraremos em discutir a crítica simplista de que o ensino de filosofia se resume à reprodução e à
transmissão de conteúdos, sendo apenas uma exposição da História da Filosofia. Compreendendo que tal crítica repousa
em um entendimento parcial do conceito de História da Filosofia, elucidaremos, preferencialmente a partir dos escritos
do filósofo Hegel, este conceito, buscando evidenciar que o ensino de História da Filosofia é, propriamente, filosofar.
Palavras-chave: Filosofia. História da Filosofia. Ensino.
E-mail:carlavanessa.lenteazul@gmail.com
Resumo
Partindo do desafio do ensino de filosofia no ensino médio atual, cuja educação de destaque é a técnica. O texto procura
examinar e propor a Hermenêutica da vida de Wilheim Dilthey como possibilidade de ensino, procurando mostrar o
92 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
desafio da filosofia e das ciências humanas cujo papel é propedêutico de “preparar” e “qualificar” indivíduos. Assim,
as disciplinas se apresentam numa estrutura desarticulada, sem conexão com vida. Neste panorama é questionável o
espaço da filosofia?Neste entrave a hermenêutica filosófica pode articular um projeto educacional que dê ao individuo
uma organização e compreensão sistemática das ciências, da filosofia com a vida, cultura e coma historia, já que essas
esferas compõem uma unidade de articulação de sentido: vivências (ERLEBENIS), que são particulares, mas agrupadas
e possuem um comum hermenêutico. A apreensão dos conhecimentos e o desenvolvimento da autonomia intelectual
deve reconhecer a unidade de sentido das vivencias “que não pode ser objetivada” (Dilthey). A competência e cidadania são
frutos de uma compreensão assumida; é uma atitude natural que não é restrito, apenas às disciplinas, mas compreendida e
compartilhada com a história e a cultura com a vida. O método hermenêutico procura resgatar a posição do ser humano
na própria constituição da vida histórica e não simplesmente fruto de apreensão teorética, de conhecimento acumulado.
O papel da filosofia não seria como única detentora da verdade, mas ser base de um conhecimento verdadeiro e fazendo
a articulação das ciências com os fenômenos da vida e um esclarecimento de si mesmo.
Palavras-chave: Compreensão. Vivências. Sentido. Unidade.
E-mail: carlosdelemos1@hotmail.com
lógicas distintas entre si com relação à formação de um sujeito, por um lado erótico, e por outro sexual, porém, em
nenhum momento o “espaço escolar” será deixado de lado na discussão. Não queremos, no entanto, que tal postura
seja vista como um processo psicanalítico de consciência de si como contraponto ao inconsciente. Mas falamos aqui
a respeito de um procedimento para a produção da verdade do sexo em que o prazer sexual é recolhido e extraído da
própria experiência de prazer. Assim, ao mesmo tempo em que o cuidado de si é vivenciado, é possível problematizarmos as
sexualidades não pelo viés identitário, mas sim a partir de uma estilística da existência que se alie com a Erótica. Portanto, um
cuidado de si mesmo a partir de sua própria prática sexual que será vista como um cuidado ético para com o/a outro/a.
Ressaltamos ainda que não se trata tampouco de uma proposta de política pública para obtenção de uma generalização e
padronização de ensino, mas de uma postura ética de cada pessoa, um posicionamento perante sua própria vida a partir
de suas posturas, estratégias e comprometimentos.
Palavras-chave: Educação. Sexualidade. Erótica. Foucault.
E-mail:cinthia.falchi@marilia.unesp.br
Resumo
O ensino de filosofia presente no currículo do curso de Direito pode, facilmente, desvirtuar-se de sua vocação crítica
originária. Em algumas instituições de ensino superior, esse desvirtuamento acontece quando a disciplina Filosofia do
Direito transforma-se em uma história da filosofia do direito, na medida em que o professor dessa disciplina se preocupa
apenas em colocar os alunos em contato com os “autores clássicos” da filosofia jurídica. Esse professor se esquece de que
uma das funções que devem caracterizar um filósofo é a solução de problemas filosóficos. Não se aprende filosofia do
direito, apenas estudando a história dessa área, mas sim, filosofando sobre problemas jurídicos. Nesse contexto, o objetivo
94 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
deste trabalho é mostrar que para o direito passar de uma forma de alienação a um meio de pavimentação para uma
sociedade em que a propriedade é social, não basta colocar o estudante dessa área em contato com a especulação histórica
produzida por “juristas”. Através de pesquisa bibliográfica, realizamos um estudo sistemático e crítico, estabelecendo
relações, de modo a embasar nossa pesquisa filosófica. Dessa forma, verificamos ser necessário que filosofia trabalhada
no curso de Direito fundamente-se na relação dialética entre o homem e a natureza, tendo no trabalho o elemento de
transformação da natureza e do próprio homem, em uma palavra, que seja uma filosofia da práxis. Se a filosofia da práxis
entende que os problemas centrais para o homem são os problemas práticos de sua existência concreta, não podemos
prescindir desse conhecimento para a adequada compreensão do papel que o direito exerce na sociedade. Uma filosofia
do direito que não se posicione como práxis frente ao direito e à sociedade em que está inserido, pode estar apenas
reforçando a ideologia responsável por ocultar a apropriação e deformação do direito em favor da defesa dos interesses
de determinados grupos nas sociedades de classes.
Palavras-chave: Ensino de filosofia. Filosofia do direito. Práxis.
E-mail: professorbarbosa@ibest.com.
Resumo
A comunicação aqui proposta objetiva apresentar de forma sumariada o trabalho de pós-doutorado recentemente
concluído na UNICAMP e que se intitula A Filosofia da diferença de Gilles Deleuze na Filosofia da Educação no Brasil, e que tem
por objetivo central apresentar o pensamento filosófico educacional de alguns pensadores brasileiros sob a inspiração da
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 95
filosofia da diferença deleuzeana, realçando o que distingue esta produção da Filosofia da Educação tradicional regida
pela filosofia da Representação. Para tanto, a pesquisa se divide em quatro capítulos: o primeiro capítulo, De Deus à
Diferença: trajetória das matrizes filosóficas na educação brasileira elenca as matrizes filosóficas mais expressivas no nosso país,
bem como as práticas e as teorias educativas resultantes delas; o segundo capítulo, A Filosofia da Educação no Brasil, expõe
a trajetória de constituição da Filosofia da Educação como campo de saber específico e apresenta três obras brasileiras
representativas desse percurso; o terceiro capítulo, A Filosofia da Diferença de Deleuze explicita os contornos principais do
pensamento deleuzeano no que diz respeito à sua Filosofia da Diferença; o quarto e último capítulo, Filosofia da Diferença
deleuzeana na Filosofia da Educação no Brasil ou para uma (não)-teoria da quebradura da vara, apresenta a emergência da Filosofia
da Diferença deleuzeana no Brasil e sua posterior intercessão na Filosofia da Educação, com ênfase em quatro nomes
representativos: Tomaz Tadeu, Daniel Lins, Walter Kohan e Sílvio Gallo. Em anexo, o trabalho trás, ainda, as entrevistas
com estes filósofos brasileiros, somadas a mais duas entrevistas de professores brasileiros e uma de um português: Paulo
Ghiraldelli, Sylvio Gadelha e Nuno Fadigas, os quais também falam da intercessão deleuzeana na educação.
Palavras-chave: Filosofia da Diferença. Filosofia da Educação. Deleuze. Brasil.
E-mail: marinho2004@ig.com.br
Daniel Contage
Resumo
A comunicação terá como foco a experiência realizada no Colégio Estadual José Leite Lopes, no Rio de Janeiro, com
os alunos de ensino médio. O Colégio está inserido no projeto NAVE, vinculado à Oi Futuro, que promove um ensino
médio integrado com técnico em produção de mídias digitais. Uma das bases do projeto é a pesquisa-ação realizada
96 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
pelos professores sobre as bases teóricas do projeto. Entre os grupos, há um núcleo de pesquisa sobre Protagonismo
Juvenil, que observa e estimula os espaços onde o jovem se sente confortável para elaborar, liderar e capitanear projetos.
Nesse contexto, alguns alunos se mobilizaram para organizar um laboratório de filosofia, um grupo de estudos que
produza material sobre mídias. A fala da comunicação é uma extensão da pesquisa realizada no NAVE e dos estudos
relacionados, trabalhados no laboratório com os alunos. Aborda a organização política da escola, a malha de poder que
sustenta o modelo da escola tradicional, através da grade de poder que teóricos contemporâneos como Foucault e Derrida
apresentam em seus textos. A experiência no José Leite Lopes é a base para se discutir alternativas para a organização
da escola, que possam permitir que o discurso do jovem estudante tenha valor equivalente ao dos organizadores e
educadores. As práticas realizadas e registradas no colégio e outros registros de práticas semelhantes podem servir de
comparação com a organização padrão da escola, para que sejam discutidas quais práticas ainda são pertinentes, tendo em
vista as novas formas de organização das mídias, e quais podem ser repensadas.
Palavras-chave: Protagonismo Juvenil. Espaço Tradicional da Escola. Poder. Discurso.
Resumo
Partindo de uma definição de Filosofia relacionada ao campo da práxis, portanto dando à matéria a obrigação de influir
na – e ser influenciada pela – realidade contextual em que é praticada, pretende-se refletir dialeticamente acerca das
contribuições que a milenar tradição filosófica oferece ao ato de filosofar e ao seu ensino. Tomar-se-á, por um lado, as
relevantes contribuições que a tradição oferece ao docente, ao docente-filósofo e ao estudante, sobretudo como ampla
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 97
e peculiar fonte cultural, imprescindível à realização da educação filosófica como paideia ou como bildung. Em oposição
dialética, serão esboçados caminhos para a práxis filosófica que não ocorra tendo na tradição o elemento fundamental ou
mesmo marginalmente presente. Nesta segunda vertente, serão valorizadas competências próprias ao fazer filosófico bem
como caminhos não-tradicionais pelos quais tais competências podem alternativamente ser alcançadas. Por fim, serão
explicitadas as vantagens oferecidas pela valorização da tradição como componente do ensino de filosofia, ao mesmo
tempo em que apontados os riscos castradores – portanto antifilosóficos – oferecidos pela força de sua história. Buscar-
se-á, assim, fugir do maniqueísmo fetichista no trato da questão, oferecendo aos docentes oportunidade de reflexão e
diálogo acerca de um desejável pluralismo metodológico.
Palavras-chave: Práxis. Tradição. Ensino. Pluralismo metodológico.
E-mail: pansarelli@gmail.com
Resumo
Visto que o ensino de Filosofia deve ter em vista o alcance das competências e habilidades propostas pelos Parâmetros
Curriculares do Ensino Médio, este trabalho, vinculado ao PIBID Filosofia da UEM, tem em vista levantar possíveis
questões, dificuldades e limites dos professores de filosofia da rede de ensino de Maringa, na medida em que a aprendizagem
do aluno a que o seu ensino dirige-se, deve alcançar as finalidades especificas, tendo como meio para tanto, o pensamento
filosófico, seja em forma de fragmentos de textos de determinados autores, livros didáticos, ou outras formas de contato
98 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
com a reflexão. Neste sentido, O principal eixo desta pesquisa é questionar acerca das praticas metodológicas do ensino de
Filosofia no âmbito em que ela é proposta nos PCN`s. Através de entrevistas, e discussões, pretendemos compreender se
ha efetivamente uma conciliação entre o pensamento filosófico e o que se espera do ensino de Filosofia nos documentos
oficiais da educação e quais os métodos utilizados para que isto seja possível. Embora os resultados estejam em andamento,
já foi possível observar certos aspectos que se apresentam no dia a dia dos professores, que dificultam a prática docente,
dos quais destacam-se a capacidade interpretativa dos alunos e o tempo de duração das aulas.
Palavras-chave: Ensino. Filosofia. Competências. Habilidades.
E-mails: deborahh_smi@hotmail.com
zeeamartins@hotmail.com
Resumo
O presente artigo aborda duas temáticas bastante discutidas: o ensino de filosofia no ensino médio e a sua inclusão no
vestibular. Após a aprovação da lei 11.648/08, que torna o ensino obrigatório das disciplinas de filosofia e sociologia,
todas as escolas que trabalham com o ensino médio do país tiveram que incluí-las em seus currículos. Com essa medida
vieram muitos desafios, como por exemplo: que conteúdos ministrar, como fazê-lo, em quanto tempo, dentre outros.
Pode-se dizer que essa medida caiu de paraquedas pelas escolas do país. Porém, isso não se constituiu como empecilho
ao retorno das duas disciplinas. Foram se desenvolvendo em alguns estados do país estudos voltados para essa finalidade
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 99
resultando, como exemplo, o estudo do grupo do Paraná que já constituiu um material pedagógico para ministrar as aulas
de filosofia e sociologia. Com relação a sua inclusão no vestibular, estudiosos se posicionam contra e a favor dessa medida,
porém muito mais intrigante que sua cobrança no exame seletivo é o como isso será feito. Dever-se-á cobrar os conteúdos
específicos da disciplina, ou uma reflexão embasada nos mesmos ou ainda somente a reflexão pessoal posicionando-se
frente a uma determinada temática, porém, sem embasamento filosófico algum?
Palavras-chave: Filosofia. Ensino. Vestibular.
E-mail: franciscoloving@hotmail.com
Resumo
O presente artigo procura discutir a questão da educação inclusiva nas escolas brasileiras a partir dos pressupostos das
teorias da Ação Comunicativa e da Ética do Discurso de Jürgen Habermas. Em outras palavras, ele objetiva propor uma
reflexão ética que comece por um processo intersubjetivo de auto-esclarecimento das ideologias, que condicionam as
formas de agir e pensar dos indivíduos na sociedade brasileira e, principalmente, nas escolas de nosso país. Um processo
comunicativo que consiga revelar aos atores sociais, que influenciam e atuam nos cenários escolares, os preconceitos
presentes em suas ações e falas em relação à inclusão de todos nas escolas brasileiras. Preconceitos tais que o autor
denomina como “Síndrome de Esparta”. Por isso, o artigo se organiza em três partes. A primeira parte apresenta os
fundamentos conceituais das teorias habermasianas. Enquanto, a segunda analisa as raízes da “Síndrome de Esparta”
e como ela aparece nas escolas. Por fim, na última, realiza-se uma reflexão sobre os procedimentos de efetivação do
processo comunicativo de esclarecimento das ideologias no horizonte escolar.
Palavras-Chave: Exclusão. Inclusão. Preconceitos. Razão Comunicativa.
E-mail: edi.marques@ifms.edu.br
100 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O homem é o único ser capaz de compreender e apreender os aspectos, elementos, situações e acontecimentos
pertinentes à sua existência. Essas habilidades fazem do homem alguém que, existindo no mundo e para o mundo, não
pode jamais assumir uma postura de indiferença e neutralidade. É movido por esta busca da não indiferença diante de si
mesmo e do mundo que o cerca, que o presente trabalho pretende analisar a contribuição da abordagem hermenêutico-
fenomenológica de Otto Friedrich Bollnow para o pensar e o fazer pedagógico do ensino de Filosofia. Desta forma,
pretendemos pensar o conceito de Educação entre a Filosofia da Existência e a Filosofia da Esperança, sua importância e
contribuição para a prática pedagógica. Desejamos tratar sobre a continuidade e descontinuidade da formação humana a
partir de sua abordagem diante dos fenômenos humanos e pedagógicos, buscando mostrar como as formas e processos
instáveis e descontínuos de educação podem iluminar/ampliar o ensino de filosofia e a formação do homem, face sua
condição de sujeito inacabado.O trabalho inscreve-se nos discursos e debates sobre Filosofia e Teoria Educacional. Seu
objetivo é analisar no pensamento pedagógico de Otto Friedrich Bollnow o modo como estas perspectivas de abordagens
se articulam buscando ressaltar a relevância dos aspectos da Filosofia da Existência e da Filosofia da Esperança para
a prática pedagógica. O texto problematiza as concepções mecânicoartesanal e orgânica da educação e seu eventual
impacto sobre os modos do homem conceber sua existência, sua formação e relação no e com o mundo no âmbito da
comunidade humana. Por fim, a pesquisa pretende identificar as implicações do pensamento pedagógico de Bollnow sobre
as configurações da vivência do ensino de Filosofia, que envolve a integralidade do ser inacabado, seus questionamentos,
descobertas, limites e possibilidades no contexto de uma cultura globalizada e democrática.
E-mail: ezo.silva@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 101
Resumo
A retomada do ensino de filosofia nos níveis médios por parte do governo vem acompanhada de inúmeras outras
discussões que concernem este tema carregado de vários outros. Dentro disto, gostaríamos de colocar apenas um destes,
a questão da cidadania, tema bastante recorrente em inúmeras reflexões sobre a filosofia e o Ensino Médio. Buscamos
102 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
aqui colocar um tema que não se perca em sigo próprio. Nosso foca é trabalhar a questão Ideológica do tema cidadania,
porém, dentro de um “novo” universo, o das etnias.Com isso, buscamos justamente focar no papel da filosofia diante de
problemas sociais tão constantes, intensos e porque não recorrentes no meio social. A abordagem do ensino de filosofia
nas escolas, se vinculada a uma prática que busque tratar de temas que contribuam para a formação de seres autônomos
dotados de um ideal cidadão, deve focar problemas reais e que permeiam o universo do aluno. E é justamente investindo
neste pensamento que procuramos vincular toda uma problemática social a reflexão filosófica de forma a levar o aluno a
capacidade de pensar o próprio meio. Ou seja, colocar-se como um cidadão.
Palavras-chave: Filosofia, Racismo, Cidadania.
Resumo
A filosofia, a partir dos pressupostos modernos - historicamente datada-, ao ser adotada como sendo “a” própria Filosofia,
reduz a agenda filosófica aos critérios da “certeza” e “clareza” racionais, não conferindo a devida importância a um
campo de temas fundamentais para a (auto) compreensão do humano e de maneiras outras de se produzir conhecimento
sobre ele. A atenção faz parte deste campo temático que atribui à experiência o estatuto de eixo articulador de um modo
de filosofar que busca não apenas informar, mas, sobretudo, provocar um efeito de formação. Como nova temática que
se insere no debate filosófico e pedagógico, nos esforçaremos para responder às seguintes questões: i) Como o tema da
atenção é tratada na obra de Pierre Hadot? ii) Qual o seu locusno contexto educativo? O presente trabalho se justifica
na medida em que o autor, também professor de filosofia do ensino básico do Brasil contemporâneo, se espanta e se
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 103
admira com atitudes que revelam profunda falta de atenção e que se refletem tanto em uma dimensão especificamente
ética, geradora de uma série de atitudes que revelam esta falta em dois polos opostos: indiferença e violência, quanto uma
dimensão didática, interpretado como: “desinteresse” em suas múltiplas variáveis, apatia ou “indisciplina”. Para nós uma
possibilidade de fazermos frente às imposições da sociedade da indiferença e do consumo que impregnam as relações
humanas contemporâneas, especialmente as constituídas no interior das salas de aulas.
Palavras-chave: Atenção. Ética. Educação.
E-mail: fratellogenivaldo@gmail.com
FENOMENOLOGIATRANSCENDENTAL:
PERSPECTIVA HUSSERLIANA DA APREENSÃO DO CONHECIMENTO
Resumo
Pensar o conhecimento como abertura e possibilidade para busca da essência mesma dos objetos, na perspectiva
fenomenológica, é pensar o ser do ente enquanto ser pensante. Ser, situação. “Ser-aí”, posto em sua cotidianidade. Contínuo
projetar-se. Contínuo desvelar-se, velar-se. Destarte, falar da apreensão do conhecimento na filosofia implica tratar da
natureza do pensar enquanto pensar sobre o pensar mesmo. Debruçar sobre o próprio pensar é perceber o fenômeno da
coisa pensante como algo que através de um caminho rigoroso (fenomenológico), imiscuir-se sobre a essência do próprio
pensar. No entanto, para construir tal abertura é preciso questionar o próprio ser do ser do ente enquanto coisa pensante.
Nesse sentido, e, para tanto, o presente trabalho seguirá tal caminho: (1) consciência-intencionalidade-fenômeno; (2) “ser-
no-mundo”, “mundo da vida”; e (3) a epoché fenomenológica.
Palavras-chave: Fenomenologia. Conhecimento. Epoché.
E-mail: ghil2@hotmail.com
104 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Herivelt Felix
Resumo
A dificuldade na leitura e escrita, consequentemente na compreensão do que se lê, dificulta o processo educacional dos
alunos de ensino médio, pois lhes faltam habilidades básicas para desenvolver a capacidade cognitiva necessária, e assim,
enfrentam dificuldades maiores que essa fase de sua vida discente os impõe. O processo ensino-aprendizagem exige
reflexão, em termos epistemológicos, de todos os docentes, pois a forma tecnicista de aplicação de conteúdos impede
qualquer metodologia aplicada por influência kantiana, no que diz respeito a não se ensinar filosofia, mas sim, a filosofar. É
necessário a análise dos problemas que envolvem o ensino de filosofia, pois a dificuldade de aplicação dos conteúdos, por
problemas no currículo, nos leva a seguinte questão: Qual é o papel da filosofia no currículo do ensino médio? De acordo
com as teorias educacionais, a educação é desenvolvida de dentro para fora e sua formação se dá de fora para dentro,
através desse pensamento devemos consultar um filósofo que influenciou o movimento brasileiro que ficou conhecido
como Escola Nova, nas décadas de 20 e 30, John Dewey, quando diz que: Se a educação é o processo pelo qual se formam
as disposições essenciais do homem – emocionais e intelectuais – para com a natureza e para com os demais homens,
filosofia pode ser definida como a teoria geral da educação. Portanto, a filosofia é uma disciplina que possui os meios
necessários para desenvolver essas disposições emocionais e intelectuais nos discentes, já que a filosofia consegue dialogar
tranquilamente com todas as outras disciplinas, podendo enriquecer o processo de ensino-aprendizagem aplicando o
princípio da interdisciplinaridade, no entanto, sem correr o risco de ser qualquer coisa menos filosofia.
Palavras-chave: Cognição. Ensino-aprendizagem. Epistemologia. Filosofia. Interdisciplinaridade.
E-mail: hfl27@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 105
Resumo
O Alunado produziu de forma criativa e em coletividade, pensamentos e fragmentos, explicitando sempre uma profundidade
muito aguçada das suas percepções em relação ao que haviam observado inicialmente no texto monossilábico. O intuito
foi tornar coletivo um fragmento Literário que possuía em suas entre linhas, façanhas que instigava de modo singelo, a
curiosidade. E fazia com que eles (os alunos) todos em coletivo compartilhassem ideias e assim por sua vez sugestões,
em busca do encaixe perfeito para uma nova reprodução do poema inicial sendo eles autores do novo fragmento. Com
isso observei uma maior interação da turma, e uma qualidade que foi resultado de questionamentos criteriosos no
desenvolvimento da atividade. Surgiram durante a atividade, fortes expressões de sentimentos que resultou da interpretação
dos fragmentos monossilábicos do poema inicial, que foi lido e mais uma vez interpretado pela turma. Partindo do
pressuposto do espanto como primeira etapa para o acontecer filosófico, é como um abrir de portas constante, no qual
sendo a chave dessa porta a própria curiosidade. O espanto movimenta toda a cadeia elementar das sensações e dos
pensamentos, e faz desse primeiro momento ferramenta propulsora para a entrada ao mundo apaixonante da Filosofia,
que será onde o aluno terá o contato com os conceitos e as correntes Filosóficas, mas terá um acesso de mais familiaridade
partindo da sua própria experiência de vida, quando começará a conhecer-se e questionar-se.
