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Análise de Desempenho de Pára-raios de SiC


com Invólucros de Porcelana Instalados nas
Redes de Distribuição da Energisa MG
Jorge L. Franco, Sanderson R. Abreu, Ítalo C. Tavares, Marcel A. de A. Romano

 correspondendo a 30% - 70% do total desses desligamentos,


Resumo — O presente trabalho apresenta informações sobre a bem como uma das principais causas de falhas reportadas em
metodologia elaborada e utilizada para o desenvolvimento de um transformadores de distribuição e demais equipamentos
projeto de pesquisa objetivando a avaliação de desempenho dos aplicados a redes de distribuição. O efeito das descargas
pára-raios de Carbureto de Silício (SiC) com invólucros de atmosféricas sobre os índices de desempenho e na
porcelana instalados nas redes aéreas de distribuição da CFLCL continuidade e qualidade do fornecimento de energia elétrica
– atual Energisa Minas Gerais.
pelas empresas concessionárias de energia elétrica aos seus
Palavras Chave — Pára-raios de SiC, Pára-raios de
consumidores, depende significativamente do comportamento
distribuição, Proteção de redes de distribuição, Avaliação de das redes de distribuição e dos equipamentos nelas instalados
desempenho. à ação dessas descargas.
Pára-raios vêm sendo amplamente utilizados ao longo dos
I. INTRODUÇÃO anos pelas empresas distribuidoras de energia elétrica para
limitar as amplitudes das sobretensões transitórias de origem
A qualidade e a confiabilidade no fornecimento de
energia elétrica pelas empresas concessionárias aos seus
consumidores estão associadas ao fornecimento de
atmosférica nos sistemas de distribuição e reduzir os efeitos
dessas sobretensões sobre os equipamentos por eles
protegidos. No entanto, a experiência adquirida em estudos de
energia de forma contínua, ininterrupta e sem perturbações desempenho realizados em pára-raios retirados das redes de
momentâneas significativas. A disponibilidade no distribuição por diversos critérios ao longo dos últimos vinte
fornecimento de energia é, sem dúvida, um dos principais anos têm demonstrado que os quesitos de desempenho dos
atributos para a medição do índice de qualidade de energia pára-raios normalmente especificados não têm sido
fornecida por uma empresa concessionária de energia elétrica. plenamente alcançados com índices médios de falhas obtidos
Diversas causas a influenciam: transitórios devido a acima do esperado [1]-[4]. Isso tem sido especialmente crítico
ocorrência de distúrbios nos sistemas elétricos, condições em pára-raios com invólucro de porcelana.
atmosféricas, configuração das redes, características de Embora quase que a totalidade dos pára-raios atualmente
operação do sistema, necessidade de programar melhorias adquiridos pelas empresas distribuidoras de energia sejam do
e/ou reparos ao longo das redes, etc. tipo Óxido de Zinco (ZnO) com invólucro polimérico, ainda
Os sistemas elétricos estão submetidos esporadicamente a existem vários pára-raios de SiC instalados nas redes elétricas
várias formas de fenômenos transitórios, envolvendo de distribuição. Estima-se que pelo menos 40 - 50% dos pára-
variações súbitas de tensão e de corrente provocadas por raios atualmente instalados sejam de SiC com invólucro de
descargas atmosféricas, faltas no sistema ou operação de porcelana com tempos de vida médios superiores a 20 anos.
disjuntores e chaves seccionadoras. Desta forma, os Levantamentos realizados em janeiro de 2007 pela
equipamentos elétricos além de estarem permanentemente Companhia Força e Luz Cataguazes Leopoldina - CFLCL
solicitados pela tensão de operação dos sistemas serão (atual Energisa Minas Gerais – EMG), apontaram a existência
eventualmente submetidos por solicitações de tensões de 55.632 pára-raios instalados nas redes monofásicas e
temporárias e transitórias, provenientes da ocorrência de trifásicas de circuitos urbanos e rurais em 67 conjuntos de
distúrbios nos sistemas. consumidores, com um índice de pára-raios de SiC variando
Dentro desse contexto, as descargas atmosféricas têm sido entre 50 – 74% do total de pára-raios instalados.
reportadas como sendo a principal causa dos desligamentos Levantamento similar realizado na Companhia de Eletricidade
não programados ocorridos em redes de distribuição, de Nova Friburgo - CENF (Energisa Nova Friburgo – ENF),
apontou um total de 8.172 pára-raios instalados, sendo
Jorge L. Franco é engenheiro consultor e Sócio Administrador da Franco aproximadamente 37% desses do tipo SiC.
Engenharia Ltda. (franenge@terra.com.br). A partir dessas informações, é possível considerar, para o
Sanderson R. Abreu e Ítalo C. Tavares trabalham na Energisa Soluções período de levantamento das informações, a existência de
(sanderson@energisasolucoes.com.br e ítalo.costa@energisasolucoes.com.br) aproximadamente 38.300 pára-raios do tipo Carbureto de
Marcel A. de A. Romano é estudante de engenharia elétrica da Silício (SiC) com invólucro de porcelana para um total 63.804
Universidade Federal de Viçosa e estagiário da Franco Engenharia Ltda.
pára-raios instalados ao longo das redes de distribuição dessas
(antonionni@gmail.com).
duas empresas, correspondendo a 60,0%.
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A partir da necessidade de um melhor entendimento e


conhecimento da EMG e quanto ao comportamento elétrico 85.6
penetração de
dos pára-raios de SiC instalados ao longo das suas redes de 80
umidade

