São Vicente – SP
2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CAMPUS EXPERIMENTAL DO LITORAL PAULISTA
São Vicente – SP
2011
Martinho, Henrique Miguel
CDD 628.5
RESUMO
ABSTRACT
RESUMO............................................................................................................. I
ABSTRACT ........................................................................................................ II
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1
1.1 A questão dos resíduos sólidos.................................................................. 3
1.2 NBR 10.004/2004 – Classificação dos resíduos ........................................ 6
1.2.1 Resíduos industriais.............................................................................. 6
1.2.2 Resíduos urbanos................................................................................. 7
1.2.3 Resíduos de serviços de saúde ............................................................ 7
1.2.4 Resíduos de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários ... 8
1.2.5 Resíduos agrícolas ............................................................................... 8
1.2.6 Resíduos radioativos ............................................................................ 8
1.2.7 Entulhos ................................................................................................ 9
1.3 Política nacional de resíduos sólidos – Lei 12.305/2010............................ 9
1.4 Complexo mineroquímico de Cajati e seus resíduos sólidos ................... 11
2. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................ 12
3. RESULTADOS ......................................................................................... 13
3.1 Complexo mineroquímico de Cajati e suas atividades ............................. 13
3.1.1 Complexo mineral ............................................................................... 16
3.1.1.1 Lavra e britagem..................................................................................... 16
3.1.1.2 Usina de beneficiamento....................................................................... 18
3.1.2 Complexo químico .............................................................................. 21
3.1.2.1 Fábrica de ácido sulfúrico ..................................................................... 21
3.1.2.2 Fábrica de ácido fosfórico ..................................................................... 24
3.1.2.3 Fábrica de fosfato bicálcico .................................................................. 26
3.2 Comercialização dos resíduos gerados ................................................... 27
3.2.1 Estéril.................................................................................................. 27
3.2.2 Calcário............................................................................................... 28
3.2.3 Magnetita ............................................................................................ 31
3.2.4 Lama Calcária..................................................................................... 32
3.2.5 Fosfogesso ......................................................................................... 33
3.2.6 Borra de enxofre ................................................................................. 35
1. INTRODUÇÃO
Para isso, qualquer que seja esta forma de gerenciamento, três fatores básicos
são considerados (PHILLIPI JR, 2004):
Com a tomada destas ações, alguns benefícios estarão sendo obtidos, tais
como:
- Economia de energia.
- Economia de recursos naturais.
- Minimização dos riscos para a saúde pública.
- Aumento da vida útil dos aterros sanitários.
- Melhoria da imagem da empresa.
- Redução da formação de passivos ambientais e gastos com
multas.
Até pouco tempo, esta situação era aceita e justificada como um "mal
necessário da industrialização". Foi então que uma crescente insatisfação
pública a respeito da situação, aliada a uma série de incidentes ligados à
disposição inadequada de resíduos (Minamata-Japão, Niagara Falls-EUA,
Cubatão e Césio 137-Brasil), proporcionaram reações da sociedade e da
administração pública, iniciando o processo de desenvolvimento de legislações
que respaldassem a criação de estratégias e tecnologias adequadas para a
coleta, a disposição e o tratamento de resíduos sólidos.
75% do total em 2000 para 80% em 2008) e uma leve diminuição dos volumes
destinados a vazadouros a céu abertos, os lixões, de 21,5% para 17,7%
(Figura 1). Entretanto, este volume destinado a lixões ainda é considerado
muito elevado, face a periculosidade e os riscos que este tipo de disposição
oferece, tanto ao meio ambiente, quanto a saúde pública.
70%
50%
% de resíduos
40%
30%
20%
10%
0%
Aterro sanitário Vazadouro a céu Aterro controlado Compostagem Triagem Incineração
aberto (lixão)
1.2.7 Entulhos
Em agosto de 2010 entrou em vigor, após tramitar por mais de vinte anos no
Congresso Nacional, a Lei 12.305/2010, que instituí a Política Nacional de
Resíduos Sólidos – PNRS.