Palavras-chave: Poiesis. Hermenêutica. Filosofia.
E-mail: iris_marcolino@hotmail.com
106 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
A compreensão que o professor de filosofia produz de seu processo de formação precisa ser elaborada na medida em que
ele busca interpretar o processo de subjetivação por meio do qual ele se torna sujeito de sua práxis filosófica e pode se
desenvolver, genealogicamente, no sentido da profundidade da compreensão, assim como, cartograficamente, no sentido
de sua abrangência. Apresenta-se uma discussão da autopoiesis do educador, no sentido que considera a complementaridade
dos aspectos paradoxais de uma situação, aproximando-se da sabedoria. A discussão da sabedoria através das perspectivas
de LaoTzu, a sabedoria taoísta chinesa; de Heráclito, a sabedoria cosmológica grega; e de Nietzsche, a sabedoria trágica
dionisíaca; é feita no sentido de avaliar a profundidade e a abrangência dessas perspectivas de imanência. Recorrendo à
discussão feita por Deleuze e Guattari, contraposta por François Jullien, sobre as diferenças entre sabedoria e filosofia,
assim como as perspectivas de Michel Foucault e Edgar Morin sobre meditação e compreensão, pretende-se mostrar
como a conjugação harmônica dos sentidos profundos e amplos da compreensão, através de sua cartografia genealógica,
possibilitam ao filósofo interpretar as experiências da práxis pedagógica constitutiva do processo de subjetivação através
do qual ele forma a si mesmo como professor de filosofia.
Palavras-chave: Compreensão. Cartografia. Genealogia. Sabedoria.
E-mail: filosofenix@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 107
Resumo
É de conhecimento geral que atualmente o professor – das mais diversas áreas – “deve” tentar adequar-se àquilo que
diz respeito ao cotidiano do aluno e, o que nos vêm à mente, neste sentido, é o uso da internet – mais especificamente
das redes sociais – também nas aulas de Filosofia. Afinal, é este o interesse maior dos jovens. Neste sentido, é frequente
a defesa – por parte inclusive de professores de Filosofia – do uso deste recurso como ferramenta de ensino de sua
disciplina. Aliado a este fato, costuma-se dispensar a leitura de textos filosóficos com a justificativa de que a linguagem
filosófica é muito complicada para o adolescente que frequenta o Ensino Médio. Em minha exposição, pretendo defender
justamente o oposto: a introdução da Filosofia no Ensino Médio através de fragmentos de textos clássicos com o intuito
de aperfeiçoar a linguagem do aluno e ajuda-lo a compreender, por fim, que a linguagem filosófica é, sim, distinta da
linguagem popular e leva-lo a refletir em que medida o empobrecimento da linguagem pode levar ao empobrecimento do
pensamento. A partir de experiência própria em sala de aula neste nível de ensino, creio que o texto clássico de Filosofia
pode e deve ser apresentado ao aluno.
Palavras-chave: Filosofia. Linguagem. Internet.
E-mail:jq_engel@yahoo.com.br
Resumo
Abordarei na comunicação a questão ético-racial, balizando-me no projeto: “Eu, Minha Identidade, Ele, a Identidade
108 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Dele, Nós Irmãos” desenvolvido por mim na escola EEEF Matias Freire na Baia da Traição/PB. O projeto trata dos
conceitos dos Direitos Humanos: Liberdade, Diversidade e Tolerância e visa conscientização os educandos em relação aos
direitos do homem. Focar-me-ei nos resultados encontrados por mim no desenvolver do projeto. Portanto, analisarei a
resposta dada pelos educandos em relação aos conceitos trabalhados como um fator essencial na educação do homem
para que ele possa viver bem, desse modo retomando a finalidade da ética aristotélica de se educar o homem para
que ele possa ser feliz, contudo não partindo dos princípios apontados por Aristóteles, mas dos conceitos básicos dos
Direitos Humanos na atualidade e consequentemente, verificando se os conceitos aristotélicos estão ultrapassados ou se
os parâmetros dos Direitos Humanos precisariam se adequar aos conceitos da antiguidade para uma maior efetivação
do bem viver do homem ou se a realidade hoje necessita apenas da conscientização e implementação dos conceitos:
Liberdade, Diversidade e Tolerância para se alcançar uma vida mais feliz.
Palavras-chave: Ética. Liberdade. Diversidade. Tolerância.Viver Bem.
E-mail: jeovaniapinheiro@yahoo.com.br
Resumo
A perspectiva da emancipação humana surge na teoria de Karl Marx como elemento que concede unidade à sua obra, como
objetivo e finalidade de seu pensamento e de sua atividade social e política. Neste sentido, objetiva-se encontrar elementos
que possibilitem uma compreensão da relação existente entre a educação e emancipação na perspectiva marxista. A
formação, entendida enquanto possibilidade de autoconstrução, autonomia e emancipação humana, deve partir, segundo
a análise marxiana, das condições a que se encontram subordinadas a produção e a reprodução da vida em sociedade e
na relação com a natureza. Os poderes das relações sociais são decisivos, pois, os processos educacionais e os processos
sociais encontram-se intimamente ligados. Neste sentido, sob o universo de produção e reprodução, assegura-se que
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 109
cada indivíduo adote como suas as metas de reprodução social objetivamente possível no sistema. Desta forma, e aqui
surgem os limites que impossibilitam a emancipação humana, ao internalizar e conformarem-se as onipresentes pressões
externas, adotam-se perspectivas da sociedade capitalista como inquestionáveis limites individuais as aspirações pessoais.
A educação formal insere-se neste contexto da sociedade do capital, afirmando-se como elemento que fundamentaria a
emancipação, transcendendo os limites da conformação, mas, diante de seus limites, de não ser capaz de oferecer, por si
só, uma alternativa de emancipação humana.
Palavras-chave: Sociedade. Marxismo. Educação. Emancipação
E-mail: beltrame25@gmail.com
Resumo
“Há duas coisas a evitar e uma que seria recomendável a evitar: distribuir as aulas de filosofia aos não graduados em
filosofia” (Chauí, Marilena – Coleção Explorando o Ensino, Filosofia Ensino Médio – MEC, 2010, p. 29). Desde a
efetivação da filosofia no currículo escolar em 2008, muitos envolvidos na área da filosofia, buscam formas de organizar
e desenvolver a disciplina no ambiente escolar. O presente trabalho tem como objetivo analisar, de forma ampla, os
problemas e desafios enfrentados pela filosofia no ensino médio. Assumindo aqui como resolução em alguns aspectos,
a exigência específica do docente em filosofia, para assegurar uma didática mais eficiente no ensino. Deste modo, diante
das perguntas frequentes como, o que ensinar? Como ensinar filosofia? A pretensão é refletir no que compõe a estrutura
do ensino de filosofia no ensino médio, como quais são seus objetivos dentro do ensino? Há uma atenção na formação
dos docentes quanto há aos conteúdos a serem ensinado? Portanto, neste trabalho, verificaremos as consequências que a
filosofia assume após a aprovação da lei 11.684/08. A inserção da filosofia como qualquer outra disciplina no currículo do
110 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
ensino médio, composta de estruturas, técnicas e conteúdos de problematização, que não havendo uma cobrança quanto
a quem ensinar, pode contribuir cada vez mais no péssimo resultado da socialização e da efetivação da filosofia no ensino
médio. Neste caso, iremos abordar a necessidade do saber filosófico, para que não somente haja uma transmissão de
meros conteúdos e técnicas, mas se ensine a importância do olhar critico e a busca da problematização, tendo a pretensão
não só de transferir o conhecimento, mas a de estimular o aluno a pensar, tarefa diferencial, onde nas aulas de filosofia
alunos junto aos professores irão compor um mesmo espaço de pensamento.
Palavras-chave: Ensino. Problema. Formação. Exigência. Específica.
E-mail: anderson.filosofiaufal@hotmail.com
DO ENSINO DE FILOSOFIA:
REFLEXÕES A PARTIR DE FRIEDRICH NIETZSCHE
Resumo
A questão delineada no presente artigo, adstrita à problemática do ensino de Filosofia, remonta à compreensão do
comum. Para tanto, analisaremos o tema do ensino da Filosofia – sobretudo do ensino de Filosofia para o nível do
Ensino Médio, da Educação Básica – a partir de sua indissociabilidade com a questão da possibilidade/impossibilidade
da comunhão. Ademais, a prática docente, em todos os aspectos micros e macros, nos deveria impor, com seriedade, a
questão a respeito da existência – ou da inexistência – do comum e, por conseguinte, do comunicável. Portanto, propor
o ensino da Filosofia e, ainda com maior altivez, propô-lo, a partir do paradigma da obrigatoriedade, admitindo o atual
caráter da superficialidade tecnocrática da educação brasileira, se configura uma tarefa, quiçá, possível? Como comunicar a
Filosofia a adolescentes imersos na fruição globalizante dos mercados de consumos instantâneos, característica fundante
da sobrepujança do vazio neoliberal?
Palavras-chave: Educação. Ensino de Filosofia. Comum. Friedrich Nietzsche.
E-mail: moraes_moncaio@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 111
Resumo
O presente texto pretende abordar problemas presentes no cotidiano da disciplina de Filosofia no currículo escolar do
ensino médio, a partir da realidade vivenciada no município de Caicó-RN, como resultados do Projeto de Pesquisa que
elaborou um perfil do ensino de Filosofia e as ações do PIBID/Filosofia. As questões das metodologias utilizadas nas aulas
e como ser inovador ao mesmo tempo em que se busca conhecer problemas abordados pelos pensadores clássicos. Como
professores e alunos do ensino médio têm discutido e buscado utilizar alguns passos metodológicos como sugestão para
que as aulas sejam um espaço de reflexão, leitura, debates e instiga-os a construção pessoal e coletiva do conhecimento.
Este é, pois, um dos elementos que estão presentes nos estudos e debates do ensino básico e da universidade e é uma
constante preocupação dos envolvidos tornando-se objetivo central deste trabalho.
Palavras - chave: Metodologia, Filosofia, Ensino médio.
Resumo
Em experiências educacionais no Brasil, nas quais a oferta da Disciplina de Filosofia é uma realidadefica evidente que no
112 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
processo do ensino-aprendizagem a Filosofia é fundamental, por proporcionar o desenvolvimento crítico das pessoas,
desenvolver a leitura significativa, a escrita fundamentada, o posicionamento correto frente aos conceitos e fatos reais,
contribuindo com a formação de seres humanos éticos, livres e responsáveis. O presente artigo busca identificar a
trajetória legal do processo de implantação da disciplina de Filosofia no Ensino médio no contexto da legislação brasileira.
Para dialogar com essa trajetória legal, apresentaremos nuances do processo de implantação da disciplina de Filosofia no
município de Caicó-RN, a partir da perspectiva dos(as) discentes. O estudo insere-se nas atividades desenvolvidas pelo
Projeto de Pesquisa “Filosofia no ensino médio: elaborando um perfil”, ofertado pelo Curso de Filosofia da Universidade
do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. Entendemos que o resgate dessa trajetória, aliados aos aspectos do
contexto vivenciado, tem a possibilidade de trazer luzes aos caminhos trilhados, apontar encaminhamentos e suscitar
novas interrogações.
Palavras-chave: Filosofia. Ensino Médio. Pesquisa.
E-mail:mariareilta@hotmail.com
Resumo
Enrique Dussel propõe uma ética material da vida, cujo objetivo é resgatar a vida negada às vítimas dos sistemas de opressão.
Dussel desenvolve uma filosofia da libertação desde a América Latina - filosofia esta que enfrenta os enormes desafios
do continente (exclusão, injustiça, analfabetismo). Neste âmbito, a ética da libertação constrói uma responsabilidade
ético-politica para além do modelo hegemônico da totalidade vigente. A responsabilidade é resposta dada ao outro
enquanto vítima, na sua concretude histórica. A análise dos princípios originários da ética em Dussel permite-nos
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 113
compreender o desafio que se coloca para a efetivação de uma práxis a serviço da reconstrução da subjetividade e de
um projeto ético-político para a humanidade. Na atual crise ética, torna-se imperativo pensar o outro para além do Eu e
pensar a responsabilidade pelo Outro como um dos pilares de uma nova educação. Trata-se de compreender o processo
de dominação e o processo de libertação, assumindo a responsabilidade pelo outro na construção da justiça. Neste
sentido, não basta a denúncia de uma situação injusta; deve-se, antes de tudo, encontrar formas de superação da realidade
excludente.
Palavras-chave: Dussel. Filosofia. Responsabilidade. Outro. Educação.
E-mail: medeirosvicente@ig.com.br
PARÂMETROS CURRICULARES, CURRÍCULO DA FILOSOFIA E ENSINO MÉDIO
Juliana Amorim (UFAL)
Resumo
No intento de adequar os sistemas educacionais à nova ordem imposta pela mundialização, as reformas de ensino,
que desde então vêm sendo implantadas em diversos países, tiveram como característica comum à preocupação com o
currículo escolar. Isso porque as exigências de formação — seja do trabalhador, seja do consumidor — para a participação
na sociedade globalizada, bem como o controle que deve ser exercido pelos governos para garantir a circulação do capital,
impõem atenção especial à educação, cujas reformas assumem o caráter de práticas políticas de regulação social à medida
que, através da legislação e de orientações oficiais, produzem o controle direto do governo sobre qualquer nível de
ensino. Nossa proposta de pesquisa inicia-se com esta discussão que conduzira a uma reflexão sobre alguns aspectos da
polêmica provocada por essa política e, em especial, sobre dois pontos que consideramos centrais na proposta teórica
dos PCNs: a equidade com qualidade pretendida para a educação básica; e a questão da cultura, apontada como eixo
articulador na organização do currículo. E, no desenvolvimento da pesquisa, problematizar o sentido do filosofar e da
noção de filosofia no âmbito dos PCNs para Filosofia no Ensino Médio. Nota-se claramente a fragilidade dos PCNs
114 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
como política pública de orientação curricular. Pois não há controle possível sobre a dinâmica da cultura ou sobre as
redes de significações subjetivas que possam ser impressas em um currículo em ação. As resistências que se formam
poderão fazer com que a estrutura proposta (unificada) assuma sentidos distantes da intencionalidade oficial. E é nesta
perspectiva que empreenderemos nossa investigação acerca da problematização dos conceitos de filosofia, prática de
ensino e currículo como aparecem no PCNs referente ao Ensino de Filosofia no ensino médio e sua repercussão na
construção do Referencial Curricular para o Ensino Médio, em especial para o Estado de Alagoas.
Palavras-chave: Ensino de filosofia. Currículo. Ensino Médio.
E-mail: julianaj.amorim@hotmail.com
Resumo
A linguagem foi tratada na Grécia, desde Homero, mesmo que não houvesse uma reflexão teórica sobre ela. A sofística se
desenvolveu na segunda metade do século V a. C. cuja preocupação era a formação política. Platão não via os sofistas com
bons olhos. Em O Sofista, eles são representados como caçadores interesseiros de jovens ricos. Aliás, os sofistas, baseados
em Parmênides, afirmavam que não é possível dizer algo falso, pois isso equivale a dizer o que não é e dizer o que não é,
é dizer nada. O Estrangeiro mostra, então, o modo como o discurso (logos) pode participar do Não-Ser.
Palavras-chave: Sofistas. Linguagem. Platão. Discurso.
E-mail:juliocesartdias@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 115
Resumo
Comentadores da filosofia heideggeriana, com frequência, observam a escassez das referências de Heidegger à redução
fenomenológica como método de acesso a um horizonte de reflexão que coloca o ser-no-mundo do Dasein como questão
primordial da filosofia. Também o papel da redução em sua filosofia é problemático, uma vez que ele critica Husserl por
fazer da fenomenologia uma ferramenta para aceder a uma consciência pura, atemporal e extramundana – uma pretensão
insustentável, de acordo com Heidegger. Pois o ser-no-mundo do Dasein, como seu modo de ser originário, jamais pode
ser colocado fora de consideração pela redução fenomenológica. Em nossa exposição, examinamos o papel da redução
na fenomenologia de Heidegger, privilegiando em especial as análises de Ser e Tempo.
Palavras-chave: Existencialismo. Fenomenologia. Redução Fenomenológica
e-mail:cescato@voila.fr
Resumo
Este artigo é parte da pesquisa de dissertação em desenvolvimento “Os desafios de se pensar filosoficamente o ensino
116 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
de Filosofia no Ensino Médio”, financiada pela FAPEAL e vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação –
Mestrado em Educação Brasileira, da Universidade Federal de Alagoas. O objetivo deste artigo foi esboçar o retrato do
ensino de Filosofia após sua inclusão no Ensino Médio, refletindo sobre o processo como se desenvolveu a sua inserção
no Ensino Médio, proporcionando entendimento acerca de que modo o ensino de Filosofia é visto e interpretado pelos
professores e alunos das escolas públicas estaduais, como também abordando os aspectos através dos quais o ensino
de filosofia pode contribuir para o “educar a si mesmo”, com a construção de um pensamento próprio. A metodologia
utilizada foi de natureza qualitativa e quantitativa, e como instrumentos de coleta de dados foram utilizados entrevista
semiestruturada junto aos professores de filosofia e questionários junto aos alunos do Ensino Médio. Pretendeu-
se apresentar como resultados preliminares, dessa pesquisa em andamento, o delineamento do ensino de Filosofia após sua
inclusão nos currículos escolares do Ensino Médio, em face da promulgação da Lei 11.684/2008; enfatizando a reflexão
dos atores envolvidos no ensinar e aprender Filosofia das escolas públicas estaduais de Santana do Ipanema/AL; bem
como enfatizando a investigação dos desafios e possibilidades do processo de ensino-aprendizagem de Filosofia pensando
esse ensino como momento significativo para a formação do indivíduo em experiência escolar.
Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Currículo Escolar. Ensino Médio. Educação.
E-mail: lourdesvieira.eadsi@gmail.com
Resumo
No ano de 354, na cidade de Tagaste (atual Suq Ahras, na Argélia), nascia Aurélio Augusto, Filho de Mônica e Patrício.
Apesar de ser natural da pequena cidade, Agostinho foi instruído em uma educação clássica Romana. Em sua época
esse tipo de educação poderia abrir as portas para uma possível ascensão na sociedade, esta era de uma competitividade
enorme, “onde homens orgulhosos e empobrecidos” possuíam o mesmo objetivo: um lugar na alta civilização. Como
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 117
podemos perceber o futuro Santo Agostinho viveu, em certo sentido, como a maioria das pessoas também vive na
sociedade contemporânea. Estamos em busca de uma possível melhoria de vida e, por esse motivo, sabemos, como
na época de Santo Agostinho, que a educação é uma das portas que abre possibilidades para condições melhores de
viver. Quando se acompanha a vida de Santo Agostinho, percebe-se que há um estreitamento paralelo entre: filosofia e
educação. De fato, é evidente que a filosofia Agostiniana surge através de suas experiências de vida e é aperfeiçoada por
sua educação. E não só isso, mais ainda a própria educação é que leva Agostinho despertar para a filosofia. No presente
artigo trataremos da importância desses dois elementos no pensamento de Santo Agostinho e, então, poderemos expor
de maneira simples, porém a mais clara possível, o que faz Agostinho ter uma importância não só na filosofia, mas em
nossa vida e na educação nos tempos modernos. Podemos abranger muito mais aspectos pedagógicos-filosóficos na obra
de Santo Agostinho. Poderemos, em outra oportunidade, por exemplo, extrair tais aspectos em suas cartas e sermões,
mas creio que alcançamos nosso objetivo que foi o de demonstrar três aspectos da vida de Santo Agostinho: o discípulo,
o mestre e a relação professor-aluno que culmina na responsabilidade do ensinar.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Ensino.
Resumo
Tendo em vista que um dos fundamentos para o ensino da filosofia são os textos filosóficos, nota-se, por outro lado, que
eles não estão presentes em alguns livros do ensino médio, o que gera uma grande dificuldade em instigar o filosofar nas
salas de aula. Considerando ainda a máxima kantiana, segundo a qual: “Não se ensina a Filosofia, mas o filosofar”, ora,
para tanto não precisaríamos aprender a ler textos filosóficos a fim de alcançar essa meta? Neste sentido, buscaremos
118 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
confrontar aquilo que é preconizado nos documentos da área, sobretudo, o PCN e as Diretrizes Curriculares de Filosofia
do Estado do Paraná e o modo como se apresentam ou não os textos dos filósofos nos livros, com destaque para: Antologia
de textos filosóficos; alguns livros didáticos adotados nas escolas do Núcleo Regional de Maringá, a saber:Livro Didático Público,
desenvolvido pela Secretaria Estadual do Paraná;Iniciação à Filosofiade Marilena Chauí; Filosofando, Introdução à Filosofia de
Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins; Fundamentos de Filosofia, Gilberto Cotrim e Mirna Fernandes.
Busca-se analisar certas falhas, apontando críticas e possíveis alternativas para o aprimoramento na forma de concepção
dos livros vindouros de filosofia para o ensino médio, que venham ser adotados nas escolas do Estado do Paraná.
Palavras-chave: Filosofia. Textos filosóficos. Livros didáticos.
E-mail: priscila_educar@yahoo.com.br
SARTRE E FREIRE:
PARA UM EXISTENCIALISMO PEDAGÓGICO
Resumo
Este artigo tem como objetivo mostrar como em Sartre e em Paulo Freire é perfeitamente possível se pensar uma ética
com a plena vivência de uma liberdade radical. Quando Sartre pensa o conceito de Liberdade não destrói a possibilidade
de se ter uma moral, pois a sua moral é a do sujeito que escolhe a todo o momento como vai agir. Todavia, essa liberdade
sartreana não é irresponsável. Segundo Paulo Freire, toda ação da nossa capacidade de escolha, da nossa autonomia, gera
um fator imprescindível para se ter uma ética: a responsabilidade. Nossas ações carregam sempre um resultado, por isso,
não podemos escolher pelo escolher, mas sim pela responsabilidade que a ação da minha liberdade terá. A partir de um
levantamento bibliográfico, o trabalho, então, mostrará como os elementos sartreanos e freireanos alimentam e sustentam
a ideia de uma metodologia existencialista no ensino de filosofia. Para isso, recorri aos estudos de Paulo Freire (1996) e
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 119
Sartre (1997).
Palavras-Chave: Liberdade. Ética. Responsabilidade. Autonomia.
E-mail: semprerenato@hotmail.com
Resumo
Nas últimas décadas temos assistimos a uma série de transformações econômicas que tem atingido os mais distantes
sertões do Brasil e que vem acompanhada de discursos que enfatizam a entrada do país no rol das nações desenvolvidas.
