Departamento de Filosofia
Universidade de Brasília, UnB
Brasília, UF, Brasil
hamelingr@hotmail.com
DANILO MAIA
Departamento de Filosofia
Universidade de Brasília, UnB
Brasília, UF, Brasil
danilomaia87@hotmail.com
Abstract: Peter Abelard and William of Ockham represent the two main figures of the
nominalism of the Middle Ages. Both share the fundamental thesis of that doctrine of
medieval origin, according to which only individual entities exist. The repercussions of
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
374 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
nominalism are quite evident in relation to the question of universals, which constitutes
a subject that, until now, won the attention of the majority of contemporary studies on
the two most important logicians of their time. Nevertheless the nominalism of each of
these two protagonists apparently diverges in a significant manner, especially in respect
to the role exercised by the mind in the semantic process. Ockham seems to distance
himself definitely from his predecessors, including Abelard, when he transfers grammar
and semantic functions of conventional language to the level of mental language. In the
present article, the chief intention is to expound the conception of sign and
signification of each of the authors under consideration. The ultimate objective is to
compare their respective semantic theories and indicate the principal points of
agreement and disagreement, keeping in mind the hypothesis according to which these
two medieval nominalists should have more theoretical elements in common than not.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 375
1OCKHAM, 1993.
2Trata-se do seu comentário sobre o prólogo e o primeiro livro das Sententiae
de Pedro Lombardo.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
376 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 377
I. PEDRO ABELARDO
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
378 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
(antiga lógica) que inclui, além disso, as duas outras monografias de Boécio: o
De syllogismo hypothetico e o De diuisione. Mas o estudo da sua lógica mostra que
Abelardo também teve acesso, pelo menos em parte, aos Analíticos anteriores e
às Refutações sofísticas de Aristóteles, os quais já pertencem à logica nova (nova
lógica).
6 Essas Institutiones são sobretudo conhecidas no século XII por comentários e
Logica ‘Ingredientibus’ teria sido escrita antes de 1120. Cf. MEWS, 1985, p.73-
134; LUSCOMBE, 1988, p. 280. Uma parte da glosa sobre o De interpretatione,
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 379
‘Nostrorum petitioni sociorum’ teria sido escrita antes de 1125. Na verdade, trata-se
de uma revisão e correção por parte de Abelardo da Logica ‘Ingredientibus’.
Todavia o seu conteúdo é hoje em dia perdido em grande parte e se restringe
apenas a um comentário elaborado sobre a Isagoge.
11Cf. ULIVI, 1976. Seria também questão de lógica e verossimilmente de
Abailard logic is ars sermocinalis, i.e. the art of the use of language, in the large
sense of the word.’ ABELARDO, 1970, p.XCV.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
380 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
13 Cf. ABELARDO, 1919-1927, p.307 30-308 1; JOLIVET, 1982, p.26, 54, nota
211, 67-68; JOLIVET, 1994, p.64 e 68.
14 Cf. ABELARDO, 1919-1927, p.2 8-15.
15 A comentadora Rosier-Catach explica o princípio em questão da seguinte
maneira. “Ce principe (de composicionalidade) exige que le sens du tout soit
formé à partir de celui de ses parties.” ROSIER-CATACH, 1999, p.128. Cf.
ABELARDO, 1919-1927, p.337 41-338 20; JOLIVET, 1982, p.54.
16 Na Dialectica, Abelardo distingue a palavra da frase, que chama,
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 381
análise das conjunções e das preposições, Mestre Pedro afirma que não
significam em si, porque a significação delas é indeterminada, como os
nomes e os verbos, que têm o seu sentido somente em um contexto
proposicional17. Já que dá um significado preciso e aparentemente
completo às palavras isoladas, podemos pensar que Abelardo insiste
aqui sobre o caráter final do significado, que se encontraria na frase,
enquanto instrumento do discurso. Enfim é preciso voltar ao estudo da
significação das palavras para entender, segundo a própria concepção
de Abelardo, o significado das frases e o poder de se comunicar.
Referindo-se explicitamente a Prisciano e Boécio, Abelardo
distingue o som (vox), enquanto ar (aer), da frase (oratio), considerada
como duração do ar (tenor aeris) ou medida do ar (mensura aeris)18.
Essencialmente vox refere-se, a princípio19, a uma substância, isto é, ao
sujeito, enquanto oratio designa um acidente ou uma quantidade
duradoura dessa mesma substância, que pode ser medido20. Ou seja,
enquanto a vox claramente se reporta a uma coisa, o conjunto da frase
diz algo a respeito dessa coisa e alude assim a um estado de coisas ou,
como diz Abelardo, exprime ou significa uma certa maneira de se
como a oratio, mas essa última nunca pode se referir a uma substância. Por
outro lado, a palavra oratio é equívoca nas primeiras Glosas literais e, pelo
menos, uma vez na Dialectica, podendo também se referir a uma substância.
