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Uma Falsa “Nova Revelação” no Antigo Século Vinte!!

Existe um livro escrito pelo pastor Jerônimo Onofre da Silveira que é mais que uma
interpretação de textos bíblicos. Pretende completar ainda a revelação dada por Deus. Na
ante capa do livro lemos sua apresentação: “Este livro não é fruto de pesquisas ou de
acúmulo de experiências ministeriais. Tudo o que você ler e constatar em suas páginas é
fruto de uma PODEROSA REVELAÇÃO DE DEUS. Em junho de 1987 Deus me revelou a
mensagem do livro “O DOM DE ADQUIRIR RIQUEZAS” e no mês de novembro de 92, o
Senhor me confiou a revelação sobre os “EXTERMINADORES DE RIQUEZAS”. Pois
bem, o livro que temos em mãos é o segundo e seu conteúdo é a nova interpretação de Joel
1:4 a respeito dos gafanhotos exterminadores. Aqui vemos que não se segue regra
hermenêutica alguma a sério porque já começa por desobedecer o mais importante, que o
apóstolo Paulo chamou de anátema: nova revelação de Deus, em nossos tempos,
completando a Palavra Revelada. Se fôssemos dar lugar a isso então teríamos de levar mais a
sério as revelações dadas a Smith (Mórmons); às dadas para a Sra. White, dos adventistas ou
até mesmo, porque não pensar na possibilidade de Deus estar ajudando alguns espíritas a
psicografarem seus livros? O que fazer do livro do Moon, o “Livro dos Princípios” que inicia
dizendo que a nova revelação mostra que houve um triângulo amoroso e sexual entre Adão,
Eva e Satã?
No livro dos gafanhotos lemos que existem quatro legiões de demônios cuja tarefa é atacar
as riquezas e não são exorcizados através de orações nem jejuns nem pelo nome de Cristo,
mas através do fato de se entregar os dízimos corretamente. Também diz que Deus falou para
ele que a Igreja ajudar ao pobre materialmente não é caridade mas alimentar o diabo.
Defende a tese que somente através do fato de não ser dizimista é que alguém perde riquezas
e então conclui que Jó não era dizimista e quando se tornou, conhecendo melhor a Deus e se
convertendo, é que Deus restituiu tudo para ele.

Porque um livro assim engana a tantos cristãos? Porque os cristãos estão conhecendo muito
pouco do verdadeiro significado dos textos bíblicos; estão fracos na doutrina; não conhecem
as regras da hermenêutica e exegese como deveriam; e, principalmente, porque tais livros
são escritos “baseados” nos textos bíblicos e estes textos, que são respeitados por serem a
Palavra de Deus, continuam a ser respeitados fora do contexto, de forma errada!! Há medo
nos cristãos de sentirem dúvida sobre uma afirmação que se faz citando um texto bíblico, por
mais desconexa que seja!!! Mas os bereanos não tinham medo e olha quem falava para eles:
nada menos que o apóstolo tão honrado aprovado por Deus: Paulo!!

Infelizmente, porém, os doutrinadores, mesmo nas Igrejas mais tradicionais e exigentes no quesito "exegese",
têm desvirtuado o sentido do dízimo porque existe algo em jogo: a arrecadação da Igreja. Uma pessoa de
minhas relações ouviu um pastor presbiteriano, portanto da Igreja que nos orgulhamos sempre em
dizer Sola Fide - Sola Gratia - Sola Scriptura (somente a fé, somente a graça, somente as
Escrituras), dizer para outro: "nós sabemos a verdade, mas não podemos pregar ela toda, pois
precisamos de arrecadar os dízimos". Um professor muito querido, em minha época da faculdade de teologia
dizia: "a Palavra de Deus é como um leão; ela sabe se virar sozinha". Citando este texto não estou enfatizando
que não deva haver livros apologéticos, porque Deus usa seus servos neste mister e é um desafio fazer isto
sem cair no erro do desrespeito aos de fé diferente. O que desejo enfatizar aqui é que o texto bíblico pode e
deve ser explicado na sua melhor claridade conseguida com a luz que temos, sem medo de que algo venha a
nos ser tirado. Na idade média e até início do século vinte ainda, mesmo que pasmemos, alguns líderes
religiosos torciam para o povo não ler a Bíblia, senão poderiam deixar de aceitar alguns dógmas impostos com
o passar dos séculos. Na época da escravidão um dos maiores perigos para os senhores era que seus escravos
deixassem de ser analfabetos; até alguns maridos não queriam que suas esposas ficassem muito "sabidas".
Todo este desrespeito e prejuizo a terceiros são levados a efeito por líderes egoístas e desonestos; ou egoístas
e ignorantes.

A proposta que apresentamos aqui é um estudo do assunto na Palavra de Deus que seguirá método
cronológico. Isto é, vamos começar do Gênesis, fazendo um estudo no Antigo Testamento, seguindo a própria
cronologia da revelação. Depois passamos ao Novo Testamento, estudamos os Evangelhos, observando o
lançamento dos princípios norteadores, a respeito do assunto estudado, da Nova Dispensação, feito por Jesus.
Em seguida avançamos no estudo da prática do Evangelho no livro de Atos e, finalmente, na aplicação dos
princípios dados por Cristo às diversas Igrejas e a várias circunstâncias, assim como a revelação final da
vontade de Deus a respeito do assunto estudado.
No estudo do Antigo Testamento o estudante deverá ser paciente ao ver apresentados muitos textos sobre
sacrifícios, holocaustos e outros. Mostraremos, no desenvolver do estudo que tem tudo a ver com os princípios
que regem também os dízimos e as ofertas em dinheiro.
Postado por Gedson LidorioNenhum comentário:

1 - Época Anterior a Moisés


Primeiras manifestações do "dar" e do "receber".

Desde Adão que Deus ensinava aos que se dedicavam a Ele. Não foi de qualquer maneira
que Abel ofereceu sua oferta a Deus. Também Noé sacrificou a Deus, após o dilúvio. Nesta
época podemos pelo menos concluir que Deus aceitava o culto de todos que se achegavam
com fé. Se falou com Noé e com Jó, com certeza falava com quantos queria e orientava no
que queria. Assim, pois, vemos que mesmo antes da lei mosaica dois procedimentos eram
importantes: O relacionamento com Deus e o relacionamento com os homens. Deus se
revelava ao homem através de dons: Deu a existência ao ser humano (criou), deu-lhe roupas
(sacrificando o primeiro animal), dava a chuva, o sol, o alimento, a saúde e a crescente
compreensão do Ser de Deus. Aqueles que alcançavam um bom relacionamento com Deus
ofertavam a si próprios, o seu louvor e ação de graças, seja através de orações ou de sacrifícios.
E quem possuía bom relacionamento com os homens demonstravam isso através do amor
que se provava em ações de caridade, de socorro, etc. Vemos, por exemplo, Abraão sendo
altruísta com relação ao seu sobrinho Ló, deixando que ele escolhesse a melhor parte (no
sentido material) da terra para morar e ainda fazendo guerra para defendê-lo. Depois mostra
como era cheio de amor ao interceder por Sodoma e Gomorra e por seu sobrinho.

Concluímos que um servo de Deus, mesmo na época que antecedeu à lei, era norteado pelo
amor: A Deus e ao próximo. E a manifestação principal deste amor era através de ofertas: A
Deus (sacrifícios, louvor, orações, etc) e ao próximo (afeto, carinho, compreensão, bondade,
paciência, bens materiais como terras, bois, ovelhas e assim por diante). Uma última ênfase
aqui: O amor se revela através do dom, da dádiva (oferta, doação). A natureza se rege através
de leis de dar e receber: O sol joga seus raios para as plantas e elas dão o oxigênio e assim
por diante. É claro que com o pecado a natureza saiu do equilíbrio perfeito no dar e receber.
Este princípio do amor e de sua manifestação no "doar-se" norteia a vida do ser humano
desde sua criação, continua mesmo após a queda e continuará para sempre. Na eternidade
viveremos a plenitude e perfeição do amor, pois será eterna a atividade de dar e receber.

Primeira referência ao dízimo:

Gn 14:20 - "E de tudo lhe deu Abrão o dízimo." Esta é a primeira referência ao dízimo e é
muito interessante. Vejamos:

1- Melquisedeque aqui simbolizava a Cristo.

2- Um dos significados da entrega dos dízimos é que Melquisedeque era sacerdote. Era um
reconhecimento de Abrão deste fato.

3- Mesmo que Abraão tenha entregado o dízimo, antes de haver a lei do mesmo, não significa
que Deus não o estivesse orientando. E, assim, na revelação de Deus à Igreja, este fato fora
preparado para demonstrar que Cristo é de uma linhagem de sacerdócio diferente da de
Abraão, em Levi. Sendo, portanto, superior. Ora, o apóstolo Paulo toma o fato de o dízimo
pertencer aos levitas como argumento de que era um reconhecimento de ser Cristo também
sacerdote, e de uma linhagem superior. Veja Hb 7:1-11. Fica aqui esclarecido já que os
dízimos pertencem principalmente aos levitas.

Jacó aprendeu com seu pai:

Gn 28:22 - Jacó promete a Deus oferecer todos os dízimos. Não estamos aqui para especular.
O que até agora foi revelado sobre o dízimo? Quase nada. Mas os homens na época de Jacó
já tinham costumes referentes ao dízimo. Como se trata do tempo anterior à lei, vamos retirar
daqui as seguintes lições:

1- Fazia parte da mente do povo, à luz de Gn 14:20 e 28:22 entregar os dízimos a Deus, ou
diretamente ou através de alguém que o representasse.