Percentual do total de falhas


distribuição foi proposta a realização de um estudo mais
amplo de modo a avaliar, a partir de ensaios elétricos 60

realizados em unidades de pára-raios retiradas aleatoriamente contaminação

das redes de distribuição, o desempenho atual dos pára-raios 40


descarga aplicação
inadequada
de SiC instalados nos 68 conjuntos de consumidores da EMG
e ENF. De modo a se obter resultados significativos e 20 desconhecida

confiáveis para todo o universo de pára-raios considerado, o 5.9 4.5 2.5 1.5
número de amostras submetidas a ensaio foi definida 0
Causas de falhas
utilizando-se de procedimentos estatísticos.
A proposta acima motivou a realização do projeto P&D sob Figura 1 - Causas de falhas atribuídas a pára-raios de distribuição [3]
o título“Análise do desempenho de pára-raios com invólucros
de porcelana instalados nas redes de distribuição do SCL, A perda de estanqueidade em pára-raios de SiC e
com ênfase nas condições de estanqueidade (projeto de subseqüente penetração de umidade no invólucro pode ser
vedação) e seus efeitos sobre os centelhadores / pastilhas de atribuída a diversos fatores atuando individualmente ou em
Carbureto de Silício”, o qual forneceu subsídios às empresas conjunto: projeto deficiente e/ou utilização de materiais
do Grupo Energisa quanto a um melhor conhecimento do real inadequados; defeitos de fabricação e/ou controle de
desempenho dos pára-raios de Carbureto de Silício instalados qualidade, por exemplo, danificação das gaxetas de vedação
ao longo de suas redes de distribuição, possibilitando durante o processo de fechamento dos pára-raios;
identificar a taxa de falhas dos pára-raios e dos equipamentos envelhecimento e/ou deterioração das gaxetas ao longo do
por ele protegidos em diferentes pontos do sistema, bem como tempo com perda de suas propriedades mecânicas; danos
identificar e priorizar, com base científica, os pontos e os durante a instalação do pára-raios; e possibilidade da
critérios de substituição desses pára-raios, objetivando: a existência de trincas ou fissuras na porcelana. A Figura 2
redução dos índices de desligamentos permanentes das redes extraída da referência [4] mostra a importância relativa desses
de distribuição devido a falhas verificadas em pára-raios / fatores. Exceto os fatores referentes a danos na instalação que
equipamentos por eles protegidos; além do aumento na pode ocorrer, por exemplo, devido a aplicação de torque em
confiabilidade das suas redes. excesso quando da conexão dos terminais e braçadeiras e as
causas desconhecidas, os demais fatores responsáveis pelas
falhas verificadas em pára-raios de SiC devido a perda de
II. CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESEMPENHO DOS estanqueidade são de responsabilidade dos fabricantes.
PÁRA-RAIOS DE CARBURETO DE SILÍCIO
Considerando que os pára-raios de distribuição com
invólucro de porcelana apresentem um bom projeto elétrico e Danos na Causas
Defeitos de instalação desconhecidas
mecânico do sistema de vedação, atendam as características e fabricação 2% 2%
requisitos exigidos nas Normas técnicas específicas [5]-[7], 18%

bem como sejam adequadamente selecionados e instalados


nas redes elétricas, estima-se que a sua vida útil possa Falhas de projeto
alcançar 15 – 20 anos. No entanto, diversos estudos e 53%

