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11/03/2015 Funções ­ parte 2

Funções ­ parte 2

Funções ­ parte 2
Site: AVA ­ Moodle UTFPR
Curso: CDI1 ­ Câmpus CP, FB, MD, PG e TD
Livro: Funções ­ parte 2
Impresso por: RODRIGO PEREIRA ALVES
Data: quarta, 11 março 2015, 16:48

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11/03/2015 Funções ­ parte 2

Sumário
2.15 Função Exponencial
2.16 Função Logarítmica
2.17 Funções Trigonométricas
2.18 Função Cotangente
2.19 Função Inversa
2.20 Funções Hiperbólicas

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2.15 Função Exponencial
'Chamamos de função exponencial de base   a função   de   em   que associa a cada   real o número real  ,
sendo   um número real,   e 

O domínio da função exponencial   é  .

A imagem da função exponencial   é 

Com relação ao gráfico da função   podemos afirmar:

1)        a curva que a representa está toda acima do eixo das abscissas, pois   para todo  ;

2)        intercepta o eixo das ordenadas no ponto  , pois   para todo  ;

3)          é crescente se   e decrescente se 

  

As Figuras 2.55 e 2.56 abaixo mostram os dois tipos de gráfico que podemos ter para  :

 com   com 

Figura 2.55: Gráfico de   para  Figura 2.56: Gráfico de   para 

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2_12_FuncaoExponencial.flv

Exemplo 1:Esboce o gráfico da função 

Solução:

  é uma função exponencial crescente, pois  .

Para construir seu gráfico, montamos uma tabela, atribuímos valores positivos e negativos para   e calculamos o
valor da função:

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Figura 2.57: Gráfico de

  

Exemplo 2: Esboce o gráfico da função  

Solução:

é uma função exponencial decrescente, pois  .

Para construir seu gráfico, procedemos como no exemplo anterior:

  

Figura 2.58: Gráfico de
                       
 

  

Exemplo  3:  Para  analisar  o  efeito  de  um  remédio  no  extermínio  de  determinada  bactéria,  cientistas  fizeram
experimentos  expondo  uma  população  dessa  bactéria  ao  remédio  e  verificando  o  tempo  necessário  para  o  seu
extermínio.  Ao  final,  verificou­se  que  a  população  de  bactérias    dias  após  a  exposição  ao  remédio  poderia  ser
estimada  por  meio  da  função  .  Dois  dias  após  a  exposição  ao  remédio  a  população  de
bactéria reduziu­se a quantos por cento da população inicial? (SOUZA, 2010)

Solução:

Para  calcularmos  a  porcentagem  da  redução  na  população  de  bactérias,  precisamos  primeiro  saber  qual  a
quantidade inicial de bactérias na população, para isso, basta substituirmos   na função 

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Agora, calculamos a quantidade de bactérias após 2 dias de exposição ao remédio, para isso, substituímos  na
função 

Agora, utilizamos regra de três para descobrir a que porcentagem a população de bactérias ficou reduzida

 está para 

 está para 

assim

Portanto, após 2 dias o número de bactérias reduziu­se a 6,25% da população de bactérias inicial.

Exemplo  4:  Considerando  as  funções      e  ,  verifique  através  do  gráfico  qual  função
crescerá mais rapidamente quando   for grande.

Solução:

Para compararmos as funções   e   devemos construir seus respectivos gráficos no mesmo sistema cartesiano,


atribuindo alguns valores

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Figura 2.59. Gráfico das funções    e   .

Observamos então que para valores de   maiores que 4 o gráfico da função    fica acima do gráfico


da função  . Para   , acontece o contrário, o gráfico de    fica acima do gráfico
de   . 

Logo a função exponencial  , para valores  de   maiores que  , cresce mais rapidamente que a função potência 


.

Exemplo 5: Dada a função  , determine:
a) o esboço do gráfico de 

b) o conjunto imagem de 
Solução:
a) Vamos montar a tabela auxiliar para a obtenção de pontos. Lembre­se da necessidade de atribuirmos também
valores negativos para  !
Ponto correspondente do plano cartesiano

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Figura 2.60: Representação gráfica da função 

b) Para determinar o conjunto imagem, note que o gráfico está completamente acima da reta   , logo,
podemos dizer que 

APLICAÇÃO:
Modelo de Crescimento exponencial: Sempre que existir uma grandeza com valor inicial   e que cresça a uma
taxa igual a   por unidade de tempo, então, após um tempo  , medido na mesma unidade de  , o valor dessa
grandeza   será dado por:  . Quando   o crescimento é positivo e quando   o
crescimento é negativo (tem um decrescimento).

