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Imigração árabe: um certo oriente no Brasil

Os imigrantes árabes tinham origens as mais diversas: vinham do Líbano, da Síria, da Turquia, do Iraque, do Egito
ou da Palestina. Assim, constituíam-se de povos diferentes, que, com suas respectivas organizações políticas,
compartilhavam fundamentos comuns: a língua, ou os dialetos derivados do árabe, e a cultura.
Razões da emigração árabe
Os povos árabes emigraram, basicamente, por motivos religiosos e por motivos econômico-sociais ligados à
estrutura agrária dos países de origem. No Império Otomano de fé islâmica, as comunidades cristãs da Síria, Líbano e
Egito foram não somente perseguidas pelos mulçumanos, como passaram por severos sofrimentos infringidos pelos
turcos. O maior contingente de imigrantes, portanto, é de cristãos, vindos em grande parte do Líbano e da Síria. São bem
menores as levas saídas de outros pontos do antigo Império Otomano, como Turquia, Palestina, Egito, Jordânia e Iraque.
Motivos econômico-sociais
Ao lado do problema religioso, a escassez de terras foi um fator importante de estímulo à emigração. A propriedade
de pequenos lotes de terra arável, onde o trabalho era feito pelo núcleo familiar, começou a sofrer limites para a partilha
entre os filhos, uma vez que o parcelamento chegara ao ponto de não mais suprir o sustento de novas famílias. Diante
desta realidade, à população pobre restava apenas a busca, em outras terras, das condições de sobrevivência. Entre 1871
e 1900, apenas 5.400 pessoas tinham aportado no Brasil, transplantando consigo suas diferenças religiosas, presentes
em algum grau em 95% dos imigrantes árabes.
Origem e destino dos imigrantes
A viagem para a América tinha como pontos de partida os portos de Beirute e Trípoli. Por meio de agências de
navegação francesas, italianas ou gregas, dirigiram-se para outros portos do Mediterrâneo como Gênova, na Itália, onde
às vezes esperavam meses por uma conexão que os levassem para o Atlântico Norte ou Sul (Rio, Santos ou Buenos
Aires). Muitos imigrantes, com o objetivo de chegarem aos Estados Unidos, destino principal da imigração árabe,
acabavam vindo para o Brasil ou Argentina enganados pelas companhias de navegação. Afinal, explicavam, tudo era
América. A maioria dos imigrantes árabes se dirigiu para São Paulo, menor número foi para o Rio de Janeiro e Minas
Gerais; poucos foram para o Rio Grande do Sul e Bahia. Até 1920, mais de 58.000 imigrantes árabes haviam entrado no
Brasil, sendo que o Estado de São Paulo recebeu 40% deste total.
Autoria do texto: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Imigração árabe: um certo oriente no Brasil


Os imigrantes árabes tinham origens as mais diversas: vinham do Líbano, da Síria, da Turquia, do Iraque, do Egito
ou da Palestina. Assim, constituíam-se de povos diferentes, que, com suas respectivas organizações políticas,
compartilhavam fundamentos comuns: a língua, ou os dialetos derivados do árabe, e a cultura.
Razões da emigração árabe
Os povos árabes emigraram, basicamente, por motivos religiosos e por motivos econômico-sociais ligados à
estrutura agrária dos países de origem. No Império Otomano de fé islâmica, as comunidades cristãs da Síria, Líbano e
Egito foram não somente perseguidas pelos mulçumanos, como passaram por severos sofrimentos infringidos pelos
turcos. O maior contingente de imigrantes, portanto, é de cristãos, vindos em grande parte do Líbano e da Síria. São bem
menores as levas saídas de outros pontos do antigo Império Otomano, como Turquia, Palestina, Egito, Jordânia e Iraque.
Motivos econômico-sociais
Ao lado do problema religioso, a escassez de terras foi um fator importante de estímulo à emigração. A propriedade
de pequenos lotes de terra arável, onde o trabalho era feito pelo núcleo familiar, começou a sofrer limites para a partilha
entre os filhos, uma vez que o parcelamento chegara ao ponto de não mais suprir o sustento de novas famílias. Diante
desta realidade, à população pobre restava apenas a busca, em outras terras, das condições de sobrevivência. Entre 1871
e 1900, apenas 5.400 pessoas tinham aportado no Brasil, transplantando consigo suas diferenças religiosas, presentes
em algum grau em 95% dos imigrantes árabes.
Origem e destino dos imigrantes
A viagem para a América tinha como pontos de partida os portos de Beirute e Trípoli. Por meio de agências de
navegação francesas, italianas ou gregas, dirigiram-se para outros portos do Mediterrâneo como Gênova, na Itália, onde
às vezes esperavam meses por uma conexão que os levassem para o Atlântico Norte ou Sul (Rio, Santos ou Buenos
Aires). Muitos imigrantes, com o objetivo de chegarem aos Estados Unidos, destino principal da imigração árabe,
acabavam vindo para o Brasil ou Argentina enganados pelas companhias de navegação. Afinal, explicavam, tudo era
América. A maioria dos imigrantes árabes se dirigiu para São Paulo, menor número foi para o Rio de Janeiro e Minas
Gerais; poucos foram para o Rio Grande do Sul e Bahia. Até 1920, mais de 58.000 imigrantes árabes haviam entrado no
Brasil, sendo que o Estado de São Paulo recebeu 40% deste total.
Autoria do texto: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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