Coincidentemente, foi no auge desse momento que a Filosofia retornou aos espaços escolares como disciplina obrigatória
no ensino médio. A questão que aqui nos propomos a discutir é sobre o que significa ensinar filosofia nessa nova
“Grande Sociedade” e em sua filha pródiga, a “Escola para todos”, procurando analisar o impacto que essas mudanças
trouxeram em termos de desenvolvimento cultural e como a disciplina Filosofia tem se inserido nelas. Correndo o
risco das generalizações, nossa suspeita é que a Filosofia – através de seus sujeitos – tem sido impotente em alcançar
transformações culturais nesses ambientes, pois, ao contrário dos discursos oficiais sobre o sistema educacional atual
o que assistimos é um processo de degradação da escola que se inicia com a proletarização do magistério através dos
baixos salários pagos pelos governos estaduais, combinado com altas jornadas de trabalho; toma forma nas precárias
políticas de formação de professores desenvolvidas pelo governo federal, aplicadas por parte da comunidade acadêmica
nas instituições de ensino superior; e culmina nas péssimas condições estruturais encontradas nos corredores e salas de
aula da escola básica que acabam por construir a miséria formativa que assistimos todos os dias.
Palavras-chave: Educação. Ensino de Filosofia. Teoria Crítica.
E-mail: rondon.roberto@uol.com.br
120 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Para definir a especificidade do ensino de filosofia, recorremos à definição de Félix Guattari e Gilles Deleuze de que
filosofar é criar conceitos. A filosofia começa quando os conceitos são criados; os conceitos são criados em resposta
a um problema sem solução. O problema expressa-se somente através de conceitos, determinando a necessidade da
criação conceitual. Se a filosofia começa quando os conceitos são criados, o problema constitui a condição pré-filosófica
da filosofia. A filosofia comporta então duas dimensões: filosófica (os conceitos) e pré-filosófica (o problema), às
quais correspondem duas compreensões, conceitual (filosófica/expressiva) e não conceitual (não-filosófica/intuitiva).
Pela condição pré-filosófica, a filosofia se abre à compreensão não conceitual, isso porque o não filosófico habita
constitutivamente a filosofia. Assim, a especificidade do ensino/aprendizagem da filosofia requer as duas compreensões,
conceitual e não conceitual. Com esta definição, demarca-se a distinção entre filosofar e ensinar/aprender filosofia: o
filósofo cria conceitos, o professor de filosofia os explica. Evidentemente, o filósofo pode exercer a docência, mas nesse
momento sua atividade não é criar conceitos, mas explicá-los. Explicar uma filosofia é compreender o movimento de seus
conceitos, remetendo-os ao problema. O texto filosófico converte-se em peça insubstituível ao ensino/aprendizagem da
filosofia, com o qual o professor/aprendiz reconstitui o movimento conceitual, que é duplo, filosófico e não filosófico.
Discutir, argumentar, refletir exercem papel secundáriona aula, pois as relações entre os conceitos e o problema são
determinadas pelas condições internas da criação conceitual. Assim, a compreensão das duas dimensões, conceitual e
não conceitual, constitui a condição indispensável do ensino/aprendizagem da filosofia. Pretendemos mostrar, com isso,
a relação constitutiva entre o filosófico e o não filosófico, relacionando e distinguindo a criação conceitual e o ensino/
aprendizagem da filosofia, a fim de reivindicar para a própria filosofia os fundamentos de seu ensino: a filosofia como
propedêutica de si mesma.
Palavras-chave: Filosófico. Pré-filosófico. Não filosófico.
E-mail: rgsviegas@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 121
Resumo
A proposta deste trabalho é analisar as Cartas sobre a Educação Estética do ser Humano (1791-1793) de Schiller. O
objetivo deste filósofo é propor uma Educação harmonizadora que equilibre o ser humano. A experiência estética através
da beleza moderará a vida, permitindo a passagem das sensações aos pensamentos e, proporcionando a forma ao sensível,
reconduzindo o conceito à intuição e a lei ao sentimento. A arte constrói com elementos extraídos do mundo sensível, outro
mundo fecundo. A educação estética deve permitir experimentar aquele jogo de equilíbrio entre a razão e a sensibilidade
tanto no caso do artista que cria, como naquele que percebe a arte. Na proposta de Schiller, a ética e a estética convergem
porque a estética mantém o equilíbrio do indivíduo de tal maneira que, graças ao domínio “racional” das pulsões além de
aspirar a um estado estético o ser humano pode chegar ao estado político, que é a garantia da autonomia. A arte nos ajuda
a desejar uma formação integral e é um direito natura, seu domínio é do racional e do emotivo, capaz de preparar para
a educação ética. A preocupação pela educação equilibradora é um manifestação da dignidade humana, preocupação de
todos os educadores atentos com a formação dos cidadãos.
Palavras-chave: Educação equilibradora.Estética. Formação cidadã.
E-mail: rosaguilar@hotmail.com
relevância da narração, e sua força germinativa de levar e produzir conhecimento, para o legado da tradição e da cultura da
humanidade. No texto “Educação a Contrapelo”, Sonia Kramer coloca a narrativa como central ao se pensar a educação
em Benjamin, “para recuperar o sentido de educar, de ensinar e aprender como experiência de cultura, professores e
alunos precisam se tornar narradores, em que pesem as condições precárias de trabalho e o contexto contemporâneo
que degrada sua experiência.” (Kramer, Mar/2008, P.24.) Ao aproximarmos educação e narração neste autor o que
percebemos a princípio, em comum, é uma finalidade de conservar e transmitir experiências, que preserve a sabedoria
e/ou o conhecimento para uma geração mais jovem. Em o “Narrador” e em “Experiência e pobreza” Benjamin aprofunda
e analisa essas questões. Para ele foi a partir do mau uso pelo capitalismo do avanço da técnica e da ciência, que se deu a
perda da faculdade de narrar e consequentemente do ato de intercambiar experiências. Segundo Benjamin a narrativa se
próxima mais da “verdade”, do que o amontoado de informações e de conteúdos próprios da escola, por se apresentar
como um conselho ou sugestão e não como resposta, estando mais apta para um saber aberto, comprometido com a
criatividade e com o novo.
Palavras-chave: Walter Benjamin. Narração. Educação. Experiência.
E-mail: rosagape.1988@hotmail.com
ENSINO DE FILOSOFIA:
UMA QUESTÃO DE COMUNICAÇÃO
Ruslane Bião (UFAL)
Resumo
Atualmente, ensinar Filosofia parece colocar o professor diante de uma espantosa dúvida: até que ponto conseguimos
ser professor de Filosofia sem matar o filósofo existente dentro de nós? Recoloco esta questão em razão daquela que
foi levantada por Nietzsche em Schopenhauer como educador, quando pensamos nas condições políticas em que a atividade
filosófica é oficializada pelo Estado, tornando o filósofo servo de um poder que age contra ele mesmo. Diante disto,
recoloco outra questão: a reintrodução da Filosofia no currículo do Ensino Médio, como tentativa de recuperar a lacuna
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 123
histórica deixada pela ditadura, realmente recupera esse vazio com a substituição da linguagem pela imagem, considerando
o processo de abertura do mercado econômico da década de 80? Então, como ensinar Filosofia diante de uma realidade
cativa às imagens, sem fazer uso de uma linguagem que possa traduzi-las e torná-las comunicáveis? Esse tipo de pergunta
se coloca quando os instrumentos oficiais de educação impõem suas diretrizes básicas, como é o caso dos PCNs, ao
introduzir como competências e habilidades “ler textos filosóficos de modo significativo” (PCN, 1999, p. 334) e “elaborar,
por escrito, o que foi apropriado de modo reflexivo”(Idem, p. 345). Como pode um professor de Filosofia submeter-se
a carga-horária excessiva sem sacrificar as diretrizes estruturantes do ensino de filosofia, a saber, ler e escrever textos
filosóficos? Ao que parece, o ensino de filosofia é antes um instrumento de submissão do indivíduo ao Estado, quando
este a coloca como uma disciplina a mais no currículo escolar, apenas para atender as exigências do mercado, e submete
o professor ao trabalho excessivo sem oferecer condições adequadas para torná-la propriamente um instrumento de
libertação do espírito.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Linguagem.
e-mail: rubioliver.2008@gmail.com
Resumo
O caráter indagatório e reflexivo da filosofia também possibilita, nesse processo da sua reinserção nas escolas de ensino
médio, que se faça uma avaliação crítica da escola enquanto principal instituição responsável pelo desenvolvimento social,
pela propulsão e constante renovação dos valores culturais, pela promoção das ciências e das artes, enfim, pela cidadania
de modo geral. O processo de institucionalização da escola deu ensejo a um amplo debate filosófico acerca da formação
dos cidadãos jovens. Focaremos uma discussão que ocorreu em meio a esse contexto, na primeira metade do século XIX,
124 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
na base da qual se encontra a seguinte tese: seria preciso criar, com o advento da escola, uma nova forma de espiritualidade,
no sentido de que os valores estéticos e culturais anteriormente controlados pela igreja deveriam ser, a partir de então,
disseminados e promovidos pela escola. Nela, portanto, deveriam ser mantidos e aperfeiçoados os elementos estéticos e
ritualísticos que outrora foram monopolizados em templos religiosos.
Palavras-chave: Educação. Crítica. Estética.
E-mail: slpersch@yahoo.com.br
HERMENÊUTICA COMO PROCESSO DE EDUCAÇÃO FILOSÓFICA
Resumo
O presente trabalho traz como problemática as formas em que os conteúdos filosóficos são nos dias decorrentes
abordados dentro da sala de aula, defendendo a ideia de que a falta de uma metodologia abordada pelo profissional
acaba enfraquecendo o sentido do que se ensina; o texto será enriquecido com relatos já conhecidos em nosso cotidiano
no sistema educativo vigente, além de relatos das experiências de estágio; partindo disso será exposta a criação da fase
central do texto onde estará explicito uma metodologia com bases hermenêuticas; mais detalhadamente poderá ser visto
a exploração dos fundamentos da hermenêutica voltada para uma visão de prática filosófica em sala de aula. A defesa
dos fundamentos da hermenêutica como um processo de educação filosófica se realiza por abranger um sistema com
relatos sócio-histórico, e também um princípio psicossocial daquilo que se relata, partindo da experiência que o interprete
possui com o fato apontado no instante da aprendizagem. A intenção não é usar uma fase da hermenêutica focando em
um único filosofo, mas sim usar a iniciativa de um método hermenêutico que enquadre as expectativas feitas ao seu uso.
Palavras-chave: Metodologia. Hermenêutica. Sentido.
E-mail:sche.ilasilva@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 125
Resumo
Ensinar ética como formação da subjetividade, ou seja, da inclinação para agir de determinada maneira ou das virtudes,
não é uma necessariamente uma exigência normativa para a Filosofia, embora se possa cobrar dela, enquanto disciplina,
essa responsabilidade, o que poderia mesmo justificar a sua obrigatoriedade no Ensino Médio, tal como se espera, muitas
vezes, do ensino religioso. Contudo não se pode deixar de cobrar da filosofia a reflexão teórica sobre a Ética, assim como
a abordagem da lógica e da ontologia. Na perspectiva da práxis, as fronteiras entre a formação do caráter e a formação
estética/teórica/tecnológica se embaralham, sobretudo quando se concebe vida, trabalho e cidadania como indissociáveis
nas sociedades contemporâneas, numa abordagem filosófica da política como forma de ontologia do “ser comum dos
homens”, com todos os riscos que, na atualidade, esse tipo de investigação corre e deve estar ciente. O texto aborda
obras de Rawls, MacIntyre, Heller e Höffe alinhando e contrapondo concepções de formação de valores e virtudes.
Concebem-se as virtudes como uma correspondência subjetiva do bem e do valor que são expressões objetivas daquilo
que se espera de um cidadão na sociedade contemporânea, de acordo com os autores estudados. O texto mostra que
questões ontológicas e normativas presentes no debate sobre a cidadania na atualidade balizam também compreensão das
exigências para o ensino de filosofia quando está em jogo a abordagem da ética na sala de aula.
Palavras-chave:Ensino de Filosofia. Cidadania. Virtudes Cívicas.
E-mail: sidney.silva@ifpr.br
126 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Este texto tem como objetivo tecer considerações sobre as ações desenvolvidas pelo Projeto de extensão “Adolescência
e Paradigmas de Felicidade”, que durante os anos de 2011-2012 desenvolveu atividades de ensino de Filosofia na Escola
Municipal de Ensino Fundamental e Médio Raimundo Asfora, da cidade de Seridó, município da Paraíba.Vários
questionamentos vão dando contornos às prerrogativas de nossas atividades, tendo em vista, que procuramos nos
inquietar com aquilo que a nossa sociedade elege como parâmetros de uma vida feliz e realizada. A vida feliz está
mais que comprovadamente, distante da associação com os bens materiais. É possível ser feliz fora desses parâmetros?
Vivendo de forma a construirmos uma ética voltada para nós mesmos, para instaurar um equilíbrio interno? Aquilo que
os antigos definiam como euthimia? ZigmuntBaumann tem desenvolvido importantes estudos sobre a fugacidade, ou
para usar o termo do autor, a liquidez da modernidade, Baumann pensará uma modernidade onde os valores e até mesmo
os sentimentos, como o amor, passam a ser frágeis, fugazes. Sobre a vida e felicidade no mundo moderno, Baumann irá
estudar a incapacidade dos bens materiais frente à construção da felicidade e de uma vida saudável (2009). Esse autor irá
buscar em pensadores como, Sêneca e Epicuro, fundamentos para entender a vida como uma arte. Este texto tem como
preocupação cartografar os caminhos que a filosofia construiu para pensar a felicidade.
Palavras-chave: Felicidade. Filosofia. Ensino.
E-mail:silvanohistoria@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 127
Resumo
A partir da noção de análise do discurso, bem como, observações referentes ao sentido de disciplina, episteme e poder em
Foucault e singularidade e acontecimento em Deleuze; este artigo inclina-se para a tentativa de analisar os discursos dos
40 estudantes do ensino médio (2º e 3º anos) que já haviam cursado pelo menos um ano da disciplina de filosofia. Entre
os teóricos que contribuíram com a fundamentação das reflexões destacam-se Gallo, Machado e Kohan, entre outros.
Realizada em maio de 2012 este artigo está marcado por dois tópicos principais: o primeiro trata de uma breve discussão
teórica inserindo Deleuze e Foucault dentro de uma tradição nômade de pensamento diferente de um pensamento
sedentário; o segundo traz uma análise dos questionários feitos a alunos sobre a importância do ensino de filosofia e as
justificativas feitas por eles, bem como, análise dos questionários feita ao professor desses alunos que por motivos éticos
não identificamos. As perguntas foram pré-estruturadas e suas análises tentaram investigar as resistências e atrações da
disciplina pelo alunado, bem como a concepção de ensino de filosofia elaborada pelo professor. Tendo como fio condutor
os teóricos citados acima destacamos a prevalência de um ensino de filosofia marcado pela reprodução da história da
filosofia, assim como, temáticas ético-morais que possuem grande atratividade pelos alunos. Percebe-se pelo conjunto
da pesquisa, cujo artigo é apenas uma fração, que a trajetória acadêmica: graduação, pós-graduação, qualificação, etc.
combinam-se de modo a tornar as aulas de filosofia mais próxima de um “arranjo” no processo de ensino-aprendizagem
da filosofia sempre tendendo a concepções que os próprios professores formularam ao longo de suas carreiras, contudo,
prevalecendo sempre à reprodução, ao invés da ressignificação de ideias, articulação com o cotidiano e criação de conceitos,
assim como expõe os filósofos Deleuze e Guattari.
Palavras-chave: Educação. Licenciatura. Filosofia.
E-mail: thiagofalcao26@yahoo.com.br
128 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O que se pretende com essa comunicação é entender de que forma a indústria cultural consegue exercer um domínio
sobre os indivíduos, fazendo com que percam seu caráter emancipatório e, consequentemente, tornando os bens culturais
em mais um de seus instrumentos ideológicos. Para o devido entendimento dessa problemática, essa pesquisa tem como
norteador a Dialética do Esclarecimento, escrita por Adorno e Horkheimer, bem como do texto Tempo Livre, escrito por
Adorno. Para atingir tal pretensão, será feito num primeiro momento uma analise detalhada da ascensão do projeto do
Esclarecimento até o seu declínio. O esclarecimento tinha como projeto inicial liberar o homem do mito, e fazê-lo senhor
da natureza No iluminismo ele encontra seu ápice, pois, mediante o grande desenvolvimento proporcionado pela ciência,
os indivíduos conseguem dominar a natureza e transformá-la de acordo com a sua necessidade Na sociedade esclarecida,
a razão instrumental passa a ser a base de toda e qualquer organização social. O trabalho torna-se então o instrumento
necessário para que o homem consiga de fato dominar a natureza, onde a indústria torna-se, desde então, o cotidiano
das massas e sinônimo de progresso social. Num segundo momento será discutida a questão da indústria cultural que se
apresenta enquanto regressão do esclarecimento à ideologia. A indústria cultural tem como pretensão atribuir aos seus
produtos caráter de obras estéticas, para que com isso adquiram um valor de verdade. Isso proporciona a dominação
irrestrita das massas sem que tenham nenhuma resistência, pois, a realidade das massas encontra-se relegada na verdade
atenuada que a indústria cultural consegue incutir à sua dominação onde os indivíduos encontram-se deliberadamente
integrados num mundo extremamente mercantilizado, ficando submetidos aos seus desígnios. Como se dá realmente a
dominação irrestrita das massas pela indústria cultural? Sendo essa a questão principal a ser respondida ao longo dessa
comunicação.
E-mail: traraujof@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 129
E-mail: valdezia_amizade@hotmail.com
130 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O Ensino de Filosofia no Brasil tem percorrido diversos caminhos ao longo da história da educação neste país, devido
sua instabilidade nos currículos escolares. Tal disciplina vem enfrentando ao longo deste caminho histórico momentos
difíceis de consolidação e organização curricular. Seu pior momento se dá com sua exclusão do sistema educacional no
período da ditadura militar, que limitou o ensino ao controle das ideologias do Estado. No entanto, em pleno Século XXI
a Filosofia vem retornando ao currículo escolar no nível Médio, e trazendo para o âmbito educacional questionamentos
quanto a sua importância como disciplina formadora e norteadora para o exercício consciente da cidadania, tento em vista
que um dos objetivos da sua inclusão é preparar cidadãos críticos, capaz de problematizar sua própria realidade. Neste
sentido, este trabalho tem como objetivo apontar os desafios e perspectivas do Ensino de Filosofia no Ensino Médio
no contexto de sua inclusão. Para isso, tomamos como base nestes apontamentos os documentos oficiais do MEC, que
gerenciam o currículo escolar, denominados Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio (1999) e Orientações
Curriculares para o Ensino Médio (2006), buscando destacar as perspectivas propostas pelo Ministério da Educação para
a disciplina filosofia. Também destacaremos nesta discussão a atuação do professor de filosofia como figura importante
para a consolidação desta disciplina no currículo do Ensino Médio e os desafios enfrentados na construção do currículo
adequado para este nível escolar.
Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Ensino Médio. Parâmetros Curriculares Nacionais. Orientações Curriculares.
E-mail: valdezia_amizade@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 131
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO:
O HUMANISMO E AS QUESTÕES DA FORMAÇÃO E DO HUMANO
Resumo
Este artigo se propõe a refletir as relações que envolvem a educação e a filosofia a partir da questão: Como se chega a ser o
que se é? Pensar sobre a constituição do homem é trazer ao debate o Humanismo e sua inserção no trabalho pedagógico
através da atividade de formação escolar observado no transcurso da pedagogia freireana. Com Paulo Freire o trabalho
de uma educação humanista está articulada ou firmada na ideia ou categoria de inacabamento, vocação ontológica, ser mais, entre
outras. Ou seja, o homem é um ser por fazer, um ser no mundo com os outros, impulsionado por uma certa inquietação
que o faz buscar superar permanentemente o que é. Pensar numa existência humana para além da relação de natureza
ou de essência é um desafio para os que se propõe reverter a ideia de formar o homem humano. É ainda problematizar:
Quais as fronteiras entre nascer humano e o tornar-se humano? Por que estas questões são uma preocupação para o
Humanismo? É também pensar numa ação pedagógica que estabeleça uma relação do educando com o saber de forma
mais potente. Resgatando uma ação educativa mais livre a partir dos estudos de Michel Foucault sobre o cuidado de si.
Palavras-chave: Educação. Filosofia. Humanismo.
E-mail:waldenialeao@yahoo.com.br
132 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O tema deste trabalho é a “ignorância” na relação pedagógica. Tem por objetivo participar do debate relativo às relações
vividas em sala de aula por professor e aluno. Emprega as técnicas da pesquisa filosófica, conceitual e bibliográfica. É
desenvolvido mediante a exposição de material compreensivo extraído, principalmente, de Sócrates, Platão e Nietzsche.
Testa os modos de eleição do ensinante pelo discente em situações reais em que o patrimônio epistêmico ignorado ou
conhecido torna-se o elo entre mestre e discípulo. Defende que o lugar da ignorância na relação pedagógica é aquele em
que a ausência de conhecimento é o estado que legitima o ato educativo, passível de ser qualificado pela igualdade das
inteligências.
Palavras-chave: Ignorância. Relação Pedagógica. Ensino e Aprendizagem.
E-mail: wilfc2002@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 133
Resumo
Esta comunicação versará sobre algumas reflexões que fiz acerca do fenômeno do ensino na visão Freiriana, e sua relação
com a metodologia do ensino de filosofia, mais especificamente sobre as competências necessárias para se adquirir
uma melhor didática e postura durante o processo de ensino-aprendizagem acerca da disciplina de filosofia em seus
diversos âmbitos. Para cumprir tal intento utilizarei como principal foco de análise o livro de Paulo Freire pedagogia da
autonomia e dialogarei, na medida do possível com diversos filósofos da tradição e pensadores da filosofia da educação.
Meu principal objetivo nessa comunicação é tentar fazer uma sucinta reflexão filosófica acerca dos saberes necessários a
docência e buscar elementos na pedagogia de Paulo Freire que possibilitem uma melhor compreensão do fenômeno da
aprendizagem e do ensino de filosofia.
Palavras-chave: Ensino. Paulo Freire. Filosofia. Metodologia.
E-mail: adamomicael@hotmail.com
134 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Thomas S. Kuhn desenvolveu uma filosofia da ciência com um enfoque especial sobre sua sociologia, o que a tornou
única em comparação ao terreno relativamente calmo da filosofia da ciência em meados o século XX. Dentre estas
ideias está a concepção de progresso científico não cumulativo, a da incomensurabilidade entre teorias científicas e a da
influência de fatores externos na tomada de decisões entre teorias competidoras. No entanto, outra característica discutida
com menos detalhes e apenas implícita ao longo de sua obra merece ser considerada como fruto direto do novo conceito
de ciência por ele desenvolvido. Essa característica se refere ao papel dos manuais e textos científicos na formação dos
estudantes de ciências e até que ponto o caráter a-histórico que eles adquirem compromete a consciência do cientista
sobre sua própria área, o que revela uma dimensão pedagógica dentro da filosofia de Kuhn. A fim de evidenciar essa
dimensão no pensamento de Kuhn, inicio com uma descrição da sua historiografia, cuja ênfase recairá sobre sua distinção
entre ciência normal e extraordinária e das características inerentes a cada um desses períodos. Nesse momento devo
mostrar em que sentido Kuhn aponta o dogmatismo como uma característica inerente a prática do cientista normal e a
reflexão crítica como própria do cientista extraordinário. Em seguida estabeleço uma relação entre esse dogmatismo e o
ensino de ciência, que se reflete nos manuais científicos, instrumentos, linguagem e concepções de mundo do estudante
de ciência em formação. Finalizo mostrando e avaliando o impacto que os momentos de ciência extraordinária têm sobre
a educação científica, momento em que deve ficar evidente a contribuição genuína do autor sobre esse assunto.
