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SÉRIE: IGREJA IRRESISTÍVEL

Estudo: Uma igreja que sabe quem ela é


Texto bíblico: Êxodo 19.3-6

Ao longo do ocidente estima-se que existam mais de 30 mil denominações. No Brasil, são mais de 40 milhões
de evangélicos, presentes nas mais distintas igrejas, com suas diversas maneiras de crer. Diante de formas de
ser igreja tão diferentes, o que é de fato ser igreja?
As pessoas que não convivem com igreja, quando são convidadas a fazer uma visita, em geral, possuem algum
tipo de imagem a respeito da igreja:
1) Talvez, uma igreja construída através do dinheiro, onde pessoas são manipuladas ou exploradas para
que deem o máximo de dinheiro. Assim, há o receio de que as igrejas estejam apenas interessadas em seu
dinheiro.
2) Ou uma igreja com várias manifestações “espirituais” às quais geram um questionamento de fazerem
algum sentido, gerando espanto em visitantes com tais manifestações.
3) Se manifestações como as últimas não fazem sentido, também às vezes uma linguagem com vários
termos técnicos também pode não fazer, deixando a pessoa entediada dentro dos cultos, não trazendo nada
relevante e compreensível ao homem/mulher atual.
4) Ou ainda jargões de um “evangeliquês” que não faz qualquer sentido para pessoas de fora da igreja,
gerando estranhamento e até isolamento de pessoas que poderiam conhecer o evangelho.
5) Uma imagem presente para muitas pessoas é a fala ou olha acusador de pessoas das igrejas. Quando
entram na igreja, sentem que pessoas olham torto para elas, julgando sua aparência, linguajar ou qualquer
coisa associada a isso, o que faz não apenas não se sentirem acolhidas, como também desprezadas nas
igrejas.
6) Por fim, há a imagem da hipocrisia. Cristãos se afirmam corretos, exigem uma postura correta, mas na
prática vivem coisas completamente diferentes. Tudo isso faz com que as pessoas de fora não enxerguem o
evangelho como aquele que transforma as vidas das pessoas.