2- Jacó ofereceria a Deus todos seus dízimos. Não sabemos como Deus orientaria sobre o
método. Poderia ser que fosse sacrificando animais e oferecendo manjares e libações.
Poderia ser que entregasse a alguém que fosse considerado sacerdote do Deus altíssimo,
como Melquisedeque. Pode ser que entregasse aos pobres, etc. Ninguém sabe ao certo como
seria.
Postado por Gedson LidorioNenhum comentário:

2 - Em Moisés e Após – Instituição de Algumas Ofertas e Taxas


Instituição da consagração de todos os primogênitos:

Ex 13:2 - Deus consagrou para Ele todo o primogênito, tanto de homens como dos animais.
Deveriam ser devolvidos ao Senhor como oferta dos primogênitos. Todos os primogênitos,
fora os das jumentas que seriam resgatados (trocados) por ovelhas e os dos homens que
seriam também resgatados (através da Tribo de Levi), seriam sacrificados ao Senhor. (Veja
restante do capítulo). Desta forma já existiriam milhares de animais que seriam sacrificados
diariamente.

Os judeus teriam que fazer pelo menos três viagens por ano a Jerusalém:

Ex 23:17 - Incluí aqui este texto para mostrar a dinâmica da vida dos judeus, como seria na
terra prometida, em questão de viagens: Três vezes por ano deveriam se apresentar diante do
Senhor para as festas principais. Guarde bem isso que servirá mais para diante: Os judeus
ocupariam seu tempo em trabalhos, etc. Mas parte deste tempo deveria ser dedicado ao
Senhor. Não somente os sábados, mas em pelo menos três vezes ao ano, deveriam se tornar
peregrinos e irem a Jerusalém. Isso acarretaria despesas de viagens e depesas lá, nos dias que
passassem na presença de Deus. Em Nm 28 e 29 Moisés estabelece detalhes sobre as festas,
os holocaustos, etc.

Instituição da oferta das primícias (oferta não voluntária, isto é, obrigatória):

Ex 23:19 - Aqui vemos o estabelecimento da devolução a Deus das primícias. Não somente
as primícias dos homens e dos animais, isto é, os primogênitos, mas agora, as primícias dos
frutos da terra. Esta lei vem antes da lei dos dízimos. Veja bem, antes estão vindo as leis de
oferecimento a Deus mesmo, diretamente.
As primícias das colheitas deviam ser oferecidas na Páscoa, e nada da nova safra poderia ser
usado enquanto não se fizesse isso, Lev 23:14. A primeira safra de um novo pomar (no 4ª
ano),devia ser dada a Deus, e nenhum fruto daí podia ser usado até que isto se fizesse; a idéia
era a seguinte: a safra era impura até que o seu produto fosse dedicado a Deus. Lição:
Colocar Deus em primeiro lugar na vida (Halley, 133)". Ver ainda Ex 34:26; Lv 23:9-14.

Instituição de taxas "per capitas" destinadas ao Templo:

Ex 30:11-16 - Muito importante esse texto. Aqui Deus estabelece um resgate pessoal para
cada um que fosse contado, um tipo de imposto, uma taxa que seria remanejada diretamente
à tesouraria da Tenda da Congregação, Tabernáculo, depois, Templo em Jerusalém. Note
bem, não é dízimo, mas uma taxa que seria cobrada quando se fizesse o recenseamento dos
filhos de Israel. Esta taxa não era proporcional mas de valor exato e igual para todos: meio
siclo. Um siclo equivalia a 4 denários, que equivalem a 16 centavos de dólar (Halley, 35).
Moisés arrecadou ( Ex 38:25,26) 100 talentos e 1775 siclos, referentes a 603 550 arrolados,
de vinte anos para cima.

Instituição, através do precedente da construção do Tabernáculo, da coleta de ofertas


voluntárias para fins específicos:

Ex 35:4-9 - Deus ordena que sejam recolhidas ofertas para a construção do tabernáculo e diz
que materiais iria necessitar: Ouro, prata, bronze, estofo azul, púrpura, carmesim, linho fino,
etc. Podemos tirar uma lição para hoje: Porque gastar os dízimos dos levitas na construção
de templos? Deus não mandou trazer os dízimos para que fosse construído o tabernáculo e
sim ofertas, que tiveram estas peculiaridades:
1- Foi ordenada por Deus numa época específica, para uma necessidade específica. Moisés
solicitou dando as especificações e a destinação da oferta.

2- Deveria ser voluntária, segundo o que se sentisse no coração: Ex 35:5, 21. Quem movia o
coração e impelia os espíritos para que se fizessem generosas doações? Era Deus.

3- Teria destinação correta e não precisaria de ser substituída por dízimos, indevidamente. Se
a Igreja dedicar os dízimos para o correto uso dos levitas, Deus moverá os corações para
ofertas especiais, segundo Sua vontade.

4- Deus abençoou tanto que foi preciso proibir que se trouxesse mais do que o necessário: Ex
36:6,7!

Instituição de ofertas obrigatórias e voluntárias para sacrifícios:


Lev 1-7 - Aqui nós vamos aprender o que Deus determinou sobre os sacrifícios. Preste
atenção que em alguns casos tudo era queimado, em outros os sacerdotes comiam uma parte,
em outras os ofertantes também comiam. Depois você verá que relação tem tudo isso com os
dízimos também. Note que os dízimos são considerados na Bíblia ofertas e fazem parte de
um princípio geral sobre as ofertas.

Lv 1:1-9 - Holocausto - Tudo é queimado - Nos versos 6 a 9 lemos; "então ele (o ofertante)
esfolará o holocausto e o cortará em seus pedaços. E os filhos de Arão, o sacerdote, porão
fogo sobre o altar, e porão em ordem lenha sobre o fogo. Também os filhos de Arão, o
sacerdote, colocarão em ordem os pedaços, a saber, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que
está no fogo sobre o altar. Porém as entranhas e as pernas o sacerdote as lavará com água; e
queimará tudo isso sobre o altar: é holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao
Senhor".

Lv 2: 1-16 - Ofertas de manjares - Uma porção é queimada, o restante é do sacerdote e seus


filhos - Nos versos 2 e 3 lemos: " Levá-la-á aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais
tomará dela um punhado da flor de farinha, e do seu azeite com todo o seu incenso, e os
queimará como porção memorial sobre o altar: é oferta queimada, de aroma agradável ao
Senhor. O que ficar da oferta de manjares, será de Arão e de seus filhos".

Lv 3:1-17 - Sacrifícios pacíficos - A gordura e os rins eram queimados perante o Senhor. Não
podiam comer gordura nem sangue.

Lv 4:1-35 - Sacrifícios por pecado de Ignorância- A gordura e outras partes eram queimadas
perante o Senhor e o restante queimado fora do arraial, num lugr determinado. Mas não se
comia nada dela.

Até o capítulo sete vai sendo estipulado o que seria do sacerdote e de seus filhos. Note bem:
até aqui, já vemos uma maneira do sacerdote ser alimentado. Mas aqueles que estariam em
serviço. E os que estivessem longe? Como poderiam comprar bens, roupas, etc? E os levitas?
Veremos adiante.
Postado por Gedson LidorioUm comentário:

3 - Instituição dos Dízimos

Lv 27:30 - "Também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo quanto dos frutos das
árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor."

Este texto é singular, pois se trata da instituição dos dízimos. Até aqui Deus deu leis ou abriu
precedentes referentes a ofertas, tanto obrigatórias (primogênitos, primícias), quanto
voluntárias, a exemplo das do tabernáculo. Agora é instituído o dízimo, como lei. Mas por
enquanto está sem as regulamentações necessárias.

Nm 18:21-32 - Aqui inicia-se a regulamentação do dízimo:


Nm 18:21: "Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que
prestam, serviço da Tenda da Congregação".
23,b: "Estatuto perpétuo é este para todas as vossas gerações. E não terão eles nenhuma
herança no meio dos filhos de Israel."
24: "Porque os dízimos dos filhos de Israel, que apresentam ao Senhor em oferta, dei-os por
herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança
terão.

Vejam, irmãos que aqui fica estabelecido o destino dos dízimos, de modo geral. Mas Deus
estabelece ainda o "dízimo dos dízimos":

Nm 18:26: "Também falarás aos levitas, e lhes dirás: Quando receberdes os dízimos da parte
dos filhos de Israel, que vos dei por herança, deles apresentareis uma oferta ao Senhor; os
dízimos dos dízimos".

28,b: "E deles dareis a oferta do Senhor a Arão, o sacerdote". Aqui subtende-se, e é mostrado
depois também, que quando se diz entregar a Arão, refere-se aos seus filhos sacerdotes
também, nas gerações futuras. O Senhor continua determinando e fala que o restante deverá
ser comido em qualquer lugar, pelo levita e sua casa (Nm 18:31).

Até aqui já dá para analisar que temos aprendido mui pouco sobre os dízimos. É claro que no
Novo Testamento, como veremos, o ideal irá muito além da lei da antiga dispensação, mas
isto aqui é a base, para que, caso seja negado o que vai muito além, pelo menos o mínimo
está aqui estipulado. Prossigamos.

Outros objetivos para o dízimo e outras ofertas:

Dt 12 - Este capítulo é também muito importante para nosso estudo, pois lança mais luz para
o entendimento da doutrina dos dízimos e das ofertas. Vemos sendo delineados alguns
motivos que levaram o Senhor Deus a estabelecer as ofertas, holocaustos, dízimos, etc.

Dt 12:5,6 Buscareis o lugar que o Senhor vosso Deus escolher de todas as vossas tribos
(sabemos que seria Jerusalém, de Judá), para alí por o Seu nome e Sua habitação; e para lá
ireis. A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos
dízimos, e a oferta das vossas mãos, e as ofertas votivas (cumprimento de votos), e as ofertas
voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas".

Até aqui vemos que não há nada novo. Mas vamos em frente e vejamos algo singular:

Dt 12:7 - "Lá (em Jerusalém) comereis perante o Senhor vosso Deus, e vos alegrareis em
tudo o que puserdes a vossa mão, vós e as vossas casas (famílias), no que vos tiver abençoado
o Senhor vosso Deus... (12) E vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus, vós, vossos
filhos, vossas filhas, os vossos servos, as vossas servas, e o levita que mora dentro das vossas
cidades, e que não têm porção nem herança convosco".