Palavras-chave: Thomas Kuhn, ciência, educação.
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 135
Resumo
O texto que segue objetiva traçar considerações sobre as ações e práticas de ensino de Filosofia desenvolvidas pelo
programa de extensão “Adolescência, Subjetividade e Ética”. Implantando e desenvolvido na Escola Municipal de Ensino
Fundamental e Médio Raimundo Asfora na cidade do Seridó – PB. Teoricamente o nosso programa busca pensar o
sujeito formado a partir de “afecções”(Deleuze, 1978), ou seja, de encontros que têm influência sobre nossas subjetividades.
Nesse sentido, o nosso programa de extensão busca, através de atividades instrumentais como encontros semanais,
palestras, caminhadas, exibição e discussão de filmes, proporcionar aos adolescentes o alargamento do seu arquivo espiritual
(Foucault, 2004),arquivo este que possibilita ao sujeito instrumentos éticos que permitem ao sujeito se ocupar consigo
mesmo, realizar um cuidado de si e traçar a sua própria ética. O Programa “Subjetividade, Adolescência e Ética” tem sido
um importante instrumento para a prática do Ensino de Filosofia, possibilitando aos adolescentes o contato com o
conhecimento etopoético, aquele saber que serve a vida.
Palavras-chave: Extensão. Juventude. Ética.
E-mail:silvanohistoria@hotmail.com
136 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
OS MODOS DA RAZÃO:
HISTÓRIA CULTURAL DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL
Resumo
O trabalho propõe uma história cultural do ensino de filosofia no Brasil destacando a representação da ideia de razão.
Por História Cultural entendemos a historiografia que ressalta as mentalidades e conjecturas coletivas. O trabalho difere
de uma história da filosofia. Apresenta o ideário recorrente em torno da ideia de razão numa dada época e como essa
representação rebate nas práticas do ensino de filosofia. Não se prende às cronologias lineares, contudo valoriza as
identidades de uma época. Neste sentido propõe três paradigmas acerca do conceito de razão na cultura brasileira e
relaciona-os com o ensino de filosofia. Que são: “a razão é a ordem”, fase dos Jesuítas e Neo-tomistas; “a razão é
intellectus”, assumida por Iluministas, Positivistas e Espiritualistas; “a razão são racionalidades”, própria das filosofias
do Sec. XX. Na primeira fase, a razão é a ordem necessária que determina homem e cosmo, da qual decorre um ensino
calcada no plano e na regra, tendo por expressão o RatioStudiorum dos jesuítas a prática mais notória. Na segunda, a
ideia de razão está associada ao conceito de “Intelligere”, o captar e ler internamente. Segundo a qual o homem é o livre
observador externo à ordem necessária (Natureza). E observador interno do “si mesmo”. O ensino que lhe corresponde
remete à ideia de subjetividade moderna, cujo marco é o pensamento kantiano: “não se ensina filosofia, se ensina a
filosofar...”. No Brasil tem em Raimundo Brito um de seus representantes.A última fase expressa a crítica aos paradigmas
da modernidade. Abandona-se a ideia de razão e introduz-se a noção de racionalidades. O ensino valoriza a proposição de
temas, a divisão de conteúdo por domínios ou campos filosóficos. No Brasil, destacam-se, dentre outros, Maria Aranha,
Maria Martins e Marilena Chauí.
Palavras-chave: Razão. Ensino de Filosofia. História Cultural. História da Educação no Brasil.
E-mail: andreferreira@ufpe.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 137
Resumo
O presente trabalho se propõe relatar o desenvolvimento de ações de um projeto em andamento: tratam-se de intervenções
pensadas, propostas e realizadas no contexto do Estágio supervisionado de formação de professores de filosofia e no Projeto de
Extensão Ateliê de Filosofia: ciclo de projetos nas escolas, ambos sediados na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). Em forma de relato de experiência propõe-se tecer considerações acerca dos objetivos previamente traçados
para a intervenção escolar e trazer problematizações pertinentes à fundamentação do ensino de filosofia no nível médio.
Nesse solo é que serão tecidas reflexões críticas acerca de estratégias didáticas para o ensino de filosofia. O objeto
específico das intervenções foi a realização da “oficina de construção de fanzines”, produzida, em continuidade com
as aulas de filosofia ocorridas na Escola Estadual Walfredo Gurgel. Os fanzines enquanto mídias independentes de
baixo custo funcionam como meios didáticos diferenciais no que diz respeito à avaliação e aprendizado contínuos, já
que os alunos são levados a planejar, pesquisar e confeccionar por sua própria conta. Nas atividades práticas, fica claro
aos discentes que a possibilidade de construir um fanzine se dá na produção de um “entre-lugar”, favorável a atividade
do pensamento e a possibilidade da criação de conceitos. Os fanzines produzidos reportam temas que perpassaram os
conteúdos de ética e filosofia política abordados nas aulas. Assim, dá-se o processo, no qual os discentes pesquisam seus
próprios entendimentos sobre o campo social e o investimento do campo social sobre eles, na criação e auto-avaliação
de seus pensamentos, crenças/descrenças, aversões, revoltas ou esperanças. Os alunos também são levados a pensar o
cenário político local e global, os processos eleitorais, os discursos e representações do imaginário político-democrático.
Palavras-chave: Fanzines. Entre-lugar. Filosofia. Conceito.
E-mail: andrenascimento07@yahoo.com.br
138 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O objetivo da presente comunicação consiste em apresentar experiências didáticas em ensino de Filosofia no Ensino
Médio mediadas pelo uso da Internet, em especial, as mídias sociais. Duas perguntas estarão em evidência: De que maneira
considerar o ensino de Filosofia em nível médio a partir da ampla difusão virtual da informação na contemporaneidade,
sem desprezar o legado conceitual difundido pela tradição? Como aliar o estudo da História da Filosofia – bem como
a abordagem relacionada aos grandes temas do pensamento e a fundamentação crítica – com o uso das ferramentas
virtuais? Apresentaremos práticas desenvolvidas junto ao EBEP – RN (escola de nível médio – com suporte técnico
articulado), durante o ano de 2012. A direção norteadora de cada proposta considera o desafio do professor de filosofia
em sensibilizar o aluno e tornar significativa a prática filosófica no contexto escolar. Como suporte teórico da presente
comunicação, referências ao pensamento de Hannah Arendt reafirmam que a educação é responsável pela conservação
dos valores duráveis do mundo e pela consolidação dos pressupostos humanos e, portanto, os meios didáticos utilizados
pelo professor devem servir a tal desígnio. Se, por um lado, as práticas evidenciadas por nossa proposta se valem das
ferramentas trazidas pela técnica – com as possibilidades do aparato virtual – por outro, questiona os imperativos em
evidência no mundo moderno.
Palavras-chave: Filosofia no Ensino Médio. Internet. Mídias Sociais. Hannah Arendt.
E-mail: barbararomeika@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 139
Resumo
Essa pesquisa é resultado do trabalho realizado dentro do projeto PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
à Docência). Tendo como finalidade discutir e ressaltar, a importância de se trabalhar em sala de aula com os textos
filosóficos. Sabemos que com a recente obrigatoriedade da disciplina de filosofia no ensino médio, muitos professores da
rede enfrentam diversos problemas em relação ao material didático. Sabemos que, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN), ressaltam que uma das competências que a disciplina de filosofia deve desenvolver nos alunos é a leitura de textos
filosóficos. E que “a competência de leitura significativa de textos filosóficos consiste, antes de mais nada, na capacidade
de problematizar o que é lido, isto é, apropriar-se reflexivamente do conteúdo” (PCN-pág. 51). Mediante isso, vemos a
necessidade de se ter como um dos materiais didáticos os textos filosóficos. Dessa maneira, a Secretária de Educação do
Estado do Paraná (SEED) com o apoio de uma comissão organizadora desenvolveu a “Antologia de Textos Filosóficos”,
que foi distribuída em toda a rede pública de ensino do estado, com a finalidade de proporcionar melhorias no trabalho
dos professores em sala de aula. “(...) a Filosofia precisa de diretrizes, de material bibliográfico específico e, não pode ser
entregue nas mãos de pessoas despreparadas, que se valendo de um espontaneísmo didático possam cair em equívocos
que comprometam o sentido da disciplina.” (Antologia de Textos Filosóficos- pág. 06). Essa pesquisa, por sua vez,
tem como objetivo abordar algumas possibilidades de se trabalhar em sala de aula, com alguns dos textos trazidos na
Antologia, bem como, outros textos de maior conhecimento dos professores de filosofia.
Palavras-chave: Textos. Filosofia. Ensino.
E-mail: camilaezidio@hotmail.com
140 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
A presente comunicação tem como objetivo destacar o pensamento de Hannah Arendt (1906 – 1975) sobre a educação
na modernidade. Para tanto, as reflexões que aqui serão examinadas partirão da perspectiva de Arendt expostas no ensaio
A Crise na Educação, contido no livro Entre o Passado e o Futuro (2000). No ensaio supracitado, a autora constata a crise
educacional em ligação com o mundo moderno, analisa a educação na América, e busca compreender quais os fatores
que originaram tal crise. Além disso, questiona alguns dos conceitos pedagógicos correntes desde o final do século XIX,
e afirma que a escola tem como função ensinar às crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver. A autora
mostra-se a favor de uma autoridade na sala de aula, porém contrapõe-se ao autoritarismo. Defende que a essência da
educação seja a natalidade, decorrente do fato dos seres nascerem para o mundo. Deste modo, como a natalidade, no
pensamento de Arendt, traz a ideia de um novo começo, de renovação e de transformação, as crianças deveriam ser
apresentadas ao mundo e estimuladas a mudá-lo.
Palavras-chave: Arendt. Educação. Crise.
E-mail: fabi.filosofia@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 141
Resumo
Este trabalho trata de um relato de experiência de uma intervenção realizada na E. E. Walfredo Gurgel, em Natal/
RN, no âmbito do Estágio Supervisionado de Formação de Professores de Filosofia da UFRN. Partindo de um estudo
etnográfico e do diagnóstico socioeconômico e cultural tecido ao longo de um percurso que envolveu leituras, reflexões
e observações, tanto do ambiente escolar, quanto da vivência na comunidade do entorno da escola, o objetivo foi levar
os estudantes a compreenderem a história da filosofia, compreendendo conceitos e forjando seu próprio entendimento
sobre questões intrínsecas à própria vida em sociedade. Nosso intuito foi contribuir, assim, para formação humana
emancipatória como cita (HORN, 2000) “a filosofia possui uma intencionalidade, sem intencionalidade a filosofia se
tornaria uma reflexão sem vida, sem dinâmica”. Deste modo, o trabalho desenvolvido vai de encontro à convivência
cotidiana dos estudantes do Ensino Médio, integrando a Filosofia à percepção de cada aluno no seu espaço social e
servindo como instrumento que possibilite a condução das relações interativas do saber filosófico. Nas intervenções,
tomando como referência alguns filósofos clássicos, os estudantes do Ensino Médio foram levados a entrar num espaço
em que encontraram sentido e interesse pela própria filosofia a partir de temas que tratem de questões ordinárias como
o amor, a preguiça, o prazer, a liberdade, a escravidão, a morte, a vida, a covardia, a coragem, a educação, a arte, o belo, o
autoconhecimento dentre outros temas que são atuais do dia-dia de qualquer pessoa.
Palavras-chave: Filósofos clássicos. Experiência filosófica. Vida cotidiana.
E-mail:segundozoo@yahoo.com.br
142 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo uma análise crítica filosófica da obra escrita por Paulo Freire a partir de uma
experiência prática vivenciada em sala de aula e de estudos de filosofia antiga, sobretudo, em Platão e Aristóteles e
que sugere uma retomada por Paulo Freire destes temas ligados a educação na Grécia antiga. Ao ler a obra fica claro
que o que se busca é uma pedagogia transformadora, ética na pratica visando a autonomia dos agentes da educação,
onde não existe uma clivagem entre o rigor cientifico e a amorosidade do professor. Amorosidade esta que busca uma
humanização da pratica pedagógica e não uma fabrica de mão de obra como esta se tornando, chamando a atenção para
uma contraposição ao discurso fatalista ao passo que mostra que o educando pode e deve ser dono do seu próprio destino
e que nenhuma situação é irreversível, algo que já havia sido tratado em algum grau em obras como a Metafísica, Política
e Ética a Nicômaco escritas por Aristóteles.
Palavras-chave: Paulo Freire. Pedagogia da Autonomia. Aristóteles. Educação.
E-mail: elrohir_l@hotmail.com
Resumo
Este trabalho tem como objetivo mostrar a construção de três figuras que refletem o estágio de desenvolvimento da Ideia
de Liberdade existente no ser humano. Esse desenvolvimento tem como base a obra Filosofia do Direito, escrita por G.W.F.
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 143
Hegel. Nesta obra, é feita uma fundamentação ética do Estado, onde o ser humano precisa passar por algumas etapas
dentro do desenvolvimento da ideia de liberdade. Hegel, então, estrutura o caminho percorrido pelo indivíduo para que
coincida com o desenvolvimento da ideia de liberdade, possibilitando a concretização de cada uma das três figuras nas três
partes da obra (Direito Abstrato, Moralidade e Eticidade). Assim sendo, Hegel, na sua obra, quis desenvolver um percurso
no qual coincidissem: a) a realização histórica do conceito de liberdade e b) as condições de emancipação dos indivíduos
modernos. De tal modo, ele vinculou a cada uma das etapas de construção do ser humano, a necessidade de formação
de uma autoconsciência, possibilitando a sua plena participação na vida do Estado. Neste caso, para Hegel, o indivíduo
constrói a sua identidade enquanto pessoa no Direito Abstrato, enquanto sujeito na Moralidade, e enquanto cidadão no
Estado. Nesse sentido, Hegel identifica a essência do Espírito: a liberdade. Portanto, “a liberdade seria dada enquanto
fato da consciência, e seria preciso crer nela” (FD, § 4). Assim, o indivíduo percorre um caminho que desenvolve a sua
autoconsciência, enquanto pessoa, sujeito e cidadão formando para si a imagem das três figuras da ideia de liberdade.
Palavras-chave: Eticidade. Liberdade. Ser humano
E-mail:orecife@hotmail.com
Resumo
O texto tem o objetivo de apresentar a categoria de subjetividade e seus modos de expressão no pensamento de Levinas
como inspiração para o ensino de filosofia. Seu pensamento emerge na filosofia tendo como novidade fundamental a
alteridade, a qual marca toda sua obra. Sua crítica ao pensamento ocidental reclama o fato de ele ter negado a significação
do outro. Levinas constatou que os esforços da razão ocidental em explicitar as problemáticas questões do ser, os
modos de conhecimentos possíveis e formas de agir constituíram-se na própria identidade da Filosofia. A identificação
144 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
entre pensamento e ser tornou o pensar incapaz de abrir-se para a alteridade. Assim, o pensamento atuou como um
movimento circular, reduzindo o que era diferente à mesmidade. Ao primado da identidade do mesmo, Levinas propõe
uma transformação para o fazer filosófico, que atinge tanto os conteúdos nucleares e os métodos da filosofia, como a
sua perspectiva mais geral. No que concerne aos conteúdos ele propõe a “ética como filosofia primeira”. A dimensão
ontológica centrada no ser cede lugar ao humano como locusoriginário da busca da inteligibilidade e do sentido. O humano
perde o caráter de objeto de investigação teórica e sujeito cognoscente e torna-se polo de uma relação intersubjetiva
fundada no diálogo aberto e no respeito incondicional à diferença do outro. A subjetividade plasma-se como instância
fundamentalmente ética e pode expressar-se no desejo desinteressado pelo outro; na responsabilidade por ele e tem
como medida a desmedida do infinito; na escuta paciente de quem reconhece no falante uma autoridade ensinante; na
hospitalidade, como aquele que se alegra pela visitação desarranjadora do visitante inusitado; no encontro face a face com
o rosto de outrem que traz uma significação originária e originante de novos sentidos: dizer de aprendizes e ensinantes.
Palavras-chave:Levinas. Educação. Alteridade. Ética. Subjetividade.
E-mail: jtadeuoli@hotmail.com
Resumo
Este trabalho versa sobre os gêneros do conhecimento e a liberdade no pensamento do filósofo holandês Benedictus de
Spinoza (1632 – 1677). Spinoza busca o conhecimento: enfrentando intempéries com o judaísmo; se permitindo sofrer
fortes influências de diversos filósofos, desde os antigos até os modernos; e por fim dedicando-se à construção de sua
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 145
própria filosofia. A obra principal a ser abordada é a Ethica more geometricodemonstrata, considerada sua maior obra, onde
ele expõe precisamente o seu sistema filosófico e onde apresenta a liberdade como uma qualidade inerente a Substância
(Deus), como uma de suas propriedades. Deus age somente pela perfeição de sua própria natureza, não havendo nada
interno ou externo a ele que o faça agir (E1P17C1) e somente Ele é causa livre unicamente pela necessidade de sua
natureza (E1P17C2). Na parte V da obra supracitada Spinoza fala do caminho que leva o homem à liberdade. Por
defender tanto a liberdade, que representa uma ameaça para o poderio dominador religioso, Spinoza foi considerado
herege. O objetivo deste trabalho é apresentar os gêneros do conhecimento e a liberdade no pensamento de Spinoza,
buscando provocar nos ouvintes uma reflexão sobre o papel de cada um na sociedade, sobre a sua visão de mundo e sobre
a sua capacidade de conhecer. A liberdade é um tema de suma importância e sempre autêntico, envolvendo sempre os
diversos aspectos da vida do indivíduo.
Palavras-chave: Spinoza. Liberdade. Ética. Conhecimento. Razão.
E-mail: karine_freelosofia@hotmail.com
resultados desse projeto foram preconizados com base nas Leis de Diretrizes de Bases da Educação Nacional na Seção
IV, Art. nº 35, §1º e §2º, que trata das finalidades do Ensino Médio. O citado ordenamento gerou questionamentos
acerca da escolha de conteúdos e métodos que colaborem na formação do cidadão a luz da contextualização Filosófica.
Conforme o descrito acima, foi privilegiada, dentre as áreas temático-históricas da Filosofia, a Filosofia Social e Política
como área temático-histórica, pois, problematiza a ação na cadeia das relações sociais, partindo do aspecto axiológico,
o qual faz se perceber a influência do poder social latente nas relações entre os homens. Os métodos se pautaram na
utilização de situações-problemas para conduzir o manuseio dos conteúdos apreendidos na discussão em sala. Tal prática
de ensino tende a se fundamentar nas relações conflitantes que os indivíduos vão enfrentar nas diversas esferas da vida em
sociedade, ao mesmo tempo em que põe a prova a criatividade e reflexão sobre a ação, estruturada na teoria anteriormente
problematizada. Nesse enfoque a “filosofia é interpretar para seus concidadãos o mundo de significados que nos são
comuns” (Walzer, 1893, p. XIV).
Palavras-chave:Filosofia social. Política. Ensino Médio. Ação. Método.
E-mail:kebcabral@hotmail.com
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a atuação do professor de filosofia no contexto escolar atual do
ensino médio. Entendendo o docente como submetido diretamente a uma realidade cultural heterogênea, refletimos
sobre qual a postura que este professor deve assumir, nas diferentes perspectivas que encontra em detrimento dos
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 147
saberes prévios dos seus alunos. Partindo do fato que o educador não deve impor conhecimentos acabados ou verdades
estabelecidas, como ele deve agir ao ministrar o seu conteúdo, assumindo o papel de professor, que educa e transmite
um saber? Para fundamentar estas reflexões tomamos como referencial as ideias de John Dewey. Em sua concepção
filosófica de educação, o referido filósofo toma o ato de educar como uma atitude aberta, que busca posicionar o aluno
frente ao conhecimento de um ponto de vista que privilegie a compreensão significativa, e os modos como este se
estrutura em seu contexto. Assim, os conteúdos não podem ser tomados como simples aquisição de um saber já acabado
e apenas informativo. O educador é para Dewey um facilitador, ele não ensina algo que é superior e alheio, mas media os
saberes que o aluno já possui permitindo que este por si mesmo possa construir/ aperfeiçoar o seu próprio universo de
compreensão, para que possa saber se situar em situações vivenciais.
Palavras-chave: Educação. Conhecimento. Verdade.
E-mail: eandromacleod@gmail.com
Resumo
Diante do paradigma atual de educação no Brasil, e os problemas enfrentados pelas instituições escolares, mais
especialmente as públicas, podemos constatar a incapacidade de se educar o ser humano para a cidadania e para o
conhecimento. Há, atualmente, flagrantes equívocos na efetivação dos modelos atuais de educação. O que podemos
verificar é uma enorme sucessão de contradições dentro do conceito e das várias perspectivas adotadas atualmente. Para
tanto, necessário se faz Investigar os conceitos de educação e ética em de Hegel para a formação do indivíduo ético
para o conhecimento e a cidadania nos “Escritos Pedagógicos” e; buscar no pensamento de Hegel a importância do ensino
148 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
de filosofia para os níveis de escolaridade fundamental, médio e superior. Em um primeiro momento utilizaremos na
pesquisa do nosso objeto de estudoo método analítico lógico-conceitual, onde pretendemos buscar o conceito hegeliano
de educação nos Escritos Pedagógicos. Para tanto, é necessária uma leitura crítica e profunda da bibliografia. A partir
desta metodologia, efetuaremos o fim proposto de nossa pesquisa. Sendo estes: quais as contribuições hegelianas para a
educação atual na formação do indivíduo para o conhecimento e cidadania em seu conceito nos Escritos Pedagógicos?
No segundo momento aplicaremos o método hermenêutico, onde verificaremos a grande ajuda dada por Hegel para a
educação de nossa atualidade nas bibliografias principal e secundária, tendo também como objetivo a elucidação do nosso
problema de pesquisa. Hegel, em sua obra “Escritos Pedagógicos”enfatiza as práticas pedagógicas, as quais se evidenciam a
sua visão dialética, a responsabilidade individual, o trabalho pedagógico na exigência de aplicação por parte dos alunos,
tais como: rigor intelectual; uso da razão e da reflexão e; a escola como instrumento de herança cultural.
Palavras-chave: Filosofia. Formação do indivíduo. Conhecimento. Cidadania.