Todas essas coisas fazem alguém que está fora da igreja pensar: Ir à Igreja? Tô fora! Podem até ter certo
interesse por espiritualidade e ate por Cristo, mas quando se pensa em igreja, já associam uma ou mais
imagens destas para logo descartarem qualquer aproximação com a igreja.
No entanto, não queremos ser esse tipo de Igreja. Queremos ser a Igreja que Jesus nos chamou a ser.
Queremos ser uma Igreja Irresistível. Aquela que as pessoas se sentem atraídas a ir. Para sabermos o que é
ser Igreja de fato, precisamos, em primeiro lugar, saber quem nós somos, pois uma Igreja Irresistível é uma
igreja que sabe quem ela é.
O texto bíblico em destaque descreve um contexto onde o povo de Deus tinha algumas coisas em mente. Eles
ouviam da promessa feita ao seu antepassado Abraão de que sua descendência formaria um povo que viveria
numa terra próspera. Porém, anos depois, essa mesma descendência estava sendo escravizada no Egito.
Onde estaria esse Deus que fez a promessa?
Alguns começaram a clamar a Deus por libertação. Deus ouve a oração e vem em resgate do povo. Depois de
serem libertados do Egito, Deus faz uma reunião com o povo para selar um compromisso com eles diante do
monte chamado Sinai. E é no primeiro diálogo nesta aliança de Deus com o povo que está o texto que
acabamos de ler.
O versículo 4 do texto lido diz “Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos
cheguei a mim”. Deus lembra daquilo que havia feito pelo povo, o que nos faz compreender que, a primeira
característica, de uma igreja que sabe quem ela é, é que é de ser 1) um povo redimido.
Ser redimido aqui tem implicações bastante profundas. O povo não havia sido libertado apenas socialmente de
sua escravidão. Como escravos no Egito eles também acabavam por serem envolvidos pela religiosidade
egípcia.
Na libertação, Deus envia pragas ao Egito que, uma a uma, marcam a vitória de Deus sobre os deuses do
Egito. Até que chega na última praga, com a morte dos primogênitos. O Faraó era considerado o deus Rá, ou
deus sol. Assim, Deus está derrotando o mais importante dos deuses egípcios, mostrando todo o seu poder.
Porém ele livra o seu próprio povo da praga, através da morte do cordeiro pascal, com seu sangue passado
nos batentes das portas onde os primogênitos seriam livres.
A igreja também possui uma compreensão de si mesma. A Bíblia diz que “todos pecaram” (Rm 3.23) e que “o
salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Porém se o pecado gera a morte, na cruz nosso verdadeiro cordeiro
pascal, Jesus Cristo, fez um sacrifício definitivo para que tenhamos vida. Assim, a igreja é um povo redimido.
Nós recebemos da graça de Cristo. Não temos qualquer mérito na salvação.
Essa compreensão de redimidos pela graça nos faz, por exemplo, retirar qualquer tipo de associação, por
exemplo, com a imagem de acusadores. Como diz o Pr. Ricardo Agreste: “O que nos qualifica para estarmos
sentados em um banco de uma igreja, certamente, não é nosso currículo anterior. Quem pensa o contrário, não
compreendeu ainda a essência do evangelho”.
Assim, não há espaço para qualquer tipo de acusação na igreja. O acolhimento na igreja é o mínimo que
podemos fazer, já que fomos alvos do acolhimento gracioso em Cristo Jesus. Como redimidos, temos o
compromisso de alcançar aqueles que buscam sentido para a vida, sem compreender a graça de Cristo sobre
a vida delas.
Em segundo lugar, uma igreja que sabe quem ela é, 2) é uma propriedade de Deus. O versículo seguinte diz:
“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha
propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha;” (Êxodo 19.5).
Ser uma propriedade parece um tanto estranho numa sociedade que nos chama para a liberdade. Porém
pensar no contexto da época é entender que eles viviam numa cultura de escravidão. Eles estavam
acostumados a serem escravos. Como era ser livre agora?
E eles viviam sentindo saudade do tempo do Egito. Da “vida maravilhosa”... da escravidão. Na verdade, o
grande desafio ali era, além de tirar o povo do Egito, era necessário tirar o Egito dos seus corações. Havia uma
necessidade de pertencimento. O grande problema não era tanto serem servos. Mas serem servos de quem?
Sempre seremos escravos de algo. Seja da nossa paixão pelo consumo, prazer, sexo, ou qualquer outra coisa.
Porém, a verdadeira liberdade está na escravidão a Cristo, porque na cruz, local onde o próprio Cristo se deixou
ser preso pelas algemas para nossa salvação, fomos livres do pecado que gera a morte. Pecado este que não
apenas nos condena eternamente, mas nos faz viver hoje preso em nossos desejos e paixões.
A Bíblia diz que, sem Cristo, somos “escravos do pecado” (Rm 6.6). Porém, quando nos rendemos ao Seu
amor, nos tornamos “escravos de Cristo” (1 Co 7.22). Porém, neste mesmo versículo, essa escravidão a Cristo
é o mesmo que “ser livre”. Inclusive, Jesus nos diz que, na verdade, de servos, somos chamados “amigos” (Jo
15.15). A partir do momento que temos Cristo como Salvador, já não vivemos mais para nós mesmos, mas
Cristo vive em nós (Gl 2.20). Jesus passa a ser também nosso Senhor.
Em terceiro lugar, uma igreja que sabe quem ela é 3) é um reino de sacerdotes. O versículo seguinte diz: “vós
me sereis reino de sacerdotes” (Êxodo 19.5). Um sacerdote era aquele que representava Deus diante do povo
e também o povo diante de Deus. Era o que intermediava o diálogo, especialmente através dos sacrifícios feitos
pelo povo para remissão do pecado.
Porém, em 1 Pedro 2.9 vemos que a Igreja é hoje esse reino de sacerdotes. Não precisamos mais de um
sacerdote que se coloque entre nós e Deus, porque Jesus já foi esse sacerdote sacrificando a si mesmo na
cruz de forma definitiva. Agora, a missão de representar Deus no mundo é dada a Igreja. A pergunta é: Será
que temos realmente representado a Deus no mundo como Igreja? Algumas funções sacerdotais nos ajudam
nessa compreensão.
Um sacerdote: - Intermedia a presença de Deus no mundo. Deus age no mundo com seu poder, mas a Igreja
é usada de fato para demonstrar isso de muitas formas. Onde a Igreja verdadeira está, ali deveria ser marcada
como Deus agindo através da Igreja, mostrando sua presença. Será que temos vivido dessa maneira?
Um sacerdote: - Intermedia a benção de Deus para o povo. O sacerdote era chamado a dar a benção para o
povo (Nm 6.26-27), assim como vemos hoje pastores fazendo. Será que onde estamos, a benção de Deus
chega das mais variadas formas (alimento, cuidado, etc.)?
Um sacerdote: - Intermedia o sacrifício. Hoje não realizamos mais sacrifícios como antes, porém proclamamos
o sacrifício de Cristo que é suficiente para perdoar pecados. Será que temos agido como sacerdotes com a
pregação do evangelho?
Um sacerdote: - É consagrado ao serviço para Deus. A vida do sacerdote era totalmente dedicada ao Senhor.
Será que temos doado o nosso tempo para o reino de Deus, ou temos nos atolado no trabalho, deixando de
confiar que ele cuidará das nossas necessidades (Mt 6.33).
Um sacerdote: - É padrão de santidade. O sacerdote devia se purificar para intermediar a relação de Deus com
o povo. A presença da Igreja hoje tem sido marcada pelos valores do reino ou mais pelos valores das trevas?
Em último lugar, a igreja que sabe quem ela é 4) é uma nação santa. Como já foi dito, o sacerdote devia ser
padrão de santidade. A palavra santo significa ser “separado”. Porém não distante do mundo, como alguns
monges antigos achavam que deveriam viver. Jesus disse: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os
guardes do mal” (Jo 17.15).
Somos chamados para estarmos no mundo mostrando a santidade. Como uma comunidade de contraste, a
qual, em meio aos valores das trevas que vemos em nossa sociedade, sejam luz, demonstrando os valores do
reino de Deus. Em meio ao consumismo que vemos em nossa sociedade, que demonstremos o
desprendimento aos bens e a disposição para a compaixão. Quem em meio sexualização da sociedade, que
demonstremos que a castidade e a fidelidade conjugal são valores saudáveis para a família.
Que em meio a uma geração que está sedenta por Jesus, mas que vê uma igreja que os afasta de conhecer
mais de Cristo, que sejamos uma Igreja Irresistível.
Para refletir e praticar:
Será que temos consciência realmente de quem somos?
Será que entendemos nossa condição de pecadores em transformação?
Será que temos colocado nossa vida realmente debaixo do governo de Deus?
Temos cumprido nossa missão de sacerdotes e povo santo diante do mundo?

Rev. Valter Matheus de Carvalho Silva

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