Compactação do Solo
A compactação do solo tem em vista dois aspectos: aumentar o contato entre os grãos e tornar o
aterro mais homogêneo. Também é desejável o aumento da densidade ou reduzir o índice de vazios
pois as propriedades do solo melhoram com isso.
O início da compactação é creditado ao engenheiro Proctor em 1933, que mostrou que ao se aplicar
uma certa energia de compactação, a massa específica resultante é função da umidade em que o
solo estiver.
Quando se compacta com umidade baixa, o atrito é muito grande e não se consegue significativa
redução de vazios.
A quantidade de partículas e de água permanecem constantes, a massa específica aumenta devido
à redução do índice de vazios.
A partir de certo teor de umidade, a compactação não consegue mais expulsar o ar dos vazios pois o
grau de saturação é elevado e o ar está envolto por água.
Portanto existe um teor de umidade ótimo para a energia aplicada, que conduz a uma massa
específica seca máxima, ou uma densidade seca máxima.
O Ensaio de Compactação
O ensaio é o NBR 7182/86.
- Amostra seca e destorrada;
- Acrescenta-se água até que o solo tenha 5% de umidade abaixo da umidade ótima. Geralmente a
umidade ótima é um pouco abaixo do limite de plasticidade.
- Coloca-se uma porção do solo num cilindro padrão e submetida a 26 golpes de soquete.
- A porção do solo compactado deve ocupar cerca de um terço da altura do cilindro.
- Repete-se o processo mais duas vezes até atingir uma altura um pouco maior que a do cilindro então
raspa-se para aparar.
- Calcula-se a massa específica do corpo de prova obtido.
- Com uma amostra do interior, determina-se a umidade do mesmo.
- Com esses dois valores, calcula-se a densidade seca.
- Destora-se a amostra e aumenta em 2% a umidade. Compacta de novo e descobre-se nova umidade
e densidade seca.
- A operação é repetida até que a densidade seca suba e depois caia. Quando a densidade úmida se
mantém constante em duas tentativas sucessivas, a densidade seca já caiu.
Se o ensaio começou de fato com umidade 5% abaixo da umidade ótima, e os acréscimos forem de
2% a cada tentativa, com 5 determinações o ensaio está concluído.
Com os dados faz-se a curva de compactação que consiste na representação da densidade seca em
função da umidade.
Gráfico:
Valores Típicos
Solos Argilosos q densidades secas baixas e umidades ótimas elevadas. Umidades ótimas de 25 a
30% correspondem a densidades secas máximas de 1,5 a 1,4 kg/dm³ e são comuns em argilas.
Solos siltosos q Também valores baixos de densidade, geralmente com curvas de laboratório bem
abatidas.
Areia com pedregulho bem graduadas e pouco argilosas q Densidades secas máximas
bem elevadas, de 2 a 2,1 kg/dm³ e umidades ótimas baixas, 9 a 10%.
Areias finas argilosas lateríticas q umidades ótimas de 12 a 14% com densidades secas
máximas de 1,9 kg/dm³.
Os solos lateríticos apresentam o ramo ascendente da curva mais íngreme que os solos residuais e os
transportados não lateríticos.
Métodos Alternativos de Compactação
A norma brasileira prevê as seguintes alternativas:
Ensaio sem reuso do material q cada ponto da curva pode ser feito com amostras virgens, o
resultado final é mais fiel. Quando as partículas são quebradiças deve ser feito dessa forma.
Ensaio sem secagem prévia do solo q Ensaio a partir da umidade natural, que se assemelha
à vida real porque em aterros o solo não é secado previamente. Porém deve-se reduzir a umidade
até 5% abaixo da umidade ótima. Porém a pré-secagem influencia em alguns solos, provocando por
exemplo umidade ótimas menores em solos arenoargilosos lateríticos;
Expressões assim são encontradas tanto para a densidade seca máxima como para as densidades
secas correspondentes a uma determinada umidade no ramo seco, com diferentes valores cos
coeficientes a e b.
b – quanto mais argiloso o solo, maior.
Essas expressões são úteis em lab para prever qual energia aplicar para obter certas características
do solo.
Em solos argilosos, a densidade seca máxima depende muito mais da energia de compactação do que
em solos arenosos; em solos argilosos é necessária mais energia.
Esses procedimentos acima são chamados de compactação dinâmica. Também existe a compactação
estática, onde se aplica pressão num molde, a compactação por pisoteamento, etc.
Aterros Experimentais
São feitos quando se executam obras muito grandes. Pega-se um terreno e divide-o em 4 ou 6
subtrechos com diferentes umidades, e passa-se o rolo para a avaliar em qual atinge-se mais
facilmente a densidade seca máxima ou o mais próximo dela.
Estrutura dos Solos Compactados
A estrutura do solo compactado depende da energia aplicada e da umidade no ato da compactação.
Umidade baixa q atração face-aresta não é vencida pela energia aplicada q estrutura floculada.
Compactação no Campo
Escolha da área de empréstimo;
Transporte do solo e epalhamento;
Acerto da umidade por irrigação ou aeração;
Compactação;
Controle da Compactação;