Mais adiante o Senhor mostra como poderá ser usado o dízimo e as ofertas, lá em Jerusalém.
Alguns acham que existia um outro tipo de dízimo, que seria tirado dos 90% restantes, e que
era usado nas festas. Mas não vemos base para afirmar isso. O importante é que, daqui para
frente sempre vai sendo generalizado e fala-se em dízimos sem dizer quais os tipos, se havia.
Portanto podemos seguir à frente e ver como seriam usados.

Dt 12:17 - "Nas tuas cidades não poderás comer os dízimos do teu cereal, nem do teu vinho,
nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas; nem nenhuma
das tuas ofertas votivas, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as
ofertas das tuas mãos: mas o comerás perante o Senhor teu Deus, no lugar que o Senhor teu
Deus escolher, tu, e teu filho, e tua filha, o teu servo, a tua serva, e o levita que mora na tua
cidade; e perante o Senhor teu Deus te alegrarás em tudo em que puseres a tua mão. Guarda-
te que não desampares o levita todos os teus dias na terra".

Fala mais o Senhor e diz ao judeu que poderá comer de todas as carnes lícitas, que não sejam
dos dízimos, nem das ofertas, em qualquer época e em qualquer lugar (20-25) mas volta a
explicar e confirmar que o dízimo somente será comido perante o Senhor, em
Jerusalém:

12:26,27 - "E virás ao lugar que o Senhor escolher. E oferecerás os teus holocaustos, a carne
e o sangue sobre o altar do Senhor teu Deus; e o sangue dos teus sacrifícios se derramará
sobre o altar do Senhor teu Deus, porém a carne comerás".

Vamos buscar o entendimento. No momento do sacrifício o ofertante podia comer uma parte
do que oferecia a Deus. Era uma comunhão maravilhosa:

-Deus recebendo o aroma suave;

-O sacerdote recebendo sua porção e comendo, no decorrer do dia, ou guardando para a


família, etc.

-O ofertante comendo na presença do Senhor em alegria. Pelo menos numa parte já podemos
dizer que havia mantimento na Casa do Senhor.

Mas, como o ofertante se alimentaria nos dias em que permanecia antes e depois do dia das
ofertas? Estava lá em grande comitiva: seus filhos, noras, genros, servos e servas e os filhos
deles; ainda estavam lá arrolados os levitas que moravam em suas cidades e não tinham
como se alimentarem ali, fora de casa: aí entrava uma parte dos dízimos. Jerusalém é
também, de certo modo, a Casa do Senhor, e estavam na presença do Senhor, quando
estavam em Jerusalém para sua peregrinação; lá podiam comer uma parte dos dízimos, não
tudo. À luz dos textos que lemos e dos que se seguirão vemos que esta parte dos dízimos
retirada era mui pouca, pois somente seria o gasto em Jerusalém, uma vez por ano.
Dt 14:22-29 - Agora vemos que a maior parte dos dízimos, em seus objetivos principais é
regulamentada. O mais importante é que os dízimos (salvo a parte comida em Jerusalém
(14:23) e alguma parte dada a viúvas e pobres) pertence aos levitas. Mesmo que alguma
parte fosse "desviada" deste propósito inicial, vemos com toda clareza que era usado apenas
para alimento, para necessitados, seja porque não tinham herança, seja porque estavam fora
de casa. Vejam os textos abaixo e comprovem de uma vez por todas que dízimo não tem
destinação alguma para construção e outras atividades assim:

Dt 14:27-29 - "Porém não desampararás ao levita que está dentro da tua cidade; pois não tem
parte nem herança contigo. Ao fim de cada três anos tirarás todos os dízimos do fruto do
terceiro ano, e os recolherás na tua cidade. Então virá o levita (pois não tem parte nem
herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva, que estão dentro da tua cidade, e comerão,
e se fartarão, para que o Senhor teu Deus te abençoe em todas as obras que as tuas mãos
fizerem".

Fico pensando em como foram administrados este dízimos. Será que em cada cidade os
levitas, os estangeiros, os órfãos e as viúvas tinham de sair de casa em casa recebendo os
donativos? Pode ser que existiram celeiros e currais públicos onde os juízes de cada
localidade guardavam os dízimos destes terceiros anos e então o "departamento de ação
social"daquele "município" fazia a distribuição de acordo com as necessidades dos
"arrolados". Mas são apenas especulações.

Dt 26 - É mais um capítulo que acrescenta mais luz ainda sobre a entrega dos dízimos aos
levitas. No versos 13 e 14 nós lemos a declaração que o judeu faria na presença do Senhor:
"Dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei o que é consagrado de minha casa, e dei também al
levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva... Dos dízimos não comi no meu luto, e deles
não tirei estando imundo, nem deles dei para a casa de algum morto".
Postado por Gedson LidorioNenhum comentário:

4 - Como Eram Administrados os Dízimos

Os dízimos eram administrados da seguinte forma:

1- Em primeira instância pelo ofertante:

a- Tomava uma parte para si, para comer com sua família em Jerusalém.

b- Entregava outra parte, o que era arrecadado no terceiro ano (portanto 1/3) para os levitas
de sua cidade, estendendo aos estrangeiros, órfãos e viúvas.Pode ser que em algumas cidades
houvesse uma tesouraria para isso, mas quem resolvia a quem entregar era o ofertante. Veja
texto acima.

c- O restante era enviado para Jerusalém onde ficava a maior parte dos levitas e sacerdotes.
Havia tesourarias na Casa do Senhor.

Temos visto tantos servos do Senhor pregando que o crente não pode administrar seu
dízimo!! E tem sido colocada uma carga mui pesada sobre os cristãos que se sentem em
pecado, caso não levem 100% dos dízimos à tesouraria da Igreja, e ao mesmo tempo vêem
pastores, missionários, e outros levitas passando necessidade, sem serem socorridos pelas
Igrejas, que gastam estes dízimos com construções e outros projetos, dinheiro esse roubados
inconscientemente dos levitas, de seus filhos e esposas, deixando de dar a eles o que a Bíblia
enfatiza: fartura. Não seriam os levitas ricos, mas seriam fartos de alimento e de saúde.

2- A segunda maneira de administrar é, portanto, como ficou demonstrado acima, na segunda


instância, isto é, em Jerusalém, pelos tesoureiros que distribuíam os dízimos aos levitas e os
dízimos dos dízimos aos sacerdotes.
Postado por Gedson LidorioUm comentário:

5 - Os Levitas e o Sustento
Os levitas tinham diversos cargos e funções em Jerusalém e outros lugares:

I Cr 23 - Os diversos cargos dos levitas - Ao lermos a Palavra de Deus notamos que os


levitas foram sendo aproveitados em todas as funções que giravam em torno do Templo, da
adoração e das atividades sacras. Eles precisavam dedicar tempo integral e precisavam ser
sustentados. Neste capítulo 23 de I Crônicas vemos que foram contados, na época em que
Davi passava o reino para Salomão, os levitas de trinta anos para cima, isto é, quem poderia
ser consagrado ao ministério, e existiam 38 mil homens!! Pense no número das mulheres e
dos homens com menos de trinta anos!! No verso 4 a 6 lemos : "Destes havia vinte e quatro
mil, para superintenderem a obra da casa do Senhor, seis mil oficiais e juízes, quatro mil
porteiros e quatro mil para louvarem o Senhor com os instrumentos que Davi fez para esse
mister. Davi os repartiu por turnos".

Neste tempo também não se confundia os dízimos e as ofertas. Estes milhares de levitas e
sacerdotes tinham de comer e de sustentar as famílias. Por certo os dízimos continuavam a
entrar para a tesouraria com o objetivo de dar sustento aos levitas, isto é, que houvesse
mantimento na Casa do Senhor!

Quando, no entanto, foi Davi dar início à obra do templo que Salomão levaria adiante, o
povo trouxe ofertas voluntárias para ao templo, como lemos no capítulo 29. No verso 9
lemos que "o povo se alegrou com tudo o que fez voluntariamente; porque de coração
íntegro deram eles liberalmente ao Senhor". E Davi consagrou ao Senhor e disse: "Porque
tudo vem de ti e das tuas mãos to damos (14)".

Abandono dos levitas- Esquecimento dos dízimos - Grande renovação promovida na época
do rei Ezequias:

II Cr 29-31 - Passou-se o tempo e eis que, na época que antecedeu ao rei Ezequias o povo
havia prevaricado contra o Senhor e esquecido suas leis. Haviam fechado as portas do
templo e apagado suas lâmpadas. Onde estavam os levitas e sacerdotes? Provavelmente cada
qual havia se desviado de suas funções que não mais existiam e procuravam ganhar algum
sustento de alguma forma. Dá para imaginar os que seriam sacerdotes e levitas sem herança,
sem pomar para plantarem, sem terras a cultivar, sem gado e tudo o mais, recomeçando um
novo modo de vida, "fazendo tendas" por todos os dias da vida, desamparados do povo de
Deus.

Quando o povo peca se distancia de Deus. Quando o povo se distancia do Senhor desampara
os servos do Senhor, que poderão passar necessidades por causa do pecado do povo. Quando
os ungidos também passam a viver em pecado, tudo piora mais ainda.

Então Ezequias faz grande reunião de sacerdotes e levitas e ordena que abram as portas do
Templo e restabeleçam o culto e se santifiquem. Depois então faz o normal de se esperar:
restabelece a entrega de dízimos e ofertas aos levitas. Em 31:4 e seguintes lemos: "Além
disso ordenou ao povo, moradores de Jerusalém, que contribuísse com sua parte devida aos
sacerdotes e levitas para que pudessem dedicar-se à lei do Senhor... (6) Os filhos de Israel e
de Judá que habitavam as cidades de Judá também trouxeram dízimos... e se fizeram
montões e montões..."