Reconhecemos que um conjunto de dados tem crescimento exponencial se ao dividirmos o valor da variável
dependente   pelo valor da variável dependente imediatamente anterior,  , obtemos uma razão
aproximadamente constante. Essa constante é o valor de   no modelo de crescimento exponencial.

Exemplo 6: (SVIERCOSKI, 2011, p.71). Em geral, se uma substância tem uma meia­vida de   unidades de tempo
(anos, horas, etc.), a quantidade   da substância depois de   unidades de tempo (a mesma de  ), considerando 
a quantidade inicial, é:

Em um método de marcação utiliza­se como indicador o isótopo do potássio  , cuja meia­vida é de   horas.


Se houver   inicialmente, em quantas horas essa substância atingirá  ?

Solução:
Do enunciado, temos:
 (massa inicial)

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 (tempo para meia­vida)
 (massa final)
 (tempo pedido no enunciado)

Substituindo esses valores em:   teremos:

Usando as propriedades operatórias dos logaritmos, escrevemos:

Portanto, em aproximadamente 42 horas e 6 minutos a substância atingirá 1 g.

Na área ambiental há modelos logísticos de crescimento populacional que usam a exponenciação. Pesquise!!!

  

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funcao_exponencial_problema.flv

  

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2.16 Função Logarítmica

LogaritmoDecrescente.flv

Dado um número real    , chamamos função logarítmica de base   a função


de   em   que se associa a cada   o número   , isto é,

Temos   e    .

  

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Com relação ao gráfico da função   onde   e  ,  podemos afirmar:

  

1)        Está todo à direita do eixo 

2)        Intercepta o eixo das abscissas no ponto  ;

3)          é crescente se   e decrescente se  ;

4)        É simétrico ao gráfico da função   em relação à reta 

  

As Figuras 2.61 e 2.62 abaixo mostram os dois tipos de gráfico que podemos ter para  :

 para 

 para 

   

Figura 2.61: Gráfico de   para  Figura 2.62: Gráfico de   para 

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Exemplo 1: Sabendo­se que a magnitude   de um terremoto na escala Richter pode ser expressa pela
função  , na qual   representa a energia liberada em quilowatts­hora, pelo
terremoto, determine a magnitude de um terremoto que liberar   kwh de energia. (SOUZA, 2010)

Solução:

A magnitude do terremoto pode ser obtida substituindo­se    na função dada 

Pois, se    então    e então   .

Portanto, o terremoto atingiu 8 pontos na escala Richter.

  

Exemplo 2: Dada a função  , determine o valor de   para o qual  .

Solução:

Primeiramente devemos verificar o domínio desta função, ou seja, a condição de existência do logaritmo

As raízes da equação de segundo grau   são   e  , temos então a


seguinte situação

Portanto, o domínio de   será dado por  .

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Agora, resolvemos  .

Pela iguadade de logaritmo, podemos escrever

eliminando os logaritmos,

cujas raízes são   e  .

Como ambos os valores pertencem ao domínio de   calculado acima, concluímos que os possíveis valores de 
 para que   são   e  .

  

Exemplo 3: Dada a função  , determine:
a) O domínio da função  ;
b) o esboço do gráfico.

Solução:
a) Por definição, um logaritmando deve ser sempre positivo. Assim, devemos ter:  .
Logo,  .

b) Para esboçarmos o gráfico da função, montamos uma tabela na qual atribuímos valores a   que
estejam no domínio da função, dando especial atenção àqueles que estão nas proximidades do zero,
por causa do domínio. Analisando tais pontos, podemos inferir melhor o comportamento da função nas
proximidades do zero.

(* Lembre­se que esses valores são escolhidos por você, estudante!)
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Agora, basta representar os pontos tabelados no plano cartesiano e traçar uma curva que passe por
eles. A representação gráfica de   está na Figura 2.62:

Figura 2.62: Representação Gráfica da função 

Nem sempre as funções logarítmicas ficam à direita do eixo , no plano cartesiano. Isso depende de
quem seja o logaritmando, porque é ele quem determina o domínio da função, quando a base é dada.
Veja o exemplo 4.

Exemplo 4: Dada a função  , determine:
a) O domínio da função  ;
b) o esboço do gráfico.

Solução:
a) Devemos ter: logaritmando  . Aqui, o logaritmando é dado por  . Assim, 

Logo, 
b) Para esboçar o gráfico,vamos usar o mesmo procedimento do exemplo 3, mas agora, dando
especial atenção aos valores maiores que   que estão próximos de  .

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Observação: quando for escolher os valores para atribuir a pense em números tais que   sejam
potências de  , para facilitar o cálculo do logaritmo.

A Figura 2.63 mostra a representação gráfica dessa função  .