Contudo, Abelardo precisa seu sentido definitivo mais adiante na mesma obra
e na Logica ‘Ingredientibus’. Cf. ABELARDO, 1954, p.65 28-36; ABELARDO,
1970, p.53 31-34; ABELARDO, 1919-1927, p.173 6-177 3; JOLIVET, 1982,
p.22-24.
20 Cf. ABELARDO, 1919-1927, p.173 6-177 3; ABELARDO, 1970, p.65 22-71
14.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
382 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
comportar das coisas (quidam rerum modus habendi se), maneira que reflete
na realidade relações entre coisas21. Salientamos que Abelardo usa nessa
ocasião, via Prisciano, uma expressão inspirada dos estóicos, ao afirmar
que as voces são aeres prolati (sons proferidos)22. Agora existe certa
ambigüidade no uso feito por Abelardo da palavra vox no decorrer da
sua obra, pelo menos até o seu último tratado, intitulado Logica
‘Nostrorum petitioni sociorum’.
A frase é composta de vários sons, isto é, palavras, sílabas e
letras, e o mínimo audível pode não ser significativo. É preciso então
distinguir dois aspectos intrínsecos à vox: o sensível ou a matéria e o
inteligível ou o psicológico23. A parte sensível da vox é o som ouvido,
mas é o componente inteligível que torna esse som significativo por
intermédio do que é conhecido na época de Abelardo como impositio,
institutio ou inventio24. Enquanto signo, a vox constitui um som que
significa por convenção (vox significativa ad placitum)25 ou pela vontade
daquele que impõe o significado (secundum voluntatem imponentis)26, e se
opõe tanto ao som insignificativo quanto ao signo que significa
21 Cf. ABELARDO, 1970, p.160 35. Sobre a questão do status ontológico desse
estado de coisas ou, como diz Abelardo, desse dictum propositionis, ver
HAMELIN, 2011, p.63-88.
22 Cf. ABELARDO, 1970, p.65 34; ABELARDO, 1919-1927, p.173 33. Os
ABELARDO, 1919-1927, p.307 6-8; ABELARDO, 1933, p.522 17. Inventio aqui
se distingue do uso desenvolvido, por exemplo, na retórica por Cícero, que
tem, antes, o sentido de processo da descoberta dos argumentos.
25 Cf. ABELARDO, 1919-1927, p.307 6-7. Abelardo opõe convencionalmente
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 383
27 Abelardo usa antes o exemplo do cão que ladra, que significa naturalmente a
ira. Cf. ABELARDO, 1970, p.114 20-25; ABELARDO, 1919-1927, p.307. Há
também o caso da significação por hábito (consuetudo) ou por relação (habitudo),
que não é convencional, como um homem qualquer nos lembra certo homem.
Cf. ABELARDO, 1970, p.111 21-26.
28 Cf. ABELARDO, 1933, p.522 17-21; JOLIVET, 1982, p.70-71; JOLIVET,
1994, p.62-64.
29 Cf. ABELARDO, 1970, p.115 1-2; Prisciano. Institutiones grammaticae, II, III,
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
384 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
consignifico, quer dizer ‘o que tem um sentido somente unido a outras palavras’.
Cf. GAFFIOT, 1934.
35Cf. BOÉCIO, 1877, p.766 B-C, 796 C-797 A; JOLIVET, 1982, p.34.
36 Notamos que os estóicos, que são entre os primeiros a se interessar pela
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 385
”
ARISTÓTELES, 1938, p.118 (16b 6-8).
39 “(...) ”
ARISTÓTELES, 1938, p.118: (16b 8).
40 Cf. ABELARDO, 1970, p.121-129.
41 Cf. ABELARDO, 1970, p.63 29-30, 122 22-34, 124 24-26, 138 sqq. Na Logica
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
386 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
fuit homo” (Este cadáver foi um homem), ou “Hic senex fuit puer” (Este velho foi
uma criança). Na primeira frase, por exemplo, vivum significa todos os vivos
atuais no momento presente, e mortuum, todos os mortos também atuais no
momento presente. É possível então conservar o valor de verdade da
proposição somente se, entre todos os vivos atuais no momento presente, este
vivo será no futuro (um) morto. O verbo deixa possível de transferir no futuro
o vivo atual em um estado de morto. Se vivum significaria todos os vivos em
todos os tempos, ou em nenhum tempo, então a frase “Hoc vivum erit mortuum”
nunca será verdadeira, a não ser que vivum vir a perder sua impositio primeira de
significar todos os homens vivos atuais no momento presente. A mesma lógica
permite também conservar o valor de verdade das duas outras proposições. Cf.
