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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 2 VARA

DO TRABALHO DE CRICIÚMA/SC.

Agravante: Manoel da Silva


Agravado: Carlos de Abreu

Processo nº 25896333/2015

MANOEL DA SILVA já qualificada nos autos do


processo acima descrito, por seu advogado que esta
subscreve, vem, tempestiva e respeitosamente a
presença de Vossa Excelência, interpor AGRAVO DE
PETIÇÃO em face de CARLOS DE ABREU com
base no artigo 897 da CLT, pelas razões e fatos
expostos a seguir:

Pressupostos Legais

Cabimento: o recurso é cabível conforme aponta o artigo 897, da CLT.

Delimitação da matéria: o presente recurso versa sobre a impenhorabilidade


de bens de família.

Tempestividade: tendo em vista o prazo regulamentado pelo artigo 897. Da


CLT, observa-se a tempestividade do recurso.

Preparo: reconhece-se a já admitida concessão da justiça gratuita ao autor, com


fundamento no § 3º do art. 790 da CLT

Requer que seja admitido o presente recurso, assim como intimada parte
contrária para contrarrazões e encaminhada remessa a instância superior.

Criciúma, 07 de junho de 2019.

Alex da Rosa

OAB/SC XXX
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.

RAZÕES DO AGRAVO DE PETIÇÃO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.

Origem: 2 Vara do Trabalho de Criciúma/SC.


Agravante: Manoel da Silva
Agravado: Carlos de Abreu

Processo nº 25896333/2015

I – RESUMO

O caso em tela trata-se da condenação em primeira instância a respeito de


uma dívida. Já na etapa de execução, o agravado almejou executar o bem imóvel
do agravante para saldar a dívida. Todavia, tratando-se de bem de família,
interpõe-se o presente recurso visando garantir o princípio constitucional da
dignidade humana e a impenhorabilidade assegurada pela CLT.

II - FUNDAMENTOS
A dignidade da pessoa humana, prevista no artigo 1º, inciso III da
Constituição Federal, constitui um dos fundamentos do Estado Democrático de
Direito, inerente à República Federativa do Brasil. Sua finalidade, na qualidade
de princípio fundamental, é assegurar ao homem um mínimo de direitos que
devem ser respeitados pela sociedade e pelo poder público, de forma a preservar
a valorização do ser humano.

Nesse sentido, Flávia Piovesan diz que (2000, p. 54):

A dignidade da pessoa humana, (...) está erigida como princípio


matriz da Constituição, imprimindo-lhe unidade de sentido,
condicionando a interpretação das suas normas e revelando-se,
ao lado dos Direitos e Garantias Fundamentais, como cânone
constitucional que incorpora “as exigências de justiça e dos
valores éticos, conferindo suporte axiológico a todo o sistema
jurídico brasileiro.

Entendendo tal princípio, a impenhorabilidade do Bem de Família é um


instituto que busca assegurar a proteção do direito à moradia pautando-se na
dignidade humana, na medida em que estabelece medidas preventivas quanto
a desestruturação da instituição familiar, que consiste fundamentalmente na
impenhorabilidade do bem de família, que caracteriza e dá sustentabilidade a
esta entidade.

Com efeito, a Lei nº 8.009/1990, que disciplina acerca da


impenhorabilidade do bem de família, ressalta, de forma clara, que é
impenhorável o imóvel residencial próprio do casal ou entidade familiar, como se
pode verificar:

Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade


familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de
dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza,
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus
proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta
lei.

Compreendo que a execução requerida pelo agravado, opõe-se a


impenhorabilidade do bem de família pois verifica-se que não faz jus as exceções
a impenhorabilidade contidas no artigo 3º da mesma lei, de modo que nenhuma
razão sustenta a execução do único imóvel da família.

Nesse sentido também entendem os tribunais com clareza, visto tratar-se


de sólido princípio constitucional e clara lei da CLT.

AGRAVO DE PETIÇÃO. IMPENHORABILIDADE DE BEM


DEFAMÍLIA. Restando comprovado que o bem imóvel
penhorado se trata de único bem que serve para a moradia da
família da agravante, não há como se manter a penhora
impugnada, haja vista que a sua manutenção iria de encontro à
disciplina da Lei nº 8.009/1990, que determina
expressamente a impenhorabilidade do bem de família.
Agravo de petição a que se dá provimento.(Verônica guedes de
andrade 0312800-37.5.19.2005.0008)

O Bem de Família é um instituto jurídico que prevê a proteção do domicílio


onde reside a família, com o intuito de impedir a desarticulação da estrutura
familiar no caso de expropriação patrimonial; assim, propõe-se assegurar a
execução do princípio da dignidade humana.

III - PEDIDO

Requer seja admitido e provido para reforma da sentença nos aspectos


atacados e que seja declarada a impenhorabilidade do bem de família.

Criciúma, 7 de junho de 2019.

Alex da Rosa

OAB/SC XXX

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