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ficha técnica n.

º 72
centro de informação do medicamento

CIM
Interacções do álcool com medicamentos – II
FÁRMACO INTERACÇÃO COM O ÁLCOOL/RECOMENDAÇÕES

ANTIEPILÉPTICOS Interacção PD: O consumo excessivo de álcool parece aumentar a frequência das convulsões nos doentes
epilépticos.3,8,9 O álcool pode ter um efeito aditivo na depressão do SNC causada pelos antiepilépticos.3,5,10
Recomendações: Os epilépticos devem ser encorajados a limitar a ingestão de álcool devido ao risco de con-
vulsões, apesar de o consumo moderado de álcool parecer ser seguro.3,9
Fenitoína
Interacção PK: A nível do sistema microssomal.2,3,8,9
- consumo agudo de álcool: inibição enzimática.2
- consumo crónico excessivo de álcool: indução enzimática com redução dos níveis de fenitoína.2,3,8,9,11
- consumo moderado e ocasional de álcool: os níveis plasmáticos de fenitoína não são afectados.3,9
Recomendações: Os doentes alcoólicos a fazerem terapêutica com fenitoína deverão ser monitorizados devido
à diminuição do efeito anticonvulsivante.11 Estes doentes poderão necessitar de doses acima da média de feni-
toína para manter níveis plasmáticos adequados.3,9
A carbamazepina parece ser afectada pelo álcool de forma semelhante à fenitoína.3
ANTI­ Interacção PD: O álcool tem um efeito aditivo sobre a sedação e a disfunção psicomotora provocadas pelos
‑HISTAMÍNICOS H1 anti-histamínicos sedativos (ex.: difenidramina, prometazina).1-3,5,9,10
Novos anti-histamínicos: Quando o álcool é ingerido em simultâneo com os novos anti-histamínicos não
sedativos (ex.: mizolastina, cetirizina, loratadina) a interacção parece ser menos extensa.2,9
Recomendações: Perante o consumo de anti-histamínicos sedativos os doentes devem ser alertados para o
risco de conduzir ou manipular máquinas perigosas, que pode ser agravado pelo álcool.9
ANTICOAGULANTES Varfarina
ORAIS Interacção PK: A nível do sistema microssomal.1-3,8,9
- consumo agudo de álcool: o metabolismo da varfarina é inibido,1,2 aumentando o risco de hemorragia,1 devido
à potenciação do efeito anticoagulante.11 Os doentes hepáticos controlados com varfarina que ingerem grandes
quantidades de álcool poderão apresentar uma hiperanticoagulação.3
- consumo crónico excessivo de álcool: indução do metabolismo da varfarina,1,2,8,9 com redução do seu tempo
de semivida.3,9
- consumo reduzido ou moderado de álcool: não parece influenciar os níveis de varfarina.3,8,9,11
Recomendações: Os doentes a fazerem terapêutica anticoagulante oral deverão evitar ingerir grandes quan-
tidades de álcool,8,11 devendo monitorizar-se a resposta hipoprotrombinémica se o doente ingerir álcool em
excesso.11 Os doentes alcoólicos necessitam, possivelmente, de doses acima da média de varfarina, de forma a
atingir-se o efeito terapêutico pretendido.1,8,9
Todos os outros anticoagulantes orais parecem actuar da mesma forma.9-11
Fármacos usados Dissulfiram
no tratamento Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção dissulfiram).1-3,5,8-10
da dependência Recomendações: O tratamento inicial com dissulfiram deve ser seguido de perto, pois pode ocorrer uma
alcoólica reacção extremamente intensa e potencialmente séria em alguns indivíduos que apenas ingerem pequenas
quantidades de álcool.9 À parte das recomendações gerais relativas ao consumo de álcool, os doentes devem
ser alertados para o teor de álcool de alguns produtos farmacêuticos e alimentos3,9,11 e para a possibilidade de
ocorrer rubor se são aplicados na pele produtos que contenham álcool.3,9
Carbimida cálcica
Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram”).1,9
Os efeitos adversos resultantes da interacção são em menor grau que os provocados pelo dissulfiram.9

ANTI-INFECCIOSOS
Cefalosporinas Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram”).1-3,5,8,9,11
Não é uma reacção geral das cefalosporinas, estando confinada às cefalosporinas com uma estrutura química par-
ticular,9 tais como: cefoperazona,1,2,9,11 cefotetan, 1,9,11 latamoxef,2,9,11 cefamandole1-3,8,9,11 e cefmenoxime.9
Recomendações: Como a reacção é imprevisível, alertar os doentes a fazerem terapêutica com as referidas
cefalosporinas que uma reacção do tipo dissulfiram poderá ocorrer durante o tratamento e três dias após o fim
do mesmo, devendo evitar o consumo de álcool durante esse intervalo de tempo,3,9,11 sendo que os doentes com
doença renal ou hepática devem esperar uma semana.3,9
*Ver recomendações gerais para o dissulfiram.

