APOIO
Departamento de História – UEL
Programa de Pós-Graduação em História Social - UEL
Especialização em História das Religiões – UEL
Pró-Reitoria de Extensão Universitária – UEL
H2H Visual Media
GT História Militar - ANPUH-Brasil
GT História Militar - ANPUH-Paraná
GT História Militar - ANPUH-Rio de Janeiro
GT História Militar - ANPUH-Rio Grande do Sul
Laboratório História Militar e Fronteiras da Universidade Salgado de
Oliveira – UNIVERSO
Grupo de Pesquisa Estudos Culturais, Política e Mídia – UEL
Grupo de Pesquisa Militares, Política e Fronteiras na Amazônia -
UFPA
Vice-Reitor:
Prof. Dr. Décio Sabbatini Barbosa
Comissão Organizadora
Comissão Científica
Secretaria Executiva
10h: Abertura
Apresentação do Centro Esportivo de Capoeira Angola
Local: Anfiteatro Maior do Centro de Letras e Ciências Humanas
(CLCH)
28/08 (quarta-feira)
9h-10h: Minicursos
Local: salas do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH)
10h30-12h: Mesa Redonda 01
Mulher, Gênero, Instituições Armadas – Celso Castro
(CPDOC/FGV), Andrea Mazuroch Schactae (IFPR) e Laís Godoi
Lopes (UFMG)
Moderadora: Rosemeri Moreira (UNICENTRO)
Local: Anfiteatro Maior do Centro de Letras e Ciências Humanas
(CLCH)
29/08 (quinta-feira)
9h-10h: Minicursos
Local: salas do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH)
10h30-12h: Mesa Redonda 02
Militares, Poder e Sociedade na Amazônia – William Gaia Farias
(UFPA), Fernando da Silva Rodrigues (UNIVERSO) e Tássio
Franchi (ECEME)
Moderadora: Sueny Diana Oliveira de Souza (UFPA)
Local: Anfiteatro Maior do Centro de Letras e Ciências Humanas
(CLCH)
18h: Assembleia
Local: Anfiteatro Maior do Centro de Letras e Ciências Humanas
(CLCH)
30/08 (sexta-feira)
9h-10h: Minicursos
Local: salas do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH))
O Brasil participou junto dos Aliados na Segunda Guerra Mundial tendo a Itália
como o seu cenário de atuação. Entrou na guerra contra o Eixo em 1942 após
vários acontecimentos e desentendimentos contra a Alemanha. Enviou para a
guerra duas unidades militares: a FEB (Força Expedicionária Brasileira) e a
FAB (Força Aérea Brasileira). Este trabalho tem como objetivo mostrar como
seu deu e se resolvia possíveis problemas relacionados a questão étnica no
interior do 1° Grupo de Aviação de Caça que representava a FAB nos conflitos,
traçando um paralelo de como as mesmas questões poderiam ter cabo no
interior da FEB, e outras unidades aéreas ou de terra dos Estados Unidos, ao
qual o Brasil estava subordinado na guerra. Como embasamento teórico foi
utilizado a História Militar em diálogo com a História política, tendo como base
contextual para o trabalho as obras de Francisco César Ferraz e Dennison de
Oliveira, reconhecidos pesquisadores do tema.
A guerra, em seu lato sensu, é o resultado mais violento dos contrastes e dos
antagonismos, um plasma entre o grotesco e uma sublime explosão de força. A
memória da guerra, particularmente, deveria ser parte de um processo
civilizador, o que explica a produção de quadros imensos, verdadeiros
“monumentos iconográficos”, a serviço do poder. A presente comunicação
pretende aproximar alguns dos aspectos da pintura de Edoardo De Martino aos
movimentos artísticos mais largos do século XIX, nomeadamente o
Romantismo. Para tanto, debruça-se e examina sua produção imagética acerca
das representações de paisagens, em sua maioria marítimas, e de cenas da
Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-1870). Para além, sua obra
é posta em diálogo com obras literárias, principalmente os escritos de Charles
Baudelaire, e outros pintores de sua contemporaneidade. Propomos assim não
apenas contextualizar e vincular De Martino ao movimento Romântico, mas
também propor reflexões e analisar as ideias que permearam sua obra. Trata-
se de discutir, portanto, como tais expressões artísticas se filiavam e
legitimavam projetos de civilização de um Estado e de uma Nação em
construção.
