1. Introdução ........................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos Gerais ........................................................................................................ 2
1.1.1. Objectivos Especificos ............................................................................................ 2
2. Televisão digital ................................................................................................................. 2
3. TV Digital ATSC................................................................................................................ 5
3.1. Difusão de dados e serviços interativos .......................................................................... 7
3.2. O padrão ATSC de difusão de dados (A90) ................................................................... 7
3.3. Padrão DASE para TV Digital ATSC ............................................................................ 8
4. Modulação 8-vsb .............................................................................................................. 10
5. HDTV(High Definition TV) ............................................................................................. 11
6. DOLBY AC-3................................................................................................................... 13
7. Conclusão ......................................................................................................................... 14
8. Bibliografia ....................................................................................................................... 16
1. Introdução
1
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma análise sobre o modelo de Tv Digital
ATSC, quais são os seus meios de transmissão e suas especificações. Visa esclarecer também
todas as dúvidas ainda existente sobre a televisão Digital, suas funcionalidades, suas
vantagens sobre a televisão Analógica, curiosidades, entre outros tóipicos.
1.1.Objectivos Gerais
Dar a conhecer mais sobre a televisão digital;
2. Televisão digital
2
Trata-se de um sistema de radiodifusão televisiva que transmite sinais digitais, em lugar dos
atuais, analógicos. É um sistema mais eficiente, no que diz respeito à recepção dos sinais,
pois, na transmissão analógica cerca de 50% dos pontos de resolução de uma imagem se
perdem e, portanto, apenas metade deles são recebidos nos lares. Já a transmissão digital
permite que a íntegra do sinal transmitido pelas emissoras seja recebido pelos televisores
domésticos. Isto significa uma sensível melhora na qualidade da imagem, que se torna
também imune a interferências e ruídos, ficando livre dos “chuviscos” e “fantasmas”. A
transmissão digital de sinais se traduz, ainda, em som de qualidade idêntica à quela obtida
com um CD (Compact Disc). Essa nova tecnologia, pelo fato de ser digital, permite a
interatividade do sistema com o telespectador, que passa da passividade a uma atitude ativa
frente às transmissões. A televisão digital permite a navegação na Internet, o comércio
eletrônico, a transmissão de programas on demand e a comunicação através da TV.
3
transmitido. No receptor, todo o conjunto de sinais é descomprimido e convertido. Desta
forma, na banda de freqüências ocupada por um canal – 6MHz no caso brasileiro -, onde cabe
apenas um sinal de televisão analógica, podem ser veiculadas diversas transmissões
simultâneas. O sistema de modulação é o responsável pela alocação de um sinal de televisão,
sempre de mesma largura (por exemplo, 6MHz), como é o de uma emissora qualquer, em
diferentes freqüências do espectro. Por exemplo, a correspondência entre os canais VHF e as
respectivas faixas de freqüências ocupadas é a seguinte:
Fig.2.
As modalidades mais conhecidas de televisão digital são a SDTV (Standard
Definition Television) e a HDTV. A primeira é um serviço de áudio e vídeo digitais,
comumente na relação de aspecto 4:3 (largura:altura da imagem), cujos aparelhos receptores
possuem um número de linhas de 408, semelhante à da TV analógica, com 704 pontos em
cada uma. A HDTV, cuja imagem possui formato 16:9, é recebida em aparelhos com 1080
linhas de definição e 1920 pontos em cada uma delas. Entre esses dois sistemas existe a
EDTV, TV de média definição, que possibilita a utilização de aparelhos com 720 linhas de
1280 pontos. Algumas classificações consideram a EDTV já como televisão de alta definição
(HDTV). O HDTV necessita de uma taxa de transmissão de dados (bits por segundo) bem
mais elevada do que a do sistema SDTV, apresentando como principal vantagem a sua
nitidez, uma vez que possui um número total de pontos por tela maior do que seis vezes o do
outro sistema. Por outro lado, a elevada taxa de transmissão de dados da HDTV leva à
ocupação de quase toda a banda do canal com um mesmo sinal de televisão. Já a SDTV, pelo
fato de poder operar a uma taxa menor, permite que numa mesma banda sejam transmitidos
até quatro canais de televisão, ou um menor número de canais de TV e vários canais de
dados. A figura mostra como na faixa hoje ocupada por um único canal de televisão
analógica, de largura igual a 6MHz, podem ser transmitidos, por exemplo: um canal de
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HDTV com alta qualidade (HD HQ) mais um canal de dados (D); ou um canal de HDTV
com média qualidade (HD MQ) mais um canal de SDTV (SD) mais um canal de dados; ou
quatro canais de SDTV mais um canal de dados.