Figura 2.63: Representação gráfica da função 

grafico­da­funcao­logaritmica.flv

Exemplo 5 (UFSCar­SP): A altura média do tronco de certa espécie de árvore, que se destina à
produção de madeira, evolui, desde que é plantada, segundo o seguinte modelo matemático:

com   em metros e   em anos. Se uma dessas árvores foi cortada quando seu tronco atingiu 3,5 m


de altura, o tempo (em anos) transcorrido do momento da plantação até o corte foi de:

a) 9          b) 8           c) 5          d) 4             e) 2

Solução:
O enunciado nos informa que  e a altura está relacionada com o tempo segundo a
expressão: 

Substituindo   temos:

Aplicando a definição de logaritmo, temos:

logo,  .
Ou seja, transcorreram 8 anos desde o momento da plantação.

  

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2.17 Funções Trigonométricas

IntrodTrigonometricas%20.flv

Para o estudo das funções trigonométricas, vamos relembrar o conceito de Ciclo Trigonométrico.

Definição: Chamamos de Ciclo Trigonométrico toda circunferência orientada, em que:
 o centro é a origem do plano cartesiano;
 o raio é unitário, ou seja,  ;
 o sentido positivo é o anti­horário (sentido contrário ao movimento dos ponteiros do relógio);
 O ponto   é a origem do ciclo trigonométrico.

Os eixos cartesianos dividem o ciclo trigonométrico em quatro quadrantes. Dizemos que um arco  ,
de medida  , com  , pertence a um dos quadrantes se a extremidade P do arco estiver em
um dos quadrantes. Isto é:

 1º Quadrante se e somente se 
 2º Quadrante se e somente se 
 3º Quadrante se e somente se 
 4º Quadrante se e somente se 

Função Seno

Seja   um número real. Marcamos o ângulo com medida   radianos na circunferência unitária com centro na


origem:

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Figura 2.64: Seno no círculo trigonométrico

Seja   o ponto de interseção do lado terminal do ângulo  , com essa circunferência.

Note que   é um triângulo retângulo, no qual   é a hipotenusa, que mede 1, por ser igual ao raio da


circunferência.
Por definição, 

No triângulo  , o cateto oposto ao ângulo   é o segmento   que possui a mesma medida que o segmento


. A hipotenusa é o segmento  , que, como já dissemos, vale 1. Dessa forma, denominamos   de   a
medida do segmento   que é igual a ordenado   do ponto   em relação ao sistema 

Definimos a função seno de   como a função   de   em   que a cada   faz corresponder o número real 


.

O domínio da função   é   e o conjunto imagem é o intervalo  .


A função   é periódica e seu período é  , já que  .
Em alguns intervalos   é crescente e em outros é decrescente. Por exemplo, nos intervalos   e  
 é crescente. Já no intervalo   ela é decrescente.
Na Figura 2.65 temos o gráfico da função  , denominado senóide:

Figura 2.65: Senóide

 
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Para traçar o esboço do gráfico de   montamos uma tabela usando os valores limites dos
quadrantes do ciclo trigonométrico:  . Esses valores são suficientes porque nos permite
conhecer o comportamento da função em uma volta completa no ciclo trigonométrico. Vamos à tabela que nos
auxiliará no esboço do gráfico da função  .

Figura 2.66: Gráfico da função 

Note que o comportamento da função no intervalo   se repete ao longo do eixo horizontal (verifique isso
você mesmo! Use o GeoGebra (basta digitar na linha de comando   e teclar enter). Por isso, dizemos
que a função seno de  ,  , tem período   radianos.  .
Note, ainda, que   para a função  , oscila entre os números   e  , incluindo­os. Isso nos
dá o conjunto imagem:  .
De um modo geral, o período da função   é dado por

Período:   radianos

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Esse procedimento vale sempre que quisermos esboçar o gráfico de uma função seno de  . Agora, se o arco não
for apenas  , precisamos alterar um pouco esse processo. É isso que mostraremos no exemplo 1, a seguir:

Exemplo 1: Dada a função  . Determine:
a) o esboço do gráfico;
b) o conjunto imagem;
c) o período de  .

Solução:
Nessa função, o arco é  . Nesse caso, alteramos um pouco o procedimento anterior, para facilitar a obtenção
dos pontos a serem representados no plano cartesiano. Para elaborar a tabela sem muita dificuldade, em vez de
atribuirmos valores a  , podemos atribuir os valores fundamentais (aqueles que separam os quadrantes: 
) ao arco e, a partir deles, calcular os correspondentes valores de   e de  . Com isso,
analisamos a função dada em uma volta completa. Veja:

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 Figura 2.67: Gráfico da função 

Para essa função:

Obs.: os valores de   são obtidos resolvendo a equação expressão do arco = valor dado
Exemplo: para  , temos:  . E assim sucessivamente...