29/08 (quinta-feira)
SESSÃO 1 – sala 465 (Centro de Estudos Sociais
Aplicados)
APONTAMENTOS TEÓRICOS SOBRE AS MUTAÇÕES DA GUERRA E DA
POLÍTICA
HISTÓRIA MILITAR
Das jovens nobres que aguardam o retorno de seus cavaleiros amados que
partiram para combater às acompanhantes na retaguarda dos exércitos, para a
Historiografia Militar Tradicional, o lugar da mulher no mundo bélico medieval é
sempre um que está distante, às margens do combate propriamente dito. No
entanto, com as possibilidades abertas pela Nova História Militar descortina-se
uma presença mais ativa da mulher à frente da defesa de fortificações na
ausência de seus maridos e, no caso de Christine de Pisan, a autoria de um
manual militar. O objetivo da presente comunicação é, portanto, à luz do Livro
de Feitos de Armas de Christine de Pisan, analisar o lugar da mulher no fazer
militar medieval. Escrito em 1410, a obra bebe de fontes clássicas como
Vegécio e de autores contemporâneos de Christine. Com algumas cópias
tendo sua autoria feminina suprimida e, posteriormente, no século XX,
desconsiderado pela historiografia como mera cópia de manuais antigos,
revisitar criticamente o manual de Christine de Pisan bem como o lugar da
mulher medieval na Guerra faz-se uma necessidade.
Esse trabalho faz parte da minha tese de doutoramento que está sendo
desenvolvida no presente momento. Partindo da formação do Estado nacional
brasileiro e sua inserção na era do capital busco compreender o papel da
Armada Nacional nas relações que o Estado brasileiro passar a desenvolver
nas décadas de 1850 e 1860 na Amazônia, tendo como foco os acordos com
países ribeirinhos e o desenvolvimento de uma navegação comercial na bacia
Amazônia. Diante destes eventos minha pesquisa busca desenvolver uma
investigação sobre a função que a Armada ocupou nesse cenário. Com o
aumento da navegação na região as tensões que eram observadas
anteriormente começaram a se intensificar dentro da fronteira do império,
levando, o Brasil a desenvolver uma política para região que levasse em conta
os problemas dessa abertura do Rio Amazonas. O primeiro momento onde
observamos isso é no acordo Brasil – Peru que levou a uma serie de incidentes
diplomáticos e permitiu que países que não faziam parte da região buscasse
ganhar vantagem com esses, criando uma preocupação com as fronteiras
nacionais que estavam ainda em definição. Em minha analise utilizo o seguinte
corpo documental: relatórios de relações exteriores, relatórios dos
governadores, jornais, relatórios da Marinha, Diário de bordo.
Este artigo propõe, um estudo das memórias das vivências de dois grupos; dos
militares brasileiros e dos civis italianos, no front europeu durante a Segunda
Guerra Mundial, uma vez que, a memória daqueles que vivenciaram, de forma
direta ou indireta, o cotidiano da guerra tornou-se uma cicatriz irreparável, uma
marca impossível de ser apagada. Temos como objetivo compreender, através
das memórias individuais, como se estabeleceram as relações entre os
integrantes destes grupos, durante a atuação da FEB no front europeu.
Utilizamos como fontes fotografias e entrevistas que foram analisadas diante
das metodologias propostas por Ana Maria Mauad e Alessandro Portelli. A
problematização destas memórias fez com que compreendêssemos outra face
da atuação brasileira no front italiano, não apenas como força militar, mas de
auxílio mútuo e generosidade.
