Apresentação
Prezado(a) cursista,
Nesta Sala Ambiente nos dedicamos ao tema da Avaliação Escolar. Nossa intenção é que
as atividades propostas lhe possibilitem uma aproximação com debates atuais do campo
da avaliação, por meio de algumas produções disponíveis na literatura, de livre e fácil
acesso. Além disso, objetivamos uma articulação entre essas produções e o
conhecimento que você já dispõe sobre o assunto, tendo em conta a sua prática
profissional.
a) avaliação da aprendizagem
b) autoavaliação institucional
c) avaliação em larga escala
Importa salientar que estas dimensões da avaliação não devem ser tratadas como
isoladas entre si, serão aqui abordadas em separado para fins didáticos. Em realidade
elas integram a avaliação da/na escola e têm como referência comum o projeto
pedagógico.
Para cada unidade serão indicados textos para estudo, sendo alguns de leitura
obrigatória e outros de leitura complementar. Relacionamos também algumas
publicações que não têm acesso livre, mas que poderão ser consultadas por você caso
deseje um aprofundamento de seus estudos na área de avaliação e tenha possibilidade
de recorrer a alguma biblioteca. As atividades que integram cada unidade visam
estimulá-lo para uma interação com a literatura consultada e a articulação dos
referencias apresentados com o contexto em que atua.
Sempre que se discute avaliação há muita controvérsia. Muitas são as polêmicas que
surgem quando discutimos questões como:
Para essas questões, não há respostas simples. Mais ainda, não há uma única resposta
ou a resposta correta, pois a avaliação não é apenas uma atividade técnica, é política e
ideológica. Assim, os valores assumidos por quem faz a avaliação são determinantes das
respostas que podem ser dadas a essas questões.
Organizamos as atividades desta Sala com o intuito de lhe trazer subsídios que
contribuam para o aprimoramento do exercício da coordenação do trabalho escolar, por
meio da vivência de um processo avaliativo que se coloque a serviço da democratização
do ensino.
• Identificar alternativas
de vivência da avaliação
que estejam a serviço da
aprendizagem de todos os
alunos.
• Analisar os indicadores
de desempenho da escola,
tendo como referência a
Prova Brasil e IDEB.
Para dar uma ideia inicial da concepção de avaliação de aprendizagem que estamos
assumindo, optamos por reproduzir entrevista que demos a grupo de professores de
uma rede municipal do estado de São Paulo, atuantes na coordenação pedagógica. As
questões foram propostas por eles, o que nos faz supor que também possam ser
interessantes para um início de diálogo sobre o tema, em um curso destinado a
coordenadores pedagógicos.
Segue-se a entrevista:
[Q 1 - Diante dos desafios que a educação vem enfrentando a avaliação escolar pode
ser considerada adequada?
Sandra: Precisamos tomar cuidado quando falamos acerca das práticas avaliativas para
não fazer afirmações de modo a generalizá-las. Com isso quero dizer que as
considerações que apresento acerca do tema têm como referência as características
que se mostram dominantes nas escolas, embora reconheça que há iniciativas em curso
que caminham em direção divergente a essas tendências. Usualmente a avaliação é
vivenciada tendo como principais finalidades a classificação e seleção dos alunos,
servindo à discriminação escolar e social e, portanto se constituído em um poderoso
instrumento de negação do direito à educação. Tal perspectiva atende a um projeto
educacional que assume ser papel da escola selecionar alunos e não o compromisso de
promover a aprendizagem de todos. Portanto, não há em abstrato uma avaliação que
possa ser considerada adequada. Os critérios para julgar sua adequação emergem do
projeto educacional e social que é assumido pelos educadores.
Q 2 - Em geral o aluno apresenta progressos em sua aprendizagem ao longo do ano
letivo. Contudo, estes não são suficientes para que o mesmo consiga uma menção
satisfatória. Como valorizar o progresso obtido tendo em vista a existência de um
sistema que restringe a avaliação a notas e conceitos?
Sandra: O problema central não é a existência de notas ou conceitos, mas sim o
Para iniciar os trabalhos desta Unidade, selecionamos três textos para estudo que
trazem contribuições para uma compreensão da avaliação da aprendizagem, por meio
da discussão de aspectos teóricos e práticos.
FILME
GLOSSÁRIO
ATIVIDADE 1 - OBRIGATÓRIA
Participe!
Participe!
Participe!
Na Unidade 3, vamos nos dedicar à avaliação em larga escala, e discutir como seus
resultados podem ser úteis para o planejamento e replanejamento do trabalho escolar.
A avaliação externa ocorre quando se busca a avaliação da escola por meio do olhar de
agentes ou entidades da comunidade escolar, que analisam seu trabalho com um “olhar
de fora”, como, por exemplo, associações de bairro, instituições sociais ou
empregadores.
Nesta Unidade vamos dar mais atenção à autoavaliação. Parece-nos que é importante
que a escola já tenha amadurecido este processo para que vivencie, com tranqüilidade,
a avaliação externa.