E-mail: fiat7lux@hotmail.com
Resumo
Diversos são os desafios presentes no atual cenário e contexto da educação brasileira [sobretudo na disciplina de filosofia]
igualmente desafiante é pensar a perspectiva de preparar o educando da educação básica para o exercício consciente da
cidadania. Partindo desta realidade, pretendemos suscitar reflexões acerca do pensamento de Cornelius Castoriadis (1922-
1997) e nas possíveis contribuições para a prática da formação humana. Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 149
resultados parciais do projeto de pesquisa desenvolvido no âmbito do projeto de Extensão Ateliês de Filosofia sobre os
desafios da profissão do educador. Uma das questões que servem como eixo norteador a essa reflexão é a de como permitir
que os alunos do nível médio possam criticar o seu comportamento político, a fim de torná-lo autônomo,consciente e
responsável?
Palavras-chave: Castoriadis. Educação. Cidadania. Autonomia.
E-mail: eandrosoaresufrn@gmail.com
DIDÁTICA:
PARA ALÉM DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo
Com a inserção do ensino da filosofia na educação básica percebe-se a necessidade de buscar docentes qualificados para
responder as demandas exigidas para o ensino desta área do saber, assim como para atender as questões pedagógicas e
curriculares inerentes que compreendem as competências da educação básica. O presente trabalho tem como objetivo
discutir a aplicabilidade da didática no processo de ensino-aprendizagem de filosofia na educação básica, uma vez que
se percebe a necessidade de sua utilização para a construção de um ensino significativo. Diante disso, este trabalho
apresenta o seguinte problema central: Como o docente de filosofia da educação básica pode se apropriar da didática
como ferramenta capaz de facilitar o processo de ensino e aprendizagem para um ensino significativo? Desta forma,
utilizou-se uma pesquisa exploratória descritiva que usa como fonte de dados a pesquisa bibliográfica sobre a temática.
Justificando-se pela necessidade de reflexão da práxis didático-pedagógica do docente dessa área da educação básica às
questões impostas pelas demandas da sociedade do conhecimento do século XXI, bem como dos paradigmas didáticos -
filosóficos de construção do conhecimento que permeia uma postura não reflexiva do professor de filosofia na educação
básica que por falta de didática, ou adequação inapropriada, exerça a docência pautada em princípios autoritários. Os
principais autores que fundamentam essa pesquisa são Libâneo (2001) através da fundamentação estrutural da didática;
Freire (2005) com a pedagogia da autonomia, saberes e reflexões norteadoras à prática educativa; Perrenoud (2000) com
as competências para ensinar; Gil (2008) apresentando uma profunda discussão sobre a didática prática para o ensino.
Palavras-chave: Didática. Educação Básica. Ensino-aprendizagem. Filosofia.
E-mail:luizluz@globo.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 151
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO:
O DESVELAR DO CONHECIMENTO
Resumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma discussão entre filosofia e educação, mostrando a possibilidade da
interface entre ambas, no sentido de que a filosofia apresenta-se como aquela que lança luz sobre as sombras do humano
ao passo que a educação é aquela que possibilitando o conhecimento ao homem tem o poder de transformar o mundo.
Assim, ambas consistem em desvelar o conhecimento e alcançar a realidade através da reflexão. Partimos da filosofia da
educação de Paulo Freire, que entende a educação, não como aquela que deposita conhecimentos no homem, apenas como
decodificador do conhecimento, mas sim, educação como aquela que através da reflexão e da problematização diante da
realidade, desperta a consciência do homem. Analisamos como Paulo Freire utiliza a recepção dialética de filosofia com
possibilidade do desenvolvimento da ciência humana, e como meio da problematização, um método utilizado tanto pela
filosofia quanto pela pedagogia de Paulo Freire é capaz de conscientizar o ser humano, e através desta conscientização
levá-lo a modificar sua realidade.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Paulo Freire. Conhecimento.
E-mail: filosofiamarilia@gmail.com
152 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Este artigo se propõe a refletir sobre a problemática da finalidade que o Estado dispõe para a filosofia versus finalidade
que a filosofia dispõe para seu ensino. Problema este que circunda o ensino da filosofia no meio educacional, pois
perpassa por ele o modo que a filosofia será aceita em seu ensino nas escolas. O estado não é algo aleatório a nós, e sim
produto de nossa necessidade de se agrupar para sobreviver, porém ele como instrumento de agrupamento e beneficio é
dirigido por um grupo que deveria ser representativo, isto é, porta voz daqueles que formam a maioria. É este Estado que
dita o que deve ser ensinado nos espaços escolares, é ele que propõe como meta do ensino da filosofia formar cidadãos.
Por que esta meta do estado entra em choque com a meta filosófica de se ensinar a pensar? Por que a filosofia que está
comprometida com o ato filosófico deve opor-se a esta meta? Por que a filosofia compromissada com o indivíduo tem a
responsabilidade de propor ao espaço escolar uma construção de uma consciência emancipadora antes de uma produção
de um cidadão? Porque a filosofia, sendo ato livre do pensar crítico e reflexivo, não deve abrir mão de seus princípios
filosóficos por um espaço no Estado. Pois é neste opor-se filosófico que encontramos a possibilidade de construção da
consciência critica e reflexiva e é possibilidade dessa consciência crítica e reflexiva, a emancipação de si, que se acha a
possibilidade de uma organização social mais humana filosoficamente.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Estado.
E-mail: clara_ygraine@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 153
Resumo
A proposta desta comunicação é compartilhar com os demais colegas da área um projeto de pesquisa em que se articula
a produção de vídeo digital e ensino de filosofia. O projeto, que começou a dar seus primeiros passos há cerca de um ano
e meio, foi pensado e iniciado nas disciplinas de licenciatura e tentava dar conta de alguns impasses enfrentados pelos
estudantes em formação na área, como a necessidade da sensibilização inicial ao trabalho de conceito, a dificuldade do
trabalho com texto com alunos com deficiência de formação, entre outros. Durante o compartilhamento das experiências
de estágio, muitos alunos apontavam para a necessidade de construir uma nova linguagem que abrisse ao deslocamento
necessário à reflexão filosófica. Dentro desta busca e atentos ao papel da imagem na formação do jovem contemporâneo,
pensou-se, a partir de uma fundamentação teórico-filosófica e prática, na utilização da imagem como instrumento de
sensibilização ao filosofar, por um lado, e, por outro, como meio de mobilização e engajamento dos estudantes na
construção coletiva de conhecimento. O pano de fundo desta proposta remonta à tradição crítica que discute a relação
entre imagem e reificação, como Guy Debord, Walter Benjamin, MassimoCanevacci, entre outros. De modo que a
apresentação se dividirá em três partes: primeiro, a apresentação da fundamentação filosófica do projeto, em que se parte
de uma definição de filosofia entendida como “experiência estética” (tal como encontramos, entre outros, no filósofo
Herbert Marcuse); segundo, a fundamentação teórica dentro do contexto das discussões sobre o ensino de filosofia (com
Alejandro Cerletti e Mauricio Langón); por fim, apresentaremos a proposta de produção de curtas-metragens filosóficos
como instrumentos do filosofar apoiando-nos no livro de Alex Moletta “Criação de curta-metragem em vídeo digital:
uma proposta para produção de baixo custo” (2009), que nos permitirá discutir os primeiros resultados práticos desse
projeto.
Palavras-chave: Ensino de filosofia. Vídeo digital. Curta-metragem filosófico. Experiência estética.
E-mail:mariliapisani@hotmail.com
154 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O objetivo desta pesquisa é explicitar a relação entre experiência e educação, entendendo estes conceitos como a capacidade
natural dos seres humanos de processar as informações obtidas do ambiente e utilizá-las para o desenvolvimento
dos conhecimentos. Desta forma, entendemos que esta relação desempenha um papel importantíssimo na sociedade
contemporânea, mas depende da mesma para que possa ser implementada de maneira a suprir as necessidades sociais,
formando indivíduos capazes de repensar constantemente o mundo em que vivem. Neste intento, o processo educativo
deve ser capaz de proporcionar ao indivíduo a habilidade de ressignificar a todo conhecimento que adquire. Escolhemos
para esta análise o pensador estadunidense John Dewey, filósofo que toma o conceito de experiência como parte integrante
da vida social e da própria natureza, o que permite pensar a educação como processo natural ao homem, e não como uma
tentativa da razão de entender a natureza como algo completamente distinto dela. Para Dewey, natureza e conhecimento
são partes de um mesmo processo.
Palavras-chave: Dewey. Educação. Democracia. Instrumentalismo.
E-mail: pranchetinha@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 155
Resumo
Entender a reflexão enquanto um exercício lúdico é compreender que o pensamento pode voltar-se para ele mesmo com
o intuito de jogar com as suas próprias possibilidades. A reflexão filosófica pode ser vista sob a perspectiva do lúdico
uma vez que o pensamento está cheio de um jogo de ideias que suscita uma superação constante, um ir além, um querer
ver até aonde pode levar. O homem vai fazendo experiências com o próprio modo de pensar. O esforço em experienciar
outras formas de pensar vai abrindo novas perspectivas naquele que se exercita ludicamente através do imenso campo
do imaginário. Sendo a literatura um campo fértil ao exercício da imaginação, pois, este é um aspecto do literário em si
mesmo, pode-se dizer que o exercício da imaginação dá uma dimensão especial ao texto lido, principalmente quando
o aluno é instigado nesse processo a manifestar espontaneamente o produto da sua atividade imaginativa. Trata-se,
então, de um relato de experiência a partir de uma intervenção feita no IFRN, com a Filosofia para alunos do Ensino
Médio, utilizando a mediação da literatura sartreana. A literatura existencialista, enquanto gênero literário, na qual Sartre
obteve grande destaque, teve o mérito de fazer com que o seu leitor pudesse pensar acerca dos problemas e angústias
do cotidiano, bem como, tacitamente, o colocava diante de decisões éticas sobre as quais somente um indivíduo livre
poderia se posicionar. Dentro dessa perspectiva, pensa-se que a leitura e o diálogo travado em torno do romance de
Sartre, A Náusea, conseguiu estimular o imaginário dos alunos com um discurso compatível com a ideia de se veicularem
conhecimentos filosóficos sem, contudo, banalizá-los
Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Educação lúdica. Literatura e Filosofia.
E-mail: maurilio.aires@ifrn.edu.br
156 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
E-mail:pedrodanilo@rocketmail.com
ensino for baseado no pensamento filosófico e não apenas em história da filosofia. Neste sentido, orientado pela
instrução délfica: “Conhece-te a ti mesmo”, o pensamento filosófico se fundamenta no questionamento e na reflexão como
base do conhecimento que, por conseguinte, viabiliza a formação de sujeitos independentes, com atitude interrogativa e
investigativa. Formando assim, cidadãos críticos e capazes de contribuir efetivamente com a sociedade a fim de enfrentar
os desafios práticos do cotidiano. Não obstante, frente a um ensino com forte característica tecnicista, o ensino de uma
matéria que tem como cerne o pensamento reflexivo, enfrenta vários desafios. Entre os quais, a formação inadequada dos
professores, a hora aula, que geralmente é de apenas uma por semana. Além disso, outro desafio considerável que serve
como obstáculo para o ensino da filosofia no nível médio, trata da dificuldade de estruturar uma prática pedagógica que
respeite a natureza do saber filosófico, aliando história da filosofia e pensamento filosófico. Destarte, o trabalho divide-se
em alguns pontos, a saber: Qual a importância da filosofia para a formação do estudante do ensino médio e os desafios
do ensino da filosofia neste nível de formação. Por fim, indicamos a necessidade do ensino da filosofia fundamentado no
pensamento filosófico, atendendo, assim, a vocação formativa da filosofia, sob uma ótica de educação que tenha como
telos, a autonomia e criticidade do sujeito.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Desafios e Perspectivas.
Email: analimapb@yahoo.com.br
EDUCAÇÃO E CIDADANIA:
AQUISIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE VALORES A PARTIR DE UMA ABORDAGEM DIALÓGICA
AOS DILEMAS DE KOHLBERG
Resumo
Calcada na perspectiva de construção de uma educação voltada para a conquista da cidadania, a pesquisa a ser apresentada
investigou o campo do julgamento moral. O objetivo principal do estudo foi criar cenários dialógicos em contexto
158 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
escolar voltados para discussões críticas de valores morais. A análise focou a produção de textos argumentativos em
três situações: i) produção textual a partir da simples apresentação dos dilemas morais; ii) produção de texto a partir de
discussões estabelecidas entre alunos; iii) produção textual com a participação ativa do professor/mediador. O núcleo da
pesquisa consistiu em levar o “Dilema de Heinz” (KOHLBERG, 1984) à sala de aula. O dilema gira em torno de dois
valores básicos: a propriedade privada e a vida humana. Um momento crucial no desenvolvimento moral é a transição
entre a moral convencional e a moralidade pós-convencional. A moral convencional apoia-se na obediência diante do que
está normativamente estabelecido, enquanto a moral pós-convencional pondera que nem sempre há uma identidade entre
moralidade e legalidade. A pesquisa foi realizada em uma instituição de ensino da rede pública do Estado de Pernambuco. Os
resultados demonstram que os estudantes submetidos à situação monológica desenvolveram respostas menos complexas
quando comparadas às outras duas situações. A situação dialógica simétrica gerou respostas que apontam para um maior
nível de desenvolvimento moral, de acordo com as categorias kohlberguianas. Os resultados obtidos inserem-se no
quadro de reflexão que remonta às diferentes concepções acerca da interação simétrica/assimétrica formuladas por Piaget
(1994) e Vygotsky (1991). Piaget acreditava que as relações simétricas proporcionam maior ganho desenvolvimentista.
Nas relações assimétricas haveria uma que quebra das condições de reciprocidade, dificultando o processo de equilibração
do pensamento. Os dados obtidos são compatíveis com os pressupostos piagetianos. No entanto, não se deve esquecer,
baseado em Vygotsky(1991), que mesmo nas situações simétricas há sempre diferenças cognitivas.
Palavras-chave: Argumentação. Discurso. Julgamento moral.
E-mail:ricardopinho11@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 159
E-mail: ricardo.nogueira@ifap.edu.br
160 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Gilles Deleuze, como afirma Roberto Machado (1990), é “o filosofo da multiplicidade”, tendo em vista que seus estudos
caminharam por vários campos do conhecimento, não seguindo um único caminho, mas trilhando outras estradas do
conhecimento. Seu pensamento defende que a produção de conhecimento depende dos encontros que estabelecemos
com o outro, com outro conhecimento. Esses encontros, Deleuze chamou de roubos, roubos criativos, que auxiliam a
produção de novos conceitos. Criar conceitos seria então, o principio básico da filosofia deleuziana; “a filosofia é a arte
de formar, de inventar, de fabricar conceitos” (DELEUZE e GUATTARI,1992, p, 10). Partindo das reflexões da filosofia
deleuziana, esse texto procura desenhar caminhos que nos possibilitem pensar a memória não como uma linha, mas
como um rizoma, conceito pensado por Gilles Deleuze e Félix Guattari em “Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia” (1995).
A partir desse conceito, pensaremos novas formas de entendera memória e a narrativa a partir das reflexões filosóficas,
buscando articular com o ensino de História e Filosofia. É preciso destacar que esse texto faz parte das discussões teórico-
metodológicas estabelecidas no âmbito do Projeto de Pesquisa PIBIC/PROPESQ, “Narrativas nas margens: memórias de
velhos”, financiando pelo CNPq e pela Universidade Estadual da Paraíba, através da Pró-Reitoria de Pós Graduação e
Pesquisa (PRPGP).
Palavras-chave: Filosofia. Memória. Rizoma.
E-mail: silvanohistoria@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 161
E-mail: stefanrotenberg@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 163
ENSINO DE FILOSOFIA:
ENTRE A DISCUSSÃO E A PRÁTICA
E-mail: thiago.moraess@hotmail.com
164 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
E-mail: umbertofilosofo@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 165
SARAU FILOSÓFICO:
UM RELATO DO PROJETO PEDAGÓGICO DESENVOLVIDO NA E. E. E. F. M. FRANCISCO
APOLINÁRIO DA SILVA NA CIDADE DE AREIAL-PB PARA AS AULAS DE FILOSOFIA
Resumo
Este trabalho tem como objetivo apresentar nossa experiência docente vivenciada com o projeto pedagógico denominado
Sarau Filosófico como uma proposta didática para as aulas de filosofia, como incentivo à prática de leitura de textos
filosóficos, pois este trabalho pretende contribuir para a reflexão sobre a importância que a Filosofia tem na formação
intelectual do aluno, bem como, sua contribuição para o desenvolvimento de práticas de leitura e produção textual com
caráter filosófico. Para alcançarmos os objetivos propostos neste trabalho foi desenvolvido com os alunos do 2º do Ensino
Médio da Escola Estadual Francisco Apolinário da Silva da cidade de Areial na Paraíba, o Sarau como atividade lúdica
de incentivo a prática de leitura, para isso utilizamos como procedimento de analise do tipo qualitativa pela comparação
e confronto das ideias apontadas em entrevistas com os educandos. Também foram utilizadas obras clássicas de filosofia
como Ética a Nicômaco de Aristótele, Da Amizade de Marco Túlio Cícero, Confissões de Santo Agostinho, como
fundamento para os temas apresentados no sarau. Nestas obras exploramos o tema da Amizade, que norteou todas as
atividades apresentadas pelos educandos, e a produção de materiais para o projeto, tendo em vista o contato do aluno
com as obras clássicas de filosofia.
Palavras-chave: Filosofia. Sarau. Amizade. Práticas de Leitura.
166 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Eixo Temático 3:
Práticas Pedagógicas em Ensino de Filosofia no Ensino Médio
Resumo
Este trabalho visa discutir o cinema como caminho para mediação da Filosofia no Ensino Médio (não sendo a única via,
evidentemente), assim discutimos as já bem debatidas, porém não tão solvidas, questões: como ensinar Filosofia? ; para
que ensinar Filosofia? ; qual filosofia ensinar? Considero o cinema um veículo de comunicação que nos move a pensar.
Assim, no âmbito da sala de aula algumas outras perguntam fazem-se necessárias, tais como: de que modo podemos
utilizar deste veículo para afetação dos alunos? ; o que o cinema tem a proporcionar ao ensino filosófico? ; como utilizá-
lo como recurso didático? ; qual o papel do professor nesse processo de ensino/aprendizagem no qual o cinema está em
todo o processo educativo? Estas questões serão discutidas em nossa comunicação na tentativa de buscar meios didáticos
e lúdicos possibilidade para filosofar.
Palavras-chave: Experiência Filosófica. Ensino de Filosofia. Cinema.
E-mail:xandre_of@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 167
Resumo
Este trabalho pretende explorar uma questão comum a todo aluno que principia a prática de ensino de filosofia no ensino
médio, qual seja, a de qual deve ser o conteúdo programático da disciplina. De um lado, temos a opinião de que a filosofia
deve ser ensinada tomando como modelo o ensino de história, ou seja, a filosofia pode ser exposta como uma disciplina
histórica, de forma linear e objetiva. Por outro lado, alguns respondem a essa questão com a alternativa temática, isto é,
a filosofia deve ser apresentada ao aluno a partir dos problemas com que ela tem se defrontado ao longo de sua história.
Temas tais quais como o problema do ser, a origem da desigualdade social, o problema do conhecimento e os fundamentos
da moral, entre outros, teriam prioridade sobre o desenrolar histórico e os filósofos por trás dessas ideias. Essa abordagem,
por sua vez, conta com o argumento segundo o qual a função da filosofia é a de ensinar a pensar corretamente, meta que
seria mais facilmente alcançada através de uma abordagem temática. Neste trabalho, pretendo apresentar uma solução a
essa dicotomia entre ‘ensinar a filosofia ou ensinar a filosofar’. Tal solução, na verdade, questiona se de fato pode ser feita
uma distinção entre as abordagens histórica e temática no ensino de filosofia, levando em conta que qualquer que seja a
opção escolhida entre as duas levaria a um empobrecimento e consequente descaracterização da filosofia.
Palavras-chave: Filosofia. Ensino médio. Conteúdo programático.
E-mail:adanjohnrn@yahoo.com.br
168 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
A filosofia retorna ao currículo escolar como disciplina obrigatória, e no contexto de inclusão o grande desafio do
ensino de filosofia é o caminhar em contraposição a um repasse mecânico de teorias desarticuladas da realidade dos
educandos, fazendo-se necessário configurar um ensino que contribua para a aquisição do conhecimento filosófico de
forma dinâmica. Nesses termos, o objetivo do estudo é desenvolver um diálogo entre o pensamento filosófico e as
histórias em quadrinhos, buscando possibilitar o desenvolvimento das habilidades críticas e criativas dos alunos, além de
ampliar a capacidade dos mesmos na interpretação de textos filosóficos, instigando-os para um processo autônomo de
aprendizagem. Pois, acreditamos que aderir a uma linguagem mais simples, e inserida num gênero textual didaticamente
mais compreensível aos alunos, como as histórias em quadrinhos, poderá tornar o estudo da filosofia mais atraente. Por
fim, realizamos uma reflexão sobre as possibilidades do uso dos novos procedimentos metodológicos para se ensinar,
aprender e filosofar. E para embasar teoricamente o estudo recorremos a autores como Cagnin (1975), Gallo (2000),
Kohan (2003), e Possamai (2006).
Palavras chaves: Ensino de filosofia. Histórias em quadrinhos. Metodologias de ensino.
E-mail: annamonteiro23@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 169
Resumo
Este artigo tem como proposta tratar do desafio da motivação no processo do ensino/aprendizagem da filosofia no
ensino médio, além da pretensão de esclarecer a importância da inserção do ensino de filosofia nesse processo do ensino.
Analisa também a importância e a contribuição que o ensino de filosofia gera em relação ao desenvolvimento social e
intelectual do aluno, pois a filosofia em relação ao conhecimento proporcionará importantes formas de saber entre tantos
desafios que enfrenta no dia a dia. Neste artigo, abordaremos a motivação por parte do professor a fim de despertar
um pensar crítico e uma reflexão mais consciente no educando. Com a democratização da filosofia, através da sua
inserção no ensino médio como disciplina, são diversos os desafios que professor/aluno enfrentam nos dias atuais. Esses
desafios mostram a evidência de uma relação da filosofia com o senso comum e a cultura do aluno. Portanto, o desafio
da motivação no processo do ensino/aprendizagem da filosofia trata-se de um caminho proposto para que se possa ter
certo entendimento e uma melhor abertura à realidade do filosofar em sala de aula. Entendemos que o referido tema é
capaz de contribuir para a filosofia no que concerne a um conhecimento que poderá proporcionar alguma forma de saber
entre tantos desafios que a filosofia encontra. É importante compreender que a motivação é uma temática que mostra
uma forma de como levar o aluno a uma inicial compreensão do objetivo da filosofia frente a alunos poucos interessados.
Como, então, devemos entender a questão da motivação da filosofia no processo do ensino/aprendizagem no ensino
médio? Essa resposta encontramos de uma maneira simples a qual podemos perceber no dia a dia dos alunos, pois essa
percepção se dá pela necessidade que apresentam em sala de aula. O trabalho tenta objetivar a necessidade do professor
de motivar o aluno para que sua compreensão seja despertada e incentivada partindo de um pensar filosófico.
Palavras-chave: Filosofia. Ensino Médio. Motivação. Aprendizagem.