Havia tanta abundância que mandou o rei que preparassem depósitos na casa do Senhor e
estabeleceu tesoureiros para administrarem o que pertencia aos levitas !! Mantimento na
Casa do Senhor é para isso!!

Com o cativeiro babilônico novamente os levitas são esquecidos e os dízimos abandonados.


Nova renovação na época de Neemias:

Ne 7:70-72 O povo judeu quando despertado espiritualmente para servir ao Senhor com boa
vontade sempre era despertado também para ofertas voluntárias.

Ne 10:32 - Terça parte de um siclo "para o serviço do templo".


Ne 10:35 - Primícias à casa do Senhor
Ne 10:37 - Dízimos aos levitas - "os dízimos de nossa terra aos levitas, pois a eles cumpre
receber os dízimos em todas as cidades onde há lavoura."
Ne 10:38 Dízimo dos dízimos dos levitas - "às câmaras da casa do tesouro".
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6 - Lendo Malaquias corretamente

Existem muitos membros de Igrejas Evangélicas que somente conhecem o texto do final de
Malaquias, a respeito dos dízimos. Muitos pregadores e diáconos (nos momentos de
ofertórios), mesmo lendo outros textos, dão ênfase sempre a Malaquias. E ainda por cima,
algo pior, dão ênfase sempre ao fato de "se trazer todos os dízimos à casa do tesouro", e
esquecem-se de explicar o que significa "para que haja mantimento em minha casa", que na
verdade é a comida dos levitas e sacerdotes!!

Agora, façamos uma leitura de todo o livro de Malaquias. Citarei os textos e transcreverei
apenas alguns dos principais deles:

1- O Amor do Senhor por Jacó. 1:1-5


2- O Senhor reprova os Sacerdotes. 1:6-14
"Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e ainda perguntais: Em que te havemos profanado?
Nisto, que pensais: A mesa do Senhor é desprezível.
-Este pão e os animais eram ofertas trazidas para Deus.
Quando trazeis animal cego, para o sacrificardes, não é isso mal? E quando trazeis o coxo ou
o enfermo, não é isso mal?" (1:7,8).
"Pois maldito seja o enganador... oferece ao Senhor um defeituoso"( 1:14).

3- Os sacerdotes são condenados. 2:1-9

"Porque os lábios dos sacerdotes devem guardar o conhecimento... Mas vós vos tendes
desviado do caminho... Por isso também eu vos fiz desprezíveis e indignos diante de todo o
povo..." ( 2:6-9).

Os sacerdotes davam o mal exemplo, oferecendo eles mesmos ofertas injustas ao Senhor.
Eles ensinavam ao povo a serem infiéis. O povo, sendo infiel, deixava de levar os dízimos,
comida dos levitas e dos sacerdotes também. Tudo era caos.

4- Condenação de todos os judeus:

a- Idólatras, que se casaram com gentias idólatras e repudiaram as esposas anteriores, judias,
quebrando assim a aliança que Deus cumpria, feita com o patriarca que buscava descendência
legítima. 2: 10-16.

"Porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com adoradora de
deus estranho. O Senhor eliminará das tendas de Jacó o homem que fizer tal, seja quem for, e o
que apresenta ofertas (sacrifícios, holocaustos, manjares, por voto, etc) ao Senhor dos
Exércitos... Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade
(que era judia), com a qual tu foste desleal... " (2: 11-14).

b- Condenação por vários outros pecados: 3: 5.

c- Condenação pelo roubo dos dízimos e promessa de bênção para quem fizer o contrário. 3:
1-12.
"Eles trarão ao Senhor justas ofertas (depois da vinda de Jesus)... Então a oferta de Judá e de
Jerusalém será agradável ao Senhor... (3: 3,4).
"Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais... Nos dízimos e nas ofertas. Com
maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós a nação toda. Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa, e provai-me nisto, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção
sem medida.

d- Condenação por dizerem palavras duras contra Deus e promessa de bênção para quem fazia
o contrário. 3:13-18.

5- Promessas para o tempo em que Israel viveria seguindo o Sol da Justiça (Jesus). 3:15; 4:1-6.

"Eis que envio o meu mensageiro que preparará o caminho diante de mim. De repente virá
ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança... Eles trarão ao Senhor jutas
ofertas... Então a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias
antigos... (3:1-4)".

" Pois eis que vem o dia, e arde como fornalha... Mas, para vós outros que temeis o meu
nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas". (4: 1,2).

Concluindo o estudo em Malaquias vemos que:

1- Já eram decorridos pelo menos 100 anos depois da volta do Cativeiro Babilônico (Halley)
e o povo estava esperando o Messias, mas se acostumando com uma vida infiel. 400 anos
depois o Messias viria, mas isso significaria juízo para os ímpios.
2- Na época de Neemias houve um reavivamento em que os dízimos foram novamente
redirecionados para que houvesse mantimento para os levitas e sacerdotes, isto é, na Casa de
Deus, em Jerusalém. Agora o povo, que se corrompera, a começar pelos sacerdotes mesmo,
não mais separavam os dízimos. Isto causava muito sofrimento, talvez não para os sacerdotes
mais importantes, que deveriam a esta altura já terem seus jeitos corruptos, mas para os mais
humildes e para os milhares de levitas, que viviam em Jerusalém e arredores e em outras
cidades, como pobres ou executando funções não próprias deles. Assim sendo é bem
provável que não existissem mais tanta ordem no serviço religioso que se formalizara em
aspectos que se coadunavam com a falta de recursos para os levitas.

3- Agora o povo estava novamente corrompido. O culto era profanado pelos próprios
sacerdotes que ofereciam sacrifícios impuros. O povo estava perdido em seus pecados e
esqueciam da fidelidade em todos os sentidos. A corrupção levava cada um a roubar:
- Os sacerdotes roubam a honra do Senhor, oferecendo a Ele sacrifícios impuros.
- Os homens roubavam das esposas legítimas o direito e divorciavam delas, casando-se com
mulheres impuras.
- Os patrões roubavam dos trabalhadores o seu salário.
- Os feiticeiros roubavam a Deus o seu culto e ofereciam culto ao diabo.
- Aqueles que tinham diante de si as viúvas, o pobre e o estrangeiro roubavam deles o direito
de pequena porcentagem dos dízimos.
- Os levitas, nas cidades e em Jerusalém, assim como, dentre eles, os sacerdotes, eram
roubados porque os dízimos não chegavam na Casa de Deus. Assim não podia ser distribuído
proporcionalmente àqueles que deveriam viver desses dízimos.
Assim vemos o quadro completo de como estava Judá 400 anos antes de Cristo. Imaginem,
então, na época de Cristo, quatro séculos depois!!
Postado por Gedson Lidorio2 comentários:

7 - Princípios gerais dados por Deus


A partir de Malaquias e tomando outros textos concluiremos que, portanto, os princípios que
geram as ofertas em geral (está incluído o dízimo) são:

1- Buscar a Deus em primeiro lugar, reconhecer que tudo vem dEle.

2- Exercício da fé em Deus que cuida de todos.

3- Exercício da obediência a Deus.

4- Possibilitar a comunhão em alegria e fartura na presença de Deus: no culto, na adoração,


mostrando Deus que o comerem juntos representava adoração e agradava a Deus: nos
sacrifícios Deus tomava para si o “aroma suave" das ofertas queimadas, o sacerdote tomava
para si sua porção e o ofertante também. Em muitas Igrejas há riquezas nos mármores e
utensílios e pobreza na mesa dos membros!

5- Subsistência para os levitas - Mais referente aos dízimos, providenciar que houvesse
continuamente mantimento na Casa do Senhor, isto é, alimento para os milhares de levitas e
sacerdotes!

As maneiras de usar o dízimo, portanto eram:

a- Dízimo para festas- Uma pequena parte, como a garantia de uma poupança para ser gasta
na presença de Deus, isto é, em Jerusalém. Não deixava de ser santo ao Senhor.

b- Dízimo dos levitas que morassem em cada cidade onde eram recolhidos a cada três anos:
Assim os levitas daquela cidade tinham subsistência. Não se destinaria aos pobres em geral
também, mas seria extensível aos estrangeiros (provavelmente o viajante), órfãos e viúvas.

c- O restante do montante dos dízimos dos dois anos seriam enviados para Jerusalém. Lá é
que estava a maior parte dos levitas (que recebiam dos dízimos) e sacerdotes (que recebiam
dos dízimos dos dízimos), ministrando ou esperando por seus turnos. Eram milhares e
milhares, alimentados dos armazéns da Casa de Deus. Daí, entendemos assim, é que
Malaquias disse precisar haver mantimento na Casa de Deus. Hoje este texto é usado para
arrecadar dízimos que servirão para outras finalidades, enquanto milhares e milhares de
missionários, viúvas de pastores e de missionários, pastores, obreiros em geral e evangelistas
passam por problemas financeiros!

d- Dízimo dos dízimos - Este era o destinado aos sacerdotes, entregues das primícias do que
recebiam dos levitas.

6- Com respeito às necessidades materiais e administrativas do Templo: seriam cobradas


taxas per capitas e recebidas ofertas voluntárias, determinadas por Deus no íntimo de cada
um, para fins específicos.
Postado por Gedson LidorioNenhum comentário:

8 - Aplicando os princípios sob o Evangelho da Graça. Primeira Parte


Os princípios revelados por Deus são imutáveis e podem ser aplicados em todas as épocas.

Já deu para perceber algo neste trabalho: falo mais de princípios do que de leis em si.
Quando se estava na dispensação da lei procurava se cumprir a letra 100% e isto já bastava
para os que queriam ficar desculpados. No entanto existia muito mais profundidade no
pensamento de Deus quando nos deu as leis. Existiam princípios abrangentes e gerais que
subsistiam além da letra. Davi compreendeu bem isso, pois teve fé suficiente para sair da
literalidade da lei e comer os pães da proposição e ainda dar aos seus guerreiros; ele não
pecou porque conhecia o Deus da lei e não somente a lei!! Davi, e outros que tiveram tal fé e
compreensão, estava vivendo previamente o Evangelho da Graça!!

