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REVISÃO CRÍTICA DE METODOLOGIAS DE

DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS AO


ARRANCAMENTO
Carlos Emmanuel Ribeiro Lautenschläger
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, carlos.emmanuel@gmail.com

Guilherme Lima Righetto


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, righetto.guilherme@gmail.com

Nilo Cesar Consoli


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, consoli@ufrgs.br

Fernando Schnaid
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, fernando@ufrgs.br

RESUMO: O presente trabalho apresenta uma revisão crítica acerca de alguns métodos de
dimensionamento de fundações superficiais ao arrancamento. Os métodos abordados neste estudo
são aqueles mais utilizados na prática de engenharia de fundações brasileira: Método do Tronco de
Cone e Método de Grenoble. A intenção desta análise é embasar uma nova metodologia de projeto
de fundações ao arrancamento que supra algumas das deficiências apresentadas pelas existentes.
Preliminarmente, é verificada a importância de se considerar, nas simulações numéricas, parâmetros
relacionados às características geotécnicas de diferentes tipos de solos, geometria do elemento de
fundação e o mecanismo de ruptura apresentado. Finalmente, após estas análises, serão
apresentadas as variáveis estabelecidas para as simulações em elementos finitos.

PALAVRAS-CHAVE: Fundações, Arrancamento, Método do Tronco de Cone, Método de


Grenoble.

1 INTRODUÇÃO convencionais e, por conseguinte, as


metodologias de projeto devem acompanhar as
Torres de transmissão de energia são estruturas peculiaridades apresentadas. Em termos de
de grande porte, cujo projeto e execução devem superestrutura, os projetos das torres de uma
ser cuidadosamente observados, pois a linha de transmissão podem ter certa integração,
estabilidade de cada unidade é de vital uma vez que as solicitações se repetem de torre a
importância em um sistema de transmissão. Em torre: ações estáticas, como o peso próprio, e
outras palavras, cada torre de uma linha de dinâmicas, como o vento. Entretanto, o mesmo
transmissão deve ser tratada como uma obra em não ocorre no projeto de fundações, pois além de
particular, principalmente no período de projeto, considerar as cargas provenientes das ações
pois a adoção dos parâmetros adequados, bem supracitadas, o solo na qual a torre será assente é
como das soluções estruturais e infra-estruturais, fundamental na escolha e dimensionamento do
dependerá do local onde a obra será executada. elemento de fundação. Uma vez que o solo é
Neste contexto, é possível observar a reconhecidamente heterogêneo, e que as linhas
importância de um projeto de qualidade, não só de transmissão atingem grandes extensões, é
da linha de transmissão, mas sim dos elementos essencial caracterizar adequadamente o substrato
que a compõe: as torres. de forma pontual, no local de incorporação de
Quando tratamos de obras deste tipo, as cada torre. De posse dos parâmetros adequados
cargas e solicitações estruturais não são ao tipo de solo, bem como das solicitações,
devem-se tomar decisões de projeto, de acordo Estado do Rio Grande do Sul (CEEE), e visa
com os métodos existentes. como resultado final uma metodologia de
Cabe salientar que os carregamentos projeto semi-empírica para o arrancamento de
dinâmicos representam as solicitações fundações superficiais das torres de transmissão
preponderantes em torres de transmissão, da concessionária.
devido a fatores como a forte ação do vento, e a Neste estudo inicial serão apresentados os
propagação de esforços entre torres, devido aos dois principais métodos de projeto ao
cabos de energia. Pela natureza destes esforços, arrancamento, a partir dos quais serão
as fundações ora são submetidas a efeitos de observados os parâmetros geométricos e
compressão, ora de arrancamento. Neste geotécnicos de maior interesse, bem como as
âmbito, é evidente a necessidade de duplo limitações de cada método. Após será
dimensionamento dos elementos de fundação, apresentada, como conclusão desta análise, a
tanto para resistir à compressão como ao metodologia a ser empregada no
arrancamento. Para projetos à compressão, desenvolvimento do novo método, ou seja, de
diversas teorias existentes de capacidade de que forma as variáveis (geotécnicas e
carga desenvolvidas para fundações superficiais geométricas) pré-determinadas serão utilizadas
podem ser utilizadas (por exemplo TERZAGHI, nas simulações numéricas de comportamento ao
1943 e VÉSIC, 1973, entre outras), cujo uso arrancamento, e o que se pretende obter ao final
corrente em obras convencionais afere a dos estudos.
indubitável qualidade dos métodos – se Para entendimento do encaminhamento da
alimentados com parâmetros consistentes. Em análise, cabe grifar que a nova metodologia será
termos de arrancamento, os métodos devem baseada em uma análise paramétrica, a partir de
considerar a resistência à tração do solo, resultados de simulações numéricas em
tornando a análise delicada, em vista da baixa elementos finitos em 2D e 3D.
resistência à tração dos solos. Por sua natureza
crítica, este dimensionamento torna-se o mais
importante em fundações de torres de 3 MÉTODOS DE PREVISÃO DE
transmissão. Os métodos mais usuais de CAPACIDADE DE CARGA AO
dimensionamento de fundações superficiais ao ARRANCAMENTO
arrancamento são Método do Tronco de Cone e
Método de Grenoble, os quais serão Existem diversos métodos de dimensionamento
apresentados e criticados ao longo deste de fundações de torres de transmissão ao
trabalho, embasando a proposta de estudo arrancamento, sendo os dois mais difundidos à
apresentada a seguir. cultura geotécnica abordados neste estudo.

