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TVE Debate - Cotas raciais. Há ou não há um 'racismo institucionalizado? https://sergiohenriquepereira.jusbrasil.com.br/artigos/652364607/tve-deb...

TVE Debate - Cotas raciais. Há ou não há um 'racismo


institucionalizado?

O TVE Debate - Cotas raciais está disponibilizado no canal da TVE Bahia.


Publicado em 22 de nov de 2017, o debate teve participações:

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Dois lados: Promotora de Justiça Lívia Vaz e a doutora em sociologia


Marcilene Garcia, ambas em defesa das cotas raciais; o professor de direito e
cientista social, Osvaldo Bastos, e a jornalista e coordenadora do movimento
LIVRES na Bahia, Priscila Chammas , ambos contra as cotas.

CONTRA

Osvaldo Bastos apelou muito para o Marxismo Cultural — dialética, Lenin e


Paulo Freire, como causador do analfabetismo funcional, Darcy Ribeiro,
desfragmentação social etc. — como uma ideologia para mudar os padrões de
'vida boa', utilitarista, do Brasil e do mundo; possivelmente capitalista.
Osvaldo citou a Escola de Frankfurt como uma readaptação do Marxismo
para desconstruir a sociedade ocidental. O professor de direito e cientista
social assevera ser uma injustiça quando há cotas raciais enquanto há pobres
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de cabelos loiros e olhos azuis que estão em Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, Curitiba. Osvaldo ratifica que há desigualdades sociais no Brasil; o Brasil,
segundo dados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes), à época do debate, "é o segundo pior país do mundo em leitura e
interpretação".

Osvaldo considerou a norma do art. 19, III, da CRFB:

Ou seja, O Estado não pode fazer distinções. Osvaldo considerou uma


manobra ao considerar 'tratar igualmente os iguais e desigualmente os
desiguais, na exata medida de suas desigualdades' para legitimar as cotas
raciais. Para Osvaldo, a geração dele teve ensino de qualidade, principalmente
em instituições militares. O professor de direito e cientista social citou os
EUA e Israel quanto à saída da ONU.

Priscila Chammas afirmou que realmente faltam negros nas universidades,


mas por serem negros ou pela educação deficitária? Ainda, nas palavras da
jornalista, a educação do Brasil é uma das maiores do mundo, sendo as
dificuldades dos alunos a simples interpretação de texto — analfabetos
funcionais. Nas instituições públicas, do ensino médio, segundo ela, na época
do debate, 95% dos alunos não sabem matemática básica. Para a jornalista, as
cotas representam construções equivocada, pois 'casa não se constrói a partir
do telhado, mas pela base'. O problema não é o vestibular, todavia a
precariedade na formação inicial — talvez da Educação Infantil, prosseguindo
com o Ensino Fundamental e terminando no Ensino Médio. Ainda em sua
consideração, a má qualidade no ensino público, sendo a maioria dos
estudantes negros, logicamente faz com que os negros tenham uma máquia

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qualidade de ensino. "Não de deveria discutir cotas, mas soluções para a


educação básica". Para jornalista, não saber a matemática básica, a pessoa
não serve nem para ser caixa de supermercado, trabalhar em loja, atendente
de balcão. Para Priscila é muito difícil saber quem é negro no Brasil, por ser
um país 'muito miscigenado'. "Existe algum mecanismo de medir a
quantidade de melanina na pele?", pergunta Priscila. Ainda a jornalista, a
cotas institucionalizam Tribunais Raciais para se decidir se a pessoa é negro
suficiente para ingressar nas universidades através das cotas raciais. Priscila
dá exemplo: lábios grossos; nariz no formato 'adequado'. Ou seja, quais as
características físicas para se decidir quem é negro e quem é branco? Para a
jornalista, cria-se um racismo — segundo a jornalista, racismo é dividir as
pessoas por 'raças'; ela ratifica que raça não existe.