Vale mencionar que, em suas definições a lei distingue o termo rejeito (o que
não é passível de reaproveitamento) de resíduo (material que pode ser
reaproveitado ou reciclado). Portanto, conforme a nova legislação, este
trabalho discute os benefícios de se tratar como resíduo aquilo que antes era
encarado como rejeito.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
GERAÇÃO MÉDIA
RESÍDUO UNIDADE GERADORA
ANUAL (ton)
Estéril Lavra 10.100.000
Magnetita Usina de beneficiamento 360.000
Calcário Usina de beneficiamento 3.500.000
Lama calcária Usina de beneficiamento 780.000
Fosfogesso Unidade de ácido fosfórico 900.000
Borra de enxofre Unidade de ácido sulfúrico 5.000
Fonte: Vale Fertilizantes, 2010.
13
3. RESULTADOS
Estéril Lavra
Minério Enxofre
Calcário
Usina de Unidade de ácido
Magnetita Borra de enxofre
beneficiamento sulfúrico
Lama
Unidade de ácido
Fosfogesso
fosfórico
Plantas operacionais
Unidade de fosfato
bicálcico
Produtos/matérias primas
Resíduos estudados
Fosfato bicálcico
Atualmente a empresa possui uma pilha de estéril que apresenta uma de suas
faces em estado avançado de recuperação vegetal (figura 4), sendo o estéril
novo atualmente encaminhado a outra área de deposição (figura 5).
17
- Magnetita
- Lamas
São resíduos formados pelas partículas mais finas geradas nos processos de
cominuição no beneficiamento mineral e atualmente dispostas em uma
barragem de contenção. Em 1999, foi implantado na usina de beneficiamento
do minério de Cajati um sistema de recuperação de finos, composto por
instalações de espessamento, microciclonagem e colunas de flotação. Este
empreendimento possibilitou o aumento da produção de concentrado na ordem
de 5%, além de proporcionar a redução do volume de lamas gerada em cerca
de 10%. Atualmente estão sendo desenvolvidos diversos estudos que buscam
rotas para o reaproveitamento deste material, tanto nos processos internos da
unidade, quanto no mercado nacional.
Este resíduo cuja classificação perante a NBR 10.004/2004 é classe II-A não,
perigoso e não inerte, apresenta importante participação no mercado agrícola
como condicionador de subsuperfície, sendo fonte de cálcio e enxofre e para
correção de solos saturados com sódio, potássio ou alumínio. Também possui
potencial de uso em construção civil, além de poder ser utilizado na fabricação
de cimento como substituto da gipsita natural, juntamente com o clinquer.
25
3.2.1 Estéril
3.2.2 Calcário
Mineração, que iniciou suas atividades àquele mesmo ano. Em 1997 o grupo
Cimpor adquiriu esta unidade de fabricação de cimento.
Atualmente, após mais de 38 anos de operação e diversas ampliações, a
fábrica de cimento da Cimpor em Cajati continua em operação, provocando
uma demanda de fornecimento de mais de 1.150.000 toneladas de calcário
calcítico pela Vale no ano de 2010.
1.800.000
1.600.000 Geração
Vendas
1.400.000
1.200.000
toneladas
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
100%
80%
60%
40%
20%
2005 2006 2007 2008 2009 2010
3.2.3 Magnetita
450.000
350.000
300.000
toneladas
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
60%
45%
30%
15%
0%
2005 2006 2007 2008 2009 2010
3.2.5 Fosfogesso
1.200.000
Geração Vendas
1.000.000
800.000
toneladas
600.000
400.000
200.000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
100%
80%
60%
40%
20%
2005 2006 2007 2008 2009 2010
16.000
14.000
Geração Vendas
12.000
10.000
toneladas
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
300%
250%
200%
150%
100%
50%
0%
2005 2006 2007 2008 2009 2010
4. DISCUSSÕES FINAIS
100%
85%
70%
55%
40%
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Figura 20 - Percentual de reutilização anual para calcário calcítico, magnetita, borra de enxofre
e fosfogesso somados
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Consulta a sites:
www.cetesb.sp.gov.br
www.ibge.gov.br
www.leidireto.com.br/lei-12305