trabalhos de pesquisa ao longo desses anos relataram a


Envelhecimento da
ocorrência de alterações significativas no desempenho elétrico vedação
25%
dos pára-raios ao longo do tempo, quando comparados às suas
características iniciais, comprometendo a confiabilidade dos
sistemas e dos próprios pára-raios. Em muitos casos, falhas ou Figura 2 – Fatores responsáveis pela penetração de umidade em pára-raios
características elétricas incompatíveis com as necessidades
dos sistemas foram observadas em pára-raios com menos de A partir das informações da figura pode-se associar às
cinco anos de instalação. deficiências de projeto, de fabricação e dos materiais como
Diversos estudos realizados por empresas concessionárias responsáveis por aproximadamente 96% das falhas verificadas
de energia e laboratórios de pesquisa identificaram as em pára-raios de distribuição com invólucros de porcelana.
principais causas que afetam o desempenho dos pára-raios Desta forma, considerando que o desempenho dos sistemas
com invólucro de porcelana [2], [3], [8]. Todos os estudos de vedação dos pára-raios de distribuição é afetado, entre
realizados apontaram como a causa raiz a penetração de outros aspectos, pelas condições ambientais, um mesmo tipo
umidade por perda de estanqueidade do invólucro, sendo esta construtivo de pára-raios pode apresentar um desempenho
causa responsável por aproximadamente 80 a 90 % de todas distinto em função da região de aplicação.
as falhas verificadas em pára-raios de distribuição com A presença de umidade no interior de pára-raios de SiC
invólucros de porcelana. acarreta geralmente em variações significativas nas suas
Um resumo do trabalho desenvolvido pela Ontario Hydro características disruptivas que ocorrem devido a reações que
[3], o qual descreve o percentual do número total de pára-raios propiciam a oxidação ou a corrosão das peças metálicas que
falhados é apresentado na Figura 1. compõem o conjunto de centelhadores e a alteração das
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características do meio interno. Pequenas quantidades de concessão da EMG e da ENF, fez-se necessário utilizar
umidade no interior do invólucro de um pára-raios atuam no procedimentos estatísticos para definir uma amostragem
sentido de modificar os esforços dielétricos aplicados ao desses pára-raios de forma a se garantir a representatividade
conjunto de centelhadores, o que pode resultar, em última da população de pára-raios instalados, reduzir os custos de
instância, na degradação destas unidades e no levantamento de dados e diminuir as margens de erro. A
desenvolvimento de falhas por disrupção [8]. Em alguns população em estudo é distribuída entre conjuntos de
casos, os níveis da tensão disruptiva a freqüência fundamental consumidores, que no caso da EMG e da ENF foram
chegam a valores tão baixos em relação aos valores de projeto classificados como sendo cada município da área de
que sobretensões temporárias de baixa amplitude podem ser concessão, ou seja, cada município representa um conjunto de
suficientes para provocar a disrupção dos centelhadores, com consumidores. Com base nesta classificação e considerando
a conseqüente falha do pára-raios. que cada conjunto de consumidores não é superposto aos
Por outro lado, reduções significativas nas características de outros, bem como também são internamente homogêneos em
disrupção do conjunto de centelhadores podem resultar na relação à população, é possível a utilização da técnica de
impossibilidade do seu restabelecimento após a ocorrência de amostragem por estratificação, onde cada grupo, ou estrato, é
um ciclo de serviço proveniente de uma sobretensão adotado como sendo um dos conjuntos de consumidores.
transitória devido às descargas atmosféricas. Esse estado de Desta forma, dentro de cada conjunto de consumidores
degradação dos pára-raios geralmente está associado a pode ser escolhida de forma independente uma amostragem
elevados valores de corrente de fuga, com possibilidade de aleatória simples.
serem detectadas em campo através da utilização das Para garantir a representatividade das amostras e,
tecnologias de ultra-som e de radiointerferência [8]. considerando que a maioria dos conjuntos de consumidores
Com relação aos elementos não-lineares, a presença de tem uma quantidade de pára-raios inferior a 1.000 unidades,
umidade ao longo do tempo afeta significativamente a foi utilizada a distribuição de probabilidades t de Student, que
característica “tensão x corrente” com redução na capacidade se mostra mais apropriada para populações pequenas, em
de absorção de energia dos blocos de Carbureto de Silício. substituição a distribuição normal. Para o cálculo do número
Em síntese, a penetração de umidade altera de forma de amostras foi utilizada a equação abaixo, que leva em
significativa as características dos pára-raios de distribuição, consideração o tamanho da população, o intervalo de
alterações estas que podem conduzir a falha do pára-raios. confiança estatístico e margem de erro absoluta.

III. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA N  Z 2 / 2  p  q


n (1)
( N  1)   2  Z 2 / 2  p  q
A. Levantamento de informações referentes aos pára-raios
instalados na EMG e ENF onde: n é a amostragem considerada; N é o tamanho da
A fase inicial do projeto consistiu no levantamento das população (quantidade de pára-raios instalados); p é a
informações gerais sobre a quantidade total de pára-raios proporção esperada na população (pára-raios de SiC); q é o
instalados na EMG e ENF. A Tabela 1 apresenta a quantidade complemento da proporção esperada na população (1-p); ε é
total de pára-raios em função do nível de tensão do sistema. a distância da média em relação à média verdadeira, margem
Essas informações são referidas a janeiro de 2007 para redes de erro absoluto; maior erro tolerável, que é expresso como
monofásicas e trifásicas de circuitos urbanos e rurais. uma proporção (entre 0 e 1); Zα/2s substituído por t α/2. é o
valor apropriado para o intervalo de confiança assumido,
TABELA I tabelado da distribuição t de Student padronizada.
QUANTIDADE DE PÁRA-RAIOS INSTALADOS POR NÍVEL DE TENSÃO
Entretanto, como a proporção esperada de pára-raios de SiC
na população total é um valor desconhecido, foi adotada no
Concessionária Tensão nominal Quantidade de pára-
estudo estatístico a otimização da relação entre p e q, ou seja,
raios
o produto entre índices de p e q foi substituído pelo seu valor
EMG 11,4 kV 51.789 máximo, onde p = q = 0,5. Esta condição representa o pior
EMG 22,0 kV 3.843 cenário em termos de definição da amostragem.
ENF 11,4 kV 8.172 As possíveis incertezas estatísticas quanto ao procedimento
adotado para o desenvolvimento da pesquisa estão associadas
A próxima etapa consistiu no levantamento de informações às variações ambientais e atmosféricas existentes entre os
mais detalhadas referente aos pára-raios instalados nos conjuntos consumidores, ainda que as informações coletadas
conjuntos de consumidores da EMG e ENF considerando: tipo para esses conjuntos consumidores apontarem, para a maioria
de pára-raios (porcelana ou polimérico); tensão nominal; desses conjuntos, variações não muito significativas nas suas
fabricante; ponto de instalação; e tipo de circuito (monofásico condições ambientais e atmosféricas.
ou trifásico – rural ou urbano). Foram realizados serviços de inspeção e de coleta das
Em face de impossibilidade de se realizar o levantamento informações em campo abrangendo dez conjuntos
em todos os conjuntos optou-se pela realização da coleta de consumidores escolhidos pela EMG, totalizando uma
dados em alguns conjuntos consumidores e a extrapolação das amostragem coletada de 8.605 pára-raios em relação ao total
informações obtidas para todos os conjuntos. Considerando de 19.563 pára-raios instalados nos conjuntos considerados. A
um universo de 63.804 pára-raios instalados em toda a área de amostragem total de pára-raios utilizada para coleta de dados
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foi dividida por concessionária e por nível de tensão, de forma Pára-raios instalados - Distribuição por tipo
a permitir uma boa representatividade entre os pára-raios
70000 63804
avaliados e o universo de total de pára-raios instalados.
60000
51789
Informações encontram-se na Tabela 2. 50000
38285 Sic
40000 32834
TABELA II ZnO
30000
AMOSTRAGEM DE PÁRA-RAIOS CONSIDERADA NO ESTUDO POR Total
20000
CONCESSIONÁRIA E POR NÍVEL DE TENSÃO 8172
10000 2452 3843 2999