Vivendo no Evangelho da Graça, mas ainda no ambiente da lei: Taxas "per capita" para o
templo:

Mt 17:24-27 - "Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o


imposto das duas dracmas, e perguntaram: Não paga o vosso mestre as duas dracmas? sim,
respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus lhe antecipou dizendo: Simão, que te parece?
De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?
Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo estão isentos os Filhos. Mas para
que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e
abrindo-lhe a boca acharás um estáter. Toma-o, e entrega-lhes por mim e por ti.

Halley explica qual tipo de imposto era:

"Era qual imposto "per capita", para o santuário, exigido de todo homem maior de vinte
anos, Ex 30:11-15. Equivalia a uns 16 cents (moeda americana). Jesus, como Senhor do
Santuário, estava isento. No entanto, afim de que sua atitude para com o Templo não fosse
mal compreendida, pagou o imposto, recorrendo a um milagre para obter o dinheiro"(Halley,
393).

Leiamos também o que comentou Orlando Boyer: "Quanto à origem desse imposto anual,
vede Ex 30:13; II Cr 24:6-9. É claro que não foi um imposto civil, mas apenas um tributo
voluntário para prover as despesas do templo. Note-se, como de costume, não havia dinheiro
na bolsa de Jesus e os doze. Se Cristo, na Sua Onipotência, colocou a moeda na boca do
peixe, ouse, na Sua Onisciência, sabia que o dinheiro estava aí, o milagre é igualmente
grande. O ponto principal da lição é: Jesus, porque é o Filho de Deus, não precisava de pagar
o imposto usado para sustentar os cultos na Casa de Deus, vs 25,26. Jesus concordou em
pagar o tributo somente como uma concessão real (v. 27), acentuando isso por meio do
milagre (Boyer, 185)".

O Evangelho da Graça é muito mais difícil de ser cumprido!

Agora, o melhor de tudo é que o Evangelho da Graça já foi dado. Estamos em sua época e
houve uma mudança de compreensão das leis de Deus. Na verdade o Evangelho exige um
milhão de vezes mais, é mais duro e mais difícil de ser vivido, ao contrário do que pregam
por aí os profetas da prosperidade.

O Evangelho da Graça é puro poder!

O segredo, porém, está no fato de ter sido dado também mais poder ao servo de Deus para
viver este Evangelho. Este poder foi dado muito diferentemente e muito mais ricamente que o
era na antiga dispensação. Foi-nos revelado o mistério do Evangelho. O Segredo da Vida
vitoriosa e assim Deus poderia levar sua Igreja a fazer infinitamente mais do que fazia o
Israel de Deus. Vou explicar melhor:

Primeiramente, como o Evangelho é mais difícil do que a dispensação da lei? Na verdade se


era impossível ao homem cumprir os dez mandamentos, mesmo em sua letra não abrangente,
como ficou mais impossível ainda cumprir o Evangelho por nossas próprias forças!! A
solução está no Segredo de Deus a nós com a revelação do Evangelho da Graça!!

Jesus não revogou a lei de "dente por dente"e olho por olho". Na verdade essa lei somente
deveria ser cumprida após o julgamento necessário. Mas para haver julgamento seria
necessário também acusação. Aí Jesus mostra que Deus, na verdade espera do acusador o
perdão: quando fosse ferido numa face, oferecesse a outra! O soldado romano podia, por lei,
obrigar um cidadão a andar uma milha carregando seus pertences. Jesus falou que se o
cristão fosse obrigado a andar uma milha, fosse duas! Também ensinou que era mais
proveitoso orar pelos inimigos que acusá-los ou buscar vingança.

Mt 2:11 - " Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o
adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra".

É interessante como as primeiras ofertas citadas no N.T. foram entregues a Jesus. No ambiente
do Evangelho da Graça aparece o menino Jesus. Primeiramente não encontra lugar para
nascer, depois é descoberto como o mais pobre das pobres crianças nascidas por ali, pois
nem em casa estava. Os pastores, também pobres no geral, oferecem a adoração ao Rei e
depois de algum tempo os magos do oriente também se oferecem ao Rei, buscando-o, gastando
tempo para achá-lo e mostrando claramente que lhe ofertavam o coração. Ao chegarem na
presença de Cristo praticam um ato simbólico, pois a verdadeira oferta estava em suas vidas
(o princípio de sacrifício vivo vai sendo introduzido) e neste ato simbólico dão o melhor de
seus tesouros.

Mt 5:23 - "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares que teu irmão tem
alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu
irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta".

Há muitos que pensam tratar-se aqui de dinheiro. Pode ser aplicado ao dinheiro, mas o texto
aqui se refere à pessoa que chegou com a ovelhinha para ser ofertada e sacrificada no altar
do templo. Jesus ensina aqui que o simples fato de nos achegarmos à presença a Deus,
oferecendo o nosso culto a Ele, requer que estejamos em paz com todos. Devemos "levantar
mãos santas, sem animosidade". As ofertas em dinheiro, mesmo o dízimo, não fogem à regra
do princípio aqui ensinado: Nossa vida e nossa oferta deve ser fruto do amor.
Postado por Gedson LidorioNenhum comentário:

9 - Aplicando os princípios sob o Evangelho da Graça. Segunda Parte


É exigido mais, porém nos é dado muito mais também!

Dando mais ênfase neste assunto, repitamos: uma característica importante na dispensação
da graça é que nos é exigido muito, mas nos é dado muito também. Na verdade Deus mesmo
é quem cumpriu em Cristo e cumpre a lei por nós, é quem está vivendo em nós, literalmente:
"Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (Gl 2:20)". Quando o fruto do viver de
Cristo em nós, o fruto do Espírito Santo está plenamente revelado em nós, aí há o
cumprimento de toda a vontade de Deus : "Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22,23)."

Baseados no que estamos vendo nos Evangelhos, então a conclusão é que Deus espera
realizar através de nós infinitamente mais do que os judeus realizavam em cumprimento da
letra da lei!! Os princípios de subsistência da Igreja e de seus auxiliares são os mesmos, pois
o Antigo Testamento não foi revogado e tanto Cristo como os Apóstolos nunca disseram que
não valiam os preceitos antigos, ao contrário, os citava normalmente, sem preocupação. É
claro que a lei cerimonial, no que já foi cumprido, não está em vigor na letra da lei, mas
sempre há o resultado dela, aquilo que simbolizava ou mostrava ou o princípio dela em
atividade. Por exemplo: não se oferecem mais cordeiros em holocaustos, porque era sombra
do sacrifício de Cristo. Ora se o superior já está em evidência o inferior que o substituía
provisoriamente deixa de existir. Mas não deixa de existir o efeito que está por trás do
princípio: o sacrifício de Cristo é eficaz o tempo todo e sempre será, por toda a eternidade.
Quando chegamos diante do trono de Deus, nos baseamos no sacrifício que é presente e atual
em seu significado. Quando estamos diante do trono, não existindo na terra mais o altar, pois
não existem mais holocaustos, assim mesmo o nosso coração é um altar oonde se oferecem
os sacrifícios de louvor, o culto racional, que não serve para a salvação de ninguém, nem
para que se perdoe pecados, mas é aquela parte da festa onde o ofertante oferecia o aroma
suave a Deus, o sacerdote se alimentava e alegra e o ofertante também, tudo sendo uma santa
e maravilhosa festa. Nossa vida hoje é uma festa contínua na presença de Deus. Nossas
orações são o incenso e nosso louvor sacrifícios que sobem a Deus como gratidão!!

Se os princípios da subsistência não foram mudados, como então aplicá-los de forma tão rica
e abundante como exige o Evangelho da Graça?

Mt 5:38-42 - "Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo:
Não resistais ao perverso; mas a qualquer que ferir na face direita, volta-lhe também a outra;
e ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te
obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede, e não voltes as costas ao
que deseja que lhe emprestes".

Jesus mostra com mais clareza os princípios onde se baseiam o Evangelho: a justiça, a fé, a
paz e a misericórdia andam juntos:

"Vós fariseus limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e
perversidade. Insensatos, quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior? Antes dai
esmola do que tiverdes e tudo vos será limpo. Mas, ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo
da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, e desprezais a justiça e o amor de Deus.
Deveis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas" (Lc 11:39-42). Em Mt 23:23 lemos
em outras palavras: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da
hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a
justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas. Guias
cegos! que coais o mosquito e engolis o camelo.

Na vivência do Evangelho é bom não escandalizar os pequenos na fé. Se for necessário fazer
um esforço que não se sente obrigado pela consciência, assim mesmo pode fazer baseado na
fé, porque Deus providenciará os meios milagrosamente, se for necessário. Se te pedirem o
paletó, dê até a camisa! Depois ganhamos 10 camisas de Deus!!

Eu tenho acreditado firmemente que a vivência do Evangelho, em princípio, nos leva a ficar
sem "poupança", pelo menos nos dias em que os necessitados nos busquem diretamente. Se
nos pedem do pouco que temos, dividimos e depois Deus acrescenta mais. É vida de fé.
Vamos percebendo claramente que Jesus não espera de nós somente os dez por cento. ele
espera que estejamos sempre dipostos a entregar tudo que temos, se necessário.

É muito fácil, para os ricos, cumprirem com os dez por cento do dízimo do Antigo
Testamento, Este dízimo vai estar sempre sobrando. Mas não é tão fácil assim para o pobre que
recebeu apenas o necessário e não sobraria nada. Assim mesmo, pela fé esse "pobre" (que é
rico da graça) divide, dá muito mais que dez por cento e Deus então faz o pouco que tem se
transformar em muito, à semelhança do azeite da viúva. Fazer o esforço que o pobre faz é
difícil para o rico. Vamos trocar em miúdos:

O texto diz: dá a quem te pede. Imaginemos um pobre morando num bairro pobre. Ele tem
apenas dez reais no bolso. Mora em casa de aluguel e tem poucos víveres em casa. Aí chega
alguém e pede emprestados dez reais. O "pobre", pela fé, dá aqueles dez que tem e fica sem
nada!!
Agora, imaginemos o rico. Está lá em sua fazenda. Tem uma poupança de dez milhões no
banco, uma plantação de cem mil pés de café, e dois mil reais no bolso, além do talão de
cheques. Passa um empregado e pede emprestados dez reais. O rico enfia a mão no bolso,
manda trocar uma nota de cem e, depois, entrega os dez reais. Quem fez mais esforço?

