Somos seres humanos cheios de vontade própria, nem
sempre alinhada com a vontade de Deus. Como disse
Philip Yancey, em certo sentido, só existem dois problemas: Deus não age do jeito que queremos e não ajo do jeito que Deus quer. A vontade de Deus pode até ser contra a nossa vontade, mas jamais será contra nós, pois ela é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
Definitivamente, Deus quer nossa salvação, para que
nenhum dos seus filhos se perca (Jo 6.39), mas que conheçam a Cristo e venham a crer nele para a vida eterna (Jo 6.40). Por isso, Cristo entregou-se a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai (Gl 1.4). Alinhado com nos salvar, sua vontade é nos envolver na salvação de outros através da pregação do evangelho. Ele não deixou esta função para os anjos, mas para nós. Por isso, disse Jesus: Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Sua vontade também envolve nossa santificação, uma vida em liberdade do domínio do pecado e das trevas. Paulo declarou: pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (1 Ts 4.3a). Embora a lista de áreas de luta seja longa, nessa vontade (de Deus) é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas (Hb 10.10).
Além disso, o Senhor quer nos ver na promoção do bem:
aperfeiçoando em todo o bem, para cumprirmos sua vontade, operando em nós o que é agradável diante dele (Hb 13.21). Assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façamos emudecer os insensatos (1 Pe 2.15). É claro que, dentre muitas outras características, Deus quer o nosso bem-estar. Para tanto, quer para nós família e prosperidade (Sl 68.6), saúde (Ex 15.26), justiça (Je 23.6), paz (Je29.11), alegria (Ne8.10) e uma eternidade maravilhosamente preparada (1 Co 2.9). Em todo o tempo, a vontade do Senhor também é ver em nós um coração cheio de gratidão. Está escrito: em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco (1 Ts 5.18). Mesmo em meio a lutas, podemos desenvolver gratidão de coração.
Sobre o assunto, é importante considerar algumas
declarações de Jesus: qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe (Mc 3.35) e se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este (Deus) atende (Jo 9.31). Isso mesmo, aqueles que estão alinhados com a vontade de Deus são considerados irmãos de Jesus e têm suas orações respondidas (1 Jo 5.14). Em contrapartida, aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites (Lc 12.47). A Bíblia nos alerta: Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que ele promete ... Mas, se uma pessoa voltar atrás, eu (Deus) não ficarei contente com ela (Hb 10.36-39 - NTLH). O assunto é sério: O que vocês deveriam dizer é isto: “Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo.” Porém vocês são orgulhosos e vivem se gabando (Tg 4.15-16 - NTLH). Sempre que nossa vontade estiver desalinhada com a vontade de Deus, sofreremos danos. Vamos, pois, declarar como Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra (Jo 4.34).Vamos orar como Jesus: venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu (Mt 6.10). Vamos sempre nos posicionar como Jesus: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua (Lc 22.42). Afinal, a vontade de Deus sempre será melhor para nós.