Concessionária Tensão Quantidade de Amostragem 0


EMG - 11,4 kV EMG - 22 kV ENF - 11,4 kV Total EMG / ENF
nominal pára-raios
Figura 3 – Quantidade total de pára-raios instalados por tipo,
EMG 11,4 kV 51.789 2.655 por concessionária e por nível de tensão
EMG 22,0 kV 3.843 1.409
ENF 11,4 kV 8.172 4.541 Com base nas informações apresentadas na Figura 3 é
possível estimar, para o período de levantamento das
Para a validação do método a amostragem mínima definida informações, a existência de aproximadamente 38.285 pára-
para os pára-raios inspecionados foi de 873, considerando raios de SiC para um total 63.804 pára-raios instalados ao
uma margem de erro absoluta máxima (desvio do valor longo das redes de distribuição da EMG e ENF,
considerado em relação a média) de 10% para um intervalo correspondendo a um percentual total de 60,0%.
de confiança estatístico de 95%. Portanto, a amostragem de Com relação aos fabricantes, verificou-se uma grande
pára-raios considerada permitiu representar o universo total de predominância de um determinado fabricante, totalizando
pára-raios instalados por concessionária e por nível de tensão aproximadamente 53,4% dos pára-raios instalados.
com uma margem de desvio absoluto inferior a 3% para um
intervalo de confiança estatístico de 98%. B. Desenvolvimento e implementação de um banco de
Definida a amostragem, foi iniciada a etapa de coleta das dados para cadastramento das informações
informações, onde os pára-raios foram identificados e Nesta etapa foi desenvolvido e implementado um sistema
catalogados. A etapa de identificação e de coleta de dados dos para a montagem de um banco de dados para registro e
pára-raios possibilitou a obtenção de informações referentes a armazenamento de todas as informações obtidas durante a
população de pára-raios de SiC; o percentual dessa população etapa de cadastramento dos pára-raios e de coleta de dados.
em relação ao total de pára-raios instalados; e os diferentes Este banco de dados permitiu a obtenção de informações
tipos de fabricantes. Com base nas informações obtidas foi climáticas em relação aos conjuntos consumidores: índice de
possível traçar um perfil dos tipos de pára-raios instalados na atividades elétricas; índice de umidade relativa do ar – valor
EMG e na ENF. Uma síntese das informações obtidas é médio; índice de temperatura média; índices de contaminação;
apresentada na Tabela 3. e índice de exposição de raios ultra-violeta.
TABELA III
INFORMAÇÕES REFERENTES A POPULAÇÃO DOS PÁRA-RAIOS DE SIC C. Definição da amostragem de pára-raios submetidos aos
Energisa Minas Gerais – EMG
ensaios elétricos
O procedimento estatístico adotado para a definição da
Conjunto Quantidade PR Sic % PR ZnO %
Consumidor de pára-raios
quantidade e dos tipos de pára-raios submetidos aos ensaios
Cataguases 1.275 813 63,8 462 36,2 elétricos foi o mesmo utilizado para o levantamento das
Mirai 134 86 64,2 48 35,8 informações referentes aos pára-raios instalados na EMG.
Total 1.409 899 63,8 510 36,2 Foram selecionados pela EMG e ENF 13 conjuntos
Astolfo Dutra 187 139 74,3 48 27,7 consumidores, levando em consideração: a priorização pela
Coimbra 86 54 62,8 32 37,2
Divinésia 71 35 49,3 36 50,7
avaliação de pára-raios dos conjuntos consumidores
Paula Candido 126 64 50,8 62 49,2 previamente inspecionados e com os pára-raios já cadastrados;
Sem. Firmino 120 63 52,5 57 47,5 conjuntos apresentando índices de queima de transformadores
Tocantins 245 155 63,3 90 36,7 mais elevados; maiores índices de densidade de descargas à
Ubá 1.820 1.174 64,5 646 35,5 terra; índices de umidade relativa do ar mais elevados; índice
Total 2.655 1.684 63,4 971 36,6 de exposição ultra-violeta; índice de contaminação; e
Energisa Nova Friburgo – ENF importância para o sistema da EMG e ENF.
Com base nos critérios estabelecidos foi definida uma
Conjunto Quantidade PR Sic % PR ZnO %
Consumidor de pára-raios amostragem mínima de 643 pára-raios para um total de
Nova Friburgo 4.541 1.666 36,7 2.875 63,3 18.300 pára-raios de SiC instalados nos conjuntos
Total 4.541 1.666 36,7 2.875 63,3 consumidores selecionados, considerando uma margem de
erro variando entre 10 e 15% para um intervalo de confiança
A partir das informações da Tabela 3 e considerando a estatístico de 95%. A amostragem total selecionada foi de
representatividade estatística dessas informações para o 679 pára-raios, sendo 579 pára-raios para aplicação em redes
universo total de pára-raios instalados, foi realizada uma de 11,4 kV e 100 pára-raios para redes de 22,0 kV.
estimativa sobre o quantitativo de pára-raios instalados nas Uma vez definida a amostragem foi realizada uma divisão
redes de distribuição da EMG e da ENF, Figura 3. dos pára-raios a serem ensaiados por fabricante, considerando
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as informações sobre o percentual de cada fabricante em detectar falhas incipientes ou um estado de degradação
relação ao total de pára-raios instalados. acelerado dos pára-raios de SiC.
Definida a amostragem de pára-raios por conjunto de Apesar de não haver nesse ensaio um valor normalizado
consumidores e fabricantes foi realizada de forma aleatória a para se estabelecer um critério de aceitação ou rejeição dos
retirada desses pára-raios das redes de distribuição dentro dos pára-raios, experiências de pesquisas correlatas têm mostrado
conjuntos de consumidores considerados. Os pára-raios foram que: correntes de fuga com valores eficazes acima de
retirados de pontos distintos, espaçados e os mais 100 µA; deformações e ruídos significativos observados na
diversificados possíveis, priorizando a máxima independência forma de onda da corrente; bem como correntes com a forma
na escolha dos locais de retirada e substituição, não havendo de onda resistiva (no caso de pára-raios de distribuição novos
controle algum das características e situações dos pára-raios observa-se uma corrente capacitiva); são fortes indicativos de
retirados. A escolha aleatória dos pára-raios permitiu uma um estado de degradação do conjunto de centelhadores. Desta
maior confiabilidade na extrapolação dos resultados para a forma, foram estabelecidos durante a pesquisa, os critérios
população total de pára-raios instalados em relação nos acima descritos para avaliar o comportamento dos pára-raios
resultados obtidos durante os ensaios. nesse ensaio.
Algumas das amostras de pára-raios retiradas foram Para o ensaio de tensão residual os seguintes critérios de
danificadas durante o transporte e armazenamento, reduzindo avaliação foram considerados para avaliar os pára-raios com
a quantidade de pára-raios ensaiados. Efetivamente foram desempenho satisfatório durante o ensaio: (1) - valor de tensão
disponibilizados para os ensaios 501 pára-raios de SiC, sendo residual medido menor do que o valor estabelecido em Norma
99 unidades de pára-raios para o sistema de 22,0 kV e 402 para o pára-raios ensaiado; (2) - formas de onda de tensão
pára-raios para o sistema de 11,4 kV, com predominância para residual e da corrente de descarga sem distorções
os pára-raios com tensão nominal de 9 kV. significativas em suas características; (3) - valor da tensão
Posteriormente a etapa de triagem foi realizada a etapa de residual mínima deve ser maior ou igual ao valor de tensão
inspeção visual e de cadastramento dos pára-raios, onde esses residual médio, obtido pela média dos valores de tensão
foram catalogados segundo critérios preestabelecidos. Esta residual de todos os pára-raios de mesma tensão nominal e
identificação facilitou o rastreamento das amostras de pára- tipo construtivo, menos um desvio-padrão.
raios durante os ensaios. A Figura 4 apresenta detalhes das