Exemplo 2: Dada a função  , determine:
a) o esboço do gráfico;
b) o período de  ;
c) o conjunto imagem de  .

Solução:
Vamos montar a tabela auxiliar usando o mesmo procedimento descrito no exemplo 1.

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Figura 2.68. Gráfico da função 

Na Figura 2.68, a parte em vermelho corresponde aos valores tabelados. Note que esse trecho do gráfico repete­se
indefinidamente, o que o torna um período do gráfico. Para calcular sua extensão, fazemos:

Para determinar o conjunto imagem, note que os valores representados no gráfico estão sempre entre 2 e 4. Logo, 
.

É importante conseguirmos determinar o período e a imagem de uma função trigonométrica sem precisarmos
traçar o gráfico. Tente entender o papel de cada coeficiente, a partir da análise de alguns gráficos.

Dica: Monte uma função no GeoGebra de modo que você consiga variar os coeficientes sem precisar reescrever a
função toda. Para isso, faça o seguinte:
­ abra um arquivo novo no GeoGebra (se não tiver o programa, instale­o em seu computador. Está disponível na
internet);
­ na linha de comando escreva " "(sem as aspas). Tecle "enter". Na janela de álgebra vai aparecer essa
expressão " ". Se a bolinha ao lado do " " estiver branca, clique nela. Aparecerá uma linha na janela de
visualização. Clique em " " com o botão direito. Escolha "propriedades">"Controle Deslizante". Atribua
valores mínimos e máximos para " ". Exemplo: 
­ insira as demais incógnitas usando o mesmo procedimento: " ", " ". Estabeleça valores mínimos e

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máximos para cada uma dessas constantes;
­ insira a função. Na linha de comando digite: y=a+b*sen(kx+ ). Tecle enter.
­ agora, clique nas bolinhas na janela de visualização para perceber as modificações no gráfico.

Você deverá perceber que   e   alteram a imagem do gráfico:   promove uma translação vertical e   alonga o


gráfico verticalmente;   altera o período (comprime ou alonga o gráfico horizontalmente). Somar (ou diminuir)
uma constante à variável   no arco desloca o gráfico para a esquerda (ou para a direita).

Exemplo 3: Sabemos que as marés são variações periódicas que podem ser modeladas de acordo com a função 
 em que o coeficiente   determina a variação máxima em relação ao nível médio do
mar.  De  modo  geral,  a  água  se  espalha  por  uma  grande  área  e  sobe/desce  apenas  alguns  centímetros,  porém
existem algumas regiões, como a baía de Fun

dy, no Canadá, em que a diferença entre a maré alta e a maré baixa chega a 18 m na lua cheia.

Considerando  a  baía  de  Fundy  no  período  da  lua  cheia  determine  a  função  que  relaciona  a  altura  da  maré,  em
metros, em função do tempo , em horas e a altura máxima atingida pela maré. (SOUZA, 2010)

Solução:

Se na baía de Fundy, a diferença entre a maré alta e a baixa é de 18 m, então a variação máxima em relação ao
nível médio do mar é   , ou seja, a função é dada por   .

Para determinar a altura máxima atingida pela maré, basta observarmos que   ,  ou  seja,  o


valor máximo da função    é   , logo 

  

Exemplo 4: Determine as raízes da função 

Solução:

Devemos encontrar os valores de   para os quais  

Utilizando a seguinte fórmula de transformação em produto

obtemos

Desta forma, para   temos duas possibilidades:

Portanto, as raízes de   são   ou   , para 

  

Exemplo 5: As funções trigonométricas também são estudadas em Física. O estudo de corrente alternada é um
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exemplo. Observe o gráfico U x t abaixo (Figura 2.69), em que   é a diferença de potencial. (XAVIER e
BARRETO, 2008, p.300).

Figura 2.69: Gráfico U x t

a) Qual o valor de   quando  ?
b) Em que instante a diferença de potencial atinge o valor máximo?
c) o meio ciclo corresponde à inversão de polaridade. Em que instante   isso acontece e qual o valor de  ?
d) Em que instante a diferença de potencial atinge o valor mínimo?
e) Quando o ciclo se completa ocorre a inversão de polaridade e se repete outro ciclo. Em que instante   isto ocorre
e qual o valor de  ?

Solução:
a) Para  ,  .
b) O valor máximo de   é atingido quando  .
c) 
d) 
e) 

Função cosseno 

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Seja   um número real. Denominamos   de   a medida do segmento   que é igual a abcissa   do


ponto   em relação ao sistema  .

Figura 2.70: Cosseno no círculo trigonométrico

Definimos a função cosseno como a função   de   em    que  a  cada    faz  corresponder  o  número real 


.

O domínio da função cosseno   é   e o conjunto imagem é o intervalo  .


