O termo modernismo surge primeiro como uma escola estética na américa hispânica, não nos
EUA nem na Europa, foi criado por Ruben Darío em 1890, inspirou-se em escolas francesas e
buscava a independência cultural da Espanha.
O pós-modernismo também surgiu primeiro como uma escola estética na américa hispânica, na
década de 1930, usado para descrever uma volta conservadora ao dentro do próprio
modernismo. 20 anos depois, o termo aparece no mundo inglês e é usado para descrever não só
uma categoria estética, mas para dizer de uma época
As comunidades ocidentais vieram a ser modernas com a ampliação de uma classe burguesa,
se tornando o elemento predominante na sociedade, mas no pos-modernismo (1954) essa classe
burguesa não era mais dominante e houve a ascensão de uma classe operaria industrial e o
aparecimentos de novos conhecimentos e tecnologias nas sociedades orientais. Essa burguesia
do século XX achava que tudo seria muito mais seguro e confortável dali pra frente, quebrou a
cara duas vezes com as duas grandes guerras e se submeteu a uma perspectiva de uma potencia
máxima que surgiu para amparar o medo de uma guerra nuclear
A perspectiva de pós modernismo foi deixada meio de lado no século XX, mas Charles Olson
era um cara que usava o termo para descrever uma época pós imperialismo colonizador e a
revolução industrial. Entendia o homem como um objeto e coletivo e não como massa ou dado
econômico, dava uma grande atenção para os movimentos e guerras que aconteciam no oriente,
como a revolução chinesa. Entendia o futuro como o homem em perspectiva, um projeto que
deveria ser coletivo, é ele quem faz a ligação entre um movimento estético e a história, com
uma agenda que aliava a revolução política e inovação poética. A partir de 1954, entendi que
ele meio que desaparece e o termo pós-modernismo é deixado de lado.
No final dos anos 50 o termo pos modernismo reaparece, só que com conotações pejorativas,
como se fosse menos que o modernismo, sendo usado para indicar: falência do socialismo e
liberalismo, onde razão e liberdade se partem em uma sociedade de impulso e conformista;
usado também como ficção contemporânea, incapaz de falar sobre uma sociedade modernista
que vinha se alterando e onde as classes ficaram mais difíceis de serem percebidas.
Nos anos 60 muda de novo de um modo estranho, ainda pejorativa, falava de distinções entre
elevado e baixo, falava sobre a liberação do vulgar e dos instintos perante a ascensão de
manifestações estudantis que eram consideradas despolitizadas. Falava-se na decadência das
grandes elites e das empresas, como se sociedade pudesse pela primeira vez aproveitar a
chamada democracia “senhora de si mesma”. Só que a noção de pos modernismo só ganhou
mais olhares a partir da década de 70, que é quando parece que começa a ser estudada e
teorizada.
Capitulo 2 – Cristalização
Os olhares para o pós modernismo começam a partir dos movimentos artísticos e da arquitetura,
especificamente em 1972 – Olson e a revista
É também uma tendência artística ou fenômeno social? Hassan não deu muitas respostas para
isso, mas coloca como algo diferente do modernismo
Hassan barrava a passagem para o social -> “construção para o homem” x “construção para
homens (mercado)” (learning from las vegas)
Jencks -> estilo de codificação dupla, arquitetura que adota hibridamente o historicismo e
modernismo; gosto educado e sensibilidade popular; novo e velho; elevado e vulgar
Jencks não abandona a ligação com o modernismo e caracteriza, assim como Hassan, algo como
ultramodernismo; celebrava o pos modernismo como pluralístico e de opções superabundantes;
colocava que não havia pluralidades como direita ou esquerda, capitalista e classe operaria,
porque a informação importava mais que a produção, não havendo mais inimigo para derrotar
em escala global
Lyotard estudou marx e freud; coloca que a razão já está no poder do kapital, razão e poder são
uma coisa só; o pos modernismo coloca um imperativo do capitalismo; sendo que a única coisa
que poderia destruir o capitalismo é o desvio do desejo nos jovens, de um investimento da libido
no sistema para o desvio de condutas; só que o problema é que o capital é o desejo daqueles
que domina
O consenso gaullista, na década de 60, se convenceu de que agora o desejo da classe operaria
estava vinculado ao capitalismo. A euforia pelo consumismo na década de 70 coloca o
capitalismo como aerodinâmico mecanismo de desejo
Lyotard coloca que o proletariado não é vitima do capitalismo, “Nao há arte, porque nao há
objetos. So há transformações, redistribuições de energia. O mundo é uma multiplicidade de
aparatos que transformam unidades de energia umas nas outras.
Com a profunda mudança de conjuntura nos anos 80 - a euforia do boom no período Reagan e
a triunfante ofensiva ideológica da direita que culminou com 0 colapso do bloco soviético no
final da década -, essa posição perdeu toda credibilidade. Longe de terem desaparecido as
grandes narrativas, parecia que pela primeira vez na história o mundo caia sob o domínio da
mais grandiosa de todas - uma história única e absoluta de liberdade e prosperidade, a vitória
global do mercado. P39
O capital não preza por nenhuma normativa, não tem necessidade de legitimação, está presente
em toda parte como necessidade e não como finalidade.
Anos 90: Como sistema, sua Fonte de calor nao ea forca de trabalho
Obstáculos e resistências ao capitalismo só o estimulam a ser mais flexível, ele busca abarcar
as alterações sociais e as altera ao mesmo tempo
Harbermas: ideia de pos modernidade tem poder dado as inevitáveis mudanças; novo sentido
de tempo como um PRESENTE que gesta um futuro heroico; liberação do projeto iluminista
de moralidade, estética e ciência.
As tensões das expressões estéticas modernas eram miniaturas das tensões capitalistas, de um
lado o mercado, o capital, o lucro, de outro, a integração das formas intersubjetivas e sociais
que prevalece a ação comunicativa e não instrumental
A arquitetura do sec XX surge como uma expressão disso, onde há uma mobilização capitalista
de todas as condições urbanas de vida; burocratas encomendavam edifícios mais funcionais; o
modernismo confiou demais no mercado, que acabou diferenciando estruturalmente a
sociedade; o industrialismo coloca a cidade como um sistema abstrato que não podiam mais ser
compreensível, as moradias proletárias não podiam mais ser integradas a metrópole, houve
proliferação de subzonas comerciais e administrativas
1981: o pos modernismo se cristaliza como referencial social comum e discurso competitivo
Apesar das contribuições de Habermas e lyotard, tudo ainda foi muito inconclusivo,
conseguiram fazer apontamentos de alguns significantes, como: deslegitimação de grandes
narrativas; colonização do mundo da vida; falta o peso de uma definição temporal, harbermas
até tentou fazer isso através do discurso da arte. Teorica e filosoficamente o pos modernismo
acabou ficando bem vago, sem integração intelectual