amostras de pára-raios selecionadas para os ensaios. E. Análise dos resultados obtidos durante os ensaios
Para uma melhor compreensão dos resultados obtidos e do
comportamento dos pára-raios ensaiados, a avaliação dos
ensaios foi realizada considerando quatro diferentes
condições: (1) - avaliação geral dos resultados por tensão
nominal dos pára-raios; (2) - avaliação geral dos resultados
por nível de tensão do sistema; (3) - avaliação dos resultados
por conjunto de consumidores; e (4) - avaliação dos resultados
por fabricantes. Neste trabalho são apresentados os resultados
considerando as condições (2) e (3).
- Avaliação geral dos resultados por nível de tensão:
A análise do comportamento geral dos pára-raios para
aplicação em sistemas de 11,4 kV mostrou que dos 402 pára-
raios ensaiados 263 pára-raios apresentaram desempenho
insatisfatório em pelo menos um dos três ensaios,
correspondendo a um índice geral de falha de 65,4%.
Os ensaios de corrente de fuga e de tensão disruptiva se
Figura 4 – Detalhes das amostras de pára-raios selecionadas para ensaios mostraram eficazes na detecção de pára-raios com defeito,
com incides de falha individual de 16,1% e 13,7%,
D. Realização dos ensaios em laboratório respectivamente e um índice de falha comum aos dois ensaios
Os seguintes ensaios foram considerados para a avaliação de 44,8%. Com relação ao ensaio de tensão residual se
do desempenho dos pára-raios retirados: ensaio de tensão observou um índice de falhas associado a este ensaio de 8,5%.
disruptiva a freqüência industrial; ensaio de medição da Verificou-se também um índice de falha comum aos três
corrente de fuga à tensão nominal; e ensaio de tensão residual ensaios de 13,3%. Uma síntese do comportamento dos pára-
à corrente de descarga nominal. Esses ensaios foram raios em função do ensaio está apresentada na Figura 5.
realizados em 100% dos pára-raios identificados para ensaio, Para a tensão do sistema de 11,4 kV a análise dos
seguindo os procedimentos e critérios estabelecidos nas resultados permitiu identificar um índice total de falhas
Normas NBR 5287/88 [5] e NBR 5309/91[6]. associado aos centelhadores de 91,5% para um índice de
O ensaio de medição da corrente de fuga tem sido falhas associado aos elementos não-lineares de 25,4%.
freqüentemente utilizado em projetos correlatos para avaliar o Esse resultado nos permite identificar que a maior causa de
comportamento do conjunto de centelhadores quando da falhas nos pára-raios instalados no sistema de 11,4 kV está
aplicação da tensão nominal do pára-raios, e a forma de onda associada com a degradação do conjunto de centelhadores dos
da corrente obtida serve como uma boa referência para se pára-raios. Esse indicador também possibilita associar o
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elevado índice de falhas observado com a penetração de - Avaliação dos resultados por conjunto de consumidores:
umidade por perda de estanqueidade dos pára-raios. Uma análise comparativa entre os resultados obtidos com
as condições ambientais e atmosféricas não permitiu
estabelecer uma relação direta entre os ensaios elétricos e as
5 33 34 condições ambientais e atmosféricas, que permita a
2% 13% 14% 40 extrapolação dos resultados para os conjuntos consumidores
16% Udisrup
3 com condições ambientais e atmosféricas semelhantes.
Ifuga
1% No entanto, foi possível estimar, a partir dos resultados
Ures
Udisrup + Ifuga obtidos, que todos os conjuntos consumidores da EMG
Udisrup + Ures apresentem índices de pára-raios de SiC instalados com
111 21 Ifuga + Ures condições de desempenho insatisfatórios iguais ou superiores
45% 9% 3 métodos de 50%, o que indica a necessidade de ações imediatas da
EMG com relação a um programa para substituição dos pára-
raios de SiC atualmente instalados. Verificou-se como pior
condição de desempenho dos pára-raios um determinado
Figura 5 - Defeitos observados nos pára-raios por método de ensaio conjunto consumidor com um índice de falha de 75,0%,
enquanto que seis dos conjuntos consumidores avaliados
A análise do comportamento geral dos pára-raios para apresentaram índices de falha superiores a 60,0%.
aplicação em sistemas de 22 kV mostrou 61 pára-raios com Com relação às amostras ensaiadas, os resultados obtidos
desempenho insatisfatório em pelo menos um dos três ensaios para a maioria dos conjuntos consumidores apresentaram
realizados, correspondendo a um índice geral de falha de margens de erros estatísticos inferiores a 12%, para um
61,6%. A análise dos resultados permitiu identificar um índice intervalo de confiança estatístico de 95%, o que garante uma
total de falhas associado aos conjuntos de centelhadores de boa representatividade dos resultados observados em relação à
92,2% e um índice total de falhas associado aos elementos população total de pára-raios instalados nesses conjuntos.
não-lineares de 39,2%. No entanto, em alguns conjuntos consumidores estimam-se
Os ensaios mostraram um índice total de falhas associado margens de erros na faixa de 20% a 27%, basicamente em
aos conjuntos de centelhadores equivalente ao índice obtido função da pequena quantidade de amostras consideradas para
para o sistema de 11,4 kV, indicando uma maior esses conjuntos. Intervalo de confiança estatístico de 95%.
probabilidade de falhas em pára-raios instalados no sistema de Com relação aos índices de queima informados para os
22 kV sendo atribuída ao comportamento insatisfatório dos transformadores de distribuição, foi verificada para alguns
centelhadores. Tal como para a análise do sistema de 11,4 kV, conjuntos consumidores uma relação direta entre os resultados
esse indicador possibilita associar o elevado índice de falhas dos ensaios elétricos (os dois piores desempenhos elétricos
observado durante os ensaios com a penetração de umidade dos pára-raios durante os ensaios) com os índices de queima
por perda de estanqueidade. de transformadores de distribuição.
Uma síntese geral dos resultados obtidos na análise por Os resultados obtidos na pesquisa apontam para a
nível de tensão do sistema é apresentada na Figura 6. necessidade do Grupo Energisa estabelecer um plano de ação
objetivando o desenvolvimento de um programa de
substituição progressivo desses pára-raios por pára-raios de
tecnologia mais recente, de modo a garantir uma proteção
adequada para os equipamentos instalados ao longo das suas
redes de distribuição, bem como manter a confiabilidade
dessas redes.
Esses indicadores também servem como referência para a
definição dos critérios a serem adotados pela empresa em
relação a seus pára-raios. Recentes trabalhos publicados
apresentam informações sobre a metodologia para a inspeção
de pára-raios defeituosos em redes de distribuição [8] - [10] e
apontam a tecnologia de detecção de rádio-interferência como
um bom parâmetro para a identificação de falhas em pára-
Figura 6 – Análise dos resultados por nível de tensão do sistema raios de SiC em serviço, havendo uma relação entre essa
técnica e a corrente de fuga do pára-raios.
Considerando a representatividade estatística da amostra de
pára-raios submetida aos ensaios em relação à população total IV. CONCLUSÕES
de pára-raios instalada, pode-se concluir que existe uma Neste trabalho foram apresentados a metodologia e os
grande quantidade de pára-raios atualmente instalados nas resultados obtidos na avaliação do desempenho dos pára-raios
redes aéreas de distribuição da EMG com tensões nominais de de Carbureto de Silício (SiC) com invólucros de porcelana
11,4 kV e de 22 kV apresentando fortes indicativos de instalados nas redes aéreas de distribuição da CFLCL – atual
degradação por penetração de umidade. Energisa Minas Gerais.
7