A função   é periódica e seu período é  , já que  .
Em alguns intervalos   é crescente e em outros é decrescente. Por exemplo, nos intervalos   a
função   é decrescente. Já no intervalo   ela é crescente.
Na Figura 2.30 temos o gráfico da função  , denominado cossenóide:

Figura 2.71: Cossenoide

Para traçar o gráfico da função   usamos os mesmos procedimentos descritos para a função 
.

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Exemplo 1: Dada a função  , determine:
a) o esboço do gráfico;
b) o período da função  ;
c) o conjunto imagem de  .

Solução: 
a) para o esboço do gráfico, montamos a tabela auxiliar, usando os arcos padrões, como segue:

Agora, basta marcar os pontos no plano cartesiano. A linha em vermelho representa a parte do gráfico referente à
tabela. Porém, é importante lembrar que, como o domínio da função é o conjunto dos números reais, e a tabela
contempla pontos da função dentro de uma volta no círculo, o gráfico não pode se restringir apenas ao trecho em
vermelho. O gráfico dessa função está na Figura 2.72.

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Figura 2.72: Gráfico da função 

b) Para determinar o período da função, observamos a quantidade de radianos necessária para que a função dê uma
volta completa. No gráfico, isso está representado pelo comprimento horizontal do trecho em vermelho, isto é:
Período= .
c) Note que o gráfico da função está completamente inserido na faixa de amplitude vertical de [0,2]. Logo, 
.

Exemplo 2: Ao longo do ano, dias e noites podem ter duração maior ou menor do que12 horas. A duração do dia
em  Vitória  (ES),  por  exemplo,  pode  ser  descrita  por  uma  função  do  tipo  trigonométrica: 

,  em  que    expressa  a  quantidade  de  horas  de  duração  do  dia,  em
função do número  de dias passados de 21 de dezembro de 2008. Qual a duração do dia em 19/10/2008? (SOUZA,
2010)

Solução:

A  data  19/10/2008  corresponde  a  63  dias  anteriores  a  21/12/2008,  então,  devemos  substituir      na
função   , assim

Utilize uma calculadora para efetuar os cálculos do cosseno!

Exemplo 3: Determine os valores de   para os quais é definida a função 
.

Solução:

Pela definição de logaritmo, temos duas condições a verificar:

1ª condição:   pois, por definição, a base de um logaritmo deve ser positivo e diferente de 1, e
senx é limitado superiormente por 1.

2ª condição:  , pois o logaritmando deve ser sempre positivo.

Para a 1ª condição: Para    devemos ter  .

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Para a 2ª condição:Quanto a   , utilizando as fórmulas de arco duplo, obtemos

E  substituindo  ,  teremos  ,  ou  seja, 

Assim, a inequação referente à 2ª condição torna­se:

Que podemos reescrever da forma

Para que este produto seja positivo (maior que zero, como exige a inequação), devemos ter

•   e  , o que seria impossível, pois acarretaria 
ou
•   e  , o que implicaria   e  , resultando,
portanto, em

o que seria impossível, pois acarretaria 

Ou devemos ter

o que implicaria    e  , resultando portanto em

Das duas condições analisadas,

  

Como  o  domínio  da  função  deve  atender  todas  as  restrições,  fazendo  a  interseção  dessas  soluções  parciais,
 concluímos que

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Função Tangente

Seja   um número real. A Figura 2.73 representa a     do ângulo   em relação ao sistema  :

Figura 2.73: Tangente no círculo trigonométrico

Definimos  a  função  tangente  como  a  função    de    em    que  a  cada    faz
corresponder o número real  .

O domínio da função tangente é   e o conjunto imagem é o conjunto  .

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O gráfico da função  , é mostrado na Figura 2.74:

  

Figura 2.74: Gráfico da tangente

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Exemplo  1:  Uma  função      é  dita  periódica  se  existir  um  número  real    ,  tal  que 
 qualquer que seja o valor de    pertencente ao domínio de  . Ao menor número real positivo   que verifica esta
propriedade  chamamos  período  da  função,  em  outras  palavras,  as  funções  periódicas  repetem  a  curva  do  seu
gráfico em intervalos de amplitude igual à do seu período.

Determine o domínio e o período da função  .

Solução:

Para facilitar os cálculos, chamaremos 

Sabemos que o domínio da função   é dado por    então devemos ter 

ou seja

Observando  o  gráfico  da  função  tangente,  visto  anteriormente,  para      descrever  um  período  completo
devemos ter  , ou seja, o período da função    é  . Da mesma forma,
para a função  temos

Então, 

Exemplo 2: Dada a função  , determine:
a) o domínio da função;
b) o esboço do gráfico;
c) o período da função.