3.1 Método do Tronco de Cone


2 OBJETIVOS DO ESTUDO
Este é o método mais antigo de
O presente estudo é voltado ao dimensionamento de fundações superficiais ao
desenvolvimento de uma metodologia de arrancamento de que se tem conhecimento. Ele
projeto ao arrancamento de fundações de torres define a capacidade de carga ao arrancamento
de transmissão, que leve em consideração de de uma fundação superficial como sendo
forma estrita a qualidade geotécnica do sítio de equivalente ao seu peso próprio acrescido do
execução, através do uso de parâmetros peso de um tronco de cone de solo sobre a
constitutivos adequados, e a geometria do fundação, cuja geratriz forma um ângulo α com
elemento de fundação. a vertical. A base maior deste prisma encontra-
Este projeto de pesquisa, ainda em fase se na superfície do terreno, e a base menor
inicial, é fruto de uma parceria entre corresponde à dimensão da base da fundação.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Conforme Downs e Chieruzzi (1966), a
(UFRGS) e a Companhia de Energia Elétrica do capacidade de carga ao arrancamento de uma
fundação circular pode ser obtida a partir das O ângulo λ é representativo do mecanismo
Equações 1 à 4, cujos parâmetros estão de ruptura real de uma fundação ao
apresentados na Fig. 1a: arrancamento, podendo ser relacionado à
Q = Ws + Wc (1) características geométricas e geotécnicas da
fundação (método de Grenoble), ao contrário de
onde: α, que não pode ser determinado
π ⋅ L ⋅ γ nat analiticamente, uma vez que não depende de
Ws =
12
(D
2
b + Dc2 + Db ⋅ Dc ) (2) parâmetros constitutivos do solo. Assim, α
pode ser determinado somente a partir de
π ⋅ D2 ⋅ L ⋅ γ nat retroanálise em provas de carga em escala real,
Ws = (3) ou ainda, a partir de experiências prévias do
4
projetista em determinados tipos de solo
Dc = Db + 2 ⋅ L ⋅ tan α (4) (PALADINO, 1985). Uma gama de valores
sugeridos para o ângulo α pode ser encontrada
na literatura: Downs e Chieruzzi (1966)
sendo:
indicam α como sendo igual à φ (ângulo de
atrito interno do solo); Poulos e Davis (1980)
Ws é o peso de tronco de cone de solo (sem
sugerem 30°; Paladino (1985) denota faixas de
descontar o volume da fundação); variação para solos fofos ou moles (10° a 15°) e
Wc é o peso da fundação. para solos densos ou rijos (20° a 25°). Ainda,
Davison Dias (1987) grifa a discrepância entre
Por ser um método empírico, não considera valores de α de projeto e obtidos em provas de
explicitamente a resistência ao cisalhamento carga de até 54% contra economia e 13% contra
mobilizada ao longo da superfície de ruptura, a segurança. Nota-se a completa falta de
ou seja, esta parcela está implícita ao ângulo α. consenso nesta questão fundamental ao método.
Santos (1985) ressalta que o ângulo α não se Tais considerações demonstram a baixa
refere ao ângulo de arrancamento, nem tão confiabilidade deste método, conforme relatado
pouco ao ângulo de atrito do solo, mas sim ao por vários autores (citados em SANTOS, 1985),
peso de solo que, somado ao peso da fundação, cujas considerações se referem a um espectro
resultará na carga limite ao arrancamento. A de resultados ora conservativos, ora contrários à
real superfície de ruptura apresentada nestes segurança.
casos é curvilínea, podendo ser aproximada por
uma reta de inclinação λ, inferior à α (Fig. 1b). 3.2 Método de Grenoble