Os resultados dos ensaios mostraram que dos 501 pára- [8] Oliveira Jr., R. G. at alli, “Metodologia para substituição de pára-raios
de Carboneto de Silício em circuitos de média tensão”, Décimo
raios ensaiados 324 pára-raios apresentaram desempenho
Segundo Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do
insatisfatório em pelo menos um dos três ensaios elétricos Iguaçu - PR, Brasil - 20 a 24 de maio de 2007.
realizados, com um índice médio de falhas de 64,7%. A [9] de Oliveira Jr, R. G., ET alli; “Field Inspection of Surge Arresters for
análise por conjunto de ensaios mostrou evidência de Médium Voltage Circuits”, ISH - International Symposium on High
Voltage Engineering, Eslovênia, Agosto de 2007.
degradação nos conjuntos dos centelhadores em 84,6% desses
[10] de Salles, C.; Saran, M. A. M; Martinez M. L. B., “Manuais para
pára-raios, indicando a forte influência da entrada de umidade utilização de equipamentos de inspeção em campo de redes de
no desempenho desse elemento. Com relação aos elementos distribuição”, Laboratório de Alta Tensão, Universidade Federal de
não-lineares, evidências de degradação foram observadas em Itajubá;
[11] Australian Standard 1307.1, “Surge Arresters (Diverters) Part 1 –
33,3% dos pára-raios. Análise similar, considerando os
Silicon Carbide Type for A.C. Systems”, 1986.
conjuntos de consumidores mostrou, para todos os conjuntos [12] Australian Standard 1307.2, “Surge Arresters (Diverters) Part 2 –
considerados, índices mínimos prospectivos de falhas Metal Oxide Type for A.C. Systems”, 1987.
superiores a 50%, com alguns chegando aos 70 – 75%. [13] ANSI, “Proposed Distribution Arresters Sealing System Design
Test”, 9th Draft, September 1985.
A extrapolação dos resultados obtidos em laboratório, com
base nas margens de erro consideradas dentro da metodologia
estatística utilizada, indica a existência de uma grande VII. BIOGRAFIAS
quantidade de pára-raios atualmente instalados nas redes de Jorge Luiz de Franco. Nascido 1962 em Petrópolis, RJ. Engenheiro
eletricista pela Universidade Católica de Petrópolis - UCP em 1985, Mestre
distribuição com tensões nominais de 11,4 kV e de 22 kV em
em engenharia elétrica pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB em 1993
estado avançado de degradação ou em fase de degradação e e atualmente doutorando pela Universidade Estadual de Campinas –
apontam para a necessidade do Grupo Energisa estabelecer UNICAMP. Trabalhou no Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL
um plano de ação programado objetivando a substituição durante 10 anos, participando de diversos estudos e projetos relacionados a
ensaios e aplicação de para-raios. Desde 1995 atua como Consultor Técnico,
progressiva dos pára-raios de SiC por pára-raios de ZnO, de
sendo Sócio Administrador da Franco Engenharia.
modo a garantir uma melhor proteção para os equipamentos
instalados ao longo das suas redes de distribuição, bem como Sanderson R. de Abreu. Nascido em 1969 em Juiz de Fora, MG. Técnico
manter a confiabilidade dessas redes. em Eletrotécnica pelo Colégio Técnico Universitário – CTU/UFJF,
Engenheiro de Produção pela Faculdades Integradas de Cataguases- FIC em
Por fim, pode-se destacar como principal benefício deste 2010, atualmente mestrando pela Universidade Estadual de Campinas –
projeto, o melhor conhecimento obtido pelo Grupo Energisa UNICAMP. Trabalha há 23 anos na área de engenharia do Grupo Energisa,
em relação aos pára-raios instalados nas redes de distribuição atualmente coordena o Laboratório de Ensaios de Alta Tensão do Grupo
da EMG e a possibilidade de tomadas de decisão com bases Energisa.
científicas, de modo a se estabelecer programas de
Ítalo C. Tavares. Nascido em 1988 em Leopoldina, MG. Técnico em
substituição desses pára-raios, objetivando a redução dos eletrotécnica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais -
índices de desligamentos permanentes das redes de CEFET-MG, Atualmente graduando em Engenharia de Produção pela
distribuição devido a falhas verificadas em pára-raios / Faculdades Integradas de Cataguases- FIC. Desde 2007 trabalhando na área
de engenharia do Grupo Energisa. Atualmente trabalha no Laboratório de
equipamentos por eles protegidos; além do aumento na
Ensaios de Alta Tensão do Grupo Energisa.
confiabilidade das redes de distribuição.
Marcel A. de A. Romano. Nascido em Viçosa, MG no ano de 1987,
V. AGRADECIMENTOS atualmente é aluno de graduação da Universidade Federal de Viçosa, no curso
de Engenharia Elétrica e estagiário de engenharia da Franco Engenharia. Tem
Os autores agradecem ao Grupo Energisa pelo suporte técnico como áreas de interesse a automação de ensaios de equipamentos de alta
e financeiro necessários para o desenvolvimento do projeto. tensão, técnicas de processamento de sinais, assim como assim como projeto
e montagem de dispositivos eletrônicos.