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Solução:
a) Para encontrar o domínio da função, usamos a restrição de que o arco não pode estar no mesmo lugar
geométrico dos arcos côngruos a   e  . Genericamente, devemos ter:
Expressão para o arco 
Então,

Logo, 
Observe que as duas representações para   na verdade remetem à mesma. Atribua valores diferentes para   e
observe que os pontos fora do domínio são os mesmos.
Para que serve o domínio mesmo?

b) O domínio serve para descobrirmos pontos que não possuem imagem pela função em análise. Para esse caso,
como os pontos de abscissas da forma   não estão no domínio, na construção da tabela
temos que pensar em valores suficientemente próximos desses valores de  . Para entendermos um pouco melhor,
vamos construir uma tabela auxiliar, mas usando os arcos em graus. Como os arcos côngruos a 90º e 270º não
pertencem a  , vamos analisar o comportamento da função   perto desses valores.
Comecemos verificando o comportamento de   perto de 90º. Observe a tabela:

Observe que, à medida que o valor do arco se aproxima de 90º, através de valores menores que 90º, os valores para
 aumentam indefinidamente. Nesse caso, dizemos que quando o arco se aproxima de 90°, através de valores
menores que 90°, a função tende ao infinito. Por outro lado, observe que quando valores para o arco se aproximam
de 90°, através de valores maiores que 90°,  diminui indefinidamente. Nesse caso, dizemos que   tende ao
menos infinito, quando o arco se aproxima de 90° através de valores maiores que 90°. Voltaremos a essa noção
com o estudo da teoria de Limites.
Investigue você mesmo o comportamento da função tangente para valores próximos de  .
Você já deve ter percebido que para a função tangente não teremos pontos a serem marcados no plano cartesiano
da mesma forma que tínhamos para as funções seno e cosseno. Mesmo assim, podemos ter uma boa ideia do
gráfico a partir das análises anteriormente descritas. Na tabela seguinte   , com   representa um arco
próximo de 90°, mas menor que 90°, enquanto 90°   representa um arco próximo de 90°, mas maior que 90°.
Veja:

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Figura 2.75: Gráfico da função 

c) Período:   (observe que o gráfico apresentado no intervalo   repete­se em todo


o domínio da função).

Desafio: Investigue a função tangente com o apoio do Software GeoGebra!

Figura 2.76: Lugar Geométrico da tangente no plano cartesiano

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A mesma ideia usada para o gráfico da função tangente,   deve ser usada para a função
cotangente,  .

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2.18 Função Cotangente
 Seja   um número real. A Figura 2.77 representa a     do ângulo   em relação ao sistema  :

Figura 2.77: Cotangente no círculo trigonométrico

Definimos a  função cotangente  de    como  a  função   de   em    que  a  cada    faz
corresponder o número real  .

O domínio da função cotangente é   e o conjunto imagem é o conjunto  .

O gráfico da função  , é mostrado na Figura 2.78:

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Figura 2.78: Gráfico da cotangente de 

  

O gráfico da Figura 2.78 pode ser elaborado usando­se os mesmos procedimentos descritos no Exemplo 2 da
seção anterior, analisando­se com maior cuidado os pontos próximos dos arcos cuja cotangente não existe, isto é,
para esboçar o gráfico devemos olhar mais atentamente para a vizinhança dos pontos da forma  .

Função cossecante

 Seja   um número real. A Figura 2.79 representa a     do ângulo   em relação ao sistema  :

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Figura 2.79: Cossecante no círculo trigonométrico

    Definimos  a  função  cossecante  como  a  função    de    em    que  a  cada    faz
corresponder o número real  .

O  domínio  da  função  cossecante  é    e  o  conjunto  imagem  é  o  conjunto 

O gráfico da função  , é mostrado na Figura 2.80:

Figura 2.80: Gráfico da função: 

Na Figura 2.80, note, por exemplo, que para valores próximos de  , mas à direita do zero (isto é, valores
que são maiores que zero), quanto mais próximo de zero o   estiver, a imagem de  ,  , assume um valor
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maior. Nesse caso, dizemos que quando   tende a zero através de valores maiores que zero,   tende ao


infinito. Ao observarmos valores menores que zero, que estão à esquerda do zero, percebemos que quanto mais
próximo de 0 o valor dado a   estiver, menor será a imagem correspondente. Dizemos, nesse caso, que quando 
tende a zero através de valores menores que zero, a imagem   tende ao menos infinito. 
Quando acontecem casos como o que analisamos para   na Figura 2.80, dizemos que em   temos uma
assíntota vertical ao gráfico de  . Com o estudo de limites entenderemos isso melhor!