Esta comunicação tem por objetivo explanar sobre o lugar da medicina militar
na discussão referente os combates as doenças venéreas no contexto da
Primeira Guerra Mundial. Procuraremos neste trabalho demonstrar que a
medicina militar deixou de ser um conhecimento de interesse interno dos
médicos militares, para tornar-se uma alternativa para se solucionar os
problemas envolvendo o alto número de doentes venéreos, considerados um
grande obstáculo para a construção da nacionalidade nos anos de 1910 a 1920
na Europa e no Brasil. Para isso devemos compreender de que maneira os
exércitos envolvidos neste conflito contribuíram para a ampliação das
propostas higienistas elaboradas pelos médicos militares nestas duas primeiras
décadas do século XX.
Esta pesquisa tem como objetivo discutir, a partir de uma análise de gênero, e
uma discussão teórica breve acerca dos conceitos de masculinidade(s),
virilidade e militarismo, as narrativas sobre a presença de homossexuais no
Exército Brasileiro, a partir do caso do primeiro casal de sargentos
homoafetivos das Forças Armadas, Laci de Araújo e Fernando Figueiredo que
tornaram público seu relacionamento, tendo sido o caso noticiado na revista
Época no dia 2 de junho em sua edição n° 524 de 2008 e, no mesmo ano
publicado o livro Soldados Não choram: a vida de um casal homossexual no
exército do Brasil, resultado de uma entrevista concedida por um dos cônjuges,
Fernando Figueiredo, ao jornalista Roldão Arruda. Considerando que as fontes
históricas, vestígios sob os quais recaem análises de historiadores/as, contem
simultaneamente representações e informações sobre acontecimentos,
eventos e/ou processos históricos, importando aos historiadores/as analisar
como elas são produzidas, quais a condições da produção, quem as produz, as
intencionalidades, para quem são produzidas, além da análise do dito em si. A
pesquisa se encontrara até a data ainda em andamento, sendo assim não
trazendo uma conclusão, mas uma breve apresentação e discussão.
Este texto apresenta um projeto que tem como intenção realizar um estudo
comparativo entre duas obras cinematográficas e as noções que elas carregam
sobre as masculinidades. Trata-se de uma pesquisa de iniciação científica em
fase inicial, vinculada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (PIBIC), a ser desenvolvido durante Agosto 2019 - Julho 2020. A
primeira das obras que será analisada é “Guerra ao Terror”, dirigida por
Kathryn Bigelow (2008), e a segunda intitulada como “Sniper Americano”,
dirigido por Clint Eastwood (2014). Os longas-metragens trabalham com o
cotidiano de militares durante a invasão militar americana ao Iraque. Nessa
pesquisa será considerado o contexto social dos diretores, uma mulher e um
homem, dialogando com Gênero, Cinema, História do Corpo e com os
conceitos de Estética e Política do filósofo Jacques Ranciére. Considerando
que a pesquisa está em fase preliminar e ainda não há resultados a serem
disseminados, pretende-se, aqui, discorrer brevemente sobre as fontes que
serão analisadas no projeto e a metodologia que será utilizada até então.
O Brasil, desde os anos de 1960, deixou de ser visto como apenas uma rota
para o tráfico de drogas e se tornou um dos maiores consumidores de cocaína
na América Latina. A facilidade que os traficantes encontram, por meios fluviais
e terrestres, é graças ao ineficiente patrulhamento das Forças Armadas na
área de fronteira. A fronteira amazônica -Colômbia e Peru- possui cerca de
4.639 km de extensão, somado a isso, existe o problema da falta de verba para
a compra de equipamentos e para aumentar o número de operações de defesa
na área. Com isso, facções como o Primeiro comando da capital (PCC) e o
Comando Vermelho (CV) aliado à uma das maiores facções da região Família
do Norte (FDN) disputam o controle da área o que impacta, principalmente, do
estilo de vida da população de Tabatinga, cidade brasileira que faz fronteira
com a Colômbia e Peru, fazendo também a manutenção de um negócio tão
rentável.