Outra questão levantada pela jornalista, "a universidade é o local para se fazer
justiça social"? Segundo ela, a universidade serve para produzir
conhecimento, saber; o Brasil não tem nenhuma universidade melhor do
mundo. Priscila considerou que a justiça social deve ser feita pela educação
básica, isto é, qualidade na educação básica para os pobres e os negros possa
competir de 'igual para igual'. Priscila Chammas invocou a filosofia libertária,
possivelmente ideias difundidas por Milton Friedman, em sua obra
Capitalismo e Liberdade.

A FAVOR

A Promotora de Justiça Lívia Vaz considerou que a CRFB de 1988 é um


instrumento de igualdade universal para todos os brasileiros. Nas palavras de
Lívia, o Estado brasileiro é o culpado, pelo aparato legislativo, pelas
discriminações, preconceitos e desigualdades socioeconômicas da etnia negra.
Sendo assim, cabe ao Estado reparar os danos causados aos negros. Ou seja, é
obrigação do Estado desconstruir — aproveito para inserir meu ponto de
vista, a Arquitetura da Discriminação — as violações à dignidade da etnia
negra. Lívia menciona a Constituição de 1824 e, logo em seguida, um ato
complementar proibindo os negros de frequentarem escolas.

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Marcilene Garcia faz uma pergunta poderosa, como é possível uma sociedade,
que é a segunda nação mais negra do planeta só perdendo para Nigéria, em
quantidade de negro e, em 2000, de todos os universitários do país, 98%
(noventa e oito por cento) eram brancos? A socióloga afirmou que são os
negros que constroem as bases econômicas do Brasil.

Algumas perguntas:

Há uma Arquitetura da Discriminação institucionalizada no Brasil


contra os negros?

Quem é negro no Brasil e como caracterizá-lo?

O Estado brasileiro dificultou, ou retarda, a ascensão socioeconômica da


etnia negra?

Os negros foram, realmente, privados de suas liberdades ou tiveram


'oportunidades' de tornarem-se livres no Brasil?

DESENVOLVIMENTO

1) Olhos, como me veem?

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https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/05
/070424_dna_neguinho_cg.shtml

https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story
/2007/05/070514_dna_ildisilva_cg.shtml

Pelos casos acima, a jornalista Priscila está correta, como saber quem é negro
pelas características externas (fenótipo)? Pela cor dos olhos, das
características dos cabelos, se lisos ou crespos, pela quantidade de melanina?
Muito difícil conceituar quem é negro, principalmente pela miscigenação. Se
pensarmos antes da Pangeia, e do início da vida humana na Terra, no caso
África, todos são iguais, não há distinções. Ou melhor, todos são africanos.

2) Arquitetura da Discriminação ou oportunidades para todos?

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https://www.bbc.com/portuguese/brasil-
44792271

Já li em alguns livros e comentários sobre 'oportunidades' de os escravos


negros, no Brasil, conseguirem liberdade, mediante trabalho, pagamento.
Também já li sobre 'negros escravizavam negros na África'. Pela singela parte
da História Brasileira, da matéria acima, pode-se afirmar que houve
escravidão, mas não era tão 'cruel', já que a liberdade era possível. Para
conseguir, pela meritocracia, igualdade e riqueza, o trabalho árduo, a
persistência de conseguir 'dias melhores', independente de etnia. Ainda pelo
vislumbre da matéria, e centralidade a esse pequeno fragmento da História
Brasileira, uma certa 'confirmação', baseando-me em pesquisas na internet,
de que todos, repito, pela meritocracia podem sonhar e concretizar os
próprios sonhos.

O OUTRO LADO

Gilberto Freyre

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A luta esquecida dos negros pelo fim da escravidão no Brasil

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https://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-
sh/lutapelaabolicao

Tive oportunidade de escrever, pouco, sobre o abolicionista Luís Gama —


Faculdade de Direito da USP aprova reserva de vagas para alunos pretos,
pardos e indígenas (PPIs). Luiz Gonzaga Pinto da Gama rejubila. Rábula,
pela discriminação da época.

CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL (DE


16 DE JULHO DE 1934)

Eugenia, uma pseudociência criada pelo primo de Charles Darwin; o


pseudocientista se chamava Francis Galton. A eugenia influenciou muitos, a
bem dizer, a maior parte da humanidade. Muito antes da Alemanha Nazista
instituir, a pseudociência iniciou-se nos EUA, no início do século XX —
Eugenia: como movimento para criar seres humanos 'melhores' nos EUA
influenciou Hitler. Há quem diga que Karl Max foi um racista. Bom, em sua
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época, quem não era? Poucos. Thomas Robert Malthus (1766-1834), como
bom economista, sem pensa em filosofia, considerou na necessidade de
controle populacional. Não é demais afirmar que a teoria malthusiana
influenciou os darwinistas sociais, a eugenia foi a última carta para selecionar
seres humanos 'bons' dos 'ruins'. Se a humanidade pós Segunda Guerra
Mundial ficou aterrorizada com os feitos nazistas, o fuhrer (Adolf Hitler)
apenas colocou em prática o que muitos não tiveram 'coragem', abertamente,
de fazer, extermínios pelas características físicas, comportamentais etc. —
recomendo assistir ao documentário Arquitetura da Destruição
(Undergångens arkitektur).

No artigo Escola tem muro pichado “vamos cuidar do futuro de nossas


crianças brancas”, não necessito dizer mais nada. A educação no Brasil
sempre foi ruim, quem tinha economia suficiente, além de prover as
necessidades básicas, para estudar fora do Brasil — poucos, condição sempre
precária, abaixo do mínimo existência, para milhões de brasileiros, desde
1500 — tinha 'boa educação'. No caso do abolicionista Luís Gama, não é difícil
perceber o quanto de racismo estrutural existia no Brasil.

Chamou-me atenção, Estudo liga origem do sobrenome a tamanho do


salário no Brasil. Sério? Sim. Se analisarmos, por exemplo, os Emergente da
Barra — ETHOS “EMERGENTE”: AS PESSOAS, AS PALAVRAS E AS COISAS
e Sujeitos e objetos do sucesso: antropologia do Brasil emergente —, os
materiais da época, os emergentes não eram nada 'civilizados' diante do nome
e sobrenome de outros brasileiros, reais símbolos sangue azul.

Recentemente, os Jogos olímpicos de 2016. No artigo Arquitetura da


Discriminação: Jogos olímpicos de 2016, Morro da Favela e Vila
Autódromo, o Brasil como sempre foi.

Quando se fala em igualdade para todos os brasileiros (caput, do art. 5º, da


CRFB de 1988) e da impossibilidade de o Estado fazer discriminações (art. 19,
III, da CRFB de 1988), não há o que questionar. Contudo, analisar somente a
CRFB por um prisma é errôneo.

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Segundo Carlos Maximiliano, princípios constitucionais é"todo conjunto


harmônico de regras positivas é apenas o resumo, a síntese, o 'substratum' de
um complexo de altos ditames, o índice materializado de um sistema
orgânico, a concretizar de uma doutrina, série de postulados que enfeixam
princípios superiores. Constituem estes as 'diretivas', ideias ado hermeneuta,
os pressupostos científicos da ordem jurídica".

Se as normas contidas nos arts. 19, III, 5º e seu caput pressupõem uma
igualdade, a norma contida no art. 3º, da mesma Carta Humanística, afirma
que há, sim, injustiça, desigualdades, 'preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação' , pobreza, marginalização e
desigualdades sociais e regionais. Se a dignidade humana (art. 1º, III) é um
fundamento da República Federativa do Brasil, sendo 'direitos e garantias
fundamentais' de aplicação imediata, que 'Os direitos e garantias expressos
nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte' (art. 5º, § 2º), é de se considerar que qualquer
ação afirmativa — 'tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais,
na exata medida de suas desigualdades' — não cria privilégio, conquanto
possa parecer discriminatório.