Exemplo 1: Faça o gráfico e dê o domínio da função  .
Solução: Inicialmente, lembremos que  . Logo, a função   não está definida para valores
de   tais que  . Assim, para determinar o domínio da função, devemos impor a condição de que o
arco da função cossecante (nesse exemplo, o arco é  ) deve ser diferente dos valores   tais que 
. Em símbolos,

Como   é uma constante, chamemos  .
Daí, podemos escrever que 

Logo, 

Para o gráfico, usamos a mesma ideia para apresentada para o gráfico da função tangente, mas agora para os arcos
côngruos a   e  , pois esses são os arcos de 1 volta para os quais o valor do seno é zero.
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Vamos lá:

Na Figura 2.81 apresentamos o gráfico da função 

Figura 2.81: Gráfico da função 

Note que nas abscissas (valores de  ) para as quais não existe  , temos uma assíntota vertical. A linha do


gráfico não intercepta essas assíntotas.

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Função Secante

Seja   um número real. A Figura 2.82 representa a     do ângulo   em relação ao sistema  :

 Figura 2. 82: Secante no círculo trigonométrico

Definimos a função secante de   como a função   de   em   que a cada   faz


corresponder o número real  .

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O  domínio  da  função  secante  é    e  o  conjunto  imagem  é  o  conjunto 

O gráfico da função  , é mostrado na Figura 2.83:

 Figura 2.83: Gráfico da secante de  .

Para esboçar o gráfico ou determinar o domínio da função secante, basta proceder de modo análogo ao que foi
feito para a função cossecante. O único detalhe é que, para determinar o domínio, devemos impor a restrição:
expressão do arco  .

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2.19 Função Inversa
Outro  tipo  importante  de  operação  que  podemos  fazer  com  funções  é  o  cálculo  da  função  inversa,
porém, nem todas as funções admitem inversa! Vejamos a definição:

   

  

Deste modo, dizemos que   é a função inversa de   e escrevemos  , como mostra a Figura


2.84.

  

Figura 2.84: Função composta 

InversaSimples.flv

InversaComGrafico.flv

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funcao­inversa.flv  

Vejamos os exemplos abaixo:

  

Exemplo 1: Calcule a inversa da função  .
Solução:
Como já estudamos, podemos reescrever a função da seguinte forma 
Então, “trocamos a variável   por   e a variável   por   na função  , ou seja

Depois, isolamos a variável   na equação

Portanto,  .
Vejamos agora a simetria dos gráficos de   e   em relação à função identidade.

  

  Figura 2.85:   e sua inversa  

  

Exemplo 2: Calcule a inversa da função  .
Solução:

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Reescrevemos   em termos de   e   e trocamos as variáveis    e 

 
Depois isolamos a variável 

Portanto,  .

Graficamente, obtemos

  

  

Figura 2.86:   e sua inversa  

Exemplo 3: Obtenha, se existir, a inversa da função  
Solução:
Temos   e  , assim    e  para  a  inversa,
deveríamos ter  .
Supondo que a inversa exista, calculamos

Mas, esboçando os gráficos de   e  , obtemos

  

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11/03/2015 Funções ­ parte 2

Figura 2.87:   e sua inversa  

  
Uma  opção  para  funções  deste  tipo  é  restringirmos  o  seu  domínio,  de  forma  que  a  função  inversa
exista. 
Vejamos,  se  esboçarmos  apenas    ou  apenas  ,  então    e    seriam
funções.
Logo,  se  restringirmos  o  domínio  da  função    para 
 obtemos a inversa    

  

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Figura 2.88:   e sua inversa   
  

Ou, se restringirmos o domínio da função   para   obtemos a


inversa   

Figura 2.89:   e sua inversa   
  

  

Exemplo  4:  Estudando  a  viabilidade  de  uma  campanha  de  vacinação,  os  técnicos  da  Secretária  da
Saúde de um município verificaram que o custo da vacinação de   por cento da população local era de,
aproximadamente,    milhares  de  reais.  Obtenha  uma  expressão  que  forneça  a

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porcentagem da população vacinada em função do valor gasto pela Secretaria da Saúde.
Solução:
Neste problema temos   em função de  , queremos inverter esta relação, logo, precisamos encontrar 
 em função de  . Para isso, usamos o conceito de função inversa visto anteriormente, obtendo:

  

Portanto, a função   fornece a porcentagem da população vacinada.

   

  

   
  

A função   não é bijetora, porém, ao restringir o domínio da função seno para o intervalo
 ela se torna bijetora. Essa restrição é chamada de restrição principal e é a seguinte:

Portanto, com essa restrição, a função seno admite inversa.