O presente método tem fundamentação teórica


(a) baseada na teoria de equilíbrio limite, e
corroborações práticas a partir de ensaios em
escala reduzida e provas de carga. Seu
desenvolvimento original está reportado em
Biarez et al. (1964 apud DAVISON DIAS,
1987) e Martin (1966 apud DAVISON DIAS,
1987).
Este método é bastante abrangente,
adaptando-se a todos os tipos de fundações
(b) utilizadas em torres de transmissão. No presente
estudo, será detalhada somente a metodologia
concernente à fundações do tipo sapata, suja
Figura 1: (a) Parâmetros geométricos; (b) Mecanismos de capacidade de carga será avaliada
ruptura. considerando-se um sistema formado por placa
e fuste.
Uma das considerações iniciais do método é A capacidade de carga (Qrt) é determinada
que o solo se divide em duas categorias: para os solos de Categoria 1 e 2 de forma
diferenciada, conforme explicitado nos sub-
a) Categoria 1: solos argilosos, fracos, com itens a seguir.
alto grau de saturação, e ângulo de atrito
inferior à 15°; 3.2.1 Solos Categoria 1
b) Categoria 2: solos resistentes, argilosos
a) Para D ≤ Dc , a capacidade de carga é
com baixo grau de saturação, ou arenosos,
saturados ou não, com ângulo de atrito
expressa conforme a Equação 5.
superior à 15°.

A superfície de ruptura varia de acordo (


Qrt = Pb ⋅ D c ⋅ M c + γ ⋅ D ( Mφ + M γ ) + qo ⋅ M q + )
com a profundidade da fundação, conforme esta
+ P + ( Sb − S f ) D ⋅ γ
(5)
se situe aquém ou além da profundidade crítica
Dc. Esta profundidade delimita se a fundação irá
funcionar somente como placa ou como sistema
Os valores de Mc, Mq e Mγ são determinados
placa + estaca (fuste), sendo este último caso
a partir de ábacos ou tabelas (disponíveis em
em fundações superficiais de grande
embutimento. A profundidade crítica, no caso DANZIGER, 1983) em função de φ e da
de solos de Categoria 1, foi estimada a partir de relação D/R, para um ângulo de arrancamento λ
ensaios como sendo Dc = 5 ⋅ ( R − Rf ) , no caso de
igual a arctan(0,2), aproximadamente 11,3°.
Em sapatas quadradas ou retangulares, um raio
fundações circulares, sendo R e Rf os raios da equivalente Re pode ser obtido pela oitava parte
base e do fuste, respectivamente, ou do perímetro da base da sapata.
Dc = 5 ⋅ ( B − b ) para fundações retangulares. Os
b) Para D > Dc , a capacidade de carga não
mecanismos de ruptura, para profundidades depende somente da base da fundação, mas
menores e maiores do que a crítica, são também do fuste. Pode ser determinada a
ilustrados na Fig. 2. partir das Equações 6, 7 e 8.