3. TV Digital ATSC
O sistema ATSC, criado nos E.U.A. por um grupo de empresas a partir de uma demanda
do FCC, tornou-se internacional em 1996, possuindo atualmente cerca de 200 membros. Seu
principal atrativo é a alta definição da imagem. Canadá, Coréia do Sul e Taiwan introduziram
o sistema.A Argentina chegou a optar pelo padrão ATSC, porém, antes que qualquer
investimento fosse feito, o novo governo resolveu revogar a decisão anterior, aguardando
uma maior definição do cenário internacional. As deficiências do modelo estão na falta de
mobilidade e há necessidade de se instalar equalizadores para recepção do sinal em situações
de multi-percurso, ou seja, caminhos diferentes resultam no receptor, intervalos em tempos
diferenciados. Segundo o governo dos Estados Unidos, todos os televisores de tela de 25 a 36
polegadas terão de ser compatíveis com o padrão digital em março de 2006. Hoje é uma
realidade para as grandes redes abertas transmitirem diversos programas em alta definição -
quase sete vezes a resolução de imagem de TV analógica. Isso significa dizer que o país
opera com 500 emissoras e possui cerca de 4 % do mercado norte-americano. O sistema
americano visava inicialmente a veiculação da HDTV, embora permita também a transmissão
de SDTV e de canais de dados para a implementação da interatividade. O serviço de TV
digital foi lançado nos E.U.A. em novembro de 1998. Desde o início, foi exigido pelo FCC
que as principais redes de televisão cumprissem um programa de áreas de cobertura
crescentes. Segundo a U. S. National Association of Broadcasters, em julho deste ano, o
sistema estava em operação em 52 cidades, sendo operado por 148 estações, eqüivalendo a
uma cobertura de 64% dos lares americanos com TV. Cabe ressaltar, entretanto, que existem
nos E.U.A. cerca de 1600 estações analógicas, ou seja, apenas 9% das estações ativas são
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digitais. Além disso, menos de 20% da população assiste à televisão terrestre (off-air), sendo
a penetração da TV a cabo da ordem de 70%. As principais redes que, hoje, veiculam
programas em HDTV são a CBS, ABC, NBC e PBS, esta última uma rede educativa. Em que
pese o interesse do governo americano, a produção de novos programas em HDTV é ainda
muito pequena, sendo assim transmitidos, em geral, apenas filmes e competições esportivas.
No início de 2000, eram oferecidas aos espectadores americanos não mais que 100 horas
de programação digital por semana, somando-se aí todas as redes citadas e as transmissões
por assinatura, via cabo e satélite (DTH – Banda Ku). Vale observar que a adoção do padrão
ATSC na TV a cabo é incipiente, enquanto que na TV paga via satélite vem sendo adotada
apenas para a transmissão de filmes e de serviços como o pay per view. Algumas operadoras
de televisão aberta (broadcasters), principalmente a Sinclair, pleitearam a utilização do
padrão COFDM, tendo em vista os problemas técnicos não resolvidos do padrão americano,
porém isto lhes foi negado pelo FCC. A orientação do governo tem sido a de que os
receptores deverão ser aperfeiçoados no sentido de sanar quaisquer inadequações técnicas.
Entretanto, como tem sido dito por consultores da ABERT, alguns desses problemas são
inerentes à forma de modulação do sinal, responsabilidade somente da fonte emissora, que
segue determinações do padrão. Os transmissores ATSC diferem dos analógicos e dos
digitais dedicados a outros sistemas apenas na parte referente à modulação – módulo de
modulação. Assim, um fabricante de transmissores pode adquirir apenas esse módulo da
Zenith, por exemplo, para poder ofertar o seu produto. Quanto aos receptores, não somente a
Zenith os produz, mas também diversas grandes indústrias mundiais como as japonesas, as
européias e as coreanas. No mercado americano, estão disponíveis os seguintes produtos: set
top boxes, receptores digitais integrados e placas de PC, todos aptos a receber tanto HDTV
quanto SDTV. Estatísticas de julho de 2000 mostram que, dos 100 milhões de domicílios
americanos com TV, menos de 1% possuem televisores digitais. Apesar das restrições
técnicas do sistema de modulação americano, reveladas pelo relatório da ABERT/SET, o
padrão ATSC possui uma característica de valor inegável: uma camada de software com
interface aberta – o DASE (DTV Application Software Environment), que permite que as
aplicações e os serviços interativos sejam executados normalmente em qualquer receptor.