VI. REFERÊNCIAS
[1] De Franco, J. L. & Levy, A. F. S., “Avaliação do desempenho de pára-
raios de distribuição”, Relatório Técnico CEPEL DPP/TEC
No 023/94, 1994.
[2] PROQUIP – Programa de Qualificação de Materiais e Equipamentos
do Setor de Energia Elétrica - Grupo de Estudos de Pára-raios de
Distribuição - GEPR, “Pára-raios de distribuição”, Relatório de
divulgação, 1997.
[3] Lat, M. V. & Carr, J., “Application Guide for Surge Arresters on
Distribution Systems, CEA Report 077D 184 A, Sept. 1988.
[4] Martinez, M. L. B., “Pára-raios para sistemas de Média Tensão –
Características Técnicas e Aplicação a Sistemas de Potência”;
Dissertação de Mestrado, EFEI, Dezembro 1992.
[5] NBR 5287 / 1988, "Pára-raios de resistor não-linear a Carboneto de
Silício (SiC) para circuitos de potência de corrente alternada –
Especificação”.
[6] NBR 5309 / 1991, "Pára-raios de resistor não-linear a Carboneto de
Silício (SiC) para circuitos de potência de corrente alternada –
Método de Ensaios”.
[7] IEC 99-1 / 1991 “Surge Arresters - Part 1: "Non-linear resistor type
gapped surge arresters for a.c. systems".

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