Qrt = Qrt base + Qrt fuste + P (6)

Qrt base = Pb ⋅ Dc ⎡⎣c ⋅ M c1 + Dc ⋅ ( Mφ + M γ 1 ) +


(7)
+ ( D − Dc ) ⋅ M q1 ⎤⎦ + ( Sb − S f ) ⋅ Dc ⋅ γ

Qrt fuste = Pf ⋅ ( D − Dc )
⎡c ⋅ M c 2 + γ ⋅ ( D − Dc ) ⋅ ( Mφ + M γ ) +qo ⋅ M q 2 ⎤⎦
(8)
⎣ 2

Os coeficientes Mc2, (Mφ + Mγ)2 e Mq2


também estão disponíveis em Danzinger
(1983) para um ângulo de arrancamento λ igual
a φ/8. Em sapatas quadradas ou retangulares, o
raio equivalente Re pode ser obtido da mesma
forma que a anterior. Para o fuste, se este for
prismático, o raio equivalente é obtido pelo
Figura 2: Ruptura de fundações em solo de Categoria 1 quociente entre o seu perímetro e 2π.
3.2.2 Solos Categoria 2 importantes como o ângulo λ são determinados
de forma empírica.
A formulação para esta categoria de solo é - Outra limitação importante do Método de
análoga às anteriores, tanto para D ≤ Dc quanto Grenoble é a divisão dos solos em apenas dois
para D > Dc , com a diferença de que alguns grupos: solos fracos e solos resistentes. É de se
coeficientes são anulados ou tornam-se compreender que na década de 60, este método
unitários (por exemplo nos casos onde λ pode estivesse adequado às necessidades de projeto
ser dito igual a φ. Diferencia-se ainda pelo européias, onde classicamente se tratavam de
mecanismo de ruptura, pois forma um tronco de “argilas” e “areias” como universos
cone com a base maior sobre a superfície da abrangentes, podendo representar os tipos de
Sapata. As equações e o mecanismo de ruptura solos existentes. No entanto, esta classificação é
em solos desta categoria não serão apresentadas insuficiente no contexto geotécnico atual, uma
neste artigo, uma vez que os parâmetros vez que o espectro de solos conhecidos já é
geométricos e geotécnicos que compõem a bastante amplo, e suas características não
formulação são os mesmos já citados. podem ser generalizadas.
O detalhamento completo do Método de - Os métodos apresentados tratam somente de
Grenoble pode ser encontrado nas Teses de capacidade de suporte última do solo, ao
Mestrado de Danzinger (1983) e Doutorado de arrancamento. No entanto, muitas vezes, as
Davison Dias (1987). condições últimas são governadas pelas
deformações máximas admissíveis do conjunto,
tornando necessária uma análise que deva
4 ANÁLISE CRÍTICA E PROPOSTA estabelecer as tensões máximas a determinados
METODOLÓGICA níveis de deformação pré-estabelecidos. Assim,
é desejável um método que leve em conta
4.1 Análise dos Métodos condições de deformabilidade dos solos.
- Na utilização de ambos os métodos, em
Observando-se os métodos apresentados, comparação a resultados de provas de carga,
percebem-se alguns aspectos nas formulações/ diversos autores declararam que as previsões
hipóteses adotadas que causam certa não foram satisfatórias, ora apresentando
insegurança ao usuário. De forma geral, podem resultados conservadores, ora contra a
ser citados segurança (DAVISON DIAS, 1987).
- No Método do Tronco de Cone, não há um Mesmo com tais limitações, são métodos
consenso no que se refere à determinação do ainda bastante utilizados para projeto de
fundações superficiais ao arrancamento pela
ângulo α, devido à natureza puramente
comunidade geotécnica, pela facilidade de uso e
empírica deste parâmetro. Ainda neste método,
experiência acumulada.
as características do solo, como os parâmetros
Baseado nestas análises, partiu-se para uma
de resistência, não são levadas em conta, sendo
reflexão sobre a possibilidade de
este representado, na formulação, apenas pelo
desenvolvimento de um método de projeto de
seu peso específico natural, na determinação do
fundações superficiais ao arrancamento que
peso da cunha de solo.
supere estas limitações, contemplando de forma
- O Método de Grenoble parece bem
segura um número maior de tipos de solos,
estruturado no que se refere ao seu
juntamente com suas características
desenvolvimento analítico, pois considera
constitutivas.
equilíbrio limite em torno de uma superfície de
ruptura ao arrancamento. No entanto, a forma
4.2 Metodologia
de determinação dos parâmetros de alimentação
ao sistema de equações apresentado parece
O novo método será baseado em simulações
bastante restritiva. Em outras palavras, embora
numéricas do comportamento de solos, ao