Não é difícil perceber que há uma discriminação no Brasil, sempre


velada.Publicidades em vidros de ônibus, em outdoor, geralmente, quando de
clínicas médicas, pessoas brancas, loiras — se não for exigir muito, de olhos
claro. Quando é publicidade de supermercado popular, ou em transportes
públicos, vemos outras características físicas: cabelo crespo, cútis com mais
melanina natural." Meu povo ", muito usado pelos políticos quando vão em
localidades esquecidas pelo Estado, é chamamento para os brasileiros nas
condições de miseráveis ou entre miséria e mínimo existencial.

Geraldo Ataliba leciona:

“... princípios são linhas mestras, os grandes nortes, as diretrizes magnas do


sistema jurídico. Apontam os rumos a serem seguidos por toda a

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sociedade e obrigatoriamente perseguidos pelos órgãos do governo


(poderes constituídos).

Ora, as cotas raciais geraram Mal Estar na Civilização brasileira. Quando o


'povo' começou frequentar localidades até então exclusivas, não faltaram
ataques aos 'desajustados', 'perturbadores da paz social', 'sujismundo' — e
pensar, jogar lixo nas vias públicas fora dos contêineres para lixo é uma
'mania nacional'; agora sujeito à multa, a lei é para todos.

Invadiram as praias, o 'povo'.

Todavia, quanto ao saber diferenciar branco de negro pela condição da


'miscigenação'?

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Questão de meritocracia. Se Sílvio Santos dissesse que era comunista, nos


Anos de Chumbo (1964 a 1985), ele seria 'dono' do SBT? A mulher, até 2001
— vigorava o Código Civil de 1916 — tinha sua meritocracia, pela sua
autonomia da vontade e autopossessão, garantida se ela quisesse, sem o
chancelamento do próprio marido, de trabalhar fora do Lar Doce Lar?

Pensemos. Antes dos anos de 1990, milhões de famintos no Brasil. Vamos


pegar uma criança franca, por ter, por dia, uma refeição, farinha com água.
Agora vamos pegar outra criança, com família em boas condições econômicas.
Qualquer estudante da área de saúde, ou já formado, responderá que a
condição de faminto, ou mesmo subnutrido, não garante condições de
desenvolvimento; há comprometimento neurológico. Em época de alimentos
fáceis, como guloseimas e salgadinhos embalados, açúcares, sal e
gordura,sempre em excessos, não alimentam. Existem crianças e adolescentes

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obesos e com comprometimentos de suas saúdes, de seus rendimentos


escolares.

Se o Barão de Guaraciaba teve escravos negros, uma justificativa de que


'negro escravizava negro' para tecer contra as cotas negras? Já li isso, de que
os negros escravizavam e se estava dando 'mais do que merecem'. O Barão de
Guaraciaba se adaptou, como qualquer outro 'homem livre'. A Filosofia
Libertária da Alcova, já mencionado por mim, não faz diferença quanto à
etnia, sexualidade, crença. A Arquitetura da Discriminação garante que a
Filosofia Libertária da Alcova aja, desenvolva-se, claro, garantido que a boa
economia se desenvolva.

No livro, já citado por mim, The Spirit Level, de Richard e Kate, os EUA estão
no topo das desigualdades sociais. A desigualdade social não é somente
questão de poder aquisitivo, mas como as diferentes comunidades se
percebem. Quanto mais igualitária, menos desigualdades sociais, menos
seletividade penal, menos obesidade mórbida, consumo exagerado de
ansiolíticos etc.

A educação no Brasil sempre foi para poucos brasileiros, assim como


moradia, saúde, desde 1891. Derradeiro, as cotas raciais são instrumentos
para garantir, de forma imediata, compensações pelos séculos de ditaduras
contra os afrodescendentes no Brasil. À realidade do Brasil, não é possível
justificar que 'lá na África os negros escravizavam negros' ou 'índios
brasileiros lutavam entre si' para aprimorar e justificar a Filosofia Libertária
da Alcova.