E-mail: andrepacheco2@yahoo.com.br
170 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
No ensino de Filosofia em nosso país, desde o tempo em que não era inclusa como disciplina obrigatória no Ensino
Médio, onde, apenas era exigido seu domínio conceitual como um instrumento para a prática cidadã (Lei nº 9.394/96),
seus profissionais docentes buscam instruir o seu alunado a um reconhecimento acerca de sua importância não somente
para cumprir e respeitar o que fora dito pela Lei de 1996, garantido um pensar crítico sobre a atual sociedade em que
vivem, como, também, conhecer e questionar conceitos filosóficos já introduzidos ao longo de nossa história. Com
a intenção de ajudar os professores de Filosofia nessa missão, um recurso, que já é tradicionalíssimo na maioria das
disciplinas que compõem o currículo do ensino médio, foi integrado para o ensino dessa área do saber: o livro didático.
No PIBID/Filosofia da UFAL, (pelo qual atuo como bolsista) tivemos o privilégio de presenciar o ingresso desse recurso
este ano, na escola vinculada ao nosso projeto. O livro didático escolhido pela escola para o triênio 2012-2013-2014 foi o
Filosofando - introdução à filosofia, de Aranha e Martins (2009), que, são utilizados nas três turmas do ensino médio. Porém,
como a quantidade de livros, ainda, não é suficiente para os alunos dessa etapa, o uso desse recurso em uma aula, se dá
em regime de empréstimo com a biblioteca. Portanto, este trabalho tem como objetivo relatar o processo de integração
do livro didático na disciplina de Filosofia, passando por uma análise acerca do processo de escolha e disponibilidade de
um título, e de sua importância no processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-chave: Livro didático. Recurso. Filosofia.
E-mail: carlos_artur16@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 171
Resumo
O artigo traz algumas discussões sobre o lugar da filosofia a partir de dois documentos: Orientações Curriculares
do Ensino Médio de 2006 e a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina de 2005. A partir deles, procuramos
compreender como está sendo esperada a formação do educando, e discutir as perspectivas metodológicas e de conteúdos
para a formação de um cidadão crítico-reflexivo. A primeira parte é referente a uma breve contextualização da filosofia
no ensino médio, desde a lei nº 5.692/71 chegando até a lei Federal nº 11.684/08 que a torna obrigatória nas escolas.
As análises desses documentos oficiais possibilitam a compreensão de como foi e como se encontra a filosofia nos dias
atuais. Posteriormente, apresentamos uma análise de ambos os documentos e dialogamos com autores que trabalham
na perspectiva da filosofia no ensino médio, procurando compreender se o que está escrito nos documentos, forma
realmente o sujeito crítico-reflexivo. As OCEM foram escritas a partir de diversos seminários, e teve por objetivos
orientar todas as instituições escolarese professores em suas respectivas práticas pedagógicas. O documento é dividido
em 6 tópicos: introdução, identidade da filosofia, objetivos da filosofia no ensino médio, competências e habilidades em
filosofia, conteúdos de filosofia e metodologia. A PC/SC tem por objetivo orientar os professores de filosofia em suas
metodologias e práticas. O texto-síntese aborda seis tópicos: introdução, uma visão da escola, um pouco de história, uma
concepção de filosofia, uma proposta metodológica, e proposta de conteúdo programático. Em nossas análises, estes
documentos revelam tanto aspectos convergentes quanto contraditórios, dando indicativos e necessidades de sua revisão.
Palavras-chave: Diretrizes. Proposta Curricular. Formação.
E-mail: cjcarminati@hotmail.com
172 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
FILOSOFIA E LIQUIDEZ:
O OFÍCIO DO FILÓSOFO NA CONTEMPORANEIDADE
Resumo
Em algumas atividades profissionais aparecem contradições que vem a questionar o próprio lugar destas atividades. Por
exemplo: a relação do médico com a saúde ou do advogado com a verdade. No caso da Filosofia, alguns problemas
parecem difíceis de enfrentar: qual é a diferença entre o filósofo e o profissional de Filosofia? Por que a Filosofia deve
ser obrigatória e quais as implicações desta obrigatoriedade? Se a Filosofia se propõe a ser distinta da religião e da
ciência, então, como ela se relaciona com a verdade? E finalmente: quais são as diferenças ou semelhanças entre um
educador-filósofo e um filósofo-educador? O que pretendemos discutir é sobre os limites e possibilidades do exercício
da Filosofia em espaços institucionalizados tais como a escola e a universidade. A questão é trazer a tona elementos
que apontem para a complexidade da atividade do professor de Filosofia, bem como as contradições que este exercício
provoca. Esta discussão é fundamental tendo em vista o processo de formação do professor de Filosofia e a implicação
de responsabilidade deste enquanto educador.
Palavras-chave: Educação. Ensino. Crítica
E-mail: crbonneau@ig.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 173
INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO:
A FORMAÇÃO HUMANÍSTICA DO PROFESSOR DE FILOSOFIA
Resumo
Este trabalho reúne considerações, sob a forma de ensaio, acerca da necessidade de uma formação de professores de
Filosofia que não contemple apenas as “disciplinas filosóficas” em sentido estrito e aquelas destinadas ao embasamento
pedagógico, que, em geral, constituem o único diferencial curricular entre bacharelados e licenciaturas. Partindo da
constatação de que a cultura humanística se encontra cada vez mais empobrecida entre os jovens, as reflexões se baseiam
em experiência adquirida pelo autor enquanto supervisor de estágio diante das dificuldades de seus alunos na elaboração
de projetos interdisciplinares previstos no programa formativo. Se é comum que os créditos cumpridos em disciplinas
pedagógicas ocupem o espaço e o tempo de disciplinas optativas que ajudariam a consolidar a formação filosófica em
sentido mais estrito, o problema sobre o qual o professor de licenciaturas é convocado a refletir consiste em como
oferecer a seus alunos a oportunidade de compreender a ambiência cultural em que se inserem e a que respondem
as diversas doutrinas filosóficas. Entendendo que o ensino de Filosofia não pode significar mera informação sobre
doutrinas, a natureza de certos problemas filosóficos enseja o recurso a produções artísticas não apenas como ilustração
ou entretenimento, mas como testemunhos vivos de visões de mundo.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Ensino de Filosofia. Licenciatura. Humanidades.
E-mail:oejeblik@yahoo.com.br
174 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O presente trabalho tem como principal finalidade o desenvolvimento da prática de ensino em filosofia e sua organização
dentro do ambiente escolar. Mostrar que o aluno da graduação em filosofia deve utilizar o estágio como uma genuína
prática de seus conhecimentos em filosofia e de sua proposição didática. A efetivação da prática do estágio de filosofia
tem uma importância significante para que o aluno possa compreender os mecanismos e as estratégias da condução da
aula, do programa e das referências básicas para o bem conduzir da aula de filosofia no ensino médio. Elementos com
as diretrizes curriculares de filosofia para o ensino médio se mostram como recursos metodológicos para que se possa
compreender que o estágio tem sua peculiaridade e apresenta dimensões para que o entender e o compreender da filosofia
se apresente como uma dinâmica da apreensão do saber. Outro detalhe será a efetiva contribuição que a prática do estágio
possibilitará ao aluno da graduação em filosofia de vivenciar elementos contemporâneos da dificuldade da disciplina e
de sua meta-compreensão entre adolescente e crianças. O campo de estágio para a prática de ensino de filosofia deve,
também, ser um campo diferenciado, pois vincula ao mesmo tempo a prática docente, isto é, a didática do professor,
como também visa dar maior ênfase a profunda manifestação das ideias e da relação professor-aluno dentro do âmbito
contemporâneo em que vivemos. As aulas de filosofia no ensino médio deve se mostrar como interessantes e desejadas
pelos alunos, um momento de fomento á racionalidade e a construção do conhecer.
Palavras-chave: Filosofia. Ensino. Didática. Estágio.
E-mail: dredyson@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 175
A FILOSOFIA E O FILOSOFAR:
UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA
Resumo
No âmbito da nossa realidade atual em que o ensino da filosofia enquanto disciplina torna-se obrigatória em todas as
séries do Ensino Médio, pensar o ensino de filosofia torna-se premente. Assim, a discussão sobre “o que ensinar” e
“como ensinar”, ou seja, que metodologias e conteúdos utilizar são a base para a consolidação da filosofia enquanto
componente curricular. Através da análise do ensino de filosofia, a partir do estudo de publicações contemporâneas
sobre a temática, vê-se comumente a defesa do método filosofar enquanto método mais apropriado para a abordagem da
filosofia. Mas, analisando a prática do ensino de filosofia, percebe-se que o método que vigora é o método de transmissão
da história da filosofia. Desta forma, este trabalho visa contribui com a discussão sobre o ensino de filosofia mostrando
a relação entre a filosofia e o filosofar, ou seja, mostrando como a filosofia enquanto um conjunto de teorias e discursos
formulados por pensadores (os filósofos) pode ser trabalhada de forma que desperte uma atitude investigadora e criativa
e proporcione ao discente uma experiência com a filosofia. Desta forma, pretendo demostrar que a filosofia pode ser ao
mesmo tempo teoria e prática. E que o que caracteriza o ensino de filosofia enquanto filosófico não é particularmente
a sua metodologia, nem ainda sua matéria, uma vez que muitos de seus temas também são temas de outras ciências. É a
conjunção acertada desta dupla estrutura (matéria e forma- a filosofia e o filosofar) que caracteriza um ensino filosófico,
pois só há ensino filosófico filosofando a partir da filosofia.
Palavras-chave: Ensino. Filosofia. Filosofar. Experiência.
E-mail: ellen.melo@ifal.edu.br
176 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Este trabalho tem como principal motivação a elaboração e a análise da utilização dos recursos didáticos nas aulas de
filosofia no ensino médio. Podemos entender por tecnologias as novas mídias e redes sociais do mundo contemporâneo
que podem ser aplicadas à educação. Já por recursos podemos entender a forma de utilização de tais tecnologias para
o melhor vivenciamento das práticas. No contexto de nosso trabalho propomos a utilização das novas tecnologias,
como internet, blogs, plataforma moodle, textos em PDF, dispositivos móveis e data show como recurso pedagógico
que podem efetivar o aprendizado e estabelecer uma íntima relação entre o conteúdo de características filosóficas, o
professor de filosofia e o aluno. Outro intuito é favorecer a tecnologia como recurso didático na aula de filosofia no
ensino médio como forma de ministrar uma aula cheia de inovações que possibilitem o aluno interagir com as novas
mídias contemporâneas e relacioná-las com os textos de abrangência filosófica, isto é, que o aluno possa ler, analisar e
compreender a rigorosidade do texto filosófico com o auxílio da tecnologia.
Palavras-chave: Aula de Filosofia. Tecnologias. Recursos pedagógicos. Didática.
E-mail: dredyson@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 177
Resumo
A educação enfrenta, dentre vários problemas educacionais (professores com extensa carga horária, salas com elevado
número de alunos, impasses para a formação continuada do professor...), o problema da perda da identidade cultural por
parte dos alunos do Ensino Médio. Constatou-se que o alunado carece de um incentivo para (re)construir uma cultura
que, aos poucos, está sendo dissolvida pela rápida renovação tecnológica e seu uso indiscriminado, dentre outros fatores.
E um dos meios que pode contribuir nessa tentativa de redescoberta de valores culturais é a utilização do cordel na sala
de aula. Frente a este cenário pergunta-se: de que forma o cordel pode contribuir para essa (re)construção cultural?
Qual a importância dos valores culturais para o processo de formação do cidadão? Como o cordel pode auxiliar no
desenvolvimento do diálogo filosófico? Essas e outras questões motivaram o desenvolvimento do presente trabalho,
que consiste em uma proposta de ensino que aborda a possibilidade de se utilizar o cordel como metodologia nas aulas
de filosofia, no intuito de procurar desenvolver a capacidade crítico-reflexiva dos jovens, propiciando ações pedagógicas
voltadas para a socialização, a criatividade, o conhecimento do vocabulário, dentre outros objetivos. O mesmo é fruto de
experiências educacionais realizadas na Escola Estadual Professora Calpúrnia Caldas de Amorim – EECCAM por alunos-
bolsistas do PIBID de Filosofia durante o período letivo de 2011.
Palavras-chave: Filosofia. Cordel. Educação.
E-mail:rodolfo.caico@hotmail.com
178 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Esta reflexão diz respeito ao ensino de filosofia no ensino médio, tendo com tema a estética. Sabe-se das dificuldades
de ensino utilizando-se dos conceitos em filosofia e sua aplicação, então, resolve-se investigar uma maneira de trabalhá-
los sem perder de foco o conhecimento elaborado para não cair em um espontaneísmo. O fazer pedagógico exige uma
leitura cuidadosa, responsável e articulada com o contexto e as políticas públicas. A teoria, entendida como conhecimento
socialmente construído, não pode ser ignorada. Entretanto, a relação entre essas questões é complexa, exigindo dos
docentes uma formação continuada constante e dialógica. Sendo assim, são utilizadas, além dos conceitos referentes à
estética, a arte e a cultura, outras linguagens para sua elucidação. Propõe-se uma intertextualidade a partir da noção de
estética dos gregos antigos, de concepção objetivista, dialogando com a concepção atual, da estética pós-moderna que
preza pela desconstrução da forma, com ênfase nas produções culturais presentes na cultura nordestina, tais como a
poesia, a música e as artes plásticas. Espera-se com este estudo contribuir para uma reflexão e intervenção no ensino de
filosofia do ensino médio, de maneira a torná-lo significativo para os sujeitos na relação ensino-aprendizagem, deixando
claro o diálogo entre teoria e prática é um processo de construção do saber necessário e constante.
Palavras-chave: Ensino de filosofia. Ensino Médio. Estética.
E-mail: karla.epiphania@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 179
Resumo
A presente comunicação vai apresentar os resultados de Prática Pedagógica obtidos com o trabalho que foca na relação
Cinema e Filosofia em Sala de Aula. Esta prática vem sendo desenvolvida nas aulas de Introdução a Filosofia em diversos
cursos de graduação no Ensino Superior como Pedagogia, Letras, Direito, Jornalismo e Administração. O Cinema
apresenta em Imagens os Conceitos que a Filosofia pensa e define. A relação entre Arte Cinematográfica e Filosofia é
então uma maneira de observar na prática os conceitos desenvolvidos teoricamente. Os alunos então estabelecem uma
relação direta com a especulação, que deixa de ser vista como algo afastado e sem sentido prático, para aparecer como algo
fundamental para nosso comportamento e pensamento cotidiano. A Filosofia deixa de ser vista como uma tarefa destituída
de sentido e passa a ser percebida como uma maneira de nos compreendermos e aos outros. A partir de noções como a
de Criação de Conceitos, desenvolvida por Deleuze e Guattari, a relação com o cinema possibilita ao desenvolvimento e
prática da especulação e do debate na própria sala de aula e para além de seus limites. O projeto Filosofia para Crianças
de Lipman orienta a posição do professor que em muitos momentos deixa de ser um mero transmissor de conteúdos e
passa a facilitar o aprendizado. Seguindo os passos de Júlio Cabrera os conceitos no cinema não são exclusivos dos ditos
filmes de arte, mas comparecem também em produções de massa em que o humano é posto em contato com questões
fundamentais. Os resultados são aulas de Filosofia mais interessantes em que o saber é compartilhado na sala de aula.
Palavras-chave:Filosofia. Cinema. Ensino de filosofia.
E-mail: luizmreis@gmail.com
180 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O trabalho apresenta os resultados do Relatório de Estágio Supervisionado I realizado na Escola Nenzinha Cunha Lima –
Campina Grande/Paraíba. Com ele, aborda-se o problema da recepção da Filosofia no Ensino Médio. As investigações
tenderam para a problemática de como o ensino de filosofia está sendo proposto. Foram discutidos com pesquisas
bibliográficas, em especial os documentos nacionais que regem a educação e, em seguida, uma discussão acerca da
receptividade a partir do discurso sétimo d‘O Banquete de Platão, a experiência de observação na escola e em sala de aula.
Assim, é apresentada uma análise de pesquisadores da área de filosofia e seu ensino que possibilitaram chegar a seguinte
conclusão: é preciso ser ousado, provar os educandos e transformar a disciplina empolgante por meio de pesquisas e
métodos próprios de se ensinar a filosofar.
Palavras-chave: Filosofia. Receptividade. Ensino Médio.
E-mail: marcelalcleante@yahoo.com.br
Resumo
A comunicação proposta consiste na apresentação de um relato de experiências pedagógicas, abrangendo trabalhos escolares que
relacionaram música e filosofia, com os objetivos de proporcionar o aprendizado de filosofia, a discussão do lugar da filosofia e das
artes na cultura e a expressão artística dos estudantes. Os trabalhos escolares referidos foram realizados por diversos professores do
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 181
Colégio Pedro II, RJ, e incluem o uso de músicas e canções em sala de aula como motivador de discussões; a pesquisa de músicas
relativas a temas da disciplina filosofia; a proposição de trabalhos de criação e de interpretação de peças musicais pelos estudantes; e a
criação de material didático pelos professores. Pretende-se também propor, de modo inicial, uma formulação sobre as relações entre
filosofia, música e cultura por meio da articulação entre disciplinas, recursos e âmbitos realizada na escola.
Palavras-chave: Filosofia, Música, Educação.
E-mail: klynamen@gmail.com
Resumo
Com a obrigatoriedade do ensino de Filosofia no Ensino Médio, muitos dos recursos didáticos disponíveis para o seu
ensino, como o livro didático, caracterizaram-se por uma composição que privilegia uma divisão e apresentação cronológica
de filósofos e/ou correntes filosóficas, tornando-se quase um ensino de história da Filosofia. O problema desta didática
está no fato de que ele se distância em muito da vida prática e cotidiana do discente. Outra tendência didática toma o seu
ensino através dos seus principais temas, como um meio pertinente para despertar o interesse dos discentes pela Filosofia,
tendo em vista que os temas selecionados fazem parte do contexto de suas vidas como um todo. Nesta comunicação,
procuraremos dissertar sobre os possíveis encaminhamentos teórico-metodológicos deste procedimento e oferecer um
registro e sistematização de nossa experiência de ensino de Filosofia, no Ensino Médio, no biênio 2001-2002, quando
procuramos, através do uso do texto Alegoria da Caverna, de Platão, utilizar esses procedimentos para desenvolver junto
aos discentes uma iniciação à investigação filosófica.
Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Didática. Investigação Filosófica.
E-mail:marciawnogueira@uol.com.br
182 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Esse trabalho tem como objetivo descrever observações feitas do contato direto entre o licenciando e a prática pedagógica
de nível médio. Dessas observações, procurou-se atentar às responsabilidades, dificuldades e compromissos que esse
professor de filosofia recém-formado encontra. Ademais, a partir de um levantamento bibliográfico do pensamento
filosófico-pedagógico de Rousseau, será mostrado como a participação ativa e livre do aluno na relação pedagógica não
só resgata seus ideais de liberdade humana, mas também contribuem nos questionamentos a respeito de problemas
filosóficos, didáticos e éticos vivenciados pelo professor de filosofia em sua profissão.
Palavras-chave: Autonomia do aluno. Professor de filosofia. Rousseau.
E-mail: pamy_gois@yahoo.com.br
Resumo
Esta comunicação baseia-se em nossa recente experiência de docentes formadores de professores de filosofia no
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 183
Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Mato Grosso. São ainda aproximações, observações e pequenos
apontamentos de uma experiência em processo. Destacaremos aqui nossas práticas pedagógicas iniciais tomando como
referências três disciplinas específicas da licenciatura de filosofia, a saber: Filosofia e Educação; Seminário de Prática de Ensino
e Estágio Supervisionado. Tais disciplinas foram ministradas no segundo semestre de 2011 e primeiro semestre de 2012.
Primeiramente faremos um breve perfil do curso de licenciatura de filosofia. Em seguida, destacaremos algumas reflexões
teóricas que sustentam nossa prática no ensino de filosofia. Por fim, relataremos nossas experiências nas disciplinas
supracitadas destacando as estratégias pedagógicas utilizadas, as dificuldades surgidas ao longo do processo de formação
e avaliando o que deve permanecer e o que deve ser modificado nas próximas experiências.
Palavras-chave: Formação. Pesquisa. Docência. Ensino de Filosofia.
E-mails:rodrigomarcosdejesus@yahoo.com.br
Resumo
A educação vive a exigência da inclusão digital e da comunicação. Usamos a tecnologia para tornar nossas aulas mais
dinâmicas e interativas. Tentando atrair a atenção dos alunos e também nos aproximarmos deles, passamos a usar as
“redes sociais” como ferramentas educacionais. E nos deparamos com outra questão emergente: o uso “não educacional”
das redes. Após observar o ambiente escolar, percebi que esse era um assunto polêmico e sua abordagem necessária.
184 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência planejada e realizada em conjunto com os bolsistas do
PIBID Filosofia - UFC, tendo como publico alvo um grupo de alunos do primeiro ano da E.E.M. Liceu do Conjunto
Ceará. O objetivo dessa atividade era instigar os alunos a conversarem sobre o uso diário que os mesmos fazem das
redes sociais. O ambiente escolhido foi o pátio da escola, onde os alunos ficaram a vontade para circular. A atividade
realizou-se espalhando pelas paredes do pátio cartazes com o que nós chamamos de “situações problemas”. Exemplo:
Se você encontra o facebook de alguém aberto, o que você faz? - Fecho, pois não gostaria que ficassem bisbilhotando
o meu. - Aproveito para bisbilhotar, quem mandou deixar aberto. O direcionamento teórico para embasar o exemplo
citado foi o pensamento de Kant, para justificar o motivo pelo qual deveríamos fechar o facebook da pessoa sem ter que
necessariamente pensar que não gostaríamos que fizessem mau uso do nosso, fechar o facebook como um fim em si
mesmo. Tentamos usar uma linguagem mais próxima dos alunos, já que a Filosofia está no nosso cotidiano e esse é um
dos elementos de sensibilização. A avaliação da atividade foi realizada através da fala espontânea dos alunos e observou-
se que o grupo de alunos que participou da atividade motivou outros colegas a discutirem sobre o assunto no ambiente
escolar.
E-mail: sara_liceu@yahoo.com.br
Resumo
Com a Lei nº 11.684 de 02 de junho de 2008, a disciplina de Filosofia passou a ser obrigatória no Ensino Médio e
assim, surgem para os professores e licenciandos em filosofia algumas indagações tais como: Que tipo de filosofia se
pretende trabalhar no ensino médio? Quais estratégias metodológicas se adéquam ao ensino de Filosofia na Educação
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 185
Básica? Como contribuir para a consolidação da Filosofia no Ensino Médio brasileiro? Pensando nessas questões e na
urgente necessidade de se discutir critérios quanto à efetivação de uma didática específica para disciplina de Filosofia no
Ensino Médio e nas muitas possibilidades de interação dos conteúdos filosóficos com os saberes prévios e cotidianos
dos estudantes, o presente trabalho propõe uma reflexão sobre metodologias que propiciem a construção de um âmbito
para o filosofar, uma vez que tal disciplina não deve se limitar a transmitir certos saberes institucionalizados a serem
memorizados pelos alunos. Assim, defendemos que a experiência filosófica deve ser o norte para a elaboração de práticas
pedagógicas específicas e diversificadas, levando em consideração as diversas áreas da filosofia, bem como a necessidade
de apropriação, por parte do professor, da realidade cultural dos estudantes a fim de que o espaço escolar seja palco
de problematizações filosóficas sobre questões específicas do cotidiano estudantil. Possibilitar aos estudantes os meios
necessários para pensar filosoficamente dentro e fora da escola constitui um grande desafio que nos leva a pensar
sobre métodos que sejam cada vez mais apropriados ao ensino de tal disciplina, e, principalmente, que tais métodos
sejam elaborados levando em consideração as dificuldades vivenciadas pelos estudantes, sejam elas de ordem social ou
psicológica.