Doxiciclina Interacção PK: A nível do sistema microssomal.1,9


- consumo agudo de álcool: o metabolismo da doxiciclina é inibido.1
- consumo crónico excessivo de álcool: indução do metabolismo1,9 e redução dos níveis de doxiciclina.9,11
- consumo moderado em doentes não alcoólicos: não parece haver um efeito clínico relevante.9
Recomendações: Nos doentes alcoólicos, será preferível usar uma alternativa à doxiciclina.9,11
As restantes tetraciclinas não parecem ser afectadas pelo álcool.9,11

Eritromicina Interacção PK: Alteração do esvaziamento gástrico.1,2,9


A eritromicina acelera o esvaziamento gástrico, provocando um aumento da concentração de álcool no san-
gue.1,2,9 O álcool pode provocar uma redução moderada da absorção do etilsuccinato de eritromicina,9,11 pois ele
próprio parece atrasar o esvaziamento gástrico.9
Recomendações: A importância da interacção é desconhecida,9 mas os doentes devem ser alertados.11

Isoniazida Os alcoólicos apresentam uma maior incidência de hepatotoxicidade induzida pela isoniazida.6,9,11
Recomendações: Evitar esta associação (apesar de muitas vezes ser complicado, pois o alcoolismo está ge-
ralmente associado à tuberculose). Monitorizar os doentes alcoólicos a fazerem terapêutica com isoniazida para
a hepatite induzida por este fármaco.11

Metronidazol Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram”).1-3,5,8,9-11


Recomendações: Apesar de ser mais desagradável do que séria, esta reacção é imprevisível, devendo-se
alertar os doentes para a possibilidade de ocorrer uma reacção do tipo dissulfiram ao ingerirem álcool,9 quer
durante, quer nas 48 horas após o final do tratamento com metronidazol por via oral.3

Griseofulvina Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram”).1,2,8,9


Recomendações: Apesar de a reacção geralmente não ser severa, os doentes deverão ser alertados.9

Furazolidona Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram”).5,9,11


Recomendações: É uma reacção mais desagradável do que séria,9 mas os doentes devem ser alertados.9,11

Cetoconazol Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram”).8,9,11


Recomendações: Reacção mais desagradável do que séria,9 mas os doentes devem ser alertados.9,11
centro de informação do medicamento

CIM
ANTIDIABÉTICOS Interacção PD: Em doentes com diabetes mellitus2,3,8,9 controlados com insulina,5,9,11 antidiabéticos
ORAIS orais,1,2,5,8,9,11 ou dieta,9 a ingestão de elevadas quantidades de álcool pode causar hipoglicémia,1-3,5,8,9,11 uma
vez que o álcool inibe a neoglucogénese,2,9 potenciando a resposta da insulina perante um aporte de glucose.2
Recomendações: Em geral, os doentes diabéticos não necessitam de se abster de consumir álcool se o fizerem
com moderação e acompanharem a bebida com alimentos,2,3,9 contudo, deverá ter-se em conta que o álcool
poderá disfarçar ou retardar os sinais de hipoglicémia.2,9 Os doentes deverão ser alertados para os efeitos de-
pressores do SNC causados pelo álcool que, associados a uma situação de hipoglicémia, podem tornar perigosa
a tarefa de conduzir ou manipular máquinas. Os doentes com neuropatia periférica deverão ser alertados para
o facto de o álcool poder agravar esta condição.9
Sulfonilureias Clorpropamida
Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram.”).1,3,5,8,9,11
Esta reacção é rara com as outras sulfonilureias,3,8,9 havendo relatos da sua ocorrência com: glibenclamida,
tolazamida,1,9 glicazida, glipizida, carbutamida9 e tolbutamida.1,2,9
Recomendações: Apesar de ser uma reacção mais desagradável do que séria,3,9 dever-se-ão alertar os doen-
tes para a possibilidade de uma reacção do tipo dissulfiram no início da terapêutica.11
Tolbutamida
Interacção PK: A nível do sistema microssomal.1,3,8,9,11
- consumo agudo de álcool: o metabolismo da tolbutamida é inibido.1,8
- consumo crónico excessivo de álcool: o metabolismo da tolbutamida é induzido,1,8,9,11 aumentando a sua cle-
arance e diminuindo os seus níveis sanguíneos3 e o seu tempo de semivida.9,11
- consumo moderado de álcool: a clearance de tolbutamida não é afectada.3
Biguanidas Fenformina, Metformina
A ingestão de álcool pode contribuir para a acidose láctica em doentes a fazerem terapêutica com fenformina,9,11
ou metformina.3,8,10, apesar de com a metformina o risco ser menor.9