LEITURA OBRIGATÓRIA
Para leituras básicas desta Unidade, selecionamos três textos. Estes abordam a
necessária articulação entre a proposta de avaliação institucional e o projeto
pedagógico da escola. Assumindo uma concepção democrática de avaliação, são
destacadas características que se supõem fundamentais para uma avaliação que se
coloque a serviço do aperfeiçoamento do trabalho escolar, tendo em conta a
multiplicidade e diversidade de projetos educacionais e sociais que se manifestam
no cotidiano escolar. São ainda discutidas dimensões que a avaliação institucional
pode abranger, observando-se, no entanto, que não existe o melhor caminho ou o
modelo desejável de avaliação. A qualidade da proposta avaliativa deve ser
apreciada em relação direta com as características e projeto de cada escola.
Segue-se informação sucinta sobre cada um dos textos.
SOUSA, S. M. Zakia..L. Avaliação Institucional: elementos para discussão. In: LUCE,
M. B. e MEDEIROS, I. L. P. (Org.). Gestão Escolar Democrática: concepções e
vivências. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2006, p.135-142 (acesso livre TV ESCOLA
- Salto para o Futuro).
O texto trata do processo de avaliação institucional como um instrumento de gestão
do projeto pedagógico. Concebendo a avaliação como um processo de busca de
compreensão da realidade e do trabalho escolar e de promoção de sua qualidade,
explora suas finalidades, destacando-se características que induzem a vivência da
avaliação em uma perspectiva democrática. A questão-chave é como tirar partido da
avaliação de todos e de todo o trabalho da escola para aprimoramento das propostas
e ações, no sentido da qualidade educacional e da vivência democrática?
Esta proposta de avaliação sugere sete dimensões a serem consideradas pela escola,
que expressam a visão e seus elaboradores sobre qualidade do trabalho escolar.
Estas dimensões foram traduzidas em indicadores, que sinalizam de um modo
observável a noção de qualidade assumida. Ou seja, um indicador é uma
representação observável de um conceito ou noção abstrata.
A partir das dimensões e indicadores, a proposta indica questões que merecem ser
respondidas para que se construa uma análise da qualidade do trabalho em realização
pela escola.
Para uma visão geral das dimensões e indicadores sugeridos no documento, estes são a
seguir listados:
Não existe “a melhor maneira” de conduzir a avaliação institucional. Como diz Sousa
(2006), no texto que você irá consultar nesta Unidade, “não é possível pensarmos
em um modelo único de avaliação que atenda a todas as escolas, pois, para que este
ganhe significado institucional, precisa responder ao projeto educacional e social em
curso”. Portanto, cada escola ou rede de ensino irá construir a sua proposta de
avaliação.
VÍDEO
APPLE, M.l. e BEANE, J. (Org.). Escolas Democráticas. São Paulo: Cortez, 1997.
FERNANDES, Maria Estrela Araújo. Avaliação institucional da escola e do sistema
educacional: base teórica e construção do projeto. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001.
FREITAS, Luiz Carlos. Qualidade negociada: avaliação e contra-regulação na escola
pública. Educação & Sociedade, Campinas, v.26, n. 92, p.911-933, out.2005.
GATTI, Bernardete Angelina. Avaliação institucional: processo descritivo, analítico
ou reflexivo? Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v.17, n. 34,p. 7-14,
maio/ago. 2006.
ATIVIDADE 6 - OBRIGATORIA
ATIVIDADE 9 - OBRIGATORIA
Apresentação
Para uma compreensão do que é proposto pelo MEC para avaliação da Educação Básica,
os textos de referência a serem consultados são os que estão disponibilizados nos sítios
do MEC e do INEP. São indicados também para estudo artigos que buscam apontar
limites das avaliações tal como delineadas, bem como indicam possíveis riscos da
LEITURA OBRIGATÓRIA
Para iniciar os trabalhos desta Unidade, selecione nos sítios do MEC e do INEP
documentos que informam sobre os propósitos e características:
Cabe esclarecer que embora o ENEM não vise a avaliação da Educação Básica,
optamos por incluí-lo em nosso estudo, pois é fundamental que coordenadores
conheçam seus propósitos, pois é comum ouvirmos, indevidamente, que este exame
avalia a Educação Básica ou o Ensino Médio
Selecionamos dois documentos para estudo que trazem informações que lhe
permitem compreender a organização da prova, as competências e habilidades
medidas e os níveis de desempenho estabelecidos e conhecer exemplos de itens que
são utilizados nas provas.
1. CENPEC. A Prova Brasil na escola: material para professores,
coordenadores pedagógicos e diretores de escolas de ensino fundamenta. São
Paulo, 2007.http://www.cenpec.org.br/memoria/uploads/F1726_212-05-
00001Prova Brasil na Escola.pdf
Elaborado para ser utilizado por profissionais atuantes na escola, este material tem
como objetivos contribuir para que estes:
ATIVIDADE 12 - OBRIGATORIA