Palavras-chave: Filosofia. Ensino. Método. Saberes prévios. Cultura.
E-mail:sergiovieira.pensador@gmail.com
186 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O trabalho pretende apresentar proposta metodológica para o ensino de Filosofia, desenvolvida pelos bolsistas do PIBID
do curso de Filosofia da PUCMINAS. Dentre os vários desafios relacionados à inclusão da disciplina Filosofia no ensino
médio, parece ser da maior importância criar e balizar estratégias metodológicas que sejam fundamentais para o ensino
da Filosofia sem repetir os equívocos de uma metodologia conteudista e pouco reflexiva. Em geral, os professores têm
dificuldades para equacionar carga horária/conteúdo/ e, ao mesmo tempo, justificar a Filosofia no rol das disciplinas do
ensino médio. Nossa proposta metodológica, que denominamos ‘trem filosófico’, para combinar - no mesmo trilho -
‘vagões’ de conhecimento e prática de ensino da Filosofia para os jovens do Ensino Médio tem esse objetivo: ‘esse trem
me faz pensar’.
Palavras-chave: PIBID. Metodologia. Ensino Médio.
que se caracteriza como uma pesquisa junto ao PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, analisar
a partir das Leis de Diretrizes Básicas da Educação e dos Parâmetros Curriculares Nacionais qual deve ser o papel do
professor de filosofia a fim de garantir a efetivação das finalidades dispostas legalmente. E ainda, se é possível dentro das
formalidades educacionais atingirem tais objetivos e quais são as práticas pedagógicas utilizadas para tal. Tal análise se
fundamenta em vários estudos que apontam a dificuldade do professor de filosofia em alcançar os objetivos almejados
pelos documentos oficiais que orientam o ensino. Neste sentido, tendo feito um levantamento dos documentos que
tratam do encaminhamento metodológico de cada professor, e a partir de sua análise, iremos verificar como o Núcleo
Regional de Educação de Maringá acompanha e avalia a prática docente em Filosofia, e se tal prática condiz com as
orientações legislativas. Este levantamento está sendo acompanhado pela supervisora do Ensino de Filosofia no Núcleo
Regional de Maringá, Prof.ª Marta Helena Rodrigues Chote.
Palavras-chave: Ensino. Filosofia. PCN. Metodologia
E-mail:thais.hamer@hotmail.com
Resumo
Na atual forma como concebemos o que venha a ser Política sempre nos vemos diante de uma inegável visão pejorativa
do que realmente esta seja, dentro de uma sociedade democrática; e no tocante ao que diz respeito, principalmente,
ao Brasil fica explicito a total falta de crença na Política ou na sua melhoria, pois com o passar do tempo ela tornou-se
sinônimo de corrupção, gerando com isso um desgaste e muitas vezes uma letargia por parte da população por não saber
188 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
como agir diante das situações que se apresentam. Diante do contexto da Educação brasileira, as propostas de preparar
o estudante da educação básica para o exercício da sua cidadania traz muitos desafios. Dentre esses a serem enfrentado
por nós Professores, surge uma tentativa de despertar nos Estudantes o interesse tanto pela Politica, vendo esta como
uma ação emancipatória do individuo, como também pela Filosofia, sendo essa disciplina que nos oferece uma visão
mais ampla da politica, desde sua origem a compreensão dos conceitos fundamentais. Partindo dessa realidade, a fim
de suscitar uma mediação do conhecimento filosófico na sala de aula, desenvolvemos uma proposta fundamentada na
possiblidade de instigar o estudante para a reflexão sobre a ação politica, fazendo uma relação entre os seguintes temas:
valores, ética e liberdade/responsabilidade.
Palavras-chave: Educação. Politica. Ética. Filosofia.
E-mail:wb-nascimento@hotmail.com
ADIALÉTICAHEGELIANANORTEANDOOENSINODEFILOSOFIA:
UMAABORDAGEMPOSSÍVEL
Resumo
Após termos feito as devidas observações e convergido nossas reflexões acerca do ensino de filosofia no Ensino Médio
com outras linhas argumentativas de mesmo gênero, também o classificamos como sendo: “um problema filosófico”;
que a nosso ver nesse momento pelo que passa o ensino de filosofia no Brasil, merece redobrada atenção. E em posse
de parte do instrumental teórico que essa investigação filosófica acerca do ensino de filosofia tem nos oferecido, temos
no presente texto o objetivo de propor sugestões, suscitar questões e com isso trazer nossa contribuição para a discussão
que aqui se estrutura ao modo de abordagem do pensamento dialético tal como aparece na obra do autor alemão G.W.F,
Hegel. Dentre outras que se mostrarão ao longo do texto, nossa maior pretensão é trazer a luz um modo através do qual
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 189
se poderia nortear o ensino de filosofia no Ensino Médio na prática diária em sala de aula ao modo da dialética. Isso seria
mais propriamente uma exposição em exemplificação de experiências que foram bem sucedidas com esse método e de
como essas poderiam servir de um auxílio valioso para que pensemos em nossa prática docente “maneiras e maneiras”
diferentes e mais eficazes de trabalhar obtendo resultados mais positivos. Pois afinal, se o ensino de filosofia nos aparece
hoje como sendo realmente um problema filosófico não podemos nos furtar ao debate e nem participar dele de maneira
desatenta; temos sim dentre outros esforços, pensar e executar métodos que possam enriquecê-lo efetivamente.
Palavras-chave: Dialética. Formação. Prática de ensino.
E-mail: wilker.fr@bol.com.br
Resumo
A utilização da linguagem desdobra-se em diversas formas, desde os contornos pictóricos, passando pela oralidade, indo
à escrita, à música, dentre outras. Desta feita, temos a filosofia do francês Jean-Jacques Rousseau sobre a Linguagem
(agora em maiúscula, por se referir a um conceito filosófico). Para o filósofo, a mesma, entendendo-a precipuamente
como “a palavra”, não nasce das necessidades, mas das paixões. Pois “todas as paixões aproximam os homens, que a
necessidade de procurar viver força a separarem-se. Não é a fome ou a sede, mas o amor, o ódio, a piedade, a cólera
que lhes arrancaram as primeiras vozes” (ROUSSEAU, 1978, p. 21). Como bolsista do PIBID/UFAL/Filosofia, e nas
articulações metodológicas propostas pelo Programa, utilizei em sala de aula, em uma escola da Rede Estadual de Ensino
Médio de Maceió/AL, a teoria do francês sobre a Linguagem, seguida de um recurso não filosófico, a saber, a música
“Palavras”, da banda de rock paulista Titãs. As aulas foram expositivas e acompanhadas de um resumo com os tópicos
190 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
da obra “Ensaio sobre o entendimento das línguas” (op.cit, 1978), de Rousseau; ele foi franqueado por impresso aos discentes
do 1º, 2º e 3º anos. Neste resumo, já na primeira página, fora colocada a letra da música, seguido de um texto didático
biografando o filósofo, e por fim, o Ensaio e três questões abertas sobre o conteúdo apresentado. Notou-se um resultado
positivo à proposta didática, que embora tenha sido uma etapa de argumentação, ela visava também como um discurso
de ação, ou seja, de práxis (VAZQUEZ, 1977).
Palavras-chave: Linguagem. Rousseau. Filosofia.
E-mail: yvissongomes@hotmail.com
Resumo
A tradição filosófica aponta que o ato de filosofar se inicia quando algo desperta nossa admiração. No entanto, frente
a tantas explicações dadas a vários questionamentos surgidos em épocas passadas o homem perdeu, em parte, a sua
capacidade de refletir. Desta forma, é de fundamental importância que esse comportamento questionador seja estimulado
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 191
desde cedo nas crianças. O filósofo Matthew Lipman vem buscando esclarecer sobre a constituição do pensar na infância
e compreende que o crescimento intelectual infantil pode ser reforçado e melhor elaborado nas mais variadas situações
surgidas em sala de aula, para isso, contudo, entende que é de fundamental importância a mediação adequada do docente.
Nesse sentido, este artigo tem como objetivo identificar como ocorre a formação dos professores que nortearão as
discussões filosóficas na infância na proposta de Lipman.
Palavras-chave:MathewLipman. Filosofia. Formação de professores.
E-mail:mariareilta@hotmail.com
Resumo
Este trabalho objetiva, num primeiro momento, apresentar o programa de Filosofia “para” crianças e educação para o
pensar, desenvolvida pelo filósofo Matthew Lipman. O programa consiste na adaptação das idéias filosóficas básicas ao
universo das crianças e que lhes permite desenvolver a habilidade de pensar criticamente e relacionar os sentidos das
coisas. Num segundo momento serão abordadas reflexões de Walter Kohan sobre outras possibilidades de Filosofia
“com” crianças sem descartar que, para Kohan, a proposta de Lipman é, certamente, a tentativa mais significativa de
aproximar a filosofia das crianças, mas possui algumas concepções românticas e idealizadas. Em um terceiro momento
apresentaremos baseado na obra Matthew Lipman e a filosofia para crianças - três polêmicas de Renê José Trentin Silveira, as
críticas mais comuns feitas ao programa desenvolvido por Lipman. Concluiremos que para se trabalhar com o ensino de
192 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
filosofia com crianças o mais importante não é apenas escolher uma didática ou método, mas estudar profundamente as
teorias a respeito do assunto, para só depois, tentar levar a filosofia para as crianças.
Palavras-chave: Criança. Filosofia. Educação infantil.
Resumo
Esta comunicação objetiva tratar da possibilidade de que as crianças podem, sim, filosofar. A partir da proposta do
professor norte-americano Matthew Lipman com o Programa Filosofia para Crianças, torna-seevidente que elas podem
não apenas pensar, mas pensar criticamente, inaugurando uma nova perspectiva na história da filosofia. De acordo com
Lipman, assim como os filósofos, as crianças se perguntam sobre os fundamentos dos valores e dos conhecimentos
humanos, e por acreditar ser a filosofia a disciplina, por excelência, capaz de favorecer o desenvolvimento da capacidade
das criançasfazerem juízos logicamente corretos, estimulando atitudes éticas e o pensamento reflexivo, esta deveria ser
utilizada para propiciar o processo de investigação filosófica de forma sistemática com crianças, fornecendo as ferramentas
e um método eficiente para aperfeiçoar o pensamento, pois é na Filosofia que se edificam questões sobre o significado
da realidade e sobre o próprio processo do pensar. Ao colocar os temas filosóficos presentes em textos narrativos (novelas
filosóficas), Matthew Lipman não quer apenas aproximar as discussões filosóficas do cotidiano de crianças e jovens, mas
pretende aproximar o processo educacional do filosofar, o que implica em buscar meios para transformar as salas de aula
em pequenas Comunidades de Investigação. O conceito de Comunidade de Investigação de Lipman envolve a necessidade
de um espaço educacional onde os envolvidos se sintam membros de uma comunidade, onde possam construir ideias
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 193
conjuntamente, ouvir as ideias dos outros, pensar com autonomia explorando suas pressuposições e possam trazer para
suas vidas a experiência dedescobrir, inventar, analisar e criticar coletivamente.
Palavras-chave: Filosofia. Criança. Lipman.
E-mail:tianetagarela@hotmail.com
Resumo
Os estudos sobre a constituição do pensamento infantil têm demonstrado que esse aspecto inerente ao processo de
desenvolvimento humano precisa ser trabalhado desde a mais tenra idade, visto que, quando a criança faz uma pergunta,
ela já tem curiosidade de saber mais a respeito dessa determinada reflexão que a inquieta mentalmente e acaba se
expressando em forma de pergunta em sua fala. Matthew Lipman, filósofo norte americano, vem desde a década de 60
buscando esclarecer sobre a constituição do pensar na infância e encontra significativo sentido para esse argumento em
sua proposta de filosofia na infância. Este artigo, desenvolvido dentro das atividades do Projeto de Pesquisa “Filosofia
na infância: perspectivas para o debate”, ofertado pelo Curso de Filosofia da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte – UERN, Campus Caicó, no período de 2011 a 2012, tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre um dos
aspectos da proposta de Lipman, o qual vem sendo estudado no referido projeto, o pensar na infância, buscando identificar
como o pensar infantil é compreendido por Lipman. Toma como fundamento teórico duas se suas mais importantes
194 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
obras: Lipmanetal (2001) e Lipman (2008). Na análise e discussão dessas duas obras foi possível identificar que para
Lipman, o desenvolvimento do pensar é um processo contínuo e constante e pode se iniciar na infância.
Palavras-chave: Pensar. Infância. MattewLipman.
E-mail:fatimacaico@hotmail.com
Resumo
Esta comunicação objetiva apresentar considerações a respeito da necessidade e possibilidade de ações que proporcionem
às crianças iniciação ao filosofar e, ao mesmo tempo, apontar contribuições das ideias de Matthew Lipman constantes de
sua proposta denominada Programa de Filosofia para Crianças. Trata-se de um programa educacional que propõe oferecer
às crianças e jovens um espaço investigativo-dialógico no qual busquem envolvimento inicial com os procedimentos da
investigação relativa às temáticas filosóficas e, ao fazê-lo, possam desenvolver sua capacidade de “pensar bem” através
da metodologia da comunidade de investigação. O texto base da comunicação decorre de pesquisa realizada pelo autor
relativa às ideias de Matthew Lipman junto ao Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho,
bem como de sua experiência com Filosofia para Crianças junto a escolas e na formação de professores para o trabalho
de filosofar com crianças.
Palavras-chave: Filosofar com crianças. Filosofia no Ensino Fundamental. Necessidade do filosofar.
E-mail: lorieri@sti.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 195
Resumo
A filosofia tem suas especificidades, entre elas: o questionar, a investigação, a elaboração de conceitos, a busca de
argumentos coerentes para os propósitos defendidos, a descoberta de alternativas e conexões. Preocupado com a pouca
capacidade de seus alunos adultos com questões envolvendo pensamentos lógicos e coerentes que norteassem suas ações,
Matthew Lipman, propõe a Filosofia para Crianças e elabora um currículo específico para que seja trabalhado com as
crianças e os adolescentes, inserindo-os no universo da investigação filosófica. Este artigo tem como objetivo apresentar
uma análise sobre um dos aspectos da referida proposta lipmiana – o currículo.Lipman sugere que a educação, que na
maioria dos currículos escolares é de transmissão de conhecimentos, sendo o discente um sujeito passivo na elaboração
do pensamento, seja substituído por um currículo, que tem como fundamentação uma educação para o pensar,na qual, o
discente, por meio do diálogo, seja capaz de elaborar o seu próprio pensamento e o professor juntamente com os mesmos
sejam coparticipantes na investigação filosófica.
Palavras-chave: Matthew Lipman. Filosofia. Currículo.
E-mail:maria@hotmail.com
196 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O presente trabalho busca apresentar o trabalho de filosofia com crianças a partir da perspectiva do ensino por investigação,
enquanto metodologia das aulas de ciências, e compreender de que forma esta metodologia pode ser úteis para avaliação
do trabalho do professor e da sessão da comunidade de investigação. Para tal trabalho apresentamos inicialmente um
breve histórico da inserção da filosofia nos anos iniciais da educação básica e a compreensão da ideia de ensino por
investigação como meio para a alfabetização cientifica. Traçamos então um paralelo entre as metodologias da comunidade
de investigação da filosofia e o ensino por investigação da ciência. Em seguida fazemos a análise do discurso de uma aula
observada do ensino básico a partir dos referencias teóricos da filosofia e da ciência, a saber, Lorieri, Lipman e Lawson.
Palavras-chave:Educação. Investigação. Filosofia. Argumentação
E-mail:michellelarissa@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 197
Resumo
A discussão sobre a “formação docente” em filosofia insere-se dentro de um horizonte mais amplo que é a reflexão
das relações entre Filosofia – que podemos sintetizar como “ciência da fundamentação” que busca, racional e
sistematicamente, descortinar o sentido profundo do que chamamos realidade; Educação entendida como “processo
de caminhada do homem, na História, visando a seu revelar-se como homem...”; e Pedagogia como a ciência discipllina
cujo objetivo é a reflexão, ordenação, sistematização e crítica do processo educativo. Podemos dizer que esta reflexão sobre as relações
entre filosofia e educação é antiga; já a encontramos expressamente no período denominado “Socrático” da História da
Filosofia Antiga, por exemplo, na “República” platônica e na “Ética à Nicômaco” de Aristóteles. Essa reflexão/discussão,
a propósito, é um tema que não pode ser negligenciado em nossa prática docente, pois entre outras coisas, vinculam-se
a ele outros importantíssimos temas, a saber: cultura → mundo humano [dos sentidos-significados]→ filosofia como
expressão mais apurada da cultura que reflete sobre esse “mundo humano”, e desta feita auxilia na formação (Paidéia)
desse ser humano. Para fins didáticos, podemos pensar essa formação docente a partir da seguinte divisão: 1. Formação
Humana; 2. Formação Profissional; subdividindo-a em: a) Formação Filosófica; b) Formação Pedagógica. No tocante à
formação humana importa ter fortemente presente o/a professor/professora como “ser inconcluso”, cujo ser essencial
é ser sendo, fazendo-se, refazendo-se. Ser projeto dinâmico e perene. Envolvido por (e em) uma gama de dimensões
diversas e complexas tais como: historicidade; eticidade e espiritualidade. A formação filosófica do professor de filosofia,
por sua vez, não deve consistir, simples e exclusivamente, no domínio de “informações filosóficas”, mas deve consistir,
principalmente, na capacitação para a “autonomia do pensar”. A formação do professor em filosofia, hoje, consiste em
um desafio “dos grandes”, em tempos de cultura pragmática-imediatista, de “aligeiramento” da formação docente que
não possibilita “o exercício da paciência e da demora sobre o conceito para que o todo seja alcançado e o real, por sua vez,
198 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
verdadeiramente compreendido.” Pensamos, no entanto, que o que importa é não “desesperar jamais”.
Palavras-chave: Formação. Filosofia. Pedagogia.
E-mail:acarlosant@yahoo.com.br
Resumo
O presente artigo tem por objetivo desenvolver um pensar sobre qual é o papel do professor/filósofo dentro da sala
de aula. Existindo uma conjuntura entre a filosofia e o filosofar, qual o caminho seguir para o Ensino da Filosofia? Os
conteúdos que as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio abordam para o Ensino da Filosofia é um caminhar
por toda a História da Filosofia, onde seria de competência do Professor ensinar esse caminho. O que vem a ser elencado
é que o Professor também é filósofo deve seguir padrões que estão dentro de um modelo já pronto, e ainda mais, esperar
que os alunos do ensino médio se moldem por tal instrução. A filosofia por agir de forma reflexiva, ou seja, por ter
como base teórica a reflexão de temas filosóficos, não pode ter na base do seu ensino a probabilidade de deixar os alunos
estáticos em um pensamento apesar das várias possibilidades do pensar. O Ensino da Filosofia não bem elaborado, isto
é, dado de forma dogmática pode ser prejudicial ao desenvolvimento intelectual do aluno.
Palavras-chave: Papel do Professor. Ensino da Filosofia. Desenvolvimento Intelectual.
E-mail: joana.souto@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 199
Resumo
A ideia da autonomia moral dentro do ensino da filosofia foi decorrente da minha experiência dentro do projeto de
iniciação a docência (P.I.B.I.D). O ensino de filosofia tem sido afetado pela falta de autonomia moral do professor
dentro da sala de aula e a falta de autonomia do aluno dentro do ensino de filosofia. Tendo em vista que, o professor
de filosofia sustentado pela autonomia moral dentro da sala de aula coloca para o alunado, uma compreensão melhor,
seguida da problematização acerca do conteúdo proposto. Diante disto, a autonomia moral do professor reflete no
nascimento da autonomia do aluno dentro do processo de ensino da filosofia formando indivíduos com a capacidade de
autodeterminação, onde suas ações, suas ideias e seus conceitos, sejam motivados por si só, e não por influências ou fatores
externos. Porém, não basta apenas ensinar ou aprender filosofia. É essencial que, tanto os alunos quanto os professores,
saibam exercitar a dialética, a curiosidade e a contestação, evitando assim à passividade. Assim, diante destas experiências,
vejo o quanto é importante preparar os graduandos para assumir futuramente um papel de professor autônomo, tanto
na moral, quanto na autonomia conceitual. A autonomia moral presente no ensino da filosofia engloba um processo de
aprendizagem em torno da moral e do conhecimento ético, cooperando para uma construção de um alunado do ensino
médio e futuros cidadãos, mais autônomos. Portanto, é de extrema importância que exista uma orientação moral vinda
do professor de filosofia, onde que, esse professor possa contribuir para a formação de um aluno mais investigador e
pensante, protagonista de ações que favoreçam a cidadania.
Palavras-chave: Autonomia. Moral. Ensino Médio.
E-mail:aparecido.filosofia@gmail.com
200 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Formar professores de filosofia constitui-se em tarefa que pode ser pensada em múltiplos registros e a partir de distintas
perspectivas, que orientam e determinam vias para a percepção dessa tarefa, ora como um problema insolúvel, ora como
parte de um esforço para enfrentar certos problemas insolúveis. Parece relevante para essa análise distinguir entre campos
de ação, primeiramente o campo da formação continuada de professores, e, posteriormente, pensar em relação ao campo
de ação vinculado exclusivamente à formação inicial de professores. Nesse sentido, esta comunicação busca apresentar e
analisar indicadores que transitam entre essas duas modalidades de ações vinculadas à formação de professores, a partir
das recentes experiências realizadas na Universidade de Brasília. Na UnB, o Programa de Avaliação Seriada, PAS/UnB,
além de constituir-se em modalidade de ingresso alternativa ao vestibular, fundamenta e institucionaliza um conjunto de
Fóruns Permanentes de interação educacional, a partir dos quais é possível desenvolver projetos de extensão universitária,
orientados tanto para a formação contínua de professores em exercício, como para projetos protagonizados por estudantes
dos cursos de licenciatura. Apesar de incipientes, essas experiências com a formação inicial de professores de filosofia
na UnB, vinculadas ao Fórum Permanente de Estudantes e suas orientações, vêm se mostrando positivas e promissoras.
Ao compartilhar impressões singulares e análises subjetivas relacionadas ao conjunto dessas experiências na formação
de professores de filosofia, esta comunicação busca inscrever-se e apresentar-se como parte do necessário esforço para
enfrentar certos problemas quase insolúveis vinculados à tarefa de (de)formar professores de filosofia.
Palavras-chave: Educação. Licenciatura. Filosofia. Ensino.