Além disso, o modelo de negócio adotado, que permite a concorrência não apenas entre
operadoras, mas também entre fabricantes de receptores, é um exemplo que deve ser
considerado na definição do serviço a ser feita pela ANATEL após a escolha do padrão de
modulação.
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3.1.Difusão de dados e serviços interativos
Ao longo dos últimos anos, o ATSC tem estado plenamente comprometido com o
desenvolvimento de padrões para serviços de difusão de dados, inclusive serviços interativos,
a fim de assegurar que as emissoras e consumidores possam desfrutar plenamente dos
benefícios da revolução ocasionada pela invenção da televisão digital. O importante trabalho
realizado até a presente data, bem como o trabalho adicional que continua em andamento, é
explicado nas seções a seguir, que também apresentam descrições dos serviços inovadores
possibilitados por essas novas capacidades emergentes.
O ATSC Padrão de Difusão de Dados (A/90) oferece o meio para a transmissão de dados
usando-se o padrão de TV digital ATSC. O Padrão ATSC A/90 é a especificação mais
abrangente atualmente disponível no mundo para difusão de dados, proporcionando a base
fundamental para qualquer tipo de difusão de dados ou serviços de televisão interativos,
principalmente para aplicações de radiodifusão terrestre. O A/90 suporta serviços de dados
relacionados a programas de TV digital, bem como serviços não relacionados a estes. Entre
as aplicações podem se incluir serviços de televisão aperfeiçoada (enhanced television), web
casting e streaming de vídeo. Os receptores de difusão de dados podem ser
microcomputadores, televisores, set-top boxes ou outros
dispositivos.
7
Perfis e níveis para acomodar uma ampla gama de características dos receptores
de dados;
o padrão que está sendo desenvolvido pelo setor de TV a cabo dos EUA. Além disso,
propiciamos mecanismos adicionais para suportar funções que não são incluídas em nenhum
desses dois padrões, entre as quais:
O ATSC também desenvolveu uma Prática Recomendada para uso do Padrão A/90 e um
padrão complementar que suporta multicast IP (Internet protocol) encontra-se nos estágios
finais de aprovação.
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O ATSC está em vias de concluir o trabalho que tem realizado em seu Padrão DASE
(Application Software Environment) para TV digital. O Padrão DASE define uma camada de
software (middleware) que permite que conteúdo de programação e aplicativos rodem em um
“receptor comum”. As aplicações interativas e aperfeiçoadas precisam ter acesso a
características de um receptor comum de modo independente da plataforma. O padrão dará
aos criadores do conteúdo aperfeiçoado e interativo as especificações necessárias para
assegurar que seus aplicativos e dados rodem uniformemente em todas as marcas e modelos
de receptores. Os fabricantes poderão escolher as plataforma de hardware e os sistemas
operacionais para os receptores, mas devem proporcionar a base comum necessária para
suportar aplicativos desenvolvidos por múltiplos criadores de conteúdo. O Padrão DASE
especifica um formato padrão de conteúdo de aplicativos e um ambiente de aplicativos que
suporta aplicativos como documentos de hipermídia (aplicativos declarativos) e/ou como
programas compilados (aplicativos procedimentais). Os aplicativos declarativos DASE
permitem o uso de várias tecnologias Web, tais como XHTML, CSS (Cascading Style
Sheets), ECMAScript, e DOM (Document Object Model), bem como tipos de conteúdo
mono-mídia, tais como imagens fixas (JPEG, PNG),imagens animadas (MNG), fontes outline
e bitmap (TrueDoc) e áudio e vídeo streaming e non-streaming. Os aplicativos
procedimentais (procedural applications) DASE permitem o uso de programas Java
compilados com base em Personal Java da Microsystem, Java Media Framework, e
tecnologias de TV Java, bem como na Interface com o Usuário da HAVi Organization, W3C
Document Object Model, e nas interfaces de programação de aplicativos (Application
Programming Interfaces- APIs) específicas do DASE. Os aplicativos DASE híbridos
permitem uma mistura de conteúdo de aplicativos tanto declarativos quanto procedimentais, a
fim de extrair os benefícios decorrentes dessa síntese de funcionalidade. Em particular, os
aplicativos DASE híbridos permitem o uso de tipos de conteúdo definidos pelo aplicativo via
decodificadores de conteúdo passível de download. O Ambiente de Aplicativos DASE
fornece um agente de usuário padronizado (browser) para conteúdo de aplicativos
declarativos e uma Java Virtual Machine e APIs para conteúdo de aplicativos procedimentais.