PROCARBAZINA Interacção PK: Inibição da aldeído desidrogenase (reacção do “tipo dissulfiram”). 5,9-11
Recomendações: Reacção mais desagradável do que séria, mas os doentes devem ser alertados.9

ANTAGONISTAS Interacção PK: Inibição da álcool desidrogenase.2,6,8,9


DOS RECEPTORES Recomendações: Apesar de ser uma interacção controversa e não ter sido ainda estabelecida,2,5,6,9 é prudente
H2 alertar os doentes para um possível aumento da sua resposta ao álcool. Para além disso, o álcool pode agravar
a doença gastrintestinal, o que torna o seu uso restrito.9

PROCINÉTICOS Cisapride
Interacção PK: Alteração do esvaziamento gástrico.1,2,9
O cisapride acelera o esvaziamento gástrico, o que conduz a um aumento dos níveis de álcool no sangue.1,2,9
Recomendações: Como a importância clínica desta interacção é incerta, é pouco provável que os efeitos sobre
a capacidade de conduzir ou manipular máquinas sejam marcados.9
Metoclopramida
Interacção PK: Alteração do esvaziamento gástrico.1,9
A metoclopramida acelera o esvaziamento gástrico e conduz a um aumento da concentração de álcool no san-
gue,1,9 por diminuição do efeito de primeira passagem1, potenciando os seus efeitos sedativos.9,11
Recomendações: Apesar de a importância clínica da interacção não estar estabelecida,9,11 os doentes de-
vem ser alertados para um maior efeito do álcool, devendo monitorizar-se os efeitos da depressão do SNC.11

ANTI­ Interacção PD: O consumo crónico moderado a excessivo de álcool conduz a um aumento da pressão arte-
‑HIPERTENSORES rial2,3,9 e reduz, em determinada extensão, a efectividade dos fármacos anti-hipertensores,9 o que constitui um
factor de risco de acidente vascular cerebral (AVC).3
Doentes a fazerem terapêutica com anti-hipertensores podem experimentar hipotensão postural,3,5,9,10 tonturas
e desmaios imediatamente após a ingestão de álcool, especialmente no início do tratamento.3,9
Recomendações: Doentes com hipertensão deverão ser encorajados a reduzir a ingestão de álcool. Doen-
tes a iniciarem terapêutica com anti-hipertensores deverão ser alertados para uma situação de hipotensão.9
Bloqueadores-alfa Interacção PD: Os bloqueadores-alfa1 (ex.: prazosina) potenciam os efeitos hipotensivos do álcool especial-
mente em doentes susceptíveis ao aparecimento de rubor após ingestão de álcool (ex.: população asiática).9,11
Recomendações: Os doentes mais sensíveis ao álcool devem limitar o seu consumo aquando da terapêutica
com prazosina ou outros bloqueadores alfa1.11
Bloqueadores dos Verapamil
canais de cálcio Interacção PK: O verapamil eleva os níveis de álcool no sangue,5,9-11 por inibição do seu metabolismo,3,9 pro-
longando o efeito de intoxicação pelo álcool.3,5,9,11
Recomendações: Os doentes a fazerem terapêutica com verapamil deverão ser alertados para a elevação dos
níveis de álcool, que podem estar “acima do limite” legal para conduzir durante mais tempo que o normal,3,5,9
devendo reduzir ou evitar o consumo de álcool durante a terapêutica com verapamil.11
Nifedipina, Felodipina
O álcool pode aumentar a biodisponibilidade da nifedipina9,11 e da felodipina.9
Bloqueadores-beta Interacção PD: Alguns estudos referem efeitos aditivos a nível psicomotor.9
Propranolol
Interacção PK: O álcool reduz a biodisponibilidade do propranolol, diminuindo o seu efeito terapêutico.1,9
Recomendações: Alertar os doentes para alterações à resposta dos bloqueadores-beta causadas pelo álcool.9

VASODILATADORES Nitroglicerina
Interacção PD: Doentes que ingerem álcool durante a terapêutica com nitroglicerina poderão sentir tonturas e
desmaiar9 devido à hipotensão provocada pelo efeito aditivo do álcool na vasodilatação.3,9-11
Recomendações: Alertar os doentes para limitarem o consumo de álcool.11

Joana Viveiro

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