E-mail: rogeriobasali@unb.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 201
Resumo
O ensino contemporâneo se encontra no momento em que a humanidade enfrenta ampla transformação e os educadores
buscam respostas às novas exigências que a sociedade concede à escola, às novas tecnologias, às ciências, à comunicação
e à globalização. Os educadores se deparam com a evidência de problemas causados pela violência, desenvolvimento
econômico, mundialização dos conhecimentos, afetando, assim, as angústias dos educandos, que esperam da escola
respostas para as mesmas. Dessa forma, as necessidades formativas dos professores, por várias vezes, revelam-se na prática
da sala de aula situações que persistem em demonstrar o despreparo do docente frente às dificuldades de relacionar-se
com a cultura, os valores mesclados pela influência da mídia e o contexto dos alunos. Essas transformações enfrentadas
pelos discentes e docentes, instigam discussões para rever a formação do professor de filosofia. Sendo assim, a partir
da experiência na sala de aula e pressupostos teóricos analisados, o texto aborda uma reflexão sobre a docência de
filosofia no ensino médio, tendo como objetivo analisar o ensino e as necessidades formativas do professor de filosofia,
proporcionando uma apreciação da prática docente no nível médio. Dessa forma, discute-se a Filosofia como disciplina,
observando os desafios educacionais na formação do professor atuante no ensino, considerando o papel da filosofia
na reconstrução da prática docente. Constata assim, a importância de uma discussão sobre a ação docente no processo
ensino-aprendizagem do ensino médio, contemplando os desafios da sociedade contemporânea, visto reconhecer o
educando de forma global, compreendendo-o como agente ativo e transformador da sociedade em que vive.
Palavras-chave: Necessidade formativa. Ensino médio. Filosofia. Professor.
E-mails: suenynobrega@hotmail.com ; dedasouza1@gmail.com; zuben@uol.com.br
202 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O trabalho a que se refere este resumo intitula-se “O perfil do docente de Filosofia do nível médio na rede pública
de ensino de Arapiraca e adjacências” e encontra-se estruturado sob a forma de um Relatório de Projeto de Pesquisa
vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (PIBIC-Jr) 2011 da UFAL, sob a tutela
programática das pró-reitorias estudantil e de pós-graduação e destinada ao Campus Arapiraca e polos adjacentes. Em
parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e a Secretaria de Educação, ambas do Estado de Alagoas, os autores
do presente trabalho desenvolveram, durante o período de 30/03/2011 a 30/03/2012, uma investigação em torno das
demandas por ações formativas do profissional em ensino da Filosofia junto aos professores que atualmente lecionam
nessa área de conhecimento em nível médio da rede pública de ensino no Município de Arapiraca e adjacências, colhendo,
através da pesquisa, contribuições para reflexões e encaminhamentos operacionais em torno da formação da docência
em Filosofia no território assinalado.
Palavras-chave: Educação. Filosofia. Legislação.
E-mail: isralexandria@gmail.com
204 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
A formação de professores requer uma experiência prática que possibilite o conhecimento sobre o ambiente escolar,
conferindo-lhe uma experiência na realização de atividades de ensino, nas assistências, no planejamento, na metodologia
e na pesquisa. Deste modo, almejamos contribuir para a discussão sobre o ensino de filosofia no ensino médio e da
organização desse saber em sala de aula tomando o relato de experiência do subprojeto de filosofia do PIBID UFRN.
Dentre as atividades realizadas no ano de 2012 destacamos as intervenções dos bolsistas em sala de aula e a produção
de material didático, principalmente, o produto intitulado “Jornal do Adoidecente”, apontando a importância na prática
pedagógica da criação de material didático. Acreditamos que essa prática deve primar pela produção de material didático
em analogia com os problemas mais recorrentes na sociedade atual, relacionando-os com o conteúdo da história da
filosofia. Defendemos que a postura pedagógica do professor de filosofia exige a criação de material didático condizente
com os problemas específicos de determinada escola e de determinada sociedade.
Palavras-chave: PIBID. Ensino de filosofia. Organização.
E-mail: camilo.bruno@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 205
Resumo
O presente trabalho intitulado “O ensino de filosofia na modalidade de jovens e adultos na unidade de ensino do SESC
Campina Grande”, pesquisa em processo de construção, por fazer parte do meu trabalho de TCC. A Filosofia por ser
uma disciplina que causa estranhamentos e espanto por parte de uma parcela significativa dos estudantes do ensino
médio, especificamente quando se trata do EJA. Normalmente, esses estudantes veem a Filosofia ou como algo muito
difícil e, muito distante de sua realidade. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade especifica da Educação
Básica que se propõe a atender a um público ao qual foi negado o direito à educação durante a infância e/ou adolescência
seja pela oferta irregular de vagas, seja pelas inadequações do sistema de ensino ou pelas condições socioeconômicas
desfavoráveis. A EJA é uma modalidade de ensino que sente com mais intensidade as interferências dos fatores concretos
do mercado de trabalho, do cotidiano da exclusão, imposto pelo sistema capitalista aos que fazem parte das camadas
mais pobres da sociedade. Ao mesmo tempo, ela é um tema ainda pouco focado, e por isso as discussões, os estudos e as
contribuições ainda são escassas. A EJA prescinde a ideia enquanto modalidade educativa pautada sobre o discernimento
de que seus personagens principais são aqueles em busca de recuperar o tempo perdido como sistema compensatório.
No sentido de buscar subsídios que demonstrem a importância do EJA, procuramos desenvolver uma pesquisa de campo
aliada a uma pesquisa bibliográfica de referência para EJA no Brasil, com o objetivo de compreender os aspectos que
marcam essa relevância na vida dos que estão diretamente envolvidos no seu fazer.
Palavras-chave: EJA. Ensino. Filosofia. SESC.
E-mail: professor_fabioalves@hotmail.com
206 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O cerne da relação ensino-aprendizagem é fazer com que o educando, ao final de uma determinada etapa de estudo,
não represente exclusivamente mão-de-obra, mas que tenha competência suficiente para refletir, opinar e tomar decisões
com base no arcabouço de experiências escolares e não-escolares. Dessa maneira, é da natureza da atividade do docente
de Filosofia, no ensino médio, proceder à inicial mediação reflexiva e crítica entre as transformações sociais concretas
e a formação humana discente através do exercício de situações complexas. A partir desse entendimento, a pesquisa
exploratória, com o auxílio de um roteiro de observação e da análise de informações levantadas com os docentes,
buscou visualizar o grau de desenvolvimento das competências apontadas pelo sociólogo francês Philippe Perrenoud na
prática pedagógica dos professores de Filosofia nas Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) - Recife Norte,
pertencentes à rede pública estadual de ensino do Estado de Pernambuco, sejam elas explícitas e notáveis durante as
aulas ou mesmo implícitas, nas relações educador-educandos, nas avaliações e no cotidiano da sala de aula. Percebeu-se,
ao final da pesquisa, que, mesmo tomando o conhecimento, no campo da Didática, da relação teoria/prática envolvendo
as competências, com a possibilidade de uma construção crítica e coletiva dos estudos em sala de aula e da mediação na
relação do saber filosófico com os educandos, o ensino da Filosofia nas EREMs ainda está longe do pleno caminho para
o seu desenvolvimento no âmbito daquilo que se pressupõe, por exemplo, nos Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ensino Médio (PCNEM) e nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Ciências Humanas e suas Tecnologias,
sendo apontados como possíveis fatores para essa distorção entre os documentos e a prática pedagógica, por exemplo, o
despreparo epistemológico docente e a falta de profissionais formados na área.
Palavras-chave: Competências. Ensino de Filosofia. Ensino Médio.
E-mail:fab.mb@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 207
Resumo
A partir de minha experiência como bolsista do PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
- é comum notar que, nas aulas de filosofia de ensino médio, alguns estudantes não se identificam ou até mesmo são
indiferentes aos problemas postos pela Filosofia. Este fato pode ser abordado sob várias perspectivas teóricas, mas a
proposta que apresentamos é a de tratá-lo a partir de alguns aspectos da concepção materialista da história de Karl Marx,
sob a qual se engendra um movimento dialético que apenas se elucida na unificação sintética das contradições. Com
isso, procuramos trazer para o campo da educação suas reflexões acerca das relações sociais circunscritas na sociedade
capitalista, visto que a prática pedagógica está, nesse modo de produção, estruturalmente subordinada às demandas do
mercado de trabalho. Não temos a pretensão e nem conseguiríamos, em um artigo, esgotar os problemas apontados nesse
trabalho. O que traremos à tona são algumas questões fundamentais sobre a disciplina de filosofia no ensino médio e o
modo como ela é colocada nesse modelo de produção capitalista.
Palavras-Chaves: Filosofia. Educação. Capitalismo. Ensino Médio.
E-mail: fernando.cirino@yahoo.com
208 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Introdução: a universidade na escola. Relato crítico sobre a estrutura e o funcionamento do projeto PIBID-CAPES, como
vem sendo desenvolvido pelo Departamento de Filosofia da UFRJ. Relato de experiência: o problema dos universais e
os silogismos. Relato de prática pedagógica ao ministrar dinâmicas em áreas duras da filosofia como lógica e metafísica.
A relação entre ensino e pesquisa. Um relato breve da experiência na aplicação dos módulos “O problema dos universais
– O que é Rock’n’roll?” e “Silogismos – O que é um argumento?” por mim desenvolvidos em turmas do Ensino Médio
do Colégio Estadual André Maurois (Rio de Janeiro, RJ). Como coadunar o emponderamento da expressividade e da
opinião crítica do aluno e de suas capacidades argumentativas sem que se estimule uma visão relativista de filosofia
como doxa: o papel da lógica e da metafísica no ensino de filosofia. Conclusão: a escola na universidade. Formação e
fomento à docência. PIBID: Uma prática docente diferente. Quais as principais diferenças entre a experiência PIBID e
o estágio docente? De que forma se pode dizer que o PIBID fomenta a docência? O PIBID na formação dos futuros
professores de filosofia. Relação estreita entre ensino e pesquisa como condição primordial à formação de professores
bem qualificados para uma concepção arrojada do ensino de filosofia. A especificidade do ensino de filosofia, o ensino de
filosofia como problema filosófico: como se aprende filosofia?
E-mail: ftrizotto@gmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 209
Resumo
A presente comunicação tem como objetivo central, apresentar as contribuições pedagógicas encontradas pelo nosso
grupo, o PIBID 2 ( filosofia – Universidade Estadual de Londrina). Em nossa apresentação serão abordadas as leituras
feitas antes da pesquisa, à pesquisa propriamente dita, assim como as conclusões em grupo chegadas. Nosso PIBID
2, realizou em 2011 uma pesquisa quanti-qualitativa que procurava auferir dados os quais indicassem a visão que os
alunos de ensino-médio possuem da filosofia e a opinião dos mesmos em relação a didática do professor. Esta pesquisa
obviamente foi realizada em um número reduzido de pessoas, centrada em dois colégios da cidade de Londrina – PR, a
saber, Maria do Rosário Castaldi e Benedita Rosa Rezende, sendo este o colégio o qual participei da aplicação e posterior
quantificação e tabulação dos dados. Mostraremos, por meio de slides, todo o processo de quantificação e tabulação de
dados elaborados pelo grupo, assim como nossas conclusões que, como será apresentado têm como objetivo final a
produção de um material didático.
Palavras-chave: PIBID 2. Contribuições. Objetivos.
E-mail: heitor.tanus@gmail.com
210 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Este trabalho aborda a questão do ensino de Filosofia no Brasil com base na Lei 11.864/2008 e na experiência do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID. Sua construção se fundamenta em dois anos de inserção como
bolsista – 2010/2011 – em uma escola pública na cidade de Salvador/BA. A base de análise está no projeto Mapeando o
Ensino de Filosofia, que realizou uma pesquisa com estudantes e professores da escola sobre o ensino desta disciplina; o
projeto Monitoria na Escola e o Grupo de Estudos sobre o Ensino de Filosofia. As metodologias empregadas foram a
Análise de Dados; Pesquisa Participante e Pesquisa Bibliográfica. Como resultado, formam publicados e apresentados em
eventos de cunho nacional e internacional diversos trabalhos, com destaque para: Ensinar-aprender Filosofia na escola:
a experiência brasileira do PIBID;Mapeando Novos Tempos de Ensinar-Aprender Filosofia: experiências do PIBID e o
livro Diálogos Abertos – em fase de publicação - pontuado com reflexões dos bolsistas sobre a experiência na escola e o
ensino de filosofia.
Palavras-chave: Formação do professor. PIBID de Filosofa. Ensino de Filosofia.
E-mail:veraluciamutti@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 211
Resumo
Este artigo é fruto de uma pesquisa exploratória cujas linhas começaram a serem traçadas no Centro de Ciências
Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) cujo objetivo fora
verificar a contrução de novos princípios para o ensino de filosofia contemplando a pesquisa e a extensão no processo
que denominamos “vivência dialógica”. No desenvolvimento deste estudo destacamos formas “avessas”, ao “reves”
ao ensino tradicional da filosofia que não se inicia pela formação dos sentidos base de todo raciocinar filosófico. Na
pesquisa foi necessário tomar como referência um pensador capaz de rematar por completo as possibilidades de um
modelo de educação que atribui a razão uma dimensão dialética. Este pensador foi o filosofo espanhol Manuel Garcia
Morente com a ideia de “vivência” que perfaz o conjunto das experiências, das vivências cheia de sentidos.Morente
esforçar-se para mostrar que na “vivência filosófica” a formação dos sentidos refulge de modo concreto numa atitude
intelectual ativa, numa força vital operativa gerada não por ações e procedimentos baseadas em relações instrumentais,
mas pelo sentimento originado pelas sensações que faz com que os discentes possam “viver a filosofia” penetrando nela
para explorar seu território mediante atividades de ensino interligadas. Os resultados até aqui identificados aponta para
sensibilização como um dos princípios para o ensino da filosofia “inerte” e absolutamente avessoa pesquisa e a extensão
cujas conexões podem dar sentido de “experiências vivenciadas” no plano teórico-prático com potencialidade formadora.
Palavras-chave: Ensino de filosofia. Vivência. Pesquisa. Extensão.
212 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
O TRABALHO DOCENTE:
PROFISSÃO OU MISSÃO?
Resumo
Os fins atualmente propostos pelo trabalho de docência escolar, embora seja considerado um importante componente
do projeto civilizatório do século XXI, parece estar fundamentado em antigas idealizações metafísicas que impedem
sua equalização laica no plano político das demais profissões; ao desmedido desejo docente de levar a cabo sua missão
salvífica dos males sociais corresponde um fracasso colossal. Em face desse desajuste, o presente artigo visa propor uma
reflexão sobre a consciência que os trabalhadores docentes produzem acerca do sofrimento existencial em sua condição
humana e profissional e demonstra, através de uma pesquisa realizada com um grupo de 122 professores da rede pública,
como o discurso deste trabalhador pode refletir incorporações pessoais da missão salvífica e seu correspondente fracasso
nas respostas à pergunta: o que mais o incomoda em sua profissão?
Palavras-chave: consciência, trabalho, escola.
E-mail: isralexandria@gmail.com
214 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
O “2º Congresso Brasileiro de Professores de Filosofia” que será realizado no mês de dezembro deste ano, pode ser
considerado um evento de comemoração do primeiro ano da volta da obrigatoriedade da inclusão da Filosofia como
disciplina no Ensino Médio. Na condição de licenciando em Filosofia, estagiário e futuro educador, desenvolvi este
trabalho com o propósito de apresentar resultados de um ano e meio de pesquisas e abordagens realizadas na Escola
Estadual Governador Walfredo Gurgel, em Natal/RN, em duas turmas do 3º ano do Ensino Médio. Foram várias as
experiências realizadas nas turmas utilizando técnicas, métodos e formas de abordagens com suporte nos conhecimentos
obtido na leitura e discussões sobre o pensamento de autores dedicados à educação (principalmente a Filosofia na escola).
Os desafios existiram e existem, uma vez que a Filosofia, com aproximadamente mil e seiscentos anos e considerada mãe
das demais disciplinas, não passa de uma novata e desconhecida disciplina para a maioria dos alunos. Outro desafio é
harmonizar as necessidades dos alunos concluintes do Ensino Médio (vestibular, ENEM, mercado de trabalho) com os
conhecimentos e reflexões de ordem filosóficas a serem transmitidos em sala de aula.
Palavras-chave: Desafios. Educação. Métodos. Necessidades.
E-mail:jaafp@hotmail.com
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 215
Resumo
O presente texto busca compreender de que maneira a filosofia da ação tem influenciado a filosofia afro-brasileira, e em
que medida a filosofia (afro-brasileira) em diálogo com o conceito de ação, tem “estruturado” e movimentado a filosofia
da educação brasileira. O entendimento de filosofia da ação parte da compreensão de Ricoeur, ou seja, o que interessa
dele é a influência deste conceito na produção do filósofo argentino, Dussel. Por fim, o desdobramento deste na filosofia
da educação brasileira.
Palavras-chave: Ancestralidade. Ação. Ricoeur. Enrique Dussel.
E-mail: lcarlosfsantos@gmail.com
Resumo
Após a realização de pesquisa (LIMA, 2010), propus-me uma investigação prática, através da pesquisa-ação, com os
professores de Filosofia da Diretoria Regional de Ensino da cidade de Miracema do Tocantins – TO. Essa atividade
prática, com duração de dois anos, iniciou-se no segundo semestre de 2008, em curso de extensão intitulado: Leitura
e prática educativa: experiências com o ensino de Filosofia, com os seguintes objetivos: (i) analisar a problemática da leitura
216 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
Resumo
Este artigo pretende apresentar uma reflexão sobre o processo de constituição dos graduandos bolsistas do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) como sujeitos docentes. O termo “sujeito docente” nos parece
adequado, pois assinala um aprendizado que visa a que o aluno se torne sujeito de uma ação e que não apenas padeça
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 217
dela. Para tal, usaremos exemplos de nossa práxis na Escola Estadual Cristiano Machado, num período em que nossa
atuação se deu em diversos âmbitos. Propomo-nos a analisar a construção da “identidade pibidiana”; a dificuldade
de adaptação da linguagem nas oficinas, entendida como, “transposição didática”; o filme e o blog como ferramentas
didáticas, ultrapassando sua função, óbvia, de meio de entretenimento. A partir desses pontos, podemos vislumbrar mais
facilmente o lugar flutuante que ocupa o bolsista na Escola, ora de aprendiz (alguém que está se constituindo como
docente), ora do lugar de quem transmite, ensina algo aos alunos.
Palavras-chave: Identidade Pibidiana. Transposição Didática. Ferramentas Didáticas.
E-mail: ralasfer@gmail.com
escolar. O que leva a necessidade de analisar os conteúdos de livros didáticos e identificar métodos de apresentação
dos conteúdos programáticos da filosofia de modo que desperte o interesse no estudante. A pesquisa documental de
investigação de conteúdos de ética está em desenvolvimento com a consulta em livros didáticos indicados pela Secretaria
de Educação Estadual utilizados no ano de 2012 no ensino médio, dos seguintes autores: Marilena Chauí; Maria Lúcia
Aranha e Maria Helena Pires Martins; Gilberto Cotrim e Mirna Fernandes.
Palavras-chave: Livros didáticos. Ensino de filosofia. Ética.
E-mail: taniarpalhano@gmail.com
Resumo
A presente comunicação tem por objetivo apresentar o desenvolvimento de um módulo no ensino de filosofia dentro do
PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) no Colégio Estadual André Maurois, no Estado do Rio
de Janeiro, tomando como tema a Vaidade, como discussão no campo filosófico da Ética, a partir do seguinte problema:
Vivemos em um mundo em que a vaidade está presente a todo momento em nossas vidas. Neste sentido, perguntamos:
A vaidade é um vício ou uma virtude? Usamos como base para este questionamento em sala de aula os seguintes textos:
“Reflexões sobre a Vaidade dos Homens” de Matias Aires e “Ética a Nicômaco” de Aristóteles. Para dar início a essa
apresentação precisaremos (i) Mostrar como foi a recepção dos alunos em relação ao módulo sobre a vaidade;(ii) Mostrar
o desenvolvimento do módulo em sala de aula (iii) Apresentar os instrumentos usados para a avaliação dos alunos (o
que funciona ou não) (iv) Verificar quais foram os desafios enfrentados para a aplicação do módulo.Para tanto, contamos
com as pesquisas desenvolvidas durante o período de julho de 2011 a dezembro de 2012. Como resultado, esperamos
aprofundar o estudo já desenvolvido na UFRJ.
Palavras-chave: PIBID, Ensino de Filosofia, Ética, Vaidade.
E-mail: sandramizael@yahoo.com.br
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 219
Resumo
A ilusória de a pesquisa em nada se relaciona com o ensino se distancia de um princípio básico do conhecimento: o de
que ele deve ser transmitido. A pesquisa tem como finalidade aprimorar o conhecimento para que este seja posto em
220 CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA
prática, e assim trazer melhorias à educação como um todo. Uma vez dissipada a ideia de que a pesquisa e a docência não
se conciliam, isto é, de que quem fará pesquisa não precisa conhecer técnicas pedagógicas, é necessária uma reavaliação
dos cursos de graduação devido à carência de conteúdos pedagógicos voltados à prática do ensino na grade curricular
dos cursos de filosofia, posto que a reprodução da metodologia dos professores de graduação no Ensino Médio não se
mostra eficaz. A pesquisa pensada com a finalidade de aprimorar o ensino levanta outra questão: a de que a pesquisa não
deve cessar na graduação. No entanto, o que se constata nas escolas da rede básica de educação é que i) os professores
não possuem disponibilidade de tempo para dedicar à pesquisa devido ao número elevado de aulas assumido pelos
professores, uma vez que ii) os professores não são incentivados a dedicar-se à docência quando na graduação e o número
de docentes em filosofia é escasso.
Palavras-chave: Filosofia. Ensino. Pesquisa.
E-mail:vanessakvetikpaes@gmail.com
Resumo
O presente trabalho tem como referência básica os resultados obtidos na realização de uma enquete de Filosofia nos
anos de 2010 e 2011 aplicadas aos alunos do ensino médio da escola E.E.F.M. José de Alencar da cidade de Fortaleza
participante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência – PIBID. A enquete de filosofia teve como
objetivos: a identificação e análise das representações e das práticas dos alunos do ensino médio em relação à disciplina
Filosofia e a presença das atividades do PIBID na escola; também, a enquete serviu como sondagem das preferências
e gostos pessoais dos alunos inseridos cotidianamente dentro da sua cultura. Em nossa pesquisa, através da enquete
procuramos estudar e refletir se as condições contemporâneas da sociedade e da cultura têm interferido na relação que
CADERNO DE RESUMO - 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE FILISÓFIA 221
o estudante possui com a escola e especialmente com a disciplina Filosofia. Interessa-nos compreender, se o aluno se
interessa com o filosofar em sala de aula, se as habilidades de leitura e compreensão do texto filosófico são exercitadas na
aplicação de “unidades didáticas” na sala de filosofia e como o professor-bolsista PIBID propõe seu desenvolvimento.
Palavras-Chave: Aluno. Filosofia. Ensino. Unidades Didáticas. PIBID.
E-mail:wesleyaha@yahoo.com.br