ABELARDO, 1919-1927, p.348 15-350 18; ROSIER-CATACH, 1999, p.127-
128, 143; JOLIVET, 1982, p.36.
42Abelardo insiste sobre isso na Dialectica: “Non tam igitur in significatione
a partir do seu significado respectivo, que é o mesmo, mas pelo fato de que
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 387
‘currit’, ligado a um nome, forma uma frase. Cf. ABELARDO, 1954, p.79 42-80
3. Ver a nota anterior.
45 Cf. ABELARDO, 1970, p.124 27-31. Toda a questão dos universais
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
388 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 389
the necessity that this suggests to it; (2) ‘impositio’ of the noun whereby this is
delegated to ‘constituere intellectum’.” FUMAGALLI, 1970, p.29.
52 Cf. ABELARDO, 1919-1927, p.307 28-29, 308 19-309 13; ABELARDO, 1970,
p.119 3-13, 120 18-20. As principais fontes tradicionais sobre essa questão são
Aristóteles e Boécio. Cf. ARISTÓTELES, 1938, p.114 (16a 4-9); BOÉCIO,
1877, p.24, 33-35; FUMAGALLI, 1970, p.28-41; JOLIVET, 1994, p.67-70.
53 Por isso, não podemos entender adequadamente o mundo a partir da
linguagem; existe um elo imediato dela com a mente e mediato com as coisas.
Cf. JOLIVET, 1982, p.74-76.
54 Abelardo descreve essa primeira explicação com os seguintes termos: “Nam
“Sed diversus modus concipiendi variat intellectum, quia hic in essentia cursus
ostenditur, ibi in adiacentia, hic cum discretione temporis, ibi sine.”
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
390 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
é dito ser uma quase coisa (quasi res). Cf. HAMELIN, 2011, p.63-88;
JOLIVET, 1982, p.77-85; JOLIVET, 1994, p.70-72.
58 Cf. JOLIVET, 1994, p.70.
59 Abelardo descreve essa segunda razão da seguinte maneira: “Praeterea cum
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 391
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
392 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 393
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
394 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
II. I. SIGNUM
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 395
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
396 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 397
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
398 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 399
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
400 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 401
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
402 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
uma ficção mental e a coisa à qual tal ficção se refere. Por outro lado, a teoria
do ato de intelecção dispensa a existência de ficções mentais geradas no
contato com o mundo, e indica a própria atividade de inteligir (fazer
intelecções) – gerada em contato causal com o mundo – como central para
explicar o fenômeno cognitivo humano. Cf. ADAMS, 1987, p.73-74.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 403
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
404 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 405
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
406 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 407
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
408 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 409
116 O contexto no qual aparece essa explicação é o seguinte: “(...) alia autem
per generationem, veluti cum intellectus per vocem prolatam vel animo
audientis constituitur ac per ipsam in mente ipsius generatur (...)”
ABELARDO, 1970, p.112 4-6. Cf. JOLIVET, 1974, p.163-178.
117 Cf. JOLIVET, 1974, p.172.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
410 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
118Essa
acepção da significação sugere fortemente que também Ockham deve
se comprometer, de alguma forma, com entidades possíveis (possibilia). Cf.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 411
NORMORE, 1999, p.34. Temos que enfatizar que a noção de tempo dos
nomes e dos verbos também constitui, como vivos, um elemento determinante
na concepção abelardiana.
119Ockham afirma: “Secundo modo accipiendo ‘significare’ et ‘significatum’
sibi correspondens, vox vel conceptus per solam mutationem rei extra non
cadit a suo significatio.” OCKHAM, 199, p.208.
120 Cf. OCKHAM, 1999, p.208-209.
121 “Il est donc clair que pour Abélard les intellections ne sauraient être des
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
412 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
122“Quippe eas (communes formas) concipere per nomina quid aliud est,
quam per ea significari? Sed profecto cum eas ab intellectibus diversas facimus,
iam praeter rem et intellectum tertia exiit nominum significatio” ABELARDO,
1919-1927, p.24 27-30. Aqui Abelardo afirma que, além da coisa e do intelecto, o
nome diz respeito a uma terceira esfera, que chama de ‘significação’.
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 413
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
414 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
SIGNUM, SIGNIFICATIO E INTELLECTUS 415
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.
416 GUY HAMELIN & DANILO MAIA
Cad. Hist. Fil. Ci., Campinas, Série 3, v. 21, n. 2, pp. 373-416, jul.-dez. 2011.