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A biela sofre de um fenômeno típico das peças longilíneas submetidas a compressão: a

flambagem.
O aumento do comprimento de uma peça longa torna-a mais esbelta, o que diminui
rapidamente sua resistência à flambagem. Ela é o principal limitante funcional das bielas
longas.

Quem já não brincou de comprimir uma régua escolar de 30 cm entre as palmas das mãos
para vê-a "embarrigar"? Este é o fenômeno da flambagem, que é a perda de estabilidade
lateral da peça por uma compressão. Quando flamba, uma barra flexiona e pode se deformar
ou romper com um esforço até menor que o necessário para ela perder a estabilidade lateral.

A flambagem é um dos principais fatores limitantes das longas bielas, pois a resistência a ela
decai rapidamente com o alongamento do corpo da peça.

Estes gráficos nos mostram um comportamento interessante do conjunto.

É muito comum bielas não resistirem à flambagem em motores turbo exageradamente potentes
para o conjunto. Elas se deformam em condições de alta potência, sob forte pressão associada
a alta rotação.

Porém, quando compomos ambos os gráficos, percebemos que no PMS é onde a força de
pressão sobre a biela está no seu mínimo, enquanto a força dinâmica sob a biela é de tração
(negativa). O casamento máximo de ambas as curvas ocorre por volta dos 90 graus do
virabrequim.

Portanto, a biela entorta por flambagem quando está inclinada, e não quando recebe a alta
carga do pico de pressão.
Usar bielas curtas reduz o problema de flambagem, entretanto, aumentam em demasia a força
contra a parede do cilindro, podendo trincá-lo ou mesmo rompê-lo, conforme vemos novamente
por meio dos dois gráficos anteriores.

A relação r/L é um fator complexo para as fábricas.

Comprometidas com custos e facilidades de fabricação por um lado, e a necessidade de


oferecer produtos diferenciados ao consumidor de outro, as fábricas não podem se dar ao luxo
de projetar um motor diferente para cada opção, de forma a manter uma relação r/L sempre
ideal.

Em geral, as fábricas utilizam alguns componentes básicos iguais para todos os motores da
mesma família, como blocos e bielas, variando outras peças como pistões e virabrequins, de
modo a atender uma faixa de cilindradas. No limite superior de cilindrada que uma família de
motores pode atender, onde geralmente encontram-se os maiores cursos, é exatamente onde
temos as piores relações r/L.

Este é um dilema para o projetista, uma vez que os motores de maiores cilindradas são
exatamente os mais caros e comprados pelos consumidores mais exigentes.

O valor de 0,3 para a relação r/L é apenas um valor de referência para o conforto humano, pois
a partir dele as sensações negativas de vibração de segunda ordem são mais sentidas.

Entretanto, como este artigo deixou bem claro, sempre há outros pontos a serem analisados
pelos projetistas, e a melhor solução geral pode não ser a melhor em termos de conforto.

Evidentemente, relações r/L altas aumentam as cargas e atrito internos, bem como a
desconfortável vibração, e por isso muita gente defende com unhas e dentes motores de bielas
bem longas.

Entretanto, estas pessoas não levam em conta que bielas longas são mais pesadas, sofrendo
mais os efeitos de inércia durante o movimento alternativo, e são muito mais sensíveis à
flambagem. Além disso, exigem blocos de motor mais altos, que são mais caros, pesados e
difíceis de colocar dentro do cofre do motor em tempos de racionalização de espaço num
automóvel.

Como tudo na engenharia, não existe o ganha-ganha, mas sim relações de compromissos
onde ganha-se de um lado e perde-se de outro.

Não existe um valor correto e absoluto para a relação r/L, embora valores médios sejam mais
racionais, sem extremos de vantagens e desvantagens simultaneamente.

Para finalizar, a análise feita neste artigo considerou apenas um motor monocilíndrico. Motores
multiciclíndricos possuem conjuntos biela e pistão se movendo com diferenças de fase entre
eles e em diferentes planos. A vibração total do motor é a composição das diferentes vibrações
causadas nos vários cilindros simultaneamente, o que leva a outra análise complexa.

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