a formulação pareça coerente, parâmetros
arrancamento de fundações, em elementos
finitos. As simulações serão realizadas no fundações superficiais de linhas de
programa ABAQUS®. Ao contrário do que se transmissão ao arrancamento, a partir da
possa imaginar, esta análise não estará limitada normalização de resultados e obtenção de
a casos particulares, pois serão realizadas ábacos.
simulações em número suficiente, de forma a
permitir uma análise paramétrica abrangente.
Algumas diretrizes foram estabelecidas para 5 CONCLUSÕES
o plano de simulações, bem como os
parâmetros de entrada e o que se deseja obter Este trabalho apresentou os métodos de projeto
como respostas. de fundações superficiais ao arrancamento mais
a) Tipos de Solo: Serão estudados cinco tipos utilizados pela comunidade geotécnica, e grifou
de solo, conforme a granulometria suas vantagens e desvantagens. À vistas do
predominante: serão eles argila, argila grande número de limitações destes métodos
siltosa, silte, areia siltosa e areia. clássicos, encontrou-se a necessidade de criar
b) Condições do Solo: Cada solo será uma metodologia de vanguarda que suprisse as
simulado em três condições distintas: carências aqui apresentadas. Com os recursos
natural, compactado, e cimentado. computacionais disponíveis na atualidade, é
c) Parâmetros de Entrada: as análises possível realizar análises bastante extensivas
paramétricas serão realizadas levando-se em elementos finitos, como simulações de
em conta os parâmetros julgados de maior comportamento destas fundações quando
importância nesta análise, que são os submetidas ao arrancamento, em diversas
ligados à geometria do elemento de condições.
fundação e os ligados às características O novo método de projeto, cujos estudos
constitutivas do solo, conforme a Tabela 1. preliminares foram aqui apresentados, será
baseado em resultados de simulações, em
Tabela 1: Parâmetros de Entrada elementos finitos, do arrancamento de
Parâmetros Parâmetros Geotécnicos fundações de torres de transmissão. Nas
Geométricos
simulações, serão consideradas variáveis
Diâmetro da Sapata Peso Específico do Solo (γ) importantes do comportamento de solos, que
Profundidade da Sapata Ângulo de Atrito Interno (φ) muitas vezes têm sido negligenciadas com o
Espessura da Sapata Coesão (c) uso das formulações e hipóteses empíricas aqui
Diâmetro do Fuste Módulo de Young (E) apresentadas. Tais variáveis, geométricas e
geotécnicas, foram determinadas a partir da
Cabe salientar que relações entre variáveis análise dos mecanismos de ruptura, e das
também serão estudadas, como por exemplo, formulações já existentes.
relações de embutimento. Quando estudadas As próximas etapas desta pesquisa consistem
sapatas retangulares, o diâmetro será na coleta de dados sobre os solos regionais, que
substituído pelo perímetro e por uma relação serão utilizados para a calibração do método, e
entre lados. as simulações numéricas com os dados
Os parâmetros geotécnicos estarão contidos coletados. A análise paramétrica consiste na
em um espectro referente a valores típicos etapa derradeira desta pesquisa, a qual dará
encontrados para cada tipo de solo considerado. origem à gama de ábacos e equações que
Estes valores serão adotados a partir de revisão configurarão o novo método.
bibliográfica e ensaios de laboratório.
d) Parâmetros de Resposta: Pretende-se obter,
ao final das simulações, as tensões AGRADECIMENTOS
máximas ao arrancamento. As relações
entre as tensões obtidas nas simulações Os autores agradecem ao órgão financiador
numéricas e a análise paramétrica desta pesquisa, Companhia de Energia Elétrica
conduzirão à metodologia de projeto de do Estado do Rio Grande do Sul – CEEE, e ao
órgão financiador de suas bolsas, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq.

REFERENCIAS

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Fundações Submetidas a Esforços Verticais de
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Terzaghi, K. (1943). Theorectical Soil Mechanics. John
Wiley & Sons, Inc., New York.
Vésic, A. S. (1973). Analysis of Ultimate Loads of
Shallow Foundations. Journal of Soil mechanics and
Foundations Division, ASCE, New York. n.1, p. 45-
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