Se há um sistema utilitarista, se há uma filosofia liberal, da Alcova,


logicamente que as pessoas terão que se adaptarem para sobreviverem.
Entretanto, 'penso logo existo', o Homo Sapiens Sapiens Conflictus consegue
divergir de qualquer sistema opressor, assim foi com Sócrates, Giordano
Bruno, Matinho Lutero, Immanuel Kant, Sigmund Freud, o marinheiro
João Cândido.

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Se todos são iguais perante a lei, mantra para condenar as cotas raciais, não
podem existir discriminações; não há de isentar uma pessoa somente com um
membro inferior de correr juntamente com outra pessoa, possuidora dos dois
membros inferiores, para ingresso nalguma Polícia. Para ingressar na Polícia
é preciso, mesmo que seja para exercer serviço burocrático, como digitar
formulários, ambos os membros inferiores.

Derradeiro. No livro Capitalismo e Liberdade, o libertário da economia, o Srº


Milton Friedman, não concorda com a intromissão do Estado quanto à
obrigatoriedade de proprietário contratar negro; se a comunidade local não
quer negro, a economia irá decair com um empregado negro, ou proprietário
negro. Ou seja, a comunidade pode decidir, segundo Friedman, se quer ou
não uma pessoa negra no bairro. O liberal de Friedman atende ao
comunitarismo discriminatório, a prevalência da 'vida boa', sem negros,
atende aos que não querem negros no bairro.

Ora, na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186,


a Universidade de Brasília (UnB) é uma universidade pública federal
brasileira. Há uma apelo para invocar que a UnB estaria contrariando
princípios constitucionais. E se a universidade fosse privada? Admitindo que
os defensores do Capitalismo e Liberdade garantem o direito de
autopossessão e autonomia da vontade do legítimo proprietário, não há nada
demais que a propriedade privada, através do legítimo proprietário, aceite
somente estudantes negros ou brancos, ou ambos. Também não há
empecilhos para aceitar somente heterossexual ou LGBT, ou ambos.

No entanto, pelos séculos de segregações, implícitas, outras explícitas,


principalmente com a possibilidade de usar celular e divulgar nas redes
sociais, os absurdos de pessoas que não querem 'povão' ou afrodescendentes
em locais nobres, como praias, restaurantes etc., qual maximização da
felicidade seria no Brasil? Possivelmente a contínua condição social, isto é, o
papel social, dos negros na sociedade: porteiros; seguranças; lavadores de
carros; cuidadores de cavalos. Na esteira, os não 'sangue azul'. A Filosofia
Libertária da Alcova é interessante, ela se aproveita de cada momento

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histórico para criar condições de enriquecimento, tipo 'é a humanidade', 'é o


que fazem'. Por outro lado, o comunitarismo da 'vida boa', pelo lado de 'quem
é igual', garante que somente os 'iguais' consigam, dentro da maximização da
igualdade, serem ainda mais iguais. Aos 'desiguais', a maximização da
'desigualdade'.

Como ficaria a poderosa ética moral kantiana? Inviável, pois não contempla a
Filosofia Libertária da Alcova e a 'vida boa' da maximização da igualdade,
para os iguais.

Boa leitura:

Dia da Consciência Negra. Como relativizar este dia invocando


'igualdade'.

FIAT LUX!

Referências:

ABREU, Daniela Cristina Lopes de Abreu. A ESCOLARIZAÇÃO DOS


NEGROS E SUAS FONTES DE PESQUISA. Disponível em:
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/42/art15_42.pdf

ALMEIDA, Marco Antonio Bettine de; Sanchez, Livia. Os negros na legislação


educacional e educação formal no Brasil. Disponível em:
http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500

IPEA — O destino dos negros após a Abolição. Disponível em:


http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&
id=2673%3Acatid%3D28&Itemid=23

IHU. “Cruzamentos felizes”, branqueamento e biopoder. Disponível em:


http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&
view=article&id=5644&seção...
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OLIVEIRA, Idalina Maria Amaral de. A IDEOLOGIA DO


BRANQUEAMENTO NA SOCIEDADE BRASILEIRA. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1454-6.pdf

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