Agora vamos para o momento de entregar o dízimo. Lá está o "pobre" em sua casa. Recebeu
o salário de duzentos e cinqüenta reais. Tem de pagar cento e cinqüenta de aluguel e
cinqüenta de água e luz. O restante não dá para comer o mês inteiro. Não poderá comprar
remédios nem roupas. Toma os dez por cento, vinte e cinco reais e leva para a Igreja. Mas ele
sabe que Deus fez promessas e é fiel. Ele sabe que Deus curará as doenças que chegarem,
que enviará roupas de onde nem imagina e poderá fazer muito mais. Agora, lá está o rico.
Colheu dez milhões de reais em café. Separou um milhão e levou para a igreja ou distribuiu aos
"levitas" (missionários). Quem fez maior esforço?

Agora, quer ver como a coisa fica feia mesmo? Vamos em frente em nosso raciocínio. Todo
mês o rico se encontra com o "pobre" na porta da Igreja. Sabe de todas as necessidades dele,
dos problemas enfrentados com aluguel de casa e tantas coisas mais. Porém apenas
cumprimenta. Um dia chega um irmão que fora rico também e já ajudara muito o nosso rico
aqui e agora está quebrado, devendo muito. Está para entregar o último bem que restou, sua
casa onde mora com a família. Chega para o rico e pede emprestados cem mil reais para
pagar aquela dívida e assim poder ficar com sua casa. O rico fazendeiro tem dez milhões
somente na poupança, lembra? Mas cem mil é muito dinheiro para ele. Não empresta!!

Algum tempo depois este fazendeiro torna-se o tesoureiro da Igreja. Então descobre que o
"pobre" de nossa história ficou dois meses sem entregar o dízimo. Vai ter com ele e conversa.
-Meu irmão, você está sendo infiel. Não entregou o dízimo. Olha, eu sou fiel desde minha
mocidade!! Nunca deixei de entregar o dízimo, por isso é que Deus me abençoa!! Não vê
você? Está aí pobre a vida toda. Também assim Deus nunca poderá abrir as janelas da
bênção. Vê se toma jeito!!

O irmão "pobre" vai para casa arrasado. Será porque aquele rico consegue ser tão fiel e ele
não?? E vive nesta mentira o tempo todo. Na verdade o rico apenas era mais um fariseu dos
que existem hoje em dia! Cuidado, não sejamos assim. Em Lc 21:1-4 encontramos uma
história parecida: Da viúva pobre. Só que Jesus esclareceu aos discípulos e mostrou que ela deu
muito mais que todos! E isso serve de consolo a todos que estiverem em situação de ser
desprezado pelos homens, pelos relatórios afixados nas paredes dos templos, etc: Jesus
conhece a verdade e isso basta!
E se o rico resolvesse fazer um esforço como o pobre tem feito? Teria que dar toda a sua
poupança, toda sua fazenda, tudo que tem, para sentir o que o pobre sentiu!! Jesus é enfático
neste ponto:
"Dai e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante generosamente vos
darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também"( 6:38). "Não
acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde
ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem
ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque onde está o teu tesouro, aí
estará também o teu coração". Mt 6:19-21.

Será que não podemos ser ricos? Deus quer que nos esforcemos para juntar riquezas
espirituais. E que nos esforcemos para ganhar o nosso pão de cada dia. Não é para colocar
como objetivo o juntar riquezas. Se elas vierem, são de Deus, estarão sendo cuidadas por
você. Deus então dirá: Entregue tanto para minha obra, você entrega. Dê tanto àquele pobre,
você dá. Compre a casa para aquela viúva, e você compra. Ajude a fundar aquela missão, e
você ajuda. Compre um carro novo para você!! Posso? Sim, compre. E você compra!! Assim
o tesouro seu não é o da terra, mas o do Céu!! Para amadurecer mais neste princípio estude a
parábola das dez minas em Lc 19:11-27.

O moço rico pensava que cumpria todos os dez mandamentos, mas deixava de cumprir o
primeiro!! Era idólatra! Seu deus era o dinheiro e seu tesouro estava na terra. Jesus então deu
a ele a receita para acabar com o problema: " Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens,
dá aos pobres, e terás um tesouro nos céu; depois, vem, e segue-me" (Mt 19:21). Mas houve
alguém que passou no teste: Zaqueu!! Você conhece sua história. Também o bom samaritano
da parábola viveu o princípio correto ensinado por Jesus (Lc 10:34,35).

João Batista, em sua pregação preparando o povo para a vinda do Messias já ensinava o que
Cristo ensinaria: "Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida
faça o mesmo " (Lc 3:11).

Mas para isso ser feito e vivenciado na prática é necessário : "Amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl
5:22,23)." Que geram bom senso, sabedoria e altruísmo. Jogam fora o egoísmo: "Porque tive
fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes;
estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; preso e foste ver-me" ( Mt 25:35).
Postado por Gedson LidorioNenhum comentário:

10- Aplicando os princípios sob o Evangelho da Graça.Terceira Parte


Aplicando ao ambiente do Cristianismo nós percebemos ainda:

1- Jesus não condenou que se cobrasse a taxa do texto citado anteriormente. No entanto
demonstrou que não se sentia obrigado a entregar por ser o Senhor do Templo e ser maior
que o Templo. Pelo menos assim entende comentaristas que também pesquisaram muitos
outros.

2- Daí podemos concluir que uma Igreja pode estabelecer uma taxa "per capita" para sugerir
aos membros uma quantia pequena (estas taxas sempre eram pequenas, centavos ) que seria
entregue voluntariamente e não por constrangimento, para que se pague as contas de água e
luz, material de limpeza, etc. mas se não o fizer também não erra nisso, pois existem outros
meios de se receber ofertas para este mister (mas não do dízimo, que pertence aos levitas).

3- O crente não mais tem obrigações para com o Templo de Jerusalém, pois cada um é o
Templo do Espírito Santo. O princípio aqui aprendido mostra que uma Igreja Local pode
muito bem sugerir maneiras de se ofertar mas não exigir que se cumpra como lei. Nem
mesmo pode fiscalizar a entrega dos dízimos nem coagir, através de promessas de
disciplinas, a quem não o faz.

4- Por outro lado a Igreja tem o papel de discipuladora dos novatos e deve ensinar o
Evangelho em sua plenitude. Uma vez aprendido de verdade o crente, tocado por Deus, fará
infinitamente mais do que qualquer lei eclesiástica poderia exigir!! Daí concluirmos que,
infelizmente, não se tem ensinado correta e profundamente o Evangelho, pois existe
exigências legais, coações, ameaças por parte dos "coletores" eclesiásticos. E o medo
erradamente leva o crente a cooperar. Também existem falsas promessas de prosperidade
baseados no simples fato de se obedecer por medo ou por negociata com Deus. Assim
existem membros que entregam muito mais que o dízimo e não são reconhecidos, porque
não alardeiam nem querem ser notados e outros que entregam apenas o mínimo que suas
consciências exigem e são glorificados pelos homens!

Alguém, a esta altura poderia incorrer no erro de precipitar-se e julgar erradamente o que
estou escrevendo. Mais para frente você notará que somos levados a fazer muito mais que
qualquer lei possa exigir e vamos mostrar como realmente é bom começar com o mínimo,
isto é, com o dízimo, mas deve ficar claro o princípio do valor do Evangelho que é superior ao
valor da letra da lei.
A oferta da viúva pobre, citada anteriormente (Lc 21:1-4) é um exemplo de como Jesus
estava ensinando o valor verdadeiro que Deus dá aos nossos esforços; que muitas boas ações
ficam ocultas e somente Deus sabe; que muitas "grandes ações" aos olhos humanos na
verdade é fruto do orgulho e serve apenas para vanglória, etc.

E assim Jesus deu ênfase nos princípios que fazem o Evangelho ser vivenciado de forma plena
e frutificando numa visão de riqueza e abundância material não para si, mas para o próximo,
proveniente do amor. Prepare-se nesta visão, leitor, para entendermos a vida de amor da
Igreja descrita pelo livro dos Atos.

Debaixo do Evangelho: maior abundância ainda na Igreja de Cristo:

Vamos em frente neste nosso estudo cronológico e vejamos o que aconteceu com a nascente
Igreja. Estamos adentrando agora o livro dos Atos dos Apóstolos. A igreja é iniciada de
forma oficial quando o Espírito Santo vem para habitar nela. Após o Batismo os cristãos, que
receberam poder para de fato levar avante o testemunho do Evangelho, passam a agir em
todos os sentidos na plenitude do fruto do Espírito Santo que os havia enchido, que
transbordava neles:
"Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio
próprio (Gl 5:22,23)."

Aqui está a base para a vida no Evangelho. A base para a relação com Deus, para a relação
com os irmãos e com os necessitados, sejam espiritual ou materialmente. Antes de
analisarmos o que aconteceu vamos deixar claro, sem medo, sem preconceitos, sem amarras,
o seguinte, que é difícil de se dizer em nosso tempo, mas é a Verdade:

1- Existe alguma vez que Jesus falou diretamente aos discípulos que deveriam entregar
dízimos? Que fosse registrado, não. Quando falou aos farisues o fez de forma que
demonstrou ser algo normal alguém cumprir com as leis do A.T. e mostrou a eles que
deveriam ir muito mais além, se queriam ser chamados de justos.