O Ambiente de Aplicativos DASE (Sistema DASE) define-se de modo independente do
sistema operacional subjacente, bem como do sistema de transmissão de dados subjacente.
Para o uso dos sistemas de transmissão de dados específicos, tais como o Padrão ATSC de
Difusão de Dados A/90, o DASE define um binding com o sistema de transmissão. Outros
bindings com o sistema de transmissão são contempladas para padronização futura. O Padrão
DASE deverá evoluir por meio de múltiplos “níveis” ou “versões” que desdobram os níveis
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anteriores. A primeira instância do Padrão DASE, conhecida como Nível 1, proporciona
aplicativos com base na interatividade local. A segunda instância, Nível 2, deverá suportar
interatividade remota para tipos de conteúdo especificados pelo DASE. A terceira instância,
Nível 3, deverá suportar interação pela rede e tipos de conteúdo gerais. O sistema DASE foi
explicitamente projetado para suportar interoperabilidade funcional com conteúdo interativo
aperfeiçoado, especificamente conteúdo ATVEF (Advanced Television Enhancement
Forum), agora padronizado como SMPTE DDE-1 (Declarative Data Essence, Nível 1). Além
disso, o Formato de Conteúdo Declarativo DASE foi submetido ao SMPTE para
padronização como DDE-2 (Declarative Data Essence, Nível 2). O Padrão DASE se
subdivide em 8 seções:
4. Modulação 8-vsb
O sistema ATSC 8-VSB transmite dados utilizando a codificação em treliça, com 8 níves
discretos da amplitude do sinal. Complexas Técnicas de codificação e equalização adaptativa
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são utilizadas para fazer o sistema mais robusto frente a deteriorização da propagação, como
multipercurso, ruído e interferência. A taxa de transmissão de dados deste sistema e de
19,39Mbps. A figura mostra o diagrama de blocos simplificado do modulador 8VSB.
Fig.5.
Fig.6.
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A TV analógica tradicional, com relação de aspecto 4:3, possui uma resolução
equivalente à do antigo cinema de 16 mm (aproximadamente 125000 elementos de imagem
por quadro). A TV digital permite a transmissão de imagens com maior número de detalhes,
maior largura do quadro (relação de aspecto de 16:9) e com som envolvente de até 6 canais
(Dolby AC3). Esse novo conceito é conhecido pelo nome de HDTV . Nos Estados Unidos
existem dois sistemas de HDTV:
Fig.7.
Este sistema possui 1080 linhas ativas, ou seja, possui 1080 "pixel" na vertical.
Logo: (número de "pixel" na horizontal) = 1080x(16/9) = 1920.
Tem-se: (1080x1920) pixel/quadro = 2,07Mpixel/quadro,
ou: (2,7Mpixel/quadro)x(30quadro/s) = 62,1Mpixel/s.
Então, para o modo 4 : 2 : 2 de 10 bits conclui-se que:
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Taxa de bits = [62,1x10+(62,1/2)x10+(62,1/2)x10] Mbit/s = 1,24 Gbit/s.
Este sistema possui 720 linhas ativas. Para o modo 4 : 2 : 2 de 10 bits conclui-se que:
Taxa de bits = 1,1 Gbit/s.
6. DOLBY AC-3
Fig.8.
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O jogo dos exponentes é codificado em uma respresentação grosseira do espectro do
sinal que é consultado como um envelope espectral.
Este envelope espectral é usado pela rotina do alocamento de bocado do núcleo que
determina quantos bocados devem ser usados para codificar cada mantissa individual.
O córrego do bocado AC-3 ( 32 a 640 kbps) é uma seqüência dos frames AC-3.
7. Conclusão
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Com a realização deste trabalho conclui-se que o padrão ATSC não permite aplicações
móveis e portáteis, devido a um conjunto de características, tais como: modulação,
entrelaçamento temporal e inflexibilidade na configuração dos parâmetros de transmissão,
que causam uma baixa imunidade a multipercurso afetando a recepção em campo (outdoor) e
interiores (indoor).
Informações técnicas
Middleware: DASE
Transporte: MPEG-2
Modulação: 8-VSB
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8. Bibliografia
http://www.atsc.org/news_information/papers/2001_comments_anatel/ATSC_Comm
ents-por.pdf
https://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/index.php/TV_Digital_ATSC
rhopkins.us/drbob.tv/documents/a_53r1.pdf
16