02- Perdoa as minhas dividas

Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.

Mateus 6:12

Saudação:

 Que a Graça de Deus, o Amor de Jesus e a Comunhão do Espírito Santo seja

com todos nós.
 A empolgação da criança. Se esse palito é Deus, Ele vai pocar o meu pecado.

Introdução:

 Precisamos compreender que o senso comum sobre o que significa o perdão é

limitado.
 Segundo, pesa sobre as pessoas a dificuldade em aceitar de fato o perdão, quer
da parte de Deus ou dos homens, o pr. Hamilton também insistiu com isso. A
importância de aceitarmos o perdão da parte de quem o concede. Como exemplo
dessa dificuldade gostaria de dar o exemplo de um recluso sócio educativo.
(Pierre e a dificuldade na lição do perdão).
 Um grande equivoco sobre o perdão é pensar que ao ser concedido, e recebido,
estamos dizendo que nada aconteceu e tudo está bem. E isso não é realidade. Ao
nos apropriarmos da dinâmica do perdão estamos dizendo justamente o
contrário. Que houve algo, e foi tão sério que a menos que o perdão entre em
ação, nada mais poderá haver entre as partes. E aqui reside o perigo de nutri a
mágoa, porque ela não tem poder para manter uma relação de pessoas que não
estão dispostas a se apropriar do perdão: uma para dar e a outra para receber.
 Entretanto é importante resaltar que "o perdão não substitui decisões acertadas
tomadas para sua proteção e a de quem você ama; também não substitui a
sensação de dor e a luta para saber o que fazer". (Luskin, p. 22) Como por exe.:
no caso de um violentador sexual.
 De modo introdutório podemos considerar que o perdão em certo sentido é
responsável por assegurar um planejamento saudável do futuro, uma vez que ele
permite se libertar de viver lamentando o passado.

II - Elementos essências para o perdão

 O primeiro elemento é a capacidade de aceitar quando o outro não

consegue dar o que você deseja, ou impõe algo que você não deseja. Por
exe.:
o A esposa pede ao marido para colocar o lixo para fora
o O marido pede para não ser acordado quando a esposa vai deitar e ele
já está dormindo
 "O perdão contém o entendimento de que as ações da outra pessoa, por piores
que sejam, não obrigam você a ficar sempre péssima(o), nervosa(o) ou
emocionalmente confusa(o)". (Luskin, p. 24)
 "A capacidade de permanecer calmo quando seus desejos não são satisfeitos é
uma habilidade essencial para relacionamentos bem sucedidos". (Luskin, p.
24)
  O problema é que estamos sempre sofrendo pequenas decepções. Sempre
estão fazendo coisas contra a nossa vontade. E mesmo quando fazem nossa
vontade não é exatamente como esperávamos que seria. Por isso Sheikisper
dizia: "Não espere do outro, porque esperar do outro dói".
 "A capacidade de manter a calma, mesmo quando não consegue o que quer,
permite que você seja responsável por seu humor e por seus pensamentos,
mesmo que façam algo que você não goste". (Luskin, p. 25)
 O segundo elemento essencial diz respeito a passagem do tempo entre a
ofensa e o perdão.
 Não podemos esperar que as pessoas lidem com questões como não colocar o
lixo para fora, ou quem apaga a luz antes de dormir, com questões de
abandono, ou violência. Porém "O perdão precisa acompanhar a situação em
que suas esperanças foram frustradas". (Luskin, p. 27)
 "Enquanto sofremos, o perdão ajuda a transformar a ferida aberta em ferida
curada". (Luskin, p. 27)
 E são inúmeras as razões pelas quais somos levados a sofrer:
o Uma mentira
o A perda de um emprego
o Uma mudança indesejável no trabalho
o O rompimento de uma relação
 E ao sofrer temos que administrar a combinação de cinco elementos: raiva,
tristeza, medo, desespero e ansiedade.
 Remoer pensamentos dolorosos é outra parte do sofrimento.
 "O perdão se coloca naturalmente como o próximo passo depois que você
percebeu o que lhe fizeram de errado e sentiu a dor que lhe foi imposta".
(Luskin, p. 28)
 Isto posto, podemos entender que: "O perdão pode encobrir a dor, mas não
evita o inevitável e necessário sofrimento". (Luskin, p. 28)

III - Quanto ao perdão

 Mesmo que decida romper a relação, ainda precisará perdoar.

 Porque "ao perdoar, você consegue ficar em paz, mesmo que a rejeição, a
deslealdade ou a desonestidade tenham sido parte da sua vida". (Luskin, p.
29)
 "O perdão também permite que você assuma a responsabilidade por suas
respostas emocionais e psicológicas, e use o tempo que for necessário para
sentir a dor e organizar o pensamento". (Luskin, p. 29)
 "Alguns tem medo de perdoar por acreditar que ao fazer isso abrem mão da
justiça". (Luskin, p. 30)
 "Um dos grandes equívocos é pensar que perdão é o mesmo que
reconciliação". (Luskin, p. 30)
o Reconciliação: Significa restabelecer o relacionamento com a pessoa
que o magoou.
o Perdão: Significa fazer as pazes com uma parte amarga do seu
passado e não jogar a culpa em quem o magoou.
  "Perdoar não significa ser condescendente com grosseria, falta de
consideração ou egoísmo de alguém; significa esquecer o sofrimento
adicional que você se impôs depois de encerrado o ciclo normal de
sofrimento". (Luskin, p. 31)

IV - Os benefícios da lembrança

 "A lembrança ajuda a evitar que algo ruim ocorra novamente. (Luskin, p. 32)
 "A lembrança permite que sigamos o caminho da superação". (Luskin, p. 32)
 "A lembrança lhe dá oportunidade de usar as dores curadas para oferecer
compaixão e apoio àqueles que precisam". (Luskin, p. 32)
o Exemplo irmão Wilson no funeral de Abimael
o E com você pode ser do mesmo jeito, permita que o seu exemplo de
perdão é algo possível a todos. Porque o que homens fizeram homens
podem fazer.

V - O perdão e suas consequências

 Vencer no coração não quer dizer abrir mão de vencer no tribunal dos homens.
 Se isso fosse verdade Deus ao nos perdoar teria isentado Jesus da Cruz.
 "Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode
receber misericórdia de Deus". OMDC p, 113
 "Não deve pensar que, a menos que os que nos prejudicaram, confessem o mal,
estamos justificados ao privá-los de nosso perdão. É dever deles, sem dúvida,
humilhar o coração pelo arrependimento e confissão; cumpre-nos, porém, ter
espírito de compaixão para com os que pecaram contra nós, quer confessem
quer não suas faltas". OMDC p, 113-114
 "O elemento essencial para que possamos receber e comunicar o amor
perdoador de Deus, é conhecer e crer o amor que Ele nos tem, conforme I Jo
4.16: "E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é
amor, e aquele que permanece em Deus, e Deus, nele". OMDC, p. 115

VI - Conclusão/Apelo

 Faça da recomendação de Paulo ao Efésios sua postura diante das decepções

praticas pelo seu semelhante contra você: "Sede uns aos outros, com também
Deus vos perdoou em Cristo". Ef 4.32
 Se achegue ao trono da GRAÇA sem nenhum receio, afinal como afirma
Miquéias: "Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade, e que te
esqueces da rebelião do restante da Tua herança? O Senhor não retém a Sua ira
para sempre, porque tem prazer na benignidade". Mq 7.18
 Se você gostaria de ter certeza da eficácia do perdão de Deus sobre a sua vida.
Compartilhando com outros a dádiva do perdão que você também recebeu fique
de pé para que eu possa orar por você.