2- Mas existe algum lugar no Novo Testamento em que Jesus revoga as leis do dízimo? Não.
Na verdade sempre Jesus esclarecia mais ainda as leis e acrescentava o sentido mais profundo e
espiritual delas. Poderíamos até mesmo ouvir Jesus falando, baseado em outras palavras:
"Ouviste o que foi dito, trarás todos os dízimos à casa de Deus. Eu porém vos digo, tragam
dez vezes mais que os dízimos e tereis um tesouro nos Céus!" Muitos sairiam tristes "por
serem donos de muitas propriedades".

Seria muito comum e normal que a Igreja continuasse a receber dízimos para distribuição
entre os "presbíteros dignos de dobrados honorários " (I Tm 5:17,18), entre os missionários,
pastores e outros "levitas" da Igreja Cristã, ou para os necessitados. Mas, baseado na Palavra
de Deus, não seria normal que as Igrejas locais recebessem dízimos para gastarem com
pedras e tijolos, enquanto muitos padeciam necessidade e os apóstolos e pastores precisavam
de sustento!!

3- Em qualquer livro do Novo Testamento mostra Igrejas que estabeleceram a


obrigatoriedade dos dízimos? Não. Mas vemos algo bem parecido em I Co 16:1-4, mas fruto da
vontade de cada um, segundo Deus toca, comentado adiante. E o autor de Hebreus fala muito
normalmente sobre dízimos, em Hb 7:6, referindo ao fato de Abrão ter entregue os dízimos a
Melquisedeque. Temos também exemplos de Igrejas que socorriam umas às outras com grande
esforço e sacrifício!!

4- Em qualquer livro do Novo Testamento existe algum relato de pessoas sendo disciplinadas
por não entregarem o dízimo ou ofertas? Não! Houve o caso de Ananias e Safira que foram
disciplinados porque mentiram fazendo de conta que imitavam aos outros, entregando tudo que
possuíam, e retendo parte. Estavam buscando "status" na Igreja, nome de pessoas bondosas,
etc. A mentira é que foi o motivo da disciplina. Pedro esclarece bem o fato, que não tinham
obrigação de entregar: retendo seria deles. Mas mentiram. Atos 5:2-11.

Não engane o leitor em pensar que estou sugerindo que não se devem pregar sobre a
obediência na entrega dos dízimos e que não se devem recebê-los. Mas estamos estudando a
Palavra juntos, mostrando que existem muitos erros praticados nesse assunto e que muitos
"levitas" estão passando necessidades por erro da Igreja.

Agora, vejamos Atos:

Atos 4:32 a 5:4 - "Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém
considerava exclusivamente sua nenhuma das cousas que possuía; tudo, porém, lhes era
comum...

Que diferença o Evangelho faz, quando vivido em plenitude. É claro que nem sempre vamos
encontrar, na história da Igreja, algo assim. Somente em dias de reavivamento, pois no
normal a Igreja não tem vivido tão cheia do Espírito Santo assim. Este tipo de vida não é fruto
de leis, de conceitos, de razões administrativas, de concílios: é fruto da vida que é cheia do
Espírito Santo, fruto da plenitude.

Se alguma comunidade, em qualquer lugar do mundo ficar na plenitude do Espírito Santo de


tal forma que venha transbordar num grande mover do Espírito, é certíssimo que
transbordará também o fruto do Espírito:

"Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio


próprio (Gl 5:22,23)."

E é claro que o resultado será exatamente como vemos no livro de Atos, aplicadas às
necessidades circunstanciais pelo Espírito Santo de Deus!! Tem pessoas dizendo que sua
Igreja é como a de Atos: olhe ao seu redor e comprove!

... Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas,
vendendo-as, traziam os valores correspondentes, e depositavam aos pés dos apóstolos;
então se distribuía a qualquer um, à medida que alguém tinha necessidade.

Com o desenvolver da pregação em Jerusalém, com os milagres e tudo o mais, não somente
os viajantes que tinham ido para a festa do Pentecostes precisavam de auxílio, mas muitos de
lá mesmo que se convertiam. Muitos pobres e necessitados de todas as maneiras. Depois
começaram ainda a vir pessoas das cidades vizinhas (5:16) e a multidão foi somente
aumentando.

Alguns poderão considerar que havia tantas doações porque havia muita gente e que poderia
acontecer em qualquer época. Isto não é verdade, pois existem muitas pessoas necessitadas
aos quais Deus destinou os dízimos de muitas Igrejas, e estão no esquecimento. Até mesmo os
congressos onde vão os abastados são proibidos aos de menos posses entre o povo de Deus.
Centenas de pastores e membros desejam ardentemente participarem de congressos da
Vinde, da Sepal, das denominações, da Mocidade para Cristo, etc, e não podem porque não
há distribuição da riqueza material da Igreja!! Na verdade, muitos que vão a tais lugares são
exatamente os que desejam fazer apenas turismo!!
Existia muita gente fora de casa sim, mas suponhamos que todos entregassem somente seus
dízimos. Primeiramente que uma grande parte não seria entregue aos apóstolos que
representavam, na mente dos novos convertidos, os tesoureiros do templo, mas diretamente
distribuída aos cristãos levitas, isto é aos pregadores e obreiros, para que tivessem sustento.
Logo acabaria e estes ficariam sem sustento, lá em Jerusalém. A parte dos dízimos que a lei
determinava fosse levada para o Templo (2/3, menos o que o próprio ofertante comeria com
sua família lá em Jerusalém), então seria entregue aos apóstolos, que por sua vez, lembrariam
do Antigo Testamento e destinariam estes proventos para os levitas, isto é, a comida para eles
mesmos e para os pregadores, como o próprio Barnabé que era levita duas vezes, como judeu
e como missionário . A multidão dos que peregrinavam na festa seriam conclamados a
voltarem na data certa. Cada qual teria parte de seu dízimo para comer ainda nos dias normais
de estarem ali. Eles então sairiam tristes pois queriam permanecer mais tempo, mas não
havia comida. Os necessitados não seriam socorridos de forma tão abundante como
aconteceu.

Quando os discípulos, movidos na plenitude do Espírito Santo, resolveram acatar a lei do


dízimo e das ofertas, aplicando-a ao novo modo de vida da Igreja, tão alegres estavam que a
vontade era de fazer infinitamente mais que a letra da lei especificava. Daí as doações de
campos, casas, etc. Assim os apóstolos viram que podiam dar o que fosse dos levitas e
sobraria para todos os outros necessitados. Não somente levitas; não somente órfãos; não
somente viajantes; não somente viúvas, mas todos necessitados! Chegou ao ponto de doarem
tudo, o que parece ser o caso de Barnabé:

... José , a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer, filho da
exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o
depositou aos pés dos apóstolos.

Não tardou, porém, em aparecer os que não podiam compreender e vivenciar aquilo.
Exatamente aqueles que ficaram cheios não do Espírito Santo, mas da influência satânica.
Também queriam cooperar, mas por vaidade:

Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher, Safira, vendeu uma
propriedade, mas, de acordo com sua mulher, reteve parte do preço, e, levando o restante,
depositou-o aos pés dos apóstolos. Então disse Pedro: Ananias, porque encheu Satanás teu
coração, para que mentisse ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?
Conservando-o, porventura não seria teu? E, vendendo-o, não estaria em teu poder? Como,
pois, assentaste no teu coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus".

A Igreja Apostólica nem sempre viveu esta plenitude:

Não significa que sempre continuou assim. Na verdade os apóstolos tiveram de doutrinar
muito a Igreja, anos depois, para que soubessem ser dadivosas. E é muito provável que em
certos casos até o dízimo foi difícil de arrecadar ou de se fazer doar aos necessitados.
As necessidades sempre existiram e sempre existirão. Jesus falou que "os pobres, sempre os
tendes convosco". Um novo tipo de necessidade surgiu quando as Igrejas Locais
proliferaram: uma comunidade ficava sabendo das necessidades, fomes, calamidades, em
locais onde existiam outras Igrejas e então procuravam socorrer. Uma das grandes tristezas
que enfrentei em meu ministério nos campos do interior é que as Igrejas das cidades grandes
não se lembram de suas Igrejas mães do interior nem dos celeiros que providenciaram
grande parte de seus membros e vivem abastadas, enquanto suas co-irmãs sucumbem, com
suas paredes a cairem, desfilhadas pela migração constante, sem poderem sequer, muitas
vezes, sustentarem um obreiro!! Tragédia, tragédia!! Que tristeza dá em nosso coração
quando observamos a falta de amor, de misericórdia!! Os membros ricos passam de largo,
longe das casas dos membros pobres! A maioria dos pastores ganham tão pouco porque a
Igreja Local rouba os dízimos que pertencem a eles, levitas, e aos outros espalhados pelo
mundo que são responsabilidade de cada Igreja também!! E os pastores que ganham o
suficiente e que passam ao lado dos colegas levitas, que sabem estão passando por problemas
sérios, sem sequer se lembrar de que existe algo chamado de misericórdia e:

"Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio


próprio (Gl 5:22,23)." Analise o leitor por si mesmo!!
Postado por Gedson LidorioNenhum comentário:

11 - Misericórdia, a Melhor Ação


Os Evangelhos dão mais importância à misericórdia que ofertas entregues à Igreja.

O Novo Testamento não enfatiza os dízimos, não enfatiza que se deve dar ofertas para
Igrejas, mesmo sabendo nós que tudo isso é louvável e necessário. No entanto são dezenas
de textos, em praticamente todos os livros do Novo Testamento que ensinam enfaticamente a
misericórdia para com os necessitados.

A palavra grega Eleo, misericórdia, em nossa língua, aparece 27 vezes no NT, muitas vezes
se referindo à misericórdia de Deus por nós e outras vezes a nossa pelos semelhantes.
Mt 9:13 - "Misericórdia quero, e não holocaustos".
Mt 23:23 - " Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a justiça, a
misericórdia e a fé."
Jd 2- "A misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados".
(Ainda Mt 12:7; Lc 1:50,54,58,72,78; 10:37; Rm 9:23; 11:31; 15:9; Gl 6:16; Ef 2:4; I Tm
1:2; II Tm 1:2, 16,18; Tt 3:5; Hbb 4:16; Tg 2:13; 3:17; I Pe 1:3; II Jo 3; Jd 21).