A  função  inversa  do  seno  é  chamada  arco­seno,  e  denotada  por    onde  e 


.
Assim definimos 

Figura 2.90: Gráfico do arco­seno

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Na Figura 2.91 a seguir podemos ver os gráficos da função arco­seno e sua inversa:

  

 Figura 2.91: Gráfico do seno e do arco­seno

A restrição principal do cosseno é a função: 

que é bijetora. Logo, com essa restrição, a função cosseno admite inversa.

  

A  função  inversa  do  cosseno  é  chamada  arco­cosseno,  e  denotada  por    onde 


.
Assim definimos 

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Figura 2.92: Gráfico do Arco­cosseno

Na figura a seguir podemos ver os gráficos da função arco­cosseno e sua inversa:

  
 Figura 2.93: Gráficos do cosseno e do arco­cosseno.

Exemplo 1: De acordo com o Exemplo 2 da seção 2.18.2, quanto tempo após o dia o 21 de dezembro
de 2008 houve um dia com duração de 12,84 horas em Vitória (ES)?
Solução:

Vimos  que  a  função  ,  expressa  a  quantidade  de  horas    de


duração do dia, em função do número   de dias passados de 21/12/2008 em Vitória, assim 

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Utilizando a função inversa Arco­cosseno

Note que trocamos   por    para  converter  o  ângulo  para  graus  e  utilizamos  uma  calculadora  para
calcular o arco­cosseno!

Portanto, 56 dias após 21/12/2008, em 15/02/2009, a duração do dia foi de 12,84h.

  

A função inversa da tangente é chamada arco­tangente, e denotada por   onde 
 .
Assim definimos 

Figura 2.94: Gráfico da arco­tangente

Na figura a seguir podemos ver os gráficos da função arco­tangente e sua inversa:

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Figura 2.95: Gráficos da tangente e da arco­tangente

Da mesma forma, podemos definir as demais funções trigonométricas inversas:

A função inversa da função   é a função   tal que

onde   e 

Figura 2.96: Gráfico da função    

A função inversa da função   é a função   tal que

onde   e 

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Figura 2.97: Gráfico da arco­secante de 

A função inversa da função   é a função   tal que

onde   e 

Figura 2.98: Gráfico da arco­tangente

As funções trigonométricas inversas são usadas quando queremos descobrir um ângulo a partir do
valor da tangente desse ângulo, ou do cosseno do ângulo. Situações desse tipo são bastante
requeridas na Álgebra Linear. Por exemplo:

Exemplo 1: (STEINBRUCH, 1987, p.12) Calcular o ângulo entre os vetores   e 
.
Solução: 
o ângulo entre os dois vetores é dado por:

onde
 é o produto escalar dos vetores   e  .
 é o módulo do vetor  
é o módulo do vetor  
Então:

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2.20 Funções Hiperbólicas
As funções hiperbólicas são semelhantes às funções trigonométricas, porém, enquanto os gráficos das
funções  trigonométricas  têm  relação  com  a  elipse,  os  gráficos  das  funções  hiperbólicas  têm  relação
com a hipérbole.

Entre outras aplicações, as funções hiperbólicas surgem em movimentos vibratórios, dentro de sólidos
elásticos, e mais genericamente, em muitos problemas nos quais a energia mecânica é gradualmente
absorvida  pelo  meio  ambiente.  Este  tipo  de  função  aparece  frequentemente  na  solução  de  equações
diferenciais, em problemas onde é necessário encontrar a posição de equilíbrio entre dois corpos, por
exemplo.

  

  

          

Definimos  a  função  seno  hiperbólico  como  a  função    de    em    que  a  cada    faz
corresponder o número real  .

O domínio da função seno hiperbólico é   e o conjunto imagem é também  .

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 Figura 2.99: Gráfico do seno hiperbólico 

         

  

  

Definimos  a  função  cosseno  hiperbólico  como  a  função    de    em    que  a  cada    faz
corresponder o número real  .

  

O domínio da função cosseno hiperbólico é   e o conjunto imagem é o intervalo 

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Figura 2.100: Gráfico do cosseno hiperbólico  

Exemplo 1: Um cabo de telefone é pendurado entre dois postes separados a 20 m, na forma de um
tipo  de  curva  chamada  catenária,  de  equação  dada  por  ,  onde    e    são
medidos em metros. Calcule a altura   do cabo no ponto central entre os dois postes.

Solução:

O ponto central entre os dois postes está localizado em    metros, substituindo este valor
na função cosseno hiperbólico obtemos

  

Definimos  a  função  tangente  hiperbólica  como  a  função    de    em    que  a  cada    faz
corresponder o número real  .

O domínio da função tangente hiperbólica é   e o conjunto imagem é o intervalo  .

  

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Figura 2.101: Gráfico da tangente hiperbólica  

A partir das funções hiperbólicas definidas acima, podemos definir as demais funções hiperbólicas:

  

  

   

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