Originada da palavra grega eleos encontramos depois, no NT, o termo eleëmosunë, traduzida
normalmente por "esmola", que poderia ser entendida como "exercer misericórdia".
Interessante que não é dito de alguém que entregasse 10% e fosse louvado pelo Senhor. Mas
a viúva pobre entregou não apenas 10%, mas TUDO e foi louvada. Também encontramos
Cornélio, em Atos, ouvindo de Deus que seus atos de misericórdia chegaram até os céus
(suas esmolas). A palavra usada é a citada acima e aparece 13 vezes no NT.

A palavra döron - traduzida por oferta ou dom - aparece 19 vezes no NT e é usada para
designar tanto as ofertas (sacrifícios) levadas perante o altar (Mt 5:23; Hbb 5:1), quanto ofertas
exigidas por lei quando alguém se purificava, etc (Mt 8:4), ou ainda ofertas (dinheiro ou
outros valores) depositados na "arca do tesouro", isto é, o gasofilácio, que existia no Templo,
em Jerusalém (Lc 21:11-4).

Aprendamos mais com a Palavra de Deus:

Lucas 8:3 "E Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais
(a Jesus) lhe prestavam assistência com os seus bens". Jesus era mantido por ofertas e com
toda certeza "seus bens" são muito mais que simples dízimos!!

Atos 9:36 "Havia em Jope uma discípula, por nome Tabita, nome este que traduzido quer dizer
Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia". Não diz que era notável pelos
dízimos que entregava, mas ela entregava sim: Muitíssimo mais que os dízimos!!

Atos 11:29 "Os discípulos (de Antioquia), cada um conforme as suas posses, resolveram
enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia".

Atos 20: 34,35 "Vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a
mim e aos que estavam comigo. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim é
mister socorrer aos necessitados, e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem
aventurado é dar que receber".

É claro que, se Paulo não ajudasse aos outros com pelo menos dez por cento de sua renda,
estaria em pecado. Mas ele fazia mais que isso, muito mais. Esse texto falou muito a mim no
que diz respeito ao esforço. Devemos nos esforçar para que não sejamos pesados aos outros, ao
contrário, que ajudemos aos necessitados. é interessante como Paulo mesmo admoesta os
efésios mostrando a grande reviravolta que acontecia com convertido: Antes furtava. Agora
trabalha para ajudar aos necessitados ( Ef 4:28). O apóstolo ensinou muito mais como
veremos adiante.

I Co16:2 - " Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às Igrejas da
Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a
sua prosperidade, e vá juntando, para que não se façam coletas quando eu for".

Sim, a Igreja pós Jerusalém teve seus momentos de baixa espiritual também.

"Quanto à coleta para os santos" - Os irmãos de Corinto, assim como os da Galácia, estavam
sendo despertados para ajudarem aos irmãos de outros lugares onde calamidades aconteciam.
Trata-se de coletas para os santos. não de coletas para as paredes santas, nem para os
mármores santos, mas para os santos!!
Na Igreja apostólica é provável que construíssem casas para servirem de templo. Os judeus,
naquela altura, estavam muito acostumados com a construção de Sinagogas. Seria muito
comum arrecadarem ofertas específicas para isso. No entanto economizavam no que podiam,
pois os membros mais ricos faziam questão de arranjarem lugar em suas casas para que as
Igrejas funcionassem. Quando se falam em recolher donativos no Novo Testamento, sempre
está se pensando no "santo" e não no Templo, que se tornou secundário, totalmente sem
prioridade.

"fazei vós também como ordenei às Igrejas da Galácia": Foi dada uma ordem apostólica.
Não dá ênfase, a Palavra, em regras difíceis sobre o dízimo, mas aqui está uma ordem
apostólica. Se temos de nos basear em algo, baseemo-nos no que existe de fato nas
Escrituras, e não nas suposições!! Que ordem era essa? Podemos interpretar, à luz dos
princípios do Evangelho que não se tratava de um imposição. Mas como os irmãos estavam
desejosos de ajudar, o apóstolo resolve ordenar os fatos. Mesmo se houve uma certa
imposição apostólica é claro que cada um iria agir de acordo com sua consciência.

"No primeiro dia da semana" - O dia em que a Igreja se reunia, o dia do Senhor. Após
trabalhar nos outros dias, uma vez por semana retiravam a oferta para juntar-la ao que havia
sido retirado na semana passada.

"Cada um de vós ponha de parte, em casa" - Não era para levar ao culto esta oferta, a não ser
no dia em que fosse levada ao apóstolo para tomar o rumo dos destinatários. Aqui
aprendemos algumas lições que ratificam mais ainda o "espírito" do Evangelho:
1- Esta parte da oferta de que o crente faria a Deus tinha destino fora da Igreja. Talvez fosse
bom guardar em casa por não ter a Igreja Local uma tesouraria que fizesse um controle bem
feito. Também poderia haver a tentação de gastar para outra necessidade.
2- Ele frisa bem, "em casa". Paulo demonstra satisfação e tranqüilidade ao deixar o próprio
crente incubido de guardar o dinheiro. Deve ter sido um bom exercício, já que nem sempre
conseguimos guardar quantias específicas.
3- Como vemos, no estudo do Antigo Testamento, na própria cidade, o ofertante poderia
tomar do dízimo guardado "em casa" e ofertar ao levita, ao viajante, ao órfão e à viúva. Pode
ser que estes membros levavam uma parte das ofertas para o local do culto, suprindo as
necessidades de outros membros. Mas seria razoável e totalmente compreensível que
distribuíssem ofertas de acordo com o aparecimento dos necessitados diante de si e que,
ainda e principalmente, fosse entregue diretamente e ede forma escolhida pelo ofertante aos
presbíteros que se afadigavam na Palavra, merecedores de "redobrados honorários", aos
apóstolos que por lá passavam, etc. Assim sendo é muito fácil de concluir que existiam, em
cada lar, uma santa caixinha contendo ofertas dedicadas a assuntos e destinatários os mais
diferentes!! Posso imaginar um irmão colocando em um envelope de couro a oferta e
escrevendo com uma tinta própria: "Para os irmãos de tal Igreja". Depois pegando algumas
moedas, colocando em outro envelope e escrevendo: "Para o Ap. Paulo". Depois ainda
colocando o restante em outro e onde já estava escrito há muito tempo: para as
"misericórdias"de nossa comunidade.
"Conforme a sua prosperidade" - Porque o medo de falar que isso é dízimo? Existe um tipo
de erro que fazem os que cobram os dízimos e ofertas na Igreja: Quando se trata de oferta
para os santos, dizem ser "ofertas especiais", coletas secundárias. Quando se trata de
dinheiro que entra na tesouraria para construção, e outras, chamam de dízimo. Mas a Palavra
mostra exatamente o contrário: Aqui, esta coleta, é o equivalente do Novo Testamento àquela
parte do dízimo destinada aos irmãos necessitados. E a oferta para a construção tem seu
equivalente nas "ofertas voluntárias" retiradas por Moisés, Davi, Ezequias de Neemias, por
exemplo. Aqui está, indubitavelmente, o mesmo princípio do dízimo. Dízimo é 10%, isto é,
porcentagem. A oferta dizimal é dada de acordo com a prosperidade. Se ganha cem, dá dez;
se ganha mil, dá cem! Mas no Novo Testamento, mesmo que para nós os 10% seja o mínimo
sugerido, sabemos que muitos irmãos poderão exercitar sua fé em entregar uma porcentagem
de 20%, ou 30%, e que outros até mesmo poderão ter a fé ainda fraca ao ponto de
exercitarem apenas com 1%!! O crente cheio do Espírito sempre fará mais, pois é Deus
quem o dirige!! Se o faz de coração, quem poderá reprová-lo? E deixemos de ser fiscais
procurando quem é e quem não é dizimista. Deus a tudo vê e sabe os desígnios do coração.
Também rasguemos as listas de dizimistas das paredes dos templos: somente servem para a
vaidade de muitos e humilhação de outros. E ainda, julgamento de curiosos!

"E vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" - Agora, o apóstolo dá a dica:
de acordo com a prosperidade fica fácil de juntar e de ter em mente um método a seguir. é
muito mais fácil usar o método da porcentagem que se baseia na prosperidade pessoal.

Também o apóstolo não era daqueles que chegam retirando ofertas e "espremendo" para ver
quem dá mais. Não queria alardes. Quanto às ofertas combinadas para serem levadas tal dia
para os santos de tal cidade, vão ajuntando aí, sem muito alarde, cada qual no seu cantinho.
Quando for chegado o dia todos trazem e enviam sem demora através de portadores idôneos.

Oferta para os necessitados e para sustento dos que ministram ao Senhor

Em todos os estudos que temos feito, passando por todo o N. T., fica absolutamente claro,
nesta dispensação da Graça, sobre os fundamentos das Boas Novas trazidas para nós, o
Evangelho de Cristo, que Deus de maneira alguma está dando qualquer ênfase em ofertas
para construir prédios ou sustentar organizações, mas em prover o sustento para seus
"levitas", enviar missionários para outras terras, sustentar a viúva e o órfão, ajudar os
necessitados da Igreja e, se possível, os de fora dela. O próprio apóstolo Paulo também
recebeu ofertas para seu sustento:

Fp 4:14-16 "Todavia, fizeste bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis também vós,
ó filipenses, que no início do Evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma Igreja se
associou comigo, no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para
Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas
necessidades".
Ofertas aos obreiros substituindo os sacrifícios pacíficos e voluntários do Antigo Testamento.

Paulo continua a falar aos filipenses, agradecendo a oferta enviada a ele e diz ainda:
"Recebi tudo, e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o
que me veio de vossa parte, como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus"
(Fp 4:18).

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